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*Outubro/2019 - Referência Industrial 212

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a garantia e o<br />

conceito de qualidade<br />

da plaina moldureira<br />

no brasil!<br />

A constante Inovação tecnológica nos<br />

distingue no mercado, tornando possível<br />

agora atender todos os tipos de indústria<br />

madeireira e moveleira.<br />

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INDUSTRIAL<br />

50<br />

<strong>2019</strong><br />

34<br />

44<br />

SUMÁRIO<br />

40<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Abimci 33<br />

Abpm 31<br />

Alca Máquinas 02<br />

AWK Máquinas 25<br />

Cipem 11<br />

Codornada Florestal 65<br />

Contraco 23<br />

DRV Ferramentas 15<br />

Dudi Máquinas 61<br />

Engecass 17<br />

Fezer 57<br />

Formóbile 19<br />

Impacto 59<br />

Linck 09<br />

Máquinas Águia 67<br />

Mendes Máquinas 04<br />

Metalcava 49<br />

Mill Indústrias 29<br />

Mill Indústrias 63<br />

Mill Indústrias 68<br />

MSM Química 13<br />

Omil 43<br />

Picoloto 53<br />

Rotteng 47<br />

Siempelkamp 07<br />

Vantec 21<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

20 Prêmio<br />

22 Aplicação<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

32 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

34 Principal Estudo Setorial Abimci <strong>2019</strong><br />

40 Construção Civil<br />

44 Marcenaria<br />

50 Especial De olho no futuro<br />

54 Madeira Tratada<br />

58 Artigo<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 03


B U S I N E S S I N T E L I G E N C E<br />

Interface simples e customizável<br />

Coleta de dados e análise de forma rápida, eficaz e precisa<br />

Identificação de gargalos<br />

Rapidez nas tomadas de decisões<br />

Otimização de processos para aumento de produtividade<br />

Geração de relatórios customizáveis<br />

Visualização através de computadores, laptops, tablets e celulares<br />

Gerenciamento remoto de qualquer lugar do mundo


L A N Ç A M E N T O<br />

A empresa que mantém sua visão na liderança em desenvolvimento<br />

e tecnologia para seus clientes e parceiros, passa a oferecer também o<br />

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serrarias à internet das coisas, dando portanto mais um passo frente à Indústria<br />

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EDITORIAL<br />

NA CAPA<br />

PROTAGONISMO<br />

O<br />

Brasil está de volta aos trilhos e deve retornar<br />

ao caminho do crescimento nos próximo<br />

anos - com a aproximação do governo<br />

brasileiro e dos EUA (Estados Unidos da<br />

América) isso deve ocorrer naturalmente, e<br />

a indústria será uma das maiores beneficiadas por esse<br />

movimento. Otimistas, nós, da REFERÊNCIA INDUS-<br />

TRIAL, trazemos nesta edição reportagens e matérias<br />

que mostram o protagonismo da indústria da madeira<br />

em diversos setores - desde a construção civil (com o<br />

exemplo do ousado Metropol Parasol, em Sevilha) até<br />

a nobre arte da marcenaria. Além disso, conversamos<br />

com o economista Jackson Bittencourt para traçar um<br />

panorama do setor e, em nossa reportagem de capa,<br />

abordamos o já tradicional estudo setorial da Abimci.<br />

Uma ótima leitura a todos!<br />

ESTAMPA A CAPA DESTE<br />

MÊS MONTAGEM ALUSIVA<br />

AO ESTUDO SETORIAL<br />

DESENVOLVIDO PELA ABIMCI<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>212</strong> - OUTUBRO <strong>2019</strong><br />

06<br />

PROTAGONIST<br />

B<br />

razil is back on track and should return to<br />

the path of growth over the coming years;<br />

with the approximation of the Brazilian government<br />

and that of the United States, this<br />

should occur naturally, and the Sector will be<br />

one of the biggest beneficiaries from this movement.<br />

Optimists that we are, in this issue, REFERÊNCIA INDUS-<br />

TRIAL provides stories and material that show the Forest<br />

Sector as a protagonist in its various segments, from civil<br />

construction (with the example of the daring Metropol<br />

Parasol in Seville) to the noble art of woodworking. In<br />

addition, we talked to economist Jackson Bittencourt to<br />

outline a panorama for the Sector and, in our cover story,<br />

we cover the traditional Abimci Annual Sectoral Study.<br />

Pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira, Gabriel Santos Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cassiele Ferreira - Supervisão<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


Liderança em<br />

tecnologia.<br />

Da Alemanha<br />

para o mundo.<br />

O grupo Siempelkamp é um fornecedor de tecnologia que opera internacionalmente e consiste em três unidades<br />

de negócios: a engenharia de máquinas e instalações, a tecnologia de fundição e a unidade de negócios de serviços.<br />

A Siempelkamp Machine and Plant Engineering é uma fornecedora de sistemas de linhas de prensagem e plantas<br />

completas para a indústria de painéis de madeira, a indústria de moldagem de metais, bem como a indústria de<br />

compósitos e borracha. A fundição Siempelkamp é a maior fundição de moldagem manual do mundo, produzindo<br />

peças fundidas com um peso de até 320 t. A Siempelkamp é um fornecedor de componentes e prestador de<br />

serviços para instalações nucleares.<br />

Siempelkamp Maschinen- und Anlagenbau GmbH | Siempelkampstraße 75 | 47803 Krefeld | Germany<br />

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MINHA CASA MINHA VIDA - programa de habitação deve aquecer mercado da construção civil<br />

CARTAS<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 211 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE SETEMBRO DE <strong>2019</strong><br />

URBANISMO<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXI • N°211 • Setembro <strong>2019</strong><br />

FOCO NO<br />

ATENDIMENTO<br />

9 77 2 3 5 9 4 6 6 0 9 7 1<br />

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VENDA DE PRODUTOS PARA<br />

TRATAMENTO DE MADEIRA<br />

SE DESTACA NO MERCADO AO<br />

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DIFERENCIADA AO CLIENTE<br />

FOCUS ON<br />

SERVICE<br />

MARCENARIA<br />

Por Jorge Pinho -<br />

Curitiba (PR)<br />

Tenho dois filhos<br />

pequenos e sei como é<br />

difícil encontrar móveis<br />

infantis no mercado.<br />

A reportagem sobre a<br />

Linha Noss realmente<br />

mostra como iniciativas<br />

revolucionárias podem<br />

ditar as novas regras do<br />

mercado. Parabéns pelo<br />

conteúdo.<br />

Por Marília Santos -<br />

Presidente Prudente (SP)<br />

Fiquei maravilhada com a iniciativa da cidade<br />

de Poznan. As plataformas móveis de madeira<br />

podem ser usadas de várias formas - e em<br />

várias cidades. Espero que as gestões públicas<br />

brasileiras adotem essa prática.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

ACORDO<br />

Por Dionísio Raulino -<br />

Londrina (PR)<br />

MINHA CASA, MINHA VIDA<br />

Por Marlos Tavares -<br />

Manaus (AM)<br />

Tirei muitas das minhas<br />

dúvidas sobre o acordo<br />

Mercosul-Europa com a<br />

entrevista do professor<br />

João Alfredo Lopes<br />

Nyegray. Acredito que<br />

o Brasil e a indústria da<br />

madeira tem muito a<br />

ganhar com essa medida.<br />

Obrigado pelo conteúdo!<br />

Excelente notícia sobre as mudanças no<br />

programa de habitação que devem aquecer<br />

o mercado da construção civil. O setor<br />

aguarda ansiosamente!<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />

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Economia.<br />

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DO PAÍS, A CBI DO BRASIL, EM CAPELINHA (MG)<br />

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UMA EDIÇÃO ESPECIAL PARA O PRÓXIMO MÊS. AGUARDEM!<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

ALTA<br />

INCERTEZA<br />

O Indicador de Incerteza da<br />

Economia, medido pela FGV<br />

(Fundação Getulio Vargas),<br />

subiu 2,7 pontos na passagem<br />

de agosto para setembro deste<br />

ano. Com o resultado, o indicador<br />

chegou a 116,9 pontos, em<br />

uma escala de 0 a 200 pontos,<br />

e se mantém elevado em termos<br />

históricos. O indicador é<br />

calculado com base em dois<br />

componentes: mídia (baseado<br />

na frequência de notícias com<br />

menção à incerteza na imprensa)<br />

e expectativa (construído a<br />

partir das previsões de analistas<br />

econômicos).<br />

BAIXA<br />

INDÚSTRIA<br />

A produção industrial brasileira<br />

cresceu 0,8% na passagem de<br />

julho para agosto. Com a alta, a<br />

indústria recuperou parte da perda<br />

de 0,9% acumulada de maio<br />

a julho. O dado é da Pesquisa<br />

<strong>Industrial</strong> Mensal, divulgada pelo<br />

Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística). Apesar da<br />

alta na comparação com julho,<br />

a indústria teve quedas de 2,3%<br />

na comparação com agosto do<br />

ano passado e de 1,7%, tanto no<br />

acumulado do ano, quanto no<br />

acumulado de 12 meses. A alta da<br />

taxa de julho para agosto foi puxada<br />

exclusivamente pelos bens<br />

intermediários, isto é, os insumos<br />

industrializados usados no setor<br />

produtivo, que cresceram 1,4% no<br />

período.<br />

10 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


COLUNA<br />

DE BEM COM O FUTURO<br />

CURITIBA FOI O CENTRO DAS ATENÇÕES DO SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO DA AMÉRICA LATINA<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

DOS SEGMENTOS DE MERCADO<br />

ABORDADOS, MERECEU<br />

ESPECIAL ATENÇÃO O SETOR<br />

DA CONSTRUÇÃO, QUE DEFINITIVAMENTE<br />

PARECE ESTAR ENTRANDO EM UM NOVO E<br />

ESPECIAL MOMENTO<br />

U<br />

ma vez mais, Curitiba foi o centro das atenções<br />

do setor industrial madeireiro da América<br />

Latina. Entre os dias 10 e 13 de setembro<br />

último, a capital paranaense recebeu a III SIM<br />

(Semana Internacional da Madeira), além de<br />

ter sediado a Lignum Latin America, a mais importante feira<br />

da cadeia produtiva da madeira.<br />

O evento foi um sucesso, proporcionando, a oportunidade<br />

para que os visitantes pudessem agregar valor à<br />

sua visita à Curitiba através da participação nos encontros,<br />

envolvendo palestras com temas técnicos, além de<br />

apresentações e discussões a respeito de oportunidades<br />

de mercados. Encontros dessa natureza proporcionam<br />

oportunidades de estabelecer novos relacionamentos de<br />

negócios, além de permitir o reforço de relacionamentos já<br />

existentes, oferecendo aos participantes a oxigenação necessária<br />

para se planejar o futuro dentro do setor industrial<br />

madeireiro.<br />

Ao contrário da versão anterior, ocorrida em 2017,<br />

quando o setor de Proteção de Madeiras esteve presente<br />

com a realização de um evento específico da área, o Wood<br />

Protection, desta vez não foi possível reunir as forças necessárias<br />

à continuidade da presença desse setor em evento<br />

específico, o que poderia ter garantido sua futura permanência<br />

no calendário dos eventos da Semana Internacional<br />

da Madeira. O fato merece uma profunda reflexão pelos representantes<br />

desse setor. De qualquer forma, o tema relacionado<br />

à proteção de madeiras esteve presente no evento<br />

Foto: divulgação<br />

ProWood, com a apresentação da palestra ocorrida no dia<br />

13 de setembro, intitulada: Madeira Tratada-Oportunidades<br />

e Desafios Diante de Novas Fronteiras de Mercado.<br />

A palestra contemplou informações objetivas a respeito<br />

da situação atual do mercado de madeira tratada, com<br />

seus desafios e oportunidades dentro dos segmentos elétrico,<br />

ferroviário, rural e construção. Vale ressaltar que sob<br />

a ótica do autor, dentro de cada segmento de mercado da<br />

madeira tratada a imediata mudança no ambiente de negócios<br />

é sugerida como necessária. Esse convite à mudança<br />

no ambiente passa por uma necessidade de se conduzir<br />

um planejamento estratégico muito bem elaborado, além<br />

de ser comum a recomendação referente à adesão ao programa<br />

de autorregulamentação Qualitrat.<br />

Dos segmentos de mercado abordados, mereceu especial<br />

atenção o setor da construção, que definitivamente parece<br />

estar entrando em um novo e especial momento. Não<br />

é novidade que a construção industrializada/modular vem<br />

ganhando uma dimensão significativa ao redor do mundo,<br />

em especial graças a forte expansão observada nos últimos<br />

anos quanto à utilização de elementos baseados no CLT<br />

(Cross Laminated Timber). No Brasil, além das perspectivas<br />

de consolidação dos sistemas base woodframe, cujo texto<br />

normativo deve ser concluído nos próximos meses, há notícias<br />

concretas a respeito de novos investimentos em instalação<br />

industrial voltada à produção de CLT.<br />

No tocante à proteção de madeiras, processos e produtos<br />

destinados a esses tipos de componentes estão em<br />

franca discussão em nível mundial, havendo já indicações<br />

de possíveis soluções. A Awpa (American Wood Protection<br />

Association) tem comitê específico para o assunto, indicando<br />

que muito em breve publicará texto normativo a respeito.<br />

O assunto é merecedor de toda a atenção do setor<br />

de proteção de madeiras no Brasil, pois, aí reside a maior<br />

oportunidade futura para o alcance de uma nova fronteira<br />

representada por mercados muito mais profissionalizados<br />

e por produtos de maior valor agregado. Dentre os vários<br />

caminhos sugeridos para serem adotados, um deles passa<br />

pela implementação de um programa: Cross-Border; que<br />

sugere uma forte interação entre as indústrias do setor com<br />

as instituições de ensino e pesquisa tecnológica brasileiras,<br />

em conjunto com instituições internacionais, que têm se<br />

destacado no desenvolvimento de programas específicos<br />

voltados à utilização de sistemas construtivos baseados na<br />

madeira engenheirada, CLT, woodframe, Glulam, LVL, entre<br />

vários outros.<br />

Não por acaso, nos EUA (Estados Unidos da América), a<br />

produção de madeira tratada chega a ser dez vezes maior<br />

que a do Brasil, com praticamente o mesmo número de<br />

plantas de tratamento, sendo estimado que as vendas de<br />

madeira tratada naquele país alcance a cifra de US$ 4,5<br />

bilhões anuais.<br />

12 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


NOTAS<br />

MERCOSUL/<br />

UNIÃO EUROPEIA<br />

O acordo comercial entre o Mercosul (Mercado Comum do<br />

Sul) e a UE (União Europeia), fechado no fim de junho, deve<br />

impactar a economia brasileira em US$ 79 bilhões até 2035.<br />

A estimativa é da CNC (Confederação Nacional do Comércio<br />

de Bens, Serviços e Turismo). Considerando a redução de barreiras<br />

não tarifárias, o impacto pode chegar a US$ 112 bilhões<br />

no período, segundo o órgão. Os números estão um pouco<br />

abaixo dos divulgados pelo governo brasileiro, de US$ 87,5<br />

bilhões e US$ 125 bilhões incluindo as barreiras não tarifárias<br />

em 15 anos. “Mercado exterior é comércio, então nós estamos<br />

inseridos neste contexto. Não só na relação de trocas como<br />

também no que diz respeito a turismo, serviços, então esta é<br />

a casa para tratar desses assuntos e das relações internacionais”,<br />

observou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.<br />

TABELA DE FRETE<br />

Em vigor há pouco mais de um ano, a tabela obrigatória do<br />

frete levou as empresas da indústria a buscarem alternativas<br />

viáveis para o transporte de suas cargas. A solução mais<br />

comum, como mostra consulta inédita da CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria), foi o aumento de uso de frota<br />

própria. Das empresas consultadas, 18% disseram ter aumentado<br />

o uso de veículos próprios, em comparação com o<br />

cenário pré-greve dos caminhoneiros,em maio de 2018. Apenas<br />

3% disseram ter reduzido, o que resulta em um saldo<br />

positivo de 15 pontos percentuais. Para as empresas, em um<br />

cenário de tabelamento, a utilização de caminhões próprios<br />

acabou significando redução de custos e de insegurança jurídica.<br />

As conclusões estão na Consulta Empresarial: Impactos<br />

após um ano de tabelamento do frete, realizada pela CNI,<br />

que contou com a participação de 685 empresas industriais.<br />

Foto: divulgação<br />

PIB <strong>2019</strong><br />

Diante do cenário de recuperação gradual econômica,<br />

a CNI (Confederação Nacional da Indústria) manteve<br />

a previsão de crescimento de 0,9% do PIB (Produto<br />

Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos<br />

no país. Também foi mantida a estimativa de<br />

expansão de 0,4% do PIB industrial em <strong>2019</strong>, segundo<br />

o Informe Conjuntural do terceiro trimestre. Segundo<br />

a entidade, o fraco desempenho da atividade econômica<br />

e industrial é explicado por dois fatores: “o sentimento<br />

crescente de que o processo de aprovação das<br />

reformas indispensáveis ao crescimento da economia<br />

será mais demorado e complexo do que inicialmente<br />

percebido e os poucos avanços na agenda de redução<br />

do Custo Brasil”, descreve o estudo.<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

14 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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Foto: divulgação<br />

NOTAS<br />

MDF<br />

BRASILEIRO<br />

A produção brasileira de Medium Density Fiberboard,<br />

o famoso MDF, continua entre as oito maiores do<br />

mundo. É o que afirma o recente levantamento da Ibá<br />

(Indústria Brasileira de Árvores), em seu relatório de<br />

mercado <strong>2019</strong>. O mercado interno continua sendo o<br />

principal consumidor desse material, representando<br />

84% das compras na indústria de painéis, devido ao<br />

enfraquecimento do real diante do dólar e da ainda<br />

tímida recuperação econômica nacional. Ao todo, a<br />

produção de painéis de madeira reconstituída foi de<br />

8,2 milhões de metros cúbicos em 2018, um aumento<br />

de 2,8% comparada ao ano anterior.<br />

DESONERAÇÃO<br />

DA FOLHA<br />

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que<br />

espera uma nova proposta para manter a arrecadação<br />

e desonerar a folha de pagamentos. Segundo o ministro,<br />

a intenção da equipe econômica era um imposto<br />

sobre as movimentações financeiras, que acabou recebendo<br />

diversas críticas e comparado à extinta Cpmf<br />

(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).<br />

“Queremos erradicar o imposto mais cruel que<br />

existe no Brasil, que marginalizou dezenas de milhões<br />

de brasileiros, que são os encargos trabalhistas”, enfatizou<br />

Guedes, em palestra no Fórum de Investimentos<br />

Brasil. “Quando falamos, um tempo atrás, sobre colocar<br />

imposto sobre movimentações financeiras, era trocar<br />

o cruel pelo feio. Era colocar um imposto feio que<br />

é melhor do que o cruel”, acrescentou o ministro, ao<br />

explicar o raciocínio que norteou a proposta.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

MISSÃO<br />

ALEMANHA<br />

O Sindmóveis Bento Gonçalves (RS) está promovendo<br />

uma missão empresarial à IMM Cologne<br />

2020 (Feira Internacional De Móveis De<br />

Cologne), que se realizará na Alemanha, em janeiro<br />

do próximo ano. A proposta é reunir um<br />

grupo de empresas que terá acesso a contatos<br />

exclusivos e uma agenda ampliada durante o<br />

período do evento. O presidente do Sindmóveis,<br />

Vinicius Benini, salienta que se trata de<br />

uma oportunidade única para as empresas do polo e expositoras da Movelsul Brasil – especialmente em virtude das reuniões<br />

e visitas técnicas previstas. “Consideramos que a maior competitividade mundial do móvel brasileiro na atualidade advém<br />

dos atributos de design e inovação. Estar presente nos eventos do circuito é crucial para entender o clima mundial do setor<br />

e trocar experiências com outras empresas”, destaca. Situada entre as principais feiras europeias de design de interiores, a<br />

IMM Cologne reúne lançamentos de todo o mundo, além de apresentar tendências futuras para o segmento.<br />

16 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


SAC: 0800 47 8383 - RIO DO SUL/SC


NOTAS<br />

INFORMAÇÃO<br />

E NEGÓCIO<br />

Informação é o caminho para o sucesso de qualquer<br />

negócio. Com essa filosofia, a Movergs (Associação das<br />

Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul)<br />

realizou em outubro uma palestra para profissionais do<br />

ramo sobre o Siscoserv, o Sistema Integrado de Comércio<br />

Exterior de Serviços. Para esclarecer dúvidas relacionadas<br />

ao sistema, Rafael Vanin Pinto, gerente de Comércio<br />

Exterior na empresa Efficienza Negócios Internacionais e<br />

gestor certificado pela Latin American Quality Institute do<br />

Panamá, analisou o foco em qualidade e boas práticas de<br />

administração. Durante o bate-papo sobre o Siscoserv, Rafael<br />

abordou temas como legislação, obrigações, módulos<br />

do sistema, NBS, prazos, penalidades, cases, atos legais<br />

relevantes e estatísticas.<br />

Foto: divulgação<br />

MODALIDADE<br />

DE CRÉDITO<br />

O governo federal lançou, em Brasília (DF), o<br />

Finep Inovacred 4.0. Elaborada pela Finep (Financiadora<br />

de Estudos e Projetos) em parceria<br />

com o ME (Ministério da Economia) e o Mctic<br />

(Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações<br />

e Comunicações), a ação visa estimular o aumento<br />

da produtividade da indústria no Brasil.<br />

Inicialmente, serão disponibilizados R$ 200<br />

milhões na modalidade de crédito. A ideia é<br />

apoiar a formulação e implementação de Planos<br />

Empresariais Estratégicos de Digitalização<br />

que abarquem a utilização, em linhas de produção,<br />

de serviços de implantação de tecnologias<br />

da Indústria 4.0. Podem ser beneficiadas empresas<br />

de pequeno a médio grande porte, com<br />

faturamento anual de até R$ 300 milhões.<br />

Foto: divulgação<br />

PRODUÇÃO<br />

GAÚCHA<br />

O relatório: Conjuntura e comércio externo do setor<br />

de móveis no Brasil; com dados de julho e agosto,<br />

produzido pelo Iemi (Inteligência de Mercado) e encomendado<br />

pela Movergs (Associação das Indústrias<br />

de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul) aponta<br />

que o mês de julho registrou o melhor desempenho<br />

do ano na produção de móveis no Rio Grande do Sul.<br />

No total, foram 7,5 milhões de peças no mês de julho,<br />

o que representou aumento de 33,6% em relação ao<br />

mês anterior. No acumulado do ano, comparado com<br />

o mesmo período do ano anterior, a produção industrial<br />

no Estado cresceu 3,4%, resultado superior ao registrado na indústria nacional no mesmo período. O bom resultado<br />

se repetiu no acumulado nos últimos 12 meses, quando a indústria gaúcha cresceu 4,9%, enquanto a indústria nacional se<br />

retraiu no mesmo período, de acordo com números do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


TRANSFORMANDO<br />

PROJETOS EM<br />

NEGÓCIOS<br />

30 de junho<br />

a 03 de julho<br />

2020<br />

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América Latina, referência no setor<br />

da indústria de madeira e móveis.<br />

• Todas as etapas da cadeia moveleira<br />

• Participação dos grandes players do setor<br />

• Visitação qualificada<br />

• Principal palco para lançamentos e tendências<br />

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Apoio<br />

Internacional


PRÊMIO<br />

PRÊMIO<br />

2<br />

19<br />

VENCEDORES<br />

DA TRADICIONAL<br />

PREMIAÇÃO DO<br />

MERCADO DA MADEIRA<br />

SERÃO DIVULGADOS EM<br />

EVENTO EXCLUSIVO<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

Aelite da cadeia produtiva da madeira se reúne<br />

em Curitiba (PR) no mês de outubro para o<br />

tradicional PRÊMIO REFERÊNCIA, que chega<br />

a sua 17ª edição em <strong>2019</strong>. A iniciativa da<br />

REVISTA REFERÊNCIA reconhece o trabalho<br />

desenvolvido no setor.<br />

“A REVISTA REFERÊNCIA retribui ao mercado, reconhecendo<br />

os trabalhos bem feitos, as empresas que investem,<br />

que buscam novas tecnologias, inovações. É uma forma de<br />

incentivar o crescimento do nosso mercado da madeira”,<br />

comenta o diretor comercial da REVISTA REFERÊNCIA, Fábio<br />

Machado.<br />

As 10 empresas selecionadas e que vão receber a premiação<br />

atuam em toda a cadeia produtiva da madeira, desde<br />

a base florestal, a indústria, o ramo de celulose e papel,<br />

de biomassa até os produtos em madeira. “O foco é sempre<br />

para quem realmente movimenta, que fomenta o mercado”,<br />

completa Fábio, que diz ainda que “sente o carinho<br />

do mercado” com esta que é a única premiação relevante e<br />

reconhecida do setor.<br />

20 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


APLICAÇÃO<br />

Foto: divulgação<br />

PEÇAS<br />

CORINGAS<br />

A Fort House, especialista em móveis de alto padrão que<br />

desde 1991 tem feito parcerias com marcas reconhecidas,<br />

como a Sierra Móveis, Dell Anno e Natuzzi Editions,<br />

desenvolveu três modelos de puffs para a decoração de<br />

ambientes: o Puff Mexerica, o Puff Petrópolis e o Puff<br />

Campos do Jordão. Estiloso, com design diferenciado, o<br />

Puff Mexerica é um ícone na decoração. Os pés são produzidos<br />

em madeira natural, nas cores branco, marrom<br />

e preto. O Puff Campos do Jordão é ideal para deixar o<br />

ambiente mais convidativo, elegante e confortável. Puff<br />

estofado em pele sintética. Pés em madeira natural clara<br />

de perfil arredondado, disponível nas cores preta e marrom<br />

mesclado. Cada um desses modelos tem suas características<br />

e podem ser adicionados aos ambientes de forma<br />

com que sejam absorvidos pelas cores de décor sem<br />

que destoem do resto da sala. A empresa possui seis<br />

lojas localizadas em São Paulo, nas regiões do Morumbi,<br />

Campos do Jordão, Cotia e Granja Viana.<br />

O mais novo exemplo de mesa<br />

de centro inovadora é a Mesa<br />

Bonete, recente lançamento da<br />

designer Monica Cintra, que<br />

valoriza ainda mais a sala de<br />

estar ao manter as características<br />

naturais e as imperfeições da madeira.<br />

Com design único, a peça é feita<br />

em madeira de reaproveitamento de Imbuia<br />

despigmentada, com bases de aço carbono na cor<br />

latão. Para valorizar ainda mais os espaços, a designer levou<br />

em conta o aspecto natural da madeira sem deixar de lado o design e a funcionalidade. A criação de Cintra, uma das<br />

mais influentes e inovadoras mentes do design de móveis no Brasil e no mundo, vai de encontro com a sua filosofia<br />

de produção desde a sua inserção no mercado, quando impactou o setor ao propor uma nova tendência: transformar<br />

peças orgânicas em mobiliários sofisticados. “Mostrava para os clientes as madeiras encontradas, de várias regiões<br />

do Brasil e com características próprias da nossa indústria florestal, mas eles não conseguiam imaginar o design bruto<br />

da natureza na ambientação da casa”, relata a designer. Como solução, projetou um ateliê amplo, naturalmente iluminado<br />

e composto por linhas limpas, onde pudesse morar, trabalhar e ambientar suas criações. Foi nesse contexto<br />

que surgiram peças criativas e únicas, como a própria Mesa Bonete, com o nome inspirado em uma das mais belas<br />

praias do litoral paulista.<br />

22 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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FRASES<br />

“EXISTE UM GRANDE POTENCIAL PARA AS EXPORTAÇÕES<br />

E MUITAS EXIGÊNCIAS DE PREPARAÇÃO E INVESTIMENTO<br />

PARA REALIZAR NEGÓCIOS COM O MERCADO EXTERNO,<br />

MUITO EM FUNÇÃO DA ALTA CONCORRÊNCIA E EXIGÊNCIA DE<br />

COMPETITIVIDADE INTERNACIONAL”<br />

VINICIUS BENINI, PRESIDENTE DO SINDMÓVEIS, SOBRE O<br />

AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES DO POLO MOVELEIRO DE<br />

BENTO GONÇALVES (RS)<br />

“NOSSA<br />

EXPECTATIVA É<br />

QUE A ATIVIDADE<br />

COMECE A SE<br />

RECUPERAR MAIS<br />

CLARAMENTE EM<br />

OUTUBRO, NOVEMBRO<br />

E DEZEMBRO, NO<br />

ÚLTIMO TRIMESTRE DO<br />

ANO. PORQUE AÍ VOCÊ JÁ<br />

COMEÇA A TER IMPACTOS<br />

DA MELHORA DO CENÁRIO<br />

COM AS REFORMAS E AGORA<br />

JÁ COMEÇA A INTRODUZIR A<br />

REDUÇÃO ADICIONAL DA TAXA<br />

DE JUROS, QUE DEMORA MAIS A<br />

TER IMPACTO”<br />

PAULO GUEDES,<br />

MINISTRO DA<br />

ECONOMIA, SOBRE<br />

A RETOMADA<br />

DA PRODUÇÃO<br />

INDUSTRIAL<br />

BRASILEIRA<br />

“O QUE ESPERAMOS DA REFORMA É SIMPLIFICAÇÃO<br />

E MELHOR DISTRIBUIÇÃO DA CARGA PELOS SETORES DA<br />

ECONOMIA. ENTRE OS EMPRESÁRIOS, COM A INDÚSTRIA<br />

VOLTANDO A CRESCER E A CONSTRUÇÃO CIVIL DANDO<br />

SINAIS DE RECUPERAÇÃO, COMEÇAMOS A VER COM<br />

MAIS OTIMISMO O FUTURO DO BRASIL. ESTAMOS NA<br />

DIREÇÃO CORRETA PARA COLOCAR O BRASIL NA ROTA<br />

DO DESENVOLVIMENTO”<br />

Foto: divulgação<br />

ROBSON BRAGA DE ANDRADE, PRESIDENTE DA CNI (CONFEDERAÇÃO<br />

NACIONAL DA INDÚSTRIA), SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA<br />

“NÓS DEVEMOS ESTUDAR UM<br />

PROJETO, NÃO O MEU PRIMEIRO<br />

EMPREGO, MAS O MINHA PRIMEIRA<br />

EMPRESA. (...) NÓS QUEREMOS DAR<br />

MEIOS PARA QUE AS PESSOAS SE<br />

ENCORAJEM, TENHAM CONFIANÇA,<br />

UMA GARANTIA JURÍDICA DE QUE<br />

O NEGÓCIO, SE DER ERRADO LÁ NA<br />

FRENTE, ELE DESISTA E VAI LEVAR SUA<br />

VIDA NORMALMENTE, E NÃO FUGIR DA<br />

JUSTIÇA PARA NÃO SER PRESO”<br />

JAIR BOLSONARO, SOBRE MEDIDAS<br />

DO GOVERNO PARA INCENTIVAR O<br />

EMPREENDEDOR NACIONAL<br />

24 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


os melhores layouts para<br />

os maiores resultados<br />

Serrarias AWK, a inovação<br />

em serrar madeira<br />

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ENTREVISTA<br />

EVOLUÇÃO<br />

CONSTANTE<br />

CONSTANT<br />

EVOLUTION<br />

Aindústria perde cada vez mais participação no PIB<br />

(Produto Interno Bruto) brasileiro, mas esta mudança<br />

não precisa ser um problema. Por outro lado, o<br />

setor industrial enfrenta desafios no país, como a logística<br />

e a escassez de pesquisa e desenvolvimento.<br />

O panorama é explicado pelo economista Jackson Bittencourt,<br />

coordenador do Curso de Economia da PUC (PR). Em entrevista,<br />

ele fala sobre as mudanças na representatividade da indústria na<br />

economia, os maiores desafios do setor e as expectativas para a<br />

indústria madeireira.<br />

ENTREVISTA<br />

M<br />

anufacturing’s share of Brazilian GNP keeps<br />

falling, but this does not have to be a problem.<br />

On the other hand, Manufacturing faces many<br />

challenges in Brazil, such as logistics and scarcity<br />

of research and development. The panorama<br />

is explained by economist Jackson Bittencourt, Economics Course<br />

Coordinator at PUCPR. In this month’s interview, he talks about<br />

the changes in Manufacturing representativeness in the economy,<br />

Manufacturing’s biggest challenges, and expectations for the forest<br />

industry.<br />

JACKSON<br />

BITTENCOURT<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ECONOMISTA, DOUTOR EM<br />

ECONOMIA REGIONAL PELA UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DO PARANÁ)<br />

CARGO: COORDENADOR DO CURSO DE ECONOMIA DA<br />

PUC-PR (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ)<br />

Foto: divulgação<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: ECONOMY, PHD. IN REGIONAL<br />

ECONOMICS, STATE OF PARANÁ FEDERAL UNIVERSITY (UFPR)<br />

FUNCTION: ECONOMICS COURSE COORDINATOR AT STATE OF<br />

PARANÁ PONTIFICATE CATHOLIC UNIVERSITY (PUCPR)<br />

26 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


A INDÚSTRIA TEM CADA VEZ MENOS REPRE-<br />

SENTATIVIDADE NO PIB BRASILEIRO. O QUE ISSO<br />

SIGNIFICA E COMO MUDAR ESSE CENÁRIO?<br />

Nas últimas décadas a participação relativa do<br />

setor industrial no PIB vem caindo de forma significativa.<br />

O mesmo ocorre com a participação do emprego<br />

industrial. Vários motivos explicam este fenômeno. De<br />

uma perspectiva positiva, é que passamos por uma<br />

revolução no setor terciário, comércio e serviços. O<br />

setor terciário, como software, por exemplo, tem um<br />

potencial de gerar mais valor adicionado que a própria<br />

indústria, logo, gera mais renda e empregos melhores.<br />

Nas economias avançadas este setor tem uma<br />

participação em torno de 80% do PIB, ou seja, é um<br />

processo natural que as economias enfrentam, denominado<br />

compensação setorial. Mas isso não significa<br />

que a indústria não é importante, ao contrário, muitos<br />

destes serviços são para aumentar a produtividade do<br />

setor industrial. Entretanto, no caso brasileiro, não é<br />

exatamente este o motivo. A indústria brasileira vive<br />

um processo de desindustrialização, mas não uma<br />

compensação setorial. O início do Plano Real (1994)<br />

promoveu um ajuste macroeconômico muito rígido<br />

para acabar com a inflação alta, que marcou a década<br />

de 80 e meados de 90. A rigidez foi marcada por uma<br />

elevada taxa de juros (Selic) e um câmbio ancorado em<br />

“um pra um”. Isso deu início a um fenômeno denominado<br />

“doença holandesa” – o câmbio supervalorizado<br />

desestimulou a exportação e a alta taxa de juros, o<br />

investimento. A busca pela estabilidade macroeconômica<br />

custou caro para a indústria. Políticas públicas<br />

voltadas para o setor industrial, a partir do ano 2000,<br />

não melhoraram a produtividade; além disso, uma forte<br />

instabilidade institucional. A indústria tem um papel<br />

chave no crescimento econômico, retomar seu potencial<br />

depende de políticas público-privadas, com foco<br />

na produtividade e na inserção nas cadeias globais de<br />

produção.<br />

EM GERAL, QUAIS SÃO AS MEDIDAS QUE DE-<br />

VEM SER ADOTADAS PELA INDÚSTRIA BRASILEI-<br />

RA PARA QUE RETOME OS PATAMARES PRÉ-CRI-<br />

SE ECONÔMICA?<br />

A estabilidade macroeconômica é fundamental, e<br />

isso já ocorre desde 2018; o problema é a instabilidade<br />

política, pois ela interfere na expectativa e na confiança<br />

dos agentes econômicos. Enquanto a expectativa e a<br />

confiança de empresários e consumidores estiverem<br />

comprometidas, será mais lenta a recuperação.<br />

COMO O SUBDESENVOLVIMENTO DA LOGÍS-<br />

TICA NO BRASIL ATRAPALHA O SETOR INDUS-<br />

TRIAL?<br />

Os clientes estão cada vez mais exigentes, o que<br />

imprime uma lógica de transportes altamente eficiente.<br />

Mas nosso país, apesar de sua extensão territorial,<br />

ainda está desatualizado nesse quesito. Isso gera um<br />

MANUFACTURING HAS INCREASINGLY BECO-<br />

ME LESS REPRESENTATIVE IN BRAZILIAN GDP.<br />

WHAT DOES THIS MEAN AND HOW CAN THIS SCE-<br />

NARIO CHANGE?<br />

In recent decades, the relative share of Manufacturing<br />

in GDP has fallen significantly. The same occurs<br />

with the participation of manufacturing employment.<br />

Several reasons explain this phenomenon. From a positive<br />

perspective, we have gone through a revolution in<br />

the tertiary sector, Services. Services, taking software as<br />

an example, has the potential to generate more value-<br />

-added than manufacturing itself, thus generating more<br />

income and better jobs. In advanced economies, this<br />

sector has a stake of around 80% of GDP, i.e., it is a natural<br />

process that economies face, called sectoral compensation.<br />

But that does not mean that manufacturing is not<br />

important; on the contrary, many of these services are to<br />

increase the productivity of the Manufacturing Sector.<br />

However, in the Brazilian case, this is not exactly the reason.<br />

Brazilian manufacturing is experiencing a process of<br />

deindustrialization but does not have a sectoral compensation.<br />

The beginning of the Real Plan (1994) promoted a<br />

very rigid macroeconomic adjustment to end high inflation,<br />

which marked the decades of the 80’s and mid-90’s.<br />

The rigidity was marked by high interest rates (Selic) and<br />

anchored on a “one-to-one” exchange rate. This initiated<br />

the so-called “Dutch Disease” phenomenon – the<br />

overvalued exchange rate discouraged exports and the<br />

high interest rates, investments. The search for macroeconomic<br />

stability has dearly cost Manufacturing. Public<br />

policies focused on the Manufacturing Sector, from 2000<br />

onwards, did not improve productivity; but rather, increased<br />

institutional instability. Manufacturing plays a key<br />

role in economic growth, resuming its potential depends<br />

on public-private policies, focusing on productivity and<br />

insertion in global production chains.<br />

IN GENERAL, IN YOUR OPINION, WHAT ARE<br />

THE MEASURES THAT MUST BE ADOPTED FOR<br />

BRAZILIAN MANUFACTURING TO RETURN TO THE<br />

PRE-ECONOMIC CRISIS LEVEL?<br />

Macroeconomic stability is fundamental, and this has<br />

begun to take place in 2018; The problem, now, is politi-<br />

A INDÚSTRIA BRASILEIRA<br />

VIVE UM PROCESSO DE<br />

DESINDUSTRIALIZAÇÃO, MAS NÃO<br />

UMA COMPENSAÇÃO SETORIAL<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 27


28 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


30 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


Há 50 anos a<br />

entidade que<br />

representa e trabalha<br />

para o crescimento<br />

do mercado de<br />

madeira tratada,<br />

seus associados e o<br />

futuro do setor.<br />

MT<br />

MS<br />

Associados<br />

RIO GRANDE DO SUL<br />

Flosul<br />

Jimo<br />

Madem<br />

Postes Mariani<br />

RTN<br />

SANTA CATARINA<br />

Ekomposit<br />

Florestal<br />

Koppers<br />

Terra Sol<br />

PARANÁ<br />

Ecoline<br />

MSM Química<br />

TWBrazil<br />

Revista <strong>Referência</strong><br />

MATO GROSSO DO SUL<br />

Coimmal<br />

Coimor<br />

Tramasul<br />

ESPIRITO SANTO<br />

Torabras Tratamento de Madeira<br />

GOIÁS<br />

Matha Florestal<br />

MATO GROSSO<br />

Companhia do Vale do Araguaia<br />

BAHIA<br />

CM Venturoli<br />

Paraíso Madeira<br />

PR<br />

GO<br />

SP<br />

SÃO PAULO<br />

Alpina Eucaliptos<br />

Canteiro<br />

Dulcidio Ramires Macedo<br />

Humberto Tufolo Netto<br />

Icotema<br />

Ipel Itibanyl<br />

Ivaldo Pontes Jankowsky<br />

Lanxess<br />

Lonza<br />

Madereira Mantiqueira<br />

Madetram<br />

Madtrat<br />

Matra<br />

Montana Química<br />

Pemad<br />

Prema<br />

Roberto José Falcão Bauer<br />

Rossin<br />

Setrama<br />

STWood<br />

Teca Madeiras<br />

Tramal Tratamento de Madeira<br />

Transportes Topcargo<br />

MINAS GERAIS<br />

Campo Alegre<br />

CBI Madeiras<br />

Lua Madeira Imunizada<br />

Reallogs<br />

S&d Madeiras<br />

SEAP<br />

Talube<br />

Sócios Honorários<br />

Aldo Gandolfi Junior<br />

Amantino Ramos de Freitas<br />

Flavio Carlos Geraldo<br />

Luiz Antônio Pinto Reis<br />

MG<br />

BA<br />

ES<br />

RS<br />

SC<br />

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A MAIOR ASSOCIAÇÃO<br />

DO SETOR DA<br />

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COLUNA ABIMCI<br />

BRASIL TERÁ NORMA<br />

TÉCNICA PARA PELLETS DE MADEIRA<br />

UM MARCO SIGNIFICATIVO PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DOS PRODUTOS E O DESENVOLVIMENTO<br />

TÉCNICO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

O OBJETIVO DESSE TRABALHO<br />

É DESENVOLVER UMA NORMA<br />

TÉCNICA PARA PELLETS PRODUZIDOS<br />

COM RESÍDUOS DE MADEIRA<br />

partir do trabalho de articulação e repre-<br />

institucional, a Abimci (Associação Asentação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente) obteve a aprovação<br />

da Abnt (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas) para a instalação da CE (Comissão<br />

de Estudos) para o desenvolvimento da norma técnica de<br />

pellets. A CEE-242 passa a ser o fórum oficial de discussão<br />

de todas as partes interessadas no tema - representantes<br />

de universidades, laboratórios, institutos de pesquisas,<br />

órgãos do governo, produtores e consumidores.<br />

A ação vem pouco tempo após a criação do Comitê<br />

de Pellets e Biomassa na estrutura organizacional da<br />

Abimci, reafirmando o compromisso da associação em<br />

colocar em prática iniciativas que atendam as demandas<br />

apresentadas pelas empresas associadas. A Abimci, é a<br />

entidade gestora do CB-31 (Comitê Brasileira de Madeira<br />

da Abnt), responsável pela elaboração das normas técnicas<br />

do setor de madeira, e terá um papel fundamental<br />

neste trabalho, que começa com o desenvolvimento do<br />

projeto de norma, que posteriormente passa por uma<br />

consulta nacional e a análise de comentários. Somente<br />

Foto: divulgação<br />

depois disso a norma pode ser validada e publicada pela<br />

Abnt.<br />

O objetivo desse trabalho é desenvolver uma norma<br />

técnica para pellets produzidos com resíduos de madeira,<br />

entre outras matérias-primas, e a aplicação como biomassa,<br />

no que se refere à terminologia, classificação, requisitos,<br />

métodos de ensaio e generalidades. Com excelente<br />

grau de envolvimento e contribuições das empresas produtoras,<br />

a primeira reunião da Comissão de Estudos deve<br />

acontecer ainda este ano.<br />

A criação da CE vem ao encontro de um momento<br />

positivo para o segmento. O crescente uso no mercado<br />

interno de pellets como uma alternativa sustentável para<br />

geração de energia no Brasil se mostra uma janela de<br />

oportunidade para as empresas. O mercado está em franca<br />

expansão, com aumento da capacidade instalada e de<br />

novos investimentos fabris, o que justifica a definição de<br />

padrões de qualidade técnica para atender as diferentes<br />

demandas de uso dos produtos. O agronegócio é o principal<br />

mercado de pellets, principalmente a avicultura.<br />

Em 2018, estima-se que a produção de pellets no<br />

Brasil tenha atingido 506 mil toneladas. Entre 2012-18, a<br />

produção nacional cresceu 43,9% ao ano, resultado do<br />

aumento das importações por parte de países europeus<br />

e asiáticos do produto brasileiro, além do aumento do<br />

consumo interno. Atualmente, as indústrias brasileiras<br />

que exportam pellets seguem parâmetros de legislações<br />

europeias e americanas.<br />

Essa ação será um passo importante para o desenvolvimento<br />

e a consolidação do segmento de pellets no Brasil.<br />

Um marco significativo para a melhoria da qualidade<br />

dos produtos e o desenvolvimento técnico da indústria<br />

brasileira.<br />

Para conhecimento, as demais Comissões de Estudos<br />

que atualmente compõem o CB-31 são madeira serrada,<br />

chapas de madeira compensada, painéis de fibra de<br />

madeira, madeira para carretéis, mourões de madeira<br />

preservada, portas de madeira, pisos de madeira maciça,<br />

madeira tratada, preservação de madeira, cruzeta roliça<br />

de eucalipto tratado, postes de eucalipto preservado,<br />

painéis de partículas de madeira e chapa dura de fibra de<br />

madeira.<br />

Para acompanhar o andamento desse trabalho e participar<br />

das comissões é necessário entrar em contato pelo<br />

e-mail cb31@abnt.org.br.<br />

32 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


www.abimci.com.br<br />

A VOZ DA<br />

INDÚSTRIA<br />

DA MADEIRA<br />

BRASILEIRA<br />

abimci@abimci.com.br<br />

Tel.: (41) 3225-4358


PRINCIPAL<br />

ESTUDO SETORIAL<br />

ABIMCI <strong>2019</strong><br />

TRAZ PANORAMA DA INDÚSTRIA<br />

BRASILEIRA DE MADEIRA<br />

DOCUMENTO APRESENTA AS PRINCIPAIS DEMANDAS<br />

DEFENDIDAS PELA ASSOCIAÇÃO PARA QUE SETOR ALCANCE<br />

SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS E SEJA MAIS COMPETITIVO<br />

Fotos: divulgação<br />

34 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


THE <strong>2019</strong> ABIMCI SECTORIAL STUDY<br />

DEPICTS A PANORAMA OF THE BRAZILIAN<br />

TIMBER INDUSTRY<br />

THE DOCUMENT PRESENTS THE MAIN SUBJECTS DEALT WITH BY THE ASSOCIATION<br />

TO ACHIEVE SECTOR SUSTAINABILITY IN BUSINESS AND BE MORE COMPETITIVE<br />

U<br />

m documento robusto e completo que traça<br />

o perfil do setor industrial madeireiro. O<br />

novo Estudo Setorial Abimci <strong>2019</strong>, recém-<br />

-lançado pela Associação Brasileira da Indústria<br />

da Madeira Processada Mecanicamente<br />

na Semana Internacional da Madeira, apresenta o panorama<br />

mais atualizado do segmento com dados socioeconômicos<br />

e as contribuições para a economia brasileira.<br />

A publicação chega ao mercado, empresas associadas,<br />

institutos de pesquisa, universidades, imprensa, agentes financeiros<br />

e de investimentos, órgãos de governo, poderes<br />

executivo e legislativo e outras entidades representativas<br />

em um momento oportuno, de planejamento das atividades.<br />

O capítulo Floresta apresenta aos leitores uma visão<br />

geral sobre a cobertura florestal mundial, bem como, o<br />

perfil e as perspectivas da base florestal brasileira quanto<br />

à área, principais grupos de espécies e as contribuições<br />

do setor de base florestal na geração de renda, emprego,<br />

diversidade de fauna e flora, pesquisas, proteção do solo,<br />

nascentes e mananciais. O levantamento mostra dados<br />

macros e por região dos tradicionais plantios de eucalipto<br />

e pinus, além de outras espécies florestais. A partir dessas<br />

informações é possível identificar o potencial industrial<br />

existente na diversidade da base florestal brasileira, composta<br />

por áreas nativas e plantadas.<br />

De acordo com o levantamento, a área plantada com<br />

pinus no Brasil (20% do total de plantios florestais do país)<br />

vem decrescendo em pequena escala. Isso se deve à<br />

substituição parcial do pinus pelo eucalipto, e por outros<br />

Arobust and complete document that outlines<br />

the profile of the <strong>Industrial</strong> Timber Sector.<br />

The new <strong>2019</strong> Abimci Sectorial Study, recently<br />

released by the Brazilian Association for the<br />

Mechanically Processed Timber Industry during<br />

International Timber Week, presents the most up-to-<br />

-date panorama of the segment with socio-economic data<br />

and the contributions to the Brazilian economy.<br />

The Study is aimed at the market, associated companies,<br />

research institutions, universities, press, financial and<br />

investment entities, government agencies, executive and<br />

legislative powers, and other representative entities at an<br />

opportune time, that of planning for the future.<br />

The chapter on the Forest presents the readers with an<br />

overview of the global forest cover, as well as the profile<br />

and perspectives of the Brazilian forest base, as to area,<br />

main groups of species, and contributions of the Forest-<br />

-based Sector for the generation of income, employment,<br />

diversity of flora and fauna, research, and soil, water source<br />

and stream protection. The Survey provides macro data by<br />

region for traditional eucalyptus and pine plantations, as<br />

well as that for other forest species. From this information,<br />

it is possible to identify the existing industrial potential of<br />

the diversity of the Brazilian forest base, consisting of native<br />

and planted areas.<br />

According to the survey, the area planted with pine<br />

in Brazil (20% of the total planted forests in the Country)<br />

has been decreasing on a small scale. This is due to the<br />

partial substitution of pine by eucalyptus, and other soil<br />

uses, in some areas of Brazil’s Southern Region, such as for<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 35


38 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


OUTUBRO <strong>2019</strong> 39


CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

40 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


OUSADIA<br />

URBANA<br />

MAIOR ESTRUTURA DE MADEIRA DO MUNDO<br />

BUSCA REMODELAR CENTRO URBANO DA<br />

QUARTA MAIOR CIDADE DA ESPANHA<br />

Fotos: divulgação<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 41


CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

C<br />

om aproximadamente um milhão e<br />

quatrocentas mil pessoas, a cidade de<br />

Sevilha, na Espanha, é um dos pontos<br />

culturais mais visitados da Europa. Lá, foi<br />

desenvolvido nos últimos anos um projeto<br />

de reorganização urbana de diversos pontos do<br />

município, buscando retratar a aliança entre a rica história<br />

da região e a modernidade cultural de seu povo.<br />

Entre as principais regiões turísticas de Sevilha<br />

se encontra o Metropol Parasol, centro comercial e<br />

cultural que pretende “explorar todo o potencial da<br />

Plaza de la Encarnación”, onde está situado, como<br />

explica o criador do arrojado desenho da construção,<br />

o arquiteto Jurgen Mayer.<br />

O projeto surgiu após vencer um concurso realizado<br />

pela prefeitura de Sevilha, que visava substituir<br />

o antigo mercado de la Encarnación, demolido em<br />

2009.<br />

“O Metropol forma um novo ponto de encontro<br />

em Sevilha: um lugar de interação, no qual o antigo<br />

está conectado com o presente. A estrutura construída<br />

em grade, artifício amplamente utilizado pelos<br />

romanos para layouts urbanos, é aqui transformada e<br />

contrastada pelas formas curvas do dossel”, afirma o<br />

profissional alemão.<br />

Além da estrutura vazada, as linhas curvas usam<br />

e abusam da ousadia ao se integrarem à paisagem<br />

espanhola, sendo o ‘movimento’ palavra de ordem<br />

para o Metropol: suas sinuosidades sugerem um movimento<br />

constante, atraindo a curiosidade de quem<br />

passa.<br />

INOVAÇÃO<br />

Todo o centro comercial é construído com placas<br />

verticais de madeira laminada, seguindo um padrão<br />

de corte de 1,5 por 1,5. Essas peças montadas formam<br />

um ‘grillage’, nome dado ao estilo gradeado<br />

romano. O local possui lojas, centro de convenções,<br />

bares e até um restaurante, sendo este último o único<br />

que utiliza uma plataforma de aço em seus ambientes,<br />

por motivos de segurança. Além disso, o Metropol<br />

conta com um terraço panorâmico visitado por<br />

pessoas de todo o mundo.<br />

De acordo com Mayer, foram utilizadas cerca de 3<br />

mil peças de madeira. A estrutura total – que conforma<br />

seis quebra-sóis em forma de cogumelos – mede<br />

aproximadamente 150 m (metros) de extensão, 75 m<br />

de largura e 28 m de altura.<br />

“Como o cálculo estrutural necessitava de uma<br />

análise em três dimensões de grande complexidade,<br />

desenvolvemos um programa interativo capaz de<br />

determinar a espessura dos elementos de madeira<br />

em cada uma das uniões da estrutura para sua otimização<br />

adequada. Finalmente, os dados do modelo<br />

42 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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OUTUBRO <strong>2019</strong> 43


MARCENARIA<br />

44 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


O MDF<br />

NA MARCENARIA<br />

IMPORTANTE NA CONSTRUÇÃO DE MÓVEIS, O MATERIAL É VERSÁTIL<br />

E TEM ALCANÇADO CADA VEZ MAIS ESPAÇO NO MERCADO<br />

Fotos: divulgação<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 45


MARCENARIA<br />

V<br />

árias inovações tecnológicas ajudaram<br />

o exercício da marcenaria a ser atrativo<br />

novamente. Antes vista como uma<br />

profissão em extinção, ela tem crescido<br />

cada vez mais – seja como forma de<br />

sustento ou até mesmo como um hobby para muitos<br />

brasileiros. O MDF (Medium Density Fiberboard),como<br />

é mais comumente conhecido, tem ajudado esse movimento<br />

a se desenvolver e já se transformou em uma<br />

ferramenta que caiu no gosto dos trabalhadores da<br />

madeira.<br />

Surgido no final da década de 1970 em produções<br />

de grande escala e popularizado no Brasil a partir da<br />

década de 1990, por ser extremamente versátil, sendo<br />

um composto leve, resistente e de fácil manuseio, o<br />

MDF ganhou espaço também entre as marcenarias de<br />

garagem e os pequenos negócios de produção de móveis<br />

que valorizam a prática da marcenaria fina.<br />

O QUE É O MDF?<br />

Formado a partir de um material de fibras de madeira<br />

aglutinadas juntas em uma única peça plana<br />

e sem fissuras, originárias de árvores como pinus e<br />

eucalipto, essa matéria-prima também é considerada<br />

sustentável e amiga da natureza.<br />

Para o profissional que opta pelo seu uso na hora<br />

de fabricar os móveis, outra vantagem é a economia<br />

O MDF É FORMADO A<br />

PARTIR DE UM MATERIAL<br />

DE FIBRAS DE MADEIRA<br />

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46 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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pneumáticos da Rotteng flexibilizam e otimizam os cortes de<br />

madeiras, diminuindo o desperdício e aumentando a<br />

produção com mais qualidade e precisão nas medidas, além<br />

de atender as normas legais que garantem a segurança dos<br />

colaboradores. Esta parceria perdura há mais de 6 anos.<br />

Marco Almeida de Souza<br />

Diretor <strong>Industrial</strong> do Grupo Embalatec<br />

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OUTUBRO <strong>2019</strong> 47


48 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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NO FUTURO<br />

COMPLETANDO 50 ANOS, ABPM SE FORTALECE<br />

COMO ENTIDADE REPRESENTATIVA DO SETOR<br />

Fotos: divulgação<br />

50<br />

referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


U<br />

ma das entidades mais relevantes do setor<br />

madeireiro no Brasil, a Abpm (Associação<br />

Brasileira de Preservadores de Madeira)<br />

completa 50 anos de fundação em <strong>2019</strong>.<br />

Com uma trajetória pautada pela defesa<br />

dos direitos e interesses dos associados e do mercado<br />

de madeira tratada, a entidade completa meio século<br />

de atuação como fórum nacional do setor de proteção<br />

de madeiras e na representação do segmento industrial<br />

madeireiro junto aos órgãos reguladores e Poderes Legislativo<br />

e Executivo.<br />

“Os caminhos da preservação de madeiras no Brasil<br />

seguem os passos da atuação da Abpm, de seus associados<br />

e de seus parceiros técnicos, destacadamente<br />

o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) do Estado<br />

de São Paulo”, afirma o presidente da Abpm, Gonzalo<br />

Lopez.<br />

Desde a fundação, a entidade visa garantir a qualidade<br />

necessária para a consolidação do seu uso, trazendo<br />

um legado de credibilidade e de confiança adquirida<br />

junto aos mercados da madeira tratada; a Abpm tem<br />

como um de seus grandes feitos a criação do convênio<br />

IPT-Abpm, em 1972, inicialmente como Convênio Ibdf-<br />

-IPT-Abpm. A parceria foi estabelecida com a finalidade<br />

de dar suporte técnico e fazer o controle de qualidade<br />

da madeira preservada no Brasil, convênio mantido e<br />

utilizado pelos associados até hoje.<br />

“Sem a existência de normas técnicas certamente<br />

não teríamos referenciais de qualidade mínima exigível,<br />

principalmente levando em conta as características de<br />

nosso território”, destaca Lopez.<br />

INTERNACIONALIZAÇÃO<br />

A entidade deu um passo importante para a internacionalização<br />

com a produção de um evento internacional,<br />

com a parceria direta da FG4Mad Consultoria em<br />

Madeiras e da Malinovski, o “Wood Protection – Conferência<br />

Sul-Americana de Tecnologias de Proteção de<br />

Madeiras”. Realizado em Curitiba em 2017, como parte<br />

da SIM (Semana Internacional da Madeira), o evento<br />

possibilitou uma nova dimensão aos eventos da Abpm,<br />

pela primeira vez com um evento internacional.<br />

“Todas as nossas ações partem de demandas do<br />

próprio setor e foram desenvolvidas por membros e colaboradores<br />

de todas as Diretorias anteriores ao longo<br />

destes 50 anos”, enaltece Lopez.<br />

Manter um canal de diálogo com o mercado é uma<br />

forma não apenas de fortalecer o setor madeireiro,<br />

mas também a própria atuação da Abpm. “Quanto<br />

mais fortes e mais representativos do mercado, mais<br />

prontamente poderemos enfrentar e estar prontos para<br />

os próximos desafios e demandas advindas de novas<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 51


52 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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OUTUBRO <strong>2019</strong> 53


MADEIRA TRATADA<br />

PONTE PARA<br />

O PROGRESSO<br />

54 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


XX<br />

GOVERNO DO PARANÁ INVESTE EM PONTE DE MADEIRA<br />

PARA MELHORAR O TRÁFEGO PARA MORADORES E EMPRESAS<br />

PRODUTORAS DE BANANA EM MUNICÍPIO DO LITORAL<br />

Fotos: Gilson Abreu<br />

OUTUBRO <strong>2019</strong> 55


MADEIRA TRATADA<br />

Antes encarado como um material ultrapassado<br />

e inferior ao ferro e ao concreto,<br />

a madeira volta a ter protagonismo<br />

na construção civil, seja ela da iniciativa<br />

privada ou de prefeituras e governos<br />

de Estado. No Paraná, a nova administração não é<br />

diferente. Desde agosto deste ano, moradores de<br />

Guaratuba (PR) e empresários do ramo alimentício<br />

passaram a ter mais segurança e rapidez para atravessar<br />

o Rio Cubatão, com a reforma da ponte que<br />

passa pela região.<br />

Essa estrutura foi inaugurada pelo governador<br />

Ratinho Júnior, com a presença de políticos locais e<br />

representantes das comunidades que serão beneficiadas<br />

pela obra. A nova ponte liga a comunidade<br />

do Cubatão com a Limeira, que faz divisa com o município<br />

de Morretes (PR).<br />

A antiga construção, erguida há quase trinta anos<br />

pelos próprios moradores, mostrou danos estruturais<br />

irreparáveis após uma enxurrada na região, problema<br />

frequente em Guaratuba. Por isso, prefeitura<br />

e governo do estado se dispuseram a pagar uma<br />

quantia de cerca de R$ 1,3 milhão na ponte que irá<br />

facilitar a vida da população litorânea.<br />

“Esta ponte vai atender as comunidades diminuindo<br />

distâncias e facilitando a vida de quem<br />

produz. É uma das regiões que mais produz banana<br />

no Brasil e as pessoas que vivem dessa vocação<br />

precisam ter transporte e logística eficientes para o<br />

produto chegar com preço acessível nos mercados e<br />

indústrias”, afirmou o governador, que foi o primeiro<br />

no cargo a visitar a comunidade.<br />

De acordo com o prefeito de Guaratuba, Roberto<br />

Justus, a ponte é utilizada pelas duas comunidades<br />

e por outras adjacentes. Segundo ele, toda a produção<br />

agrícola do município passa pela ponte, com<br />

carretas que chegam a pesar 30 t (toneladas).<br />

“Essa obra melhora a vida das pessoas direta e<br />

indiretamente. Facilita para quem mora na região e<br />

utiliza o transporte escolar e também melhora o escoamento<br />

agrícola. A qualidade da banana depende<br />

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56 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


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OUTUBRO <strong>2019</strong> 57


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58 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong><br />

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA<br />

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FABRICIO GOMES GONÇALVES<br />

SABRINA DARÉ ALVES<br />

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

GEANINE COSTA GAVA<br />

ADAIR JOSÉ REGAZZI<br />

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA<br />

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ARTIGO<br />

RESUMO<br />

O<br />

s setores da construção civil, indústria<br />

moveleira, indústria de papel e celulose<br />

buscam novas alternativas para uma<br />

utilização mais racional da madeira que<br />

possam diminuir as limitações de seu<br />

uso, a exemplo da produção dos painéis reconstituídos<br />

dessa matéria-prima, como compensados, aglomerados<br />

de partículas, sarrafos, MLC (Madeira Laminada<br />

Colada), entre outros. No presente trabalho buscou-se<br />

avaliar a eficiência da colagem em taliscas de madeira<br />

de Eucalyptus cloeziana preservadas quimicamente<br />

com CCA (Arseniato de Cobre Cromatado).<br />

Foram utilizados seis adesivos: MUF (Melamina<br />

Ureia Formaldeído); PVA (Poliacetato de Polivinila); RF<br />

(Resorcinol Formaldeído); TF (Tanino Formaldeído);<br />

UF (Ureia Formaldeído); PUR (Poliuretano à Base de<br />

Mamona); e foram realizadas avaliações da interface<br />

madeira-adesivo por meio de fotomicrografias, da resistência<br />

ao cisalhamento, da porcentagem de falhas<br />

na madeira e mensuração da espessura da linha de<br />

cola. Para a visualização da interface madeira-adesivo<br />

retiraram-se cortes anatômicos de cada posição, plano<br />

transversal e plano longitudinal da junta colada, após<br />

amolecimento em água quente.<br />

Apenas nas taliscas unidas com TF não foi possível<br />

avaliar a interface. O CCA contribuiu de forma negativa<br />

nas propriedades físicas e mecânicas da madeira. O<br />

MUF apresentou os melhores resultados, representados<br />

por maiores penetrações do adesivo no material<br />

utilizado e consequentemente maiores valores de<br />

resistência ao cisalhamento e menores valores de delaminação.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A madeira é um material de origem biológica que<br />

apresenta propriedades físicas e mecânicas variáveis<br />

entre as espécies e dentro de uma mesma espécie,<br />

sendo matéria-prima indispensável em aplicações na<br />

construção civil, indústria moveleira, indústria de papel<br />

e celulose, dentre outras. Na sua forma maciça e em<br />

dimensões maiores, a madeira tomou-se, ao decorrer<br />

dos anos, um material difícil de ser encontrado devido<br />

à constante supressão de florestas nativas e à legislação<br />

ambiental vigente. Assim, os setores que a utilizam<br />

buscaram novas alternativas para um aproveitamento<br />

mais racional e que pudessem diminuir suas limitações<br />

de uso, a exemplo da produção dos painéis reconstituídos<br />

de madeira, como compensados, aglomerados de<br />

partículas, sarrafeados, MLC, entre outros.<br />

Associado a essa alternativa, tem-se o aproveitamento<br />

de resíduos madeireiros na produção destes<br />

painéis, desde que um estudo técnico do material seja<br />

realizado. Em empresas de imunização de madeiras,<br />

após seu efetivo tratamento com preservantes, os<br />

resíduos gerados apresentam em sua composição<br />

substâncias químicas tóxicas. Para o uso de madeira<br />

que passou ou não por um tratamento preservante,<br />

alguns estudos foram realizados em relação a sua colagem<br />

como forma de aproveitamento de resíduos, a<br />

exemplo de Abreu et al.. Pereira et al., Bertolini et al. e<br />

Boa et al<br />

A maioria dos painéis de madeira requer adesivos<br />

durante a produção para um melhor aproveitamento<br />

de suas pequenas peças. Segundo Carneiro et al., os<br />

mais utilizados pelo setor madeireiro e moveleiro são<br />

aqueles à base de poliacetato de vinila, ureia-formaldeído,<br />

fenol-formaldeído, poliuretano, colas à base de<br />

água, entre outros.<br />

Conforme Brady e Kamke, a região de interface é o<br />

volume que contém as células de madeira e o adesivo.<br />

De acordo com Albino et al., é importante conhecer<br />

essa interface em função da utilização crescente de<br />

produtos à base de compostos da madeira. Os mesmos<br />

autores afirmam que a adesão entre a madeira e o<br />

adesivo depende das características de cada um deles<br />

e do processo adotado para a colagem. Existem poucos<br />

estudos sobre como ocorre essa interação, apenas<br />

sobre a resistência ao cisalhamento na linha de cola.<br />

No Brasil, os painéis são produzidos principalmente<br />

por peças de madeira das espécies obtidas por reflorestamentos<br />

dos gêneros Eucalyptus e Pinus. Essas<br />

apresentam matéria-prima com boas características<br />

e são de rápido crescimento, segundo Iwakiri et al.,<br />

quando comparadas com espécies nativas do Brasil.<br />

No gênero Eucalyptus, com características físicas e<br />

mecânicas e excelente potencial para diferentes usos,<br />

pode-se destacar o Eucalyptus cloeziana F. Muell.<br />

Dentre esses usos potenciais encontra-se a MLC,<br />

considerada um produto estrutural formado pela associação<br />

de lamelas de madeira selecionadas, dispostas<br />

de forma que as fibras fiquem paralelas, e unidas com<br />

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OUTUBRO <strong>2019</strong> 61


62 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


OUTUBRO <strong>2019</strong> 63


AGENDA<br />

AGENDA<br />

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3 A 6<br />

CAIRO WOODSHOW<br />

<strong>2019</strong><br />

CAIRO (EGITO)<br />

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DEZEMBRO<br />

3 A 6<br />

WOODEX <strong>2019</strong><br />

MOSCOU (RÚSSIA)<br />

WWW.WOODEXPO.RU<br />

FEVEREIRO<br />

4 A 6<br />

ZOW FAIR<br />

HANNOVER (ALEMANHA)<br />

WWW.ZOW.DE/ZOW/INDEX.PHP<br />

FEVEREIRO<br />

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LYON (FRANÇA)<br />

WWW.EUROBOIS.NET/<br />

64 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


A Codornada Florestal está<br />

de volta em sua 13ª Edição!<br />

O evento promove o ponto de encontro do<br />

setor florestal, através de um jantar voltado<br />

às empresas e profissionais do setor de base:<br />

madeireira, florestal e de celulose.<br />

04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />

Ponte Alta do Norte - SC<br />

1º DIA<br />

04/12<br />

DIA DE CAMPO<br />

2º DIA<br />

05/12<br />

MANHÃ - SEMINÁRIO<br />

TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />

NOITE - JANTAR<br />

AÇÃO SOCIAL<br />

Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />

Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />

(uma para menino/outro para menina)<br />

Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal<br />

Apoio:<br />

Realização:


ESPAÇO ABERTO<br />

ECONOMIA CIRCULAR<br />

REPRESENTA UMA NOVA OPORTUNIDADE<br />

O<br />

crescimento populacional, a escassez dos<br />

recursos naturais e a destinação inadequada<br />

dos resíduos exigem a adoção de<br />

padrões de produção e de consumo cada<br />

vez mais sustentáveis. Hoje, a quantidade<br />

e a qualidade de políticas públicas que incentivam o<br />

uso eficiente dos recursos naturais estão sob escrutínio<br />

geral.<br />

Nesse cenário, a economia circular aparece como<br />

alternativa desejável ao modelo tradicional, que envolve<br />

produção, consumo e descarte, pois defende o uso dos<br />

recursos naturais com menos desperdício. Além disso,<br />

permite que as empresas reduzam custos e perdas, gerem<br />

fontes alternativas de receita e diminuam a dependência<br />

de matérias-primas virgens.<br />

Muitos países já avançaram no tema da economia<br />

circular e têm implementado políticas públicas que promovam<br />

a passagem do atual para o novo modelo. Em<br />

2009, a China publicou uma lei baseada no uso eficiente<br />

dos recursos a partir de incentivos fiscais, apoio financeiro<br />

e regulações. Na União Europeia, foram concedidos<br />

mais de 650 milhões de euros em crédito para financiar<br />

projetos inovadores nesse segmento de atuação.<br />

O Brasil ainda não tem uma estratégia nacional definida<br />

para a economia circular, mas há instrumentos que<br />

tratam, mesmo que de modo ainda desarticulado, de<br />

práticas circulares. A Pnrs (Política Nacional de Resíduos<br />

Sólidos) é um exemplo, pois aborda a gestão de resíduos<br />

e a responsabilidade compartilhada.<br />

Nos últimos anos, a política energética brasileira<br />

também vem contribuindo para diversificar a matriz<br />

energética – principalmente com fontes renováveis,<br />

BRASIL AINDA NÃO TEM UMA<br />

ESTRATÉGIA NACIONAL<br />

DEFINIDA PARA A ECONOMIA CIRCULAR,<br />

MAS HÁ INSTRUMENTOS QUE TRATAM,<br />

MESMO QUE DE MODO AINDA<br />

DESARTICULADO, DE PRÁTICAS<br />

CIRCULARES<br />

POR<br />

ROBSON BRAGA<br />

DE ANDRADE<br />

EMPRESÁRIO E<br />

PRESIDENTE DA CNI<br />

(CONFEDERAÇÃO<br />

NACIONAL DA<br />

INDÚSTRIA)<br />

como biomassa, eólica e solar – a partir de incentivos e<br />

linhas de crédito. Energias renováveis já compõem 80%<br />

da matriz elétrica brasileira, índice mais de três vezes superior,<br />

por exemplo, ao de países integrantes da Ocde<br />

(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento<br />

Econômico), hoje em 23%.<br />

Na área da logística reversa, é necessário equacionar<br />

bem os problemas existentes a partir da criação de<br />

documento simplificado e isento de tributação no transporte<br />

de resíduos. É preciso, ainda, aproximar academia<br />

e empresas para garantir que as boas ideias geradas se<br />

transformem em desenvolvimento tecnológico e inovação,<br />

que é o fator-chave para dar escala à economia<br />

circular.<br />

Práticas circulares são de fundamental importância<br />

para uma economia de baixo carbono. No momento em<br />

que os países desenvolvidos e os demais emergentes<br />

acordam para esse fato, o Brasil não pode ficar para<br />

trás, principalmente porque possui algumas vantagens<br />

comparativas: 20% da biodiversidade do mundo, 12%<br />

das reservas de água doce, 8,5 milhões de quilômetros<br />

quadrados de território, e 3,6 milhões de quilômetros<br />

quadrados de zona marítima, além da proximidade entre<br />

o mercado produtor e o consumidor.<br />

Nosso grande objetivo é, de maneira ambientalmente<br />

sustentável, transformar as nossas vantagens<br />

comparativas em vantagens competitivas, garantindo<br />

um panorama favorável aos negócios, com regras claras<br />

e com segurança jurídica. A indústria brasileira tem potencial<br />

enorme para ser protagonista no uso eficiente de<br />

recursos naturais, visando a sua inserção na economia<br />

de baixo carbono e aumentando a sua participação nas<br />

cadeias globais de valor, com mais produtividade, eficiência,<br />

e geração de emprego e renda. Essa é a indústria<br />

forte, limpa e competitiva que todos queremos.<br />

Foto: divulgação<br />

66 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>


São José dos Pinhais<br />

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68 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO <strong>2019</strong>

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