RCIA - ED. 111 - OUTUBRO 2014
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A HISTÓRIA<br />
A cidade grande<br />
dentro da usina<br />
A Usina Tamoio contribuiu na<br />
vida de muitas pessoas, não<br />
apenas com o futebol em suas<br />
terras, mas com Araraquara e<br />
região. De grande propriedade<br />
agroindustrial pertencente à<br />
família Morganti, na época,<br />
parte integrante da Refinadora<br />
Paulista S.A, surgia, em 1930,<br />
um time de futebol que<br />
proporcionaria aos empregados<br />
e funcionários daquela empresa,<br />
a prática esportiva.<br />
Reportagem: Rafael Zocco<br />
Colaboração: O Futebol na Terra do Sol<br />
(Vicente Baroffaldi) e Alessandro Bocchi<br />
1965 - Laerte, Daia, Menon, Ditinho Galvão, Galvão, Dito Cabeludo e Cita; Roberto, Jauna,<br />
Tutinha, Nelsinho e Amaral<br />
Apoiados pela direção<br />
da indústria, os idealizadores<br />
do movimento para<br />
fundação de um clube na<br />
usina estruturaram a base<br />
em que se assentaria a<br />
entidade desportiva, também<br />
com seu lado social,<br />
para proporcionar entretenimento<br />
aos associados. O<br />
futebol, levaria no uniforme<br />
o nome da empresa, que<br />
representavam e cabiam<br />
honrar. Surgiu assim o Usina<br />
Tamoio Futebol Clube, se<br />
transformando em um dos<br />
mais importantes e respeitados<br />
clubes de futebol amador do Estado.<br />
A usina, em si, oferecia uma estrutura<br />
totalmente surreal. Uma cidade dentro de<br />
uma indústria. Trabalhadores ficavam com<br />
suas famílias acomodados em casas construídas<br />
nas fazendas próximas à sede principal,<br />
contendo armazéns, restaurantes e até<br />
cinemas, sendo um deles dentro da igreja.<br />
Apesar de ser uma forma de lazer em que<br />
os funcionários e pessoas ligadas à usina<br />
usufruíam, o comprometimento era quase a<br />
mesma coisa com o trabalho. Os funcionários<br />
eram convidados ou se voluntariavam<br />
em representar<br />
o time da Tamoio, passando<br />
por uma espécie de peneira.<br />
Isso em todas as suas<br />
seções que faziam parte do<br />
complexo. Ao ingressar na<br />
equipe, os trabalhadores<br />
podiam sair mais cedo do<br />
serviço para treinamentos<br />
as quartas e sextas-feiras,<br />
depois das 16h. Quem não<br />
comparecesse no treinamento,<br />
era suspenso do time.<br />
Em 1946, o clube ficou<br />
filiado à Federação Paulista<br />
de Futebol e à Liga Araraquarense<br />
de Futebol, podendo<br />
disputar os principais campeonatos do futebol<br />
amador do estado de São Paulo. Tendo em<br />
mãos este direito, sagrou-se campeão Amador<br />
da cidade (1954), além de ter conquistado o<br />
Setor 4 do Campeonato do Interior do Estado.<br />
Igreja de Tamoio<br />
Poucos eram os clubes profissionais na<br />
década de 50 que possuiam um estádio de<br />
futebol com a beleza e o conforto do<br />
“Comendador Freitas”, o campo da Tamoio<br />
A diretoria de 1955 era constituída por<br />
Romeu Graziano (Presidente), Alcindo Machado<br />
Guimarães (1º vice-presidente), José Veltri<br />
(2º vice-presidente), Camilo Tôrres (Secretário<br />
Geral), Vitorino Natalin Kraspski (1º Secretário),<br />
Mário Della Valle (2º Secretário), Moacir<br />
Baccarin (1º Tesoureiro) Mário Marcatto (2º<br />
Tesoureiro), Miguel Veltri (Diretor de Esportes),<br />
Antônio Codrin (2º Diretor de Esportes), Aylton<br />
Guimarães Fernandes, Otto Ernani Muller e<br />
Wladimir Orloff (Conselho Fiscal), José Lusne,<br />
Luiz Simionato e Kurt Dudalski (Conselheiros)<br />
1971: Menon, Edi,<br />
Charuto, Fubeca,<br />
Sapeca e Bídia; Miro<br />
Carioca, Elias, Totó,<br />
Manezinho e Zé Câmara<br />
Nos fins de semana os<br />
sócios (funcionários da<br />
Usina), tinham as<br />
brincadeiras dançantes.<br />
Animação dos Bruxos de<br />
Araraquara em 1967.<br />
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