Entrevista: governo lançará o Plano Decenal de Eficiência Energética
CONECTANDO
EFICIÊNCIA
SOLUÇÕES MODERNAS
DE AÇO INOXIDÁVEL
REVOLUCIONAM O
MERCADO
9 77 2 359 4 58108 0 0 0 3 5
US$ 2.500 BILHÕES
DE INVESTIMENTOS EM
ENERGIAS RENOVÁVEIS
ENERGIA EM MOVIMENTO
PARANÁ PROJETA NOVAS USINAS
SISTEMA PISO MÓVEL
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SUMÁRIO
04 | EDITORIAL
Novos momentos
06 | CARTAS
08 | NOTAS
14 | ENTREVISTA
18 | PRINCIPAL
24| ECONOMIA
Mercado em expansão
32| PELO MUNDO
Oriente consciente
38 | CASE
Maçã verde
44| INOVAÇÃO
50 | ARTIGO
56 | AGENDA
58| OPINIÃO
Novo Tratado de Itaipu: riscos e
possibilidades
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
03
EDITORIAL
Estampa a capa desse mês imagem
alusiva aos serviços oferecidos pela
empresa Inox Conexões
NOVOS
MOMENTOS
E
m uma nova fase da matriz energética brasileira, onde a busca por tecnologias limpas para
geração de energia se faz urgente para garantir o futuro e o crescimento do país, nós, da REVISTA
BIOMAIS, buscamos diariamente trazer conteúdos que estejam em conexão direta com a realidade
de você, leitor, que vive o dia a dia de um setor em constante mudança. Por isso, nesta edição,
abordamos os investimentos em energia eólica, biomassa, hidrelétrica e solar, que chegaram a mais US$
2.500 bilhões nesta década. Falamos também sobre o estado de Paraná, que pretende construir 11 novas
mini hidrelétricas, além de um parque eólico e abordamos o cenário de países asiáticos, que caminham
para se tornar parte da economia global e podem ser decisivos para os próximos passos do desenvolvimento
sustentável no cenário mundial. Uma excelente leitura!
EXPEDIENTE
ANO VI - EDIÇÃO 35 - OUTUBRO 2019
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04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Caldeiras Alfa Laval Aalborg para
queima de biomassa
CARTAS
INFORMAÇÃO
Esclarecedora a reportagem sobre a certificação Enplus, necessária para entrar no mercado
europeu de pellets de madeira. Parabéns a toda a equipe!
Márcio Bayol – São Paulo (SP)
Foto: divulgação
BATE-PAPO
Excelente entrevista com o agrônomo Bruno Laviola, que contou um pouco mais sobre as iniciativas da Embrapa
Agroenergia – uma entidade conectada com o setor e sempre em busca de uma evolução.
Eloi Quege – Goiânia (GO)
TECNOLOGIA
Bom saber que novas soluções para descarbonizar os diversos setores da economia são impulsionadas pelas startups.
São as novas empresas sempre alinhadas com aquilo que a sociedade espera!
Heloísa Santos – Niterói (RJ)
PELO MUNDO
A editoria Pelo Mundo é uma de minhas favoritas – sempre com exemplos que podem
(e devem!) servir de inspiração para iniciativas semelhantes em nosso país. Parabéns!
Thiago Alonso – Ituiutaba (MG)
Foto: divulgação
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA
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Montagem eletromecânica
www.flexmontagem.com.br
FABRICAÇÃO E MONTAGEM DE
TUBULAÇÕES DE INOX, AÇO CArBONO,
PEAD E ENTRE OUTRAS
MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS, VASOS,
DIGESTORES, TROCADORES DE CALOR
E EVAPORADORES
REPINAGEM EM TUBO DE CALDEIRA
RECUPERAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
DE TUBOS DO EVAPORADOR
MANUTENÇÃO DE DIGESTORES
CALDEIRARIA/FABRICAÇÃO DE SILOS,
ESTRUTURAS, PINTURA, JATEAMENTO
E REVESTIMENTO COM UHMW
MONTAGEM ELETROMECÂNICA
RETROFIT DE LIXADEIRAS E PREnSAS PARA
INDúSTRIAS De madeiras e aglomerados
MONTAGEM ELÉTRICA
E AUTOMAÇÃO
PROJETO E FABRICAÇÃO MECÂNICA
DE ESTÁTICOS E DINÂMICOS
INTERVENÇÕES DE AUTOMAÇÃO,
ELETROMECÂNICA E MECÂNICA
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EMPRESA
CERTIFICADA
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NOTAS
MAIS INVESTIMENTOS
O Banco Europeu de Investimento aprovou financiamento
de 150 milhões de euros para o desenvolvimento
de usinas eólicas e solares no Brasil. O crédito
será emitido através da EDP Renováveis e aumentará o
seu portfólio para 1,8 TWh (Terawatt/hora) por ano até
2023. A expectativa é que o financiamento contribua
para o Brasil diminuir suas emissões de carbono,
diversificar o portfólio de energia renovável do país,
acelerando a transição energética, e oferecer aos consumidores
energia acessível. Além disso, os projetos
deverão reduzir os custos de importação de energia no
país e gerar até 1.900 novos empregos durante a fase
de implementação.
Foto: divulgação
BIOGÁS DE EUCALIPTO
Estudo desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa
aponta vantagens no uso da gaseificação para transformação
da biomassa em biocombustível. As vantagens incluem
a adequação da tecnologia já existente para o uso do gás
combustível gerado, bem como o armazenamento e transporte
mais eficiente em relação à biomassa sólida. Para o estudo, os
pesquisadores utilizaram um gaseificador de biomassa de leito
fixo de fluxo concorrente e a biomassa de discos de eucalipto.
Em seguida, eles analisaram propriedades como o teor de água
e o poder calorífico superior e inferior. O experimento constatou
que a gaseificação permite uma grande viabilidade técnica
com a produção de um gás com um bom poder calorífico e que
pode ser utilizado em aplicações energéticas.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
ENERGIA NOTURNA
Pesquisadores americanos desenvolveram um novo método para aproveitar
a noite para obter energia renovável. A inovação aproveita o calor
que sobe para a atmosfera durante a noite para gerar energia acessível a
populações que não têm acesso confiável a energia. O método aproveita o
resfriamento radiativo do céu, um fenômeno natural no qual uma superfície
exposta ao céu expele seu calor no ar como radiação térmica. Parte
desse calor sobe para a atmosfera superior e depois para áreas mais frias do
espaço. O resultado é que os objetos são mais quentes que a atmosfera, e
a tecnologia aproveita essa diferença de temperatura capturando parte do
calor do ar circundante e convertendo-a em eletricidade. A inovação tem a
possibilidade de ser adaptada para reduzir os custos, o que poderia influenciar
a vida de mais de 1 bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso
confiável à eletricidade, segundo a Agência Internacional de Energia.
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
INTERVENÇÃO URBANA
A intervenção urbana: Caçambas; realizada em São Paulo a partir do dia 31
de agosto, está recebendo apoio da Klabin, maior produtora e exportadora de
papéis para embalagem do Brasil. O objetivo é sensibilizar a população para
a temática da gestão de resíduos sólidos. A intervenção consiste em 15 esculturas
criadas pelo artista visual Eduardo Srur, que remetem a uma caçamba -
objeto utilizado para descarte de resíduos e cada vez mais presente no espaço
público. As obras são expostas nas regiões de Pinheiros e Butantã, na capital
paulista. A iniciativa está em concordância com a Política de Sustentabilidade
da Klabin, na qual a temática de resíduos sólidos está amplamente inserida.
Além da adoção de práticas sustentáveis relacionadas ao processo produtivo,
a empresa realiza ações de conscientização nas comunidades onde atua para
conscientizar a população sobre o tema.
Foto: divulgação
BIOMASSA DE
ARAUCÁRIAS
Um estudo desenvolvido no município
catarinense de São José do Cerrito mostra
que produção de biomassa florestal a partir
de grimpas de Araucárias é uma boa oportunidade
dentro do setor para gerar energia
limpa. O uso das grimpas também contribui
para melhorar a qualidade de saúde dos
bovinos nas fazendas, que aspiram as grimpas
na pastagem e correm risco de morte
ou eutanásia por problemas respiratórios. A
pesquisa aponta que a produção de biomassa
de grimpas de Araucárias corresponde
a 23% da produção de biomassa florestal
total em Santa Catarina, sendo os meses de
janeiro e fevereiro os mais produtivos com
160Kg de grimpas recolhidas. A produção
das grimpas é maior nos dias chuvosos e
menor durante a primavera.
BIOGÁS NA EUROPA
O vice-governador do Paraná, Darci Piana, visitou a Europa em busca de trazer
mais conhecimento e parcerias comerciais ao Paraná. Acompanhado de um grupo
de especialistas paranaenses, Piana realizou visitas técnicas a indústrias e estabelecimentos
de diversos setores da economia europeia. Um dos destaques foram as
visitas a usinas de tratamento de água e de transformação de dejetos em gás. O objetivo
foi levar os projetos para o estado, de acordo com o secretário da Agricultura
e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara. “Foi uma semana intensa, em que
aprendemos muito. Tenho certeza que abrimos a porta do Paraná, mas também a
porta do mercado local para um intercâmbio mais intenso”, ressaltou Ortigara.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
09
NOTAS
POTENCIAL NO PARANÁ
Prospecção realizada pelo Parque Tecnológico Itaipu aponta que as regiões
norte e oeste do Paraná têm grande potencial para geração de biogás. O potencial
está ligado aos rebanhos suínos, que estão entre os maiores do país e geram
uma grande quantidade de esterco que pode ser utilizado para a geração de
biogás. A entidade analisou características como critérios físicos e aspectos da
legislação para a escolha do local de implementação de usinas de biogás. Após
vários levantamentos e processamento de dados geográficos, a prospecção
chegou a conclusão que o estado conta com uma extensa área disponível para
esse tipo de empreendimento. Os destaques são o norte central e a região oeste
do Estado, com 62,6% de área disponível.
Foto: divulgação
ENERGIA SOLAR
A Renner, maior varejista de moda do
Brasil, começou a abastecer lojas a partir de
energia solar fotovoltaica. A fonte renovável
já é utilizada em quatro lojas do Rio de
Janeiro, sendo três lojas de rua localizadas em
Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e
uma loja no Shopping Madureira. A operação
segue as normativas da Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica) para geração distribuída,
com a energia sendo produzida em
uma fazenda solar localizada no município de
Vassouras, a 120 km (quilômetros) da capital
fluminense. A iniciativa é parte das metas de
sustentabilidade da empresa, que incluem o
suprimento de 75% do consumo corporativo
de energia a partir de fontes renováveis de
baixa emissão e a redução de 20% das emissões
de CO2 (Gás Carbônico) em relação ao
nível registrado em 2017.
BIOGÁS COREANO
A cidade de Changwon, na Coréia do Sul, receberá nos próximos
meses a construção de uma usina de biogás produzido a partir de resíduos
orgânicos de alimentos e dejetos de animais descartados na região.
Localizada perto de fazendas, a usina de biogás terá um ponto específico
para receber o lixo orgânico vindo da cidade. O empreendimento será
construído pela fabricante Biogest em parceria com a HC Energy, com
apoio do governo municipal e do centro de tecnologia agrícola da cidade.
A usina será capaz de gerar eletricidade e energia térmica, além de
melhorar a qualidade do ar em uma região de fazenda de suínos.
Foto: divulgação Foto: divulgação
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
FENASUCRO BATE
RECORDE EM
NEGÓCIOS E PÚBLICO
A XXVII Fenasucro confirmou o cenário positivo do
mercado com a expectativa em relação ao RenovaBio
e alcançou volume de negócios em torno de R$ 4,2
bilhões, que se iniciaram durante a feira e serão concretizados
nos próximos seis meses. O público final foi
de 41 mil visitantes/compradores.
Somente as rodadas de negócios, que atraíram
compradores de 11 países e do Brasil, contaram com
mais de 600 reuniões e têm previsão de negócios em
torno de R$ 99 milhões. No estande de startups do
Sebrae, nove empresas ofereceram soluções, gerando
aproximadamente 1,5 mil atendimentos e R$ 100 mil
em negócios também firmados a partir da feira.
O diretor Paulo Montabone afirma que o evento
representou um divisor de águas em razão do otimismo
do setor e de novas perspectivas. "A Fenasucro é
palco das transformações e inovações necessárias para
o crescimento do mercado de bioenergia no país há
27 anos”, ressalta o diretor da feira.
“Nos próximos anos o Brasil passará a produzir
48 bilhões de litros de etanol/ano (15 bilhões a mais
do que é produzido hoje) e, mais do que isso, terá
possibilidade de reduzir cerca de 600 milhões de toneladas
de CO2 (Gás Carbônico) da atmosfera, o que irá
gerar R$ 23 bilhões só em crédito de descarbonização
(Cbio). Com esse contexto promissor, podemos afirmar
que, no mínimo 10% de todos esses investimentos
que serão injetados no mercado a partir do Renovabio,
circularão pela feira nos próximos anos", completa.
Luis Carlos Jorge, presidente do Ceise Br, destaca
a força do RenovaBio para os resultados da feira.
"O sucesso da Fenasucro 2019 é reflexo do cenário
positivo em torno do funcionamento, a partir de 2020,
do RenovaBio – programa que reconhece e amplia a
participação dos biocombustíveis na matriz energética
brasileira, o que pode gerar, em 10 anos, R$ 1,4 trilhão
em investimentos para expansão da oferta, por exemplo”,
afirma Jorge.
“E essas boas perspectivas se confirmaram também
pelo nível dos visitantes – um público ainda mais
qualificado, propenso a negócios efetivos, já visando
as oportunidades e demandas da tão esperada retomada
do setor bioenergético", conclui o presidente do
Ceise Br.
Fotos: divulgação
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
11
NOTAS
BIOMASSA EM PORTUGAL
Um novo programa de incentivo do governo de Portugal
pretende alavancar a construção e operação de usinas de
biomassa no país. As novas usinas serão localizadas próximas
a áreas florestais de alto risco de incêndio para minimizar o
problema no país. As novas medidas do governo português se
concentraram principalmente no apoio às usinas térmicas de
biomassa. O objetivo da iniciativa é descarbonizar o consumo
térmico existente e promover a eficiência energética na região
através da produção renovável. Os empreendimentos, combinados,
produzirão 60 MW (Megawatts) de energia no continente.
Foto: divulgação
ENERGIA DE BAMBU
Um estudo desenvolvido por pesquisadores na
Uninter aponta que o uso de bambu para geração de
energia limpa favorece a agricultura familiar. O estudo
destacou o potencial de duas espécies de bambu
adaptadas ao Brasil, Hatiku e Mossô. A pesquisa aponta
que o potencial energético do bambu torna-o uma
alternativa viável e com diversos benefícios, como o
desenvolvimento econômico e exploração sustentável.
O estudo destaca ainda as melhores condições nos
custos logísticos dessa biomassa florestal e reforça o
seu potencial para a geração de energia com aplicação
na agricultura familiar.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
BIOCOMBUSTÍVEL DE MADEIRA
O governo do Canadá anunciou investimentos na produção de
biocombustível produzido a partir de resíduos agrícolas e de madeira.
O investimento de 4,7 milhões de dólares vai para a Woodland
Biofuels, companhia canadense de gás com sede em Toronto que visa
ampliar sua instalação de etanol celulósico. Do total US$ 1,9 milhão
serão investidos no desenvolvimento de uma tecnologia de resíduos
para biocombustível que usa resíduos de madeira e agrícolas. Os
outros US$ 2,8 milhões irão para a expansão comercial da planta de
demonstração de etanol celulósico da empresa, em Sarnia, Ontario,
que produz etanol a partir de resíduos florestais e resíduos de construção
e demolição de madeira.
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
A Codornada Florestal está
de volta em sua 13ª Edição!
O evento promove o ponto de encontro do
setor florestal, através de um jantar voltado
às empresas e profissionais do setor de base:
madeireira, florestal e de celulose.
04 E 05 DE DEZEMBR0 DE 2019
Ponte Alta do Norte - SC
1º DIA
04/12
DIA DE CAMPO
2º DIA
05/12
MANHÃ - SEMINÁRIO
TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS
NOITE - JANTAR
AÇÃO SOCIAL
Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte
Cada convidado: Doar 2 brinquedos
(uma para menino/outro para menina)
Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal
Apoio:
Realização:
ENTREVISTA
Foto: Saulo Cruz (MME)
ENTREVISTA
REIVE
BARROS
Formação: Engenheiro Elétrico graduado
pela Escola Politécnica de Pernambuco
e Mestre em Engenharia de Produção
pela Ufpe (Universidade Federal de
Pernambuco)
Cargo: Secretário de Planejamento e
Desenvolvimento Energético do MME
(Ministério de Minas e Energia)
CONSERVANDO
A ENERGIA
O
governo lançará, no fim de 2019, o primeiro Plano Decenal de Eficiência Energética, com indicadores,
ações, custos e prazos para garantir o uso racional deste insumo essencial para a economia
e o bem-estar da sociedade. O lançamento, marcado para o início de dezembro, foi antecipado à
Agência CNI de Notícias pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério
de Minas e Energia, Reive Barros. O plano reforçará as iniciativas que visam à conservação e o combate
ao desperdício da energia no Brasil. “O uso racional reduz a demanda, permite a postergação de investimentos
e reduz os impactos ambientais da geração de energia”, orienta Barros. Para ele, é importante que a sociedade
busque informações e as tecnologias disponíveis para reduzir o consumo de energia. Ao governo cabe criar
condições para que os regulamentos e as normas incentivem o desenvolvimento e o uso de equipamentos
mais eficientes. “Muitas vezes, uma mudança concreta de hábitos da sociedade reduz os custos das famílias
com a energia, sem prejudicar o conforto. Isso contribui para a conservação da energia no país”, observa o
secretário.
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
15
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MATERIAIS DE
QUALIDADE
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INOX CONEXÕES é
uma empresa com
grande história e tradição,
atuando desde 1995 no segmento
de conexões, tubos, válvulas e
acessórios em aço inoxidável, aço carbono
e ligas de aço. Localizada em São Paulo, a Inox
Conexões tem como objetivo atender a toda e
qualquer necessidade de seus clientes nos mais
diversos segmentos: Indústria química, alimentícia,
farmacêutica, papel e celulose, óleo e gás. Para tanto,
dispomos em nosso portfólio e fabricação a comercialização
de flanges, conexões, acessórios e projetos especiais em aço,
bem como a distribuição de tubos, válvulas e acessórios
industriais. Composta por profissionais qualificados, corpo
técnico experiente e equipamentos de última feração,
trabalhamos visando a satisfação de nossos clientes
por manter excelência na qualidade e nos prazos
de entrega. Dispomos de um sistema de
gestão conforme norma ISO 9001.
Também somos qualificados no
sistema CRC da Petrobras.
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PRINCIPAL
18 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EXCELÊNCIA E
PROFISSIONALISMO
EMPRESA DE CONEXÕES, TUBOS E
VÁLVULAS MOSTRA HÁ MAIS DE DUAS
DÉCADAS COMO ALIAR QUALIDADE
DO SERVIÇO E CONFIABILIDADE
FOTOS DIVULGAÇÃO
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
19
PRINCIPAL
D
e acordo com recente levantamento do Ibge
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no
Brasil, uma em cada quatro empresas fecha antes
mesmo de completar dois anos de atividade.
Os números mostram que cerca de 25% da força inovadora
brasileira é derrotada antes mesmo de seu produto ganhar o
consumidor e ter seu trabalho reconhecido pelo mercado. A
árdua tarefa de empreender em um país burocrático cobrou
a conta durante os anos mais difíceis da crise econômica, a
partir de 2014: poucos foram os gestores que conseguiram
driblar as dificuldades geradas pela queda do consumo
nacional.
Em um mercado competitivo como o de conexões e de
peças em inox, uma companhia se diferenciou das demais
e criou um modelo a ser seguido: a Inox Conexões, empresa
com sede na capital paulista, que há 24 anos fornece soluções
no ramo de conexões tubulares, flanges, curvas, reduções,
pestanas, área de alta pressão, válvulas e tubulações.
“Surgimos para atender indústrias e comércios exigentes,
tanto na produção de material quanto na importação de
produtos tecnológicos. Hoje, também nos dedicamos a essa
vertente, pois muitos clientes partiram para negociações
pautadas por produtos do exterior. Mais que uma empresa
fabricante de conexões, somos uma companhia parceira,
ao primar pelo relacionamento de longo prazo e, acima de
tudo, trabalhar com responsabilidade e respeito aos nossos
parceiros”, garante o diretor da Inox Conexões, Ademir
Nunes.
Fortalecida e estabelecida em todo o Brasil, a Inox
Conexões hoje conta com um parque fabril de aproximadamente
4 mil m2 (metros quadrados), em São Paulo, com uma
moderna estrutura e tecnologia de última geração para a
produção dos mais eficazes produtos em seu mix.
De acordo com Nunes, entre os fatores preponderantes
para o sucesso da empresa, está o casamento entre preço
atrativo e qualidade, duas linhas fundamentais para que o
grupo Inox alcance atualmente toda a extensão territorial
brasileira.
“O custo-benefício é o grande diferencial da empresa.
Sempre tratamos nosso cliente como prioridade, então
buscamos aliar peças com o mais alto padrão e preços que
possam facilitar a compra para diversos setores, desde a
indústria farmacêutica, química, alimentícia, de óleo e gás,
papel e celulose e biomassa”, relaciona Nunes.
20
www.REVISTABIOMAIS.com.br
ECONOMIA
MERCADO
EM EXPANSÃO
FOTOS DIVULGAÇÃO
24 www.REVISTABIOMAIS.com.br
INVESTIMENTOS EM ENERGIA EÓLICA,
BIOMASSA, HIDRELÉTRICA E SOLAR
CHEGARAM A MAIS US$ 2.500 BILHÕES
NESTA DÉCADA
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
25
ECONOMIA
A
energia de fontes renováveis cresce no
mundo e tem potencial de aumentar ainda
mais sua participação na geração total
de energia global. A capacidade global
de geração de energia renovável quadruplicou nos
últimos dez anos, segundo informações do relatório
anual da Escola de Finanças e Administração de
Frankfurt e do Bnef (Bloomberg New Energy Finance)
com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente).
Os investimentos em energia eólica, biomassa,
hidrelétrica e solar chegaram a mais US$ 2.500 bilhões
nesta década. O crescimento foi impulsionado,
principalmente, pela redução de custos, segundo
o relatório. No período, 30 países investiram mais
de US$ 1 bilhão em energia solar. Esta fonte tem a
maior capacidade instalada da década, com 2.300
GW (Gigawatts), maior que a capacidade instalada de
recursos fósseis.
Em 2018, a capacidade total de geração de
energia renovável chegou a 2.351 GW. Este total
inclui hidrelétricas (1.172 GW), energia eólica (564
GW), energia solar (4810 GW), bioenergia (121 GW),
energia geotérmica (13 GW) e energia marinha (500
MW). Um dos destaques é a energia solar, que cresceu
24% entre 2017 e 2018. O maior crescimento foi
na Ásia, com China, Índia, Japão e Coreia com maior
contribuição. Também foram registrados aumentos
em outras regiões, como EUA (Estados Unidos da
América), Austrália e Alemanha, além de expansões
significativas no Brasil, Egito, Paquistão, México,
Turquia e Holanda.
A participação das fontes renováveis tende a
aumentar: estimativas projetam que, até 2050, 49%
da geração global de energia elétrica será de fontes
renováveis. Hoje, a participação das fontes renováveis
é de 28% do total gerado - destas, 96% são
produzidos a partir de energia hidrelétrica, eólica e
solar.
CENÁRIO ATUAL
Em 2019 a capacidade mundial de produção
energética de fontes renováveis deverá registrar a
maior subida desde 2015, segundo dados da AIE
(Agência Internacional de Energia), organização
dependente da Ocde (Organização para a Coopera-
A participação das
fontes renováveis tende
a aumentar: estimativas
projetam que, até 2050,
49% da geração global de
energia elétrica será de
fontes renováveis
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
31
PELO MUNDO
ORIENTE
CONSCIENTE
FOTOS DIVULGAÇÃO
32 www.REVISTABIOMAIS.com.br
ÁSIA CORRE ATRÁS
DE UM FUTURO MAIS
SUSTENTÁVEL
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA
33
PELO MUNDO
C
om dois dos países mais populosos do
mundo e algumas das economias mais
promissoras, a Ásia caminha para se tornar o
maior polo da economia global e poderá ser
decisiva para os próximos passos do desenvolvimento
sustentável no cenário mundial.
Sustentabilidade e desenvolvimento são dois lados
da mesma moeda - um não pode ser alcançado significativamente
sem o outro. Estima-se que o continente
represente 50% do PIB (Produto Interno Bruto) global e
40% do consumo de matéria-prima até 2040, segundo
estimativa da consultoria McKinsey. Então, as decisões
dos países asiáticos sobre a maneira como os recursos
naturais são gerenciados, produzidos e consumidos terá
um impacto significativo para o mundo se tornar mais
sustentável. Diversos países da Ásia já começam a corrida
pela sustentabilidade. A Indonésia está começando a
demonstrar que mudanças positivas são possíveis após
atrair críticas nas últimas décadas por desmatamento e
emissões de carbono. As mudanças acompanham o desenvolvimento
econômico do país, hoje a décima maior
economia do mundo em termos de paridade do poder
de compra, de acordo com o Banco Mundial. O PIB per
capita tem aumentado constantemente nos últimos 20
anos e a taxa de pobreza caiu para o nível mais baixo de
todos os tempos no ano passado.
O governo e empresas da Indonésia estão trabalhando
para fazer parte da solução ambiental, ao mesmo
tempo em que atendem às necessidades mais amplas
de desenvolvimento econômico de uma população de
260 milhões de pessoas. Como reflexo desses esforços, o
país se voltou significativamente para o desenvolvimento
sustentável, enquanto continua a atingir taxas de crescimento
econômico de mais de 5% ao ano.
O país continua a enfrentar desafios na redução
do desmatamento, reduzindo as emissões de gases de
efeito estufa, melhorando a infraestrutura e garantindo a
melhoria contínua do acesso à educação de qualidade e
aos cuidados de saúde fundamentais. Em uma iniciativa
para a preservação ambiental, a Indonésia anunciou uma
proibição permanente de novas licenças de concessão
florestal.
INICIATIVAS
Na iniciativa privada, a Restorasi Ekosistem Riau, criada
pelo Grupo April (Asia Pacific Resources International
Limited), em parceria com a Fauna & Flora International,
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CASE
MAÇÃ
VERDE
GIGANTE TECNOLÓGICA INVESTE EM
SUSTENTABILIDADE
FOTOS DIVULGAÇÃO
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CASE
A
Apple avançou seu projeto de promover
energia renovável em 2018. Primeiro, a
gigante de tecnologia inseriu o modelo
energético em todas as lojas, centros de
dados e escritórios da empresa. Em seguida, anunciou
um fundo de investimento de energia limpa na China,
em parceria com mais dez fornecedores, com cerca de
US$ 300 milhões.
Neste ano, o China Clean Energy Fund inaugurou
três parques eólicos no país. Dois deles estão localizados
no condado de Dao, na província de Hunan. Os
parques eólicos Concord Jing Tang e Concord Shen
Zhang Tang geram, cada um, 48 MW (Megawatts)
de energia limpa. Já o parque de Hubei, na província
limítrofe de Hubei, gera 38 MW de energia - este,
desenvolvido pelo Fenghua Energy Investment Group
Co.
O China Clean Energy Fund é um fundo de investimento
pioneiro na China que conecta fornecedores
a projetos de energia renovável. A Apple e 10 de
seus fornecedores na China investirão cerca de US$
300 milhões até 2022 para desenvolver projetos de
geração de energia totalizando 1 GW (Gigawatt) de
O China Clean Energy
Fund é um fundo de
investimento pioneiro
na China que conecta
fornecedores a projetos
de energia renovável
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INOVAÇÃO
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ENERGIA EM
MOVIMENTO
PARANÁ PRETENDE
CONSTRUIR 11 NOVAS
MINI HIDRELÉTRICAS,
ALÉM DE UM PARQUE
EÓLICO
FOTOS DANIEL CASTELLANO / SMCS
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INOVAÇÃO
O
Estado do Paraná inovou neste ano,
com a inauguração de uma mini central
hidrelétrica no Parque Barigui, em Curitiba
(PR), a CGH (Central Geradora Hidrelétrica)
Nicolau Klüppel. A central, que foi resultado de uma
doação da Abrapch (Associação Brasileira de Pequenas
Centrais Hidrelétricas), é capaz de abastecer metade
do consumo mensal de energia do parque, com
geração de cerca de 21.600 Kwh/mês (kilowatt/hora).
Agora, o Estado pretende expandir a construção de
mini hidrelétricas em outras regiões do Paraná.
O governo do Paraná pretende conseguir aprovação
da Assembleia Legislativa para a construção de 11
novas mini hidrelétricas, além de um parque eólico.
O projeto de lei 567/2019 foi enviado em agosto pelo
Executivo para análise dos parlamentares e está perto
da votação do plenário.
Os novos empreendimentos serão localizados
em Palmeira, Boa Ventura de São Roque, Pitanga,
Santo Antônio do Sudoeste, Nova Tebas, Jacarezinho,
As novas geradoras vão
consolidar a posição
do Paraná entre os
Estados brasileiros com
maior número de mini
hidrelétricas
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49
ARTIGO
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DE
UM CÂMPUS UNIVERSITÁRIO
COMO ESTRATÉGIA PARA PROPOSTA
DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
FOTOS DIVULGAÇÃO
ELAINE NOLASCO RIBEIRO
Universidade de Brasília
RAYNAN LIMA CARNEIRO
Universidade de Brasília
OLGA PORTO DA SILVA GALDINO
Universidade de Brasília
PEDRO HENRIQUE VIEIRA DURAES
Universidade de Brasília
DULCE MARIA SUCENA DA ROCHA
Universidade de Brasília
MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA
Universidade de Brasília
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Foto: shutterstock.com
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51
ARTIGO
RESUMO
A
s universidades, direta ou indiretamente,
causam impacto no ambiente através do consumo
de água, energia, geração de resíduos e
ocupação de áreas verdes. Este estudo teve por
objetivo realizar um diagnóstico do consumo de água e
energia; geração de resíduos e manejo de áreas verdes no
câmpus da Faculdade UnB de Planaltina/Distrito Federal,
para propor uma estratégia de gestão sustentável. Para tal,
foram analisados os consumos de água e energia (período
de 2006 a 2017), a caracterização quali-quantitativa dos
resíduos sólidos (2015-2016) e estudo fitossociológico das
áreas verdes do câmpus. Os resultados obtidos indicaram
que os consumos de água e energia estão aumentando
desde a inauguração do câmpus, em 2006, devido à ampliação
do quadro de servidores, alunos e áreas edificadas.
Dos resíduos sólidos produzidos, 67% são recicláveis. O
estudo fitossociológico indicou alta diversidade biológica
do Cerrado sentido restrito. Dentre as estratégias indicadas
para gestão, indica-se a adoção de programas de
uso eficiente da água e de energia elétrica e implantação
da coleta seletiva com destinação da fração reciclável a
cooperativas de catadores. Nas áreas verdes, recomenda-se
sua preservação e conservação, além da expansão do câmpus
em áreas mais degradadas do Cerrado sentido restrito,
para reduzir a supressão da cobertura vegetal.
Palavras-chave: Câmpus universitário; Universidades
sustentáveis; Resíduos; Água; Energia.
INTRODUÇÃO
As universidades desempenham várias atividades que
causam impactos ambientais potencialmente significativos,
que até recentemente foram amplamente ignorados
em termos de responsabilidade social e ambiental. Uma
IES (Instituição de Ensino Superior) pode influenciar direta
ou indiretamente o ambiente onde está localizada, devido
ao seu tamanho e população (Gallardo et al. 2016; Lukman
et al. 2009). Ao requerer serviços e infraestrutura na escala
de uma pequena cidade (Geng et al. 2013; Gallardo et al.
2016; Tangwanichagapong et al. 2017), as universidades
demandam acomodação, transporte, lojas, lazer, alimentação,
gerenciamento de resíduos (Zhang et al. 2011; Vagnoni
& Cavicchi, 2015), abastecimento de água (Marinho et al.
2014) e energia (Petersen et al. 2015).
A sustentabilidade nas IES tornou-se uma temática de
preocupação global para os seus gestores, como resultado
dos impactos causados no ambiente local (Zhang et al.
2011; Gallardo et al. 2016). Além disso, as universidades devem
assumir o compromisso de educar os alunos sobre o
impacto que seu comportamento tem no meio ambiente e
na sociedade (Mikulic & Babina, 2009; Marinho et al. 2014)
Universidades, direta ou
indiretamente, causam
impacto no ambiente através
do consumo de água, energia,
geração de resíduos e
ocupação de áreas verdes
Foto: divulgação
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AGENDA
NOVEMBRO 2019
OIL & GAS CHEMISTRY
Data: 4 a 5
Local: Houston (EUA)
Informações: www.macroproworks.org
DESTAQUE
FORO INTERNACIONAL DEL GAS Y ENERGÍA
Data: 7 e 8
Local: Tarija (Bolívia)
Informações: http://figas.org/v10/
SNPTEE
Data: 10 a 13
Local: Belo Horizonte (MG)
Informações: www.xxvsnptee.com.br/
EMART ENERGY
Data: 12 a 14
Local: Paris (França)
Informações: http://bit.ly/2MKr1ps
POWERGEN
Data: 19 a 21
Local: Nova Orleans (EUA)
Informações: http://bit.ly/2MIMDCz
ABRIL 2020
CONGRESSO BRASILEIRO
DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Data: 13 a 14 de novemebro
Local: Recife (PE)
Informações: www.cbgd.com.br/site
Imagem: divulgação
FIEMA BRASIL
Data: 14 a 16
Local: Bento Gonçalves (RS)
Informações: www.fiema.com.br
OUTUBRO 2020
O Congresso Brasileiro de Geração Distribuída é
um evento anual que conta com o apoio das principais
associações e entidades ligadas ao setor da Geração
Distribuída no Brasil. Em sua IV edição, o congresso
tem papel fundamental nesta nova fase da Matriz
Energética Brasileira, onde a busca por tecnologias
limpas para geração de energia, se faz urgente para
garantir o futuro e o crescimento do país.
BWEXPO
Data: 6 a 8
Local: São Paulo (SP)
Informações: www.bwexpo.com.br/
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OPINIÃO
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NOVO TRATADO
DE ITAIPU: RISCOS E
POSSIBILIDADES
H
á um erro epistemológico quanto ao assunto revisão
do Tratado da Itaipu: o Tratado não está sendo
revisto, o que está em discussão são os termos do
Anexo C, que disciplina as bases financeiras de
prestação de serviço de eletricidade da Itaipu. O Tratado é
permanente, até que seja firmado outro que o revogue.
O Anexo C indica os critérios de amortização da dívida do
Paraguai oriundos da construção da usina, o regime paritário
de consumo da energia e outras regras. Foi estabelecido que
após 50 anos da entrada em vigor do tratado, precisamente
em 2023, o anexo seria revisto.
Segundo o Tratado, cada país recebe 50% da energia gerada
pela Itaipu, sendo que o preço correspondente ao Paraguai
tem como adicional os encargos da amortização da construção
da usina, ou seja, a energia adquirida pelo país vizinho é
mais cara do que aquela adquirida pelo lado brasileiro. Fato
que gerou o debate: por que o consumidor brasileiro paga
mais caro pela energia do que o consumidor paraguaio?
Foi então realizado um comparativo do sistema elétrico
entre os dois países, identificando grandes diferenças de infraestrutura.
A Itaipu não comercializa energia diretamente com
o mercado de cada país, apenas realiza o repasse às empresas
Eletrobras e à paraguaia Ande, que por sua vez desempenham
a função de comercializar a energia nos mercados dos
respectivos países.
A partir do ingresso na Eletrobras, a energia sujeita-se a
uma complexa cadeia regulatória e burocrática até chegar ao
consumidor final – diferente do Paraguai, que não possui um
sistema regulatório tão complexo quanto o brasileiro. E é essa
cadeia burocrática que explica o paradoxo do valor da tarifa
de energia brasileira.
Outro fator que contribui com o alto valor da tarifa de
energia brasileira é o repasse do excedente da energia não
consumida pelo Paraguai. O tratado estabelece também
que, caso não haja consumo de toda a energia correspondente,
50% para cada país, o excedente será vendido
exclusivamente para o outro país. Estimou-se que o Paraguai
consome em torno de 10% da parte que lhe é condigna, a
parte excedente de 40% é vendida ao Brasil.
O problema, porém, está no fato de que o Paraguai
vende a energia excedente com o valor cheio, ou seja, o
preço da energia mais o valor da amortização da dívida,
encarecendo ainda mais a tarifa de energia brasileira. Na
prática, quem pagou a dívida da construção da Itaipu foram
os consumidores brasileiros, pois consomem a maior parte
da energia paraguaia.
O pagamento do valor cheio traz consigo uma repercussão
ainda mais lesiva: a amortização da dívida associada
ao custo da energia, quando ingressam no sistema elétrico
brasileiro, sofrem um efeito cascata de tributos e encargos
setoriais que exponenciam o custo da energia, onerando de
forma significativa o consumidor.
Para 2023, quando os termos do Anexo C serão revistos,
existe a expectativa que ocorra uma considerável redução
no valor da tarifa de energia para o consumidor final, em
virtude da extinção do encargo da amortização paraguaia e
o subsequente repasse ao mercado brasileiro. Seja, porém,
quais forem os novos termos estabelecidos, é preciso não
ceder às pressões e encontrar alternativas benéficas para
ambos os lados – como Itaipu sempre fez ao longo de sua
história.
Por Eduardo Iwamoto
Advogado, mestre e doutorando em Direito pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do
Paraná) e professor de Direito de Energia e Direitos Fundamentais da PUC-PR
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