*Outubro/2019 - Revista Biomais 35
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Entrevista: governo lançará o Plano Decenal de Eficiência Energética<br />
CONECTANDO<br />
EFICIÊNCIA<br />
SOLUÇÕES MODERNAS<br />
DE AÇO INOXIDÁVEL<br />
REVOLUCIONAM O<br />
MERCADO<br />
9 77 2 <strong>35</strong>9 4 58108 0 0 0 3 5<br />
US$ 2.500 BILHÕES<br />
DE INVESTIMENTOS EM<br />
ENERGIAS RENOVÁVEIS<br />
ENERGIA EM MOVIMENTO<br />
PARANÁ PROJETA NOVAS USINAS
SISTEMA PISO MÓVEL<br />
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SUMÁRIO<br />
04 | EDITORIAL<br />
Novos momentos<br />
06 | CARTAS<br />
08 | NOTAS<br />
14 | ENTREVISTA<br />
18 | PRINCIPAL<br />
24| ECONOMIA<br />
Mercado em expansão<br />
32| PELO MUNDO<br />
Oriente consciente<br />
38 | CASE<br />
Maçã verde<br />
44| INOVAÇÃO<br />
50 | ARTIGO<br />
56 | AGENDA<br />
58| OPINIÃO<br />
Novo Tratado de Itaipu: riscos e<br />
possibilidades<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
03
EDITORIAL<br />
Estampa a capa desse mês imagem<br />
alusiva aos serviços oferecidos pela<br />
empresa Inox Conexões<br />
NOVOS<br />
MOMENTOS<br />
E<br />
m uma nova fase da matriz energética brasileira, onde a busca por tecnologias limpas para<br />
geração de energia se faz urgente para garantir o futuro e o crescimento do país, nós, da REVISTA<br />
BIOMAIS, buscamos diariamente trazer conteúdos que estejam em conexão direta com a realidade<br />
de você, leitor, que vive o dia a dia de um setor em constante mudança. Por isso, nesta edição,<br />
abordamos os investimentos em energia eólica, biomassa, hidrelétrica e solar, que chegaram a mais US$<br />
2.500 bilhões nesta década. Falamos também sobre o estado de Paraná, que pretende construir 11 novas<br />
mini hidrelétricas, além de um parque eólico e abordamos o cenário de países asiáticos, que caminham<br />
para se tornar parte da economia global e podem ser decisivos para os próximos passos do desenvolvimento<br />
sustentável no cenário mundial. Uma excelente leitura!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO VI - EDIÇÃO <strong>35</strong> - OUTUBRO <strong>2019</strong><br />
Diretor Comercial<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />
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Redação<br />
Murilo Basso<br />
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Dep. de Criação<br />
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Crislaine Briatori Ferreira, Gabriel Santos Ferreira<br />
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para geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários,<br />
órgãos governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/<br />
ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se responsabiliza por<br />
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didáticos.<br />
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energy producers and consumers, producers of residues used for energy generation and<br />
cogeneration, research institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class<br />
and other entities, directly and/or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does<br />
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authorial rights, except for educational purposes.<br />
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Caldeiras Alfa Laval Aalborg para<br />
queima de biomassa
CARTAS<br />
INFORMAÇÃO<br />
Esclarecedora a reportagem sobre a certificação Enplus, necessária para entrar no mercado<br />
europeu de pellets de madeira. Parabéns a toda a equipe!<br />
Márcio Bayol – São Paulo (SP)<br />
Foto: divulgação<br />
BATE-PAPO<br />
Excelente entrevista com o agrônomo Bruno Laviola, que contou um pouco mais sobre as iniciativas da Embrapa<br />
Agroenergia – uma entidade conectada com o setor e sempre em busca de uma evolução.<br />
Eloi Quege – Goiânia (GO)<br />
TECNOLOGIA<br />
Bom saber que novas soluções para descarbonizar os diversos setores da economia são impulsionadas pelas startups.<br />
São as novas empresas sempre alinhadas com aquilo que a sociedade espera!<br />
Heloísa Santos – Niterói (RJ)<br />
PELO MUNDO<br />
A editoria Pelo Mundo é uma de minhas favoritas – sempre com exemplos que podem<br />
(e devem!) servir de inspiração para iniciativas semelhantes em nosso país. Parabéns!<br />
Thiago Alonso – Ituiutaba (MG)<br />
Foto: divulgação<br />
Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Montagem eletromecânica<br />
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RECUPERAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO<br />
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E REVESTIMENTO COM UHMW<br />
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E AUTOMAÇÃO<br />
PROJETO E FABRICAÇÃO MECÂNICA<br />
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NOTAS<br />
MAIS INVESTIMENTOS<br />
O Banco Europeu de Investimento aprovou financiamento<br />
de 150 milhões de euros para o desenvolvimento<br />
de usinas eólicas e solares no Brasil. O crédito<br />
será emitido através da EDP Renováveis e aumentará o<br />
seu portfólio para 1,8 TWh (Terawatt/hora) por ano até<br />
2023. A expectativa é que o financiamento contribua<br />
para o Brasil diminuir suas emissões de carbono,<br />
diversificar o portfólio de energia renovável do país,<br />
acelerando a transição energética, e oferecer aos consumidores<br />
energia acessível. Além disso, os projetos<br />
deverão reduzir os custos de importação de energia no<br />
país e gerar até 1.900 novos empregos durante a fase<br />
de implementação.<br />
Foto: divulgação<br />
BIOGÁS DE EUCALIPTO<br />
Estudo desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa<br />
aponta vantagens no uso da gaseificação para transformação<br />
da biomassa em biocombustível. As vantagens incluem<br />
a adequação da tecnologia já existente para o uso do gás<br />
combustível gerado, bem como o armazenamento e transporte<br />
mais eficiente em relação à biomassa sólida. Para o estudo, os<br />
pesquisadores utilizaram um gaseificador de biomassa de leito<br />
fixo de fluxo concorrente e a biomassa de discos de eucalipto.<br />
Em seguida, eles analisaram propriedades como o teor de água<br />
e o poder calorífico superior e inferior. O experimento constatou<br />
que a gaseificação permite uma grande viabilidade técnica<br />
com a produção de um gás com um bom poder calorífico e que<br />
pode ser utilizado em aplicações energéticas.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
ENERGIA NOTURNA<br />
Pesquisadores americanos desenvolveram um novo método para aproveitar<br />
a noite para obter energia renovável. A inovação aproveita o calor<br />
que sobe para a atmosfera durante a noite para gerar energia acessível a<br />
populações que não têm acesso confiável a energia. O método aproveita o<br />
resfriamento radiativo do céu, um fenômeno natural no qual uma superfície<br />
exposta ao céu expele seu calor no ar como radiação térmica. Parte<br />
desse calor sobe para a atmosfera superior e depois para áreas mais frias do<br />
espaço. O resultado é que os objetos são mais quentes que a atmosfera, e<br />
a tecnologia aproveita essa diferença de temperatura capturando parte do<br />
calor do ar circundante e convertendo-a em eletricidade. A inovação tem a<br />
possibilidade de ser adaptada para reduzir os custos, o que poderia influenciar<br />
a vida de mais de 1 bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso<br />
confiável à eletricidade, segundo a Agência Internacional de Energia.<br />
08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
INTERVENÇÃO URBANA<br />
A intervenção urbana: Caçambas; realizada em São Paulo a partir do dia 31<br />
de agosto, está recebendo apoio da Klabin, maior produtora e exportadora de<br />
papéis para embalagem do Brasil. O objetivo é sensibilizar a população para<br />
a temática da gestão de resíduos sólidos. A intervenção consiste em 15 esculturas<br />
criadas pelo artista visual Eduardo Srur, que remetem a uma caçamba -<br />
objeto utilizado para descarte de resíduos e cada vez mais presente no espaço<br />
público. As obras são expostas nas regiões de Pinheiros e Butantã, na capital<br />
paulista. A iniciativa está em concordância com a Política de Sustentabilidade<br />
da Klabin, na qual a temática de resíduos sólidos está amplamente inserida.<br />
Além da adoção de práticas sustentáveis relacionadas ao processo produtivo,<br />
a empresa realiza ações de conscientização nas comunidades onde atua para<br />
conscientizar a população sobre o tema.<br />
Foto: divulgação<br />
BIOMASSA DE<br />
ARAUCÁRIAS<br />
Um estudo desenvolvido no município<br />
catarinense de São José do Cerrito mostra<br />
que produção de biomassa florestal a partir<br />
de grimpas de Araucárias é uma boa oportunidade<br />
dentro do setor para gerar energia<br />
limpa. O uso das grimpas também contribui<br />
para melhorar a qualidade de saúde dos<br />
bovinos nas fazendas, que aspiram as grimpas<br />
na pastagem e correm risco de morte<br />
ou eutanásia por problemas respiratórios. A<br />
pesquisa aponta que a produção de biomassa<br />
de grimpas de Araucárias corresponde<br />
a 23% da produção de biomassa florestal<br />
total em Santa Catarina, sendo os meses de<br />
janeiro e fevereiro os mais produtivos com<br />
160Kg de grimpas recolhidas. A produção<br />
das grimpas é maior nos dias chuvosos e<br />
menor durante a primavera.<br />
BIOGÁS NA EUROPA<br />
O vice-governador do Paraná, Darci Piana, visitou a Europa em busca de trazer<br />
mais conhecimento e parcerias comerciais ao Paraná. Acompanhado de um grupo<br />
de especialistas paranaenses, Piana realizou visitas técnicas a indústrias e estabelecimentos<br />
de diversos setores da economia europeia. Um dos destaques foram as<br />
visitas a usinas de tratamento de água e de transformação de dejetos em gás. O objetivo<br />
foi levar os projetos para o estado, de acordo com o secretário da Agricultura<br />
e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara. “Foi uma semana intensa, em que<br />
aprendemos muito. Tenho certeza que abrimos a porta do Paraná, mas também a<br />
porta do mercado local para um intercâmbio mais intenso”, ressaltou Ortigara.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
09
NOTAS<br />
POTENCIAL NO PARANÁ<br />
Prospecção realizada pelo Parque Tecnológico Itaipu aponta que as regiões<br />
norte e oeste do Paraná têm grande potencial para geração de biogás. O potencial<br />
está ligado aos rebanhos suínos, que estão entre os maiores do país e geram<br />
uma grande quantidade de esterco que pode ser utilizado para a geração de<br />
biogás. A entidade analisou características como critérios físicos e aspectos da<br />
legislação para a escolha do local de implementação de usinas de biogás. Após<br />
vários levantamentos e processamento de dados geográficos, a prospecção<br />
chegou a conclusão que o estado conta com uma extensa área disponível para<br />
esse tipo de empreendimento. Os destaques são o norte central e a região oeste<br />
do Estado, com 62,6% de área disponível.<br />
Foto: divulgação<br />
ENERGIA SOLAR<br />
A Renner, maior varejista de moda do<br />
Brasil, começou a abastecer lojas a partir de<br />
energia solar fotovoltaica. A fonte renovável<br />
já é utilizada em quatro lojas do Rio de<br />
Janeiro, sendo três lojas de rua localizadas em<br />
Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e<br />
uma loja no Shopping Madureira. A operação<br />
segue as normativas da Aneel (Agência<br />
Nacional de Energia Elétrica) para geração distribuída,<br />
com a energia sendo produzida em<br />
uma fazenda solar localizada no município de<br />
Vassouras, a 120 km (quilômetros) da capital<br />
fluminense. A iniciativa é parte das metas de<br />
sustentabilidade da empresa, que incluem o<br />
suprimento de 75% do consumo corporativo<br />
de energia a partir de fontes renováveis de<br />
baixa emissão e a redução de 20% das emissões<br />
de CO2 (Gás Carbônico) em relação ao<br />
nível registrado em 2017.<br />
BIOGÁS COREANO<br />
A cidade de Changwon, na Coréia do Sul, receberá nos próximos<br />
meses a construção de uma usina de biogás produzido a partir de resíduos<br />
orgânicos de alimentos e dejetos de animais descartados na região.<br />
Localizada perto de fazendas, a usina de biogás terá um ponto específico<br />
para receber o lixo orgânico vindo da cidade. O empreendimento será<br />
construído pela fabricante Biogest em parceria com a HC Energy, com<br />
apoio do governo municipal e do centro de tecnologia agrícola da cidade.<br />
A usina será capaz de gerar eletricidade e energia térmica, além de<br />
melhorar a qualidade do ar em uma região de fazenda de suínos.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
FENASUCRO BATE<br />
RECORDE EM<br />
NEGÓCIOS E PÚBLICO<br />
A XXVII Fenasucro confirmou o cenário positivo do<br />
mercado com a expectativa em relação ao RenovaBio<br />
e alcançou volume de negócios em torno de R$ 4,2<br />
bilhões, que se iniciaram durante a feira e serão concretizados<br />
nos próximos seis meses. O público final foi<br />
de 41 mil visitantes/compradores.<br />
Somente as rodadas de negócios, que atraíram<br />
compradores de 11 países e do Brasil, contaram com<br />
mais de 600 reuniões e têm previsão de negócios em<br />
torno de R$ 99 milhões. No estande de startups do<br />
Sebrae, nove empresas ofereceram soluções, gerando<br />
aproximadamente 1,5 mil atendimentos e R$ 100 mil<br />
em negócios também firmados a partir da feira.<br />
O diretor Paulo Montabone afirma que o evento<br />
representou um divisor de águas em razão do otimismo<br />
do setor e de novas perspectivas. "A Fenasucro é<br />
palco das transformações e inovações necessárias para<br />
o crescimento do mercado de bioenergia no país há<br />
27 anos”, ressalta o diretor da feira.<br />
“Nos próximos anos o Brasil passará a produzir<br />
48 bilhões de litros de etanol/ano (15 bilhões a mais<br />
do que é produzido hoje) e, mais do que isso, terá<br />
possibilidade de reduzir cerca de 600 milhões de toneladas<br />
de CO2 (Gás Carbônico) da atmosfera, o que irá<br />
gerar R$ 23 bilhões só em crédito de descarbonização<br />
(Cbio). Com esse contexto promissor, podemos afirmar<br />
que, no mínimo 10% de todos esses investimentos<br />
que serão injetados no mercado a partir do Renovabio,<br />
circularão pela feira nos próximos anos", completa.<br />
Luis Carlos Jorge, presidente do Ceise Br, destaca<br />
a força do RenovaBio para os resultados da feira.<br />
"O sucesso da Fenasucro <strong>2019</strong> é reflexo do cenário<br />
positivo em torno do funcionamento, a partir de 2020,<br />
do RenovaBio – programa que reconhece e amplia a<br />
participação dos biocombustíveis na matriz energética<br />
brasileira, o que pode gerar, em 10 anos, R$ 1,4 trilhão<br />
em investimentos para expansão da oferta, por exemplo”,<br />
afirma Jorge.<br />
“E essas boas perspectivas se confirmaram também<br />
pelo nível dos visitantes – um público ainda mais<br />
qualificado, propenso a negócios efetivos, já visando<br />
as oportunidades e demandas da tão esperada retomada<br />
do setor bioenergético", conclui o presidente do<br />
Ceise Br.<br />
Fotos: divulgação<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
11
NOTAS<br />
BIOMASSA EM PORTUGAL<br />
Um novo programa de incentivo do governo de Portugal<br />
pretende alavancar a construção e operação de usinas de<br />
biomassa no país. As novas usinas serão localizadas próximas<br />
a áreas florestais de alto risco de incêndio para minimizar o<br />
problema no país. As novas medidas do governo português se<br />
concentraram principalmente no apoio às usinas térmicas de<br />
biomassa. O objetivo da iniciativa é descarbonizar o consumo<br />
térmico existente e promover a eficiência energética na região<br />
através da produção renovável. Os empreendimentos, combinados,<br />
produzirão 60 MW (Megawatts) de energia no continente.<br />
Foto: divulgação<br />
ENERGIA DE BAMBU<br />
Um estudo desenvolvido por pesquisadores na<br />
Uninter aponta que o uso de bambu para geração de<br />
energia limpa favorece a agricultura familiar. O estudo<br />
destacou o potencial de duas espécies de bambu<br />
adaptadas ao Brasil, Hatiku e Mossô. A pesquisa aponta<br />
que o potencial energético do bambu torna-o uma<br />
alternativa viável e com diversos benefícios, como o<br />
desenvolvimento econômico e exploração sustentável.<br />
O estudo destaca ainda as melhores condições nos<br />
custos logísticos dessa biomassa florestal e reforça o<br />
seu potencial para a geração de energia com aplicação<br />
na agricultura familiar.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
BIOCOMBUSTÍVEL DE MADEIRA<br />
O governo do Canadá anunciou investimentos na produção de<br />
biocombustível produzido a partir de resíduos agrícolas e de madeira.<br />
O investimento de 4,7 milhões de dólares vai para a Woodland<br />
Biofuels, companhia canadense de gás com sede em Toronto que visa<br />
ampliar sua instalação de etanol celulósico. Do total US$ 1,9 milhão<br />
serão investidos no desenvolvimento de uma tecnologia de resíduos<br />
para biocombustível que usa resíduos de madeira e agrícolas. Os<br />
outros US$ 2,8 milhões irão para a expansão comercial da planta de<br />
demonstração de etanol celulósico da empresa, em Sarnia, Ontario,<br />
que produz etanol a partir de resíduos florestais e resíduos de construção<br />
e demolição de madeira.<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
A Codornada Florestal está<br />
de volta em sua 13ª Edição!<br />
O evento promove o ponto de encontro do<br />
setor florestal, através de um jantar voltado<br />
às empresas e profissionais do setor de base:<br />
madeireira, florestal e de celulose.<br />
04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />
Ponte Alta do Norte - SC<br />
1º DIA<br />
04/12<br />
DIA DE CAMPO<br />
2º DIA<br />
05/12<br />
MANHÃ - SEMINÁRIO<br />
TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />
NOITE - JANTAR<br />
AÇÃO SOCIAL<br />
Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />
Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />
(uma para menino/outro para menina)<br />
Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal<br />
Apoio:<br />
Realização:
ENTREVISTA<br />
Foto: Saulo Cruz (MME)<br />
ENTREVISTA<br />
REIVE<br />
BARROS<br />
Formação: Engenheiro Elétrico graduado<br />
pela Escola Politécnica de Pernambuco<br />
e Mestre em Engenharia de Produção<br />
pela Ufpe (Universidade Federal de<br />
Pernambuco)<br />
Cargo: Secretário de Planejamento e<br />
Desenvolvimento Energético do MME<br />
(Ministério de Minas e Energia)<br />
CONSERVANDO<br />
A ENERGIA<br />
O<br />
governo lançará, no fim de <strong>2019</strong>, o primeiro Plano Decenal de Eficiência Energética, com indicadores,<br />
ações, custos e prazos para garantir o uso racional deste insumo essencial para a economia<br />
e o bem-estar da sociedade. O lançamento, marcado para o início de dezembro, foi antecipado à<br />
Agência CNI de Notícias pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério<br />
de Minas e Energia, Reive Barros. O plano reforçará as iniciativas que visam à conservação e o combate<br />
ao desperdício da energia no Brasil. “O uso racional reduz a demanda, permite a postergação de investimentos<br />
e reduz os impactos ambientais da geração de energia”, orienta Barros. Para ele, é importante que a sociedade<br />
busque informações e as tecnologias disponíveis para reduzir o consumo de energia. Ao governo cabe criar<br />
condições para que os regulamentos e as normas incentivem o desenvolvimento e o uso de equipamentos<br />
mais eficientes. “Muitas vezes, uma mudança concreta de hábitos da sociedade reduz os custos das famílias<br />
com a energia, sem prejudicar o conforto. Isso contribui para a conservação da energia no país”, observa o<br />
secretário.<br />
14 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
15
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e ligas de aço. Localizada em São Paulo, a Inox<br />
Conexões tem como objetivo atender a toda e<br />
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diversos segmentos: Indústria química, alimentícia,<br />
farmacêutica, papel e celulose, óleo e gás. Para tanto,<br />
dispomos em nosso portfólio e fabricação a comercialização<br />
de flanges, conexões, acessórios e projetos especiais em aço,<br />
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técnico experiente e equipamentos de última feração,<br />
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19
PRINCIPAL<br />
D<br />
e acordo com recente levantamento do Ibge<br />
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no<br />
Brasil, uma em cada quatro empresas fecha antes<br />
mesmo de completar dois anos de atividade.<br />
Os números mostram que cerca de 25% da força inovadora<br />
brasileira é derrotada antes mesmo de seu produto ganhar o<br />
consumidor e ter seu trabalho reconhecido pelo mercado. A<br />
árdua tarefa de empreender em um país burocrático cobrou<br />
a conta durante os anos mais difíceis da crise econômica, a<br />
partir de 2014: poucos foram os gestores que conseguiram<br />
driblar as dificuldades geradas pela queda do consumo<br />
nacional.<br />
Em um mercado competitivo como o de conexões e de<br />
peças em inox, uma companhia se diferenciou das demais<br />
e criou um modelo a ser seguido: a Inox Conexões, empresa<br />
com sede na capital paulista, que há 24 anos fornece soluções<br />
no ramo de conexões tubulares, flanges, curvas, reduções,<br />
pestanas, área de alta pressão, válvulas e tubulações.<br />
“Surgimos para atender indústrias e comércios exigentes,<br />
tanto na produção de material quanto na importação de<br />
produtos tecnológicos. Hoje, também nos dedicamos a essa<br />
vertente, pois muitos clientes partiram para negociações<br />
pautadas por produtos do exterior. Mais que uma empresa<br />
fabricante de conexões, somos uma companhia parceira,<br />
ao primar pelo relacionamento de longo prazo e, acima de<br />
tudo, trabalhar com responsabilidade e respeito aos nossos<br />
parceiros”, garante o diretor da Inox Conexões, Ademir<br />
Nunes.<br />
Fortalecida e estabelecida em todo o Brasil, a Inox<br />
Conexões hoje conta com um parque fabril de aproximadamente<br />
4 mil m2 (metros quadrados), em São Paulo, com uma<br />
moderna estrutura e tecnologia de última geração para a<br />
produção dos mais eficazes produtos em seu mix.<br />
De acordo com Nunes, entre os fatores preponderantes<br />
para o sucesso da empresa, está o casamento entre preço<br />
atrativo e qualidade, duas linhas fundamentais para que o<br />
grupo Inox alcance atualmente toda a extensão territorial<br />
brasileira.<br />
“O custo-benefício é o grande diferencial da empresa.<br />
Sempre tratamos nosso cliente como prioridade, então<br />
buscamos aliar peças com o mais alto padrão e preços que<br />
possam facilitar a compra para diversos setores, desde a<br />
indústria farmacêutica, química, alimentícia, de óleo e gás,<br />
papel e celulose e biomassa”, relaciona Nunes.<br />
20<br />
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ECONOMIA<br />
MERCADO<br />
EM EXPANSÃO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
24 www.REVISTABIOMAIS.com.br
INVESTIMENTOS EM ENERGIA EÓLICA,<br />
BIOMASSA, HIDRELÉTRICA E SOLAR<br />
CHEGARAM A MAIS US$ 2.500 BILHÕES<br />
NESTA DÉCADA<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
25
ECONOMIA<br />
A<br />
energia de fontes renováveis cresce no<br />
mundo e tem potencial de aumentar ainda<br />
mais sua participação na geração total<br />
de energia global. A capacidade global<br />
de geração de energia renovável quadruplicou nos<br />
últimos dez anos, segundo informações do relatório<br />
anual da Escola de Finanças e Administração de<br />
Frankfurt e do Bnef (Bloomberg New Energy Finance)<br />
com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o<br />
Meio Ambiente).<br />
Os investimentos em energia eólica, biomassa,<br />
hidrelétrica e solar chegaram a mais US$ 2.500 bilhões<br />
nesta década. O crescimento foi impulsionado,<br />
principalmente, pela redução de custos, segundo<br />
o relatório. No período, 30 países investiram mais<br />
de US$ 1 bilhão em energia solar. Esta fonte tem a<br />
maior capacidade instalada da década, com 2.300<br />
GW (Gigawatts), maior que a capacidade instalada de<br />
recursos fósseis.<br />
Em 2018, a capacidade total de geração de<br />
energia renovável chegou a 2.<strong>35</strong>1 GW. Este total<br />
inclui hidrelétricas (1.172 GW), energia eólica (564<br />
GW), energia solar (4810 GW), bioenergia (121 GW),<br />
energia geotérmica (13 GW) e energia marinha (500<br />
MW). Um dos destaques é a energia solar, que cresceu<br />
24% entre 2017 e 2018. O maior crescimento foi<br />
na Ásia, com China, Índia, Japão e Coreia com maior<br />
contribuição. Também foram registrados aumentos<br />
em outras regiões, como EUA (Estados Unidos da<br />
América), Austrália e Alemanha, além de expansões<br />
significativas no Brasil, Egito, Paquistão, México,<br />
Turquia e Holanda.<br />
A participação das fontes renováveis tende a<br />
aumentar: estimativas projetam que, até 2050, 49%<br />
da geração global de energia elétrica será de fontes<br />
renováveis. Hoje, a participação das fontes renováveis<br />
é de 28% do total gerado - destas, 96% são<br />
produzidos a partir de energia hidrelétrica, eólica e<br />
solar.<br />
CENÁRIO ATUAL<br />
Em <strong>2019</strong> a capacidade mundial de produção<br />
energética de fontes renováveis deverá registrar a<br />
maior subida desde 2015, segundo dados da AIE<br />
(Agência Internacional de Energia), organização<br />
dependente da Ocde (Organização para a Coopera-<br />
A participação das<br />
fontes renováveis tende<br />
a aumentar: estimativas<br />
projetam que, até 2050,<br />
49% da geração global de<br />
energia elétrica será de<br />
fontes renováveis<br />
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31
PELO MUNDO<br />
ORIENTE<br />
CONSCIENTE<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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ÁSIA CORRE ATRÁS<br />
DE UM FUTURO MAIS<br />
SUSTENTÁVEL<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
33
PELO MUNDO<br />
C<br />
om dois dos países mais populosos do<br />
mundo e algumas das economias mais<br />
promissoras, a Ásia caminha para se tornar o<br />
maior polo da economia global e poderá ser<br />
decisiva para os próximos passos do desenvolvimento<br />
sustentável no cenário mundial.<br />
Sustentabilidade e desenvolvimento são dois lados<br />
da mesma moeda - um não pode ser alcançado significativamente<br />
sem o outro. Estima-se que o continente<br />
represente 50% do PIB (Produto Interno Bruto) global e<br />
40% do consumo de matéria-prima até 2040, segundo<br />
estimativa da consultoria McKinsey. Então, as decisões<br />
dos países asiáticos sobre a maneira como os recursos<br />
naturais são gerenciados, produzidos e consumidos terá<br />
um impacto significativo para o mundo se tornar mais<br />
sustentável. Diversos países da Ásia já começam a corrida<br />
pela sustentabilidade. A Indonésia está começando a<br />
demonstrar que mudanças positivas são possíveis após<br />
atrair críticas nas últimas décadas por desmatamento e<br />
emissões de carbono. As mudanças acompanham o desenvolvimento<br />
econômico do país, hoje a décima maior<br />
economia do mundo em termos de paridade do poder<br />
de compra, de acordo com o Banco Mundial. O PIB per<br />
capita tem aumentado constantemente nos últimos 20<br />
anos e a taxa de pobreza caiu para o nível mais baixo de<br />
todos os tempos no ano passado.<br />
O governo e empresas da Indonésia estão trabalhando<br />
para fazer parte da solução ambiental, ao mesmo<br />
tempo em que atendem às necessidades mais amplas<br />
de desenvolvimento econômico de uma população de<br />
260 milhões de pessoas. Como reflexo desses esforços, o<br />
país se voltou significativamente para o desenvolvimento<br />
sustentável, enquanto continua a atingir taxas de crescimento<br />
econômico de mais de 5% ao ano.<br />
O país continua a enfrentar desafios na redução<br />
do desmatamento, reduzindo as emissões de gases de<br />
efeito estufa, melhorando a infraestrutura e garantindo a<br />
melhoria contínua do acesso à educação de qualidade e<br />
aos cuidados de saúde fundamentais. Em uma iniciativa<br />
para a preservação ambiental, a Indonésia anunciou uma<br />
proibição permanente de novas licenças de concessão<br />
florestal.<br />
INICIATIVAS<br />
Na iniciativa privada, a Restorasi Ekosistem Riau, criada<br />
pelo Grupo April (Asia Pacific Resources International<br />
Limited), em parceria com a Fauna & Flora International,<br />
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SUSTENTABILIDADE<br />
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39
CASE<br />
A<br />
Apple avançou seu projeto de promover<br />
energia renovável em 2018. Primeiro, a<br />
gigante de tecnologia inseriu o modelo<br />
energético em todas as lojas, centros de<br />
dados e escritórios da empresa. Em seguida, anunciou<br />
um fundo de investimento de energia limpa na China,<br />
em parceria com mais dez fornecedores, com cerca de<br />
US$ 300 milhões.<br />
Neste ano, o China Clean Energy Fund inaugurou<br />
três parques eólicos no país. Dois deles estão localizados<br />
no condado de Dao, na província de Hunan. Os<br />
parques eólicos Concord Jing Tang e Concord Shen<br />
Zhang Tang geram, cada um, 48 MW (Megawatts)<br />
de energia limpa. Já o parque de Hubei, na província<br />
limítrofe de Hubei, gera 38 MW de energia - este,<br />
desenvolvido pelo Fenghua Energy Investment Group<br />
Co.<br />
O China Clean Energy Fund é um fundo de investimento<br />
pioneiro na China que conecta fornecedores<br />
a projetos de energia renovável. A Apple e 10 de<br />
seus fornecedores na China investirão cerca de US$<br />
300 milhões até 2022 para desenvolver projetos de<br />
geração de energia totalizando 1 GW (Gigawatt) de<br />
O China Clean Energy<br />
Fund é um fundo de<br />
investimento pioneiro<br />
na China que conecta<br />
fornecedores a projetos<br />
de energia renovável<br />
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43
INOVAÇÃO<br />
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ENERGIA EM<br />
MOVIMENTO<br />
PARANÁ PRETENDE<br />
CONSTRUIR 11 NOVAS<br />
MINI HIDRELÉTRICAS,<br />
ALÉM DE UM PARQUE<br />
EÓLICO<br />
FOTOS DANIEL CASTELLANO / SMCS<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
45
INOVAÇÃO<br />
O<br />
Estado do Paraná inovou neste ano,<br />
com a inauguração de uma mini central<br />
hidrelétrica no Parque Barigui, em Curitiba<br />
(PR), a CGH (Central Geradora Hidrelétrica)<br />
Nicolau Klüppel. A central, que foi resultado de uma<br />
doação da Abrapch (Associação Brasileira de Pequenas<br />
Centrais Hidrelétricas), é capaz de abastecer metade<br />
do consumo mensal de energia do parque, com<br />
geração de cerca de 21.600 Kwh/mês (kilowatt/hora).<br />
Agora, o Estado pretende expandir a construção de<br />
mini hidrelétricas em outras regiões do Paraná.<br />
O governo do Paraná pretende conseguir aprovação<br />
da Assembleia Legislativa para a construção de 11<br />
novas mini hidrelétricas, além de um parque eólico.<br />
O projeto de lei 567/<strong>2019</strong> foi enviado em agosto pelo<br />
Executivo para análise dos parlamentares e está perto<br />
da votação do plenário.<br />
Os novos empreendimentos serão localizados<br />
em Palmeira, Boa Ventura de São Roque, Pitanga,<br />
Santo Antônio do Sudoeste, Nova Tebas, Jacarezinho,<br />
As novas geradoras vão<br />
consolidar a posição<br />
do Paraná entre os<br />
Estados brasileiros com<br />
maior número de mini<br />
hidrelétricas<br />
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49
ARTIGO<br />
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DE<br />
UM CÂMPUS UNIVERSITÁRIO<br />
COMO ESTRATÉGIA PARA PROPOSTA<br />
DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
ELAINE NOLASCO RIBEIRO<br />
Universidade de Brasília<br />
RAYNAN LIMA CARNEIRO<br />
Universidade de Brasília<br />
OLGA PORTO DA SILVA GALDINO<br />
Universidade de Brasília<br />
PEDRO HENRIQUE VIEIRA DURAES<br />
Universidade de Brasília<br />
DULCE MARIA SUCENA DA ROCHA<br />
Universidade de Brasília<br />
MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA<br />
Universidade de Brasília<br />
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Foto: shutterstock.com<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
51
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
A<br />
s universidades, direta ou indiretamente,<br />
causam impacto no ambiente através do consumo<br />
de água, energia, geração de resíduos e<br />
ocupação de áreas verdes. Este estudo teve por<br />
objetivo realizar um diagnóstico do consumo de água e<br />
energia; geração de resíduos e manejo de áreas verdes no<br />
câmpus da Faculdade UnB de Planaltina/Distrito Federal,<br />
para propor uma estratégia de gestão sustentável. Para tal,<br />
foram analisados os consumos de água e energia (período<br />
de 2006 a 2017), a caracterização quali-quantitativa dos<br />
resíduos sólidos (2015-2016) e estudo fitossociológico das<br />
áreas verdes do câmpus. Os resultados obtidos indicaram<br />
que os consumos de água e energia estão aumentando<br />
desde a inauguração do câmpus, em 2006, devido à ampliação<br />
do quadro de servidores, alunos e áreas edificadas.<br />
Dos resíduos sólidos produzidos, 67% são recicláveis. O<br />
estudo fitossociológico indicou alta diversidade biológica<br />
do Cerrado sentido restrito. Dentre as estratégias indicadas<br />
para gestão, indica-se a adoção de programas de<br />
uso eficiente da água e de energia elétrica e implantação<br />
da coleta seletiva com destinação da fração reciclável a<br />
cooperativas de catadores. Nas áreas verdes, recomenda-se<br />
sua preservação e conservação, além da expansão do câmpus<br />
em áreas mais degradadas do Cerrado sentido restrito,<br />
para reduzir a supressão da cobertura vegetal.<br />
Palavras-chave: Câmpus universitário; Universidades<br />
sustentáveis; Resíduos; Água; Energia.<br />
INTRODUÇÃO<br />
As universidades desempenham várias atividades que<br />
causam impactos ambientais potencialmente significativos,<br />
que até recentemente foram amplamente ignorados<br />
em termos de responsabilidade social e ambiental. Uma<br />
IES (Instituição de Ensino Superior) pode influenciar direta<br />
ou indiretamente o ambiente onde está localizada, devido<br />
ao seu tamanho e população (Gallardo et al. 2016; Lukman<br />
et al. 2009). Ao requerer serviços e infraestrutura na escala<br />
de uma pequena cidade (Geng et al. 2013; Gallardo et al.<br />
2016; Tangwanichagapong et al. 2017), as universidades<br />
demandam acomodação, transporte, lojas, lazer, alimentação,<br />
gerenciamento de resíduos (Zhang et al. 2011; Vagnoni<br />
& Cavicchi, 2015), abastecimento de água (Marinho et al.<br />
2014) e energia (Petersen et al. 2015).<br />
A sustentabilidade nas IES tornou-se uma temática de<br />
preocupação global para os seus gestores, como resultado<br />
dos impactos causados no ambiente local (Zhang et al.<br />
2011; Gallardo et al. 2016). Além disso, as universidades devem<br />
assumir o compromisso de educar os alunos sobre o<br />
impacto que seu comportamento tem no meio ambiente e<br />
na sociedade (Mikulic & Babina, 2009; Marinho et al. 2014)<br />
Universidades, direta ou<br />
indiretamente, causam<br />
impacto no ambiente através<br />
do consumo de água, energia,<br />
geração de resíduos e<br />
ocupação de áreas verdes<br />
Foto: divulgação<br />
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AGENDA<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
OIL & GAS CHEMISTRY<br />
Data: 4 a 5<br />
Local: Houston (EUA)<br />
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DESTAQUE<br />
FORO INTERNACIONAL DEL GAS Y ENERGÍA<br />
Data: 7 e 8<br />
Local: Tarija (Bolívia)<br />
Informações: http://figas.org/v10/<br />
SNPTEE<br />
Data: 10 a 13<br />
Local: Belo Horizonte (MG)<br />
Informações: www.xxvsnptee.com.br/<br />
EMART ENERGY<br />
Data: 12 a 14<br />
Local: Paris (França)<br />
Informações: http://bit.ly/2MKr1ps<br />
POWERGEN<br />
Data: 19 a 21<br />
Local: Nova Orleans (EUA)<br />
Informações: http://bit.ly/2MIMDCz<br />
ABRIL 2020<br />
CONGRESSO BRASILEIRO<br />
DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA<br />
Data: 13 a 14 de novemebro<br />
Local: Recife (PE)<br />
Informações: www.cbgd.com.br/site<br />
Imagem: divulgação<br />
FIEMA BRASIL<br />
Data: 14 a 16<br />
Local: Bento Gonçalves (RS)<br />
Informações: www.fiema.com.br<br />
OUTUBRO 2020<br />
O Congresso Brasileiro de Geração Distribuída é<br />
um evento anual que conta com o apoio das principais<br />
associações e entidades ligadas ao setor da Geração<br />
Distribuída no Brasil. Em sua IV edição, o congresso<br />
tem papel fundamental nesta nova fase da Matriz<br />
Energética Brasileira, onde a busca por tecnologias<br />
limpas para geração de energia, se faz urgente para<br />
garantir o futuro e o crescimento do país.<br />
BWEXPO<br />
Data: 6 a 8<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.bwexpo.com.br/<br />
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OPINIÃO<br />
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NOVO TRATADO<br />
DE ITAIPU: RISCOS E<br />
POSSIBILIDADES<br />
H<br />
á um erro epistemológico quanto ao assunto revisão<br />
do Tratado da Itaipu: o Tratado não está sendo<br />
revisto, o que está em discussão são os termos do<br />
Anexo C, que disciplina as bases financeiras de<br />
prestação de serviço de eletricidade da Itaipu. O Tratado é<br />
permanente, até que seja firmado outro que o revogue.<br />
O Anexo C indica os critérios de amortização da dívida do<br />
Paraguai oriundos da construção da usina, o regime paritário<br />
de consumo da energia e outras regras. Foi estabelecido que<br />
após 50 anos da entrada em vigor do tratado, precisamente<br />
em 2023, o anexo seria revisto.<br />
Segundo o Tratado, cada país recebe 50% da energia gerada<br />
pela Itaipu, sendo que o preço correspondente ao Paraguai<br />
tem como adicional os encargos da amortização da construção<br />
da usina, ou seja, a energia adquirida pelo país vizinho é<br />
mais cara do que aquela adquirida pelo lado brasileiro. Fato<br />
que gerou o debate: por que o consumidor brasileiro paga<br />
mais caro pela energia do que o consumidor paraguaio?<br />
Foi então realizado um comparativo do sistema elétrico<br />
entre os dois países, identificando grandes diferenças de infraestrutura.<br />
A Itaipu não comercializa energia diretamente com<br />
o mercado de cada país, apenas realiza o repasse às empresas<br />
Eletrobras e à paraguaia Ande, que por sua vez desempenham<br />
a função de comercializar a energia nos mercados dos<br />
respectivos países.<br />
A partir do ingresso na Eletrobras, a energia sujeita-se a<br />
uma complexa cadeia regulatória e burocrática até chegar ao<br />
consumidor final – diferente do Paraguai, que não possui um<br />
sistema regulatório tão complexo quanto o brasileiro. E é essa<br />
cadeia burocrática que explica o paradoxo do valor da tarifa<br />
de energia brasileira.<br />
Outro fator que contribui com o alto valor da tarifa de<br />
energia brasileira é o repasse do excedente da energia não<br />
consumida pelo Paraguai. O tratado estabelece também<br />
que, caso não haja consumo de toda a energia correspondente,<br />
50% para cada país, o excedente será vendido<br />
exclusivamente para o outro país. Estimou-se que o Paraguai<br />
consome em torno de 10% da parte que lhe é condigna, a<br />
parte excedente de 40% é vendida ao Brasil.<br />
O problema, porém, está no fato de que o Paraguai<br />
vende a energia excedente com o valor cheio, ou seja, o<br />
preço da energia mais o valor da amortização da dívida,<br />
encarecendo ainda mais a tarifa de energia brasileira. Na<br />
prática, quem pagou a dívida da construção da Itaipu foram<br />
os consumidores brasileiros, pois consomem a maior parte<br />
da energia paraguaia.<br />
O pagamento do valor cheio traz consigo uma repercussão<br />
ainda mais lesiva: a amortização da dívida associada<br />
ao custo da energia, quando ingressam no sistema elétrico<br />
brasileiro, sofrem um efeito cascata de tributos e encargos<br />
setoriais que exponenciam o custo da energia, onerando de<br />
forma significativa o consumidor.<br />
Para 2023, quando os termos do Anexo C serão revistos,<br />
existe a expectativa que ocorra uma considerável redução<br />
no valor da tarifa de energia para o consumidor final, em<br />
virtude da extinção do encargo da amortização paraguaia e<br />
o subsequente repasse ao mercado brasileiro. Seja, porém,<br />
quais forem os novos termos estabelecidos, é preciso não<br />
ceder às pressões e encontrar alternativas benéficas para<br />
ambos os lados – como Itaipu sempre fez ao longo de sua<br />
história.<br />
Por Eduardo Iwamoto<br />
Advogado, mestre e doutorando em Direito pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do<br />
Paraná) e professor de Direito de Energia e Direitos Fundamentais da PUC-PR<br />
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