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*Outubro/2019 - Revista Biomais 35

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Entrevista: governo lançará o Plano Decenal de Eficiência Energética<br />

CONECTANDO<br />

EFICIÊNCIA<br />

SOLUÇÕES MODERNAS<br />

DE AÇO INOXIDÁVEL<br />

REVOLUCIONAM O<br />

MERCADO<br />

9 77 2 <strong>35</strong>9 4 58108 0 0 0 3 5<br />

US$ 2.500 BILHÕES<br />

DE INVESTIMENTOS EM<br />

ENERGIAS RENOVÁVEIS<br />

ENERGIA EM MOVIMENTO<br />

PARANÁ PROJETA NOVAS USINAS


SISTEMA PISO MÓVEL<br />

Piso Móvel Hyva<br />

Praticidade, Agilidade e Economia em suas cargas<br />

e descargas horizontais.<br />

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horizontais, o Sistema de Piso Móvel é amplamente<br />

utilizado em aplicações veiculares e estacionárias,<br />

garantindo a segurança e a agilidade no transporte<br />

de materiais como: cereais, silagem, cavaco de<br />

madeira, carvão vegetal, resíduos, mercadorias<br />

palletizadas, bagaços e biomassas em geral.<br />

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Hyva do Brasil


SUMÁRIO<br />

04 | EDITORIAL<br />

Novos momentos<br />

06 | CARTAS<br />

08 | NOTAS<br />

14 | ENTREVISTA<br />

18 | PRINCIPAL<br />

24| ECONOMIA<br />

Mercado em expansão<br />

32| PELO MUNDO<br />

Oriente consciente<br />

38 | CASE<br />

Maçã verde<br />

44| INOVAÇÃO<br />

50 | ARTIGO<br />

56 | AGENDA<br />

58| OPINIÃO<br />

Novo Tratado de Itaipu: riscos e<br />

possibilidades<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

03


EDITORIAL<br />

Estampa a capa desse mês imagem<br />

alusiva aos serviços oferecidos pela<br />

empresa Inox Conexões<br />

NOVOS<br />

MOMENTOS<br />

E<br />

m uma nova fase da matriz energética brasileira, onde a busca por tecnologias limpas para<br />

geração de energia se faz urgente para garantir o futuro e o crescimento do país, nós, da REVISTA<br />

BIOMAIS, buscamos diariamente trazer conteúdos que estejam em conexão direta com a realidade<br />

de você, leitor, que vive o dia a dia de um setor em constante mudança. Por isso, nesta edição,<br />

abordamos os investimentos em energia eólica, biomassa, hidrelétrica e solar, que chegaram a mais US$<br />

2.500 bilhões nesta década. Falamos também sobre o estado de Paraná, que pretende construir 11 novas<br />

mini hidrelétricas, além de um parque eólico e abordamos o cenário de países asiáticos, que caminham<br />

para se tornar parte da economia global e podem ser decisivos para os próximos passos do desenvolvimento<br />

sustentável no cenário mundial. Uma excelente leitura!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO VI - EDIÇÃO <strong>35</strong> - OUTUBRO <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />

Diretor Executivo<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />

Redação<br />

Murilo Basso<br />

jornalismo@revistabiomais.com.br<br />

Dep. de Criação<br />

Fabiana Tokarski - Fabiano Mendes - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira, Gabriel Santos Ferreira<br />

(criacao@revistareferencia.com.br)<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Dep. Comercial<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão (comercial@revistabiomais.com.br)<br />

Fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Dep. de Assinaturas<br />

Cassiele Ferreira - Supervisão<br />

(assinatura@revistabiomais.com.br)<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da<br />

JOTA Editora - Rua Maranhão, 502 - Água Verde -<br />

Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />

www.jotaeditora.com.br<br />

Veículo filiado a:<br />

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente, dirigida aos<br />

produtores e consumidores de energias limpas e alternativas, produtores de resíduos<br />

para geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários,<br />

órgãos governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/<br />

ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos, anúncios ou colunas assinadas, por entender<br />

serem estes materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução,<br />

apropriação, armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente<br />

proibídas sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins<br />

didáticos.<br />

REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed at clean alternative<br />

energy producers and consumers, producers of residues used for energy generation and<br />

cogeneration, research institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class<br />

and other entities, directly and/or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does<br />

not hold itself responsible for concepts contained in materials, articles, ads or columns signed<br />

by others; these are the responsibility of their authors. The use, reproduction, appropriation,<br />

databank storage, in any form or means, of the text, photos and other intellectual property<br />

of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden without written authorization of the holder of the<br />

authorial rights, except for educational purposes.<br />

04 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Caldeiras Alfa Laval Aalborg para<br />

queima de biomassa


CARTAS<br />

INFORMAÇÃO<br />

Esclarecedora a reportagem sobre a certificação Enplus, necessária para entrar no mercado<br />

europeu de pellets de madeira. Parabéns a toda a equipe!<br />

Márcio Bayol – São Paulo (SP)<br />

Foto: divulgação<br />

BATE-PAPO<br />

Excelente entrevista com o agrônomo Bruno Laviola, que contou um pouco mais sobre as iniciativas da Embrapa<br />

Agroenergia – uma entidade conectada com o setor e sempre em busca de uma evolução.<br />

Eloi Quege – Goiânia (GO)<br />

TECNOLOGIA<br />

Bom saber que novas soluções para descarbonizar os diversos setores da economia são impulsionadas pelas startups.<br />

São as novas empresas sempre alinhadas com aquilo que a sociedade espera!<br />

Heloísa Santos – Niterói (RJ)<br />

PELO MUNDO<br />

A editoria Pelo Mundo é uma de minhas favoritas – sempre com exemplos que podem<br />

(e devem!) servir de inspiração para iniciativas semelhantes em nosso país. Parabéns!<br />

Thiago Alonso – Ituiutaba (MG)<br />

Foto: divulgação<br />

Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />

06 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Montagem eletromecânica<br />

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FABRICAÇÃO E MONTAGEM DE<br />

TUBULAÇÕES DE INOX, AÇO CArBONO,<br />

PEAD E ENTRE OUTRAS<br />

MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS, VASOS,<br />

DIGESTORES, TROCADORES DE CALOR<br />

E EVAPORADORES<br />

REPINAGEM EM TUBO DE CALDEIRA<br />

RECUPERAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO<br />

DE TUBOS DO EVAPORADOR<br />

MANUTENÇÃO DE DIGESTORES<br />

CALDEIRARIA/FABRICAÇÃO DE SILOS,<br />

ESTRUTURAS, PINTURA, JATEAMENTO<br />

E REVESTIMENTO COM UHMW<br />

MONTAGEM ELETROMECÂNICA<br />

RETROFIT DE LIXADEIRAS E PREnSAS PARA<br />

INDúSTRIAS De madeiras e aglomerados<br />

MONTAGEM ELÉTRICA<br />

E AUTOMAÇÃO<br />

PROJETO E FABRICAÇÃO MECÂNICA<br />

DE ESTÁTICOS E DINÂMICOS<br />

INTERVENÇÕES DE AUTOMAÇÃO,<br />

ELETROMECÂNICA E MECÂNICA<br />

MUDANÇA DE LAYOUTS,<br />

PARADAS E OBRAS<br />

AUTOMAÇÃO E ELETROMECÂNICA<br />

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ISO 9001/2015<br />

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NOTAS<br />

MAIS INVESTIMENTOS<br />

O Banco Europeu de Investimento aprovou financiamento<br />

de 150 milhões de euros para o desenvolvimento<br />

de usinas eólicas e solares no Brasil. O crédito<br />

será emitido através da EDP Renováveis e aumentará o<br />

seu portfólio para 1,8 TWh (Terawatt/hora) por ano até<br />

2023. A expectativa é que o financiamento contribua<br />

para o Brasil diminuir suas emissões de carbono,<br />

diversificar o portfólio de energia renovável do país,<br />

acelerando a transição energética, e oferecer aos consumidores<br />

energia acessível. Além disso, os projetos<br />

deverão reduzir os custos de importação de energia no<br />

país e gerar até 1.900 novos empregos durante a fase<br />

de implementação.<br />

Foto: divulgação<br />

BIOGÁS DE EUCALIPTO<br />

Estudo desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa<br />

aponta vantagens no uso da gaseificação para transformação<br />

da biomassa em biocombustível. As vantagens incluem<br />

a adequação da tecnologia já existente para o uso do gás<br />

combustível gerado, bem como o armazenamento e transporte<br />

mais eficiente em relação à biomassa sólida. Para o estudo, os<br />

pesquisadores utilizaram um gaseificador de biomassa de leito<br />

fixo de fluxo concorrente e a biomassa de discos de eucalipto.<br />

Em seguida, eles analisaram propriedades como o teor de água<br />

e o poder calorífico superior e inferior. O experimento constatou<br />

que a gaseificação permite uma grande viabilidade técnica<br />

com a produção de um gás com um bom poder calorífico e que<br />

pode ser utilizado em aplicações energéticas.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

ENERGIA NOTURNA<br />

Pesquisadores americanos desenvolveram um novo método para aproveitar<br />

a noite para obter energia renovável. A inovação aproveita o calor<br />

que sobe para a atmosfera durante a noite para gerar energia acessível a<br />

populações que não têm acesso confiável a energia. O método aproveita o<br />

resfriamento radiativo do céu, um fenômeno natural no qual uma superfície<br />

exposta ao céu expele seu calor no ar como radiação térmica. Parte<br />

desse calor sobe para a atmosfera superior e depois para áreas mais frias do<br />

espaço. O resultado é que os objetos são mais quentes que a atmosfera, e<br />

a tecnologia aproveita essa diferença de temperatura capturando parte do<br />

calor do ar circundante e convertendo-a em eletricidade. A inovação tem a<br />

possibilidade de ser adaptada para reduzir os custos, o que poderia influenciar<br />

a vida de mais de 1 bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso<br />

confiável à eletricidade, segundo a Agência Internacional de Energia.<br />

08 www.REVISTABIOMAIS.com.br


INTERVENÇÃO URBANA<br />

A intervenção urbana: Caçambas; realizada em São Paulo a partir do dia 31<br />

de agosto, está recebendo apoio da Klabin, maior produtora e exportadora de<br />

papéis para embalagem do Brasil. O objetivo é sensibilizar a população para<br />

a temática da gestão de resíduos sólidos. A intervenção consiste em 15 esculturas<br />

criadas pelo artista visual Eduardo Srur, que remetem a uma caçamba -<br />

objeto utilizado para descarte de resíduos e cada vez mais presente no espaço<br />

público. As obras são expostas nas regiões de Pinheiros e Butantã, na capital<br />

paulista. A iniciativa está em concordância com a Política de Sustentabilidade<br />

da Klabin, na qual a temática de resíduos sólidos está amplamente inserida.<br />

Além da adoção de práticas sustentáveis relacionadas ao processo produtivo,<br />

a empresa realiza ações de conscientização nas comunidades onde atua para<br />

conscientizar a população sobre o tema.<br />

Foto: divulgação<br />

BIOMASSA DE<br />

ARAUCÁRIAS<br />

Um estudo desenvolvido no município<br />

catarinense de São José do Cerrito mostra<br />

que produção de biomassa florestal a partir<br />

de grimpas de Araucárias é uma boa oportunidade<br />

dentro do setor para gerar energia<br />

limpa. O uso das grimpas também contribui<br />

para melhorar a qualidade de saúde dos<br />

bovinos nas fazendas, que aspiram as grimpas<br />

na pastagem e correm risco de morte<br />

ou eutanásia por problemas respiratórios. A<br />

pesquisa aponta que a produção de biomassa<br />

de grimpas de Araucárias corresponde<br />

a 23% da produção de biomassa florestal<br />

total em Santa Catarina, sendo os meses de<br />

janeiro e fevereiro os mais produtivos com<br />

160Kg de grimpas recolhidas. A produção<br />

das grimpas é maior nos dias chuvosos e<br />

menor durante a primavera.<br />

BIOGÁS NA EUROPA<br />

O vice-governador do Paraná, Darci Piana, visitou a Europa em busca de trazer<br />

mais conhecimento e parcerias comerciais ao Paraná. Acompanhado de um grupo<br />

de especialistas paranaenses, Piana realizou visitas técnicas a indústrias e estabelecimentos<br />

de diversos setores da economia europeia. Um dos destaques foram as<br />

visitas a usinas de tratamento de água e de transformação de dejetos em gás. O objetivo<br />

foi levar os projetos para o estado, de acordo com o secretário da Agricultura<br />

e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara. “Foi uma semana intensa, em que<br />

aprendemos muito. Tenho certeza que abrimos a porta do Paraná, mas também a<br />

porta do mercado local para um intercâmbio mais intenso”, ressaltou Ortigara.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

09


NOTAS<br />

POTENCIAL NO PARANÁ<br />

Prospecção realizada pelo Parque Tecnológico Itaipu aponta que as regiões<br />

norte e oeste do Paraná têm grande potencial para geração de biogás. O potencial<br />

está ligado aos rebanhos suínos, que estão entre os maiores do país e geram<br />

uma grande quantidade de esterco que pode ser utilizado para a geração de<br />

biogás. A entidade analisou características como critérios físicos e aspectos da<br />

legislação para a escolha do local de implementação de usinas de biogás. Após<br />

vários levantamentos e processamento de dados geográficos, a prospecção<br />

chegou a conclusão que o estado conta com uma extensa área disponível para<br />

esse tipo de empreendimento. Os destaques são o norte central e a região oeste<br />

do Estado, com 62,6% de área disponível.<br />

Foto: divulgação<br />

ENERGIA SOLAR<br />

A Renner, maior varejista de moda do<br />

Brasil, começou a abastecer lojas a partir de<br />

energia solar fotovoltaica. A fonte renovável<br />

já é utilizada em quatro lojas do Rio de<br />

Janeiro, sendo três lojas de rua localizadas em<br />

Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e<br />

uma loja no Shopping Madureira. A operação<br />

segue as normativas da Aneel (Agência<br />

Nacional de Energia Elétrica) para geração distribuída,<br />

com a energia sendo produzida em<br />

uma fazenda solar localizada no município de<br />

Vassouras, a 120 km (quilômetros) da capital<br />

fluminense. A iniciativa é parte das metas de<br />

sustentabilidade da empresa, que incluem o<br />

suprimento de 75% do consumo corporativo<br />

de energia a partir de fontes renováveis de<br />

baixa emissão e a redução de 20% das emissões<br />

de CO2 (Gás Carbônico) em relação ao<br />

nível registrado em 2017.<br />

BIOGÁS COREANO<br />

A cidade de Changwon, na Coréia do Sul, receberá nos próximos<br />

meses a construção de uma usina de biogás produzido a partir de resíduos<br />

orgânicos de alimentos e dejetos de animais descartados na região.<br />

Localizada perto de fazendas, a usina de biogás terá um ponto específico<br />

para receber o lixo orgânico vindo da cidade. O empreendimento será<br />

construído pela fabricante Biogest em parceria com a HC Energy, com<br />

apoio do governo municipal e do centro de tecnologia agrícola da cidade.<br />

A usina será capaz de gerar eletricidade e energia térmica, além de<br />

melhorar a qualidade do ar em uma região de fazenda de suínos.<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br


FENASUCRO BATE<br />

RECORDE EM<br />

NEGÓCIOS E PÚBLICO<br />

A XXVII Fenasucro confirmou o cenário positivo do<br />

mercado com a expectativa em relação ao RenovaBio<br />

e alcançou volume de negócios em torno de R$ 4,2<br />

bilhões, que se iniciaram durante a feira e serão concretizados<br />

nos próximos seis meses. O público final foi<br />

de 41 mil visitantes/compradores.<br />

Somente as rodadas de negócios, que atraíram<br />

compradores de 11 países e do Brasil, contaram com<br />

mais de 600 reuniões e têm previsão de negócios em<br />

torno de R$ 99 milhões. No estande de startups do<br />

Sebrae, nove empresas ofereceram soluções, gerando<br />

aproximadamente 1,5 mil atendimentos e R$ 100 mil<br />

em negócios também firmados a partir da feira.<br />

O diretor Paulo Montabone afirma que o evento<br />

representou um divisor de águas em razão do otimismo<br />

do setor e de novas perspectivas. "A Fenasucro é<br />

palco das transformações e inovações necessárias para<br />

o crescimento do mercado de bioenergia no país há<br />

27 anos”, ressalta o diretor da feira.<br />

“Nos próximos anos o Brasil passará a produzir<br />

48 bilhões de litros de etanol/ano (15 bilhões a mais<br />

do que é produzido hoje) e, mais do que isso, terá<br />

possibilidade de reduzir cerca de 600 milhões de toneladas<br />

de CO2 (Gás Carbônico) da atmosfera, o que irá<br />

gerar R$ 23 bilhões só em crédito de descarbonização<br />

(Cbio). Com esse contexto promissor, podemos afirmar<br />

que, no mínimo 10% de todos esses investimentos<br />

que serão injetados no mercado a partir do Renovabio,<br />

circularão pela feira nos próximos anos", completa.<br />

Luis Carlos Jorge, presidente do Ceise Br, destaca<br />

a força do RenovaBio para os resultados da feira.<br />

"O sucesso da Fenasucro <strong>2019</strong> é reflexo do cenário<br />

positivo em torno do funcionamento, a partir de 2020,<br />

do RenovaBio – programa que reconhece e amplia a<br />

participação dos biocombustíveis na matriz energética<br />

brasileira, o que pode gerar, em 10 anos, R$ 1,4 trilhão<br />

em investimentos para expansão da oferta, por exemplo”,<br />

afirma Jorge.<br />

“E essas boas perspectivas se confirmaram também<br />

pelo nível dos visitantes – um público ainda mais<br />

qualificado, propenso a negócios efetivos, já visando<br />

as oportunidades e demandas da tão esperada retomada<br />

do setor bioenergético", conclui o presidente do<br />

Ceise Br.<br />

Fotos: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

11


NOTAS<br />

BIOMASSA EM PORTUGAL<br />

Um novo programa de incentivo do governo de Portugal<br />

pretende alavancar a construção e operação de usinas de<br />

biomassa no país. As novas usinas serão localizadas próximas<br />

a áreas florestais de alto risco de incêndio para minimizar o<br />

problema no país. As novas medidas do governo português se<br />

concentraram principalmente no apoio às usinas térmicas de<br />

biomassa. O objetivo da iniciativa é descarbonizar o consumo<br />

térmico existente e promover a eficiência energética na região<br />

através da produção renovável. Os empreendimentos, combinados,<br />

produzirão 60 MW (Megawatts) de energia no continente.<br />

Foto: divulgação<br />

ENERGIA DE BAMBU<br />

Um estudo desenvolvido por pesquisadores na<br />

Uninter aponta que o uso de bambu para geração de<br />

energia limpa favorece a agricultura familiar. O estudo<br />

destacou o potencial de duas espécies de bambu<br />

adaptadas ao Brasil, Hatiku e Mossô. A pesquisa aponta<br />

que o potencial energético do bambu torna-o uma<br />

alternativa viável e com diversos benefícios, como o<br />

desenvolvimento econômico e exploração sustentável.<br />

O estudo destaca ainda as melhores condições nos<br />

custos logísticos dessa biomassa florestal e reforça o<br />

seu potencial para a geração de energia com aplicação<br />

na agricultura familiar.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

BIOCOMBUSTÍVEL DE MADEIRA<br />

O governo do Canadá anunciou investimentos na produção de<br />

biocombustível produzido a partir de resíduos agrícolas e de madeira.<br />

O investimento de 4,7 milhões de dólares vai para a Woodland<br />

Biofuels, companhia canadense de gás com sede em Toronto que visa<br />

ampliar sua instalação de etanol celulósico. Do total US$ 1,9 milhão<br />

serão investidos no desenvolvimento de uma tecnologia de resíduos<br />

para biocombustível que usa resíduos de madeira e agrícolas. Os<br />

outros US$ 2,8 milhões irão para a expansão comercial da planta de<br />

demonstração de etanol celulósico da empresa, em Sarnia, Ontario,<br />

que produz etanol a partir de resíduos florestais e resíduos de construção<br />

e demolição de madeira.<br />

12 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A Codornada Florestal está<br />

de volta em sua 13ª Edição!<br />

O evento promove o ponto de encontro do<br />

setor florestal, através de um jantar voltado<br />

às empresas e profissionais do setor de base:<br />

madeireira, florestal e de celulose.<br />

04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />

Ponte Alta do Norte - SC<br />

1º DIA<br />

04/12<br />

DIA DE CAMPO<br />

2º DIA<br />

05/12<br />

MANHÃ - SEMINÁRIO<br />

TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />

NOITE - JANTAR<br />

AÇÃO SOCIAL<br />

Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />

Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />

(uma para menino/outro para menina)<br />

Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal<br />

Apoio:<br />

Realização:


ENTREVISTA<br />

Foto: Saulo Cruz (MME)<br />

ENTREVISTA<br />

REIVE<br />

BARROS<br />

Formação: Engenheiro Elétrico graduado<br />

pela Escola Politécnica de Pernambuco<br />

e Mestre em Engenharia de Produção<br />

pela Ufpe (Universidade Federal de<br />

Pernambuco)<br />

Cargo: Secretário de Planejamento e<br />

Desenvolvimento Energético do MME<br />

(Ministério de Minas e Energia)<br />

CONSERVANDO<br />

A ENERGIA<br />

O<br />

governo lançará, no fim de <strong>2019</strong>, o primeiro Plano Decenal de Eficiência Energética, com indicadores,<br />

ações, custos e prazos para garantir o uso racional deste insumo essencial para a economia<br />

e o bem-estar da sociedade. O lançamento, marcado para o início de dezembro, foi antecipado à<br />

Agência CNI de Notícias pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério<br />

de Minas e Energia, Reive Barros. O plano reforçará as iniciativas que visam à conservação e o combate<br />

ao desperdício da energia no Brasil. “O uso racional reduz a demanda, permite a postergação de investimentos<br />

e reduz os impactos ambientais da geração de energia”, orienta Barros. Para ele, é importante que a sociedade<br />

busque informações e as tecnologias disponíveis para reduzir o consumo de energia. Ao governo cabe criar<br />

condições para que os regulamentos e as normas incentivem o desenvolvimento e o uso de equipamentos<br />

mais eficientes. “Muitas vezes, uma mudança concreta de hábitos da sociedade reduz os custos das famílias<br />

com a energia, sem prejudicar o conforto. Isso contribui para a conservação da energia no país”, observa o<br />

secretário.<br />

14 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

15


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atuando desde 1995 no segmento<br />

de conexões, tubos, válvulas e<br />

acessórios em aço inoxidável, aço carbono<br />

e ligas de aço. Localizada em São Paulo, a Inox<br />

Conexões tem como objetivo atender a toda e<br />

qualquer necessidade de seus clientes nos mais<br />

diversos segmentos: Indústria química, alimentícia,<br />

farmacêutica, papel e celulose, óleo e gás. Para tanto,<br />

dispomos em nosso portfólio e fabricação a comercialização<br />

de flanges, conexões, acessórios e projetos especiais em aço,<br />

bem como a distribuição de tubos, válvulas e acessórios<br />

industriais. Composta por profissionais qualificados, corpo<br />

técnico experiente e equipamentos de última feração,<br />

trabalhamos visando a satisfação de nossos clientes<br />

por manter excelência na qualidade e nos prazos<br />

de entrega. Dispomos de um sistema de<br />

gestão conforme norma ISO 9001.<br />

Também somos qualificados no<br />

sistema CRC da Petrobras.<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

19


PRINCIPAL<br />

D<br />

e acordo com recente levantamento do Ibge<br />

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no<br />

Brasil, uma em cada quatro empresas fecha antes<br />

mesmo de completar dois anos de atividade.<br />

Os números mostram que cerca de 25% da força inovadora<br />

brasileira é derrotada antes mesmo de seu produto ganhar o<br />

consumidor e ter seu trabalho reconhecido pelo mercado. A<br />

árdua tarefa de empreender em um país burocrático cobrou<br />

a conta durante os anos mais difíceis da crise econômica, a<br />

partir de 2014: poucos foram os gestores que conseguiram<br />

driblar as dificuldades geradas pela queda do consumo<br />

nacional.<br />

Em um mercado competitivo como o de conexões e de<br />

peças em inox, uma companhia se diferenciou das demais<br />

e criou um modelo a ser seguido: a Inox Conexões, empresa<br />

com sede na capital paulista, que há 24 anos fornece soluções<br />

no ramo de conexões tubulares, flanges, curvas, reduções,<br />

pestanas, área de alta pressão, válvulas e tubulações.<br />

“Surgimos para atender indústrias e comércios exigentes,<br />

tanto na produção de material quanto na importação de<br />

produtos tecnológicos. Hoje, também nos dedicamos a essa<br />

vertente, pois muitos clientes partiram para negociações<br />

pautadas por produtos do exterior. Mais que uma empresa<br />

fabricante de conexões, somos uma companhia parceira,<br />

ao primar pelo relacionamento de longo prazo e, acima de<br />

tudo, trabalhar com responsabilidade e respeito aos nossos<br />

parceiros”, garante o diretor da Inox Conexões, Ademir<br />

Nunes.<br />

Fortalecida e estabelecida em todo o Brasil, a Inox<br />

Conexões hoje conta com um parque fabril de aproximadamente<br />

4 mil m2 (metros quadrados), em São Paulo, com uma<br />

moderna estrutura e tecnologia de última geração para a<br />

produção dos mais eficazes produtos em seu mix.<br />

De acordo com Nunes, entre os fatores preponderantes<br />

para o sucesso da empresa, está o casamento entre preço<br />

atrativo e qualidade, duas linhas fundamentais para que o<br />

grupo Inox alcance atualmente toda a extensão territorial<br />

brasileira.<br />

“O custo-benefício é o grande diferencial da empresa.<br />

Sempre tratamos nosso cliente como prioridade, então<br />

buscamos aliar peças com o mais alto padrão e preços que<br />

possam facilitar a compra para diversos setores, desde a<br />

indústria farmacêutica, química, alimentícia, de óleo e gás,<br />

papel e celulose e biomassa”, relaciona Nunes.<br />

20<br />

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ECONOMIA<br />

MERCADO<br />

EM EXPANSÃO<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

24 www.REVISTABIOMAIS.com.br


INVESTIMENTOS EM ENERGIA EÓLICA,<br />

BIOMASSA, HIDRELÉTRICA E SOLAR<br />

CHEGARAM A MAIS US$ 2.500 BILHÕES<br />

NESTA DÉCADA<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

25


ECONOMIA<br />

A<br />

energia de fontes renováveis cresce no<br />

mundo e tem potencial de aumentar ainda<br />

mais sua participação na geração total<br />

de energia global. A capacidade global<br />

de geração de energia renovável quadruplicou nos<br />

últimos dez anos, segundo informações do relatório<br />

anual da Escola de Finanças e Administração de<br />

Frankfurt e do Bnef (Bloomberg New Energy Finance)<br />

com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o<br />

Meio Ambiente).<br />

Os investimentos em energia eólica, biomassa,<br />

hidrelétrica e solar chegaram a mais US$ 2.500 bilhões<br />

nesta década. O crescimento foi impulsionado,<br />

principalmente, pela redução de custos, segundo<br />

o relatório. No período, 30 países investiram mais<br />

de US$ 1 bilhão em energia solar. Esta fonte tem a<br />

maior capacidade instalada da década, com 2.300<br />

GW (Gigawatts), maior que a capacidade instalada de<br />

recursos fósseis.<br />

Em 2018, a capacidade total de geração de<br />

energia renovável chegou a 2.<strong>35</strong>1 GW. Este total<br />

inclui hidrelétricas (1.172 GW), energia eólica (564<br />

GW), energia solar (4810 GW), bioenergia (121 GW),<br />

energia geotérmica (13 GW) e energia marinha (500<br />

MW). Um dos destaques é a energia solar, que cresceu<br />

24% entre 2017 e 2018. O maior crescimento foi<br />

na Ásia, com China, Índia, Japão e Coreia com maior<br />

contribuição. Também foram registrados aumentos<br />

em outras regiões, como EUA (Estados Unidos da<br />

América), Austrália e Alemanha, além de expansões<br />

significativas no Brasil, Egito, Paquistão, México,<br />

Turquia e Holanda.<br />

A participação das fontes renováveis tende a<br />

aumentar: estimativas projetam que, até 2050, 49%<br />

da geração global de energia elétrica será de fontes<br />

renováveis. Hoje, a participação das fontes renováveis<br />

é de 28% do total gerado - destas, 96% são<br />

produzidos a partir de energia hidrelétrica, eólica e<br />

solar.<br />

CENÁRIO ATUAL<br />

Em <strong>2019</strong> a capacidade mundial de produção<br />

energética de fontes renováveis deverá registrar a<br />

maior subida desde 2015, segundo dados da AIE<br />

(Agência Internacional de Energia), organização<br />

dependente da Ocde (Organização para a Coopera-<br />

A participação das<br />

fontes renováveis tende<br />

a aumentar: estimativas<br />

projetam que, até 2050,<br />

49% da geração global de<br />

energia elétrica será de<br />

fontes renováveis<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

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31


PELO MUNDO<br />

ORIENTE<br />

CONSCIENTE<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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ÁSIA CORRE ATRÁS<br />

DE UM FUTURO MAIS<br />

SUSTENTÁVEL<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

33


PELO MUNDO<br />

C<br />

om dois dos países mais populosos do<br />

mundo e algumas das economias mais<br />

promissoras, a Ásia caminha para se tornar o<br />

maior polo da economia global e poderá ser<br />

decisiva para os próximos passos do desenvolvimento<br />

sustentável no cenário mundial.<br />

Sustentabilidade e desenvolvimento são dois lados<br />

da mesma moeda - um não pode ser alcançado significativamente<br />

sem o outro. Estima-se que o continente<br />

represente 50% do PIB (Produto Interno Bruto) global e<br />

40% do consumo de matéria-prima até 2040, segundo<br />

estimativa da consultoria McKinsey. Então, as decisões<br />

dos países asiáticos sobre a maneira como os recursos<br />

naturais são gerenciados, produzidos e consumidos terá<br />

um impacto significativo para o mundo se tornar mais<br />

sustentável. Diversos países da Ásia já começam a corrida<br />

pela sustentabilidade. A Indonésia está começando a<br />

demonstrar que mudanças positivas são possíveis após<br />

atrair críticas nas últimas décadas por desmatamento e<br />

emissões de carbono. As mudanças acompanham o desenvolvimento<br />

econômico do país, hoje a décima maior<br />

economia do mundo em termos de paridade do poder<br />

de compra, de acordo com o Banco Mundial. O PIB per<br />

capita tem aumentado constantemente nos últimos 20<br />

anos e a taxa de pobreza caiu para o nível mais baixo de<br />

todos os tempos no ano passado.<br />

O governo e empresas da Indonésia estão trabalhando<br />

para fazer parte da solução ambiental, ao mesmo<br />

tempo em que atendem às necessidades mais amplas<br />

de desenvolvimento econômico de uma população de<br />

260 milhões de pessoas. Como reflexo desses esforços, o<br />

país se voltou significativamente para o desenvolvimento<br />

sustentável, enquanto continua a atingir taxas de crescimento<br />

econômico de mais de 5% ao ano.<br />

O país continua a enfrentar desafios na redução<br />

do desmatamento, reduzindo as emissões de gases de<br />

efeito estufa, melhorando a infraestrutura e garantindo a<br />

melhoria contínua do acesso à educação de qualidade e<br />

aos cuidados de saúde fundamentais. Em uma iniciativa<br />

para a preservação ambiental, a Indonésia anunciou uma<br />

proibição permanente de novas licenças de concessão<br />

florestal.<br />

INICIATIVAS<br />

Na iniciativa privada, a Restorasi Ekosistem Riau, criada<br />

pelo Grupo April (Asia Pacific Resources International<br />

Limited), em parceria com a Fauna & Flora International,<br />

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SUSTENTABILIDADE<br />

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39


CASE<br />

A<br />

Apple avançou seu projeto de promover<br />

energia renovável em 2018. Primeiro, a<br />

gigante de tecnologia inseriu o modelo<br />

energético em todas as lojas, centros de<br />

dados e escritórios da empresa. Em seguida, anunciou<br />

um fundo de investimento de energia limpa na China,<br />

em parceria com mais dez fornecedores, com cerca de<br />

US$ 300 milhões.<br />

Neste ano, o China Clean Energy Fund inaugurou<br />

três parques eólicos no país. Dois deles estão localizados<br />

no condado de Dao, na província de Hunan. Os<br />

parques eólicos Concord Jing Tang e Concord Shen<br />

Zhang Tang geram, cada um, 48 MW (Megawatts)<br />

de energia limpa. Já o parque de Hubei, na província<br />

limítrofe de Hubei, gera 38 MW de energia - este,<br />

desenvolvido pelo Fenghua Energy Investment Group<br />

Co.<br />

O China Clean Energy Fund é um fundo de investimento<br />

pioneiro na China que conecta fornecedores<br />

a projetos de energia renovável. A Apple e 10 de<br />

seus fornecedores na China investirão cerca de US$<br />

300 milhões até 2022 para desenvolver projetos de<br />

geração de energia totalizando 1 GW (Gigawatt) de<br />

O China Clean Energy<br />

Fund é um fundo de<br />

investimento pioneiro<br />

na China que conecta<br />

fornecedores a projetos<br />

de energia renovável<br />

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43


INOVAÇÃO<br />

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ENERGIA EM<br />

MOVIMENTO<br />

PARANÁ PRETENDE<br />

CONSTRUIR 11 NOVAS<br />

MINI HIDRELÉTRICAS,<br />

ALÉM DE UM PARQUE<br />

EÓLICO<br />

FOTOS DANIEL CASTELLANO / SMCS<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

45


INOVAÇÃO<br />

O<br />

Estado do Paraná inovou neste ano,<br />

com a inauguração de uma mini central<br />

hidrelétrica no Parque Barigui, em Curitiba<br />

(PR), a CGH (Central Geradora Hidrelétrica)<br />

Nicolau Klüppel. A central, que foi resultado de uma<br />

doação da Abrapch (Associação Brasileira de Pequenas<br />

Centrais Hidrelétricas), é capaz de abastecer metade<br />

do consumo mensal de energia do parque, com<br />

geração de cerca de 21.600 Kwh/mês (kilowatt/hora).<br />

Agora, o Estado pretende expandir a construção de<br />

mini hidrelétricas em outras regiões do Paraná.<br />

O governo do Paraná pretende conseguir aprovação<br />

da Assembleia Legislativa para a construção de 11<br />

novas mini hidrelétricas, além de um parque eólico.<br />

O projeto de lei 567/<strong>2019</strong> foi enviado em agosto pelo<br />

Executivo para análise dos parlamentares e está perto<br />

da votação do plenário.<br />

Os novos empreendimentos serão localizados<br />

em Palmeira, Boa Ventura de São Roque, Pitanga,<br />

Santo Antônio do Sudoeste, Nova Tebas, Jacarezinho,<br />

As novas geradoras vão<br />

consolidar a posição<br />

do Paraná entre os<br />

Estados brasileiros com<br />

maior número de mini<br />

hidrelétricas<br />

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49


ARTIGO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DE<br />

UM CÂMPUS UNIVERSITÁRIO<br />

COMO ESTRATÉGIA PARA PROPOSTA<br />

DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

ELAINE NOLASCO RIBEIRO<br />

Universidade de Brasília<br />

RAYNAN LIMA CARNEIRO<br />

Universidade de Brasília<br />

OLGA PORTO DA SILVA GALDINO<br />

Universidade de Brasília<br />

PEDRO HENRIQUE VIEIRA DURAES<br />

Universidade de Brasília<br />

DULCE MARIA SUCENA DA ROCHA<br />

Universidade de Brasília<br />

MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA<br />

Universidade de Brasília<br />

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Foto: shutterstock.com<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

51


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

A<br />

s universidades, direta ou indiretamente,<br />

causam impacto no ambiente através do consumo<br />

de água, energia, geração de resíduos e<br />

ocupação de áreas verdes. Este estudo teve por<br />

objetivo realizar um diagnóstico do consumo de água e<br />

energia; geração de resíduos e manejo de áreas verdes no<br />

câmpus da Faculdade UnB de Planaltina/Distrito Federal,<br />

para propor uma estratégia de gestão sustentável. Para tal,<br />

foram analisados os consumos de água e energia (período<br />

de 2006 a 2017), a caracterização quali-quantitativa dos<br />

resíduos sólidos (2015-2016) e estudo fitossociológico das<br />

áreas verdes do câmpus. Os resultados obtidos indicaram<br />

que os consumos de água e energia estão aumentando<br />

desde a inauguração do câmpus, em 2006, devido à ampliação<br />

do quadro de servidores, alunos e áreas edificadas.<br />

Dos resíduos sólidos produzidos, 67% são recicláveis. O<br />

estudo fitossociológico indicou alta diversidade biológica<br />

do Cerrado sentido restrito. Dentre as estratégias indicadas<br />

para gestão, indica-se a adoção de programas de<br />

uso eficiente da água e de energia elétrica e implantação<br />

da coleta seletiva com destinação da fração reciclável a<br />

cooperativas de catadores. Nas áreas verdes, recomenda-se<br />

sua preservação e conservação, além da expansão do câmpus<br />

em áreas mais degradadas do Cerrado sentido restrito,<br />

para reduzir a supressão da cobertura vegetal.<br />

Palavras-chave: Câmpus universitário; Universidades<br />

sustentáveis; Resíduos; Água; Energia.<br />

INTRODUÇÃO<br />

As universidades desempenham várias atividades que<br />

causam impactos ambientais potencialmente significativos,<br />

que até recentemente foram amplamente ignorados<br />

em termos de responsabilidade social e ambiental. Uma<br />

IES (Instituição de Ensino Superior) pode influenciar direta<br />

ou indiretamente o ambiente onde está localizada, devido<br />

ao seu tamanho e população (Gallardo et al. 2016; Lukman<br />

et al. 2009). Ao requerer serviços e infraestrutura na escala<br />

de uma pequena cidade (Geng et al. 2013; Gallardo et al.<br />

2016; Tangwanichagapong et al. 2017), as universidades<br />

demandam acomodação, transporte, lojas, lazer, alimentação,<br />

gerenciamento de resíduos (Zhang et al. 2011; Vagnoni<br />

& Cavicchi, 2015), abastecimento de água (Marinho et al.<br />

2014) e energia (Petersen et al. 2015).<br />

A sustentabilidade nas IES tornou-se uma temática de<br />

preocupação global para os seus gestores, como resultado<br />

dos impactos causados no ambiente local (Zhang et al.<br />

2011; Gallardo et al. 2016). Além disso, as universidades devem<br />

assumir o compromisso de educar os alunos sobre o<br />

impacto que seu comportamento tem no meio ambiente e<br />

na sociedade (Mikulic & Babina, 2009; Marinho et al. 2014)<br />

Universidades, direta ou<br />

indiretamente, causam<br />

impacto no ambiente através<br />

do consumo de água, energia,<br />

geração de resíduos e<br />

ocupação de áreas verdes<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

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AGENDA<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

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Data: 10 a 13<br />

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Data: 12 a 14<br />

Local: Paris (França)<br />

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Data: 19 a 21<br />

Local: Nova Orleans (EUA)<br />

Informações: http://bit.ly/2MIMDCz<br />

ABRIL 2020<br />

CONGRESSO BRASILEIRO<br />

DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA<br />

Data: 13 a 14 de novemebro<br />

Local: Recife (PE)<br />

Informações: www.cbgd.com.br/site<br />

Imagem: divulgação<br />

FIEMA BRASIL<br />

Data: 14 a 16<br />

Local: Bento Gonçalves (RS)<br />

Informações: www.fiema.com.br<br />

OUTUBRO 2020<br />

O Congresso Brasileiro de Geração Distribuída é<br />

um evento anual que conta com o apoio das principais<br />

associações e entidades ligadas ao setor da Geração<br />

Distribuída no Brasil. Em sua IV edição, o congresso<br />

tem papel fundamental nesta nova fase da Matriz<br />

Energética Brasileira, onde a busca por tecnologias<br />

limpas para geração de energia, se faz urgente para<br />

garantir o futuro e o crescimento do país.<br />

BWEXPO<br />

Data: 6 a 8<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.bwexpo.com.br/<br />

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OPINIÃO<br />

Foto: divulgação<br />

NOVO TRATADO<br />

DE ITAIPU: RISCOS E<br />

POSSIBILIDADES<br />

H<br />

á um erro epistemológico quanto ao assunto revisão<br />

do Tratado da Itaipu: o Tratado não está sendo<br />

revisto, o que está em discussão são os termos do<br />

Anexo C, que disciplina as bases financeiras de<br />

prestação de serviço de eletricidade da Itaipu. O Tratado é<br />

permanente, até que seja firmado outro que o revogue.<br />

O Anexo C indica os critérios de amortização da dívida do<br />

Paraguai oriundos da construção da usina, o regime paritário<br />

de consumo da energia e outras regras. Foi estabelecido que<br />

após 50 anos da entrada em vigor do tratado, precisamente<br />

em 2023, o anexo seria revisto.<br />

Segundo o Tratado, cada país recebe 50% da energia gerada<br />

pela Itaipu, sendo que o preço correspondente ao Paraguai<br />

tem como adicional os encargos da amortização da construção<br />

da usina, ou seja, a energia adquirida pelo país vizinho é<br />

mais cara do que aquela adquirida pelo lado brasileiro. Fato<br />

que gerou o debate: por que o consumidor brasileiro paga<br />

mais caro pela energia do que o consumidor paraguaio?<br />

Foi então realizado um comparativo do sistema elétrico<br />

entre os dois países, identificando grandes diferenças de infraestrutura.<br />

A Itaipu não comercializa energia diretamente com<br />

o mercado de cada país, apenas realiza o repasse às empresas<br />

Eletrobras e à paraguaia Ande, que por sua vez desempenham<br />

a função de comercializar a energia nos mercados dos<br />

respectivos países.<br />

A partir do ingresso na Eletrobras, a energia sujeita-se a<br />

uma complexa cadeia regulatória e burocrática até chegar ao<br />

consumidor final – diferente do Paraguai, que não possui um<br />

sistema regulatório tão complexo quanto o brasileiro. E é essa<br />

cadeia burocrática que explica o paradoxo do valor da tarifa<br />

de energia brasileira.<br />

Outro fator que contribui com o alto valor da tarifa de<br />

energia brasileira é o repasse do excedente da energia não<br />

consumida pelo Paraguai. O tratado estabelece também<br />

que, caso não haja consumo de toda a energia correspondente,<br />

50% para cada país, o excedente será vendido<br />

exclusivamente para o outro país. Estimou-se que o Paraguai<br />

consome em torno de 10% da parte que lhe é condigna, a<br />

parte excedente de 40% é vendida ao Brasil.<br />

O problema, porém, está no fato de que o Paraguai<br />

vende a energia excedente com o valor cheio, ou seja, o<br />

preço da energia mais o valor da amortização da dívida,<br />

encarecendo ainda mais a tarifa de energia brasileira. Na<br />

prática, quem pagou a dívida da construção da Itaipu foram<br />

os consumidores brasileiros, pois consomem a maior parte<br />

da energia paraguaia.<br />

O pagamento do valor cheio traz consigo uma repercussão<br />

ainda mais lesiva: a amortização da dívida associada<br />

ao custo da energia, quando ingressam no sistema elétrico<br />

brasileiro, sofrem um efeito cascata de tributos e encargos<br />

setoriais que exponenciam o custo da energia, onerando de<br />

forma significativa o consumidor.<br />

Para 2023, quando os termos do Anexo C serão revistos,<br />

existe a expectativa que ocorra uma considerável redução<br />

no valor da tarifa de energia para o consumidor final, em<br />

virtude da extinção do encargo da amortização paraguaia e<br />

o subsequente repasse ao mercado brasileiro. Seja, porém,<br />

quais forem os novos termos estabelecidos, é preciso não<br />

ceder às pressões e encontrar alternativas benéficas para<br />

ambos os lados – como Itaipu sempre fez ao longo de sua<br />

história.<br />

Por Eduardo Iwamoto<br />

Advogado, mestre e doutorando em Direito pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do<br />

Paraná) e professor de Direito de Energia e Direitos Fundamentais da PUC-PR<br />

Foto: divulgação<br />

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