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*Novembro/2019 - Referência Industrial 213

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ECONOMIA - Vendas da indústria registram crescimento e aquisição de máquinas supera 13%<br />

EFICIÊNCIA<br />

E PRECISÃO<br />

TECNOLOGIA EM<br />

CARRO PORTA TORA<br />

AUMENTA PRODUTIVIDADE<br />

EFFICIENCY AND<br />

ACCURACY<br />

LOG CARRIAGE TECHNOLOGY<br />

INCREASES PRODUCTIVITY


a garantia e o<br />

conceito de qualidade<br />

da plaina moldureira<br />

no brasil!<br />

Plaina moldureira<br />

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INDUSTRIAL<br />

60<br />

<strong>2019</strong><br />

28<br />

42<br />

SUMÁRIO<br />

36<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 02<br />

Codornada Florestal 73<br />

Contraco 67<br />

DRV Ferramentas 19<br />

Engecass 27<br />

Fezer 63<br />

Formóbile 25<br />

H Bremer 09<br />

Linck 15<br />

Máquinas Águia 75<br />

Mendes Máquinas 07<br />

Metalcava 41<br />

Mill Indústrias 21<br />

Mill Indústrias 53<br />

Mill Indústrias 76<br />

MSM Química 11<br />

Omil 39<br />

Rotteng 57<br />

Siempelkamp 05<br />

Unesa 59<br />

Vantec 17<br />

SUMÁRIO<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

12 Notas<br />

18 Aplicação<br />

20 Frases<br />

22 Entrevista<br />

28 Principal Liderança no mercado<br />

34 Construção Civil<br />

36 Marcenaria<br />

42 Especial Prêmio REFERÊNCIA<br />

54 Economia<br />

60 Sustentabilidade<br />

64 Madeira Tratada<br />

68 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 03


EDITORIAL<br />

ESCALADA<br />

PARA O<br />

CRESCIMENTO<br />

O<br />

governo federal prevê crescer 0,9% em <strong>2019</strong>.<br />

O resultado ainda é tímido, mas é um alento<br />

para uma economia que recuou 2,2% há pouco<br />

menos de quatro anos. Os sinais já podem<br />

ser sentidos na indústria de móveis brasileira:<br />

o ramo gaúcho, por exemplo, cresceu 3,9% nos últimos<br />

meses, muito acima da indústria nacional. Para falar sobre<br />

essa nova realidade, a REFERÊNCIA INDUSTRIAL traz uma<br />

entrevista exclusiva com o presidente da Movergs (Associação<br />

das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do<br />

Sul), Rogério Francio. Na editoria de Urbanismo, contamos<br />

a história do ousado projeto The Smile, que redesenhou a<br />

silhueta de Londres, na Inglaterra. Além disso, trazemos reportagens<br />

exclusivas nas editorias de Marcenaria e Madeira<br />

Tratada, assim como as novidades do setor. Tenha uma<br />

ótima leitura!<br />

NA CAPA<br />

ESTAMPA A CAPA DESTA EDIÇÃO<br />

O CARRO PORTA TORAS DA<br />

INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE<br />

MÁQUINAS ÁGUIA INSTALADO<br />

EM SERRARIA NA REGIÃO<br />

METROPOLITANA DE CURITIBA (PR).<br />

FOTO: FABIANO MENDES<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>213</strong> - NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXI • N°<strong>213</strong> • Novembro <strong>2019</strong><br />

ECONOMIA - Vendas da indústria registram crescimento e aquisição de máquinas supera 13%<br />

EFICIÊNCIA<br />

E PRECISÃO<br />

TECNOLOGIA EM<br />

CARRO PORTA TORA<br />

AUMENTA PRODUTIVIDADE<br />

EFFICIENCY AND<br />

ACCURACY<br />

LOG CARRIAGE TECHNOLOGY<br />

INCREASES PRODUCTIVITY<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

T<br />

he Federal Government expects economic<br />

growth to be 0.9% in <strong>2019</strong>. The result is still<br />

timid, but it is a boost to an economy that<br />

retreated 2.2% just under four years ago.<br />

The signs can already be felt in the Brazilian<br />

furniture industry: in the State of Rio Grande do Sul, the<br />

industry, for example, has grown 3.9% in recent months, far<br />

above the national average. To talk about this new reality,<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL has an exclusive interview with<br />

Rogério Francio, President of the State of Rio Grande do<br />

Sul Association of Furniture Manufacturers (Movergs), In the<br />

Urbanism Section, we have the story of the daring project,<br />

The Smile, which changed the London, England skyline. In<br />

addition, we have exclusive stories in the Wood Working<br />

and Treated Wood Sections, as well as news from the Sector.<br />

Pleasant reading!<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

CLIMBING FOR<br />

GROWTH<br />

Redação / Writing<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira, Gabriel Santos Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cassiele Ferreira - Supervisão<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


Liderança em<br />

tecnologia.<br />

Da Alemanha<br />

para o mundo.<br />

O grupo Siempelkamp é um fornecedor de tecnologia que opera internacionalmente e consiste em três unidades<br />

de negócios: a engenharia de máquinas e instalações, a tecnologia de fundição e a unidade de negócios de serviços.<br />

A Siempelkamp Machine and Plant Engineering é uma fornecedora de sistemas de linhas de prensagem e plantas<br />

completas para a indústria de painéis de madeira, a indústria de moldagem de metais, bem como a indústria de<br />

compósitos e borracha. A fundição Siempelkamp é a maior fundição de moldagem manual do mundo, produzindo<br />

peças fundidas com um peso de até 320 t. A Siempelkamp é um fornecedor de componentes e prestador de<br />

serviços para instalações nucleares.<br />

Siempelkamp Maschinen- und Anlagenbau GmbH | Siempelkampstraße 75 | 47803 Krefeld | Germany<br />

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0 0 2 1<br />

THE IMPORTANCE OF POLITICALREPRESENTATION<br />

AND DEFENSE OFTHE INTERESTS OF THE SECTOR<br />

ABPM - Associação Brasileira de Preservadores de Madeira completa 50 anos de olho no futuro<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

FORTALECIMENTO<br />

INSTITUCIONAL<br />

A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA<br />

E DA DEFESA DOS INTERESSES DO SETOR<br />

STRENGTHENING<br />

THE INSTITUTION<br />

CARTAS<br />

MARCENARIA<br />

Por Diógenes Moura -<br />

Florianópolis (SC)<br />

Existe muito preconceito<br />

com o MDF e a matéria<br />

da última edição<br />

tirou muitas dúvidas<br />

daqueles que ainda<br />

não conhecem esse<br />

material tão versátil. Uso<br />

esse material em minha<br />

oficina e tenho ótimos<br />

resultados com ele.<br />

Excelente reportagem!<br />

CAPA DA EDIÇÃO 212 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE OUTUBRO DE <strong>2019</strong><br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Por Nilza Oliveira -<br />

São Paulo (SP)<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXI • N°212 • Outubro <strong>2019</strong><br />

Muito interessante essa construção em Sevilha,<br />

na Espanha. O Metropol Parasol, uma espécie<br />

de centro comercial, é de um bom gosto ímpar.<br />

Espero que no Brasil surjam mais iniciativas como<br />

essa muito em breve.<br />

9 77 2 3 5 9 4 66103 2<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

HABITAÇÃO<br />

Foto: divulgação<br />

PARCERIA<br />

Por Ana Viana -<br />

Florianópolis (SC)<br />

Excelente reportagem sobre o Estudo<br />

Setorial da Abimi, que apresenta as<br />

principais demandas defendidas pela<br />

associação para que o setor alcance<br />

sustentabilidade e seja mais competitivo.<br />

Por Matheus Vieira -<br />

Vitória (ES)<br />

Parabéns pela matéria<br />

sobre o programa Minha<br />

Casa, Minha Vida. As<br />

novas linhas de crédito<br />

e as novas formas<br />

construtivas (como o wood<br />

frame) têm tudo para<br />

impulsionar novamente<br />

essa importante iniciativa<br />

do governo brasileiro que<br />

contribui para a vida de<br />

milhões de pessoas.<br />

06<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />

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Há mais de 60 anos, trazemos nossas inovações e experiência técnica para<br />

suas câmaras de secagem<br />

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Hildebrand Brunner no Brasil e Argentina<br />

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velocidade variável em ventiladores de forno, High Vac, Greenkilns®, Hildebrand<br />

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Hoje, e para o seu futuro, continuamos o sucesso desta tecnologia de ponta.<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

CAPA<br />

A EQUIPE DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL VISITOU DIVERSAS SERRARIAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR) PARA<br />

CONFERIR DE PERTO O CARRO PORTA-TORAS DESENVOLVIDO PELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS ÁGUIA, EMPRESA<br />

LOCALIZADA EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS (PR), E CONTAR SUAS VANTAGENS EM NOSSA REPORTAGEM DE CAPA. ALÉM DISSO, WILSON<br />

WUICIK E ÉLCIO WUICIK, DIRETORES DA MÁQUINAS ÁGUIA, ESTIVERAM PRESENTE NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO PRÊMIO REFERÊNCIA, REALIZADA<br />

EM OUTUBRO. “É SEMPRE UMA HONRA REENCONTRAR CLIENTES E AMIGOS NESSE EVENTO QUE É UM MARCO DO SETOR MADEIREIRO E,<br />

ANO APÓS ANO, PREMIA AQUELES QUE FIZERAM A DIFERENÇA PARA NOSSA INDÚSTRIA”, RESUME O GESTOR.<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

Foto: Rosangela Bini<br />

ALTA<br />

DÉFICIT<br />

O setor público consolidado, formado<br />

por União, Estados, municípios<br />

e empresas estatais, registrou<br />

déficit primário de R$ 20,541 bilhões<br />

em setembro, de acordo com<br />

dados divulgados pelo BC (Banco<br />

Central). Esse é o melhor resultado<br />

para o mês em quatro anos e representa<br />

leve melhora em relação a<br />

setembro do ano passado, quando<br />

as contas ficaram negativas em R$<br />

24,621 bilhões. O déficit primário<br />

representa o resultado negativo<br />

das contas do setor público desconsiderando<br />

o pagamento dos<br />

juros da dívida pública. O montante<br />

difere do resultado divulgado pelo<br />

Tesouro Nacional porque, além de<br />

considerar os governos locais e as<br />

estatais, o BC usa uma metodologia<br />

diferente, que considera a variação<br />

da dívida dos entes públicos.<br />

BAIXA<br />

RISCO-PAÍS<br />

O índice risco-país chegou ao mais<br />

baixo patamar em seis anos. O indicador<br />

que aponta a confiança de<br />

investidores em relação à economia<br />

dos países, caiu para 117 pontos<br />

em outubro, o menor patamar<br />

registrado desde 2013, quando o<br />

Brasil atingiu 110 pontos. A queda<br />

na pontuação é sinal de que os<br />

investidores estão mais confiantes<br />

na capacidade do Brasil em acabar<br />

com dívidas e formar um ambiente<br />

mais seguro para investimento.<br />

Alguns dos motivos que levaram a<br />

queda do risco país foram a redução<br />

na taxa de juros, a aprovação<br />

da reforma da Previdência e a<br />

expectativa de trégua na guerra comercial<br />

entre EUA (Estados Unidos<br />

da América) e China.<br />

08<br />

referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


A natureza<br />

agradece!<br />

H.Bremer. Há mais de<br />

70 anos gerando energia<br />

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COLUNA<br />

BOTANDO FÉ!<br />

NÃO PODEMOS DEIXAR DE CONSIDERAR AS OPORTUNIDADES DENTRO DO SETOR DA CONSTRUÇÃO<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

NO BRASIL, O SISTEMA<br />

WOOD FRAME FINALMENTE<br />

ESTÁ PRESTES A GANHAR UM TEXTO<br />

NORMATIVO<br />

N<br />

ão podemos deixar de reconhecer os esforços<br />

de algumas empresas de comunicação<br />

e organizadoras de eventos, assim como de<br />

instituições representativas e entidades de<br />

ensino e pesquisa, no sentido de estarem<br />

direcionando esforços à disseminação de informações<br />

úteis ao desenvolvimento do setor industrial madeireiro.<br />

Neste ano que se encerra, foram muitas as publicações<br />

em veículos especializados e eventos significativos,<br />

ocorridos no Brasil e exterior que, para aqueles mais atentos<br />

e focados, sempre abrem janelas de oportunidades<br />

para a adoção de novas tecnologias e novos negócios.<br />

Ao mesmo tempo em que se observa o apetite pelo<br />

conhecimento e interação por parte de alguns segmentos<br />

dentro do setor, observa-se a completa inapetência por<br />

parte de outros, havendo até mesmo o risco da ocorrência<br />

de uma anorexia, não propriamente devido ao medo<br />

de engordar, mas sim devido ao medo de deixar a zona<br />

de conforto. Há alguns anos temos procurado divulgar<br />

informações que representam oportunidades futuras de<br />

negócios, especificamente para o segmento de proteção<br />

de madeiras. Por exemplo, há dois anos, quando buscamos<br />

propagar as oportunidades dentro do setor ferroviário,<br />

com as perspectivas reais que se apresentavam em<br />

relação aos investimentos do Bndes (Banco Nacional de<br />

Foto: divulgação<br />

Desenvolvimento Social) nesse modal de transporte,<br />

assim como a disposição do governo chinês em promover<br />

investimentos em algumas malhas ferroviárias<br />

brasileiras. A inapetência demonstrada pelo assunto foi<br />

geral.<br />

Recentemente, durante visitas oficiais do nosso governo<br />

à China e a alguns países do Oriente Médio, falou-se<br />

da concretização de investimentos na Ferrogrão,<br />

projeto que visa consolidar o novo corredor ferroviário<br />

de exportação de Brasil pelo arco norte, centro-oeste<br />

ao Estado do Pará. A execução deste projeto prevê a<br />

demanda por dois milhões de dormentes. Dentro do<br />

compromisso de trabalhar para o desenvolvimento<br />

do segmento, outras oportunidades têm sido divulgadas.<br />

No setor elétrico, não se pode desconsiderar as<br />

oportunidades de retomada da utilização de postes de<br />

eucalipto tratado e de cruzetas roliças. Afinal, parece<br />

estar havendo uma retomada da receptividade por<br />

parte das companhias energéticas em relação aos apelos<br />

ambientais que a madeira apresenta, em especial<br />

quanto à cruzeta roliça de eucalipto tratado. Um forte<br />

e imediato trabalho de recuperação da imagem desse<br />

material é altamente recomendado.<br />

Olhando mais para o futuro, não se pode deixar<br />

de considerar as oportunidades dentro do setor da<br />

construção. Estamos testemunhando uma nova fase da<br />

construção industrializada/modular ao redor do mundo.<br />

No Brasil, o sistema wood frame finalmente está<br />

prestes a ganhar um texto normativo. Certamente, um<br />

passo importantíssimo para a consolidação desse mercado<br />

dentro do setor da construção. No mundo todo,<br />

o sistema construtivo baseado na utilização da madeira<br />

laminada cruzada, mais conhecido como CLT (Cross<br />

Laminated Timber), finalmente vai se consolidando nos<br />

EUA (Estados Unidos da América), com perspectivas<br />

reais de consolidação pelo mundo todo. As inúmeras<br />

vantagens apresentadas por este sistema, em especial<br />

a versatilidade, permitindo construções com grandes<br />

vãos e muitos pavimentos (Tall-Building), não deixam<br />

dúvidas quanto ao seu sucesso. A Awpa (American<br />

Wood Protection Association) já está com estudos de<br />

textos normativos referentes a processos e produtos<br />

de tratamento adequados.<br />

É importante que as empresas voltadas à proteção<br />

de madeiras fiquem atentas e botem fé, pois, trata-se<br />

de oportunidades que podem ser traduzidas como a<br />

garantia de um futuro do setor. Nada que um bom trabalho<br />

de planejamento não possa resolver.<br />

10 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


NOTAS<br />

CRESCIMENTO<br />

DA ECONOMIA<br />

O governo aumentou a projeção para o crescimento<br />

da economia em <strong>2019</strong>. A estimativa do PIB<br />

(Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e<br />

serviços produzidos no país), foi revisada de 0,85%<br />

para 0,90%. Para 2020, a previsão é que o PIB tenha<br />

expansão de 2,32%, ante a previsão anterior<br />

de 2,17%. Para os três anos seguintes, a estimativa<br />

é 2,50%. “Os melhores resultados da atividade<br />

econômica nos meses de julho e agosto e os desembolsos<br />

advindos do Saque Imediato do Fgts<br />

(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) elevaram<br />

as estimativas de crescimento para o terceiro<br />

e quarto trimestre de <strong>2019</strong> para 0,90%”, resume o<br />

boletim.<br />

Foto: divulgação<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Os preços da construção civil subiram 0,19% em outubro. O<br />

Incc/Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil) teve queda<br />

de 0,18 ponto percentual em relação a setembro, quando<br />

ficou em 0,43%. No ano, o índice é de 3,69%. O índice foi divulgado<br />

pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />

Nos últimos 12 meses, o Sinapi ficou em 3,69%. O custo<br />

nacional do metro quadrado da construção civil subiu de R$<br />

1.152,87 para R$ 1.155,01, de setembro para outubro deste<br />

ano. Deste valor, segundo o Ibge, R$ 605,40 são referentes<br />

a materiais e R$ 549,61 à mão de obra. A maior variação de<br />

preços foi registrada no Pará, com 1,95%. A maior queda<br />

também foi verificada no norte do país, em Tocantins, com<br />

uma deflação nos preços da construção civil de -0,48%.<br />

Foto: divulgação<br />

INFLAÇÃO OFICIAL<br />

O Ipca (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)<br />

de outubro ficou em 0,10%. O fator, que é usado<br />

como referência para a inflação oficial, foi divulgado<br />

pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />

Este é o menor resultado para um mês de outubro<br />

desde 1998, quando o Ipca ficou em 0,02%. No acumulado<br />

do ano, o Ipca está agora em 2,60%. E, nos últimos<br />

12 meses, a variação é de 2,54%, abaixo do índice<br />

de 2,89%, encontrado nos 12 meses anteriores. Três<br />

grupos pesquisados apresentaram deflação: habitação<br />

(-0,61%), artigos de residência (-0,09%) e comunicação<br />

(-0,01%). A queda no grupo de habitação foi puxada<br />

pelo item energia elétrica, com 3,22% negativos.<br />

Foto: divulgação<br />

12 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


Foto: divulgação<br />

RETOMADA<br />

A melhora dos indicadores macroeconômicos e do ambiente<br />

de negócios aponta para uma recuperação mais<br />

forte da economia no próximo ano. “O ambiente está<br />

mais favorável ao crescimento”, disse o diretor de Desenvolvimento<br />

<strong>Industrial</strong> da CNI (Confederação Nacional<br />

da Indústria), Carlos Abijaodi, durante o 12º Briefing<br />

Diplomático, em Brasília. Organizado pela CNI, o evento<br />

reuniu 47 representantes de embaixadas de 34 países.<br />

“O Brasil está fazendo reformas importantes, fechou o<br />

acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia,<br />

oficializou o acordo do Mercosul com a Efta (Associação<br />

Europeia de Livre Comércio) e voltou a discutir os acordos<br />

bilaterais que evitam a bitributação”, acrescentou<br />

Abijaodi. Outro avanço, citou o diretor, foi o compromisso<br />

assumido pelo governo com a adesão do Brasil à<br />

Ocde (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento<br />

Econômico).<br />

FATURAMENTO<br />

DA INDÚSTRIA<br />

O faturamento da indústria brasileira aumentou 0,4%<br />

em setembro frente a agosto na série livre de influências<br />

sazonais. Foi o quarto mês consecutivo que o indicador<br />

registra crescimento e acumula uma alta de 2,1%<br />

no período. “Desde 2014 o faturamento não registrava<br />

quatro meses consecutivos de alta”, destaca Robson<br />

Braga de Andrade, presidente da CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria). Mesmo com os aumentos sucessivos,<br />

o faturamento da indústria apresenta queda de<br />

1,7% no acumulado de janeiro a setembro em relação<br />

ao mesmo período do ano passado. Além disso, em<br />

setembro, os demais indicadores não tiveram o mesmo<br />

desempenho do faturamento. As horas trabalhadas na<br />

produção registraram leve queda de 0,2% frente a agosto<br />

na série livre de influências sazonais, e a utilização da<br />

capacidade instalada ficou estável em 78%.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Com objetivo de promover o crescimento sustentável, a ONU (Organização das Nações<br />

Unidas) definiu 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) para serem<br />

atingidos até 2030. São metas que norteiam organizações, instituições e países para<br />

desenvolverem ações e projetos que promovem a inclusão das pessoas na sociedade<br />

de forma sustentável. “O Sistema Fiep, enquanto instituição signatária do Pacto<br />

Global, está engajado nos compromissos globais com diálogo, participação e representatividade,<br />

buscando assegurar a execução de estratégias e ações para empresas<br />

comprometidas com a Agenda 2030”, afirma Maria Cristhina de Souza Rocha, gerente<br />

executiva de Projetos Estratégicos do Sistema Fiep. Como um dos principais agentes<br />

de promoção e divulgação no Estado, o Sesi organizou cinco encontros em grandes<br />

municípios paranaenses: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Foram<br />

mais de 300 participantes, entre empresários, representantes do governo e sociedade<br />

civil. “Os eventos Conexão ODS reforçam a importância de colocar em prática os objetivos e como eles podem fazer a diferença<br />

nas estratégias das empresas, tornando-as ainda mais competitivas”, conta Maria Cristhina.<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 13


Foto: divulgação<br />

NOTAS<br />

MÃO DE OBRA<br />

ESPECIALIZADA<br />

O Estudo Sondagem Conjuntural, do Sebrae (Serviço<br />

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas),<br />

com dados de setembro, mostra a retomada<br />

do otimismo entre os donos de micro e pequenas<br />

empresas. O percentual daqueles que acreditam na<br />

melhoria do cenário econômico cresceu de 56% em<br />

agosto para 59% em setembro. Ainda segundo o levantamento,<br />

seis em cada 10 empresários (58%) têm<br />

planos de investir no próprio negócio em 12 meses.<br />

A pesquisa ouviu quase 3 mil empreendedores entre<br />

os dias 11 e 18 de setembro. Os dados mostram<br />

que 79% dos entrevistados que têm dificuldades<br />

em contratar mão de obra especializada optam por<br />

contratar pessoas inexperientes e capacitam no<br />

próprio estabelecimento.<br />

PESQUISA<br />

E DESENVOLVIMENTO<br />

As empresas que participam da MEI (Mobilização Empresarial<br />

pela Inovação), movimento coordenado pela CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria), investem 46,3% a mais em<br />

P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) do que a média nacional.<br />

O número é de levantamento inédito da CNI, que analisou<br />

o desempenho de empresas da MEI na base de dados da<br />

Pintec (Pesquisa de Inovação), do Ibge (Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística). As empresas participantes da MEI<br />

investem 1,13% da sua receita líquida de vendas em P&D,<br />

enquanto a média nacional de investimentos é de 0,77% da<br />

receita líquida própria de vendas em P&D, conforme a Pintec,<br />

que engloba 132.529 empresas. A amostra representativa<br />

na pesquisa da CNI contempla 160 empresas – 80% delas<br />

implementaram inovações de produto e de processo simultaneamente<br />

contra 15% das demais empresas brasileiras que<br />

investem em inovação.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

SOB NOVA<br />

DIREÇÃO<br />

Com o compromisso de que as ações do Sistema Fiep terão<br />

foco total na indústria paranaense, foi empossada, em Curitiba,<br />

a nova diretoria da Federação das Indústrias do Paraná. A<br />

solenidade, que contou com a presença de mais de 600 convidados,<br />

incluindo o governador Carlos Massa Ratinho Junior<br />

e outras autoridades, marcou o início da gestão que comandará<br />

a entidade pelos próximos quatro anos. A nova diretoria<br />

é liderada pelo presidente Carlos Valter Martins Pedro, que<br />

substitui Edson Campagnolo no cargo, e conta com industriais<br />

de todas as regiões do Estado. “A nossa missão e a razão de<br />

nossa atuação é única e exclusivamente promover ações e<br />

prestar serviços que agreguem valor para a indústria”, discursou<br />

Carlos Valter durante cerimônia de posse.<br />

14 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


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Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

DESEMPREGO<br />

A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre móvel<br />

encerrado em setembro em 11,8%, uma leve queda em<br />

relação tanto ao trimestre anterior, finalizado em junho,<br />

quando 12% da população estavam sem trabalho, quanto<br />

ao trimestre que acabou em setembro do ano passado<br />

(11,9%). Os dados foram apresentados pelo Ibge (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte<br />

da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios<br />

Contínua). O contingente de desocupados soma 12,5 milhões<br />

de pessoas, uma diminuição de 251 mil pessoas. Já<br />

a população ocupada atingiu 93,8 milhões, um aumento<br />

de 459 mil pessoas. A população desalentada, que são<br />

pessoas que desistiram de procurar trabalho, soma 4,7<br />

milhões de pessoas, um recuo de 3,6%.<br />

MOSTRA AFFEMAQ<br />

Pela quinta vez, a cidade de Ubá (MG), recebeu a Mostra<br />

Affemaq (Feira Itinerante de Máquinas, Ferramentas, Acessórios<br />

e Insumos para a Indústria de Madeira e Móveis).<br />

O evento aconteceu no Horto Florestal e apresentou aos<br />

visitantes os produtos e soluções oferecidas pelas associadas<br />

à Affemaq e seus parceiros. Nesta edição, a Affemaq<br />

levou pela primeira vez ao polo a Fábrica em Ação, projeto<br />

idealizado pela associação e que apresentou o processo<br />

produtivo de um móvel em tempo real. Com visitas guiadas<br />

que aconteceram durante os três dias de feira, o público<br />

pode transitar pela Fábrica em Ação e acompanhar em<br />

tempo real a produção de uma mesa, visualizando todas<br />

as etapas do processo, desde a concepção do móvel até a<br />

sua embalagem. “Foi uma satisfação retornar ao polo de<br />

Ubá pela quinta vez, podendo fortalecer o vínculo entre<br />

a Affemaq e as empresas locais e apresentando a Fábrica<br />

em Ação, que deixou sua contribuição para a região com a<br />

doação dos móveis produzidos”, salientou Arioli.<br />

Foto: divulgação<br />

CADEIA<br />

PRODUTIVA<br />

Bento Gonçalves (RS), foi palco do lançamento do<br />

Conecta: moveleiro em transformação, idealizado pelo<br />

Núcleo de Transformação Setorial Moveleiro, movimento<br />

liderado pelo Sebrae (RS) e que tem o apoio<br />

institucional conveniado com a Movergs (Associação<br />

das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Sindmóveis<br />

(Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento<br />

Gonçalves), Instituto Senai de Tecnologia Madeira<br />

e Mobiliário e Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). A idealização do projeto teve início há um ano,<br />

por meio de uma agenda de planejamento com o objetivo de construir direcionamentos estratégicos para transformar a cadeia<br />

moveleira do Rio Grande do Sul, englobando indústria, comércio e serviços, para torná-la mais inovadora, competitiva<br />

e sustentável. Além das instituições já citadas, representantes do poder público, universidades, empresários e demais entidades<br />

da Serra Gaúcha, Vale dos Sinos, Vale do Taquari, Região Metropolitana e Planalto, principais regiões do RS ligadas<br />

ao segmento, foram envolvidas. Inicialmente, cerca de 75 pessoas participaram de workshops, o que possibilitou a escolha<br />

de quatro eixos principais a serem trabalhos: mercado, tecnologia e inovação, cooperação e capital humano.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


APLICAÇÃO<br />

HORA<br />

DA MADEIRA<br />

Foto: divulgação<br />

Os tradicionais relógios cucos voltaram a fazer parte das<br />

decorações de casas por todo o mundo. Desta vez, a Etsy<br />

traz um modelo minimalista e redesenhado para o século<br />

XXI, com muito estilo e com um design que se encaixa<br />

em qualquer ambiente. Este relógio é feito de compensado<br />

de bétula de alta qualidade, os detalhes e os componentes<br />

do relógio são cortados em uma máquina a laser,<br />

montados e processados manualmente. A caixa do relógio<br />

é pintada com tintas à base de água de alta qualidade<br />

e seguras, com ausência de odor e emissões perigosas.<br />

Além disso, o estojo pode ser coberto com folheado<br />

natural de diferentes tipos de madeira. O movimento de<br />

quartzo montado em relógios funciona com pilhas AA e<br />

não gera ruído. A Etsy também disponibiliza várias cores<br />

para o fundo do relógio. O produto, com cerca de 26 cm<br />

(centímetros) de altura e 16 cm de largura, também pode<br />

ser importado para o Brasil.<br />

MADEIRA<br />

É ESTILO<br />

O toque confortável e caloroso da madeira<br />

ao alcance da mão. Esse é o projeto da WoodWe,<br />

empresa referência no uso da madeira<br />

nos mais diversos tipos de produtos. A mais<br />

recente novidade da companhia são as capas<br />

de teclado MacBook Wood para os computadores<br />

Apple, disponível nos modelos<br />

MacBook Air, Pro e Pro Touch Bar. Projetadas<br />

com precisão a partir de uma variedade de<br />

belas madeiras reais, cortadas a laser e meticulosamente<br />

acabadas à mão, elas são fáceis<br />

de aplicar no teclado: basta retirá-las da base,<br />

alinhar nas teclas e colá-las com cuidado. Várias<br />

tonalidades de madeira estão disponíveis<br />

em seu catálogo. A empresa também oferece<br />

uma capa para o computador, desenhada a<br />

partir de madeiras resistentes que garantem<br />

100% a segurança do eletrônico.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


CAMPEÃ EM VENDAS<br />

DE FERRAMENTAS NA<br />

INDÚSTRIA DA<br />

MADEIRA<br />

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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


FRASES<br />

“HÁ UMA PRODUÇÃO DE MÓVEIS SERIADOS EM ALTO VOLUME,<br />

PARA ATENDER O MERCADO NACIONAL E O INTERNACIONAL.<br />

MAS AS INDÚSTRIAS TAMBÉM SE MANTÊM ATUALIZADAS COM<br />

NOVAS TECNOLOGIAS, O QUE GERA PRODUTOS DE MAIOR VALOR<br />

AGREGADO, TANTO NO DESIGN, QUANTO NA QUALIDADE”<br />

IRINEU MUNHOZ, PRESIDENTE DO SINDICATO DAS<br />

INDÚSTRIAS DE MÓVEIS DE ARAPONGAS, SOBRE A<br />

CAPACIDADE DA INDÚSTRIA MOVELEIRA PARANAENSE<br />

“APÓS ESSE<br />

ENCONTRO<br />

E REUNIÕES<br />

REALIZADAS<br />

EM SÃO PAULO E<br />

BRASÍLIA, COM A<br />

EQUIPE ECONÔMICA DO<br />

GOVERNO FEDERAL, A<br />

ENTIDADE PASSA A TER<br />

UM PAPEL AINDA MAIS<br />

RELEVANTE NA CONDUÇÃO<br />

DE AÇÕES QUE IMPACTAM<br />

O SETOR. A ABIMÓVEL<br />

REPRESENTA MAIS DE 19 MIL<br />

EMPRESAS EM TODO TERRITÓRIO<br />

NACIONAL, GERA CERCA DE<br />

265 MIL EMPREGOS DIRETOS E<br />

INDIRETOS E É A SÉTIMA CADEIA<br />

QUE MAIS EMPREGA NO BRASIL,<br />

ALÉM DE SER UM SETOR EXPORTADOR<br />

DE DESTAQUE QUE REPRESENTA 1,1%<br />

DO PIB”<br />

MARISTELA LONGHI,<br />

PRESIDENTE DA<br />

ABIMÓVEL, SOBRE<br />

O ENCONTRO<br />

COM O MINISTRO<br />

DA CASA-CIVIL,<br />

ONYX LORENZONI<br />

“O MELHOR ESTÁ POR VIR. COM A MANUTENÇÃO<br />

DO JURO BAIXO, OS INVESTIMENTOS VÃO VOLTAR E A<br />

ECONOMIA BRASILEIRA VAI PODER SE REENCONTRAR<br />

COM SUA TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO E DE<br />

GERAÇÃO DE EMPREGO. TENHO CERTEZA DE<br />

QUE ESSES EFEITOS VÃO SE CONSOLIDAR COM A<br />

PROMULGAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA E OS<br />

ANOS MAIS DUROS DA CRISE ECONÔMICA FICARÃO<br />

DEFINITIVAMENTE PARA TRÁS”<br />

Foto: @vertice_com<br />

FERNANDO BEZERRA COELHO, LÍDER DO GOVERNO NO SENADO,<br />

SOBRE A APROVAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA<br />

“ANTES MESMO DA NOVA<br />

PREVIDÊNCIA, JÁ CAMINHAMOS<br />

PARA A MARCA DE UM MILHÃO DE<br />

NOVOS EMPREGOS. MESMO SEM O<br />

PACOTE ANTI-CRIME, JÁ REDUZIMOS<br />

EM 22% OS HOMICÍDIOS E EM 12% OS<br />

ESTUPROS. COM O ENCAMINHAMENTO<br />

DESSAS MEDIDAS, IREMOS AINDA<br />

MAIS LONGE. ESTAMOS APENAS<br />

COMEÇANDO. PARABÉNS AO POVO<br />

BRASILEIRO”<br />

JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE<br />

DO BRASIL, SOBRE A REFORMA<br />

PREVIDENCIÁRIA<br />

20 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


ENTREVISTA<br />

HORA<br />

DE CRESCER<br />

THETIME<br />

TO GROW<br />

O<br />

s bons resultados da indústria moveleira no Rio<br />

Grande do Sul começam a dar um certo alento<br />

ao setor madeireiro e de móveis no país. As reformas<br />

propostas pelo governo e os resultados<br />

recentes da economia, com a retomada de empregos<br />

e as quedas da inflação e da taxa de juros, começam<br />

a reaquecer a indústria nacional, tão prejudicada pela crise<br />

econômica dos últimos 5 anos. Mas qual é a projeção para os<br />

próximos anos? O ramo de móveis pode voltar a crescer como<br />

no começo da década de 2010? Para responder essas e outras<br />

perguntas, a REFERÊNCIA INDUSTRIAL entrevistou Rogério<br />

Francio, presidente da Movergs (Associação das Indústrias de<br />

Móveis do Estado do Rio Grande do Sul). Confira a seguir:<br />

ENTREVISTA<br />

The good results of the furniture industry in the State of<br />

Rio Grande do Sul begin to give a certain impetus to<br />

the Forest and Furniture Sectors in Brazil. The recently<br />

proposed reforms and recent economic results, with<br />

the resumption of jobs and receding inflation and<br />

interest rates, begin to reheat the domestic industry, so hampered<br />

by the economic crisis of the past five years. But what is the<br />

projection for the years to come? Can the furniture business grow<br />

to the levels seen in the early 2010s? To answer these and other<br />

questions, REFERÊNCIA INDUSTRIAL interviewed Rogério Francio,<br />

President of the State of Rio Grande do Sul Association of<br />

Furniture Manufacturers (Movergs). Check out the following:<br />

ROGÉRIO FRANCIO<br />

CARGO: PRESIDENTE DA MOVERGS (ASSOCIAÇÃO DAS<br />

INDÚSTRIAS DE MÓVEIS DO ESTADO DO RIO GRANDE<br />

DO SUL)<br />

Foto: Evandro Soares<br />

FUNCTION: PRESIDENT, STATE OF RIO GRANDE DO SUL<br />

ASSOCIATION OF FURNITURE MANUFACTURERS (MOVERGS)<br />

22 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


DE ACORDO COM LEVANTAMENTO DO<br />

IEMI, OS MESES DE JULHO E AGOSTO REGIS-<br />

TRARAM ALTA NA PRODUÇÃO DE MÓVEIS<br />

NO RIO GRANDE DO SUL, UM DOS POLOS<br />

MAIS IMPORTANTES PARA O SETOR NO PAÍS.<br />

QUAIS OS FATORES CONTRIBUÍRAM PARA<br />

ESSE RESULTADO?<br />

É fundamental termos em mente que o setor<br />

moveleiro, a exemplo de outros segmentos, tem<br />

vivenciado anos difíceis. Dessa forma, precisamos<br />

considerar uma base de comparação baixa. Mesmo<br />

considerando a melhora nos últimos meses,<br />

se olharmos para o passado, estamos abaixo do<br />

patamar de produção de 2015. Também precisamos<br />

lembrar que no ano passado tivemos a greve<br />

dos caminhoneiros, o que acabou derrubando<br />

consideravelmente o desempenho do setor. Ainda<br />

temos um espaço importante a ser recuperado<br />

para superar as perdas do passado. Cabe salientar,<br />

porém, que um dos grandes propulsores desta alta<br />

foi o mercado internacional. As empresas gaúchas<br />

têm se estruturado e se preparado para atender<br />

esse mercado que vem crescendo de forma acelerada<br />

e aceitando o móvel brasileiro de maneira<br />

mais intensa.<br />

A INDÚSTRIA GAÚCHA CRESCEU 3,9%<br />

NOS ÚLTIMOS DOZE MESES, ENQUANTO A<br />

INDÚSTRIA NACIONAL SE RETRAIU NO MES-<br />

MO PERÍODO. POR QUE O ESTADO ESTÁ NA<br />

CONTRAMÃO DO RESTO DO PAÍS?<br />

O percentual é um sinal de que a indústria moveleira<br />

começa a colher os frutos de ações tomadas<br />

durante a crise, como investimentos em tecnologia,<br />

negociação com fornecedores de matérias-<br />

-primas e busca de novos mercados. Além disso, o<br />

câmbio favoreceu a concorrência com importados.<br />

Mas também precisamos considerar os investimentos<br />

nos diversos elos da cadeia moveleira (máquinas<br />

e equipamentos, produtos químicos, chapas<br />

de madeira, componentes e de peças de plástico<br />

e metal) e a constante busca pela qualificação de<br />

mão de obra, pela inovação e a diferenciação dos<br />

móveis. Os empresários do Rio Grande do Sul são<br />

reconhecidos como empreendedores, portanto<br />

acredito que esse também é um ponto importante<br />

para nos diferenciarmos; não ficamos esperando,<br />

vamos à luta.<br />

APÓS UM BOM TEMPO, AS BOAS NOTÍ-<br />

CIAS VOLTAM A APARECER NA INDÚSTRIA<br />

BRASILEIRA. ACREDITA QUE O PAÍS VOLTARÁ<br />

A TER ÍNDICES DE CRESCIMENTO SEME-<br />

LHANTES AOS DO COMEÇO DA DÉCADA?<br />

Sim, começamos a ver sutis evoluções. No<br />

cenário que vislumbramos, os dois próximos anos<br />

ACCORDING TO A SURVEY BY THE INDUS-<br />

TRIAL RESEARCH AND MARKETING INSTITUTE<br />

(IEMI), IN JULY AND AUGUST, FURNITURE<br />

PRODUCTION IN THE STATE OF RIO GRANDE<br />

DO SUL RECORDED A LEVEL NOT SEEN FOR<br />

A WHILE; THE STATE IS ONE OF THE MOST IM-<br />

PORTANT CENTERS FOR THE SECTOR IN BRA-<br />

ZIL. WHAT FACTORS CONTRIBUTED TO THIS<br />

EXCELLENT RESULT?<br />

It is essential to keep in mind that the Furniture<br />

Sector, like other sectors, has gone through difficult<br />

years. Thus, we have a low comparative basis. Even<br />

considering the improvement in recent months, if<br />

we look to the past, we are still below the production<br />

levels of 2015. We also need to remember that<br />

last year we had a truckers’ strike, which ended up<br />

considerably affecting the performance of the Sector.<br />

But we still have significant space to be recovered<br />

to overcome the losses of the past. It should be<br />

noted, however, that one of the major thrusts of this<br />

increase was the international market. Companies<br />

from the State of Rio Grande do Sul have structured<br />

themselves and are prepared to meet this market<br />

that has been growing in an accelerated way and<br />

accepting Brazilian furniture more intensely.<br />

THE FURNITURE INDUSTRY IN THE STATE<br />

OF RIO GRANDE DO SUL HAS GROWN 3.9%<br />

OVER THE LAST TWELVE MONTHS, WHILE THE<br />

NATIONAL FURNITURE INDUSTRY HAS FALLEN<br />

DURING THE SAME PERIOD. WHY IS FURNITU-<br />

RE PRODUCTION IN THE STATE THE OPPOSITE<br />

FROM THE REST OF THE COUNTRY?<br />

The percentage is a sign that the furniture industry<br />

has begun to reap the fruits of actions taken<br />

during the crisis, such as investments in technology,<br />

trade relationships with raw material suppliers, and<br />

the search for new markets. Besides, the exchange<br />

AUMENTO NO<br />

VALOR DE ALGUMAS<br />

MATÉRIAS-PRIMAS, COMO DE<br />

PAINÉIS E VIDROS, POR<br />

EXEMPLO, TEM IMPACTADO<br />

SIGNIFICATIVAMENTE O DIA A<br />

DIA DOS NEGÓCIOS<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 23


ENTREVISTA<br />

devem ser de evolução significativa, dentro do<br />

esperado. Os movimentos no âmbito político e<br />

econômico dão sinais desta tendência. Acredito<br />

num novo Brasil, numa economia mais forte e em<br />

programas que permitam o desenvolvimento e o<br />

crescimento do Brasil. Vamos voltar a ter bons negócios,<br />

por isso é muito importante que estejamos<br />

preparados para essa retomada.<br />

COMO A CRISE ECONÔMICA IMPACTOU O<br />

SETOR DE MÓVEIS NO BRASIL?<br />

Nos últimos três ou quatro anos, o setor moveleiro<br />

foi afetado, com margens de lucro reduzidas<br />

e uma ociosidade média de 35% nas linhas de<br />

produção. A crise também deixou o consumidor<br />

reticente, ou seja, reduziu a aquisição de móveis,<br />

afetando toda a cadeia moveleira. O aumento no<br />

valor de algumas matérias-primas, como de painéis<br />

e vidros, por exemplo, tem impactado significativamente<br />

o dia a dia dos negócios. Os custos<br />

das empresas cresceram e o mercado retraiu, isso<br />

gerou muito desconforto no setor. As empresas<br />

tiveram que fazer a lição de casa para poder suportar<br />

essa crise longa e se preparar para a nova<br />

realidade do mercado.<br />

AS REFORMAS PROMETIDAS PELO GOVER-<br />

NO FEDERAL, COMO A DA PREVIDÊNCIA E A<br />

TRIBUTÁRIA, PODEM AUXILIAR NA RETOMA-<br />

DA DO RAMO MOVELEIRO?<br />

Sim, as reformas nos dão motivos para acreditarmos<br />

que uma agenda positiva proporcionará<br />

melhorias no ambiente de negócios. Ações como<br />

essas são imprescindíveis para destravar o crescimento.<br />

Ainda temos uma extensa pauta a ser<br />

debatida, mas acredito que não tem volta. O Brasil<br />

precisa destas mudanças para retomar a confiança<br />

e restabelecer o crescimento.<br />

rate has favored competition with imported products.<br />

But we also need to consider investments in<br />

the various links of the furniture chain (machinery<br />

and equipment, chemicals, wood panels, components,<br />

and plastic and metal parts) and the constant<br />

search for the qualification of labor, innovation, and<br />

differentiation in furniture design. Entrepreneurs in<br />

the State are recognized as go-getters, so I believe<br />

that this is also an essential point for differentiating<br />

ourselves; we don’t wait, we get on with it and join<br />

the fight!<br />

AFTER A WHILE, GOOD NEWS BEGINS TO<br />

APPEAR AGAIN IN THE BRAZILIAN INDUS-<br />

TRIAL SECTOR. DO YOU BELIEVE THAT THE<br />

COUNTRY WILL HAVE GROWTH RATES SIMILAR<br />

TO THOSE OF THE BEGINNING OF THE DECA-<br />

DE?<br />

Yes, we have started to see subtle changes. In<br />

the scenario, we see that in the next two years, there<br />

should be significant growth within the expected.<br />

The movements in the political and economic sphere<br />

show signs of this trend. I believe in a new Brazil,<br />

a stronger economy, and programs that allow the<br />

development and growth of Brazil. We’re going to<br />

have a respectable business environment again, so<br />

we must be prepared for this.<br />

HOW HAS THE ECONOMIC CRISIS IMPAC-<br />

TED THE FURNITURE SECTOR IN BRAZIL?<br />

Over the last three or four years, the Furniture<br />

Sector has been affected by reduced profit margins<br />

and average idleness of 35% on the production<br />

lines. The crisis also led to consumer reticence,<br />

that is, reduced furniture purchases, affecting the<br />

entire furniture chain. The increase in the value of<br />

some raw materials, such as wood panels and glass,<br />

for example, has significantly impacted the daily<br />

business. Company costs grew, and the market retracted,<br />

generating much discomfort in the Sector.<br />

Companies had to do their homework to be able<br />

to withstand this prolonged crisis and prepare for a<br />

new market reality.<br />

É FUNDAMENTAL TERMOS<br />

EM MENTE QUE O SETOR<br />

MOVELEIRO, A EXEMPLO DE OUTROS<br />

SEGMENTOS, TEM VIVENCIADO ANOS<br />

DIFÍCEIS<br />

CAN THE SOCIAL SECURITY AND TAX RE-<br />

FORMS PROMISED BY THE FEDERAL GOVERN-<br />

MENT HELP IN THE RESUMPTION OF SALES IN<br />

THE FURNITURE SEGMENT?<br />

Yes, the reforms give us reason to believe that<br />

a positive agenda will provide improvements in the<br />

business environment. Actions like these are essential<br />

to unlock growth. We still have an extensive<br />

program to be debated, but I don’t think there’s any<br />

backing down. Brazil needs these changes to regain<br />

confidence and restore growth.<br />

24 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


TRANSFORMANDO<br />

PROJETOS EM<br />

NEGÓCIOS<br />

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ENTREVISTA<br />

O ANO DE <strong>2019</strong> PODE SER CONSIDERADO<br />

POSITIVO OU NEGATIVO EM TERMOS DE RE-<br />

SULTADO PARA A INDÚSTRIA MOVELEIRA?<br />

De uma maneira generalizada, o ano não foi<br />

bom, mesmo que tenhamos um desempenho<br />

semelhante ao ano anterior e que o câmbio tenha<br />

favorecido as exportações. A crise prolongada<br />

não permitiu um desempenho melhor para as<br />

indústrias moveleiras. A expectativa era de já no<br />

segundo semestre começarmos a vislumbrar as<br />

melhorias da economia. Entretanto, ainda temos<br />

muitos entraves políticos que inviabilizam essa<br />

tendência. Mas vamos ter dias de oceano azul nos<br />

próximos anos.<br />

A PARTIR DE 2020, QUAIS SÃO AS PROJE-<br />

ÇÕES PARA A EXPORTAÇÃO DE MÓVEIS BRA-<br />

SILEIROS PARA O RESTO DO MUNDO?<br />

Várias indústrias gaúchas têm se preparado<br />

para atender essa demanda internacional que<br />

cresce de forma exponencial. Vamos crescer nas<br />

exportações e vamos incorporar novos destinos internacionais.<br />

O móvel brasileiro já é uma realidade<br />

para o mercado mundial.<br />

QUAIS FATORES PODEM EMPERRAR A<br />

RECUPERAÇÃO ECONÔMICA DO SETOR MO-<br />

VELEIRO?<br />

Existem alguns fatores relevantes, entre eles:<br />

problemas de infraestrutura, problemas de logística,<br />

a competitividade com a China, o câmbio, a<br />

burocratização, a complexa estrutura tributária,<br />

a fragilidade de algumas empresas, entre outros<br />

fatores.<br />

CAN <strong>2019</strong> BE CONSIDERED POSITIVE OR<br />

NEGATIVE IN TERMS OF RESULTS FOR THE<br />

FURNITURE INDUSTRY?<br />

Overall, the year was not good, even if we did<br />

have a performance similar to the previous year, and<br />

the exchange rate favored exports. The prolonged<br />

crisis did not allow better performance for the furniture<br />

industries. The expectation was that by the second<br />

half, we would begin to see improvements in<br />

the economy. However, there are still many political<br />

obstacles that make this impossible. But it should<br />

be smooth sailing in the next few years.<br />

STARTING IN 2020, WHAT ARE THE PRO-<br />

JECTIONS FOR BRAZILIAN FURNITURE EX-<br />

PORTS TO THE REST OF THE WORLD?<br />

Several companies in the State of Rio Grande do<br />

Sul are prepared to meet this exponentially growing<br />

international demand. Exports will grow, and we will<br />

incorporate new international destinations. Brazilian<br />

furniture is already a reality in the world market.<br />

WHAT ARE THE FACTORS THAT CAN HIN-<br />

DER ECONOMIC RECOVERY IN THE FURNITU-<br />

RE SECTOR?<br />

There are several relevant problematic factors,<br />

including infrastructure, logistics, competitiveness<br />

with China, foreign exchange rate, bureaucratization,<br />

complicated tax structure, and the fragility of<br />

some companies, amongst others.<br />

AS REFORMAS NOS DÃO<br />

MOTIVOS PARA<br />

ACREDITARMOS QUE UMA AGENDA<br />

POSITIVA PROPORCIONARÁ<br />

MELHORIAS NO AMBIENTE DE<br />

NEGÓCIOS<br />

26 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


Quer conhecer nossa empresa? Entre em contato:<br />

engecass@engecass.com.br


PRINCIPAL<br />

28 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


LIDERANÇA<br />

NO MERCADO<br />

EMPRESA PARANAENSE INVESTE EM<br />

TECNOLOGIA E ÓTIMO ATENDIMENTO PARA<br />

SE DIFERENCIAR NO DISPUTADO MERCADO<br />

DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS PARA MADEIRA<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

MARKET<br />

LEADER<br />

A COMPANY FROM THE STATE OF<br />

PARANÁ INVESTS IN TECHNOLOGY AND<br />

SERVICE TO DIFFERENTIATE ITSELF IN<br />

THE DISPUTED MARKET FOR INDUSTRIAL<br />

FOREST PRODUCT MACHINERY<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 29


PRINCIPAL<br />

F<br />

undada em 1969, a Máquinas Águia sempre<br />

buscou aliar tradição e qualidade em todos os<br />

seus produtos. A empresa, que começou com<br />

apenas dois funcionários na década de 1960, hoje<br />

conta com mais de 50 modelos de máquinas para<br />

diversas funcionalidades, ao criar e desenvolver projetos<br />

juntamente com o cliente, de acordo com as necessidades<br />

de cada trabalho e demanda.<br />

Atualmente, a Máquinas Águia conta com 25 colaboradores,<br />

e trabalha no ramo de máquinas para serraria, com<br />

foco na precisão de corte e automação e inicia desenhos<br />

para plainas, máquinas para cabos de vassoura, multilâminas<br />

e demais ferramentas para beneficiamento de madeira,<br />

sempre em busca da maximização do aproveitamento da<br />

matéria-prima.<br />

Nesse cenário de ampla expansão, o grande destaque<br />

da empresa tem sido o carro porta-toras pneumático<br />

“CPA”, o mais rápido e inteligente do atual mercado brasileiro.<br />

Com tecnologia exclusiva da empresa, o equipamento<br />

possui acionamento servo-motor e robustez nunca antes<br />

vista em carros porta-tora no Brasil. Além disso, a Máquinas<br />

Águia também possui diversos modelos de porta-toras:<br />

CPA-650, CPA-800, CPA 1000, CPA 1300 e CPA 1500, destinados<br />

para atividades específicas para o setor madeireiro.<br />

F<br />

ounded in 1969, Máquinas Águia has always<br />

sought to combine tradition and quality in<br />

all its products. The Company, which started<br />

with only two employees in the 1960s, now<br />

has more than 50 machine models for various<br />

functions, by having created and developed projects<br />

together with customers, according to the needs of their<br />

work and demand.<br />

Currently, Máquinas Águia has twenty-five employees,<br />

and works in the field of machinery for sawmills, focusing<br />

on cutting accuracy and automation, and is initiating<br />

designs for drawings for planes, broom handle machines,<br />

multi-blade saws, and other tools for timber processing,<br />

always in search of maximizing the use of raw material.<br />

In this scenario of aggressive expansion, the Company’s<br />

flagship product has been the pneumatic “CPA”<br />

log carriage, the fastest and smartest in the current Brazilian<br />

market. Based on exclusive Company technology,<br />

the equipment has a servo-motor drive and robustness<br />

never before seen in log carriages in Brazil. Also, Máquinas<br />

Águia also has several models of log carriages:<br />

CPA-650, CPA-800, CPA1000, CPA1300, and CPA1500,<br />

intended for specific activities in the timber processing<br />

segment.<br />

30 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


Como principais características, o carro porta-tora<br />

possui uma construção compacta e robusta, composta por<br />

barramentos espessos e um sistema de medidas com servo-motor.<br />

Além disso, a máquina conta também com acionamento<br />

pneumático das garras, raspadores, retentores<br />

nas guias dos travessões, mesa de operação ergonômica,<br />

para comando à distância, e movimento independente ou<br />

em conjunto das garras.<br />

Mas esses expressivos números só poderiam ser resultado<br />

de uma gestão eficiente e de uma estrutura digna do<br />

reconhecimento que a Máquinas Águia possui no mercado:<br />

em sua matriz, em São José dos Pinhais (PR), na Região<br />

Metropolitana de Curitiba, a companhia dispõe de uma<br />

área construída de aproximadamente 2 mil m 2 (metros<br />

quadrados), além de uma área total de 24.200 m 2 .<br />

“Procuramos aliar a nossa excelente estrutura uma tecnologia<br />

capaz de resolver as necessidades dos clientes”,<br />

garante Wilson Wuicik, diretor da Máquinas Águia.<br />

A qualidade de seus produtos ainda é comprovada pelo<br />

número de países que importam equipamentos da Indústria<br />

e Comércio de Máquinas Águia para suas cadeias de<br />

produção, em quase todo o continente americano, como<br />

Argentina, Colômbia, Venezuela e EUA (Estados Unidos<br />

da América), assim como em países africanos, como a<br />

África do Sul.<br />

RECONHECIMENTO<br />

Entretanto, de nada adiantaria os esforços da empresa<br />

A MÁQUINAS ÁGUIA TEM<br />

COMO OBJETIVO REALIZAR<br />

UM ATENDIMENTO TÉCNICO E<br />

MANTER UMA RELAÇÃO HONESTA<br />

COM O CLIENTE<br />

As the main feature, the log carriage has a very compact<br />

and robust construction, consisting of thick guide<br />

rails and a measurement system using a servo-motor.<br />

Also, the machine has pneumatic activation for the claws,<br />

scrapers, retainers in the guides, ergonomic operating<br />

table, remote control, and independent or joint claw<br />

movement.<br />

But these expressive numbers could only be the result<br />

of efficient management and a structure worthy of<br />

the recognition that Máquinas Águia has in the market.<br />

At its headquarters, in São José dos Pinhais (PR), in the<br />

Metropolitan Region of Curitiba, the Company has a<br />

constructed area of approximately 2 thousand square<br />

meters, on a total area of 24.2 thousand square meters.<br />

“We seek to combine our excellent structure with a<br />

technology capable of solving customer needs,” says<br />

Wilson Wuicik, Director of Máquinas Águia.<br />

The quality of the products is further proven by the<br />

number of countries that already import Máquinas Águia<br />

machines for their production lines, covering almost the<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 31


PRINCIPAL<br />

se não houvesse o reconhecimento por parte dos fiéis clientes<br />

da Máquinas Águia, que negociam com a companhia<br />

há várias décadas. No caso do carro porta-toras, a empresa<br />

conta com diversos parceiros comerciais que o adquiriram<br />

e não se arrependeram em nenhum momento.<br />

“Ficamos impressionados com os resultados obtidos<br />

com o carro porta-toras da Máquinas Águia. É um equipamento<br />

ótimo, pois ele possui o servo-motor, que para nós<br />

é seu grande diferencial. Seu sistema de bitola também é<br />

muito superior e mais eficiente quando comparado com a<br />

máquina anterior que tinha em minha fábrica”, garante o<br />

gerente da Madefel, Agner Felchincher. “Tive um aumento<br />

na eficiência da madeireira por conta desse carro e desde<br />

então meu negócio tem evoluído diariamente”, relata à<br />

reportagem.<br />

Também cliente há muitos anos da Máquinas Águia, o<br />

proprietário da Madeireira Ana Mariana, Thiago Pelanda,<br />

é só elogios ao carro porta-tora da empresa. “Esse servo-<br />

-motor, ao invés de moto-freio, mudou totalmente nossa<br />

produção. Esse é um carrinho muito ágil e sua precisão é<br />

impressionante. Ele foi bom tanto na produção quanto na<br />

qualidade do produto”, conta Pelanda, que salienta que a<br />

agilidade da ferramenta tem sido fundamental para a rotina<br />

de seus funcionários.<br />

PÓS-VENDA<br />

Com objetivo de sempre dar prioridade às necessidades<br />

dos clientes, Wilson Wuicik, diretor da Máquinas Águia,<br />

entire American continent, such as Argentina, Colombia,<br />

Venezuela, and the United States, as well as in African<br />

countries, such as South Africa.<br />

RECOGNITION<br />

But the Company’s efforts would not be worth it if<br />

there was no recognition by the loyal Máquinas Águia<br />

customers, who have been dealing with the Company<br />

over several decades. In the case of log carriages, the<br />

Company has several purchasing partners who have acquired<br />

them and have never regretted their purchase at<br />

any time.<br />

“We were impressed by the results obtained with the<br />

Águias carriage. It is an excellent piece of equipment<br />

because it has a servo-motor, which for us, is its great<br />

differential. Its gauge system is also much superior and<br />

more efficient when compared to the previous machine<br />

that I had in my factory,” says Agner Felchincher, Manager<br />

for Madefel. “There was an increase in the efficiency<br />

of the sawmill because of this carriage, and since then,<br />

my business has evolved daily,” he tells REFERENCIA<br />

INDUSTRIAL.<br />

Also, a Máquinas Águia customer for many years,<br />

Thiago Pelanda, owner of Madeiran Ana Mariana, has<br />

only praise for the Company’s flagship carriage. “The<br />

use of a servo-engine, rather than a brake motor, totally<br />

changed our production. This is a very agile carriage,<br />

32 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


evela que traz consigo um lema que busca exteriorizar para<br />

todos os colaboradores da empresa: “se for para vender e<br />

não encaixar, melhor não vender.”<br />

Com essa filosofia, ele tem como objetivo realizar um<br />

atendimento técnico e manter uma relação honesta com o<br />

cliente, ou mesmo com um potencial negociador. “Preferimos<br />

perder o negócio a fazer com que o cliente adquira<br />

um produto que não encaixe no seu processo”, revela.<br />

Thiago Pelanda comprova. O proprietário da Madeireira<br />

Ana Mariana não poupou palavras para comprovar a<br />

eficiência do fornecedor. “O atendimento é ótimo. Nota<br />

10 mesmo. Eles sempre foram muito solícitos com nossas<br />

demandas e pedidos. No caso do pós-venda, eles sempre<br />

nos atenderam na hora”, afirma o empresário.<br />

Não foi diferente com a Madefel, madeireira referência<br />

no oeste catarinense.“Gostei bastante da Máquinas Águia<br />

justamente por causa do suporte que ela oferece. Tudo que<br />

preciso, eles correm e resolvem bem rapidinho”, enaltece<br />

o gerente da Madefel, Agner Felchincher.<br />

EXPORTAÇÕES<br />

A crise econômica pode ter adiado alguns planos da<br />

empresa, mas a retomada da economia tem dado sinais de<br />

que a Máquinas Águia prevê bons frutos para os próximos<br />

anos. “O mercado de exportação no Brasil caiu muito nos<br />

últimos cinco a seis meses, então quem vendia para fora<br />

precisa negociar com o mercado interno, com um produto<br />

muito superior e a um preço maior”, explica o diretor da<br />

Máquinas Águia, Wilson Wuicik.<br />

“Saímos na frente com essa qualidade, que é buscada<br />

por empresários que sabem valorizar o preço de um investimento<br />

que dará bons frutos no médio a longo prazo”,<br />

conclui Wilson.<br />

FICAMOS<br />

IMPRESSIONADOS<br />

COM OS RESULTADOS<br />

OBTIDOS COM O CARRO<br />

PORTA-TORAS DA ÁGUIA<br />

AGNER FELCHINCHER,<br />

GERENTE DA MADEFEL<br />

and its accuracy is impressive. It provides better results in<br />

both production and product quality,” says Pelanda, who<br />

points out that tool agility has been fundamental to his<br />

Company’s employee routine.<br />

AFTER-SALE SERVICE<br />

To always give priority to the customer needs, Máquinas<br />

Águia Director Wilson Wuicik reveals that he has a<br />

motto that seeks to make all Company employees aware<br />

of what goes on outside the Company: “For each sale, if<br />

the product doesn’t suit the job, it is better not to sell.<br />

With this philosophy, he aims to perform the best<br />

in technical service and maintain an honest relationship<br />

with the customer or in a potential deal. “We prefer to<br />

lose the business than to get the customer to purchase a<br />

product that does not fit their process,” he reveals.<br />

Thiago Pelanda is proof of this. The Madeireira Ana<br />

Mariana owner spared no words to praise the efficiency<br />

of the supplier. “The service is outstanding, ten out of<br />

ten. They have always been accommodating as to our<br />

demands and requests. In the case of after-sales, they<br />

always attended us in a timely way,” says the businessman.<br />

It is no different with Madefel, a reference sawmill in<br />

the western part of the State of Santa Catarina; I like Máquinas<br />

Águia precisely because of the support it offers.<br />

Everything you need, they resolve quickly,” Madefel Manager<br />

Felchincher reminds us.<br />

EXPORTS<br />

The economic crisis may have delayed some of the<br />

Company’s plans, but the economic resumption is giving<br />

signs that Máquinas Águia can predict good times for years<br />

to come. “The Brazilian export market has collapsed<br />

over the last five to six months, so those who sold abroad<br />

now need to sell on the domestic market, with a much<br />

better product, and at a higher price,” adds Máquinas<br />

Águia Director Wilson Wuicik.<br />

“We are ahead as to the quality, which is sought by<br />

entrepreneurs who know how to value the price of an<br />

investment that will bear good returns in the medium to<br />

long term,” Wuicik concludes.<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 33


CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

INOVADOR<br />

EMPRESA INGLESA REVOLUCIONA MERCADO<br />

DA MADEIRA LAMINADA CRUZADA<br />

Fotos: divulgação<br />

34 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


Aarquiteta Alison Brooks elevou os limites<br />

da madeira laminada cruzada com o The<br />

Smile, um “mega-tubo” habitável com<br />

as duas extremidades levantadas para o<br />

céu. Brooks se uniu à firma de engenharia<br />

Arup e ao Conselho Americano de Exportação de Madeira<br />

para criar a estrutura de 34m (metros) de comprimento,<br />

que eles descrevem como o “primeiro projeto<br />

no mundo a usar grandes painéis CLT de madeira.”<br />

Toda a estrutura foi montada usando apenas 12<br />

painéis de CLT - um tipo de madeira projetada que<br />

substitui o aço e o concreto como o grande material<br />

revolucionário arquitetônico do século XXI. O CLT é<br />

geralmente criado usando madeira maciça, muitas<br />

vezes enfeitada, mas o The Smile é pioneiro no uso de<br />

madeira de tulipa laminada cruzada, uma madeira de<br />

lei norte-americana de rápido crescimento que oferece<br />

maior resistência e um acabamento mais atraente.<br />

“Queria criar algo que use CLT de madeira tulipa<br />

em seu maior formato possível, que é de placas de<br />

4,5m por 20m, e expressar a força adicional que a<br />

CLT pode oferecer quando é feita de madeira”, disse<br />

Brooks. “Ao transformar este tubo em forma de arco<br />

em grande escala, as placas formam um espaço sensorial<br />

dinâmico para habitar”, continuou ela. “O resultado<br />

é um edifício que se eleva a partir de um único<br />

ponto no centro.”<br />

O Smile é um dos principais projetos do London<br />

Design Festival, principal evento de design e construção<br />

civil europeu. A estrutura de madeira está localizada<br />

no Rootstein Hopkins Parade Ground, no Chelsea<br />

College of Art, no sudoeste de Londres.<br />

Os visitantes são convidados a entrar na estrutura<br />

em arco através de uma porta posicionada na metade<br />

do seu comprimento. No interior, eles podem subir em<br />

qualquer direção para ver as varandas nas duas extremidades<br />

elevadas. “A forma do sorriso implica que ele<br />

vai balançar”, garante Brooks. “Portanto, o formulário<br />

em si é um convite para testar se o pavilhão se move e<br />

como é entrar em um piso curvo.”<br />

O arquiteto descreve a experiência de entrar na<br />

grande estrutura do The Smile como “algo como nossa<br />

imagem arquetípica da Arca de Noé”. “A luz da porta<br />

que sai das extremidades do arco o convidará a subir a<br />

encosta da curva até as varandas em cada extremidade,<br />

como se estivesse olhando para fora do parapeito<br />

de um navio”, acrescentou.<br />

“Se você girar a estrutura verticalmente e adicionar<br />

o peso de 60 visitantes em uma extremidade, é equivalente<br />

ao núcleo que estabiliza um edifício de cinco<br />

andares. Ninguém jamais construiu um núcleo que seja<br />

esbelto em madeira”, conta orgulhosa a arquiteta, Alison<br />

Brooks.<br />

A estrutura foi projetada para resistir a aproximadamente<br />

10 toneladas de carga de vento. É aparafusado<br />

a uma grande caixa de madeira cheia de 20t (toneladas)<br />

de pesos de aço para impedir que caia. “Não é<br />

à toa quando dizemos que é um projeto nunca antes<br />

realizado. A reação dos visitantes do London Design<br />

Festival só comprova que o The Smile é começo de<br />

uma nova revolução no urbanismo e na construção civil<br />

em todo o mundo”, finaliza Brooks.<br />

A ESTRUTURA DE 34<br />

METROS DE<br />

COMPRIMENTO É DESCRITA<br />

COMO O PRIMEIRO PROJETO NO<br />

MUNDO A USAR GRANDES<br />

PAINÉIS CLT DE MADEIRA<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 35


MARCENARIA<br />

36 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


MARCENARIA<br />

SEGURA<br />

PARA EVITAR PROBLEMAS DESSE TIPO, A PRINCIPAL NORMA A<br />

SER SEGUIDA É A NR-12<br />

Fotos: divulgação<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 37


MARCENARIA<br />

S<br />

egurança é palavra de ordem em qualquer<br />

ambiente de produção, seja em<br />

grandes indústrias ou na marcenaria. De<br />

acordo com dados da OIT (Organização<br />

Internacional do Trabalho), o Brasil é o<br />

quarto país com maior incidência de acidentes de<br />

trabalho. Isso levanta a necessidade de vigilância<br />

constante com a segurança.<br />

“Entre as principais causas de acidentes e incidentes<br />

que acontecem nesse ambiente estão o ato<br />

inseguro (situações em que o empregado se coloca<br />

em risco, estando ciente ou não das consequências),<br />

a falta de capacitação para a operação dos<br />

equipamentos, a falta (indisponibilidade ou não uso)<br />

de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e a<br />

pressa”, lista Diogo Kaiser, do Senai Centro Moveleiro<br />

de Santa Catarina.<br />

Kaiser aponta que, para evitar problemas desse<br />

tipo dentro da marcenaria, a principal norma a ser<br />

seguida é a NR-12, que traz prescrições importantes<br />

PARA O COTIDIANO<br />

NA MARCENARIA, O<br />

PONTO MAIS IMPORTANTE<br />

PARA A SEGURANÇA DOS<br />

TRABALHADORES SÃO<br />

OS EPIs<br />

38 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


sobre a proteção de máquinas e equipamentos,<br />

para prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho<br />

com as partes móveis ou perfurocortantes desses<br />

recursos.<br />

As medidas de segurança mais importante para<br />

marcenarias começam por manter o maquinário e<br />

equipamentos sempre em perfeitas condições de<br />

uso e recebendo uma manutenção regular. Como a<br />

maioria dos equipamentos de marcenaria são cortantes,<br />

como serras, tupias e tornos, eles oferecem<br />

algum tipo de risco em seu uso.<br />

Além disso, é importante os trabalhadores se<br />

manterem atentos ao trabalho que está sendo realizado,<br />

principalmente quando os equipamentos<br />

estiverem ligados, afinal a distração pode ocasionar<br />

acidentes graves. Outro ponto essencial é armazenar<br />

produtos químicos de forma correta e cuidadosa<br />

para evitar incêndios ou outros incidentes no ambiente<br />

de trabalho.<br />

“É fundamental seguir as instruções de operação<br />

de todo o maquinário, ter uma boa iluminação<br />

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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 39


MARCENARIA<br />

na marcenaria, instalar coletor de pó em todas as<br />

máquinas e oferecer treinamentos constantes para<br />

a equipe sobre a operação dos equipamentos”,<br />

reforça Kaiser.<br />

Para o cotidiano na marcenaria, o ponto mais<br />

importante para a segurança dos trabalhadores são<br />

os EPIs. Ainda assim, muitas vezes eles são deixados<br />

de lado, abrindo espaço para a ocorrência de acidentes,<br />

lesões e doenças ocupacionais. Para evitar<br />

isso, os EPIs para trabalho em marcenaria incluem<br />

capacete (protege a cabeça no caso de quedas ou<br />

de projeção de objetos e partículas, e pode incluir<br />

uma viseira frontal que serve para a proteção do<br />

rosto por completo), protetor auricular (serve para<br />

a proteção auditiva contra barulho intenso e é de<br />

uso obrigatório em ambientes com mais de 85dB),<br />

óculos (protege a visão contra impactos de partículas<br />

ou contra luminosidade intensa), respirador facial<br />

(serve para a proteção das vias respiratórias em<br />

ambientes com muita poeira), luvas (protege a mão<br />

contra cortes, escoriações, calor, produtos químicos<br />

ou no manuseio de peças que possam apresentar<br />

algum tipo de risco) e calçados de proteção (garantem<br />

a segurança dos pés contra partículas, escoriações<br />

ou ação de produtos químicos).<br />

É fundamental também o uso dos EPCs (Equipamentos<br />

de Proteção Coletiva), que incluem sistemas<br />

de detecção e combate a incêndio; coifa protetora;<br />

kit de primeiros socorros; equipamentos de<br />

ventilação; exaustores para gases e vapores; cabines<br />

para pintura; tela para proteção de polias; peças ou<br />

engrenagens móveis; placas sinalizadoras; sensores<br />

de máquinas; fitas antiderrapantes para escadas.<br />

Os sistemas de detecção e combate a incêndio<br />

são uma das medidas mais importantes e podem<br />

variar de acordo com as necessidades do ambiente<br />

40 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


de marcenaria; eles podem ser sistemas automáticos<br />

que agem somente como alarme de incêndio,<br />

ou aqueles que iniciam uma ação de combate,<br />

como sprinkler e centrais de CO 2<br />

(Gás Carbônico).<br />

Além disso, o uso de extintores, seja do tipo água-<br />

-gás, para ocorrências de incêndios em peças ou<br />

resíduos de madeira, e extintores do tipo CO 2<br />

e pó<br />

químico, para incidentes com equipamentos elétricos<br />

e líquidos combustíveis - todos eles devem estar<br />

de fácil acesso e bem sinalizados no ambiente.<br />

Outro equipamento essencial, a coifa protetora<br />

é utilizada para evitar o toque acidental do marceneiro<br />

com a lâmina da serra. Devido à natureza do<br />

seu funcionamento, a coifa deve ser composta por<br />

um material resistente, capaz de fazer a retenção<br />

de partes da lâmina que possam ser projetadas em<br />

direção ao profissional.<br />

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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 41


PRÊMIO<br />

Destaques do setor<br />

industrial da<br />

madeira no Brasil<br />

RECEBEM PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA <strong>2019</strong><br />

Fotos: Rosangela Bini<br />

42 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


O<br />

s principais empresários e profissionais do<br />

setor industrial da madeira de todo país estiveram<br />

presentes na cerimônia do PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA, realizada no final do mês de<br />

outubro, em Curitiba (PR), com assinatura<br />

da JOTA EDITORA.<br />

Com 17 anos de tradição, a premiação é uma das<br />

mais respeitadas do Brasil por enaltecer a atuação de<br />

empresas do setor ao longo do ano, como forma de reconhecimento<br />

ao trabalho e ao desenvolvimento do país,<br />

considerando também critérios como empregabilidade,<br />

sustentabilidade, valores, cultura organizacional, inovação,<br />

geração de renda, entre outros quesitos.<br />

O PRÊMIO REFERÊNCIA busca fomentar o mercado,<br />

em toda a cadeia produtiva da madeira: nas florestas, na<br />

indústria, na produção de celulose e de papel, na geração<br />

de biomassa e nos produtos de madeira. Desta maneira,<br />

valoriza as empresas e as organizações do setor que colaboram<br />

para que o mercado brasileiro seja um dos mais<br />

desenvolvidos e promissores do mundo. “Minha gratidão<br />

à presença de vocês que dedicaram um tempo para estarem<br />

aqui. Há 21 anos, a REVISTA REFERÊNCIA vem trazendo<br />

a informação especializada para o nosso segmento<br />

e sinto orgulho da força da revista impressa”, ressaltou o<br />

diretor comercial da JOTA EDITORA, Fábio Machado.<br />

Em tempos de fake news e da dubiedade de informações<br />

das mídias digitais, Fábio destacou a potência<br />

da mídia impressa especializada no mundo que, cada vez<br />

mais, tem um púbico cativo por ter a credibilidade como<br />

valor primordial. “Recentemente, a Rock Content, maior<br />

empresa de conteúdo digital da América Latina, lançou<br />

uma revista impressa, assim como a Uber e Airbnb, por<br />

exemplo. Isso tem ocorrido porque, em uma pesquisa, foi<br />

revelada a dificuldade dessas empresas em se comunicar<br />

com empresários, diretores, investidores, CEO’s, presidentes<br />

de empresas, etc. E esse público-alvo falou que<br />

busca informação na revista segmentada impressa por<br />

confiar nessa fonte de informação”, revelou.<br />

Além da credibilidade e qualidade de conteúdo da<br />

mídia impressa, outro ponto ressaltado pelo diretor executivo<br />

da JOTA EDITORA, Pedro Bartoski Jr., é a comunicação<br />

direta que as empresas passam a ter com público<br />

por meio do veículo impresso. “Muitas vezes o setor<br />

empresarial não informa ao seu público o que está produzindo<br />

e desenvolvendo. A revista é uma ferramenta para<br />

as empresas e os profissionais divulgarem e comunicarem<br />

o trabalho realizado em prol do nosso Brasil. A gente<br />

tem orgulho de estar premiando 10 dessas empresas que<br />

pesquisamos e descobrimos como fizeram algo de muito<br />

importante, dentro do nosso segmento, neste ano. Mas<br />

convido a participarem ativamente: divulguem mais as<br />

empresas, porque credibilidade a gente tem de sobra,<br />

assim como vocês, precisamos saber usar mais essa ferramenta”,<br />

orientou o diretor executivo.<br />

PRÊMIO<br />

2 19<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 43


PRÊMIO<br />

Confira os 10 vencedores do PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2019</strong>:<br />

ABPM (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS<br />

PRESERVADORES DE MADEIRA)<br />

Em 50 anos de atuação, a Abpm trabalha na criação de<br />

normas técnicas junto à Abnt e no controle de qualidade da<br />

madeira tratada, ações fundamentais para o desenvolvimento<br />

do setor no país. Entre os destaques recentes está o lançamento<br />

do selo Qualitrat, concedido a empresas que seguem<br />

padrões de origem, qualidade e legalidade após uma auditoria<br />

do instituto de pesquisas tecnológicas. A Abpm também<br />

participou da organização do wood protection - conferência<br />

sul-americana de tecnologias em proteção da madeira, que<br />

discute o futuro do setor. “Gostaria de agradecer imensamente<br />

pelo privilégio de estar entre os premiados dessa noite, em<br />

mais uma edição desse tradicional prêmio em reconhecimento<br />

das empresas de base florestal e madeireiro do Brasil. A Abpm<br />

agradece a Revista REFERÊNCIA por nos motivar a continuar a<br />

caminhada que este ano completa 50 anos de existência. Essa<br />

homenagem ficará na memória de todos os integrantes que<br />

estiveram a frente dessa entidade, bem como todos os associados”,<br />

declarou o presidente da entidade, Gonzalo Lopez.<br />

AMATA<br />

Primeira empresa a obter uma concessão Florestal<br />

Pública no Brasil, a Amata se destaca por oferecer para o<br />

mercado de construção civil uma alternativa inovadora.<br />

A empresa realizou a primeira construção de madeira<br />

engenheirada em altura no Brasil, com um prédio de três<br />

andares, criado com peças estruturais a partir da madeira<br />

pinus. Atualmente, a Amata conta com quatro operações<br />

florestais nos Estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso<br />

do Sul e Paraná. “Estamos prestes a completar 15 anos<br />

de existência e é uma grande honra receber esse prêmio.<br />

Muito obrigado pelo prestígio e pela escolha”, destacou<br />

o gerente de operações, Patrick Reydams.<br />

44 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


CIA CANOINHAS DE PAPEL<br />

Destaque pelo rigor com a qualidade, a Cia Canoinhas,<br />

fabricante de papel higiênico, toalhas de papel multiuso<br />

e guardanapos de papel, registrou, no ano passado,<br />

um crescimento de 12,52% em sua receita. Além disso,<br />

conquistou a certificação do seu sistema de gestão da<br />

qualidade ISO 9001:2015. A empresa catarinense está entre<br />

as 100 maiores empresas do Estado de Santa Catarina,<br />

ocupando a 64ª posição, e entre as 500 maiores do sul, na<br />

posição número 272. “Gostaria de agradecer a indicação<br />

ao Prêmio e a Revista REFERÊNCIA o prêmio concedido.<br />

Desenvolver-se em um cenário de enorme competitividade<br />

como este é um desafio para muitas empresas, tornar-<br />

-se competitivo acredito ser um desafio ainda maior. Durante<br />

os 36 anos da Cia Canoinhas de Papel procuramos<br />

desenvolver ações para sustentabilidade e hoje estamos<br />

aqui colhendo os frutos”, comemorou Amilton Fagundes<br />

da Silva, representante da empresa.<br />

CIPEM (CENTRO DAS INDÚSTRIAS<br />

PRODUTORAS E EXPORTADORAS DE<br />

MADEIRA DO ESTADO DE MATO GROSSO)<br />

Com atuação em um dos maiores Estados produtores<br />

de madeira nativa do país, o Mato Grosso, o Cipem<br />

(MT) fortalece, cada vez mais, a atuação dos sindicatos<br />

patronais de base florestal. Este ano, o Cipem (MT) conquistou<br />

o PRÊMIO REFERÊNCIA ao esclarecer que o setor<br />

florestal não é o vilão no desmatamento da floresta<br />

e ao ressaltar que o manejo florestal é viável e economicamente<br />

sustentável. “Queremos muito agradecer pela<br />

oportunidade de estarmos aqui, neste importante evento.<br />

O Cipem (MT) completa 15 anos e está em 44 municípios,<br />

defendendo a produção e a venda da madeira<br />

nativa ambientalmente correta”, ressaltou o presidente<br />

do Cipem (MT), Rafael José Mason.<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 45


PRÊMIO<br />

COMPANHIA VALE DO ARAGUAIA<br />

Há 14 anos no mercado, a Companhia Vale do Araguaia<br />

oferece para o mercado a madeira teca de qualidade.<br />

Este ano, a Vale do Araguaia se prepara para um novo<br />

marco em sua atuação: a operação de uma unidade de<br />

processamento de madeira, prevista para começar a funcionar<br />

no mês de novembro. Serão produzidas madeiras<br />

serradas, torneados e painéis. A produção mira os mercados<br />

nacional e internacional. “Nós vemos investindo em<br />

muita tecnologia e inovação e queremos muito agradecer<br />

a esse prêmio e esse belíssimo evento porque é um<br />

grande prazer estar aqui com todos vocês”, comentou o<br />

representante Robson Proença.<br />

FNBF (FÓRUM NACIONAL DAS ATIVIDADES DE<br />

BASE FLORESTAL)<br />

Com foco em apresentar para o mundo a sustentabilidade<br />

da atividade de base florestal no Brasil, este ano o<br />

fórum também atuou ativamente para combater a desinformação<br />

e desmistificar a imagem da madeira nativa da<br />

Amazônia, além de incentivar o manejo florestal sustentável.<br />

“Queremos parabenizar a diretoria da Revista RE-<br />

FERÊNCIA, pois para nós, é de grande valia esse prêmio,<br />

estamos muito gratos por nos proporcionar isso. Temos<br />

um planejamento para 2020 focados na indústria 4.0 e<br />

na qualificação dos empresários, entre outras atividades.<br />

Contamos com o apoio de todos vocês”, conclamou o<br />

presidente do fórum, Geraldo Bento.<br />

46 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


GRUPO COMELLI<br />

Destaque no mercado pela qualidade do serviço<br />

que oferece no transporte florestal e agropecuário, o<br />

grupo Comelli investiu mais de R$ 40 milhões na renovação<br />

e na otimização de sua frota. Este ano, o grupo foi<br />

convidado para participar do projeto Líderes do Futuro,<br />

realizado pela Volvo em sua planta na Carolina do Norte,<br />

nos EUA (Estados Unidos da América). “Gostaríamos<br />

de agradecer a esse momento proporcionado pela Revista<br />

REFERÊNCIA, é muito gostoso ser reconhecido e é<br />

muito importante para o nosso trabalho, muito obrigado”,<br />

afirmou o diretor geral do grupo, Felipe Comelli.<br />

MADESONDA MADEIRAS<br />

Com um investimento de R$ 13 milhões em infraestrutura<br />

e equipamentos no último ano, a Madesonda<br />

Madeiras ampliou sua capacidade de produção em mil<br />

metros cúbicos de madeira serrada por mês. A serraria,<br />

com gestão verticalizada, desenvolve todo o processo<br />

produtivo, desde o reflorestamento até o beneficiamento<br />

da madeira. Por conta de tantos investimentos que beneficiam<br />

o setor, a empresa é uma das vencedoras do PRÊ-<br />

MIO REFERÊNCIA <strong>2019</strong>. “É um privilégio para a gente,<br />

nos sentimos honrados em estar neste evento e ganhar<br />

esse prêmio. Somos uma empresa familiar, agradecemos<br />

a cada um de vocês que acreditam e confiam no nosso<br />

trabalho. Agradecemos também a cada um de nossos<br />

colaboradores que nos auxiliam e contribuem para essas<br />

conquistas”, disse o sócio-administrador da Madesonda,<br />

Telmo Ferreira.<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 47


PRÊMIO<br />

MALINSKI CABOS DE MADEIRA<br />

Com produtos exportados para os mercados americano,<br />

canadense e europeu, a Malinski Cabos de Madeira,<br />

empresa industrial catarinense, implantou uma unidade<br />

em Porto Velho (RO), que otimizou a logística de escoamento<br />

de sua produção aos mercados internacionais. A<br />

planta de 74 mil m 2 (metros quadrados) concentra toda<br />

a cadeia produtiva, desde a transformação das toras em<br />

pranchas, que depois de secas, são beneficiadas em cabos<br />

de ferramentas. “Gostaria de homenagear todos os<br />

presentes, vejo com muita alegria essa noite, destacando<br />

o Prêmio REFERÊNCIA e a Revista REFERÊNCIA porque<br />

nós temos que investir sempre mais em informação. Um<br />

dos nossos planos estratégicos para 2020 é trazer para<br />

a unidade de Porto Velho, os estudantes para que possam<br />

conhecer melhor o nosso trabalho e pararmos com<br />

essa ideia de que nós derrubamos árvores. Temos que<br />

desmitificar isso e a informação é fundamental. Parabéns<br />

ao Prêmio e à Revista pela qualidade dessa informação”,<br />

enalteceu o representante Ricardo Stanguerlin.<br />

SINCOL<br />

Há 70 anos no mercado, a Sincol foi uma das empresas<br />

pioneiras no manejo florestal e no reflorestamento.<br />

Seu potencial para a inovação e o acompanhamento do<br />

mercado fizeram com que a empresa também se consolidasse<br />

como uma das principais fabricantes de portas do<br />

Brasil, com reconhecimento internacional. “É um privilégio<br />

muito grande fazer parte da festa do Prêmio, a Revista<br />

REFERÊNCIA é muito importante para nosso setor. A<br />

sustentabilidade sempre foi e é muito importante nessa<br />

nossa trajetória, desde o início. Muito obrigado por essa<br />

homenagem”, agradeceu o diretor da Sincol, Caetano<br />

Balvedi Neto, ao receber o Prêmio REFERÊNCIA <strong>2019</strong>.<br />

48 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Everton Ewald, Gerson Luis Penkal e<br />

Jussara Dallabona<br />

Rafael Nanami, Sergio Amaral Jr., Yuri<br />

Boaventura, Juliano de Abreu e<br />

Fernando do Vale<br />

Rafael Macedo e Larissa Angeli<br />

Rodrigo Fernando Lopes e<br />

Waldemar Vieira Lopes<br />

Robson Proença<br />

Romão Alfredo Hatschbach, Edmilson<br />

Bertolino e Claudio Hatschbach<br />

Leo Carlos Custódio e Renato Lara<br />

Élcio Erasmo Wuicik e<br />

Jéssika Thieny Ferreira<br />

Marcelo Jr. e Camile Bartoski<br />

Denise Mota e Antônio Carlos Pasqualini<br />

Lonard dos Santos<br />

Lucas Comelli e Felipe Comelli<br />

Rodrigo Contesini e Guilherme Rizental<br />

Emília Johan e Danilo Johan<br />

Monica Mason e Rafael Mason<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 49


PRÊMIO<br />

CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Enio Cavales e Irene Lecheta<br />

Siderley Mason e Eloiza Mason<br />

Geraldo Bento e Cleuza Bento<br />

Mario Sérgio de Lima, Gonzalo Lopes e<br />

Robson Lemos<br />

Sirlei de Jesus, Marcos Cunhier, Rodrigo<br />

Grosskopf, Amilton Fagundes, Rogério<br />

Dias e Mônica Mendes<br />

Victor Hugo e Werner Krueger<br />

Fabricio Ruediger<br />

Rafael Knelsen Pereira da Silva e<br />

Natallie Candida Gonçalves Knelsen<br />

Michele Cordeiro, Diego Vieira e<br />

Liliane Cordeiro<br />

Patrick Reydams e Hellen Reydams<br />

Carla Cristina Schittler<br />

Crislaine Briatori, Isabela Alves, Regiane<br />

Caetano, Cassiele Ferreira, Marrie Freitas,<br />

Talita Laurino e Gabriel Ferreira<br />

Yuri Boaventura e Cassiele Ferreira<br />

Tainá Brandão e Jéssika Thieny Ferreira<br />

Toni Casagrande<br />

50 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


Mariane Melo, Cassiele Ferreira e<br />

Cristiane Baduy<br />

Dario Machado, Emília Johan e<br />

Danilo Johan<br />

Telmo Ferreira Bastos e Geovana Sonda<br />

John Moore e Fabiana Tokarski<br />

Eduardo Rechenberg e Joseane Knop<br />

Crislaine Briatori e Cassiele Ferreira<br />

Luciana Leite e Alexandro Silva<br />

Luis Lensen e Susimara Cionek<br />

Ricardo Stanguerlin<br />

Wilson Wuicik<br />

Lina Chiadin Chang e Dahge Chiadin<br />

Change<br />

Geraldo Bento e Rafael Mason<br />

Paula Machado e Olle Melim<br />

Everson Stelle<br />

Fernando do Vale<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 51


PRÊMIO<br />

CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Wilian Kuchla e Willyan Sauerbier<br />

Marrie Freitas e Fabiano Mendes<br />

Susimara Cionek e Luís Iensen<br />

Rafael Nanami<br />

Ronald Tavares, Leandro Santos e<br />

Alessandro Crepaldi<br />

Pablo Mayer<br />

Sérgio do Amaral Jr.<br />

Regiane Caetano, Cassiele Ferreira e<br />

Marrie Freitas<br />

João Leonardo e Vanessa Silva<br />

Agapito Sobrinho e Marcos Batistella<br />

Edson Rosa e Fábio Calomeno<br />

Jessica Thieny Ferreira, Gerson Luis<br />

Penkal e Tainá Brandão<br />

Fábio Bachiega e Sheila Bachiega<br />

Fernando Strobel e Fabio Machado<br />

Ademar Morgan e Janete Morgan<br />

52 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


Simone Meira e José Semmer<br />

Jéssika Thieny Ferreira e Rafael Nanami<br />

Fabio Machado e Dario Machado<br />

Caetano Balvedi<br />

Alexandra Pimentel e Marco Tuoto<br />

A cervejaria Maniacs marcou presença<br />

no evento<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 53


ECONOMIA<br />

RECEITAS<br />

DE VENDAS<br />

DA INDÚSTRIA REGISTRAM<br />

LEVE CRESCIMENTO<br />

Fotos: divulgação<br />

54 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


EM <strong>2019</strong> AUMENTO DA<br />

AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS<br />

E EQUIPAMENTOS FOI DE<br />

13,6%, NA SUA MAIOR PARTE<br />

EM BENS IMPORTADOS<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 55


ECONOMIA<br />

s receitas de vendas da indústria bra-<br />

de máquinas e equipamentos Asileira<br />

registraram leve crescimento no mês<br />

setembro de <strong>2019</strong>. A informação é<br />

da Abimaq (Associação Brasileira de<br />

Máquinas e Equipamentos). Segundo<br />

a Associação, o resultado foi positivo, porém ainda<br />

pequeno: 0.1% em relação a agosto e 2,2% sobre o<br />

mesmo mês de 2018.<br />

O diretor de competitividade da Abimaq, Mario<br />

Bernardini, faz uma análise ao afirmar que esse ano,<br />

ao contrário de 2018, o mercado externo está fraco<br />

com os parceiros em crise e as exportações recuando.<br />

Já o mercado interno manteve um crescimento<br />

importante de 6,2% – em relação a janeiro e setembro<br />

de 2018.<br />

“É no mercado interno que nós vamos crescer.<br />

Por isso, é cada vez mais importante que o governo<br />

tenha sensibilidade para começar a colocar, junto<br />

com o ajuste fiscal, algumas medidas que possam<br />

auxiliar a retomada do crescimento, como o investimento<br />

em infraestrutura, que é a única locomotiva<br />

disponível que temos para voltar a crescer a níveis<br />

decentes”, defende Bernardini.<br />

Para Bernardini, será necessário que o governo<br />

assuma o ônus e o bônus de fazer o Brasil crescer<br />

com investimentos públicos para resolver o problema<br />

de desemprego, de melhoria de renda e satisfação<br />

da sociedade com o novo governo. “Do contrário,<br />

o país não vai sair de um crescimento medíocre<br />

entre 1,8% e 2%”, acredita.<br />

CONSUMO APARENTE<br />

O consumo aparente (produção – exportação +<br />

importação) de máquinas e equipamentos registrou<br />

queda no mês de setembro de <strong>2019</strong> em relação ao<br />

56 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


mês imediatamente anterior (-16,4%), mas crescimento<br />

de 16,8% sobre o mesmo mês de <strong>2019</strong>.<br />

No ano, o aumento da aquisição de máquinas e<br />

equipamentos foi de 13,6%, na sua maior parte em<br />

bens importados. A variação cambial do período<br />

também contribuiu para o aumento do resultado<br />

observado no consumo aparente, via conversão monetária<br />

na importação. Neste caso, o aumento no<br />

resultado anual chegou a 5,4%.<br />

EMPREGO<br />

Após ter reduzido em mais de 90 mil o número<br />

de pessoas empregadas na indústria brasileira de<br />

máquinas e equipamentos, em 2018, o setor retomou<br />

o processo de ampliação e contratou 10 mil<br />

pessoas. Em <strong>2019</strong>, o setor manteve suas contratações<br />

e encerrou o mês de setembro com 307.688<br />

pessoas, equivalente a 6.900 novos postos sobre<br />

dezembro de 2018.<br />

O aumento segue a tendência de criação de<br />

empregos no país. A geração de empregos de carteira<br />

assinada teve saldo positivo de mais de 157 mil<br />

ESTAMOS MANTENDO<br />

A DINÂMICA DE<br />

CRESCIMENTO DESDE O INÍCIO<br />

DO ANO, COM UM INCREMENTO<br />

QUE NÃO É CONCENTRADO<br />

APENAS EM UM SETOR<br />

INDUSTRIAL<br />

SUZUKI JÚNIOR<br />

DESTOPADOR PNEUMÁTICO COM<br />

POSICIONADOR ELETRÔNICO<br />

DEPOIMENTO DE UM CLIENTE SATISFEITO<br />

“Compramos a primeira destopadeira automática Rotteng à<br />

5 anos, com isso conseguimos aumentar a produtividade,<br />

reduzir funcionários, melhorar a qualidade dos cortes,<br />

reduzir desperdício de madeira e com a segurança que a lei<br />

exige. Hoje temos 7 destopadores e 1 com destopo em<br />

ângulo, diminuindo o gasto com manutenção e possuindo<br />

toda a assistência técnica”<br />

Cidnei Roberto Brito<br />

Gerente da Marcenaria<br />

NÃO ARRISQUE OS DEDOS DOS SEUS FUNCIONÁRIOS,<br />

O ROTTSTOP SE ARRISCA POR ELES!<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 57


ECONOMIA<br />

em setembro no país. São 844 novas vagas, 45,3%<br />

maior que o mesmo mês no ano anterior e 36,4%<br />

maior que agosto. Esse é o maior saldo positivo dos<br />

últimos seis anos, segundo dados do Caged (Cadastro<br />

de Empregados e Desempregados), divulgado<br />

mensalmente com informações de admissões e desligamentos<br />

de trabalhadores.<br />

REALIDADE PARANAENSE<br />

O cenário positivo da indústria neste ano colocou<br />

o Paraná em destaque no país. A produção<br />

industrial do Estado foi a maior do Brasil neste ano,<br />

segundo dados divulgados pelo Ibge (Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística). A taxa de crescimento<br />

foi de 6,7% até setembro, o melhor resultado<br />

desde 2011.<br />

A indústria paranaense também registrou variação<br />

positiva em outros indicadores: alta de 7,4% no<br />

comparativo entre os meses de setembro de <strong>2019</strong> e<br />

EM <strong>2019</strong>, O SETOR<br />

MANTEVE SUAS<br />

CONTRATAÇÕES E<br />

ENCERROU O MÊS DE<br />

SETEMBRO COM 307.688<br />

PESSOAS, EQUIVALENTE A<br />

6.900 NOVOS POSTOS SOBRE<br />

DEZEMBRO DE 2018<br />

58 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


do ano passado; crescimento de 5,2% no último ano<br />

e de 1,3% de agosto para setembro deste ano. Os<br />

destaques do Estado foram veículos automotores<br />

(46,7%), produtos de metal (19,3%) e máquinas, aparelhos<br />

e materiais elétricos (11,6%).<br />

Para Júlio Suzuki Júnior, pesquisador do Ipardes<br />

(Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico<br />

e Social), o bom momento do setor industrial do<br />

Paraná é um espelho da confiança do setor empresarial<br />

nas políticas de desenvolvimento do Estado.<br />

“Estamos mantendo a dinâmica de crescimento<br />

desde o início do ano, com um incremento que<br />

não é concentrado apenas em um setor industrial”,<br />

compara Suzuki Júnior.<br />

O crescimento da indústria refletiu-se no PIB<br />

(Produto Interno Bruto) do Paraná. O PIB do Estado<br />

cresceu 1,05% no segundo trimestre de <strong>2019</strong>, em<br />

comparação com os três primeiros meses do ano,<br />

segundo o Ipardes. A taxa de crescimento é a maior<br />

registrada nos últimos dois anos.<br />

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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 59


SUSTENTABILIDADE<br />

PROJETO EM<br />

WOOD FRAME<br />

É RECONHECIDO PELA<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

60 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


CONCEITO DE<br />

CONSTRUÇÃO SOMA<br />

A SUSTENTABILIDADE<br />

DO USO DA MADEIRA<br />

COM A CAPACIDADE DE<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO<br />

Fotos: divulgação<br />

O<br />

projeto de estrutura em wood frame e<br />

de telhado em madeira desenvolvidos<br />

pela Stamade para o Residencial Park<br />

Pinhais, localizado na cidade de Pinhais<br />

(PR), recebeu menção honrosa de sustentabilidade<br />

no Prêmio Talento Engenharia Estrutural<br />

<strong>2019</strong>. A premiação é uma iniciativa da Gerdau e da<br />

Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria<br />

Estrutural) com o objetivo de reconhecer os profissionais<br />

ou empresas que desenvolvem projetos de<br />

destaque na engenharia de estruturas.<br />

Como a composição principal dos painéis utilizados<br />

na obra é a madeira de pinus, as construções representam<br />

uma inversão na emissão de gases de efeito<br />

estufa, uma vez que a produção da madeira sequestra<br />

carbono ao invés de emitir. Além disso, a madeira é<br />

um material de construção renovável, que pode ser<br />

plantado e após sua colheita uma nova árvore pode ser<br />

plantada em substituição para ser colhida em alguns<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 61


SUSTENTABILIDADE<br />

COMO A COMPOSIÇÃO<br />

PRINCIPAL DOS<br />

PAINÉIS UTILIZADOS NA OBRA É<br />

A MADEIRA DE PINUS, AS<br />

CONSTRUÇÕES REPRESENTAM<br />

UMA INVERSÃO NA EMISSÃO DE<br />

GASES DE EFEITO ESTUFA<br />

anos, indefinidamente, contando como principal fonte<br />

de energia para sua produção a energia solar.<br />

Soma-se ainda o fato da fabricação das estruturas e<br />

preparação das instalações elétricas e hidráulicas acontecerem<br />

em um ambiente fabril, eliminando etapas<br />

durante a montagem in loco e reduzindo significativamente<br />

a produção de resíduos.<br />

A premiação coincide com a finalização do texto<br />

do projeto de norma para o sistema construtivo<br />

wood frame, aprovado por consenso na Comissão de<br />

Estudos da Abnt (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas) que trata do assunto, e que agora segue para<br />

consulta pública.<br />

PROJETO<br />

O projeto estrutural foi desenvolvido para as três<br />

primeiras torres de quatro pavimentos construídos no<br />

Brasil com estrutura em wood frame. O empreendimento<br />

é composto por uma torre com 14 apartamentos<br />

por andar e duas torres com 10 apartamentos por<br />

andar, totalizando 136 apartamentos, em um total de<br />

7.534 m² (metros quadrados) de área construída.<br />

De acordo com o engenheiro Guilherme Stamato,<br />

o projeto do edifício teve como princípio a utilização<br />

de painéis industrializados de wood frame para as paredes,<br />

os entrepisos e para a estrutura de cobertura.<br />

“O dimensionamento dessas estruturas consiste na<br />

62 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


quantificação dos esforços de gravidade e acidentais,<br />

em especial os esforços de vento, que representam<br />

nível de solicitação significativa nesse tipo de estrutura,<br />

cujo peso final está entre um terço e metade de uma<br />

estrutura de concreto ou alvenaria”, destaca o especialista.<br />

As cargas verticais de gravidade são recebidas e<br />

suportadas por vigas de pinus que vencem os vãos<br />

entre paredes. “Essa carga é descarregada nos painéis<br />

de parede, cuja resistência é dada pelos elementos de<br />

madeira que formam os painéis de parede, que tem<br />

como travamento as chapas de OSB. Para os esforços<br />

horizontais, os painéis de parede, de piso e de cobertura<br />

se comportam como painéis rígidos em seus<br />

planos, e devem ter suas configurações dimensionadas<br />

para tal, recebendo os esforços horizontais e transmitindo<br />

às fundações ou ao piso inferior pela compressão<br />

ou por equipamentos de ancoragem que conferem<br />

resistência à tração e ao cisalhamento”, explica.<br />

O sistema construtivo em wood frame utilizado<br />

nessa obra é composto por madeira de pinus tratada<br />

e travado com chapas de OSB pregadas em ambas<br />

as faces das paredes. “Essa composição proporciona<br />

grande rigidez ao painel, além de contribuir significativamente<br />

para o desempenho da edificação no que<br />

se refere a conforto térmico e acústico. A resistência<br />

ao fogo é atendida com a utilização de camadas de<br />

drywall adequadas para o tipo de habitação em questão”,<br />

revela Stamato.<br />

Já a estrutura de cobertura foi dividida em dois<br />

tipos, sendo um representando as extremidades do<br />

telhado, compondo um bloco de três águas, que teve<br />

seus componentes treliçados pré-fabricados. O módulo<br />

todo, com 110 m², foi montado no solo e içado ao<br />

topo da edificação. A região central da cobertura foi<br />

desenvolvida em vigas de banzos paralelos posicionadas<br />

e posteriormente receberam painéis planos de<br />

cobertura compondo as águas dos telhados.<br />

Ainda considerado inovador no Brasil, esse conceito<br />

de construção soma a sustentabilidade do uso da<br />

madeira com a capacidade de industrialização que o<br />

sistema desenvolveu. Com isso, a participação dessas<br />

construções no mercado tem crescido muito em diversos<br />

países do mundo, em especial na Europa, onde a<br />

busca pelo melhor desempenho tem sido o maior objetivo<br />

da construção civil.<br />

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Laminação até rolete final muito pequeno<br />

Recursos de controle e automação avançados<br />

Alta qualidade de lâmina e precisão de espessura<br />

Adequada para processamento de toras de pequeno diâmetro<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 63


MADEIRA TRATADA<br />

PONTE<br />

ECOLÓGICA<br />

Fotos: divulgação<br />

PREFEITURA RESPEITA DNA DE<br />

CIDADE-MODELO E REALIZA<br />

OBRAS COM MADEIRA<br />

N<br />

ão é de hoje que Curitiba (PR) possui<br />

a fama de cidade ecológica e amiga<br />

do meio-ambiente: nos anos 1990,<br />

com seus diversos programas de reciclagens<br />

e de incentivo a parques e<br />

áreas verdes, a capital dos paranaenses saiu na frente<br />

no quesito sustentabilidade antes que o assunto<br />

entrasse em pauta em todo o país.<br />

Três décadas depois, o legado continua, mas<br />

desta vez em obras públicas espalhadas pela região<br />

central e na periferia curitibana. Ao todo, o<br />

município possui cinquenta e duas pontes de madeira,<br />

além de duzentas e cinquenta passarelas que<br />

utilizam esse material como pedra angular desses<br />

módulos.<br />

A mais recente iniciativa está em processo de<br />

construção, no tradicional bairro de Santa Felicidade,<br />

colonizado por imigrantes italianos. A ponte, realizada<br />

pelo Departamento de Pontes e Drenagem<br />

da Secretaria de Obras Públicas, é a 11ª feita apenas<br />

neste ano em Curitiba. Ela ficará na Rua Coronel<br />

Carlos Vieira de Camargo, próxima da Subtenente<br />

Antônio Pinto Portugal, sobre o Rio Cascatinha.<br />

64 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


NOVEMBRO <strong>2019</strong> 65


MADEIRA TRATADA<br />

A construção terá sete metros de extensão e seis<br />

metros de largura. Antes do início dos trabalhos,<br />

por segurança, a antiga estrutura ficou bloqueada<br />

por algumas semanas, pois estava comprometida.<br />

Foram selecionadas peças de eucalipto tratado para<br />

a estrutura, com o objetivo de garantir a durabilidade<br />

e a segurança da travessia, que deverá facilitar a<br />

vida de moradores da região. O valor da obra não<br />

foi divulgado pela prefeitura.<br />

“É uma antiga demanda da população e realizamos<br />

prontamente. Pontes de madeira, além de não<br />

agredirem o meio ambiente, não custam tanto aos<br />

cofres públicos. Todos ganham quando a prefeitura<br />

pensa na população e em seu bem-estar”, ressaltou<br />

o secretário de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues.<br />

A auxiliar administrativa Caroline Mayer mora<br />

há 21 anos na região e diz que a antiga estrutura de<br />

madeira estava perigosa, a mesma opinião da dona<br />

de casa Josemara Sá, que mora em frente à ponte<br />

há dois anos. “Pedíamos aos órgãos públicos há<br />

cerca de cinco anos, mas nunca foi realizado nada.<br />

Essa gestão resolveu o problema e daqui algumas<br />

semanas teremos uma nova passagem que ajudará<br />

muitas pessoas que passam por essa região todos<br />

FORAM SELECIONADAS<br />

PEÇAS DE EUCALIPTO<br />

TRATADO PARA A ESTRUTURA,<br />

COM O OBJETIVO DE GARANTIR<br />

A DURABILIDADE E A<br />

SEGURANÇA<br />

66 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


QUALIDADE E EFICIÊNCIA<br />

os dias”, destacou Carolina Mayer.<br />

Josemara conta que muita gente utiliza o trecho<br />

que faz a ligação entre os bairros São João e Santa<br />

Felicidade. “Diversas vans que levam os alunos para<br />

a escola passam por este caminho, então ajudará<br />

pessoas de todas as idades”, relata.<br />

INVESTIMENTOS<br />

A 12ª ponte deverá ser concluída em dezembro<br />

e fica na Rua Embaixador Hipólito de Araújo, próximo<br />

à Rua Chile, sobre o Rio Belém, no Prado Velho.<br />

Lá, devido às características do local, a base está<br />

sendo feita em concreto e a ponte será de madeira.<br />

Além das pontes de madeira construídas ao<br />

longo do ano, a Secretaria de Obras implantou uma<br />

nova ponte em substituição a uma passarela na Rua<br />

Esperandio Domingos Foggiato, antiga Rua das<br />

Palmeiras, também no Prado Velho. Foi feita ainda a<br />

manutenção de 15 pontes de madeira da cidade.<br />

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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 67


ARTIGO<br />

AVALIAÇÃO<br />

DE VIGAS DE MADEIRA<br />

LAMINADA COLADA DE<br />

CEDRINHO<br />

Foto: divulgação<br />

PEDRO GUTEMBERG DE ALCÂNTARA SEGUNDINHO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

ANDRÉ LUIZ ZANGIÁCOMO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS<br />

MARCELO RODRIGO CARREIRA<br />

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ<br />

FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

68 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


RESUMO<br />

AMLC (Madeira Laminada Colada) é produzida<br />

a partir da colagem de peças<br />

de madeira. No Brasil, o emprego da<br />

madeira de espécies nativas para produzir<br />

elementos estruturais de MLC não<br />

ocorre em condições tecnológicas satisfatórias, sendo<br />

dificultado por não serem totalmente conhecidas as<br />

suas propriedades e seu desempenho em diferentes<br />

condições de serviço. Neste estudo, objetivou-se determinar<br />

e relacionar o E Mvt<br />

(Módulo de Elasticidade<br />

Dinâmico) com o E M<br />

(Módulo de Elasticidade Estático),<br />

o f M<br />

(Módulo de Ruptura), a σ cp<br />

(Resistência à Compressão)<br />

e o E cp<br />

(Módulo de Elasticidade Paralelo),<br />

e avaliar o desempenho da espécie nativa Cedrinho<br />

(Erisma uncinatum Warm.) na construção de vigas de<br />

MLC. As vigas de MLC foram produzidas com peças de<br />

madeira classificadas, coladas por adesivos à base de<br />

RFF (Resorcina Fenol Formaldeído) e PUR (Poliuretano),<br />

com intensidades de pressão de 0,8 MPa e 1,2 MPa e<br />

distribuições aleatórias e não aleatórias das lâminas. A<br />

avaliação dessas vigas de MLC também foi realizada<br />

por meio de corpos de prova de compressão paralela<br />

às linhas de cola e de delaminação. Verificou-se que o<br />

E Mvt<br />

obtido por meio de ensaios dinâmicos de vibração<br />

transversal apresentou um coeficiente de correlação<br />

com o E M<br />

obtido no ensaio de flexão estática (R 2 =<br />

0,86) e significativo ao nível de 1% de probabilidade (P<br />

< 0,01). Dessa forma, pode-se concluir que o E Mvt<br />

é um<br />

bom estimador do E M<br />

. Constatou-se que essa espécie<br />

de madeira pode ser utilizada em MLC e encontra-se<br />

na classe de resistência C30 das folhosas.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O emprego estrutural da madeira de espécies nativas<br />

do Brasil, proveniente de florestas certificadas, nem<br />

sempre ocorre em condições tecnológicas satisfatórias,<br />

apesar de sua versatilidade e de sua disponibilidade.<br />

Mesmo com esses aspectos favoráveis, seu uso é, às<br />

vezes, dificultado por não serem cabalmente conhecidas<br />

suas propriedades mecânicas e seu desempenho<br />

em diferentes condições de serviço. Conforme IPT<br />

(Instituto de Pesquisas Tecnológicas) do Estado de<br />

São Paulo - (2009), a utilização das florestas naturais<br />

ou plantadas, por meio de Projeto de Manejo Florestal<br />

aprovado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), configura<br />

a forma correta de utilizar estes recursos naturais,<br />

porque parte do princípio de sustentabilidade, isto é,<br />

permite a recomposição da floresta de uma determinada<br />

área, viabilizando-a econômica, social e ambientalmente.<br />

A MLC é uma opção de uso, por se tratar de produto<br />

obtido pela associação de peças da madeira (lâminas)<br />

que requer precisão de fabricação em todos os<br />

seus estágios. As lâminas, unidas por colagem, ficam<br />

dispostas de modo que suas fibras estejam paralelas<br />

entre si (Bodig; Jayne, 1993) e formem um componente<br />

estrutural. Tais lâminas de madeira são selecionadas,<br />

coladas com adesivo à prova d’água, sob pressão<br />

variável de 0,7 a 1,5 MPa. Estas atingem até 5 cm de<br />

espessura e podem ser emendadas por juntas em bisel<br />

ou dentadas, nas situações em que é necessário vencer<br />

grandes vãos (Pfeil; Pfeil, 2003). O aproveitamento<br />

proporcionado pela união de peças de pequenas dimensões<br />

para laminação de vigas estruturais é a maior<br />

vantagem da MLC. Portanto, trata-se de forma racional<br />

de emprego da madeira na construção de estruturas.<br />

A MLC tem seus usos mais frequentes em estruturas<br />

de cobertura, elementos estruturais principais para<br />

pontes, torres de transmissão, edifícios, embarcações,<br />

entre outros. Isso se deve ao fato de adaptar-se a uma<br />

significativa variedade de formas e apresentar alta resistência<br />

a solicitações mecânicas, em função de seu<br />

peso próprio relativamente baixo (Zangiácomo; Lahr,<br />

2007). Como uma das vantagens, permite a redução<br />

dos defeitos observados em peças de madeira maciça<br />

com grandes dimensões.<br />

Segundo as prescrições da NBR 7190, da Abnt<br />

(Associação Brasileira de Normas Técnicas) - 1997, as<br />

espécies mais aconselhadas para o emprego em MLC<br />

tem valor de referência de densidade até 0,75 g/cm 3<br />

(gramas por centímetro cúbico). Portanto, algumas<br />

folhosas de baixa densidade podem ser consideradas<br />

para a aplicação em MLC, quando facilmente coláveis,<br />

uma vez que um estudo de Plaster et al. (2008), sobre o<br />

comportamento de juntas coladas da madeira serrada<br />

de Eucalipto sp., chegou a conclusão de que a densidade<br />

influenciou a adesão das juntas. Cabe mencionar<br />

os trabalhos correlatos de Teles et al. (2010), que confeccionaram<br />

vigas de MLC a partir de Louro-Vermelho<br />

(Sextonia rubra), de Terezo e Szücs (2010), que analisaram<br />

o desempenho de vigas de MLC fabricadas de<br />

Paricá (Schizolobium Amazonicum Huber ex. Ducke)<br />

obtido de floresta plantada, e de Cunha e Matos (2011)<br />

que avaliaram a rigidez de vigas estruturais de MLC<br />

coladas por meio de adesivo poliuretano.<br />

A espécie utilizada neste trabalho foi o Cedrinho<br />

(Erisma Uncinatum Warm.) que, em estudo prévio,<br />

apresentou os melhores resultados em relação a outras<br />

essências nativas para uso na fabricação de MLC<br />

(Zangiácomo; Lahr, 2007), uma vez que, obteve-se<br />

densidade igual a 0,62 g/cm 3 , indicada para a produção<br />

de MLC, e compatibilidade com os adesivos. Vale<br />

ressaltar que, tão importante quanto à densidade, é a<br />

permeabilidade da espécie em relação aos adesivos<br />

disponíveis para a produção de MLC. De acordo com<br />

IPT (2009), a espécie nativa Cedrinho (Erisma uncinatum<br />

Warm.) é árvore da família Vochysiaceae e ocorre<br />

em toda a região amazônica, em especial no Estado<br />

do Amazonas. Apresenta permeabilidade que permite<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 69


ARTIGO<br />

o tratamento do cerne e do alburno moderadamente<br />

fáceis de preservar em processos sob pressão e também<br />

é conhecida com outros nomes populares como<br />

bruteiro, cambará, cambará-rosa etc.<br />

Neste estudo, objetivou-se determinar e relacionar<br />

o E Mvt<br />

com o E M<br />

, o f M<br />

, a σ cp<br />

e o E cp<br />

, e avaliar o desempenho<br />

da espécie nativa Cedrinho (Erisma uncinatum<br />

Warm.) na construção de vigas de MLC produzidas a<br />

partir de lâminas sem emendas longitudinais.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

2.1 Processo de confecção das vigas estruturais<br />

Para a confecção das vigas de MLC de dimensões<br />

nominais 6 cm x 12 cm x 300 cm (centímetos), foram<br />

utilizadas peças de madeira nativa da espécie Cedrinho<br />

(Erisma uncinatum Warm.), provenientes de floresta<br />

tropical certificada. Foram adquiridas tábuas de<br />

seção com dimensões nominais de 20 mm x 300 mm<br />

(milímetros) e comprimentos que variaram entre 4 mil<br />

e 6 mil mm, no comércio madeireiro da região. Essas<br />

tábuas foram serradas em lâminas de dimensões nominais<br />

de 20 mm x 60 mm x 3 mil mm, totalizando 116<br />

lâminas sem emendas longitudinais. Na confecção das<br />

vigas de MLC, foram utilizadas 96 lâminas de madeira<br />

nativa serrada com teor médio de umidade igual a 12<br />

%. Na colagem das lâminas face a face, foram utilizados<br />

os adesivos bicomponentes RFF e PUR, sendo o<br />

primeiro conhecido pelo nome comercial de Cascophen<br />

e usual na produção de elementos estruturais<br />

de MLC, na indústria, e o segundo de cura a frio com<br />

tempo de utilização igual a 20 minutos e extraído à<br />

base da resina de mamona, desenvolvido e produzido<br />

por pesquisadores do Iqsc-USP (Instituto de Química<br />

de São Carlos da Universidade de São Paulo).<br />

Após a classificação visual, feita para a retirada das<br />

peças com defeitos, e mecânica para determinação<br />

dos E M<br />

das lâminas, por ensaios de flexão estática,<br />

estas foram agrupadas em ordem decrescente de E M<br />

e separadas em dois lotes: um para montagem de 8<br />

vigas com distribuição não aleatória de lâminas (NA),<br />

onde as lâminas com E M<br />

mais elevados foram dispostas<br />

nas regiões mais solicitadas da peça, e as de E M<br />

mais<br />

baixos foram colocadas nas regiões de menor solicitação;<br />

o outro para montagem de 8 vigas com distribuição<br />

aleatória (A) das lâminas, sem levar em conta a<br />

disposição do E M<br />

nas regiões mais e menos solicitadas<br />

da peça. Cada elemento estrutural foi formado por 6<br />

lâminas sobrepostas, totalizando 16 vigas de MLC.<br />

O consumo de adesivo foi de 450 g/m 2 (gramas por<br />

metro quadrado) para RFF e de 350 g/m 2 para PUR.<br />

Na união das lâminas, 8 vigas foram coladas com RFF,<br />

sendo 4 com intensidade de pressão igual a 0,8 MPa<br />

e 4 com intensidade de pressão 1,2 MPa; as outras 8,<br />

juntas em grupo de 4, foram coladas com PUR, com as<br />

mesmas intensidades de pressão. O tempo de aplicação<br />

de pressão foi de 10h (horas) para ambos os adesivos.<br />

O tempo de cura das peças coladas foi de, no<br />

mínimo, 10 horas para o adesivo RFF e de 4 dias para<br />

o adesivo PUR. Após o período de cura, as vigas foram<br />

aparelhadas para ensaio.<br />

2.2 Ensaio de flexão estática<br />

Para a obtenção dos valores de E M<br />

e f M<br />

foi feito o<br />

ensaio de flexão estática, conforme a norma Astm D<br />

198, da Astm (American Society for Testing and Materials)<br />

- 1997, com a configuração de viga simplesmente<br />

apoiada e carga concentrada na metade do vão livre.<br />

As vigas foram flexionadas em relação ao eixo de<br />

maior inércia.<br />

As vigas foram apoiadas sobre roletes metálicos e,<br />

na metade do seu comprimento, aplicou-se força (P)<br />

até o deslocamento vertical (δ), no centro, atingir 14,1<br />

mm, estabelecido em função da flecha máxima (L/200)<br />

indicada pela NBR 7190, da Abnt (1997). Tal medida se<br />

fez com relógio comparador de resolução 0,01 mm e<br />

curso de 50 mm.<br />

Como a relação L/h (vão/altura) das vigas de MLC<br />

foi aproximadamente igual a 25, E M<br />

e f M<br />

foram calculados<br />

empregando-se as equações 1 e 2, respectivamente.<br />

O E M<br />

foi calculado com base em um ponto do trecho<br />

linear do diagrama P x δ, deslocamento vertical (δ)<br />

igual a 14,1 mm, e o f M<br />

foi calculado com base na força<br />

máxima de ruptura Prup das vigas de MLC, aplicada<br />

durante o ensaio de flexão estática, ambos conforme<br />

Astm D 198, da Astm (1997).<br />

Sendo: E M<br />

o MPa (Módulo de Elasticidade); f M<br />

o<br />

MPa (Módulo de Ruptura); P a força aplicada (N); P rup<br />

a<br />

carga de ruptura (N); a distância entre apoios (mm); δ<br />

o deslocamento vertical devido à força aplicada (mm);<br />

b a largura da viga (mm) e h a altura da viga (mm).<br />

E<br />

P l 3<br />

M<br />

=<br />

4 d b h 3<br />

1 2<br />

3 P<br />

f rup<br />

l<br />

M<br />

=<br />

2<br />

2 b h<br />

70 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


3<br />

2.3 Ensaio de vibração transversal<br />

Experiências de Carreira et al. (2012) e Chui (1999)<br />

revelaram que o arranjo de ensaio mais confiável para<br />

caracterização das propriedades mecânicas de uma<br />

viga, por meio de ensaio de vibração transversal, é<br />

adotar a condição de contorno livre-livre. Os autores<br />

citados descrevem detalhes do procedimento deste<br />

ensaio em vigas de madeira serrada.<br />

O procedimento utilizado para obter o E Mvt<br />

, por<br />

meio de ensaio de vibração transversal de uma viga<br />

estrutural, foi determinar a primeira frequência natural<br />

do primeiro modo de vibrar na condição de contorno<br />

livre-livre, em seguida medir a massa e as dimensões.<br />

A partir da equação de movimento de Timoshenko<br />

(1938), obteve-se a equação 3 para calcular o E Mvt<br />

.<br />

Sendo: E Mvt<br />

o MPa; f 1<br />

a frequência do primeiro<br />

modo de vibrar (Hz); m a massa da viga (kg); L o comprimento<br />

da viga (mm); b a largura da viga (mm) e h a<br />

altura da viga (mm).<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Nos resultados, apresentam-se as resistências<br />

médias das trações (paralela e normal) às fibras e do<br />

cisalhamento paralelo às fibras para madeira Cedrinho<br />

(Erisma uncinatum Warm.). Os resultados apresentados<br />

são referentes à madeira maciça e, quando coladas,<br />

com os adesivos RFF e PUR. Tais valores foram obtidos<br />

por Zangiácomo e Lahr (2007) quando da realização<br />

de ensaios preliminares para buscar da espécie nativa<br />

alternativas dentre Envira Branca (Xylopia sp), Cambará<br />

(Moquinia polymorpha) e Castanheira (Bertholetia<br />

excelsa), a que melhor se adequava no emprego para<br />

produção de elementos estruturais de MLC.<br />

Verifica-se que a resistência ao cisalhamento da<br />

madeira maciça foi apenas 2,9% superior ao cisalhamento<br />

da linha de cola para ambos os adesivos, (RFF)<br />

e (PUR), que foram utilizados na fabricação das vigas<br />

de MLC. Essa baixa diferença, levando-se em conta<br />

dois adesivos distintos, indica uma adesão eficiente<br />

nas vigas de MLC produzidas a partir da madeira tropical<br />

Cedrinho (Erisma uncinatum Warm.) e a densidade<br />

abaixo de 0,75 kg/m 3 é um dos fatores responsáveis<br />

que contribuem para essa eficiência, pois conforme<br />

Plaster et al. (2008) a densidade abaixo de 0,70 kg/m 3<br />

havia influenciado a adesão das juntas na madeira serrada<br />

de Eucalipto sp.<br />

94,644 10 -5<br />

f 2<br />

E 1<br />

l 3<br />

Mvt<br />

=<br />

b h 3<br />

O CEDRINHO<br />

APRESENTA<br />

PERMEABILIDADE QUE PERMITE<br />

O TRATAMENTO DO CERNE E DO<br />

ALBURNO MODERADAMENTE<br />

FÁCEIS DE PRESERVAR EM<br />

PROCESSOS SOB PRESSÃO<br />

CONCLUSÕES<br />

Constatou-se, na presente pesquisa, que as rupturas<br />

de todas as vigas de MLC ocorreram por tração no<br />

ensaio de flexão estática.<br />

O E Mvt<br />

apresentou relação funcional com E M<br />

, com<br />

valor de R 2 , próximo de 1,0 e correlação significativa.<br />

Entretanto, observou-se que não existiu regressão<br />

entre f M<br />

x E Mvt<br />

, não sendo possível ajustar uma equação<br />

adequada para representar a relação entre essas<br />

duas variáveis. Embora tenha sido possível ajustar as<br />

duas equações para expressar a relação entre E cp<br />

x<br />

E Mvt<br />

e σ cp<br />

x E Mvt<br />

e foram obtidos valores de R 2 distantes<br />

de 1,0 que apresentam correlação significativa e não<br />

significativa, respectivamente. Assim sendo, pode-se<br />

afirmar que o E Mvt<br />

é um bom estimador do E M<br />

, porém<br />

recomenda-se que não deve ser utilizado para fazer<br />

estimativas do Ecp e σ cp<br />

.<br />

A partir dos resultados dos ensaios dos corpos<br />

de prova de compressão paralela, observou-se que a<br />

resistência média σ cp<br />

das vigas de MLC ficou próxima<br />

daquela citada para a madeira serrada dessa espécie,<br />

conforme IPT (2009). O módulo de elasticidade E cp<br />

corresponde<br />

aproximadamente a 83,7% do E M<br />

, indicando<br />

uma relação próxima daquela recomendada na NBR<br />

7190, da Abnt (1997), para madeiras serradas. O adesivo<br />

PUR teve melhor desempenho no ensaio de delaminação<br />

do que o adesivo RFF, conforme observado nos<br />

resultados. A delaminação ficou 2,76 vezes menor em<br />

média, isto é, 3,97 % para 90 linhas de PUR e 10,94 %<br />

para 73 linhas de RFF.<br />

A espécie de madeira tropical Cedrinho (Erisma<br />

uncinatum Warm.) pode ser utilizada na fabricação de<br />

vigas de MLC, tomando as condições necessárias na<br />

produção, conforme prescrita nas normas internacionais<br />

que tratam desse tema. A propriedade mecânica<br />

de compressão paralela às fibras σ cp<br />

obtidas em corpos<br />

de prova estruturais, permite classificar a espécie de<br />

madeira tropical Cedrinho (Erisma uncinatum Warm.)<br />

na classe de resistência C30 das folhosas segundo a<br />

NBR 7190, da Abnt (1997).<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong> 71


AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2019</strong>/2020<br />

DEZEMBRO<br />

3 A 6<br />

CAIRO WOODSHOW<br />

<strong>2019</strong><br />

CAIRO (EGITO)<br />

WWW.CAIROWOODSHOW.COM<br />

DEZEMBRO<br />

3 A 6<br />

WOODEX <strong>2019</strong><br />

MOSCOU (RÚSSIA)<br />

WWW.WOODEXPO.RU<br />

FEVEREIRO<br />

4 A 6<br />

ZOW FAIR<br />

HANNOVER (ALEMANHA)<br />

WWW.ZOW.DE/ZOW/INDEX.PHP<br />

FEVEREIRO<br />

4 A 7<br />

EUROBOIS<br />

LYON (FRANÇA)<br />

WWW.EUROBOIS.NET/<br />

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16 A 19<br />

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14 A 16<br />

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72 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


A Codornada Florestal está<br />

de volta em sua 13ª Edição!<br />

O evento promove o ponto de encontro do<br />

setor florestal, através de um jantar voltado<br />

às empresas e profissionais do setor de base:<br />

madeireira, florestal e de celulose.<br />

04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />

Ponte Alta do Norte - SC<br />

1º DIA<br />

04/12<br />

DIA DE CAMPO<br />

2º DIA<br />

05/12<br />

MANHÃ - SEMINÁRIO<br />

TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />

NOITE - JANTAR<br />

AÇÃO SOCIAL<br />

Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />

Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />

(uma para menino/outro para menina)<br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

NOVA<br />

CHANCE<br />

O<br />

s contribuintes foram surpreendidos com<br />

uma nova chance de quitar suas contas<br />

com o Fisco: a Medida Provisória 899/19<br />

prevê a possibilidade de parcelamentos<br />

de tributos federais junto à União. Trata-se<br />

da “MP do Contribuinte Legal”.<br />

Essa possibilidade ainda depende de regulamentação<br />

e mais esclarecimentos práticos da sua adesão, mas<br />

é uma boa opção, dada a ausência de mecanismos que<br />

permitam alternativas para negociar os débitos de difícil<br />

recuperação. São duas modalidades: uma para débitos<br />

que estão em dívida ativa, ou seja, já são devidos pelo<br />

contribuinte, seja pessoa física e jurídica nesta situação e<br />

inadimplentes perante o governo federal.<br />

Outra modalidade é para casos de contenciosos<br />

tributários. O Fisco deverá, por edital (modalidade por<br />

adesão), prever as teses abrangidas e as condições para<br />

adesão. Essa modalidade pode encerrar centenas de<br />

milhares de processos, envolvendo um montante superior<br />

a R$ 600 bilhões no Carf (Conselho Administrativo<br />

de Recursos Fiscais) e R$ 40 bilhões garantidos por seguro<br />

e caução.<br />

As reduções, em ambas as modalidades, podem<br />

chegar a 70%. Mas seria essa uma boa opção para o<br />

contribuinte? E para o governo, isso seria sustentável?<br />

Entendo que sim, mas com ressalvas. A primeira justificativa<br />

se dá pelo fato da insegurança jurídica vivida<br />

pelas empresas brasileiras. Estudos do Ibpt (Instituto<br />

Brasileiro de Planejamento e Tributação) apontam que<br />

em nosso país são editadas cerca de 46 normas tributárias<br />

por dia útil. São mais de 60 tributos diferentes.<br />

A ENTRADA DE RECURSOS<br />

ADICIONAIS NO CAIXA DO<br />

GOVERNO PODE FAZER O PODER<br />

EXECUTIVO EVITAR NOVOS<br />

CONTINGENCIAMENTOS DE<br />

RECURSOS, COMO TEM OCORRIDO<br />

ULTIMAMENTE<br />

POR<br />

MARCO AURÉLIO<br />

PITTA<br />

PROFISSIONAL DA<br />

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CONTÁBIL E DE<br />

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(UNIVERSIDADE POSITIVO)<br />

Segundo o Banco Mundial (2017), o Brasil é o país no<br />

qual as empresas mais gastam horas para poder atender<br />

a todas as exigências tributárias. São mais de 1.958 horas<br />

por ano, em média. A segunda justificativa leva em<br />

consideração o cenário de déficit fiscal vivido pelo Brasil<br />

há vários anos. O baixo crescimento da economia brasileira<br />

e a dificuldade de se aprovar reformas justificam<br />

a preocupação. A previsão de superávit fiscal, segundo<br />

o FMI (Fundo Monetário Internacional), só deve ocorrer<br />

em meados de 2022.<br />

Por isso, a entrada de recursos adicionais no caixa<br />

do Governo pode fazer o poder executivo evitar novos<br />

contingenciamentos de recursos, como tem ocorrido<br />

ultimamente. Segundo o Ministério da Economia, esse<br />

programa pode alcançar 1,9 milhão de devedores, cujos<br />

débitos superam R$ 1,4 trilhão. Por último, podemos citar<br />

um maior critério para concessão de parcelamentos.<br />

Diferente dos antigos “Refis”, essa MP concederá<br />

benefícios fiscais apenas nos casos de comprovada<br />

necessidade e mediante avaliação individual da capacidade<br />

contributiva. Esse parece ser um novo paradigma<br />

no relacionamento fisco e contribuinte, baseado na cooperação<br />

e soluções consensuais de litígios, com redução<br />

de custos.<br />

Temos uma cultura em nosso país de oferecer muitos<br />

refinanciamentos para os contribuintes. Muitas vezes, organizações<br />

acabam priorizando pagar funcionários e fornecedores<br />

e deixar para pagar os tributos por último – o<br />

que não se mostra uma prática sustentável e acaba sendo,<br />

muitas vezes, injusta para os bons pagadores. Mas,<br />

independentemente disso, não oferecer uma “segunda<br />

chance” para o contribuinte parece ser radical demais.<br />

Foto: divulgação<br />

74 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>


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