*Novembro/2019 - Referência Industrial 213
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ECONOMIA - Vendas da indústria registram crescimento e aquisição de máquinas supera 13%<br />
EFICIÊNCIA<br />
E PRECISÃO<br />
TECNOLOGIA EM<br />
CARRO PORTA TORA<br />
AUMENTA PRODUTIVIDADE<br />
EFFICIENCY AND<br />
ACCURACY<br />
LOG CARRIAGE TECHNOLOGY<br />
INCREASES PRODUCTIVITY
a garantia e o<br />
conceito de qualidade<br />
da plaina moldureira<br />
no brasil!<br />
Plaina moldureira<br />
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INDUSTRIAL<br />
60<br />
<strong>2019</strong><br />
28<br />
42<br />
SUMÁRIO<br />
36<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Alca Máquinas 02<br />
Codornada Florestal 73<br />
Contraco 67<br />
DRV Ferramentas 19<br />
Engecass 27<br />
Fezer 63<br />
Formóbile 25<br />
H Bremer 09<br />
Linck 15<br />
Máquinas Águia 75<br />
Mendes Máquinas 07<br />
Metalcava 41<br />
Mill Indústrias 21<br />
Mill Indústrias 53<br />
Mill Indústrias 76<br />
MSM Química 11<br />
Omil 39<br />
Rotteng 57<br />
Siempelkamp 05<br />
Unesa 59<br />
Vantec 17<br />
SUMÁRIO<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
18 Aplicação<br />
20 Frases<br />
22 Entrevista<br />
28 Principal Liderança no mercado<br />
34 Construção Civil<br />
36 Marcenaria<br />
42 Especial Prêmio REFERÊNCIA<br />
54 Economia<br />
60 Sustentabilidade<br />
64 Madeira Tratada<br />
68 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 03
EDITORIAL<br />
ESCALADA<br />
PARA O<br />
CRESCIMENTO<br />
O<br />
governo federal prevê crescer 0,9% em <strong>2019</strong>.<br />
O resultado ainda é tímido, mas é um alento<br />
para uma economia que recuou 2,2% há pouco<br />
menos de quatro anos. Os sinais já podem<br />
ser sentidos na indústria de móveis brasileira:<br />
o ramo gaúcho, por exemplo, cresceu 3,9% nos últimos<br />
meses, muito acima da indústria nacional. Para falar sobre<br />
essa nova realidade, a REFERÊNCIA INDUSTRIAL traz uma<br />
entrevista exclusiva com o presidente da Movergs (Associação<br />
das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do<br />
Sul), Rogério Francio. Na editoria de Urbanismo, contamos<br />
a história do ousado projeto The Smile, que redesenhou a<br />
silhueta de Londres, na Inglaterra. Além disso, trazemos reportagens<br />
exclusivas nas editorias de Marcenaria e Madeira<br />
Tratada, assim como as novidades do setor. Tenha uma<br />
ótima leitura!<br />
NA CAPA<br />
ESTAMPA A CAPA DESTA EDIÇÃO<br />
O CARRO PORTA TORAS DA<br />
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE<br />
MÁQUINAS ÁGUIA INSTALADO<br />
EM SERRARIA NA REGIÃO<br />
METROPOLITANA DE CURITIBA (PR).<br />
FOTO: FABIANO MENDES<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXI - EDIÇÃO <strong>213</strong> - NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXI • N°<strong>213</strong> • Novembro <strong>2019</strong><br />
ECONOMIA - Vendas da indústria registram crescimento e aquisição de máquinas supera 13%<br />
EFICIÊNCIA<br />
E PRECISÃO<br />
TECNOLOGIA EM<br />
CARRO PORTA TORA<br />
AUMENTA PRODUTIVIDADE<br />
EFFICIENCY AND<br />
ACCURACY<br />
LOG CARRIAGE TECHNOLOGY<br />
INCREASES PRODUCTIVITY<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
T<br />
he Federal Government expects economic<br />
growth to be 0.9% in <strong>2019</strong>. The result is still<br />
timid, but it is a boost to an economy that<br />
retreated 2.2% just under four years ago.<br />
The signs can already be felt in the Brazilian<br />
furniture industry: in the State of Rio Grande do Sul, the<br />
industry, for example, has grown 3.9% in recent months, far<br />
above the national average. To talk about this new reality,<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL has an exclusive interview with<br />
Rogério Francio, President of the State of Rio Grande do<br />
Sul Association of Furniture Manufacturers (Movergs), In the<br />
Urbanism Section, we have the story of the daring project,<br />
The Smile, which changed the London, England skyline. In<br />
addition, we have exclusive stories in the Wood Working<br />
and Treated Wood Sections, as well as news from the Sector.<br />
Pleasant reading!<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
CLIMBING FOR<br />
GROWTH<br />
Redação / Writing<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira, Gabriel Santos Ferreira<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Cassiele Ferreira - Supervisão<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
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FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
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and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
the written authorization of the holders of the authorial rights.
Liderança em<br />
tecnologia.<br />
Da Alemanha<br />
para o mundo.<br />
O grupo Siempelkamp é um fornecedor de tecnologia que opera internacionalmente e consiste em três unidades<br />
de negócios: a engenharia de máquinas e instalações, a tecnologia de fundição e a unidade de negócios de serviços.<br />
A Siempelkamp Machine and Plant Engineering é uma fornecedora de sistemas de linhas de prensagem e plantas<br />
completas para a indústria de painéis de madeira, a indústria de moldagem de metais, bem como a indústria de<br />
compósitos e borracha. A fundição Siempelkamp é a maior fundição de moldagem manual do mundo, produzindo<br />
peças fundidas com um peso de até 320 t. A Siempelkamp é um fornecedor de componentes e prestador de<br />
serviços para instalações nucleares.<br />
Siempelkamp Maschinen- und Anlagenbau GmbH | Siempelkampstraße 75 | 47803 Krefeld | Germany<br />
siempelkamp.com
0 0 2 1<br />
THE IMPORTANCE OF POLITICALREPRESENTATION<br />
AND DEFENSE OFTHE INTERESTS OF THE SECTOR<br />
ABPM - Associação Brasileira de Preservadores de Madeira completa 50 anos de olho no futuro<br />
CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
FORTALECIMENTO<br />
INSTITUCIONAL<br />
A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA<br />
E DA DEFESA DOS INTERESSES DO SETOR<br />
STRENGTHENING<br />
THE INSTITUTION<br />
CARTAS<br />
MARCENARIA<br />
Por Diógenes Moura -<br />
Florianópolis (SC)<br />
Existe muito preconceito<br />
com o MDF e a matéria<br />
da última edição<br />
tirou muitas dúvidas<br />
daqueles que ainda<br />
não conhecem esse<br />
material tão versátil. Uso<br />
esse material em minha<br />
oficina e tenho ótimos<br />
resultados com ele.<br />
Excelente reportagem!<br />
CAPA DA EDIÇÃO 212 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE OUTUBRO DE <strong>2019</strong><br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Por Nilza Oliveira -<br />
São Paulo (SP)<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXI • N°212 • Outubro <strong>2019</strong><br />
Muito interessante essa construção em Sevilha,<br />
na Espanha. O Metropol Parasol, uma espécie<br />
de centro comercial, é de um bom gosto ímpar.<br />
Espero que no Brasil surjam mais iniciativas como<br />
essa muito em breve.<br />
9 77 2 3 5 9 4 66103 2<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
HABITAÇÃO<br />
Foto: divulgação<br />
PARCERIA<br />
Por Ana Viana -<br />
Florianópolis (SC)<br />
Excelente reportagem sobre o Estudo<br />
Setorial da Abimi, que apresenta as<br />
principais demandas defendidas pela<br />
associação para que o setor alcance<br />
sustentabilidade e seja mais competitivo.<br />
Por Matheus Vieira -<br />
Vitória (ES)<br />
Parabéns pela matéria<br />
sobre o programa Minha<br />
Casa, Minha Vida. As<br />
novas linhas de crédito<br />
e as novas formas<br />
construtivas (como o wood<br />
frame) têm tudo para<br />
impulsionar novamente<br />
essa importante iniciativa<br />
do governo brasileiro que<br />
contribui para a vida de<br />
milhões de pessoas.<br />
06<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />
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CAPA<br />
A EQUIPE DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL VISITOU DIVERSAS SERRARIAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (PR) PARA<br />
CONFERIR DE PERTO O CARRO PORTA-TORAS DESENVOLVIDO PELA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS ÁGUIA, EMPRESA<br />
LOCALIZADA EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS (PR), E CONTAR SUAS VANTAGENS EM NOSSA REPORTAGEM DE CAPA. ALÉM DISSO, WILSON<br />
WUICIK E ÉLCIO WUICIK, DIRETORES DA MÁQUINAS ÁGUIA, ESTIVERAM PRESENTE NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO PRÊMIO REFERÊNCIA, REALIZADA<br />
EM OUTUBRO. “É SEMPRE UMA HONRA REENCONTRAR CLIENTES E AMIGOS NESSE EVENTO QUE É UM MARCO DO SETOR MADEIREIRO E,<br />
ANO APÓS ANO, PREMIA AQUELES QUE FIZERAM A DIFERENÇA PARA NOSSA INDÚSTRIA”, RESUME O GESTOR.<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
Foto: Rosangela Bini<br />
ALTA<br />
DÉFICIT<br />
O setor público consolidado, formado<br />
por União, Estados, municípios<br />
e empresas estatais, registrou<br />
déficit primário de R$ 20,541 bilhões<br />
em setembro, de acordo com<br />
dados divulgados pelo BC (Banco<br />
Central). Esse é o melhor resultado<br />
para o mês em quatro anos e representa<br />
leve melhora em relação a<br />
setembro do ano passado, quando<br />
as contas ficaram negativas em R$<br />
24,621 bilhões. O déficit primário<br />
representa o resultado negativo<br />
das contas do setor público desconsiderando<br />
o pagamento dos<br />
juros da dívida pública. O montante<br />
difere do resultado divulgado pelo<br />
Tesouro Nacional porque, além de<br />
considerar os governos locais e as<br />
estatais, o BC usa uma metodologia<br />
diferente, que considera a variação<br />
da dívida dos entes públicos.<br />
BAIXA<br />
RISCO-PAÍS<br />
O índice risco-país chegou ao mais<br />
baixo patamar em seis anos. O indicador<br />
que aponta a confiança de<br />
investidores em relação à economia<br />
dos países, caiu para 117 pontos<br />
em outubro, o menor patamar<br />
registrado desde 2013, quando o<br />
Brasil atingiu 110 pontos. A queda<br />
na pontuação é sinal de que os<br />
investidores estão mais confiantes<br />
na capacidade do Brasil em acabar<br />
com dívidas e formar um ambiente<br />
mais seguro para investimento.<br />
Alguns dos motivos que levaram a<br />
queda do risco país foram a redução<br />
na taxa de juros, a aprovação<br />
da reforma da Previdência e a<br />
expectativa de trégua na guerra comercial<br />
entre EUA (Estados Unidos<br />
da América) e China.<br />
08<br />
referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
A natureza<br />
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COLUNA<br />
BOTANDO FÉ!<br />
NÃO PODEMOS DEIXAR DE CONSIDERAR AS OPORTUNIDADES DENTRO DO SETOR DA CONSTRUÇÃO<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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NO BRASIL, O SISTEMA<br />
WOOD FRAME FINALMENTE<br />
ESTÁ PRESTES A GANHAR UM TEXTO<br />
NORMATIVO<br />
N<br />
ão podemos deixar de reconhecer os esforços<br />
de algumas empresas de comunicação<br />
e organizadoras de eventos, assim como de<br />
instituições representativas e entidades de<br />
ensino e pesquisa, no sentido de estarem<br />
direcionando esforços à disseminação de informações<br />
úteis ao desenvolvimento do setor industrial madeireiro.<br />
Neste ano que se encerra, foram muitas as publicações<br />
em veículos especializados e eventos significativos,<br />
ocorridos no Brasil e exterior que, para aqueles mais atentos<br />
e focados, sempre abrem janelas de oportunidades<br />
para a adoção de novas tecnologias e novos negócios.<br />
Ao mesmo tempo em que se observa o apetite pelo<br />
conhecimento e interação por parte de alguns segmentos<br />
dentro do setor, observa-se a completa inapetência por<br />
parte de outros, havendo até mesmo o risco da ocorrência<br />
de uma anorexia, não propriamente devido ao medo<br />
de engordar, mas sim devido ao medo de deixar a zona<br />
de conforto. Há alguns anos temos procurado divulgar<br />
informações que representam oportunidades futuras de<br />
negócios, especificamente para o segmento de proteção<br />
de madeiras. Por exemplo, há dois anos, quando buscamos<br />
propagar as oportunidades dentro do setor ferroviário,<br />
com as perspectivas reais que se apresentavam em<br />
relação aos investimentos do Bndes (Banco Nacional de<br />
Foto: divulgação<br />
Desenvolvimento Social) nesse modal de transporte,<br />
assim como a disposição do governo chinês em promover<br />
investimentos em algumas malhas ferroviárias<br />
brasileiras. A inapetência demonstrada pelo assunto foi<br />
geral.<br />
Recentemente, durante visitas oficiais do nosso governo<br />
à China e a alguns países do Oriente Médio, falou-se<br />
da concretização de investimentos na Ferrogrão,<br />
projeto que visa consolidar o novo corredor ferroviário<br />
de exportação de Brasil pelo arco norte, centro-oeste<br />
ao Estado do Pará. A execução deste projeto prevê a<br />
demanda por dois milhões de dormentes. Dentro do<br />
compromisso de trabalhar para o desenvolvimento<br />
do segmento, outras oportunidades têm sido divulgadas.<br />
No setor elétrico, não se pode desconsiderar as<br />
oportunidades de retomada da utilização de postes de<br />
eucalipto tratado e de cruzetas roliças. Afinal, parece<br />
estar havendo uma retomada da receptividade por<br />
parte das companhias energéticas em relação aos apelos<br />
ambientais que a madeira apresenta, em especial<br />
quanto à cruzeta roliça de eucalipto tratado. Um forte<br />
e imediato trabalho de recuperação da imagem desse<br />
material é altamente recomendado.<br />
Olhando mais para o futuro, não se pode deixar<br />
de considerar as oportunidades dentro do setor da<br />
construção. Estamos testemunhando uma nova fase da<br />
construção industrializada/modular ao redor do mundo.<br />
No Brasil, o sistema wood frame finalmente está<br />
prestes a ganhar um texto normativo. Certamente, um<br />
passo importantíssimo para a consolidação desse mercado<br />
dentro do setor da construção. No mundo todo,<br />
o sistema construtivo baseado na utilização da madeira<br />
laminada cruzada, mais conhecido como CLT (Cross<br />
Laminated Timber), finalmente vai se consolidando nos<br />
EUA (Estados Unidos da América), com perspectivas<br />
reais de consolidação pelo mundo todo. As inúmeras<br />
vantagens apresentadas por este sistema, em especial<br />
a versatilidade, permitindo construções com grandes<br />
vãos e muitos pavimentos (Tall-Building), não deixam<br />
dúvidas quanto ao seu sucesso. A Awpa (American<br />
Wood Protection Association) já está com estudos de<br />
textos normativos referentes a processos e produtos<br />
de tratamento adequados.<br />
É importante que as empresas voltadas à proteção<br />
de madeiras fiquem atentas e botem fé, pois, trata-se<br />
de oportunidades que podem ser traduzidas como a<br />
garantia de um futuro do setor. Nada que um bom trabalho<br />
de planejamento não possa resolver.<br />
10 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
NOTAS<br />
CRESCIMENTO<br />
DA ECONOMIA<br />
O governo aumentou a projeção para o crescimento<br />
da economia em <strong>2019</strong>. A estimativa do PIB<br />
(Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e<br />
serviços produzidos no país), foi revisada de 0,85%<br />
para 0,90%. Para 2020, a previsão é que o PIB tenha<br />
expansão de 2,32%, ante a previsão anterior<br />
de 2,17%. Para os três anos seguintes, a estimativa<br />
é 2,50%. “Os melhores resultados da atividade<br />
econômica nos meses de julho e agosto e os desembolsos<br />
advindos do Saque Imediato do Fgts<br />
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) elevaram<br />
as estimativas de crescimento para o terceiro<br />
e quarto trimestre de <strong>2019</strong> para 0,90%”, resume o<br />
boletim.<br />
Foto: divulgação<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Os preços da construção civil subiram 0,19% em outubro. O<br />
Incc/Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil) teve queda<br />
de 0,18 ponto percentual em relação a setembro, quando<br />
ficou em 0,43%. No ano, o índice é de 3,69%. O índice foi divulgado<br />
pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />
Nos últimos 12 meses, o Sinapi ficou em 3,69%. O custo<br />
nacional do metro quadrado da construção civil subiu de R$<br />
1.152,87 para R$ 1.155,01, de setembro para outubro deste<br />
ano. Deste valor, segundo o Ibge, R$ 605,40 são referentes<br />
a materiais e R$ 549,61 à mão de obra. A maior variação de<br />
preços foi registrada no Pará, com 1,95%. A maior queda<br />
também foi verificada no norte do país, em Tocantins, com<br />
uma deflação nos preços da construção civil de -0,48%.<br />
Foto: divulgação<br />
INFLAÇÃO OFICIAL<br />
O Ipca (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)<br />
de outubro ficou em 0,10%. O fator, que é usado<br />
como referência para a inflação oficial, foi divulgado<br />
pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />
Este é o menor resultado para um mês de outubro<br />
desde 1998, quando o Ipca ficou em 0,02%. No acumulado<br />
do ano, o Ipca está agora em 2,60%. E, nos últimos<br />
12 meses, a variação é de 2,54%, abaixo do índice<br />
de 2,89%, encontrado nos 12 meses anteriores. Três<br />
grupos pesquisados apresentaram deflação: habitação<br />
(-0,61%), artigos de residência (-0,09%) e comunicação<br />
(-0,01%). A queda no grupo de habitação foi puxada<br />
pelo item energia elétrica, com 3,22% negativos.<br />
Foto: divulgação<br />
12 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
Foto: divulgação<br />
RETOMADA<br />
A melhora dos indicadores macroeconômicos e do ambiente<br />
de negócios aponta para uma recuperação mais<br />
forte da economia no próximo ano. “O ambiente está<br />
mais favorável ao crescimento”, disse o diretor de Desenvolvimento<br />
<strong>Industrial</strong> da CNI (Confederação Nacional<br />
da Indústria), Carlos Abijaodi, durante o 12º Briefing<br />
Diplomático, em Brasília. Organizado pela CNI, o evento<br />
reuniu 47 representantes de embaixadas de 34 países.<br />
“O Brasil está fazendo reformas importantes, fechou o<br />
acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia,<br />
oficializou o acordo do Mercosul com a Efta (Associação<br />
Europeia de Livre Comércio) e voltou a discutir os acordos<br />
bilaterais que evitam a bitributação”, acrescentou<br />
Abijaodi. Outro avanço, citou o diretor, foi o compromisso<br />
assumido pelo governo com a adesão do Brasil à<br />
Ocde (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento<br />
Econômico).<br />
FATURAMENTO<br />
DA INDÚSTRIA<br />
O faturamento da indústria brasileira aumentou 0,4%<br />
em setembro frente a agosto na série livre de influências<br />
sazonais. Foi o quarto mês consecutivo que o indicador<br />
registra crescimento e acumula uma alta de 2,1%<br />
no período. “Desde 2014 o faturamento não registrava<br />
quatro meses consecutivos de alta”, destaca Robson<br />
Braga de Andrade, presidente da CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). Mesmo com os aumentos sucessivos,<br />
o faturamento da indústria apresenta queda de<br />
1,7% no acumulado de janeiro a setembro em relação<br />
ao mesmo período do ano passado. Além disso, em<br />
setembro, os demais indicadores não tiveram o mesmo<br />
desempenho do faturamento. As horas trabalhadas na<br />
produção registraram leve queda de 0,2% frente a agosto<br />
na série livre de influências sazonais, e a utilização da<br />
capacidade instalada ficou estável em 78%.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Com objetivo de promover o crescimento sustentável, a ONU (Organização das Nações<br />
Unidas) definiu 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) para serem<br />
atingidos até 2030. São metas que norteiam organizações, instituições e países para<br />
desenvolverem ações e projetos que promovem a inclusão das pessoas na sociedade<br />
de forma sustentável. “O Sistema Fiep, enquanto instituição signatária do Pacto<br />
Global, está engajado nos compromissos globais com diálogo, participação e representatividade,<br />
buscando assegurar a execução de estratégias e ações para empresas<br />
comprometidas com a Agenda 2030”, afirma Maria Cristhina de Souza Rocha, gerente<br />
executiva de Projetos Estratégicos do Sistema Fiep. Como um dos principais agentes<br />
de promoção e divulgação no Estado, o Sesi organizou cinco encontros em grandes<br />
municípios paranaenses: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Foram<br />
mais de 300 participantes, entre empresários, representantes do governo e sociedade<br />
civil. “Os eventos Conexão ODS reforçam a importância de colocar em prática os objetivos e como eles podem fazer a diferença<br />
nas estratégias das empresas, tornando-as ainda mais competitivas”, conta Maria Cristhina.<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 13
Foto: divulgação<br />
NOTAS<br />
MÃO DE OBRA<br />
ESPECIALIZADA<br />
O Estudo Sondagem Conjuntural, do Sebrae (Serviço<br />
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas),<br />
com dados de setembro, mostra a retomada<br />
do otimismo entre os donos de micro e pequenas<br />
empresas. O percentual daqueles que acreditam na<br />
melhoria do cenário econômico cresceu de 56% em<br />
agosto para 59% em setembro. Ainda segundo o levantamento,<br />
seis em cada 10 empresários (58%) têm<br />
planos de investir no próprio negócio em 12 meses.<br />
A pesquisa ouviu quase 3 mil empreendedores entre<br />
os dias 11 e 18 de setembro. Os dados mostram<br />
que 79% dos entrevistados que têm dificuldades<br />
em contratar mão de obra especializada optam por<br />
contratar pessoas inexperientes e capacitam no<br />
próprio estabelecimento.<br />
PESQUISA<br />
E DESENVOLVIMENTO<br />
As empresas que participam da MEI (Mobilização Empresarial<br />
pela Inovação), movimento coordenado pela CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria), investem 46,3% a mais em<br />
P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) do que a média nacional.<br />
O número é de levantamento inédito da CNI, que analisou<br />
o desempenho de empresas da MEI na base de dados da<br />
Pintec (Pesquisa de Inovação), do Ibge (Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística). As empresas participantes da MEI<br />
investem 1,13% da sua receita líquida de vendas em P&D,<br />
enquanto a média nacional de investimentos é de 0,77% da<br />
receita líquida própria de vendas em P&D, conforme a Pintec,<br />
que engloba 132.529 empresas. A amostra representativa<br />
na pesquisa da CNI contempla 160 empresas – 80% delas<br />
implementaram inovações de produto e de processo simultaneamente<br />
contra 15% das demais empresas brasileiras que<br />
investem em inovação.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
SOB NOVA<br />
DIREÇÃO<br />
Com o compromisso de que as ações do Sistema Fiep terão<br />
foco total na indústria paranaense, foi empossada, em Curitiba,<br />
a nova diretoria da Federação das Indústrias do Paraná. A<br />
solenidade, que contou com a presença de mais de 600 convidados,<br />
incluindo o governador Carlos Massa Ratinho Junior<br />
e outras autoridades, marcou o início da gestão que comandará<br />
a entidade pelos próximos quatro anos. A nova diretoria<br />
é liderada pelo presidente Carlos Valter Martins Pedro, que<br />
substitui Edson Campagnolo no cargo, e conta com industriais<br />
de todas as regiões do Estado. “A nossa missão e a razão de<br />
nossa atuação é única e exclusivamente promover ações e<br />
prestar serviços que agreguem valor para a indústria”, discursou<br />
Carlos Valter durante cerimônia de posse.<br />
14 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
DESEMPREGO<br />
A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre móvel<br />
encerrado em setembro em 11,8%, uma leve queda em<br />
relação tanto ao trimestre anterior, finalizado em junho,<br />
quando 12% da população estavam sem trabalho, quanto<br />
ao trimestre que acabou em setembro do ano passado<br />
(11,9%). Os dados foram apresentados pelo Ibge (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte<br />
da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios<br />
Contínua). O contingente de desocupados soma 12,5 milhões<br />
de pessoas, uma diminuição de 251 mil pessoas. Já<br />
a população ocupada atingiu 93,8 milhões, um aumento<br />
de 459 mil pessoas. A população desalentada, que são<br />
pessoas que desistiram de procurar trabalho, soma 4,7<br />
milhões de pessoas, um recuo de 3,6%.<br />
MOSTRA AFFEMAQ<br />
Pela quinta vez, a cidade de Ubá (MG), recebeu a Mostra<br />
Affemaq (Feira Itinerante de Máquinas, Ferramentas, Acessórios<br />
e Insumos para a Indústria de Madeira e Móveis).<br />
O evento aconteceu no Horto Florestal e apresentou aos<br />
visitantes os produtos e soluções oferecidas pelas associadas<br />
à Affemaq e seus parceiros. Nesta edição, a Affemaq<br />
levou pela primeira vez ao polo a Fábrica em Ação, projeto<br />
idealizado pela associação e que apresentou o processo<br />
produtivo de um móvel em tempo real. Com visitas guiadas<br />
que aconteceram durante os três dias de feira, o público<br />
pode transitar pela Fábrica em Ação e acompanhar em<br />
tempo real a produção de uma mesa, visualizando todas<br />
as etapas do processo, desde a concepção do móvel até a<br />
sua embalagem. “Foi uma satisfação retornar ao polo de<br />
Ubá pela quinta vez, podendo fortalecer o vínculo entre<br />
a Affemaq e as empresas locais e apresentando a Fábrica<br />
em Ação, que deixou sua contribuição para a região com a<br />
doação dos móveis produzidos”, salientou Arioli.<br />
Foto: divulgação<br />
CADEIA<br />
PRODUTIVA<br />
Bento Gonçalves (RS), foi palco do lançamento do<br />
Conecta: moveleiro em transformação, idealizado pelo<br />
Núcleo de Transformação Setorial Moveleiro, movimento<br />
liderado pelo Sebrae (RS) e que tem o apoio<br />
institucional conveniado com a Movergs (Associação<br />
das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Sindmóveis<br />
(Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento<br />
Gonçalves), Instituto Senai de Tecnologia Madeira<br />
e Mobiliário e Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). A idealização do projeto teve início há um ano,<br />
por meio de uma agenda de planejamento com o objetivo de construir direcionamentos estratégicos para transformar a cadeia<br />
moveleira do Rio Grande do Sul, englobando indústria, comércio e serviços, para torná-la mais inovadora, competitiva<br />
e sustentável. Além das instituições já citadas, representantes do poder público, universidades, empresários e demais entidades<br />
da Serra Gaúcha, Vale dos Sinos, Vale do Taquari, Região Metropolitana e Planalto, principais regiões do RS ligadas<br />
ao segmento, foram envolvidas. Inicialmente, cerca de 75 pessoas participaram de workshops, o que possibilitou a escolha<br />
de quatro eixos principais a serem trabalhos: mercado, tecnologia e inovação, cooperação e capital humano.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
APLICAÇÃO<br />
HORA<br />
DA MADEIRA<br />
Foto: divulgação<br />
Os tradicionais relógios cucos voltaram a fazer parte das<br />
decorações de casas por todo o mundo. Desta vez, a Etsy<br />
traz um modelo minimalista e redesenhado para o século<br />
XXI, com muito estilo e com um design que se encaixa<br />
em qualquer ambiente. Este relógio é feito de compensado<br />
de bétula de alta qualidade, os detalhes e os componentes<br />
do relógio são cortados em uma máquina a laser,<br />
montados e processados manualmente. A caixa do relógio<br />
é pintada com tintas à base de água de alta qualidade<br />
e seguras, com ausência de odor e emissões perigosas.<br />
Além disso, o estojo pode ser coberto com folheado<br />
natural de diferentes tipos de madeira. O movimento de<br />
quartzo montado em relógios funciona com pilhas AA e<br />
não gera ruído. A Etsy também disponibiliza várias cores<br />
para o fundo do relógio. O produto, com cerca de 26 cm<br />
(centímetros) de altura e 16 cm de largura, também pode<br />
ser importado para o Brasil.<br />
MADEIRA<br />
É ESTILO<br />
O toque confortável e caloroso da madeira<br />
ao alcance da mão. Esse é o projeto da WoodWe,<br />
empresa referência no uso da madeira<br />
nos mais diversos tipos de produtos. A mais<br />
recente novidade da companhia são as capas<br />
de teclado MacBook Wood para os computadores<br />
Apple, disponível nos modelos<br />
MacBook Air, Pro e Pro Touch Bar. Projetadas<br />
com precisão a partir de uma variedade de<br />
belas madeiras reais, cortadas a laser e meticulosamente<br />
acabadas à mão, elas são fáceis<br />
de aplicar no teclado: basta retirá-las da base,<br />
alinhar nas teclas e colá-las com cuidado. Várias<br />
tonalidades de madeira estão disponíveis<br />
em seu catálogo. A empresa também oferece<br />
uma capa para o computador, desenhada a<br />
partir de madeiras resistentes que garantem<br />
100% a segurança do eletrônico.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
CAMPEÃ EM VENDAS<br />
DE FERRAMENTAS NA<br />
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MADEIRA<br />
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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
FRASES<br />
“HÁ UMA PRODUÇÃO DE MÓVEIS SERIADOS EM ALTO VOLUME,<br />
PARA ATENDER O MERCADO NACIONAL E O INTERNACIONAL.<br />
MAS AS INDÚSTRIAS TAMBÉM SE MANTÊM ATUALIZADAS COM<br />
NOVAS TECNOLOGIAS, O QUE GERA PRODUTOS DE MAIOR VALOR<br />
AGREGADO, TANTO NO DESIGN, QUANTO NA QUALIDADE”<br />
IRINEU MUNHOZ, PRESIDENTE DO SINDICATO DAS<br />
INDÚSTRIAS DE MÓVEIS DE ARAPONGAS, SOBRE A<br />
CAPACIDADE DA INDÚSTRIA MOVELEIRA PARANAENSE<br />
“APÓS ESSE<br />
ENCONTRO<br />
E REUNIÕES<br />
REALIZADAS<br />
EM SÃO PAULO E<br />
BRASÍLIA, COM A<br />
EQUIPE ECONÔMICA DO<br />
GOVERNO FEDERAL, A<br />
ENTIDADE PASSA A TER<br />
UM PAPEL AINDA MAIS<br />
RELEVANTE NA CONDUÇÃO<br />
DE AÇÕES QUE IMPACTAM<br />
O SETOR. A ABIMÓVEL<br />
REPRESENTA MAIS DE 19 MIL<br />
EMPRESAS EM TODO TERRITÓRIO<br />
NACIONAL, GERA CERCA DE<br />
265 MIL EMPREGOS DIRETOS E<br />
INDIRETOS E É A SÉTIMA CADEIA<br />
QUE MAIS EMPREGA NO BRASIL,<br />
ALÉM DE SER UM SETOR EXPORTADOR<br />
DE DESTAQUE QUE REPRESENTA 1,1%<br />
DO PIB”<br />
MARISTELA LONGHI,<br />
PRESIDENTE DA<br />
ABIMÓVEL, SOBRE<br />
O ENCONTRO<br />
COM O MINISTRO<br />
DA CASA-CIVIL,<br />
ONYX LORENZONI<br />
“O MELHOR ESTÁ POR VIR. COM A MANUTENÇÃO<br />
DO JURO BAIXO, OS INVESTIMENTOS VÃO VOLTAR E A<br />
ECONOMIA BRASILEIRA VAI PODER SE REENCONTRAR<br />
COM SUA TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO E DE<br />
GERAÇÃO DE EMPREGO. TENHO CERTEZA DE<br />
QUE ESSES EFEITOS VÃO SE CONSOLIDAR COM A<br />
PROMULGAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA E OS<br />
ANOS MAIS DUROS DA CRISE ECONÔMICA FICARÃO<br />
DEFINITIVAMENTE PARA TRÁS”<br />
Foto: @vertice_com<br />
FERNANDO BEZERRA COELHO, LÍDER DO GOVERNO NO SENADO,<br />
SOBRE A APROVAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA<br />
“ANTES MESMO DA NOVA<br />
PREVIDÊNCIA, JÁ CAMINHAMOS<br />
PARA A MARCA DE UM MILHÃO DE<br />
NOVOS EMPREGOS. MESMO SEM O<br />
PACOTE ANTI-CRIME, JÁ REDUZIMOS<br />
EM 22% OS HOMICÍDIOS E EM 12% OS<br />
ESTUPROS. COM O ENCAMINHAMENTO<br />
DESSAS MEDIDAS, IREMOS AINDA<br />
MAIS LONGE. ESTAMOS APENAS<br />
COMEÇANDO. PARABÉNS AO POVO<br />
BRASILEIRO”<br />
JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE<br />
DO BRASIL, SOBRE A REFORMA<br />
PREVIDENCIÁRIA<br />
20 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
ENTREVISTA<br />
HORA<br />
DE CRESCER<br />
THETIME<br />
TO GROW<br />
O<br />
s bons resultados da indústria moveleira no Rio<br />
Grande do Sul começam a dar um certo alento<br />
ao setor madeireiro e de móveis no país. As reformas<br />
propostas pelo governo e os resultados<br />
recentes da economia, com a retomada de empregos<br />
e as quedas da inflação e da taxa de juros, começam<br />
a reaquecer a indústria nacional, tão prejudicada pela crise<br />
econômica dos últimos 5 anos. Mas qual é a projeção para os<br />
próximos anos? O ramo de móveis pode voltar a crescer como<br />
no começo da década de 2010? Para responder essas e outras<br />
perguntas, a REFERÊNCIA INDUSTRIAL entrevistou Rogério<br />
Francio, presidente da Movergs (Associação das Indústrias de<br />
Móveis do Estado do Rio Grande do Sul). Confira a seguir:<br />
ENTREVISTA<br />
The good results of the furniture industry in the State of<br />
Rio Grande do Sul begin to give a certain impetus to<br />
the Forest and Furniture Sectors in Brazil. The recently<br />
proposed reforms and recent economic results, with<br />
the resumption of jobs and receding inflation and<br />
interest rates, begin to reheat the domestic industry, so hampered<br />
by the economic crisis of the past five years. But what is the<br />
projection for the years to come? Can the furniture business grow<br />
to the levels seen in the early 2010s? To answer these and other<br />
questions, REFERÊNCIA INDUSTRIAL interviewed Rogério Francio,<br />
President of the State of Rio Grande do Sul Association of<br />
Furniture Manufacturers (Movergs). Check out the following:<br />
ROGÉRIO FRANCIO<br />
CARGO: PRESIDENTE DA MOVERGS (ASSOCIAÇÃO DAS<br />
INDÚSTRIAS DE MÓVEIS DO ESTADO DO RIO GRANDE<br />
DO SUL)<br />
Foto: Evandro Soares<br />
FUNCTION: PRESIDENT, STATE OF RIO GRANDE DO SUL<br />
ASSOCIATION OF FURNITURE MANUFACTURERS (MOVERGS)<br />
22 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
DE ACORDO COM LEVANTAMENTO DO<br />
IEMI, OS MESES DE JULHO E AGOSTO REGIS-<br />
TRARAM ALTA NA PRODUÇÃO DE MÓVEIS<br />
NO RIO GRANDE DO SUL, UM DOS POLOS<br />
MAIS IMPORTANTES PARA O SETOR NO PAÍS.<br />
QUAIS OS FATORES CONTRIBUÍRAM PARA<br />
ESSE RESULTADO?<br />
É fundamental termos em mente que o setor<br />
moveleiro, a exemplo de outros segmentos, tem<br />
vivenciado anos difíceis. Dessa forma, precisamos<br />
considerar uma base de comparação baixa. Mesmo<br />
considerando a melhora nos últimos meses,<br />
se olharmos para o passado, estamos abaixo do<br />
patamar de produção de 2015. Também precisamos<br />
lembrar que no ano passado tivemos a greve<br />
dos caminhoneiros, o que acabou derrubando<br />
consideravelmente o desempenho do setor. Ainda<br />
temos um espaço importante a ser recuperado<br />
para superar as perdas do passado. Cabe salientar,<br />
porém, que um dos grandes propulsores desta alta<br />
foi o mercado internacional. As empresas gaúchas<br />
têm se estruturado e se preparado para atender<br />
esse mercado que vem crescendo de forma acelerada<br />
e aceitando o móvel brasileiro de maneira<br />
mais intensa.<br />
A INDÚSTRIA GAÚCHA CRESCEU 3,9%<br />
NOS ÚLTIMOS DOZE MESES, ENQUANTO A<br />
INDÚSTRIA NACIONAL SE RETRAIU NO MES-<br />
MO PERÍODO. POR QUE O ESTADO ESTÁ NA<br />
CONTRAMÃO DO RESTO DO PAÍS?<br />
O percentual é um sinal de que a indústria moveleira<br />
começa a colher os frutos de ações tomadas<br />
durante a crise, como investimentos em tecnologia,<br />
negociação com fornecedores de matérias-<br />
-primas e busca de novos mercados. Além disso, o<br />
câmbio favoreceu a concorrência com importados.<br />
Mas também precisamos considerar os investimentos<br />
nos diversos elos da cadeia moveleira (máquinas<br />
e equipamentos, produtos químicos, chapas<br />
de madeira, componentes e de peças de plástico<br />
e metal) e a constante busca pela qualificação de<br />
mão de obra, pela inovação e a diferenciação dos<br />
móveis. Os empresários do Rio Grande do Sul são<br />
reconhecidos como empreendedores, portanto<br />
acredito que esse também é um ponto importante<br />
para nos diferenciarmos; não ficamos esperando,<br />
vamos à luta.<br />
APÓS UM BOM TEMPO, AS BOAS NOTÍ-<br />
CIAS VOLTAM A APARECER NA INDÚSTRIA<br />
BRASILEIRA. ACREDITA QUE O PAÍS VOLTARÁ<br />
A TER ÍNDICES DE CRESCIMENTO SEME-<br />
LHANTES AOS DO COMEÇO DA DÉCADA?<br />
Sim, começamos a ver sutis evoluções. No<br />
cenário que vislumbramos, os dois próximos anos<br />
ACCORDING TO A SURVEY BY THE INDUS-<br />
TRIAL RESEARCH AND MARKETING INSTITUTE<br />
(IEMI), IN JULY AND AUGUST, FURNITURE<br />
PRODUCTION IN THE STATE OF RIO GRANDE<br />
DO SUL RECORDED A LEVEL NOT SEEN FOR<br />
A WHILE; THE STATE IS ONE OF THE MOST IM-<br />
PORTANT CENTERS FOR THE SECTOR IN BRA-<br />
ZIL. WHAT FACTORS CONTRIBUTED TO THIS<br />
EXCELLENT RESULT?<br />
It is essential to keep in mind that the Furniture<br />
Sector, like other sectors, has gone through difficult<br />
years. Thus, we have a low comparative basis. Even<br />
considering the improvement in recent months, if<br />
we look to the past, we are still below the production<br />
levels of 2015. We also need to remember that<br />
last year we had a truckers’ strike, which ended up<br />
considerably affecting the performance of the Sector.<br />
But we still have significant space to be recovered<br />
to overcome the losses of the past. It should be<br />
noted, however, that one of the major thrusts of this<br />
increase was the international market. Companies<br />
from the State of Rio Grande do Sul have structured<br />
themselves and are prepared to meet this market<br />
that has been growing in an accelerated way and<br />
accepting Brazilian furniture more intensely.<br />
THE FURNITURE INDUSTRY IN THE STATE<br />
OF RIO GRANDE DO SUL HAS GROWN 3.9%<br />
OVER THE LAST TWELVE MONTHS, WHILE THE<br />
NATIONAL FURNITURE INDUSTRY HAS FALLEN<br />
DURING THE SAME PERIOD. WHY IS FURNITU-<br />
RE PRODUCTION IN THE STATE THE OPPOSITE<br />
FROM THE REST OF THE COUNTRY?<br />
The percentage is a sign that the furniture industry<br />
has begun to reap the fruits of actions taken<br />
during the crisis, such as investments in technology,<br />
trade relationships with raw material suppliers, and<br />
the search for new markets. Besides, the exchange<br />
AUMENTO NO<br />
VALOR DE ALGUMAS<br />
MATÉRIAS-PRIMAS, COMO DE<br />
PAINÉIS E VIDROS, POR<br />
EXEMPLO, TEM IMPACTADO<br />
SIGNIFICATIVAMENTE O DIA A<br />
DIA DOS NEGÓCIOS<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 23
ENTREVISTA<br />
devem ser de evolução significativa, dentro do<br />
esperado. Os movimentos no âmbito político e<br />
econômico dão sinais desta tendência. Acredito<br />
num novo Brasil, numa economia mais forte e em<br />
programas que permitam o desenvolvimento e o<br />
crescimento do Brasil. Vamos voltar a ter bons negócios,<br />
por isso é muito importante que estejamos<br />
preparados para essa retomada.<br />
COMO A CRISE ECONÔMICA IMPACTOU O<br />
SETOR DE MÓVEIS NO BRASIL?<br />
Nos últimos três ou quatro anos, o setor moveleiro<br />
foi afetado, com margens de lucro reduzidas<br />
e uma ociosidade média de 35% nas linhas de<br />
produção. A crise também deixou o consumidor<br />
reticente, ou seja, reduziu a aquisição de móveis,<br />
afetando toda a cadeia moveleira. O aumento no<br />
valor de algumas matérias-primas, como de painéis<br />
e vidros, por exemplo, tem impactado significativamente<br />
o dia a dia dos negócios. Os custos<br />
das empresas cresceram e o mercado retraiu, isso<br />
gerou muito desconforto no setor. As empresas<br />
tiveram que fazer a lição de casa para poder suportar<br />
essa crise longa e se preparar para a nova<br />
realidade do mercado.<br />
AS REFORMAS PROMETIDAS PELO GOVER-<br />
NO FEDERAL, COMO A DA PREVIDÊNCIA E A<br />
TRIBUTÁRIA, PODEM AUXILIAR NA RETOMA-<br />
DA DO RAMO MOVELEIRO?<br />
Sim, as reformas nos dão motivos para acreditarmos<br />
que uma agenda positiva proporcionará<br />
melhorias no ambiente de negócios. Ações como<br />
essas são imprescindíveis para destravar o crescimento.<br />
Ainda temos uma extensa pauta a ser<br />
debatida, mas acredito que não tem volta. O Brasil<br />
precisa destas mudanças para retomar a confiança<br />
e restabelecer o crescimento.<br />
rate has favored competition with imported products.<br />
But we also need to consider investments in<br />
the various links of the furniture chain (machinery<br />
and equipment, chemicals, wood panels, components,<br />
and plastic and metal parts) and the constant<br />
search for the qualification of labor, innovation, and<br />
differentiation in furniture design. Entrepreneurs in<br />
the State are recognized as go-getters, so I believe<br />
that this is also an essential point for differentiating<br />
ourselves; we don’t wait, we get on with it and join<br />
the fight!<br />
AFTER A WHILE, GOOD NEWS BEGINS TO<br />
APPEAR AGAIN IN THE BRAZILIAN INDUS-<br />
TRIAL SECTOR. DO YOU BELIEVE THAT THE<br />
COUNTRY WILL HAVE GROWTH RATES SIMILAR<br />
TO THOSE OF THE BEGINNING OF THE DECA-<br />
DE?<br />
Yes, we have started to see subtle changes. In<br />
the scenario, we see that in the next two years, there<br />
should be significant growth within the expected.<br />
The movements in the political and economic sphere<br />
show signs of this trend. I believe in a new Brazil,<br />
a stronger economy, and programs that allow the<br />
development and growth of Brazil. We’re going to<br />
have a respectable business environment again, so<br />
we must be prepared for this.<br />
HOW HAS THE ECONOMIC CRISIS IMPAC-<br />
TED THE FURNITURE SECTOR IN BRAZIL?<br />
Over the last three or four years, the Furniture<br />
Sector has been affected by reduced profit margins<br />
and average idleness of 35% on the production<br />
lines. The crisis also led to consumer reticence,<br />
that is, reduced furniture purchases, affecting the<br />
entire furniture chain. The increase in the value of<br />
some raw materials, such as wood panels and glass,<br />
for example, has significantly impacted the daily<br />
business. Company costs grew, and the market retracted,<br />
generating much discomfort in the Sector.<br />
Companies had to do their homework to be able<br />
to withstand this prolonged crisis and prepare for a<br />
new market reality.<br />
É FUNDAMENTAL TERMOS<br />
EM MENTE QUE O SETOR<br />
MOVELEIRO, A EXEMPLO DE OUTROS<br />
SEGMENTOS, TEM VIVENCIADO ANOS<br />
DIFÍCEIS<br />
CAN THE SOCIAL SECURITY AND TAX RE-<br />
FORMS PROMISED BY THE FEDERAL GOVERN-<br />
MENT HELP IN THE RESUMPTION OF SALES IN<br />
THE FURNITURE SEGMENT?<br />
Yes, the reforms give us reason to believe that<br />
a positive agenda will provide improvements in the<br />
business environment. Actions like these are essential<br />
to unlock growth. We still have an extensive<br />
program to be debated, but I don’t think there’s any<br />
backing down. Brazil needs these changes to regain<br />
confidence and restore growth.<br />
24 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
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ENTREVISTA<br />
O ANO DE <strong>2019</strong> PODE SER CONSIDERADO<br />
POSITIVO OU NEGATIVO EM TERMOS DE RE-<br />
SULTADO PARA A INDÚSTRIA MOVELEIRA?<br />
De uma maneira generalizada, o ano não foi<br />
bom, mesmo que tenhamos um desempenho<br />
semelhante ao ano anterior e que o câmbio tenha<br />
favorecido as exportações. A crise prolongada<br />
não permitiu um desempenho melhor para as<br />
indústrias moveleiras. A expectativa era de já no<br />
segundo semestre começarmos a vislumbrar as<br />
melhorias da economia. Entretanto, ainda temos<br />
muitos entraves políticos que inviabilizam essa<br />
tendência. Mas vamos ter dias de oceano azul nos<br />
próximos anos.<br />
A PARTIR DE 2020, QUAIS SÃO AS PROJE-<br />
ÇÕES PARA A EXPORTAÇÃO DE MÓVEIS BRA-<br />
SILEIROS PARA O RESTO DO MUNDO?<br />
Várias indústrias gaúchas têm se preparado<br />
para atender essa demanda internacional que<br />
cresce de forma exponencial. Vamos crescer nas<br />
exportações e vamos incorporar novos destinos internacionais.<br />
O móvel brasileiro já é uma realidade<br />
para o mercado mundial.<br />
QUAIS FATORES PODEM EMPERRAR A<br />
RECUPERAÇÃO ECONÔMICA DO SETOR MO-<br />
VELEIRO?<br />
Existem alguns fatores relevantes, entre eles:<br />
problemas de infraestrutura, problemas de logística,<br />
a competitividade com a China, o câmbio, a<br />
burocratização, a complexa estrutura tributária,<br />
a fragilidade de algumas empresas, entre outros<br />
fatores.<br />
CAN <strong>2019</strong> BE CONSIDERED POSITIVE OR<br />
NEGATIVE IN TERMS OF RESULTS FOR THE<br />
FURNITURE INDUSTRY?<br />
Overall, the year was not good, even if we did<br />
have a performance similar to the previous year, and<br />
the exchange rate favored exports. The prolonged<br />
crisis did not allow better performance for the furniture<br />
industries. The expectation was that by the second<br />
half, we would begin to see improvements in<br />
the economy. However, there are still many political<br />
obstacles that make this impossible. But it should<br />
be smooth sailing in the next few years.<br />
STARTING IN 2020, WHAT ARE THE PRO-<br />
JECTIONS FOR BRAZILIAN FURNITURE EX-<br />
PORTS TO THE REST OF THE WORLD?<br />
Several companies in the State of Rio Grande do<br />
Sul are prepared to meet this exponentially growing<br />
international demand. Exports will grow, and we will<br />
incorporate new international destinations. Brazilian<br />
furniture is already a reality in the world market.<br />
WHAT ARE THE FACTORS THAT CAN HIN-<br />
DER ECONOMIC RECOVERY IN THE FURNITU-<br />
RE SECTOR?<br />
There are several relevant problematic factors,<br />
including infrastructure, logistics, competitiveness<br />
with China, foreign exchange rate, bureaucratization,<br />
complicated tax structure, and the fragility of<br />
some companies, amongst others.<br />
AS REFORMAS NOS DÃO<br />
MOTIVOS PARA<br />
ACREDITARMOS QUE UMA AGENDA<br />
POSITIVA PROPORCIONARÁ<br />
MELHORIAS NO AMBIENTE DE<br />
NEGÓCIOS<br />
26 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
Quer conhecer nossa empresa? Entre em contato:<br />
engecass@engecass.com.br
PRINCIPAL<br />
28 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
LIDERANÇA<br />
NO MERCADO<br />
EMPRESA PARANAENSE INVESTE EM<br />
TECNOLOGIA E ÓTIMO ATENDIMENTO PARA<br />
SE DIFERENCIAR NO DISPUTADO MERCADO<br />
DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS PARA MADEIRA<br />
Fotos: Fabiano Mendes<br />
MARKET<br />
LEADER<br />
A COMPANY FROM THE STATE OF<br />
PARANÁ INVESTS IN TECHNOLOGY AND<br />
SERVICE TO DIFFERENTIATE ITSELF IN<br />
THE DISPUTED MARKET FOR INDUSTRIAL<br />
FOREST PRODUCT MACHINERY<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 29
PRINCIPAL<br />
F<br />
undada em 1969, a Máquinas Águia sempre<br />
buscou aliar tradição e qualidade em todos os<br />
seus produtos. A empresa, que começou com<br />
apenas dois funcionários na década de 1960, hoje<br />
conta com mais de 50 modelos de máquinas para<br />
diversas funcionalidades, ao criar e desenvolver projetos<br />
juntamente com o cliente, de acordo com as necessidades<br />
de cada trabalho e demanda.<br />
Atualmente, a Máquinas Águia conta com 25 colaboradores,<br />
e trabalha no ramo de máquinas para serraria, com<br />
foco na precisão de corte e automação e inicia desenhos<br />
para plainas, máquinas para cabos de vassoura, multilâminas<br />
e demais ferramentas para beneficiamento de madeira,<br />
sempre em busca da maximização do aproveitamento da<br />
matéria-prima.<br />
Nesse cenário de ampla expansão, o grande destaque<br />
da empresa tem sido o carro porta-toras pneumático<br />
“CPA”, o mais rápido e inteligente do atual mercado brasileiro.<br />
Com tecnologia exclusiva da empresa, o equipamento<br />
possui acionamento servo-motor e robustez nunca antes<br />
vista em carros porta-tora no Brasil. Além disso, a Máquinas<br />
Águia também possui diversos modelos de porta-toras:<br />
CPA-650, CPA-800, CPA 1000, CPA 1300 e CPA 1500, destinados<br />
para atividades específicas para o setor madeireiro.<br />
F<br />
ounded in 1969, Máquinas Águia has always<br />
sought to combine tradition and quality in<br />
all its products. The Company, which started<br />
with only two employees in the 1960s, now<br />
has more than 50 machine models for various<br />
functions, by having created and developed projects<br />
together with customers, according to the needs of their<br />
work and demand.<br />
Currently, Máquinas Águia has twenty-five employees,<br />
and works in the field of machinery for sawmills, focusing<br />
on cutting accuracy and automation, and is initiating<br />
designs for drawings for planes, broom handle machines,<br />
multi-blade saws, and other tools for timber processing,<br />
always in search of maximizing the use of raw material.<br />
In this scenario of aggressive expansion, the Company’s<br />
flagship product has been the pneumatic “CPA”<br />
log carriage, the fastest and smartest in the current Brazilian<br />
market. Based on exclusive Company technology,<br />
the equipment has a servo-motor drive and robustness<br />
never before seen in log carriages in Brazil. Also, Máquinas<br />
Águia also has several models of log carriages:<br />
CPA-650, CPA-800, CPA1000, CPA1300, and CPA1500,<br />
intended for specific activities in the timber processing<br />
segment.<br />
30 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
Como principais características, o carro porta-tora<br />
possui uma construção compacta e robusta, composta por<br />
barramentos espessos e um sistema de medidas com servo-motor.<br />
Além disso, a máquina conta também com acionamento<br />
pneumático das garras, raspadores, retentores<br />
nas guias dos travessões, mesa de operação ergonômica,<br />
para comando à distância, e movimento independente ou<br />
em conjunto das garras.<br />
Mas esses expressivos números só poderiam ser resultado<br />
de uma gestão eficiente e de uma estrutura digna do<br />
reconhecimento que a Máquinas Águia possui no mercado:<br />
em sua matriz, em São José dos Pinhais (PR), na Região<br />
Metropolitana de Curitiba, a companhia dispõe de uma<br />
área construída de aproximadamente 2 mil m 2 (metros<br />
quadrados), além de uma área total de 24.200 m 2 .<br />
“Procuramos aliar a nossa excelente estrutura uma tecnologia<br />
capaz de resolver as necessidades dos clientes”,<br />
garante Wilson Wuicik, diretor da Máquinas Águia.<br />
A qualidade de seus produtos ainda é comprovada pelo<br />
número de países que importam equipamentos da Indústria<br />
e Comércio de Máquinas Águia para suas cadeias de<br />
produção, em quase todo o continente americano, como<br />
Argentina, Colômbia, Venezuela e EUA (Estados Unidos<br />
da América), assim como em países africanos, como a<br />
África do Sul.<br />
RECONHECIMENTO<br />
Entretanto, de nada adiantaria os esforços da empresa<br />
A MÁQUINAS ÁGUIA TEM<br />
COMO OBJETIVO REALIZAR<br />
UM ATENDIMENTO TÉCNICO E<br />
MANTER UMA RELAÇÃO HONESTA<br />
COM O CLIENTE<br />
As the main feature, the log carriage has a very compact<br />
and robust construction, consisting of thick guide<br />
rails and a measurement system using a servo-motor.<br />
Also, the machine has pneumatic activation for the claws,<br />
scrapers, retainers in the guides, ergonomic operating<br />
table, remote control, and independent or joint claw<br />
movement.<br />
But these expressive numbers could only be the result<br />
of efficient management and a structure worthy of<br />
the recognition that Máquinas Águia has in the market.<br />
At its headquarters, in São José dos Pinhais (PR), in the<br />
Metropolitan Region of Curitiba, the Company has a<br />
constructed area of approximately 2 thousand square<br />
meters, on a total area of 24.2 thousand square meters.<br />
“We seek to combine our excellent structure with a<br />
technology capable of solving customer needs,” says<br />
Wilson Wuicik, Director of Máquinas Águia.<br />
The quality of the products is further proven by the<br />
number of countries that already import Máquinas Águia<br />
machines for their production lines, covering almost the<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 31
PRINCIPAL<br />
se não houvesse o reconhecimento por parte dos fiéis clientes<br />
da Máquinas Águia, que negociam com a companhia<br />
há várias décadas. No caso do carro porta-toras, a empresa<br />
conta com diversos parceiros comerciais que o adquiriram<br />
e não se arrependeram em nenhum momento.<br />
“Ficamos impressionados com os resultados obtidos<br />
com o carro porta-toras da Máquinas Águia. É um equipamento<br />
ótimo, pois ele possui o servo-motor, que para nós<br />
é seu grande diferencial. Seu sistema de bitola também é<br />
muito superior e mais eficiente quando comparado com a<br />
máquina anterior que tinha em minha fábrica”, garante o<br />
gerente da Madefel, Agner Felchincher. “Tive um aumento<br />
na eficiência da madeireira por conta desse carro e desde<br />
então meu negócio tem evoluído diariamente”, relata à<br />
reportagem.<br />
Também cliente há muitos anos da Máquinas Águia, o<br />
proprietário da Madeireira Ana Mariana, Thiago Pelanda,<br />
é só elogios ao carro porta-tora da empresa. “Esse servo-<br />
-motor, ao invés de moto-freio, mudou totalmente nossa<br />
produção. Esse é um carrinho muito ágil e sua precisão é<br />
impressionante. Ele foi bom tanto na produção quanto na<br />
qualidade do produto”, conta Pelanda, que salienta que a<br />
agilidade da ferramenta tem sido fundamental para a rotina<br />
de seus funcionários.<br />
PÓS-VENDA<br />
Com objetivo de sempre dar prioridade às necessidades<br />
dos clientes, Wilson Wuicik, diretor da Máquinas Águia,<br />
entire American continent, such as Argentina, Colombia,<br />
Venezuela, and the United States, as well as in African<br />
countries, such as South Africa.<br />
RECOGNITION<br />
But the Company’s efforts would not be worth it if<br />
there was no recognition by the loyal Máquinas Águia<br />
customers, who have been dealing with the Company<br />
over several decades. In the case of log carriages, the<br />
Company has several purchasing partners who have acquired<br />
them and have never regretted their purchase at<br />
any time.<br />
“We were impressed by the results obtained with the<br />
Águias carriage. It is an excellent piece of equipment<br />
because it has a servo-motor, which for us, is its great<br />
differential. Its gauge system is also much superior and<br />
more efficient when compared to the previous machine<br />
that I had in my factory,” says Agner Felchincher, Manager<br />
for Madefel. “There was an increase in the efficiency<br />
of the sawmill because of this carriage, and since then,<br />
my business has evolved daily,” he tells REFERENCIA<br />
INDUSTRIAL.<br />
Also, a Máquinas Águia customer for many years,<br />
Thiago Pelanda, owner of Madeiran Ana Mariana, has<br />
only praise for the Company’s flagship carriage. “The<br />
use of a servo-engine, rather than a brake motor, totally<br />
changed our production. This is a very agile carriage,<br />
32 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
evela que traz consigo um lema que busca exteriorizar para<br />
todos os colaboradores da empresa: “se for para vender e<br />
não encaixar, melhor não vender.”<br />
Com essa filosofia, ele tem como objetivo realizar um<br />
atendimento técnico e manter uma relação honesta com o<br />
cliente, ou mesmo com um potencial negociador. “Preferimos<br />
perder o negócio a fazer com que o cliente adquira<br />
um produto que não encaixe no seu processo”, revela.<br />
Thiago Pelanda comprova. O proprietário da Madeireira<br />
Ana Mariana não poupou palavras para comprovar a<br />
eficiência do fornecedor. “O atendimento é ótimo. Nota<br />
10 mesmo. Eles sempre foram muito solícitos com nossas<br />
demandas e pedidos. No caso do pós-venda, eles sempre<br />
nos atenderam na hora”, afirma o empresário.<br />
Não foi diferente com a Madefel, madeireira referência<br />
no oeste catarinense.“Gostei bastante da Máquinas Águia<br />
justamente por causa do suporte que ela oferece. Tudo que<br />
preciso, eles correm e resolvem bem rapidinho”, enaltece<br />
o gerente da Madefel, Agner Felchincher.<br />
EXPORTAÇÕES<br />
A crise econômica pode ter adiado alguns planos da<br />
empresa, mas a retomada da economia tem dado sinais de<br />
que a Máquinas Águia prevê bons frutos para os próximos<br />
anos. “O mercado de exportação no Brasil caiu muito nos<br />
últimos cinco a seis meses, então quem vendia para fora<br />
precisa negociar com o mercado interno, com um produto<br />
muito superior e a um preço maior”, explica o diretor da<br />
Máquinas Águia, Wilson Wuicik.<br />
“Saímos na frente com essa qualidade, que é buscada<br />
por empresários que sabem valorizar o preço de um investimento<br />
que dará bons frutos no médio a longo prazo”,<br />
conclui Wilson.<br />
FICAMOS<br />
IMPRESSIONADOS<br />
COM OS RESULTADOS<br />
OBTIDOS COM O CARRO<br />
PORTA-TORAS DA ÁGUIA<br />
AGNER FELCHINCHER,<br />
GERENTE DA MADEFEL<br />
and its accuracy is impressive. It provides better results in<br />
both production and product quality,” says Pelanda, who<br />
points out that tool agility has been fundamental to his<br />
Company’s employee routine.<br />
AFTER-SALE SERVICE<br />
To always give priority to the customer needs, Máquinas<br />
Águia Director Wilson Wuicik reveals that he has a<br />
motto that seeks to make all Company employees aware<br />
of what goes on outside the Company: “For each sale, if<br />
the product doesn’t suit the job, it is better not to sell.<br />
With this philosophy, he aims to perform the best<br />
in technical service and maintain an honest relationship<br />
with the customer or in a potential deal. “We prefer to<br />
lose the business than to get the customer to purchase a<br />
product that does not fit their process,” he reveals.<br />
Thiago Pelanda is proof of this. The Madeireira Ana<br />
Mariana owner spared no words to praise the efficiency<br />
of the supplier. “The service is outstanding, ten out of<br />
ten. They have always been accommodating as to our<br />
demands and requests. In the case of after-sales, they<br />
always attended us in a timely way,” says the businessman.<br />
It is no different with Madefel, a reference sawmill in<br />
the western part of the State of Santa Catarina; I like Máquinas<br />
Águia precisely because of the support it offers.<br />
Everything you need, they resolve quickly,” Madefel Manager<br />
Felchincher reminds us.<br />
EXPORTS<br />
The economic crisis may have delayed some of the<br />
Company’s plans, but the economic resumption is giving<br />
signs that Máquinas Águia can predict good times for years<br />
to come. “The Brazilian export market has collapsed<br />
over the last five to six months, so those who sold abroad<br />
now need to sell on the domestic market, with a much<br />
better product, and at a higher price,” adds Máquinas<br />
Águia Director Wilson Wuicik.<br />
“We are ahead as to the quality, which is sought by<br />
entrepreneurs who know how to value the price of an<br />
investment that will bear good returns in the medium to<br />
long term,” Wuicik concludes.<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 33
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
INOVADOR<br />
EMPRESA INGLESA REVOLUCIONA MERCADO<br />
DA MADEIRA LAMINADA CRUZADA<br />
Fotos: divulgação<br />
34 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
Aarquiteta Alison Brooks elevou os limites<br />
da madeira laminada cruzada com o The<br />
Smile, um “mega-tubo” habitável com<br />
as duas extremidades levantadas para o<br />
céu. Brooks se uniu à firma de engenharia<br />
Arup e ao Conselho Americano de Exportação de Madeira<br />
para criar a estrutura de 34m (metros) de comprimento,<br />
que eles descrevem como o “primeiro projeto<br />
no mundo a usar grandes painéis CLT de madeira.”<br />
Toda a estrutura foi montada usando apenas 12<br />
painéis de CLT - um tipo de madeira projetada que<br />
substitui o aço e o concreto como o grande material<br />
revolucionário arquitetônico do século XXI. O CLT é<br />
geralmente criado usando madeira maciça, muitas<br />
vezes enfeitada, mas o The Smile é pioneiro no uso de<br />
madeira de tulipa laminada cruzada, uma madeira de<br />
lei norte-americana de rápido crescimento que oferece<br />
maior resistência e um acabamento mais atraente.<br />
“Queria criar algo que use CLT de madeira tulipa<br />
em seu maior formato possível, que é de placas de<br />
4,5m por 20m, e expressar a força adicional que a<br />
CLT pode oferecer quando é feita de madeira”, disse<br />
Brooks. “Ao transformar este tubo em forma de arco<br />
em grande escala, as placas formam um espaço sensorial<br />
dinâmico para habitar”, continuou ela. “O resultado<br />
é um edifício que se eleva a partir de um único<br />
ponto no centro.”<br />
O Smile é um dos principais projetos do London<br />
Design Festival, principal evento de design e construção<br />
civil europeu. A estrutura de madeira está localizada<br />
no Rootstein Hopkins Parade Ground, no Chelsea<br />
College of Art, no sudoeste de Londres.<br />
Os visitantes são convidados a entrar na estrutura<br />
em arco através de uma porta posicionada na metade<br />
do seu comprimento. No interior, eles podem subir em<br />
qualquer direção para ver as varandas nas duas extremidades<br />
elevadas. “A forma do sorriso implica que ele<br />
vai balançar”, garante Brooks. “Portanto, o formulário<br />
em si é um convite para testar se o pavilhão se move e<br />
como é entrar em um piso curvo.”<br />
O arquiteto descreve a experiência de entrar na<br />
grande estrutura do The Smile como “algo como nossa<br />
imagem arquetípica da Arca de Noé”. “A luz da porta<br />
que sai das extremidades do arco o convidará a subir a<br />
encosta da curva até as varandas em cada extremidade,<br />
como se estivesse olhando para fora do parapeito<br />
de um navio”, acrescentou.<br />
“Se você girar a estrutura verticalmente e adicionar<br />
o peso de 60 visitantes em uma extremidade, é equivalente<br />
ao núcleo que estabiliza um edifício de cinco<br />
andares. Ninguém jamais construiu um núcleo que seja<br />
esbelto em madeira”, conta orgulhosa a arquiteta, Alison<br />
Brooks.<br />
A estrutura foi projetada para resistir a aproximadamente<br />
10 toneladas de carga de vento. É aparafusado<br />
a uma grande caixa de madeira cheia de 20t (toneladas)<br />
de pesos de aço para impedir que caia. “Não é<br />
à toa quando dizemos que é um projeto nunca antes<br />
realizado. A reação dos visitantes do London Design<br />
Festival só comprova que o The Smile é começo de<br />
uma nova revolução no urbanismo e na construção civil<br />
em todo o mundo”, finaliza Brooks.<br />
A ESTRUTURA DE 34<br />
METROS DE<br />
COMPRIMENTO É DESCRITA<br />
COMO O PRIMEIRO PROJETO NO<br />
MUNDO A USAR GRANDES<br />
PAINÉIS CLT DE MADEIRA<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 35
MARCENARIA<br />
36 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
MARCENARIA<br />
SEGURA<br />
PARA EVITAR PROBLEMAS DESSE TIPO, A PRINCIPAL NORMA A<br />
SER SEGUIDA É A NR-12<br />
Fotos: divulgação<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 37
MARCENARIA<br />
S<br />
egurança é palavra de ordem em qualquer<br />
ambiente de produção, seja em<br />
grandes indústrias ou na marcenaria. De<br />
acordo com dados da OIT (Organização<br />
Internacional do Trabalho), o Brasil é o<br />
quarto país com maior incidência de acidentes de<br />
trabalho. Isso levanta a necessidade de vigilância<br />
constante com a segurança.<br />
“Entre as principais causas de acidentes e incidentes<br />
que acontecem nesse ambiente estão o ato<br />
inseguro (situações em que o empregado se coloca<br />
em risco, estando ciente ou não das consequências),<br />
a falta de capacitação para a operação dos<br />
equipamentos, a falta (indisponibilidade ou não uso)<br />
de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e a<br />
pressa”, lista Diogo Kaiser, do Senai Centro Moveleiro<br />
de Santa Catarina.<br />
Kaiser aponta que, para evitar problemas desse<br />
tipo dentro da marcenaria, a principal norma a ser<br />
seguida é a NR-12, que traz prescrições importantes<br />
PARA O COTIDIANO<br />
NA MARCENARIA, O<br />
PONTO MAIS IMPORTANTE<br />
PARA A SEGURANÇA DOS<br />
TRABALHADORES SÃO<br />
OS EPIs<br />
38 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
sobre a proteção de máquinas e equipamentos,<br />
para prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho<br />
com as partes móveis ou perfurocortantes desses<br />
recursos.<br />
As medidas de segurança mais importante para<br />
marcenarias começam por manter o maquinário e<br />
equipamentos sempre em perfeitas condições de<br />
uso e recebendo uma manutenção regular. Como a<br />
maioria dos equipamentos de marcenaria são cortantes,<br />
como serras, tupias e tornos, eles oferecem<br />
algum tipo de risco em seu uso.<br />
Além disso, é importante os trabalhadores se<br />
manterem atentos ao trabalho que está sendo realizado,<br />
principalmente quando os equipamentos<br />
estiverem ligados, afinal a distração pode ocasionar<br />
acidentes graves. Outro ponto essencial é armazenar<br />
produtos químicos de forma correta e cuidadosa<br />
para evitar incêndios ou outros incidentes no ambiente<br />
de trabalho.<br />
“É fundamental seguir as instruções de operação<br />
de todo o maquinário, ter uma boa iluminação<br />
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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 39
MARCENARIA<br />
na marcenaria, instalar coletor de pó em todas as<br />
máquinas e oferecer treinamentos constantes para<br />
a equipe sobre a operação dos equipamentos”,<br />
reforça Kaiser.<br />
Para o cotidiano na marcenaria, o ponto mais<br />
importante para a segurança dos trabalhadores são<br />
os EPIs. Ainda assim, muitas vezes eles são deixados<br />
de lado, abrindo espaço para a ocorrência de acidentes,<br />
lesões e doenças ocupacionais. Para evitar<br />
isso, os EPIs para trabalho em marcenaria incluem<br />
capacete (protege a cabeça no caso de quedas ou<br />
de projeção de objetos e partículas, e pode incluir<br />
uma viseira frontal que serve para a proteção do<br />
rosto por completo), protetor auricular (serve para<br />
a proteção auditiva contra barulho intenso e é de<br />
uso obrigatório em ambientes com mais de 85dB),<br />
óculos (protege a visão contra impactos de partículas<br />
ou contra luminosidade intensa), respirador facial<br />
(serve para a proteção das vias respiratórias em<br />
ambientes com muita poeira), luvas (protege a mão<br />
contra cortes, escoriações, calor, produtos químicos<br />
ou no manuseio de peças que possam apresentar<br />
algum tipo de risco) e calçados de proteção (garantem<br />
a segurança dos pés contra partículas, escoriações<br />
ou ação de produtos químicos).<br />
É fundamental também o uso dos EPCs (Equipamentos<br />
de Proteção Coletiva), que incluem sistemas<br />
de detecção e combate a incêndio; coifa protetora;<br />
kit de primeiros socorros; equipamentos de<br />
ventilação; exaustores para gases e vapores; cabines<br />
para pintura; tela para proteção de polias; peças ou<br />
engrenagens móveis; placas sinalizadoras; sensores<br />
de máquinas; fitas antiderrapantes para escadas.<br />
Os sistemas de detecção e combate a incêndio<br />
são uma das medidas mais importantes e podem<br />
variar de acordo com as necessidades do ambiente<br />
40 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
de marcenaria; eles podem ser sistemas automáticos<br />
que agem somente como alarme de incêndio,<br />
ou aqueles que iniciam uma ação de combate,<br />
como sprinkler e centrais de CO 2<br />
(Gás Carbônico).<br />
Além disso, o uso de extintores, seja do tipo água-<br />
-gás, para ocorrências de incêndios em peças ou<br />
resíduos de madeira, e extintores do tipo CO 2<br />
e pó<br />
químico, para incidentes com equipamentos elétricos<br />
e líquidos combustíveis - todos eles devem estar<br />
de fácil acesso e bem sinalizados no ambiente.<br />
Outro equipamento essencial, a coifa protetora<br />
é utilizada para evitar o toque acidental do marceneiro<br />
com a lâmina da serra. Devido à natureza do<br />
seu funcionamento, a coifa deve ser composta por<br />
um material resistente, capaz de fazer a retenção<br />
de partes da lâmina que possam ser projetadas em<br />
direção ao profissional.<br />
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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 41
PRÊMIO<br />
Destaques do setor<br />
industrial da<br />
madeira no Brasil<br />
RECEBEM PRÊMIO<br />
REFERÊNCIA <strong>2019</strong><br />
Fotos: Rosangela Bini<br />
42 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
O<br />
s principais empresários e profissionais do<br />
setor industrial da madeira de todo país estiveram<br />
presentes na cerimônia do PRÊMIO<br />
REFERÊNCIA, realizada no final do mês de<br />
outubro, em Curitiba (PR), com assinatura<br />
da JOTA EDITORA.<br />
Com 17 anos de tradição, a premiação é uma das<br />
mais respeitadas do Brasil por enaltecer a atuação de<br />
empresas do setor ao longo do ano, como forma de reconhecimento<br />
ao trabalho e ao desenvolvimento do país,<br />
considerando também critérios como empregabilidade,<br />
sustentabilidade, valores, cultura organizacional, inovação,<br />
geração de renda, entre outros quesitos.<br />
O PRÊMIO REFERÊNCIA busca fomentar o mercado,<br />
em toda a cadeia produtiva da madeira: nas florestas, na<br />
indústria, na produção de celulose e de papel, na geração<br />
de biomassa e nos produtos de madeira. Desta maneira,<br />
valoriza as empresas e as organizações do setor que colaboram<br />
para que o mercado brasileiro seja um dos mais<br />
desenvolvidos e promissores do mundo. “Minha gratidão<br />
à presença de vocês que dedicaram um tempo para estarem<br />
aqui. Há 21 anos, a REVISTA REFERÊNCIA vem trazendo<br />
a informação especializada para o nosso segmento<br />
e sinto orgulho da força da revista impressa”, ressaltou o<br />
diretor comercial da JOTA EDITORA, Fábio Machado.<br />
Em tempos de fake news e da dubiedade de informações<br />
das mídias digitais, Fábio destacou a potência<br />
da mídia impressa especializada no mundo que, cada vez<br />
mais, tem um púbico cativo por ter a credibilidade como<br />
valor primordial. “Recentemente, a Rock Content, maior<br />
empresa de conteúdo digital da América Latina, lançou<br />
uma revista impressa, assim como a Uber e Airbnb, por<br />
exemplo. Isso tem ocorrido porque, em uma pesquisa, foi<br />
revelada a dificuldade dessas empresas em se comunicar<br />
com empresários, diretores, investidores, CEO’s, presidentes<br />
de empresas, etc. E esse público-alvo falou que<br />
busca informação na revista segmentada impressa por<br />
confiar nessa fonte de informação”, revelou.<br />
Além da credibilidade e qualidade de conteúdo da<br />
mídia impressa, outro ponto ressaltado pelo diretor executivo<br />
da JOTA EDITORA, Pedro Bartoski Jr., é a comunicação<br />
direta que as empresas passam a ter com público<br />
por meio do veículo impresso. “Muitas vezes o setor<br />
empresarial não informa ao seu público o que está produzindo<br />
e desenvolvendo. A revista é uma ferramenta para<br />
as empresas e os profissionais divulgarem e comunicarem<br />
o trabalho realizado em prol do nosso Brasil. A gente<br />
tem orgulho de estar premiando 10 dessas empresas que<br />
pesquisamos e descobrimos como fizeram algo de muito<br />
importante, dentro do nosso segmento, neste ano. Mas<br />
convido a participarem ativamente: divulguem mais as<br />
empresas, porque credibilidade a gente tem de sobra,<br />
assim como vocês, precisamos saber usar mais essa ferramenta”,<br />
orientou o diretor executivo.<br />
PRÊMIO<br />
2 19<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 43
PRÊMIO<br />
Confira os 10 vencedores do PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2019</strong>:<br />
ABPM (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS<br />
PRESERVADORES DE MADEIRA)<br />
Em 50 anos de atuação, a Abpm trabalha na criação de<br />
normas técnicas junto à Abnt e no controle de qualidade da<br />
madeira tratada, ações fundamentais para o desenvolvimento<br />
do setor no país. Entre os destaques recentes está o lançamento<br />
do selo Qualitrat, concedido a empresas que seguem<br />
padrões de origem, qualidade e legalidade após uma auditoria<br />
do instituto de pesquisas tecnológicas. A Abpm também<br />
participou da organização do wood protection - conferência<br />
sul-americana de tecnologias em proteção da madeira, que<br />
discute o futuro do setor. “Gostaria de agradecer imensamente<br />
pelo privilégio de estar entre os premiados dessa noite, em<br />
mais uma edição desse tradicional prêmio em reconhecimento<br />
das empresas de base florestal e madeireiro do Brasil. A Abpm<br />
agradece a Revista REFERÊNCIA por nos motivar a continuar a<br />
caminhada que este ano completa 50 anos de existência. Essa<br />
homenagem ficará na memória de todos os integrantes que<br />
estiveram a frente dessa entidade, bem como todos os associados”,<br />
declarou o presidente da entidade, Gonzalo Lopez.<br />
AMATA<br />
Primeira empresa a obter uma concessão Florestal<br />
Pública no Brasil, a Amata se destaca por oferecer para o<br />
mercado de construção civil uma alternativa inovadora.<br />
A empresa realizou a primeira construção de madeira<br />
engenheirada em altura no Brasil, com um prédio de três<br />
andares, criado com peças estruturais a partir da madeira<br />
pinus. Atualmente, a Amata conta com quatro operações<br />
florestais nos Estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso<br />
do Sul e Paraná. “Estamos prestes a completar 15 anos<br />
de existência e é uma grande honra receber esse prêmio.<br />
Muito obrigado pelo prestígio e pela escolha”, destacou<br />
o gerente de operações, Patrick Reydams.<br />
44 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
CIA CANOINHAS DE PAPEL<br />
Destaque pelo rigor com a qualidade, a Cia Canoinhas,<br />
fabricante de papel higiênico, toalhas de papel multiuso<br />
e guardanapos de papel, registrou, no ano passado,<br />
um crescimento de 12,52% em sua receita. Além disso,<br />
conquistou a certificação do seu sistema de gestão da<br />
qualidade ISO 9001:2015. A empresa catarinense está entre<br />
as 100 maiores empresas do Estado de Santa Catarina,<br />
ocupando a 64ª posição, e entre as 500 maiores do sul, na<br />
posição número 272. “Gostaria de agradecer a indicação<br />
ao Prêmio e a Revista REFERÊNCIA o prêmio concedido.<br />
Desenvolver-se em um cenário de enorme competitividade<br />
como este é um desafio para muitas empresas, tornar-<br />
-se competitivo acredito ser um desafio ainda maior. Durante<br />
os 36 anos da Cia Canoinhas de Papel procuramos<br />
desenvolver ações para sustentabilidade e hoje estamos<br />
aqui colhendo os frutos”, comemorou Amilton Fagundes<br />
da Silva, representante da empresa.<br />
CIPEM (CENTRO DAS INDÚSTRIAS<br />
PRODUTORAS E EXPORTADORAS DE<br />
MADEIRA DO ESTADO DE MATO GROSSO)<br />
Com atuação em um dos maiores Estados produtores<br />
de madeira nativa do país, o Mato Grosso, o Cipem<br />
(MT) fortalece, cada vez mais, a atuação dos sindicatos<br />
patronais de base florestal. Este ano, o Cipem (MT) conquistou<br />
o PRÊMIO REFERÊNCIA ao esclarecer que o setor<br />
florestal não é o vilão no desmatamento da floresta<br />
e ao ressaltar que o manejo florestal é viável e economicamente<br />
sustentável. “Queremos muito agradecer pela<br />
oportunidade de estarmos aqui, neste importante evento.<br />
O Cipem (MT) completa 15 anos e está em 44 municípios,<br />
defendendo a produção e a venda da madeira<br />
nativa ambientalmente correta”, ressaltou o presidente<br />
do Cipem (MT), Rafael José Mason.<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 45
PRÊMIO<br />
COMPANHIA VALE DO ARAGUAIA<br />
Há 14 anos no mercado, a Companhia Vale do Araguaia<br />
oferece para o mercado a madeira teca de qualidade.<br />
Este ano, a Vale do Araguaia se prepara para um novo<br />
marco em sua atuação: a operação de uma unidade de<br />
processamento de madeira, prevista para começar a funcionar<br />
no mês de novembro. Serão produzidas madeiras<br />
serradas, torneados e painéis. A produção mira os mercados<br />
nacional e internacional. “Nós vemos investindo em<br />
muita tecnologia e inovação e queremos muito agradecer<br />
a esse prêmio e esse belíssimo evento porque é um<br />
grande prazer estar aqui com todos vocês”, comentou o<br />
representante Robson Proença.<br />
FNBF (FÓRUM NACIONAL DAS ATIVIDADES DE<br />
BASE FLORESTAL)<br />
Com foco em apresentar para o mundo a sustentabilidade<br />
da atividade de base florestal no Brasil, este ano o<br />
fórum também atuou ativamente para combater a desinformação<br />
e desmistificar a imagem da madeira nativa da<br />
Amazônia, além de incentivar o manejo florestal sustentável.<br />
“Queremos parabenizar a diretoria da Revista RE-<br />
FERÊNCIA, pois para nós, é de grande valia esse prêmio,<br />
estamos muito gratos por nos proporcionar isso. Temos<br />
um planejamento para 2020 focados na indústria 4.0 e<br />
na qualificação dos empresários, entre outras atividades.<br />
Contamos com o apoio de todos vocês”, conclamou o<br />
presidente do fórum, Geraldo Bento.<br />
46 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
GRUPO COMELLI<br />
Destaque no mercado pela qualidade do serviço<br />
que oferece no transporte florestal e agropecuário, o<br />
grupo Comelli investiu mais de R$ 40 milhões na renovação<br />
e na otimização de sua frota. Este ano, o grupo foi<br />
convidado para participar do projeto Líderes do Futuro,<br />
realizado pela Volvo em sua planta na Carolina do Norte,<br />
nos EUA (Estados Unidos da América). “Gostaríamos<br />
de agradecer a esse momento proporcionado pela Revista<br />
REFERÊNCIA, é muito gostoso ser reconhecido e é<br />
muito importante para o nosso trabalho, muito obrigado”,<br />
afirmou o diretor geral do grupo, Felipe Comelli.<br />
MADESONDA MADEIRAS<br />
Com um investimento de R$ 13 milhões em infraestrutura<br />
e equipamentos no último ano, a Madesonda<br />
Madeiras ampliou sua capacidade de produção em mil<br />
metros cúbicos de madeira serrada por mês. A serraria,<br />
com gestão verticalizada, desenvolve todo o processo<br />
produtivo, desde o reflorestamento até o beneficiamento<br />
da madeira. Por conta de tantos investimentos que beneficiam<br />
o setor, a empresa é uma das vencedoras do PRÊ-<br />
MIO REFERÊNCIA <strong>2019</strong>. “É um privilégio para a gente,<br />
nos sentimos honrados em estar neste evento e ganhar<br />
esse prêmio. Somos uma empresa familiar, agradecemos<br />
a cada um de vocês que acreditam e confiam no nosso<br />
trabalho. Agradecemos também a cada um de nossos<br />
colaboradores que nos auxiliam e contribuem para essas<br />
conquistas”, disse o sócio-administrador da Madesonda,<br />
Telmo Ferreira.<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 47
PRÊMIO<br />
MALINSKI CABOS DE MADEIRA<br />
Com produtos exportados para os mercados americano,<br />
canadense e europeu, a Malinski Cabos de Madeira,<br />
empresa industrial catarinense, implantou uma unidade<br />
em Porto Velho (RO), que otimizou a logística de escoamento<br />
de sua produção aos mercados internacionais. A<br />
planta de 74 mil m 2 (metros quadrados) concentra toda<br />
a cadeia produtiva, desde a transformação das toras em<br />
pranchas, que depois de secas, são beneficiadas em cabos<br />
de ferramentas. “Gostaria de homenagear todos os<br />
presentes, vejo com muita alegria essa noite, destacando<br />
o Prêmio REFERÊNCIA e a Revista REFERÊNCIA porque<br />
nós temos que investir sempre mais em informação. Um<br />
dos nossos planos estratégicos para 2020 é trazer para<br />
a unidade de Porto Velho, os estudantes para que possam<br />
conhecer melhor o nosso trabalho e pararmos com<br />
essa ideia de que nós derrubamos árvores. Temos que<br />
desmitificar isso e a informação é fundamental. Parabéns<br />
ao Prêmio e à Revista pela qualidade dessa informação”,<br />
enalteceu o representante Ricardo Stanguerlin.<br />
SINCOL<br />
Há 70 anos no mercado, a Sincol foi uma das empresas<br />
pioneiras no manejo florestal e no reflorestamento.<br />
Seu potencial para a inovação e o acompanhamento do<br />
mercado fizeram com que a empresa também se consolidasse<br />
como uma das principais fabricantes de portas do<br />
Brasil, com reconhecimento internacional. “É um privilégio<br />
muito grande fazer parte da festa do Prêmio, a Revista<br />
REFERÊNCIA é muito importante para nosso setor. A<br />
sustentabilidade sempre foi e é muito importante nessa<br />
nossa trajetória, desde o início. Muito obrigado por essa<br />
homenagem”, agradeceu o diretor da Sincol, Caetano<br />
Balvedi Neto, ao receber o Prêmio REFERÊNCIA <strong>2019</strong>.<br />
48 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Everton Ewald, Gerson Luis Penkal e<br />
Jussara Dallabona<br />
Rafael Nanami, Sergio Amaral Jr., Yuri<br />
Boaventura, Juliano de Abreu e<br />
Fernando do Vale<br />
Rafael Macedo e Larissa Angeli<br />
Rodrigo Fernando Lopes e<br />
Waldemar Vieira Lopes<br />
Robson Proença<br />
Romão Alfredo Hatschbach, Edmilson<br />
Bertolino e Claudio Hatschbach<br />
Leo Carlos Custódio e Renato Lara<br />
Élcio Erasmo Wuicik e<br />
Jéssika Thieny Ferreira<br />
Marcelo Jr. e Camile Bartoski<br />
Denise Mota e Antônio Carlos Pasqualini<br />
Lonard dos Santos<br />
Lucas Comelli e Felipe Comelli<br />
Rodrigo Contesini e Guilherme Rizental<br />
Emília Johan e Danilo Johan<br />
Monica Mason e Rafael Mason<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 49
PRÊMIO<br />
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Enio Cavales e Irene Lecheta<br />
Siderley Mason e Eloiza Mason<br />
Geraldo Bento e Cleuza Bento<br />
Mario Sérgio de Lima, Gonzalo Lopes e<br />
Robson Lemos<br />
Sirlei de Jesus, Marcos Cunhier, Rodrigo<br />
Grosskopf, Amilton Fagundes, Rogério<br />
Dias e Mônica Mendes<br />
Victor Hugo e Werner Krueger<br />
Fabricio Ruediger<br />
Rafael Knelsen Pereira da Silva e<br />
Natallie Candida Gonçalves Knelsen<br />
Michele Cordeiro, Diego Vieira e<br />
Liliane Cordeiro<br />
Patrick Reydams e Hellen Reydams<br />
Carla Cristina Schittler<br />
Crislaine Briatori, Isabela Alves, Regiane<br />
Caetano, Cassiele Ferreira, Marrie Freitas,<br />
Talita Laurino e Gabriel Ferreira<br />
Yuri Boaventura e Cassiele Ferreira<br />
Tainá Brandão e Jéssika Thieny Ferreira<br />
Toni Casagrande<br />
50 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
Mariane Melo, Cassiele Ferreira e<br />
Cristiane Baduy<br />
Dario Machado, Emília Johan e<br />
Danilo Johan<br />
Telmo Ferreira Bastos e Geovana Sonda<br />
John Moore e Fabiana Tokarski<br />
Eduardo Rechenberg e Joseane Knop<br />
Crislaine Briatori e Cassiele Ferreira<br />
Luciana Leite e Alexandro Silva<br />
Luis Lensen e Susimara Cionek<br />
Ricardo Stanguerlin<br />
Wilson Wuicik<br />
Lina Chiadin Chang e Dahge Chiadin<br />
Change<br />
Geraldo Bento e Rafael Mason<br />
Paula Machado e Olle Melim<br />
Everson Stelle<br />
Fernando do Vale<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 51
PRÊMIO<br />
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Wilian Kuchla e Willyan Sauerbier<br />
Marrie Freitas e Fabiano Mendes<br />
Susimara Cionek e Luís Iensen<br />
Rafael Nanami<br />
Ronald Tavares, Leandro Santos e<br />
Alessandro Crepaldi<br />
Pablo Mayer<br />
Sérgio do Amaral Jr.<br />
Regiane Caetano, Cassiele Ferreira e<br />
Marrie Freitas<br />
João Leonardo e Vanessa Silva<br />
Agapito Sobrinho e Marcos Batistella<br />
Edson Rosa e Fábio Calomeno<br />
Jessica Thieny Ferreira, Gerson Luis<br />
Penkal e Tainá Brandão<br />
Fábio Bachiega e Sheila Bachiega<br />
Fernando Strobel e Fabio Machado<br />
Ademar Morgan e Janete Morgan<br />
52 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
Simone Meira e José Semmer<br />
Jéssika Thieny Ferreira e Rafael Nanami<br />
Fabio Machado e Dario Machado<br />
Caetano Balvedi<br />
Alexandra Pimentel e Marco Tuoto<br />
A cervejaria Maniacs marcou presença<br />
no evento<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 53
ECONOMIA<br />
RECEITAS<br />
DE VENDAS<br />
DA INDÚSTRIA REGISTRAM<br />
LEVE CRESCIMENTO<br />
Fotos: divulgação<br />
54 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
EM <strong>2019</strong> AUMENTO DA<br />
AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS<br />
E EQUIPAMENTOS FOI DE<br />
13,6%, NA SUA MAIOR PARTE<br />
EM BENS IMPORTADOS<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 55
ECONOMIA<br />
s receitas de vendas da indústria bra-<br />
de máquinas e equipamentos Asileira<br />
registraram leve crescimento no mês<br />
setembro de <strong>2019</strong>. A informação é<br />
da Abimaq (Associação Brasileira de<br />
Máquinas e Equipamentos). Segundo<br />
a Associação, o resultado foi positivo, porém ainda<br />
pequeno: 0.1% em relação a agosto e 2,2% sobre o<br />
mesmo mês de 2018.<br />
O diretor de competitividade da Abimaq, Mario<br />
Bernardini, faz uma análise ao afirmar que esse ano,<br />
ao contrário de 2018, o mercado externo está fraco<br />
com os parceiros em crise e as exportações recuando.<br />
Já o mercado interno manteve um crescimento<br />
importante de 6,2% – em relação a janeiro e setembro<br />
de 2018.<br />
“É no mercado interno que nós vamos crescer.<br />
Por isso, é cada vez mais importante que o governo<br />
tenha sensibilidade para começar a colocar, junto<br />
com o ajuste fiscal, algumas medidas que possam<br />
auxiliar a retomada do crescimento, como o investimento<br />
em infraestrutura, que é a única locomotiva<br />
disponível que temos para voltar a crescer a níveis<br />
decentes”, defende Bernardini.<br />
Para Bernardini, será necessário que o governo<br />
assuma o ônus e o bônus de fazer o Brasil crescer<br />
com investimentos públicos para resolver o problema<br />
de desemprego, de melhoria de renda e satisfação<br />
da sociedade com o novo governo. “Do contrário,<br />
o país não vai sair de um crescimento medíocre<br />
entre 1,8% e 2%”, acredita.<br />
CONSUMO APARENTE<br />
O consumo aparente (produção – exportação +<br />
importação) de máquinas e equipamentos registrou<br />
queda no mês de setembro de <strong>2019</strong> em relação ao<br />
56 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
mês imediatamente anterior (-16,4%), mas crescimento<br />
de 16,8% sobre o mesmo mês de <strong>2019</strong>.<br />
No ano, o aumento da aquisição de máquinas e<br />
equipamentos foi de 13,6%, na sua maior parte em<br />
bens importados. A variação cambial do período<br />
também contribuiu para o aumento do resultado<br />
observado no consumo aparente, via conversão monetária<br />
na importação. Neste caso, o aumento no<br />
resultado anual chegou a 5,4%.<br />
EMPREGO<br />
Após ter reduzido em mais de 90 mil o número<br />
de pessoas empregadas na indústria brasileira de<br />
máquinas e equipamentos, em 2018, o setor retomou<br />
o processo de ampliação e contratou 10 mil<br />
pessoas. Em <strong>2019</strong>, o setor manteve suas contratações<br />
e encerrou o mês de setembro com 307.688<br />
pessoas, equivalente a 6.900 novos postos sobre<br />
dezembro de 2018.<br />
O aumento segue a tendência de criação de<br />
empregos no país. A geração de empregos de carteira<br />
assinada teve saldo positivo de mais de 157 mil<br />
ESTAMOS MANTENDO<br />
A DINÂMICA DE<br />
CRESCIMENTO DESDE O INÍCIO<br />
DO ANO, COM UM INCREMENTO<br />
QUE NÃO É CONCENTRADO<br />
APENAS EM UM SETOR<br />
INDUSTRIAL<br />
SUZUKI JÚNIOR<br />
DESTOPADOR PNEUMÁTICO COM<br />
POSICIONADOR ELETRÔNICO<br />
DEPOIMENTO DE UM CLIENTE SATISFEITO<br />
“Compramos a primeira destopadeira automática Rotteng à<br />
5 anos, com isso conseguimos aumentar a produtividade,<br />
reduzir funcionários, melhorar a qualidade dos cortes,<br />
reduzir desperdício de madeira e com a segurança que a lei<br />
exige. Hoje temos 7 destopadores e 1 com destopo em<br />
ângulo, diminuindo o gasto com manutenção e possuindo<br />
toda a assistência técnica”<br />
Cidnei Roberto Brito<br />
Gerente da Marcenaria<br />
NÃO ARRISQUE OS DEDOS DOS SEUS FUNCIONÁRIOS,<br />
O ROTTSTOP SE ARRISCA POR ELES!<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 57
ECONOMIA<br />
em setembro no país. São 844 novas vagas, 45,3%<br />
maior que o mesmo mês no ano anterior e 36,4%<br />
maior que agosto. Esse é o maior saldo positivo dos<br />
últimos seis anos, segundo dados do Caged (Cadastro<br />
de Empregados e Desempregados), divulgado<br />
mensalmente com informações de admissões e desligamentos<br />
de trabalhadores.<br />
REALIDADE PARANAENSE<br />
O cenário positivo da indústria neste ano colocou<br />
o Paraná em destaque no país. A produção<br />
industrial do Estado foi a maior do Brasil neste ano,<br />
segundo dados divulgados pelo Ibge (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística). A taxa de crescimento<br />
foi de 6,7% até setembro, o melhor resultado<br />
desde 2011.<br />
A indústria paranaense também registrou variação<br />
positiva em outros indicadores: alta de 7,4% no<br />
comparativo entre os meses de setembro de <strong>2019</strong> e<br />
EM <strong>2019</strong>, O SETOR<br />
MANTEVE SUAS<br />
CONTRATAÇÕES E<br />
ENCERROU O MÊS DE<br />
SETEMBRO COM 307.688<br />
PESSOAS, EQUIVALENTE A<br />
6.900 NOVOS POSTOS SOBRE<br />
DEZEMBRO DE 2018<br />
58 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
do ano passado; crescimento de 5,2% no último ano<br />
e de 1,3% de agosto para setembro deste ano. Os<br />
destaques do Estado foram veículos automotores<br />
(46,7%), produtos de metal (19,3%) e máquinas, aparelhos<br />
e materiais elétricos (11,6%).<br />
Para Júlio Suzuki Júnior, pesquisador do Ipardes<br />
(Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico<br />
e Social), o bom momento do setor industrial do<br />
Paraná é um espelho da confiança do setor empresarial<br />
nas políticas de desenvolvimento do Estado.<br />
“Estamos mantendo a dinâmica de crescimento<br />
desde o início do ano, com um incremento que<br />
não é concentrado apenas em um setor industrial”,<br />
compara Suzuki Júnior.<br />
O crescimento da indústria refletiu-se no PIB<br />
(Produto Interno Bruto) do Paraná. O PIB do Estado<br />
cresceu 1,05% no segundo trimestre de <strong>2019</strong>, em<br />
comparação com os três primeiros meses do ano,<br />
segundo o Ipardes. A taxa de crescimento é a maior<br />
registrada nos últimos dois anos.<br />
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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 59
SUSTENTABILIDADE<br />
PROJETO EM<br />
WOOD FRAME<br />
É RECONHECIDO PELA<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
60 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
CONCEITO DE<br />
CONSTRUÇÃO SOMA<br />
A SUSTENTABILIDADE<br />
DO USO DA MADEIRA<br />
COM A CAPACIDADE DE<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO<br />
Fotos: divulgação<br />
O<br />
projeto de estrutura em wood frame e<br />
de telhado em madeira desenvolvidos<br />
pela Stamade para o Residencial Park<br />
Pinhais, localizado na cidade de Pinhais<br />
(PR), recebeu menção honrosa de sustentabilidade<br />
no Prêmio Talento Engenharia Estrutural<br />
<strong>2019</strong>. A premiação é uma iniciativa da Gerdau e da<br />
Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria<br />
Estrutural) com o objetivo de reconhecer os profissionais<br />
ou empresas que desenvolvem projetos de<br />
destaque na engenharia de estruturas.<br />
Como a composição principal dos painéis utilizados<br />
na obra é a madeira de pinus, as construções representam<br />
uma inversão na emissão de gases de efeito<br />
estufa, uma vez que a produção da madeira sequestra<br />
carbono ao invés de emitir. Além disso, a madeira é<br />
um material de construção renovável, que pode ser<br />
plantado e após sua colheita uma nova árvore pode ser<br />
plantada em substituição para ser colhida em alguns<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 61
SUSTENTABILIDADE<br />
COMO A COMPOSIÇÃO<br />
PRINCIPAL DOS<br />
PAINÉIS UTILIZADOS NA OBRA É<br />
A MADEIRA DE PINUS, AS<br />
CONSTRUÇÕES REPRESENTAM<br />
UMA INVERSÃO NA EMISSÃO DE<br />
GASES DE EFEITO ESTUFA<br />
anos, indefinidamente, contando como principal fonte<br />
de energia para sua produção a energia solar.<br />
Soma-se ainda o fato da fabricação das estruturas e<br />
preparação das instalações elétricas e hidráulicas acontecerem<br />
em um ambiente fabril, eliminando etapas<br />
durante a montagem in loco e reduzindo significativamente<br />
a produção de resíduos.<br />
A premiação coincide com a finalização do texto<br />
do projeto de norma para o sistema construtivo<br />
wood frame, aprovado por consenso na Comissão de<br />
Estudos da Abnt (Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas) que trata do assunto, e que agora segue para<br />
consulta pública.<br />
PROJETO<br />
O projeto estrutural foi desenvolvido para as três<br />
primeiras torres de quatro pavimentos construídos no<br />
Brasil com estrutura em wood frame. O empreendimento<br />
é composto por uma torre com 14 apartamentos<br />
por andar e duas torres com 10 apartamentos por<br />
andar, totalizando 136 apartamentos, em um total de<br />
7.534 m² (metros quadrados) de área construída.<br />
De acordo com o engenheiro Guilherme Stamato,<br />
o projeto do edifício teve como princípio a utilização<br />
de painéis industrializados de wood frame para as paredes,<br />
os entrepisos e para a estrutura de cobertura.<br />
“O dimensionamento dessas estruturas consiste na<br />
62 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
quantificação dos esforços de gravidade e acidentais,<br />
em especial os esforços de vento, que representam<br />
nível de solicitação significativa nesse tipo de estrutura,<br />
cujo peso final está entre um terço e metade de uma<br />
estrutura de concreto ou alvenaria”, destaca o especialista.<br />
As cargas verticais de gravidade são recebidas e<br />
suportadas por vigas de pinus que vencem os vãos<br />
entre paredes. “Essa carga é descarregada nos painéis<br />
de parede, cuja resistência é dada pelos elementos de<br />
madeira que formam os painéis de parede, que tem<br />
como travamento as chapas de OSB. Para os esforços<br />
horizontais, os painéis de parede, de piso e de cobertura<br />
se comportam como painéis rígidos em seus<br />
planos, e devem ter suas configurações dimensionadas<br />
para tal, recebendo os esforços horizontais e transmitindo<br />
às fundações ou ao piso inferior pela compressão<br />
ou por equipamentos de ancoragem que conferem<br />
resistência à tração e ao cisalhamento”, explica.<br />
O sistema construtivo em wood frame utilizado<br />
nessa obra é composto por madeira de pinus tratada<br />
e travado com chapas de OSB pregadas em ambas<br />
as faces das paredes. “Essa composição proporciona<br />
grande rigidez ao painel, além de contribuir significativamente<br />
para o desempenho da edificação no que<br />
se refere a conforto térmico e acústico. A resistência<br />
ao fogo é atendida com a utilização de camadas de<br />
drywall adequadas para o tipo de habitação em questão”,<br />
revela Stamato.<br />
Já a estrutura de cobertura foi dividida em dois<br />
tipos, sendo um representando as extremidades do<br />
telhado, compondo um bloco de três águas, que teve<br />
seus componentes treliçados pré-fabricados. O módulo<br />
todo, com 110 m², foi montado no solo e içado ao<br />
topo da edificação. A região central da cobertura foi<br />
desenvolvida em vigas de banzos paralelos posicionadas<br />
e posteriormente receberam painéis planos de<br />
cobertura compondo as águas dos telhados.<br />
Ainda considerado inovador no Brasil, esse conceito<br />
de construção soma a sustentabilidade do uso da<br />
madeira com a capacidade de industrialização que o<br />
sistema desenvolveu. Com isso, a participação dessas<br />
construções no mercado tem crescido muito em diversos<br />
países do mundo, em especial na Europa, onde a<br />
busca pelo melhor desempenho tem sido o maior objetivo<br />
da construção civil.<br />
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Laminação até rolete final muito pequeno<br />
Recursos de controle e automação avançados<br />
Alta qualidade de lâmina e precisão de espessura<br />
Adequada para processamento de toras de pequeno diâmetro<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 63
MADEIRA TRATADA<br />
PONTE<br />
ECOLÓGICA<br />
Fotos: divulgação<br />
PREFEITURA RESPEITA DNA DE<br />
CIDADE-MODELO E REALIZA<br />
OBRAS COM MADEIRA<br />
N<br />
ão é de hoje que Curitiba (PR) possui<br />
a fama de cidade ecológica e amiga<br />
do meio-ambiente: nos anos 1990,<br />
com seus diversos programas de reciclagens<br />
e de incentivo a parques e<br />
áreas verdes, a capital dos paranaenses saiu na frente<br />
no quesito sustentabilidade antes que o assunto<br />
entrasse em pauta em todo o país.<br />
Três décadas depois, o legado continua, mas<br />
desta vez em obras públicas espalhadas pela região<br />
central e na periferia curitibana. Ao todo, o<br />
município possui cinquenta e duas pontes de madeira,<br />
além de duzentas e cinquenta passarelas que<br />
utilizam esse material como pedra angular desses<br />
módulos.<br />
A mais recente iniciativa está em processo de<br />
construção, no tradicional bairro de Santa Felicidade,<br />
colonizado por imigrantes italianos. A ponte, realizada<br />
pelo Departamento de Pontes e Drenagem<br />
da Secretaria de Obras Públicas, é a 11ª feita apenas<br />
neste ano em Curitiba. Ela ficará na Rua Coronel<br />
Carlos Vieira de Camargo, próxima da Subtenente<br />
Antônio Pinto Portugal, sobre o Rio Cascatinha.<br />
64 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 65
MADEIRA TRATADA<br />
A construção terá sete metros de extensão e seis<br />
metros de largura. Antes do início dos trabalhos,<br />
por segurança, a antiga estrutura ficou bloqueada<br />
por algumas semanas, pois estava comprometida.<br />
Foram selecionadas peças de eucalipto tratado para<br />
a estrutura, com o objetivo de garantir a durabilidade<br />
e a segurança da travessia, que deverá facilitar a<br />
vida de moradores da região. O valor da obra não<br />
foi divulgado pela prefeitura.<br />
“É uma antiga demanda da população e realizamos<br />
prontamente. Pontes de madeira, além de não<br />
agredirem o meio ambiente, não custam tanto aos<br />
cofres públicos. Todos ganham quando a prefeitura<br />
pensa na população e em seu bem-estar”, ressaltou<br />
o secretário de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues.<br />
A auxiliar administrativa Caroline Mayer mora<br />
há 21 anos na região e diz que a antiga estrutura de<br />
madeira estava perigosa, a mesma opinião da dona<br />
de casa Josemara Sá, que mora em frente à ponte<br />
há dois anos. “Pedíamos aos órgãos públicos há<br />
cerca de cinco anos, mas nunca foi realizado nada.<br />
Essa gestão resolveu o problema e daqui algumas<br />
semanas teremos uma nova passagem que ajudará<br />
muitas pessoas que passam por essa região todos<br />
FORAM SELECIONADAS<br />
PEÇAS DE EUCALIPTO<br />
TRATADO PARA A ESTRUTURA,<br />
COM O OBJETIVO DE GARANTIR<br />
A DURABILIDADE E A<br />
SEGURANÇA<br />
66 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
QUALIDADE E EFICIÊNCIA<br />
os dias”, destacou Carolina Mayer.<br />
Josemara conta que muita gente utiliza o trecho<br />
que faz a ligação entre os bairros São João e Santa<br />
Felicidade. “Diversas vans que levam os alunos para<br />
a escola passam por este caminho, então ajudará<br />
pessoas de todas as idades”, relata.<br />
INVESTIMENTOS<br />
A 12ª ponte deverá ser concluída em dezembro<br />
e fica na Rua Embaixador Hipólito de Araújo, próximo<br />
à Rua Chile, sobre o Rio Belém, no Prado Velho.<br />
Lá, devido às características do local, a base está<br />
sendo feita em concreto e a ponte será de madeira.<br />
Além das pontes de madeira construídas ao<br />
longo do ano, a Secretaria de Obras implantou uma<br />
nova ponte em substituição a uma passarela na Rua<br />
Esperandio Domingos Foggiato, antiga Rua das<br />
Palmeiras, também no Prado Velho. Foi feita ainda a<br />
manutenção de 15 pontes de madeira da cidade.<br />
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NOVEMBRO <strong>2019</strong> 67
ARTIGO<br />
AVALIAÇÃO<br />
DE VIGAS DE MADEIRA<br />
LAMINADA COLADA DE<br />
CEDRINHO<br />
Foto: divulgação<br />
PEDRO GUTEMBERG DE ALCÂNTARA SEGUNDINHO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />
ANDRÉ LUIZ ZANGIÁCOMO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS<br />
MARCELO RODRIGO CARREIRA<br />
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ<br />
FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />
68 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
RESUMO<br />
AMLC (Madeira Laminada Colada) é produzida<br />
a partir da colagem de peças<br />
de madeira. No Brasil, o emprego da<br />
madeira de espécies nativas para produzir<br />
elementos estruturais de MLC não<br />
ocorre em condições tecnológicas satisfatórias, sendo<br />
dificultado por não serem totalmente conhecidas as<br />
suas propriedades e seu desempenho em diferentes<br />
condições de serviço. Neste estudo, objetivou-se determinar<br />
e relacionar o E Mvt<br />
(Módulo de Elasticidade<br />
Dinâmico) com o E M<br />
(Módulo de Elasticidade Estático),<br />
o f M<br />
(Módulo de Ruptura), a σ cp<br />
(Resistência à Compressão)<br />
e o E cp<br />
(Módulo de Elasticidade Paralelo),<br />
e avaliar o desempenho da espécie nativa Cedrinho<br />
(Erisma uncinatum Warm.) na construção de vigas de<br />
MLC. As vigas de MLC foram produzidas com peças de<br />
madeira classificadas, coladas por adesivos à base de<br />
RFF (Resorcina Fenol Formaldeído) e PUR (Poliuretano),<br />
com intensidades de pressão de 0,8 MPa e 1,2 MPa e<br />
distribuições aleatórias e não aleatórias das lâminas. A<br />
avaliação dessas vigas de MLC também foi realizada<br />
por meio de corpos de prova de compressão paralela<br />
às linhas de cola e de delaminação. Verificou-se que o<br />
E Mvt<br />
obtido por meio de ensaios dinâmicos de vibração<br />
transversal apresentou um coeficiente de correlação<br />
com o E M<br />
obtido no ensaio de flexão estática (R 2 =<br />
0,86) e significativo ao nível de 1% de probabilidade (P<br />
< 0,01). Dessa forma, pode-se concluir que o E Mvt<br />
é um<br />
bom estimador do E M<br />
. Constatou-se que essa espécie<br />
de madeira pode ser utilizada em MLC e encontra-se<br />
na classe de resistência C30 das folhosas.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O emprego estrutural da madeira de espécies nativas<br />
do Brasil, proveniente de florestas certificadas, nem<br />
sempre ocorre em condições tecnológicas satisfatórias,<br />
apesar de sua versatilidade e de sua disponibilidade.<br />
Mesmo com esses aspectos favoráveis, seu uso é, às<br />
vezes, dificultado por não serem cabalmente conhecidas<br />
suas propriedades mecânicas e seu desempenho<br />
em diferentes condições de serviço. Conforme IPT<br />
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas) do Estado de<br />
São Paulo - (2009), a utilização das florestas naturais<br />
ou plantadas, por meio de Projeto de Manejo Florestal<br />
aprovado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio<br />
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), configura<br />
a forma correta de utilizar estes recursos naturais,<br />
porque parte do princípio de sustentabilidade, isto é,<br />
permite a recomposição da floresta de uma determinada<br />
área, viabilizando-a econômica, social e ambientalmente.<br />
A MLC é uma opção de uso, por se tratar de produto<br />
obtido pela associação de peças da madeira (lâminas)<br />
que requer precisão de fabricação em todos os<br />
seus estágios. As lâminas, unidas por colagem, ficam<br />
dispostas de modo que suas fibras estejam paralelas<br />
entre si (Bodig; Jayne, 1993) e formem um componente<br />
estrutural. Tais lâminas de madeira são selecionadas,<br />
coladas com adesivo à prova d’água, sob pressão<br />
variável de 0,7 a 1,5 MPa. Estas atingem até 5 cm de<br />
espessura e podem ser emendadas por juntas em bisel<br />
ou dentadas, nas situações em que é necessário vencer<br />
grandes vãos (Pfeil; Pfeil, 2003). O aproveitamento<br />
proporcionado pela união de peças de pequenas dimensões<br />
para laminação de vigas estruturais é a maior<br />
vantagem da MLC. Portanto, trata-se de forma racional<br />
de emprego da madeira na construção de estruturas.<br />
A MLC tem seus usos mais frequentes em estruturas<br />
de cobertura, elementos estruturais principais para<br />
pontes, torres de transmissão, edifícios, embarcações,<br />
entre outros. Isso se deve ao fato de adaptar-se a uma<br />
significativa variedade de formas e apresentar alta resistência<br />
a solicitações mecânicas, em função de seu<br />
peso próprio relativamente baixo (Zangiácomo; Lahr,<br />
2007). Como uma das vantagens, permite a redução<br />
dos defeitos observados em peças de madeira maciça<br />
com grandes dimensões.<br />
Segundo as prescrições da NBR 7190, da Abnt<br />
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) - 1997, as<br />
espécies mais aconselhadas para o emprego em MLC<br />
tem valor de referência de densidade até 0,75 g/cm 3<br />
(gramas por centímetro cúbico). Portanto, algumas<br />
folhosas de baixa densidade podem ser consideradas<br />
para a aplicação em MLC, quando facilmente coláveis,<br />
uma vez que um estudo de Plaster et al. (2008), sobre o<br />
comportamento de juntas coladas da madeira serrada<br />
de Eucalipto sp., chegou a conclusão de que a densidade<br />
influenciou a adesão das juntas. Cabe mencionar<br />
os trabalhos correlatos de Teles et al. (2010), que confeccionaram<br />
vigas de MLC a partir de Louro-Vermelho<br />
(Sextonia rubra), de Terezo e Szücs (2010), que analisaram<br />
o desempenho de vigas de MLC fabricadas de<br />
Paricá (Schizolobium Amazonicum Huber ex. Ducke)<br />
obtido de floresta plantada, e de Cunha e Matos (2011)<br />
que avaliaram a rigidez de vigas estruturais de MLC<br />
coladas por meio de adesivo poliuretano.<br />
A espécie utilizada neste trabalho foi o Cedrinho<br />
(Erisma Uncinatum Warm.) que, em estudo prévio,<br />
apresentou os melhores resultados em relação a outras<br />
essências nativas para uso na fabricação de MLC<br />
(Zangiácomo; Lahr, 2007), uma vez que, obteve-se<br />
densidade igual a 0,62 g/cm 3 , indicada para a produção<br />
de MLC, e compatibilidade com os adesivos. Vale<br />
ressaltar que, tão importante quanto à densidade, é a<br />
permeabilidade da espécie em relação aos adesivos<br />
disponíveis para a produção de MLC. De acordo com<br />
IPT (2009), a espécie nativa Cedrinho (Erisma uncinatum<br />
Warm.) é árvore da família Vochysiaceae e ocorre<br />
em toda a região amazônica, em especial no Estado<br />
do Amazonas. Apresenta permeabilidade que permite<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 69
ARTIGO<br />
o tratamento do cerne e do alburno moderadamente<br />
fáceis de preservar em processos sob pressão e também<br />
é conhecida com outros nomes populares como<br />
bruteiro, cambará, cambará-rosa etc.<br />
Neste estudo, objetivou-se determinar e relacionar<br />
o E Mvt<br />
com o E M<br />
, o f M<br />
, a σ cp<br />
e o E cp<br />
, e avaliar o desempenho<br />
da espécie nativa Cedrinho (Erisma uncinatum<br />
Warm.) na construção de vigas de MLC produzidas a<br />
partir de lâminas sem emendas longitudinais.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
2.1 Processo de confecção das vigas estruturais<br />
Para a confecção das vigas de MLC de dimensões<br />
nominais 6 cm x 12 cm x 300 cm (centímetos), foram<br />
utilizadas peças de madeira nativa da espécie Cedrinho<br />
(Erisma uncinatum Warm.), provenientes de floresta<br />
tropical certificada. Foram adquiridas tábuas de<br />
seção com dimensões nominais de 20 mm x 300 mm<br />
(milímetros) e comprimentos que variaram entre 4 mil<br />
e 6 mil mm, no comércio madeireiro da região. Essas<br />
tábuas foram serradas em lâminas de dimensões nominais<br />
de 20 mm x 60 mm x 3 mil mm, totalizando 116<br />
lâminas sem emendas longitudinais. Na confecção das<br />
vigas de MLC, foram utilizadas 96 lâminas de madeira<br />
nativa serrada com teor médio de umidade igual a 12<br />
%. Na colagem das lâminas face a face, foram utilizados<br />
os adesivos bicomponentes RFF e PUR, sendo o<br />
primeiro conhecido pelo nome comercial de Cascophen<br />
e usual na produção de elementos estruturais<br />
de MLC, na indústria, e o segundo de cura a frio com<br />
tempo de utilização igual a 20 minutos e extraído à<br />
base da resina de mamona, desenvolvido e produzido<br />
por pesquisadores do Iqsc-USP (Instituto de Química<br />
de São Carlos da Universidade de São Paulo).<br />
Após a classificação visual, feita para a retirada das<br />
peças com defeitos, e mecânica para determinação<br />
dos E M<br />
das lâminas, por ensaios de flexão estática,<br />
estas foram agrupadas em ordem decrescente de E M<br />
e separadas em dois lotes: um para montagem de 8<br />
vigas com distribuição não aleatória de lâminas (NA),<br />
onde as lâminas com E M<br />
mais elevados foram dispostas<br />
nas regiões mais solicitadas da peça, e as de E M<br />
mais<br />
baixos foram colocadas nas regiões de menor solicitação;<br />
o outro para montagem de 8 vigas com distribuição<br />
aleatória (A) das lâminas, sem levar em conta a<br />
disposição do E M<br />
nas regiões mais e menos solicitadas<br />
da peça. Cada elemento estrutural foi formado por 6<br />
lâminas sobrepostas, totalizando 16 vigas de MLC.<br />
O consumo de adesivo foi de 450 g/m 2 (gramas por<br />
metro quadrado) para RFF e de 350 g/m 2 para PUR.<br />
Na união das lâminas, 8 vigas foram coladas com RFF,<br />
sendo 4 com intensidade de pressão igual a 0,8 MPa<br />
e 4 com intensidade de pressão 1,2 MPa; as outras 8,<br />
juntas em grupo de 4, foram coladas com PUR, com as<br />
mesmas intensidades de pressão. O tempo de aplicação<br />
de pressão foi de 10h (horas) para ambos os adesivos.<br />
O tempo de cura das peças coladas foi de, no<br />
mínimo, 10 horas para o adesivo RFF e de 4 dias para<br />
o adesivo PUR. Após o período de cura, as vigas foram<br />
aparelhadas para ensaio.<br />
2.2 Ensaio de flexão estática<br />
Para a obtenção dos valores de E M<br />
e f M<br />
foi feito o<br />
ensaio de flexão estática, conforme a norma Astm D<br />
198, da Astm (American Society for Testing and Materials)<br />
- 1997, com a configuração de viga simplesmente<br />
apoiada e carga concentrada na metade do vão livre.<br />
As vigas foram flexionadas em relação ao eixo de<br />
maior inércia.<br />
As vigas foram apoiadas sobre roletes metálicos e,<br />
na metade do seu comprimento, aplicou-se força (P)<br />
até o deslocamento vertical (δ), no centro, atingir 14,1<br />
mm, estabelecido em função da flecha máxima (L/200)<br />
indicada pela NBR 7190, da Abnt (1997). Tal medida se<br />
fez com relógio comparador de resolução 0,01 mm e<br />
curso de 50 mm.<br />
Como a relação L/h (vão/altura) das vigas de MLC<br />
foi aproximadamente igual a 25, E M<br />
e f M<br />
foram calculados<br />
empregando-se as equações 1 e 2, respectivamente.<br />
O E M<br />
foi calculado com base em um ponto do trecho<br />
linear do diagrama P x δ, deslocamento vertical (δ)<br />
igual a 14,1 mm, e o f M<br />
foi calculado com base na força<br />
máxima de ruptura Prup das vigas de MLC, aplicada<br />
durante o ensaio de flexão estática, ambos conforme<br />
Astm D 198, da Astm (1997).<br />
Sendo: E M<br />
o MPa (Módulo de Elasticidade); f M<br />
o<br />
MPa (Módulo de Ruptura); P a força aplicada (N); P rup<br />
a<br />
carga de ruptura (N); a distância entre apoios (mm); δ<br />
o deslocamento vertical devido à força aplicada (mm);<br />
b a largura da viga (mm) e h a altura da viga (mm).<br />
E<br />
P l 3<br />
M<br />
=<br />
4 d b h 3<br />
1 2<br />
3 P<br />
f rup<br />
l<br />
M<br />
=<br />
2<br />
2 b h<br />
70 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
3<br />
2.3 Ensaio de vibração transversal<br />
Experiências de Carreira et al. (2012) e Chui (1999)<br />
revelaram que o arranjo de ensaio mais confiável para<br />
caracterização das propriedades mecânicas de uma<br />
viga, por meio de ensaio de vibração transversal, é<br />
adotar a condição de contorno livre-livre. Os autores<br />
citados descrevem detalhes do procedimento deste<br />
ensaio em vigas de madeira serrada.<br />
O procedimento utilizado para obter o E Mvt<br />
, por<br />
meio de ensaio de vibração transversal de uma viga<br />
estrutural, foi determinar a primeira frequência natural<br />
do primeiro modo de vibrar na condição de contorno<br />
livre-livre, em seguida medir a massa e as dimensões.<br />
A partir da equação de movimento de Timoshenko<br />
(1938), obteve-se a equação 3 para calcular o E Mvt<br />
.<br />
Sendo: E Mvt<br />
o MPa; f 1<br />
a frequência do primeiro<br />
modo de vibrar (Hz); m a massa da viga (kg); L o comprimento<br />
da viga (mm); b a largura da viga (mm) e h a<br />
altura da viga (mm).<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Nos resultados, apresentam-se as resistências<br />
médias das trações (paralela e normal) às fibras e do<br />
cisalhamento paralelo às fibras para madeira Cedrinho<br />
(Erisma uncinatum Warm.). Os resultados apresentados<br />
são referentes à madeira maciça e, quando coladas,<br />
com os adesivos RFF e PUR. Tais valores foram obtidos<br />
por Zangiácomo e Lahr (2007) quando da realização<br />
de ensaios preliminares para buscar da espécie nativa<br />
alternativas dentre Envira Branca (Xylopia sp), Cambará<br />
(Moquinia polymorpha) e Castanheira (Bertholetia<br />
excelsa), a que melhor se adequava no emprego para<br />
produção de elementos estruturais de MLC.<br />
Verifica-se que a resistência ao cisalhamento da<br />
madeira maciça foi apenas 2,9% superior ao cisalhamento<br />
da linha de cola para ambos os adesivos, (RFF)<br />
e (PUR), que foram utilizados na fabricação das vigas<br />
de MLC. Essa baixa diferença, levando-se em conta<br />
dois adesivos distintos, indica uma adesão eficiente<br />
nas vigas de MLC produzidas a partir da madeira tropical<br />
Cedrinho (Erisma uncinatum Warm.) e a densidade<br />
abaixo de 0,75 kg/m 3 é um dos fatores responsáveis<br />
que contribuem para essa eficiência, pois conforme<br />
Plaster et al. (2008) a densidade abaixo de 0,70 kg/m 3<br />
havia influenciado a adesão das juntas na madeira serrada<br />
de Eucalipto sp.<br />
94,644 10 -5<br />
f 2<br />
E 1<br />
l 3<br />
Mvt<br />
=<br />
b h 3<br />
O CEDRINHO<br />
APRESENTA<br />
PERMEABILIDADE QUE PERMITE<br />
O TRATAMENTO DO CERNE E DO<br />
ALBURNO MODERADAMENTE<br />
FÁCEIS DE PRESERVAR EM<br />
PROCESSOS SOB PRESSÃO<br />
CONCLUSÕES<br />
Constatou-se, na presente pesquisa, que as rupturas<br />
de todas as vigas de MLC ocorreram por tração no<br />
ensaio de flexão estática.<br />
O E Mvt<br />
apresentou relação funcional com E M<br />
, com<br />
valor de R 2 , próximo de 1,0 e correlação significativa.<br />
Entretanto, observou-se que não existiu regressão<br />
entre f M<br />
x E Mvt<br />
, não sendo possível ajustar uma equação<br />
adequada para representar a relação entre essas<br />
duas variáveis. Embora tenha sido possível ajustar as<br />
duas equações para expressar a relação entre E cp<br />
x<br />
E Mvt<br />
e σ cp<br />
x E Mvt<br />
e foram obtidos valores de R 2 distantes<br />
de 1,0 que apresentam correlação significativa e não<br />
significativa, respectivamente. Assim sendo, pode-se<br />
afirmar que o E Mvt<br />
é um bom estimador do E M<br />
, porém<br />
recomenda-se que não deve ser utilizado para fazer<br />
estimativas do Ecp e σ cp<br />
.<br />
A partir dos resultados dos ensaios dos corpos<br />
de prova de compressão paralela, observou-se que a<br />
resistência média σ cp<br />
das vigas de MLC ficou próxima<br />
daquela citada para a madeira serrada dessa espécie,<br />
conforme IPT (2009). O módulo de elasticidade E cp<br />
corresponde<br />
aproximadamente a 83,7% do E M<br />
, indicando<br />
uma relação próxima daquela recomendada na NBR<br />
7190, da Abnt (1997), para madeiras serradas. O adesivo<br />
PUR teve melhor desempenho no ensaio de delaminação<br />
do que o adesivo RFF, conforme observado nos<br />
resultados. A delaminação ficou 2,76 vezes menor em<br />
média, isto é, 3,97 % para 90 linhas de PUR e 10,94 %<br />
para 73 linhas de RFF.<br />
A espécie de madeira tropical Cedrinho (Erisma<br />
uncinatum Warm.) pode ser utilizada na fabricação de<br />
vigas de MLC, tomando as condições necessárias na<br />
produção, conforme prescrita nas normas internacionais<br />
que tratam desse tema. A propriedade mecânica<br />
de compressão paralela às fibras σ cp<br />
obtidas em corpos<br />
de prova estruturais, permite classificar a espécie de<br />
madeira tropical Cedrinho (Erisma uncinatum Warm.)<br />
na classe de resistência C30 das folhosas segundo a<br />
NBR 7190, da Abnt (1997).<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong> 71
AGENDA<br />
AGENDA<br />
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DEZEMBRO<br />
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<strong>2019</strong><br />
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DEZEMBRO<br />
3 A 6<br />
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WWW.WOODEXPO.RU<br />
FEVEREIRO<br />
4 A 6<br />
ZOW FAIR<br />
HANNOVER (ALEMANHA)<br />
WWW.ZOW.DE/ZOW/INDEX.PHP<br />
FEVEREIRO<br />
4 A 7<br />
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10 A 13<br />
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LOCAL: VALENCIA (ESPANHA)<br />
HTTP://MADERALIA.FERIAVALENCIA.<br />
COM<br />
MARÇO<br />
16 A 19<br />
MOVELSUL<br />
LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />
WWW.MOVELSUL.COM.BR<br />
ABRIL<br />
14 A 16<br />
FIEMA<br />
LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />
WWW.FIEMA.COM.BR<br />
72 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
A Codornada Florestal está<br />
de volta em sua 13ª Edição!<br />
O evento promove o ponto de encontro do<br />
setor florestal, através de um jantar voltado<br />
às empresas e profissionais do setor de base:<br />
madeireira, florestal e de celulose.<br />
04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />
Ponte Alta do Norte - SC<br />
1º DIA<br />
04/12<br />
DIA DE CAMPO<br />
2º DIA<br />
05/12<br />
MANHÃ - SEMINÁRIO<br />
TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />
NOITE - JANTAR<br />
AÇÃO SOCIAL<br />
Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />
Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />
(uma para menino/outro para menina)<br />
Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal<br />
Apoio:<br />
Realização:
ESPAÇO ABERTO<br />
NOVA<br />
CHANCE<br />
O<br />
s contribuintes foram surpreendidos com<br />
uma nova chance de quitar suas contas<br />
com o Fisco: a Medida Provisória 899/19<br />
prevê a possibilidade de parcelamentos<br />
de tributos federais junto à União. Trata-se<br />
da “MP do Contribuinte Legal”.<br />
Essa possibilidade ainda depende de regulamentação<br />
e mais esclarecimentos práticos da sua adesão, mas<br />
é uma boa opção, dada a ausência de mecanismos que<br />
permitam alternativas para negociar os débitos de difícil<br />
recuperação. São duas modalidades: uma para débitos<br />
que estão em dívida ativa, ou seja, já são devidos pelo<br />
contribuinte, seja pessoa física e jurídica nesta situação e<br />
inadimplentes perante o governo federal.<br />
Outra modalidade é para casos de contenciosos<br />
tributários. O Fisco deverá, por edital (modalidade por<br />
adesão), prever as teses abrangidas e as condições para<br />
adesão. Essa modalidade pode encerrar centenas de<br />
milhares de processos, envolvendo um montante superior<br />
a R$ 600 bilhões no Carf (Conselho Administrativo<br />
de Recursos Fiscais) e R$ 40 bilhões garantidos por seguro<br />
e caução.<br />
As reduções, em ambas as modalidades, podem<br />
chegar a 70%. Mas seria essa uma boa opção para o<br />
contribuinte? E para o governo, isso seria sustentável?<br />
Entendo que sim, mas com ressalvas. A primeira justificativa<br />
se dá pelo fato da insegurança jurídica vivida<br />
pelas empresas brasileiras. Estudos do Ibpt (Instituto<br />
Brasileiro de Planejamento e Tributação) apontam que<br />
em nosso país são editadas cerca de 46 normas tributárias<br />
por dia útil. São mais de 60 tributos diferentes.<br />
A ENTRADA DE RECURSOS<br />
ADICIONAIS NO CAIXA DO<br />
GOVERNO PODE FAZER O PODER<br />
EXECUTIVO EVITAR NOVOS<br />
CONTINGENCIAMENTOS DE<br />
RECURSOS, COMO TEM OCORRIDO<br />
ULTIMAMENTE<br />
POR<br />
MARCO AURÉLIO<br />
PITTA<br />
PROFISSIONAL DA<br />
ÁREA CONTÁBIL E<br />
TRIBUTÁRIA, MESTRANDO<br />
EM ADMINISTRAÇÃO E<br />
COORDENADOR DOS<br />
PROGRAMAS DE MBA<br />
NAS ÁREAS TRIBUTÁRIA,<br />
CONTÁBIL E DE<br />
CONTROLADORIA DA UP<br />
(UNIVERSIDADE POSITIVO)<br />
Segundo o Banco Mundial (2017), o Brasil é o país no<br />
qual as empresas mais gastam horas para poder atender<br />
a todas as exigências tributárias. São mais de 1.958 horas<br />
por ano, em média. A segunda justificativa leva em<br />
consideração o cenário de déficit fiscal vivido pelo Brasil<br />
há vários anos. O baixo crescimento da economia brasileira<br />
e a dificuldade de se aprovar reformas justificam<br />
a preocupação. A previsão de superávit fiscal, segundo<br />
o FMI (Fundo Monetário Internacional), só deve ocorrer<br />
em meados de 2022.<br />
Por isso, a entrada de recursos adicionais no caixa<br />
do Governo pode fazer o poder executivo evitar novos<br />
contingenciamentos de recursos, como tem ocorrido<br />
ultimamente. Segundo o Ministério da Economia, esse<br />
programa pode alcançar 1,9 milhão de devedores, cujos<br />
débitos superam R$ 1,4 trilhão. Por último, podemos citar<br />
um maior critério para concessão de parcelamentos.<br />
Diferente dos antigos “Refis”, essa MP concederá<br />
benefícios fiscais apenas nos casos de comprovada<br />
necessidade e mediante avaliação individual da capacidade<br />
contributiva. Esse parece ser um novo paradigma<br />
no relacionamento fisco e contribuinte, baseado na cooperação<br />
e soluções consensuais de litígios, com redução<br />
de custos.<br />
Temos uma cultura em nosso país de oferecer muitos<br />
refinanciamentos para os contribuintes. Muitas vezes, organizações<br />
acabam priorizando pagar funcionários e fornecedores<br />
e deixar para pagar os tributos por último – o<br />
que não se mostra uma prática sustentável e acaba sendo,<br />
muitas vezes, injusta para os bons pagadores. Mas,<br />
independentemente disso, não oferecer uma “segunda<br />
chance” para o contribuinte parece ser radical demais.<br />
Foto: divulgação<br />
74 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2019</strong>
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gera economia<br />
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