*Revista VOi 170

entrevista
Como começou a carreira de atriz?
Desde pequena sempre fui muito comunicativa e adorava ir
ao teatro! Minha mãe me levava para assistir muitas peças
infantis quando criança, mas o primeiro contato que tive
com a atuação, como atriz realmente, foi aos 13 anos, quando
uma professora de história resolveu fazer uma peça sobre
Napoleão Bonaparte e interpretei a primeira esposa de Napoleão.
Adorei estar no palco e contar aquela história para
o público! Foi uma experiência maravilhosa. Desde então,
descobri que estar sob os olhos do público era o que gostava
de fazer.
O que mais te motiva na profissão?
O que mais me motiva é a possibilidade de viver as mais
diferentes personagens, com as mais distintas personalidades
e comunicar ao público as mais variadas visões de mundo
e histórias! Também é ótimo o contato com as pessoas e a
possibilidade de tocar, impactar, através das minhas personagens
e colaborar para que elas façam mudanças positivas em
suas vidas.
Quem são as suas maiores inspirações na carreira?
Maryl Streep, Anne Hathaway, Adriana Esteves e Deborah
Secco. São atrizes incríveis! Acompanho e admiro muito o
trabalho delas!
Quais trabalhos já fez?
Em televisão já atuei na série Open Bar (Multishow/Globosat)
e nas novelas Escrava Mãe (Record TV), O Rico e Lázaro
(Record TV), Rock Story (Rede Globo), Pega Pega (Rede Globo)
e Orgulho e Paixão (Rede Globo). Atualmente, estou no
elenco da série: A Teia do Crime; série produzida pela RW
Digital Films e dirigida por Andrade Sucesso, para streaming,
e também acabei de gravar a série: Stalkers; série produzida
pela IN Setti Cultural e dirigida pela Jeniffer Setti. Trata-se de
uma série voltada para o público infanto-juvenil, a qual estamos
aguardando o lançamento.
Qual foi o que mais te marcou?
A novela Escrava Mãe, na Record TV, foi bem marcante
por ter sido a primeira novela que fiz e Rock Story também
foi muito especial por ter sido a primeira na Rede Globo. É
inegável que aparecer na telinha da Globo abre muitas portas!
Foi realmente um divisor de águas. Acredito que ganhei
muito mais oportunidades após minha primeira aparição na
emissora.
Para uma atriz, há alguma cena difícil ou constrangedora de
fazer?
Não sei se um dia irá acontecer isso comigo, acho que nunca
devemos dizer nunca, mas por enquanto nunca me senti
constrangida em uma cena. Quando estou em cena empresto
meu corpo totalmente para a personagem, não sou eu ali,
mas a personagem, então não sinto vergonha. Todos os desafios
que enfrentei fazendo personagens “difíceis”, completamente
diferentes de mim, foram fundamentais para o meu
crescimento profissional. Sou muito grata por todos eles!
Como lida com seu público?
Amo o meu público e fãs! Adoro fazer fotos, conversar com
as pessoas na rua e ouvir as opiniões sobre o meu trabalho.
Busquei por esse reconhecimento a vida toda, então seria
ridículo da minha parte não valorizar o que sempre procurei.
Acho muito feio artista que maltrata seus fãs. Se não gosta de
ter fãs, de ser parado na rua, fazer fotos, vai fazer outra coisa.
Se escolheu ser artista e buscou por esse reconhecimento,
tem mais é que dar atenção e ser gentil com o público!
Gosto muito de receber esse carinho das pessoas, lido muito
bem com isso, pois não é um sacrifício para mim, é um enorme
prazer!
Conte um pouco sobre o novo projeto que está gravando: A
Teia do Crime.
A série aborda o submundo da corrupção no Brasil e vivo
a Marcelle, uma jornalista investigativa bem corajosa e que
quer crescer na profissão. É uma personagem maravilhosa!
Um verdadeiro presente do diretor Andrade Sucesso.
Fale mais sobre sua personagem.
A Marcelle era uma jornalista da editoria da área de entretenimento,
porém foi transferida para o jornalismo investigativo.
Em princípio, ela muda de editoria contra sua vontade,
obedecendo ao chefe, mas depois toma gosto pela coisa e vê
no novo trabalho a possibilidade de crescer profissionalmente
e se destacar na profissão. Desvendar crimes de corrupção
passa a ser um verdadeiro desafio para ela, que mergulha
de cabeça na história. Agora, para saber o restante, tem que
assistir!
Por que abordar essa temática é importante no Brasil?
O tema abordado na série é muito atual. O Brasil tem um
histórico de corrupção enorme, então tocar no assunto, por
mais delicado que seja, e mostrá-lo ao público é fundamental,
para darmos um basta nisso tudo e mudarmos a nossa
história. A arte tem esse poder.
Como está se preparando para fazer essa personagem?
Assisti muitas matérias de jornalistas investigativos, li muito
sobre o tema e busquei várias referências. Inspirei-me no Roberto
Cabrini e também em mulheres corajosas e empoderadas
como delegadas, agentes da polícia, juízas e advogadas.
Quis trazer essa força para Marcelle.
Como recebeu o convite para participar dessa produção?
O convite para o teste veio do diretor Andrade Sucesso que
conheci através da minha assessora Márcia Dornelles. Fui lá
na produtora, fiz o teste para fazer a Marcelle e passei.
26
DEZEMBRO 2019
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