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Revista Gávea 03

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O concurso de fachadas de 1904 no Rio de Janeiro 19

simetria, a ordem, o equilíbrio a partir de um eixo central, porém, nos diferentes andares

os elementos recebem tratamentos distintos. Há predominância de elementos da Renascença

italiana e francesa, os quais imprimem ao projeto um caráter solene, majestoso.

O segundo lugar (Figura 2) é de autoria de Morales de los Rios, que entre

muitos projetos concebeu, posteriormente, o da Escola Nacional de Belas-Artes. Trata-se

de uma fachada com grandes espaços abertos por largas janelas modernas no segundo e

terceiro pavimentos, formando três grandes vãos em forma retangular que contrastam

com os vãos vizinhos de tratamento à Renascença sobrecarregados de ornatos inclusive em

seus coroamentos. Este prédio, como o anterior, apresenta a marcação horizontal com

elementos de moldura e ornatos. A fachada divide-se em cinco elementos no sentido vertical

e em quatro pavimentos horizontalmente. O quarto pavimento pode ser considerado

um remate do prédio. Nele destaca-se uma complexa cúpula aparentemente de ferro. Ainda

de ferro são as grades dos parapeitos deste e do terceiro pavimento. No primeiro pavimento

há três vãos em arcada circular e entre estes também arcadas menores de entrada,

todos em arco pleno. E dado destaque ao tratamento estereotômico nos diferentes pavimentos.

Reorganizam-se nesta fachada elementos da Renascença francesa e italiana.

Outro projèto* o do Sr. Oberg, terceiro prêmio (Figura 3), apresenta tratamento

do revestimento da parede em dois tons (influência francesa). Há um corpo central

rematado na cobertura por pequenos torreões aparentemente circulares e dois corpos

laterais. Quanto às aberturas, o primeiro pavimento apresenta-as de forma retangular

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