O QUE É 55 PARA VOCÊ? 55 PARA O PROPMARK É UMA VIDA INTEIRA DEDICADA AO MERCADO DE COMUNICAÇÃO. VÊM AÍ OS 55 ANOS DO PROPMARK. DATA DE CIRCULAÇÃO: 18/5 • RESERVA: 5/5 • MATERIAL: 8/5 COMERCIAL@EDITORAREFERENCIA.COM.BR • PROPMARK.COM.BR
editorial Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br o presi<strong>de</strong>nte está perdido país está sendo levado <strong>de</strong> roldão nessa questão do novo coronavírus, por várias visíveis razões: primeiro, porque a praga é altamenvida a “mineirice” dos mineiros (ôps!), condição que sempre lhes pro- Voltando ao exercício da Presidência por Bolsonaro, falta-lhe sem dú- O te perigosa e letal e pouco sabem os profissionais da ciência lidar com tegeu no exercício <strong>de</strong> altos cargos públicos, on<strong>de</strong> o maior <strong>de</strong> todos foi o ela. É uma realida<strong>de</strong> arrasadora, que se multiplica velozmente e pouca inesquecível Juscelino Kubitschek, um presi<strong>de</strong>nte campeão que assim chance tem nos dado para melhor compreendê-la. se sagrou por falar menos e não mais. Para aumentar a nossa infelicida<strong>de</strong>, tem servido <strong>de</strong> guerra política entre facções partidárias do país, cuja maioria teve <strong>de</strong> engolir Jair Bolsonaro eleito presi<strong>de</strong>nte da República, o que estava nas cogitações <strong>de</strong> pouca gente da classe política brasileira. Des<strong>de</strong> a sua posse até os dias atuais, o que se vê é uma guerra disfarçada (às vezes nem tanto) contra o presi<strong>de</strong>nte, com o aproveitamento <strong>de</strong> todo tipo <strong>de</strong> armas que po<strong>de</strong>m atingi-lo <strong>de</strong> um jeito ou <strong>de</strong> outro, provocando no mínimo uma celeuma entre atirador e atirado, que consome o tempo que <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong>dicado à reconstrução nacional. Bolsonaro não é flor que se cheire e a nosso ver não possui preparo suficiente para ocupar o mais alto cargo da nação. Mas foi eleito e as nossas leis não reprimem suficientemente o <strong>de</strong>spreparo dos candidatos às mais importantes funções públicas, como principalmente a <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte da República. Lula da Silva tinha e tem menos preparo ainda, mas é amparado por uma entourage que o protege <strong>de</strong> ataques contra a sua ignorância, impedindo na maioria das vezes que ele entrasse em divididas. Não resta a menor dúvida que ele foi beneficiado por uma legião <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentes com o antigo regime militar, do qual foi eleito símbolo <strong>de</strong> uma das vertentes <strong>de</strong> oposição ao mesmo. Bolsonaro, apenas com rala experiência parlamentar, foi animado e estimulado pela sua claque <strong>de</strong> admiradores a sair candidato à Presidência, surpreen<strong>de</strong>ndo-se já nos primeiros dias <strong>de</strong> campanha com um vasto apoio popular, que não havia gostado dos <strong>20</strong> anos da ditadura militar iniciada em 1964, mas que logo percebeu que o que se seguiu <strong>de</strong>pois foi ainda pior. Havia uma brecha para a volta do militarismo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que legalmente disputado nas urnas, que <strong>de</strong>ram a ele, Bolsonaro, a vitória. A partir daí, cessara <strong>de</strong> vez a palavra que mais se ouvia da meta<strong>de</strong> para o final do regime militar <strong>de</strong> 64: golpe. Jair Bolsonaro foi eleito pelas urnas, ou seja, pelo povo em sua maioria. Ruim? Péssimo, estranho, outro militar na Presidência? Mas, foi legítima, ninguém po<strong>de</strong> negar. Só que ele não soube se conduzir bem, aproveitando o que po<strong>de</strong>ria ser chamado <strong>de</strong> “o novo militar”. Preferiu a ru<strong>de</strong>za das antigas, estimulado pessoalmente por um atentado contra a sua vida, do qual escapou não po<strong>de</strong>mos dizer ileso, mas a salvo. Esse ataque ele não <strong>de</strong>ve ter esquecido jamais, sempre imaginando quem estaria por <strong>de</strong>trás do algoz que quase lhe tira a vida. Deve ter <strong>de</strong>sconfiado <strong>de</strong> algumas pessoas, mas, sem provas, resolveu calar-se quanto a isso, para não se transformar em uma espécie <strong>de</strong> carma. Nem mesmo na última semana, quando o Supremo impediu que o agressor fosse ouvido em plenário, o que, apesar das suas <strong>de</strong>ficiências mentais, po<strong>de</strong>ria trazer algumas luzes ao atentado a Bolsonaro. Ficou a impressão <strong>de</strong> que não se <strong>de</strong>seja sequer uma pista para se chegar a uma conclusão sobre seus possíveis mandantes, ainda que posteriormente po<strong>de</strong>riam alegar inocência, <strong>de</strong>bitando ao estado mental do agressor o que seriam falsas alegações. Po<strong>de</strong>ria haver também pistas importantes, por que não? Reza um princípio bíblico, que passou a ser universal, que a verda<strong>de</strong> está no meio. Outro grave erro <strong>de</strong> Bolsonaro resi<strong>de</strong> na sua teimosia em tratar mal a imprensa e os meios <strong>de</strong> comunicação, inclusive lhes cortando verbas publicitárias, necessárias não apenas a sua in<strong>de</strong>pendência, como também e principalmente à sua subsistência. Outro dos seus gran<strong>de</strong>s erros (<strong>de</strong> Bolsonaro) é anunciar planos bem antes <strong>de</strong> tê-los sequer no papel, ou até mesmo na cabeça, o que o transforma em um político como tantos, sem um forte compromisso com a verda<strong>de</strong>. *** E A PUBLICIDADE? Este jornal, que completará 55 anos no próximo dia 21 <strong>de</strong> maio, tem procurado cobrir ao longo <strong>de</strong>ssa jornada <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> meio século as ativida<strong>de</strong>s publicitárias em geral, enaltecendo as gran<strong>de</strong>s campanhas que já levaram o nosso país ao pódio <strong>de</strong> Cannes (este ano nem o Cannes Lions vai haver) por várias vezes, principalmente a partir <strong>de</strong> uma nova geração <strong>de</strong> profissionais dos anos 1970, que tudo fizeram para alcançar o pódio no famoso festival e <strong>de</strong>pois se transformarem em sócios ou donos das suas agências. Nestes tempos <strong>de</strong> novo coronavírus, prosseguimos o nosso trabalho, porém com maior dificulda<strong>de</strong>, porque as fases <strong>de</strong> quarentena têm interditado a abertura das agências, com os seus profissionais trabalhando em casa, em sistema <strong>de</strong> home office, o que não é a mesma coisa <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> uma mesma agência estirar-se nas poltronas que toda agência tem e em grupos perseguirem as brilhantes campanhas que os clientes aprovam, o consumidor interage e os festivais reconhecem e premiam. Quando as agências voltarão a funcionar, ninguém sabe. Pois até para combater o temível vírus o governo se divi<strong>de</strong>, com ministros e auxiliares apregoando o isolamento total <strong>de</strong> um lado e, <strong>de</strong> outro, alguns que começarão a aparecer mais <strong>de</strong>stes dias em diante, acreditando ser possível evitar o isolamento 100%. Nesta altura <strong>de</strong>sse jogo macabro, ninguém sabe ao certo como terminará tudo isso. Aqui no Brasil, temos um novo ministro e uma nova equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para, muito provavelmente, mudando o comportamento anterior <strong>de</strong> isolamento total, buscar uma saída. Estimamos que ela acabará surgindo e até antes do que imaginamos. Mas o rastro <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição a ser <strong>de</strong>ixado não será pouco, a ponto <strong>de</strong> reservarmos para esse vírus o pior lugar da nossa história. *** Como acima dissemos, no dia 21 <strong>de</strong> maio o PROPMARK completará 55 anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s jornalísticas setoriais ininterruptas. A edição comemorativa terá a data <strong>de</strong> capa <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>20</strong>. Como sempre, uma edição imperdível, com um recheio histórico jornalístico em nossa área <strong>de</strong> atuação, com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque. jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong><strong>20</strong> 3