PELO MUNDO A s taxas de acesso à energia e a confiabilidade na África são as mais baixas do mundo e os custos de eletricidade estão entre os mais altos. Um novo parque eólico em Djibuti levará energia renovável para o país do norte da África que tem mais de 110 mil famílias sem acesso a energia elétrica. A usina de 60 MW (megawatts) será construída na área de Ghoubet, perto do Lago Assal, em Djibuti. O projeto é parte de um consórcio que aprovou o financiamento para a construção e operação do parque eólico. O consórcio é constituído pela AFC (Africa Finance Corporation), CFM (Climate Fund Managers), FMO, o banco holandês de desenvolvimento empresarial e Great Horn Investment Holdings e tem como objetivo apoiar o Djibuti com suas crescentes necessidades de energia. “Este projeto reduzirá significativamente as emissões de gás do efeito estufa no setor de eletricidade do Djibuti”, disse Jaap Reinking, diretor de Private Equity do FMO. O projeto possui um contrato de compra e venda de energia de 25 anos com a concessionária doméstica Electricite de Djibouti e deve entrar em operação no próximo ano. Segundo a AFC, a abordagem inovadora de financiamento permitiu que a construção iniciasse dois anos após o lançamento do seu desenvolvimento, contra um ciclo de desenvolvimento típico de três a cinco anos. O desenvolvimento do projeto eólico foi iniciado em 2017 pela AFC, CFM, gerenciado pela CIO (Construction Equity Fund do Climate Investor One), FMO (junto ao consórcio) e a desenvolvedora local Ghih (Great Horn Investment Holdings). O projeto pertence e é operado pela Red Sea Power Limited SAS, uma empresa de responsabilidade limitada sediada em Djibuti. “A parceria e a inovação resultaram em muitas inovações, incluindo a primeira IPP em escala de rede no país e um financiamento ponte para acelerar o desenvolvimento do país”, comemora Oliver Andrews, diretor de investimentos da AFC. A expectativa é que o projeto inicie suas operações comerciais em 2022. Segundo a AFC, este será o primeiro projeto de energia renovável em Djibuti, cujo objetivo é tornar-se 100% renovável até 2030. "Temos o prazer de ver essa transição pioneira do parque eólico para a construção, tendo desenvolvido o projeto desde 2017", orgulha-se Tarun Brahma, diretor e chefe de investimentos do CFM. “Este projeto ajudará a facilitar a transição de energia limpa no Djibuti, fornecendo energia sustentável e reduzindo a dependência da produção de energia térmica doméstica e das importações de energia. O projeto, graças aos nossos parceiros do consórcio, está agora posicionado para ajudar o Governo do Djibuti a cumprir suas ambiciosas metas de redução de emissões”, acrescenta. Localizado no chifre da África, com mais de 23 mil km2 (quilômetros quadrados), o Djibuti depende da produção de energia térmica doméstica e das importações da Etiópia para o consumo de eletricidade e precisa da adição de capacidade de energia renovável doméstica. Por isso, o projeto será um marco que promoverá a industrialização do país, reduzindo a dependência de outras fontes instáveis de alto custo e apoiará a ênfase 26 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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