Lusitano de Zurique, edição nº 265 - Junho 2020
Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique
Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique
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DESPORTO
25
É sempre um grande orgulho
representar a selecção suíça.
JORGE MACIEIRA
Ricardo Azevedo Alves de 18 anos,
nascido em Genebra e natural de
Santo Tirso, jogador do Servette
FC, actual 4º classificado da Liga
Suíça, é um habitual convocado
para a selecção Suíça. O Lusitano
de Zurique este à conversa com
esta jovem promessa do futebol
onde falamos sobre a sua carreira,
sobre a pausa da quarentena
e sobre o regresso à liga Suíça.
Lusitano Zurique - Como se apresenta
como jogador?
Ricardo Azevedo - Chamo-me Ricardo
Alves tenho 18 anos sou suíço e português,
jogo no Servette FC e também estou a acabar
os meus estudos.
L.Z. - Começastes com apenas 7 anos
no Meyrin FC e passastes aos 15 anos
para o Servette FC, como foi essa
passagem?
R.A. - Eu estava mesmo muito contente
por ter passado pelo Meyrin, mas vim para
o Servette porque é o maior clube da cidade
e por terem sido eles a contactar-me. Era
mesmo um orgulho.
L.Z. - Tem 1,73 e 60 kg, informações
recolhidas no site do clube. Alguma
vez teve problemas com a estrutura
física no futebol?
R.A. Não são boas informações estou com
1,78 e 67kg (risos), e é certo que não sou um
jogador com muito físico, mas penso que
tenho outras qualidades técnicas e mentais
que me permitem não ter problemas com o
aspecto físico.
L.Z. - Como é que recebeu a notícia
de que ia ser convocado para a equipa
principal do Servette FC ?
R.A.- Os dirigentes e o mister falaram comigo
e disseram-me que estava pronto a
integrar a equipa principal e as coisas fizeram-se
naturalmente.
L.Z. - Estreou-se na equipa principal
com Young Boys, no dia 3 de Novembro
de 2019, qual foi a sensação?
RA: Foi uma sensação indescritível. No
momento não estava a realizar, mas foi
uma enorme alegria e um grande orgulho
poder estrear-me neste jogo e representar
o Servette.
L.Z. - Teve alguma espécie de padrinho
na equipa principal?
R.A.- Não tanto, mas todos me acolheram
muito bem e tenho um companheiro de
equipa que joguei com ele no Meyrin e agora
jogamos, outra vez juntos, no Servette.
L.Z. - A nível de selecções, representa
a Suíça dos sub-15 até aos sub-19
(actualmente), como tem sido essa
aventura?
R.A. - É sempre um grande orgulho representar
a selecção suíça. Infelizmente este
ano não ouve europeu, mas espero que essa
aventura continua.
L.Z. - Já houve algum contacto ou
interesse teu em representar a selecção
das quinas?
R.A.- Nunca ouve nenhum contacto com a
selecção portuguesa nesse sentido.
L.Z. - Como foi a tua quarentena e a
da tua equipa?
R.A.- Passei a quarentena a treinar com os
meus companheiros de equipa para guardar
o ritmo e tentei o máximo evitar lugares
com gente.
L.Z. - O que achas deste recomeço da
Super League Suíça? E a dificuldade
que pode ter causado a tua equipa
actual, quarto classificado do campeonato?
R.A.- Acho que é bom para nós, porque
esta situação não nos permite fazer o nosso
trabalho, e se é para treinar sem fazer
jogos não há interesse nenhum. Penso que
não há grandes dificuldades porque todas
as equipas da liga também tiveram paradas
então não há desculpas a ter quando o campeonato
recomeçar.
L.Z. - Cada vez mais se vê jogadores
portugueses ou luso-descendentes
nas ligas suíças, é cada vez mais uma
aposta no talento luso?
RA: Aqui na suíça somos muitos portugueses
e é certo que na liga também há cada
vez mais português e acho que é bom para
o povo português e também para o futebol
suíço que está a crescer cada vez mais.
L.Z. - Agradeço imenso este tempo
para esta entrevista e gostava que
deixasses uma mensagem aos nossos
leitores.
R.A.- Também agradeço esta entrevista e
espero que toda gente se porte bem neste
período de crise.
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