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ENTREVISTA19Emoções deixaram-nossem palavrasMARIA DOS SANTOsVitor Figo é sem dúvida um dosrosto do ano da Comunidade Portuguesa.Depois de ter superadoa crise do Covid 19, reabriu nopassado dia 16 Maio a Casa doBenfica em Lenzburg. Três mesesque o deixaram com menosvinte e um mil francos no cofreda casa, mas que nunca o levarama desistir. Apoiado pela família emuitos amigos, Vitor Figo, encontrouna natureza o seu refugio demeditação!Hoje vamos conhecer um antes eum depois desta pandemia, quede certa forma, nos fez reflectir emudar certos hábitos.Vitor Figo chegou à Suíça no ano1984 viveu durante 2 anos com oPai, que lhe mostrou a dureza davida. Inteligente como é soube tirardas birras familiares o melhor;a união o respeito e o carinho.C.L.Z. — A Casa do Benfica é um sonhoou um projecto pensado e con-quistado?V.F. — Em primeiro foi um sonho; agora éum sonho realizado.C.L.Z. — Ao longo dos anos, a lutaem ser melhor cada fim de semana,tem sido visível. Onde procuras estaenergia?V.F. Na natureza e no mar.C.L.Z. — Depois destes 14 anos a festejarem Julho, qual a melhor recor-dação, guardada nesse coração tãosolidário?V.F. — Há muitas, difícil é escolher, noentanto a vinda do Presidente do BenficaLuis Filipe Vieira há casa do Benfica, foi semduvida o ponto mais alto.C.L.Z. — Como tudo na vida, existeum antes e um depois. Desta vez fomossurpreendidos por algo imprevisível.Como foi reabrir a Casa do Benfica?V.F. — Sinceramente foi diferente de tudoo que estava no meu pensamento. Foi emo-cionalmente gratificante o reencontro, comsócios, amigos e principalmente o mais sa-liente foi o meu grupo de trabalho. Não tenhopalavras que possam definir o que a minhaalma sentiu. Foi quase um renascer.C.L.Z. — Para além de uma excelentegastronomia bem portuguesa, os teusvinhos, são sem dúvida um sucesso.Como foi chegares até ao vinho VitorFigo?V.F. — Vitor Figo foi o sucesso dos vinhos,inesperadamente para mim. Tive a noção e aconsciência de que tinha chegado a hora dedeixar a minha marca pessoal. Não estava erahá espera, de uma resposta tão positiva e umaroma tão apreciado, pelo povo. Foi um vinhoque nasceu em Reguengos do Alentejo. CastaArgonêz, Trincadeira, cabernet Sauvignon.Região, não podia ser diferente: Vinho Re-gional do Alentejo.Notas de Provas; Vinho com aromas defrutos vermelhos e tostados, provenientesdo estágio em madeira. Vinho equilibrado,rico e elegante. Boa definição a do Casa dosBenfica de Lenzburg.C.L.Z. — Pensas num futuro próximo,teres uma garrafa de vinho dedicadaaos sóciosV.F. — Em relação aos sócios não; massonho com a ideia, de fazer um dedicado aosmeus irmãos, porque a casa do Benfica emLenzburg, tem muito do esforço e dedicaçãodeles. Pelo que num futuro próximo isso podevir a acontecer. Sem promessas.C.L.Z. — Visionário como és, que pen-sas do actual movimento associativo?V.F. — Actualmente muito fraco. O mo-vimento associativo passa muito pelo “eu”.Existe muito pouca solidariedade ou pontosem nó. As festas realizadas, para além de te-rem um proposito financeiro, o que tambémé necessário falta a humildade e o trabalhode voluntariado. E sem esse nada se conse-gue fazer, porque como todos nós sabemos,principalmente quem está do lado de dentro,a colaboração é indispensável.C.L.Z. — A tua equipa de trabalhocompreendeu o sentido de união, nesteperíodo menos bom?V.F. — Sem margem de dúvida que sim.Estiveram presentes, através de telefonemas,de mensagens e sempre com o propósito de fi-carem ao meu lado no após confinamento. Nodia da abertura, as Emoções deixaram-nossem palavras. Mas os nossos olhos disseramtudo. Uma forma não estranha de comunicar.Como equipa que somos, as nossas vistassabem dizer aquilo que a alma sentiu.C.L.Z. — Gostarias de dizer nesta ca-vaqueira, como geristes o desgastesfinanceiro e emocional?V.F. — No financeiro foi difícil, porque en-contrei todas as portas fechadas. Restou-mea frieza das emoções para gerir, como seguirem frente. Foram sem dúvida os amigos, oslongos passeios na natureza, que me deram aanalise mais gratificante. Como presidente,teria que seguir com a carruagem e encontraras resposta. Nada foi fácil, chorei, sorri, per-di em muitos momentos a afabilidade. Massabia que teria muita gente há minha espe-ra. Foi essa força, que me fez ter a coragemem enfrentar os vinte e um mil francos deperdidas, bem como a minha postura plenade responsabilidades. Sou um apologista dedar a quem necessita, com de ajudar quemme bate á porta. Digo tudo quando sou: Casado Benfica em Lenzburg.C.L.Z. — Que mensagem queres deixara todos aos sócios, amigos e algunsinimigos?V.F. — Aos sócios um obrigada por teremestado e virem à vossa casa. Deixo um pro-fundo agradecimento a três famílias que sãosócios, que me deram uma ajuda económica,que ficarei grato para a o resto da minhavida. São pessoas como estas, que o mundoprecisa.Aos amigos, deu para ver e rever os valoresda verdadeira amizade e aqueles que o sãoe aqueles que dizem ser.Aos meus inimigos, porque todos os temos,que pensem nos padrões da vida e o queela significa. Em questão de segundos tudomuda; o preto pode ser branco e o vermelhopode ser preto. Na vida o respeito é o maisgratificante, por isso amigos ou inimigos, sótemos a ganhar se a união existir. Eu sou deamar e ser amado. Porque sem auto estima eas convicções herdados por quem nos deu avida, não há objectivos conquistados.Julho/Agosto 2020 | Lusitano de Zurique | WWW.CLDZ.EU