Manual-Tecnico-Mel-de-Abelhas-sem-Ferrao
Manual sobre criação de abelhas indígenas sem ferrão
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Manual Tecnológico
Rainha da abelha uruçu-nordestina
Rainha da abelha jandaíra (Melipona subnitida)
O mecanismo de formação das rainhas é a principal diferença entre os
Meliponini e os Trigonini
Entre os cientistas, existem diferentes conceitos sobre o processo biológico que
determina o nascimento de rainhas em colônias de meliponíneos. Entre as diferentes
espécies, inclusive da mesma tribo, também há pequenas variações. Entretanto, existe
um parâmetro básico que define a formação de rainhas e determina a principal
diferença entre os grupos Meliponini e Trigonini.
Nas espécies da tribo Meliponini, não há construção de células reais. Todas as
células de cria (pág. 18) são iguais. A determinação do número de rainhas que nasce,
entre todos os ovos disponíveis, é definida por uma proporção genética. Já as
abelhas da tribo Trigonini constroem células reais, que possuem tamanho bem maior
que as células comuns. Por conta deste tamanho, as larvas que se desenvolvem
nesse tipo de célula recebem mais alimento, o que determina a formação de uma
nova rainha virgem.
Essa diferença deve ser assimilada pelo meliponicultor principalmente na aplicação
dos métodos de divisão artificial de colônias, os quais serão detalhados na
página 46.
As rainhas virgens são poedeiras em potencial e estão sempre disponíveis nas
colônias para uma eventual substituição da rainha poedeira em caso de morte ou
enxameagem (pág. 22). Podem chegar a representar 25% dos indivíduos de uma
colônia.
Os machos são indivíduos reprodutores e vivem basicamente para acasalar
com rainhas virgens. Entretanto, diferentemente das abelhas Apis mellifera, podem
realizar alguns pequenos trabalhos, como a desidratação de néctar e a manipulação
de cera.