NOREVISTA AGOSTO 2020
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R E P O R T A G E M<br />
Plano Nacional, “que ultrapassa várias vezes aquilo<br />
que é o Fundo de Recuperação e aquilo que possa<br />
vir por via do QFP”, é suscetível de “vir a agravar<br />
diferenças enormes entre os Estados Membros e<br />
condições de concorrência muitíssimo difíceis”.<br />
“Nós vimos nos últimos dias, até pela atitude<br />
de alguns governos no que toca à abertura de<br />
fronteiras, o quão acirrada pode ser a competição<br />
internacional em determinados setores”, armou,<br />
advertindo para a distorção desta competição “nos<br />
próximos tempos por condições de nanciamento<br />
do Estado às respetivas economias e por condições<br />
de nanciamento das empresas, por exemplo nos<br />
mercados internacionais, na banca, indiretamente,<br />
porque a banca se nancia nos mercados<br />
internacionais, por condições que vão agravar<br />
muitíssimo, a desigualdade que já hoje existe ao<br />
nível de uma competição de uma concorrência que<br />
já é em grande medida falseada, apesar de se gostar<br />
de dizer que é livre e não falseada, mas vai ser<br />
muito mais agravada essa concorrência”, explicou.<br />
João Ferreira chamou atenção para “perigos<br />
evidentes de nós, como tem acontecido em<br />
Portugal, encaramos a resposta à situação<br />
económica e social que vivemos a partir<br />
unicamente dos recursos que consigamos<br />
mobilizar por via do orçamento da União Europeia<br />
ou do denominado Fundo de Recuperação”. Para<br />
o eurodeputado, passa por aí, “indiscutivelmente,<br />
uma parte da resposta”, contudo “desengane-se<br />
quem pense que se esgota aí, até do ponto de vista<br />
da mobilização de recursos nacionais, a resposta<br />
necessária, porque nós podemos enfrentar uma<br />
situação muitíssimo complicada em virtude do<br />
que referi, com o agravamento de situações de<br />
concorrência muitíssimo desiguais”, rematou.<br />
Claúdia Monteiro de Aguiar, concorda, em parte,<br />
com as declarações do eurodeputado João Ferreira,<br />
porque aquilo que disse “tem que ver com o<br />
esgotar-se este apoio com o Fundo de Recuperação<br />
e não pode, porque na minha primeira intervenção<br />
referi a importância do QFP, portanto, não vamos<br />
esgotar tudo neste apoio, precisamos que o QFP<br />
dê continuidade a todo o apoio que o setor do<br />
Turismo precisa”, frisou, realçando que o corte que<br />
está previsto no QFP 21/27 “acaba por aqui não<br />
fazer grande sentido”.<br />
“Se queremos dar continuidade a um turismo<br />
NOAGO20 21