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R E P O R T A G E M<br />
deram origem a 62 000 m 3 de madeira serrada”.<br />
Durante o processo, que Anabela Isidoro lembrou<br />
ser ainda “muito recente”, tem havido “uma<br />
aprendizagem e ajustamento de determinados<br />
aspetos como por exemplo o prazo de execução<br />
dos contratos”, que, inicialmente, eram de um ano,<br />
mas passaram para cinco anos “dando assim maior<br />
previsibilidade, exibilidade e até mesmo garantias<br />
às empresas que entram nestes procedimentos para<br />
a angariação de compradores de madeira a médio<br />
prazo”, esclareceu.<br />
Desde o início do processo foram envolvidas<br />
cinco empresas, “três associadas à exploração<br />
orestal e duas associadas à manutenção de<br />
novas plantações”. Dos 237 hectares vendidos<br />
“foram explorados 131 hectares (em São Miguel),<br />
vericando-se que o ritmo de exploração tem<br />
vindo a aumentar de ano para ano, o que reete<br />
o aumento da eciência das empresas associadas<br />
e a sua melhoria na adaptação às exigências do<br />
processo”, armou.<br />
Dos 131ha explorados “já foram reorestados<br />
112”, estimando-se que até março ou abril de<br />
2021 “a totalidade da área até agora explorada ca<br />
reutilizada, porque estamos quase a iniciar meia<br />
época de plantação, portanto vamos plantar aquilo<br />
que foi explorado durante o verão”.<br />
Cerca de 54% da área explorada “foi reutilizada<br />
com o objetivo de manter e melhorar a<br />
capacidade produtiva dos povoamentos orestais<br />
de criptoméria, ou seja, da totalidade da área<br />
explorada vamos continuar com 54% da área com<br />
povoamento de criptoméria, agora mais bemadaptados<br />
e mais bem instalados. Quanto aos 46%<br />
remanescentes “foram reconvertidos para orestas<br />
cujo principal objetivo é o da conservação do solo<br />
da água e da biodiversidade. Para isso utilizamos<br />
quer espécies nativas quer exóticas de crescimento<br />
lento que produzimos nos nossos viveiros<br />
orestais”.<br />
Através destes concursos públicos para corte de<br />
madeira em matas públicas, a Diretora Regional<br />
dos Serviços Florestais sublinhou que o Governo<br />
dos Açores potenciou o surgimento de novos<br />
negócios na área da transformação e da inovação<br />
associadas à leira da madeira, contribuindo<br />
também para o aumento das exportações, “criando<br />
este interesse em torno da madeira de criptoméria<br />
abriu-se espaço para que os produtores orestais<br />
privados possam também entrar e beneciar destes<br />
circuitos de exportação, algo que começa-se agora<br />
a vericar após muitos anos em que a exportação<br />
foi praticamente inexistente”, aquando cingiase<br />
“a um ou dois operadores que exportavam<br />
anualmente alguns contentores de madeira”.<br />
“Esta é certamente uma área em que há ainda<br />
muito para explorar contribuindo para criar mais<br />
riqueza e mais emprego nos Açores”, lembrou.<br />
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