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E D I T O R I A L<br />
LEGISLATIVAS REGIONAIS <strong>2020</strong><br />
Vive-se um mês de outubro<br />
agitadíssimo, retomando a velha<br />
prática de campanha eleitoral que<br />
não encontra outro método senão<br />
o de apregoar o populismo, o<br />
impossível e o demagogo.<br />
Ainda restam alguns laivos<br />
na chamada de atenção sobre<br />
a abstenção, que teima em se<br />
pronunciar fortemente a cada<br />
ato eleitoral. Sobre este tema,<br />
são inúmeros os estudos para<br />
travar este fenómeno sem que<br />
se consiga resultados concretos.<br />
Pese embora o facto de os<br />
estudos contradizerem as notórias<br />
vontades de culpar os cadernos<br />
eleitorais, permanece intacta a<br />
metodologia da política conduzida<br />
pelas governações em contra<br />
ciclo e devastando a essência do<br />
contributo cívico.<br />
Não é empírico, é factual o<br />
afastamento dos eleitores perante<br />
tamanha e desastrada forma<br />
de fazer política que assenta<br />
essencialmente no compadrio e<br />
nos favores. É este o fenómeno<br />
a combater para que a abstenção<br />
decida acreditar e confiar.<br />
Mais grave é, em plena<br />
campanha, quem está no poder<br />
sair à rua e apresentar as mesmas<br />
medidas, as mesmas soluções e<br />
os mesmos chavões para caçar<br />
o voto. O espírito é caçar o voto<br />
custe o que custar, conquistar<br />
o mesmo é tarefa impossível<br />
para quem já está desacreditado,<br />
mas insistem. Para combater a<br />
abstenção, comecem por cumprir<br />
o prometido em cada eleição,<br />
em cada programa e deixem-se<br />
de inventar e retocar que agora é<br />
desta.<br />
A maioria da abstenção está<br />
naqueles que não acreditam<br />
nos políticos por via de<br />
governações desastrosas, falsas e<br />
inconsequentes.<br />
Ao olhar, também, para a<br />
nomenclatura dos números da<br />
abstenção, consegue-se perceber<br />
que, nos cadernos eleitorais,<br />
sobretudo nos Açores, temos<br />
o fenómeno da deslocação de<br />
eleitores por diversas razões e a<br />
emigração. Esta última representa<br />
aproximadamente 15% da<br />
abstenção na Região Autónoma<br />
dos Açores, em que a maioria<br />
destes emigrantes se encontra na<br />
América do Norte.<br />
Ora, a preocupação do Partido<br />
Socialista foi a de fazer uma<br />
alteração na Lei Eleitoral na<br />
Região Autónoma dos Açores,<br />
de forma cirúrgica, dando<br />
possibilidade ao voto em<br />
mobilidade apenas para quem<br />
esteja ausente dos Açores mas<br />
em território nacional, ou seja,<br />
para incidir principalmente nos<br />
estudantes que se encontram a<br />
estudar em território continental.<br />
Esta franja de eleitores é muito<br />
inferior à franja de eleitores<br />
na emigração. Estes eleitores<br />
ficaram de fora, tendo-lhes sido<br />
vedada a possibilidade do voto<br />
em mobilidade para as Eleições<br />
Legislativas Regionais já que para<br />
as Legislativas para a Assembleia<br />
da República já o podem fazer.<br />
Ou seja, para o PS e PSD,<br />
existem açorianos de primeira<br />
e os coitadinhos dos açorianos<br />
emigrados. Convém realçar que,<br />
para viabilizar esta alteração<br />
Eleitoral, teria de haver<br />
concordância entre Partido<br />
Socialista e Partido Social<br />
Democrata para alcançar os dois<br />
terços dos votos na Assembleia<br />
Legislativa Regional.<br />
E é assim que os dois maiores<br />
partidos da alternância<br />
governativa querem acabar com a<br />
abstenção.<br />
FICHA TÉCNICA:<br />
ISSN 2183-4768<br />
PROPRIETÁRIO ASSOCIAÇÃO AGENDA DE NOVIDADES<br />
NIF 510570356<br />
SEDE DE REDAÇÃO RUA DA MISERICÓRDIA, 42, 2º ANDAR,<br />
9500-093 PONTA DELGADA<br />
SEDE DO EDITOR RUA DA MISERICÓRDIA, 42, 2º ANDAR,<br />
9500-093 PONTA DELGADA<br />
DIRETOR/EDITOR RUI MANUEL ÁVILA DE SIMAS CP3325A<br />
DIRETORA ADJUNTA CLÁUDIA CARVALHO TPE-288A<br />
REDAÇÃO CHEFE REDAÇÃO RUI SANTOS TPE-288 A,<br />
CLÁUDIA CARVALHO TPE-288 A, SARA BORGES, ANA SOFIA<br />
MASSA, ANA SOFIA CORDEIRO<br />
REVISÃO ANA SOFIA MASSA<br />
PAGINAÇÃO MÁRIO CORRÊA<br />
CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGEM RODRIGO RAPOSO E<br />
MIGUEL CÂMARA<br />
DEPARTAMENTO DE MARKETING, COMUNICAÇÃO E IMAGEM<br />
CILA SIMAS E RAQUEL AMARAL<br />
PUBLICIDADE RAQUEL AMARAL<br />
MULTIMÉDIA RODRIGO RAPOSO<br />
INFORMÁTICA JOÃO BOTELHO<br />
RELAÇÕES PÚBLICAS CILA SIMAS<br />
Nº REGISTO ERC 126 641<br />
COLABORADORES ANTÓNIO VENTURA, JOÃO CASTRO,<br />
RICARDO SILVA<br />
CONTACTOS MARKETING@AGENDADENOVIDADES.COM<br />
ESTATUTO EDITORIAL:<br />
A NO É UMA REVISTA DE ÂMBITO REGIONAL (NÃO FICANDO<br />
EXCLUÍDOS OS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA E<br />
COMUNIDADES PORTUGUESAS ESPALHADAS PELO MUNDO).<br />
A NO DISPONIBILIZA INFORMAÇÃO INDEPENDENTE E<br />
PLURALISTA RELACIONADA COM A POLÍTICA, CULTURA<br />
E SOCIEDADE NUM CONTEXTO REGIONAL, NACIONAL E<br />
INTERNACIONAL.<br />
A NO É UMA REVISTA AUTÓNOMA, SEM QUALQUER<br />
DEPENDÊNCIA DE NATUREZA POLÍTICA, IDEOLÓGICA E<br />
ECONÓMICA, ORIENTADA POR CRITÉRIOS DE RIGOR, ISENÇÃO,<br />
TRANSPARÊNCIA E HONESTIDADE.<br />
A NO É PRODUZIDA POR UMA EQUIPA QUE SE COMPROMETE<br />
A RESPEITAR OS DIREITOS E DEVERES PREVISTOS NA<br />
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA; NA LEI DE<br />
IMPRENSA E NO CÓDIGO DEONTOLÓGICO DOS JORNALISTAS.<br />
A NO VISA COMBATER A ILITERACIA, INCENTIVAR O GOSTO<br />
PELA LEITURA E PELA ESCRITA, MAS ACIMA DE TUDO,<br />
PROMOVER A CIDADANIA E O CONHECIMENTO.<br />
A NO REGE-SE PELO CUMPRIMENTO RIGOROSO DAS NORMAS<br />
ÉTICAS E DEONTOLÓGICAS DO JORNALISMO E PELOS<br />
PRINCÍPIOS DE INDEPENDÊNCIA E PLURALISMO.<br />
04 NOOUT20