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Eco fidelíssimo da Igreja<br />
var, reunir, elevar à verdadeira civilização.<br />
Compreende-se, pois, a alegria<br />
triunfal e santíssima com que a Igreja<br />
canta no Introito da Missa da aurora,<br />
no dia de Natal: “A Luz brilhará hoje<br />
sobre nós, porque nos nasceu o Senhor”,<br />
e na Epístola lembra as palavras<br />
de São Paulo a Tito: “Manifestou-<br />
-se a benignidade e a amabilidade de<br />
Deus, nosso Salvador. Ele nos salvou,<br />
não pelas obras de justiça que tivéssemos<br />
feito, mas por sua misericórdia,<br />
pelo renascimento e pela renovação<br />
no Espírito Santo, que copiosamente<br />
derramou sobre nós por Jesus Cristo,<br />
nosso Salvador, a fim de que, justificados<br />
por sua graça, sejamos herdeiros<br />
da vida eterna que é nossa esperança<br />
no Cristo Jesus, Nosso Senhor.”<br />
No Introito da próxima Missa, estas<br />
palavras de júbilo mais uma vez<br />
se acentuam: “Uma Criança nasceu<br />
para nós, e um Filho nos foi dado.<br />
Ele traz sobre seus ombros a marca<br />
de sua realeza e seu nome é Anjo do<br />
Grande Conselho.” Cristo vem para<br />
o mundo inteiro: “Todos os confins<br />
da Terra viram a salvação de nosso<br />
Deus. Aclamai a Deus, Terra inteira,<br />
o Senhor fez conhecer sua salvação;<br />
Ele revelou sua justiça aos olhos das<br />
nações”, diz o Gradual.<br />
E na Liturgia desse dia encontramos<br />
mais esta exclamação radiosa:<br />
“Hoje Cristo nasceu, hoje apareceu o<br />
Salvador, hoje sobre toda a Terra cantam<br />
os Anjos, se regozijam os Arcanjos,<br />
hoje todos os justos nos transportes<br />
da sua alegria repetem: “Glória a<br />
Deus no mais alto dos céus, aleluia!”<br />
Aspecto dramático do<br />
mundo contemporâneo<br />
de, a impiedade campeiam infrenes.<br />
Entretanto, continua a ser verdadeira<br />
a afirmação da Liturgia: “A Vós, Senhor,<br />
pertencem os céus, a Vós a terra;<br />
sois Vós quem fundastes o universo<br />
e quanto ele contém. A justiça e a<br />
equidade são o apoio de vosso trono.”<br />
Com efeito, a revolta das criaturas<br />
não aliena nem destrói o domínio que<br />
sobre elas exerce o Criador. Rebelde<br />
embora, o mundo continua a pertencer<br />
a Nosso Senhor Jesus Cristo. E Ele,<br />
o Rei, Rei pacífico, Rei misericordioso,<br />
continua a atrair a Si todas as criaturas.<br />
Junto ao santo Presepe, sejam nossos<br />
sentimentos de profunda confian-<br />
ça na misericórdia divina. Em nós,<br />
em torno de nós, pela graça de Cristo,<br />
Senhor Nosso, será só Ele o verdadeiro<br />
Rei. Pelo ardor na correspondência<br />
à graça divina e nas fainas<br />
do apostolado, saibamos subtrair-nos<br />
ao jugo do pecado e atrair para Cristo<br />
todos os povos infiéis. No Presepe,<br />
Cristo nos aparece bem junto de Maria,<br />
como que a lembrar que com a intercessão<br />
da Mãe que é d’Ele e nossa,<br />
tudo podemos esperar, tudo devemos<br />
pedir em benefício das almas. v<br />
(Extraído de O Legionário n. 594,<br />
25/12/1943)<br />
J. P. Braido<br />
Destoa profundamente da doçura,<br />
glória e suavidade deste quadro magnífico,<br />
o aspecto dramático do mundo<br />
contemporâneo. O pecado parece<br />
dominar o mundo inteiro. A guerra<br />
estende por quase toda a Terra as suas<br />
devastações. O ódio, a sensualida-<br />
Sagrada Família (coleção particular)<br />
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