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As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense

As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense Coleção Documentos, volume 16 Autor: Reto Monico

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Coleção Documentos, volume 16
Autor: Reto Monico

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As conspirações monárquicas em

Portugal (1911-1912) 1

A revolução republicana de 1910 marca o fim da monarquia dos Bragança,

cujo último rei, D. Manuel II, deixa Portugal a 5 de outubro para

um exílio definitivo em terras inglesas. No entanto, é preciso sublinhar

que se trata, essencialmente, de uma revolução urbana, circunscrita à

região da Grande Lisboa 2 . O resto do país faz a mudança de regime,

como escreveu João Chagas, “por telégrafo”. Nessa altura, Portugal é

um país maioritariamente agrícola, com uma classe operária muito reduzida.

O centro e a força do republicanismo encontra-se na capital e,

em menor medida, na cidade do Porto 3 . O resto do país é conservador

e profundamente católico.

1 Quero agradecer à minha mulher Clara e ao Francisco Matta pela atenta leitura

desta introdução e do artigo sobre o Journal de Genève.

Abreviaturas: GNR (Guarda Nacional Republicana); I.P. (Ilustração Portuguesa); PRP

(Partido Republicano Português).

2 “A proclamação da República em 1910 surge como um fenómeno estranho e

bizarro, que apanha as capitais da Europa desprevenidas. O 5 de outubro foi um

movimento da capital, alargando-se no máximo a um arco de pequena dimensão

em seu torno, onde se inclui Almada e Loures, que com muita boa vontade se pode

prolongar até Setúbal e Alpiarça”. TELO, António José, “Sidónio Pais — A chegada

do Século XX”, in TEIXEIRA, Nuno Severiano & PINTO, António Costa. A Primeira

República Portuguesa. Entre o Liberalismo e o Autoritarismo. Lisboa: Colibri, 1999,

p. 12.

3 “A 20 km de Lisboa e a 10 km do Porto os republicanos rareavam. A 50 km só

se encontravam por acaso”. VALENTE, Vasco Pulido. A “República Velha” (1901-1917).

Lisboa: Gradiva, 1997, p. 11.

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