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As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense

As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense Coleção Documentos, volume 16 Autor: Reto Monico

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Coleção Documentos, volume 16
Autor: Reto Monico

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As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense:

A Federação (1911-1912) 15

1911 17 .

No entanto, este “exército realista” nunca poderá constituir uma séria

ameaça, sem uma revolta militar em Portugal com um levantamento

popular. Ingenuamente, Paiva Couceiro conta com uma subversão das

províncias do Norte e das Beiras, dirigidas pelos caciques e pelo clero

e com a revolta de alguns regimentos militares no Norte. Considera-se

como uma espécie de “Messias” libertador, estímulo exterior para o

povo se revoltar contra o regime republicano de Lisboa 18 .

Figura 4: “A República contra o Paladino”. Em Santa Apolónia, o regimento de

caçadores 5 parte para o Norte. [I.P., 26 de junho de 1911]

Temos de acrescentar as dificuldades de organização, de comunicação

entre a Galiza e Portugal, os problemas financeiros e a falta de um

exército e de armamento: a maioria dos “soldados” era constituída por

civis e eclesiásticos. Alguns exercícios são feitos com paus nos quartos

ou nos corredores das casas, na ausência de espaço e de armas. Entre

estes “soldados” havia camponeses e criados aliciados pela promessas

de ganhar dinheiro. Um combatente preso diz que a causa princi-

17 “Villalobar estava perfeitamente informado dos projetos monárquicos. Podia ser

considerado, com toda a razão, um verdadeiro agente dos conspiradores”. Ibid., p.

204.

18 SANTOS, Miguel Dias. Ob. cit., p. 115.

www.lusosofia.net

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