27.01.2021 Views

As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense

As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense Coleção Documentos, volume 16 Autor: Reto Monico

As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense
Coleção Documentos, volume 16
Autor: Reto Monico

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense:

A Federação (1911-1912) 31

última da Traulitânia, com o Norte sublevado? 53 Se o país fosse

monárquico, a república já não existia. Bastava um sopro para

a derrubar.

É que o país não é monárquico. Há uma minoria monárquica,

capaz de sofrer, como há gente de Lisboa e do Porto republicana,

disposta a todos os sacrifícios. A grande massa inerte adapta-se

a todos os regimes — a D. Miguel, rei absoluto, ou a D. Manuel,

rei constitucional, à república com Deus ou à república com o

diabo — molda-se a todas as aventuras que triunfem. Pior, meu

Deus, pior! O país é egoísta, e a gente viva de Lisboa e Porto,

capaz de morrer nas ruas, essa é inteiramente republicana 54 .

Efetivamente, na altura, os monárquicos e os republicanos constituem

uma minoria. A maioria da população é apática e indiferente à

política.

53 Brandão refere-se à Monarquia do Norte que dura de 19 de janeiro a 13 de

fevereiro de 1919.

54 BRANDÃO, Raul. Memórias, T. III, Lisboa: Relógio d’Água, 2000 [1ª ed. 1933],

p. 57.

www.lusosofia.net

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!