As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense
As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense Coleção Documentos, volume 16 Autor: Reto Monico
As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense
Coleção Documentos, volume 16
Autor: Reto Monico
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As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense:
A Federação (1911-1912) 13
à Assembleia Constituinte de final de maio. Na província espanhola
reúnem-se padres, jesuítas, antigos franquistas, filhos de boas famílias,
desertores do Exército, miguelistas e, também “muitos aventureiros” 11
Estes monárquicos encontram um chefe em Paiva Couceiro, que sai do
país em março 12 .
Figura 2: a 3 de julho de 1911, a Ilustração Portuguesa publica uma longa
reportagem sobre o “País dos conspiradores”. Aqui o Hotel Roma de Ourense, onde
esteve hospedado Paiva Couceiro.
O ex-governador de Angola é um dos pouco oficiais que defende
o regime dos Bragança durante a Revolução republicana. Logo depois
do 5 de outubro, o próprio Couceiro declara, num documento entregue
ao Governo Provisório, que reconhece as “instituições que o povo
reconhecer” 13 . Ao mesmo tempo pede a demissão do Exército, mas só
obtém uma licença. Fiel à tradição, recusa todas as ofertas que lhe são
feitas, tal como, a 14 de outubro, a nomeação para presidir a comissão
“encarregada de estudar a colonização de Benguela” 14 . Em março,
depois de ter apresentado a Correia Barreto, ministro da Guerra, uma
11 Ibid., p. 98.
12 Cf. Infra, A Federação, 19 de abril de 1911; Journal de Genève, 22 de abril de 1911.
13 COIMBRA, Artur Ferreira. Paiva Couceiro e a Contra-Revolução Monárquica.
Braga: Universidade do Minho, 2000, p. 89. (Tese de mestrado em História das
Instituições e da Cultura Moderna e Contemporânea)
14 BRANDÃO, Fernando de Castro. A I República Portuguesa — Uma Cronologia.
Lisboa: Livros Horizonte, 1991, p. 11.
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