As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense
As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense Coleção Documentos, volume 16 Autor: Reto Monico
As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense
Coleção Documentos, volume 16
Autor: Reto Monico
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As incursões monárquicas lusas na imprensa sul-rio-grandense:
A Federação (1911-1912) 17
divisões no Porto e em Vila Real que ficam “em pé de guerra.” 24 . Nessa
altura, os carbonários entram também em ação 25 .
Os republicanos portugueses infiltram também as tropas couceiristas
e organizam um serviço de espionagem dos dois lados da fronteira.
Estes espiões civis, ligados às organizações secretas, instalam-se na
província espanhola. Bernardino Machado, ministro dos Negócios Estrangeiros
até agosto, declarará dois meses mais tarde no Parlamento:
“eu tinha [. . . ] organizado um serviço de vigilância, mesmo além da
fronteira” 26 .
Figura 6: Em Orense, republicanos espanhóis vigiam os vagões apreendidos que
contêm armas e munições para os conspiradores.
* * * * *
O plano da contrarrevolução, apoiado por D. Manuel, prevê a tomada
da Cidade Invicta na última madrugada do mês de setembro,
com um regimento de cavalaria, um de infantaria, com peças de artilharia
e centenas de populares chefiados por religiosos e antigos chefes
monárquicos. No mesmo dia, está programada a entrada em Portugal
do Paladino a partir da Galiza. Este projeto monárquico conta também
com sublevações de quartéis e de populações a norte do Mondego,
24 SANTOS, Miguel Dias. Ob. cit., p. 107.
25 Segundo Hipólito de la Torre Gómez, em junho, há cerca de 2000 destes
voluntários civis na zona fronteiriça, às ordens do Grão mestre Luz de Almeida que
se instala em Chaves.
26 Ibid., p. 64.
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