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SERVIÇO Alinhamento de direções<br />
ATUALIDADE Nova etiqueta pneus<br />
w<br />
A revista n.º 1<br />
<strong>dos</strong> profissionais<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
<strong>62</strong><br />
Março 2021<br />
ANO IX | 5 euros<br />
Periodicidade: Trimestral<br />
Entrevista Climénia Silva<br />
Diretora geral da Valorpneu<br />
<strong>Pneus</strong> UHP<br />
Reis da<br />
Estrada!
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
DIRETOR COMERCIAL<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
GESTOR DE CLIENTES<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
WEBMASTER<br />
António Valente<br />
antonio.valente@apcomunicacao.com<br />
ARTE<br />
Hélio Falcão<br />
Proximidade<br />
e prontidão<br />
JOÃO VIEIRA, Diretor<br />
SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />
E CONTABILIDADE<br />
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PERIODICIDADE<br />
Trimestral<br />
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Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />
interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
autorização prévia e por escrito da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong><br />
IMPRESSÃO<br />
Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />
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2730 - 053 Barcarena<br />
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CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE:<br />
WWW.REVISTA DOS PNEUS.COM<br />
As atitudes, receios e preocupações<br />
<strong>dos</strong> consumidores,<br />
de um modo geral,<br />
sofreram alterações com o<br />
surgimento e ao longo da<br />
evolução da crise pandémica. A expansão do<br />
coronavírus desencadeou uma série de mudanças<br />
e transformações que, naturalmente,<br />
estão a ter impacto no seu comportamento.<br />
Os hábitos de consumo estão a mudar de<br />
forma radical e esta situação representa já<br />
a maior mudança comportamental das últimas<br />
décadas. A componente emocional está,<br />
mais do que nunca, na origem das decisões<br />
do consumidor. Tanto na compra quanto<br />
no serviço, uma “nova normalidade” está a<br />
surgir quando se trata de como os clientes<br />
desejam comprar e fazer a manutenção de<br />
seus veículos. Desta forma, o digital torna-se<br />
cada vez mais importante ao longo de todo<br />
o processo de compra, com os consumidores<br />
cada vez mais interessa<strong>dos</strong> em serviços<br />
online e sem contacto.<br />
Os consumidores estão a exigir mais das<br />
marcas e das empresas em que confiam e<br />
no seu compromisso de estarem mais perto<br />
delas e criarem uma diferença real nas suas<br />
vidas, quer em termos de ligação emocional,<br />
quer através de aspetos mais racionais, como<br />
a proximidade e a prontidão no momento<br />
de responder às suas necessidades. A nova<br />
forma de vida que agora temos, tem impacto<br />
direto na forma como passamos a consumir,<br />
sendo mais exigentes com a disponibilidade<br />
imediata da compra.<br />
A sensação de incerteza associada à preocupação<br />
com a saúde e as condições económicas<br />
torna as pessoas mais conservadoras<br />
na maioria das suas decisões. Mais do que<br />
nunca, os consumidores pensam duas vezes<br />
antes de gastar e estão mais motiva<strong>dos</strong><br />
para a poupança, devido à incerteza que este<br />
contexto lhes traz. É por isso que a acessibilidade<br />
se torna novamente essencial para<br />
fidelizar o cliente.<br />
Sendo impossível ignorar esta realidade, as<br />
empresas que terão bons resulta<strong>dos</strong> serão<br />
as que souberem escutar e se adaptar, de<br />
modo a satisfazer este novo modo de consumo,<br />
que procura uma oferta menor em<br />
variedade, mas com mais valor acrescentado.<br />
Será mais eficaz propor uma oferta limitada,<br />
mas poderosa e significativa, do que uma<br />
excessivamente sofisticada e diversificada<br />
que dê resposta a necessidades que, neste<br />
momento, não estão no topo das prioridades<br />
das pessoas. As empresas devem dedicar-<br />
-se a criar produtos e serviços de grande<br />
qualidade e incentivar os consumidores a<br />
comprarem menos coisas, mas melhores. Os<br />
consumidores apreciarão as empresas que<br />
percebam que é altura de fazer propostas<br />
simples, significativas e de impacto, bem<br />
como as que compreendam corretamente<br />
o novo equilíbrio de prioridades imposto<br />
pela situação global.<br />
O que torna um produto melhor do que o<br />
outro já não é apenas o preço ou a quantidade.<br />
O impacto ambiental e social são cada<br />
vez mais considera<strong>dos</strong> na hora de comprar.<br />
Existe uma oportunidade imediata para as<br />
empresas combinarem os seus serviços com<br />
boas práticas ambientais, sanitárias e de gestão.<br />
E existe um novo papel a desempenhar<br />
que inclui ir além da resposta às necessidades<br />
funcionais e entender o que os clientes<br />
realmente valorizam, para ir de encontro às<br />
suas necessidades. ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Pirelli Cinturato All Season SF2<br />
Segurança todo o ano<br />
Capaz de garantir boas prestações em todas as estações do ano,<br />
o novo Pirelli Cinturato All Season SF2 é o pneu mais silencioso de to<strong>dos</strong>,<br />
com uma distância de travagem reduzida em piso molhado, seco e na neve<br />
O<br />
novo Cinturato All Season conta<br />
com a mais recente tecnologia<br />
de pneus, incluindo, pela<br />
primeira vez, uma ‘banda de<br />
rodagem adaptável’: um sistema que usa<br />
o composto e o piso para maximizar a segurança<br />
e a versatilidade na condução. Está<br />
também disponível com as tecnologias Pirelli<br />
Seal Inside e Run Flat, que permitem que os<br />
condutores possam continuar a sua viagem<br />
em caso de furo, e na versão Elect para veículos<br />
elétricos e híbri<strong>dos</strong> plug-in.<br />
Está disponível em 65 tamanhos, de 15 a 20<br />
polegadas, para carros de turismo e crossover<br />
mais recentes. Conta com o símbolo M +<br />
S juntamente com a marcação 3PMSF (floco<br />
de neve em formato montanha com três<br />
picos), que indica o excelente desempenho<br />
do pneu em condições de inverno e<br />
certifica a conformidade com a legislação<br />
europeia. O mais recente membro da família<br />
Cinturato é ideal para condutores que<br />
fazem uma utilização citadina, em locais<br />
de clima temperado, e percorrem cerca de<br />
25.000 quilómetros por ano. O desenho e a<br />
composição de um pneu All Season atinge<br />
um equilíbrio preciso quando este oferece<br />
um bom desempenho geral e um amplo<br />
grau de versatilidade.<br />
O Cinturato All Season SF2 garante uma das<br />
melhores performances da classe em todas<br />
as situações de condução que os condutores<br />
enfrentam durante as quatro temporadas,<br />
tal como destaca o renomado organismo de<br />
testes alemão TÜV SÜD, que recentemente<br />
atribiui ao novo Cinturato a “Performance<br />
Mark”.<br />
De igual modo, outra referência alemã, a<br />
Dekra, certificou que o Cinturato All Season<br />
SF2 oferece um controlo perfeito graças a<br />
uma distância de travagem mais curta em<br />
piso seco e uma melhor condução na neve,<br />
em comparação os com seus concorrentes<br />
diretos, bem como um excelente desempenho<br />
de travagem em piso molhado e em<br />
superfícies com neve. Em comparação com<br />
o seu antecessor, o Cinturato All Season Plus,<br />
a travagem em piso seco foi melhorada em<br />
3,5 metros e a travagem em piso molhado<br />
foi melhorada em cerca de 2 metros. O desempenho<br />
em comparação com a versão<br />
anterior do pneu também foi melhorado<br />
na neve, tanto no que diz respeito à tração<br />
como na travagem (com uma redução à<br />
volta de 1 metro).<br />
O perfil e a estrutura do Cinturato All Season<br />
SF2, juntamente com a nova banda de<br />
rodagem e uma área de contacto uniforme,<br />
melhoram a condução e a vida útil do pneu<br />
em cerca de 50% em comparação com o<br />
Cinturato All Season Plus. Este resultado<br />
impressionante foi obtido graças ao uso<br />
de novos materiais nos compostos, e às<br />
melhorias da rigidez localizada da banda<br />
de rodagem.<br />
A nova geração do composto adaptável<br />
da banda de rodagem, oferece também<br />
uma menor resistência ao rolamento em<br />
comparação com os seus principais concorrentes,<br />
tal como ficou demonstrado durante<br />
os testes realiza<strong>dos</strong> pela Dekra. A menor<br />
resistência ao rolamento significa um menor<br />
consumo de combustível e uma maior<br />
autonomia para os carros elétricos. Assim,<br />
somam-se ainda os benefícios em termos de<br />
sustentabilidade ambiental. Estas características<br />
fazem com que a maioria <strong>dos</strong> pneus da<br />
linha Cinturato All Season SF2 contenham,<br />
no seu rótulo, a classificação B na categoria<br />
de resistência ao rolamento. ♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Equipamento Mercado do mês<br />
John Bean V2380<br />
Rápida e<br />
sofisticada<br />
“John Bean Connected” é o nome da nova gama de alinhadoras 3D da John Bean,<br />
equipadas com inovadoras câmaras de vídeo HRD de alta qualidade. Trata-se de uma<br />
das máquinas de alinhar direções mais sofisticadas e rápidas do mercado<br />
No seguimento do alargamento<br />
da sua nova gama de alinhadoras<br />
– John Bean Connected<br />
Aligners – está, a partir de agora,<br />
disponível para o mercado português a<br />
John Bean V2380 com câmaras de leitura<br />
de vídeo, de 5.1Mb e 60 fps (fotos por segundo).<br />
Dotada de torre móvel, especificamente<br />
desenvolvida para trabalhar em conjunto<br />
com um elevador, a V2380 é a primeira<br />
alinhadora John Bean com auto-tracking<br />
(acompanhamento automático das câmaras<br />
ao movimento de subida e descida do elevador)<br />
com a configuração de duas câmaras<br />
montadas numa barra única de alumínio.<br />
Outra novidade, é a introdução nesta gama<br />
das garras AC400, em magnésio ultraleves,<br />
as quais prendem diretamente ao pneu,<br />
não tocando na jante em nenhuma fase<br />
do alinhamento, evitando assim eventuais<br />
danos na jante do veículo.<br />
Ao recorrer ao sistema Linux como suporte<br />
do seu programa de alinhamento, a John<br />
Da<strong>dos</strong> Técnicos:<br />
John Bean V2380<br />
Software<br />
Sistema Operativo<br />
Monitor<br />
Base de Da<strong>dos</strong><br />
Câmaras<br />
Tecnologia<br />
Garras<br />
New Generation Aligner<br />
– Connected Family<br />
Linux<br />
22” (Wide Range)<br />
OEM (Aprox. 20 anos)<br />
5,1Mp / 60fps<br />
Vídeo<br />
AC400<br />
Jantes 13” a 22”<br />
Largura de Via 1,22m a 2,44m<br />
Alimentação<br />
230V/1Ph/60Hz<br />
Bean evita assim a dependência de plataformas<br />
informáticas comerciais, mantendo<br />
assim a sua independência tanto no domínio<br />
do software como do hardware.<br />
Outra das inovações presentes nas John<br />
Bean V2380, é o facto de se terem abolido<br />
definitivamente as ligações entre os diferentes<br />
módulos de controlo do tipo USB3,<br />
passando a ser utiliza<strong>dos</strong> cabos de rede,<br />
muito mais fiáveis e com um tráfego de<br />
da<strong>dos</strong> muito mais estável. Com este tipo<br />
de solução, acabam-se os maus contactos,<br />
e os problemas de transmissão de da<strong>dos</strong><br />
daí resultantes.<br />
Com tudo isto, podemos dizer – sem grandes<br />
margens para erro – de que a John Bean<br />
V2380 se trata, de uma das máquinas de<br />
alinhar direções mais sofisticadas e rápidas<br />
do mercado.<br />
Se juntarmos a estas vantagens, a possibilidade<br />
de efetuar as atualizações da base<br />
de da<strong>dos</strong> via Wi-Fi, então teremos em mãos<br />
uma das mais sofisticadas alinhadoras<br />
de sempre. ♦<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
evistapneus_nankang_09.pdf 1 31/08/2020 11:56:05<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
PURA PERFORMANCE<br />
no seco e no molhado<br />
255 617 480
Mercado<br />
Início ano<br />
em queda<br />
No mês de janeiro de 2021, o mercado de pneus<br />
novos de substituição em Portugal registou uma<br />
queda de 13,9% relativamente ao mês homólogo<br />
do ano anterior. Apenas o segmento RFT teve um<br />
aumento de 2,5%
Europool<br />
Segundo da<strong>dos</strong> da Europool, em janeiro<br />
de 2021, no que ao mercado<br />
de pneus novos de substituição<br />
disse respeito, venderam-se em<br />
Portugal, no segmento Consumer (ligeiros<br />
de passageiros, comerciais ligeiros e 4x4)<br />
241.601 unidades, ou seja, menos 38.999<br />
unidades comparativamente ao período<br />
homólogo do ano passado. O que na prática,<br />
traduziu-se numa queda de -13,9%.<br />
Na divisão por categorias, em janeiro de<br />
2021, venderam-se no mercado nacional<br />
202.866 pneus para veículos ligeiros de passageiros<br />
(-14,8% do que em janeiro de 2020,<br />
que registou vendas de 238.186 unidades),<br />
20.612 pneus radiais para veículos comerciais<br />
ligeiros (-10,6% do que em janeiro de<br />
2020, que registou 23.044) e 18.123 pneus<br />
4x4 (-6,4% do que em janeiro de 2021, que<br />
registou 19.370 unidades vendidas).<br />
SEGMENTOS<br />
Analisando os segmentos, no mês de janeiro<br />
deste ano, a maior fatia de vendas pertenceu<br />
aos pneus premium, com 111.617<br />
(-16,9%, ou seja, menos 22.632 unidades<br />
do que em igual período do ano transato).<br />
Seguindo-se os pneus Mid com 66.504<br />
(+5,0%, ou seja mais 3.188 unidades do<br />
que no mês de janeiro do ano passado)<br />
e os pneus budget, com 63.527 unidades<br />
(+22,9%, ou seja, menos 18.841 unidades<br />
do que em igual período do ano transato).<br />
TIPOLOGIA<br />
Quanto à Tipologia, em janneiro de 2021,<br />
foram comercializa<strong>dos</strong> 79.546 pneus HRD,<br />
ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para<br />
cima (-10,5%, já que no mesmo mês de<br />
2020 foram vendidas 88.886 unidades),<br />
17.963 pneus SUV/4x4 (-7,3%, já que no<br />
mesmo mês de 2020 foram vendidas 19.370<br />
unidades), 18.494 pneus RTF (+2,5%, já que<br />
no mês de janeiro de 2020 foram vendidas<br />
18.050 unidades) e 3.324 pneus All Season<br />
(-1,6%, já que no mesmo mês de 2020 foram<br />
vendidas 3.379 unidades).<br />
DIÂMETRO DAS JANTES<br />
No que diz respeito ao diâmetro das jantes,<br />
a maior fatia pertenceu às de 15” (66.400<br />
unidades em janeiro de 2021 contra 71.009<br />
em janeiro de 2020), seguindo-se as de 16”<br />
(<strong>62</strong>.029 unidades contra 77.109 em janeiro<br />
de 2020), as de 17” (37.866 unidades em<br />
janeiro de 2021 contra 48.376 em janeiro<br />
de 2020), as de 14” (26.590 unidades em<br />
janeiro de 2021, contra 34.<strong>62</strong>3 em janeiro<br />
de 2020), e as de 18” (25.144 unidades em<br />
janeiro de 2021, contra 25.678 em janeiro<br />
de 2020). ♦<br />
UNIDADES JANEIRO 2020 JANEIRO 2021 VARIAÇÃO<br />
TOTAL 280.600 241.601 -13,9%<br />
Passageiros 238,186 202.866 -14,8%<br />
Comerciais 23.044 20.612 -10,6%<br />
4x4 19.370 18.123 -6,4%<br />
All Season 3.379 3.324 -1,6%<br />
HRD 88.886 79.546 -10,5%<br />
RFT 18.050 18.494 +2,5%<br />
SUV/4x4 19.370 17.963 -7,3%<br />
Budget 82.368 63.527 -22,9%<br />
Mid 63.316 66.504 +5,0%<br />
Premium 134.249 111.617 -16,9%<br />
12” <strong>62</strong> 22 -64,5%<br />
13” 8.045 6.830 -15,1%<br />
14” 34.<strong>62</strong>3 26.590 -23,2%<br />
15” 71.009 66.400 -6,5%<br />
16” 77.109 <strong>62</strong>.029 -19,6%<br />
17” 48.376 37.866 -21,7%<br />
18” 25.678 25.144 -2,1%<br />
19” 7.816 7.727 -1,1%<br />
20” 4.114 6.275 +52,5%<br />
21” 2.096 1.900 -9,4%<br />
22” 793 560 -29,4%<br />
23” 13 74 +469,2%<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque Mercado<br />
Reis da<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
estrada!<br />
Há uma tendência crescente para a montagem de pneus UHP, impulsionada não<br />
só pelas viaturas de altas prestações que viram crescer o diâmetro das suas jantes até<br />
às 20 e 21 polegadas, mas também pela proliferação de modelos SUV no mercado<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Reportagem Destaque<br />
Condução no Inverno<br />
Com uma utilização cada vez<br />
mais exigente, os pneus UHP<br />
são <strong>dos</strong> mais requisita<strong>dos</strong> na<br />
Europa e também em Portugal.<br />
Uma parte significativa deste crescimento<br />
tem sido impulsionado pelas dimensões<br />
cada vez maiores <strong>dos</strong> pneus, estabelecidas<br />
pelos fabricantes de veículos nos equipamentos<br />
originais. Desde há anos que os<br />
pneus de jantes maiores (17” e acima) mantêm<br />
um ritmo de crescimento acima da<br />
média, enriquecendo o mix de produtos.<br />
Este crescimento da procura acompanha a<br />
renovação do parque automóvel que vem<br />
ocorrendo nos últimos anos. A vontade do<br />
consumidor utilizar produtos com desempenho<br />
extraordinário, principalmente em<br />
termos de segurança, também não pode<br />
ser descartada.<br />
Apesar das vendas de carros ligeiros terem<br />
diminuído em 2020, o segmento de pneus<br />
de altas prestações aumentou as vendas e<br />
continua em franco crescimento. O aumento<br />
da procura de pneus UHP no mercado de<br />
substituição está diretamente relacionado<br />
com a evolução do Equipamento de Origem<br />
das novas viaturas, que tem ocorrido nos<br />
últimos anos. As marcas de automóveis, por<br />
uma questão de performance e/ou estética,<br />
têm optado por equipar os seus modelos<br />
com jantes/pneus de grande dimensão.<br />
FABRICANTES DITAM TENDÊNCIAS<br />
Os fabricantes de automóveis ditam as<br />
tendências do mercado de acordo com as<br />
preferências <strong>dos</strong> consumidores e nos últimos<br />
anos temos assistido a uma tendência<br />
por veículos com aspeto cada vez mais<br />
desportivo, mesmo que sejam familiares.<br />
Trata-se de uma evolução natural das jantes<br />
do parque automóvel como consequência<br />
das matriculações <strong>dos</strong> últimos anos, que<br />
leva à diminuição progressiva da jante 15”<br />
e sobretudo 14”y- e a um incremento do<br />
peso 17”y+.<br />
A jantes 17” já representa para o mercado<br />
português mais de 18% de peso e a jante<br />
18”+ mais de 13%. A progressão deste segmento,<br />
como seria de esperar, é mais evidente<br />
no segmento premium, no qual 17”<br />
pesa já mais que 15” e 18”+ supera os 27%.<br />
No passado falar de pneus UHP era falar<br />
de veículos com caraterísticas desportivas,<br />
mas, hoje em dia, diversos modelos utilitários<br />
vêm equipa<strong>dos</strong> de origem com medidas<br />
de pneus de grandes dimensões. Em alguns<br />
casos por questões de tendências de mercado,<br />
em outros, por questões técnicas como<br />
por exemplo alguns modelos elétricos que<br />
precisam de pneus com maiores dimensões<br />
como é exemplo o BMW i3.<br />
O crescimento <strong>dos</strong> pneus UHP também se<br />
deve às marcas de pneus que têm conseguido<br />
desenvolver pneus cada vez mais<br />
eficazes e seguros indo ao encontro das<br />
necessidades <strong>dos</strong> construtores automóveis<br />
e apresentando também novas soluções. O<br />
Equipamento de Origem é de facto o grande<br />
impulsionador do desenvolvimento de<br />
pneus de alta performance (UHP).<br />
E a indústria automóvel continua a desenvolver<br />
novas tecnologias que exigem pneus<br />
com melhores prestações. Quando um<br />
veículo tem tanta eletrónica para ser mais<br />
eficaz a curvar, acelerar, travar e amortecer,<br />
é natural que aos pneus também se exija<br />
melhores prestações e por isso é natural este<br />
crescimento de pneus UHP. A indústria de<br />
pneus, por sua vez, segue as características<br />
do mercado automóvel, onde os veículos<br />
são cada vez mais tecnológicos e exigem<br />
muito mais do pneu.<br />
CONDUTORES MOSTRAM-SE FIÉIS<br />
À MARCA DE ORIGEM<br />
A forma como se desenham e fabricam veículos<br />
evoluiu, criando novos paradigmas de<br />
O segmento que maior crescimento tem vindo a registar<br />
nos últimos anos é efetivamente o <strong>dos</strong> pneus de alta<br />
performance (UHP) que equipam jantes iguais ou superiores<br />
a 17 polegadas. E é aquele que nos próximos anos continuará<br />
a ter maior espaço de crescimento<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
Os carros desportivos, com jantes de dimensões<br />
superiores, exigem pneus de alta performance,<br />
reforça<strong>dos</strong> e que proporcionem maior segurança<br />
em condições que exigem maior capacidade de resposta<br />
produtos e tecnologias no setor automóvel.<br />
Esta crescente inovação tecnológica da indústria<br />
automóvel trouxe novos desafios à<br />
própria indústria do pneu, que tem vindo<br />
a acompanhar a inovação tecnológica desenvolvendo<br />
produtos que satisfazem as<br />
necessidades cada vez mais exigentes do<br />
mercado automóvel atual. Cada vez mais,<br />
os fabricantes optam por equipar os seus<br />
modelos, independentemente do segmento,<br />
com pneus UHP e todas estas alterações<br />
trouxeram um novo desafio que só as marcas<br />
com capacidade tecnológica podem seguir o<br />
que a indústria automóvel solicitar. E quanto<br />
maior for o desafio tecnológico mais o segmento<br />
UHP crescerá.<br />
Verifica-se que no momento da primeira<br />
substituição <strong>dos</strong> pneus UHP de origem,<br />
os condutores acabam por seguir a escolha<br />
do fabricante do automóvel, optando<br />
por manter a mesma marca e modelo <strong>dos</strong><br />
pneus. Sentem que se o fabricante elegeu<br />
estes pneus, eles devem ser de qualidade<br />
e são garantia de segurança. A evolução<br />
<strong>dos</strong> fabricantes de automóveis e pneus<br />
estão a posicionar o mercado num sentido<br />
diferente do que era há 10 anos até<br />
pela pegada ecológica. O crescimento do<br />
mix de produto nos últimos anos, tem sido<br />
significativo devido à evolução do próprio<br />
parque automóvel, que tanto a nível <strong>dos</strong><br />
turismos como <strong>dos</strong> SUVs, tem contribuído<br />
de forma notável para este aumento de<br />
vendas <strong>dos</strong> pneus UHP.<br />
TENDÊNCIA GLOBAL DE CRESCIMENTO<br />
Em toda a Europa, embora as vendas de<br />
pneus de ligeiros tenham caído em mais de<br />
10% devido ao efeito do Covid-19, os pneus<br />
UHP tiveram reduções muito menores. Isso<br />
significa que a percentagem <strong>dos</strong> pneus UHP<br />
nas vendas totais de pneus de automóveis<br />
aumentou quase 5%. Uma parte significativa<br />
deste crescimento foi impulsionado pelo<br />
Equipamento Original, com cada vez mais<br />
modelos virem equipa<strong>dos</strong> de origem com<br />
jantes de grandes dimensões. Além disso,<br />
os fabricantes de automóveis precisam ter<br />
emissões de carbono cada vez mais baixas,<br />
mesmo em modelos de carros de alto desempenho.<br />
Isso levou à criação de pneus de<br />
baixo perfil monta<strong>dos</strong> em jantes de grandes<br />
dimensões, que ajudam a ter menor resistência<br />
ao rolamento. . u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Reportagem Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
AVON<br />
A evolução de vendas <strong>dos</strong> pneus Avon UHP<br />
em Portugal tem sido positiva, mas para a<br />
marca tem sido muito importante o feedback<br />
por parte <strong>dos</strong> agentes CarExpert (a rede<br />
portuguesa que dinamiza a marca em todo<br />
o território nacional) que frequentemente<br />
atribuem à gama Avon UHP uma conotação<br />
premium e enorme satisfação na sua utilização<br />
por parte do utilizador final.<br />
A gama UHP da Avon é desenvolvida a partir<br />
da experiência centenária que a marca tem<br />
na competição automóvel. As tecnologias<br />
<strong>dos</strong> pneus utiliza<strong>dos</strong> nas corridas de maior<br />
prestígio vão diretamente para os pneus<br />
standard. São fabrica<strong>dos</strong> com matérias-<br />
-primas da mais alta qualidade, utilizando<br />
os mais avança<strong>dos</strong> processos e as mais recentes<br />
tecnologias, sempre seleciona<strong>dos</strong><br />
em função da utilização do pneu. Graças a<br />
isso, os pneus Avon UHP oferecem um nível<br />
de desempenho superior, com extraordinária<br />
aderência, excelente manobrabilidade<br />
e resposta à direção, baixo nível de ruído<br />
e baixa resistência ao rolamento. A Avon<br />
incorpora nos seus pneus UHP compostos<br />
ricos em sílica com materiais duráveis e de<br />
alta qualidade, e a mais recente tecnologia<br />
de polímeros.<br />
Desde o seu início, a Avon tem-se destacado<br />
pela busca da melhoria <strong>dos</strong> produtos.<br />
O investimento em I+D permite-lhe uma<br />
otimização constante <strong>dos</strong> seus pneus. Nesse<br />
sentido, os pneus UHP da Avon incorporam<br />
estruturas de amortecimento de ruído; ou<br />
seja, orifícios projeta<strong>dos</strong> especificamente<br />
para reduzir o ruído gerado pelo contato<br />
do pneu com a estrada, o que aumenta o<br />
conforto e torna a condução mais silenciosa.<br />
Resultado de um enorme processo de<br />
pesquisa e desenvolvimento, o nível de<br />
desempenho de pneus Avon UHP é significativamente<br />
mais alto do que os pneus<br />
convencionais. São pneus especialmente<br />
concebi<strong>dos</strong> para responder às mais exigentes<br />
necessidades em termos de velocidade,<br />
manobrabilidade, carga, desgaste<br />
e segurança. O cliente de pneus Avon UHP<br />
é um consumidor, que procura o máximo<br />
desempenho a um preço acessível. Sabe<br />
que os pneus Avon UHP oferecem uma qualidade<br />
superior e confia no seu excelente<br />
desempenho, confirmado por vários testes<br />
independentes e pela reputação de longa<br />
data da marca.<br />
Graças aos seus compostos de última geração,<br />
desenvolvi<strong>dos</strong> para resistir ao desgaste<br />
e ter um contacto uniforme, os pneus Avon<br />
UHP oferecem uma vida útil consideravelmente<br />
mais longa do que um pneu convencional<br />
e portanto, maior quilometragem e<br />
segurança, evitando a formação de irregularidades<br />
na banda de rolamento.<br />
Como regra, a Avon desenvolve pneus que<br />
proporcionem boas prestações. Para isso, os<br />
seus técnicos trabalham continuamente para<br />
oferecer pneus com as melhores prestações,<br />
assim como produtos para utilizações mais<br />
específicas.<br />
A Avon dispões de pneus UHP de verão,<br />
como o ZX7 ou o ZV7, que respondem a<br />
um alto padrão tanto em superfícies secas<br />
como molhadas, como atesta a classificação<br />
A para aderência em piso molhado na<br />
etiqueta europeia de pneus. Além disso, a<br />
marca lançou recentemente sua nova gama<br />
de pneus para todas as estações, como o AS7<br />
All Season para automóveis de passageiros<br />
e SUVs ou o AS12 para vans, capazes de um<br />
desempenho ao mais alto nível, independentemente<br />
das condições meteorológicas.<br />
Apesar das dificuldades causadas pela pandemia,<br />
a Avon espera que 2021 seja um ano<br />
em que começamos a ver a recuperação do<br />
mercado, à medida que a vacinação avança e<br />
as limitações de mobilidade são eliminadas.<br />
BRIDGESTONE<br />
A Bridgestone divide os pneus UHP em<br />
pneus de jante 17” e pneus de jante ≥18”<br />
aos quais designa UUHP. Segundo os da<strong>dos</strong><br />
Europool, o segmento UHP representou até<br />
Novembro 2020 uma queda de 8,7% e o<br />
segmento UUHP um crescimento de 10,7%.<br />
Se olharmos para o total UHP, vemos que<br />
o segmento UUHP representou 44,3% das<br />
vendas deste tipo de pneus. No caso da Bridgestone<br />
registou até novembro em ambos<br />
os segmentos crescimentos muito positivos<br />
com especial incidência no segmento ≥18”<br />
onde é claramente um <strong>dos</strong> principais players<br />
no mercado.<br />
A Bridgestone tem um forte legado de experiência<br />
em pneus de alta-performance,<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
ENFRENTE A ESTRADA<br />
Elevado desempenho sem comprometer a durabilidade...<br />
Driveways Sport é um pneu de “Elevado desempenho” desenvolvido para os utilizadores de veículos compactos,<br />
Médios, de luxo e de veículos desportivos que apreciem um estilo de condução desportiva.<br />
• Segurança e controlo<br />
• Melhor manuseamento em todas as condições climatéricas<br />
LISTA DE TAMANHOS<br />
• Desempenho melhorado em piso molhado<br />
Largura<br />
TRAVAGEM EM PISO MOLHADO<br />
DRIVEWAYS SPORT<br />
MÉDIA DOS CONCORRENTES<br />
70 80 90 100<br />
6% desempenho a menos em travagem em piso molhado<br />
ROBUSTEZ<br />
DRIVEWAYS SPORT<br />
CONCORRENTE 7<br />
CONCORRENTE 6<br />
CONCORRENTE 5<br />
CONCORRENTE 4<br />
CONCORRENTE 3<br />
CONCORRENTE 2<br />
CONCORRENTE 1<br />
0 5 10 15 20 25 30 35 40<br />
TRAVAGEM EM PISO SECO<br />
DRIVEWAYS SPORT<br />
MÉDIA DOS CONCORRENTES<br />
70 80 90 100<br />
4% lh addeosempenho a menos em travagem em piso seco<br />
Driveways Sport é o pneu com maior durabilidade que perde ar na velocidade mais elevada entre os<br />
concorrente no Teste de Utilização Intensiva TÜV<br />
*Relatório do Teste TÜV (Relatório Nº: 713085909-DS-BM, Julho - Setembro 2016, tamanho 225/45 R17 94Y XL<br />
Índice de Código de<br />
Séries Jante<br />
do rasto<br />
carga velocidade<br />
XL<br />
255 40 20 101 Y XL E B 2 72<br />
295 35 20 105 Y XL C B 1 72<br />
255 35 20 97 Y XL E B 2 72<br />
255 40 19 100 Y XL C B 2 72<br />
245 40 19 98 Y XL C B 2 72<br />
255 35 19 96 Y XL E B 2 72<br />
235 35 19 91 Y XL E B 2 72<br />
225 35 19 88 Y XL E B 2 72<br />
245 50 18 100 Y XL C B 2 72<br />
255 45 18 103 Y XL E B 2 72<br />
235 45 18 98 Y XL E B 2 72<br />
225 45 18 95 Y XL E B 2 72<br />
245 40 18 97 Y XL E B 2 72<br />
235 40 18 95 Y XL E B 2 72<br />
225 40 18 92 W XL E B 2 72<br />
225 40 18 92 Y XL E B 2 72<br />
255 35 18 94 Y XL E B 2 72<br />
245 45 17 99 Y XL C B 2 72<br />
235 45 17 97 y XL E E 2 72<br />
225 45 17 94 Y XL E B 2 72<br />
215 45 17 91 Y XL E B 2 72<br />
205 45 17 88 W XL E B 2 72<br />
245 40 17 95 Y XL E B 2 72<br />
+351 22 415 00 08 FB: /pneurama.lda Mail: geral@pneurama.pt www.pneurama.pt<br />
Distribuidor Exclusivo
Destaque<br />
graças à sua tradição em corridas de Fórmula<br />
1 e às parcerias de longo prazo com fabricantes<br />
de carros premium com modelos de<br />
alta performance. No início deste ano lançou<br />
uma grande novidade, o Potenza Sport, conseguindo<br />
criar um pneu que atende às expetativas<br />
<strong>dos</strong> condutores em relação a pneus<br />
de alta performance, ao mesmo tempo que<br />
garante a superação <strong>dos</strong> desafios diários que<br />
enfrentam. O Potenza é um nome de peso,<br />
numa gama com uma história vasta e uma<br />
tradição histórica suportada por alguns <strong>dos</strong><br />
automóveis mais rápi<strong>dos</strong> desenvolvi<strong>dos</strong> até<br />
hoje e não só. Trata-se de um pneu sempre<br />
muito apreciado, tanto pelos fabricantes<br />
automóveis como pelos condutores mais<br />
exigentes que pretendem tirar o máximo<br />
partido do seu veículo.<br />
A tecnologia de desenvolvimento virtual de<br />
pneus que economiza tempo e é amiga do<br />
ambiente foi fundamental para o desenho<br />
e criação do Potenza Sport. Com a aplicação<br />
de várias tecnologias inovadoras no<br />
desenho do piso, composto e construção.<br />
Além disso conta ainda com lamelas 3D<br />
inovadoras para aumentar a rigidez ao cisalhamento,<br />
com benefícios na travagem e<br />
resistência à abrasão. O composto, graças<br />
a uma fórmula otimizada combinada com<br />
tecnologia de mistura inovadora, melhora<br />
o desempenho em piso húmido e seco, sem<br />
esquecer novo reforço de coroa híbrida para<br />
maximizar o desempenho da estabilidade<br />
do pneu em alta velocidade. Um pacote de<br />
carcaça desportiva também é aplicado para<br />
aumentar o desempenho da estabilidade<br />
e a resposta da direção, enquanto otimiza<br />
a resistência ao rolamento. O resultado é<br />
um pneu de elevado desempenho capaz<br />
de maximizar a tração, manobrabilidade,<br />
controlo e desempenho geral do veículo.<br />
Para ultrapassar os problemas do ruído e<br />
desconforto causado pelos pneus UHP, os<br />
engenheiros da Bridgestone não são só<br />
desenvolveram pneus mais eficazes como<br />
também mais silenciosos e confortáveis sem<br />
esquecer por exemplo serem cada vez mais<br />
leves para contribuírem para as menores<br />
emissões <strong>dos</strong> veículos. As tecnologias da<br />
Bridgestone aplicadas nos produtos mais<br />
recentes são exemplo disso, como são o<br />
caso a tecnologia ENLITEN que reduz o consumo<br />
e a emissão de CO2 como também a<br />
tecnologia B-Silent que permite reduzir a<br />
ressonância do pneu em contacto com a<br />
estrada para o interior do habitáculo. Mas<br />
há que considerar que dentro do segmento<br />
UHP e UUHP a Bridgestone apresenta duas<br />
gamas. A gama Turanza com o produto T005<br />
vocacionado para uma utilização mais confortável<br />
e silenciosa e a gama Potenza com o<br />
S001 e o atual Potenza Sport vocaciona<strong>dos</strong><br />
para uma utilização desportiva.<br />
É de salientar que foi realizada uma pesquisa<br />
de mercado abrangente para iniciar o desenvolvimento<br />
do Potenza Sport: a Bridgestone<br />
entrevistou mais de 3.800 consumidores<br />
finais em toda a Europa. Esta contribuição<br />
importantíssima deu à Bridgestone as bases<br />
para projetar um pneu que atenda às<br />
necessidades e expetativas <strong>dos</strong> condutores<br />
em relação ao controlo e confiança.<br />
A questão da eficiência <strong>dos</strong> pneus UHP em<br />
piso molhado foi uma das principais preocupações<br />
ao longo do desenvolvimento<br />
do Potenza Sport. Face ao seu antecessor<br />
que já tinha credenciais bastante sólidas,<br />
falamos do Potenza S001, o Potenza Sport<br />
deu um salto qualitativo quando falamos<br />
em travagem em piso molhado. Melhorou<br />
os níveis de desgaste, conseguindo ainda<br />
uma evolução em setores tão importantes<br />
como curvar em piso molhado/hidroplanagem,<br />
desempenho e travagem no seco. Com<br />
to<strong>dos</strong> estes atributos que tornam o Potenza<br />
Sport num pneu-referência, garantiu-se a<br />
classificação A do Rótulo UE para o Índice<br />
de Aderência no Molhado. Os pneus UHP da<br />
Bridgestone têm normalmente um símbolo<br />
de velocidade W, Y ou até mesmo ZR. No<br />
entanto há algumas medidas que também<br />
têm um símbolo de velocidade V.<br />
Para 2021, a Bridgestone deseja dar continuidade<br />
ao que já fez em 2020 a crescer acima<br />
do segmento. Para o efeito, o lançamento do<br />
novo Potenza Sport virá trazer um grande<br />
contributo assim como as diversas homologações<br />
como equipamento de origem que<br />
este pneu já tem assegurado.<br />
CONTINENTAL<br />
A Continental, em linha com o mercado, tem<br />
registado uma tendência de crescimento<br />
no segmento UHP. Tem aumentado vendas<br />
e quota de mercado de forma consistente<br />
na marca Continental e também nas outras<br />
marcas do grupo. Exceção para o ano de<br />
2020 onde, fruto da redução da mobilidade<br />
por força da pandemia, o segmento registou<br />
uma redução e a marca também.<br />
A Continental possui uma vasta gama de<br />
pneus UHP de forma a garantir uma solução<br />
segura e tecnologicamente adequada a todo<br />
o tipo de veículos – desde carros desportivos<br />
até veículos familiares.<br />
O Centro de Tecnologia de Alto Desempenho<br />
(HTPC) desenvolve as principais tecnologias<br />
e materiais para os pneus UHP da Continental.<br />
Por exemplo, o composto de borracha<br />
Black Chili proporciona distâncias de travagem<br />
mais curtas em todas as condições<br />
meteorológicas. O Black Chili baseia-se nas<br />
descobertas mais recentes da investigação<br />
relativa a polímeros e matérias-primas. A<br />
inovadora formulação do composto de<br />
borracha com grande capacidade de se<br />
adaptar às micro e macro rugosidades do<br />
pavimento, proporciona aderência máxima<br />
e curtas distâncias de travagem, inclusive<br />
em piso molhado. Mas o desenvolvimento<br />
tecnológico vai para além <strong>dos</strong> compostos<br />
do piso. Exemplo é a tecnologia Aralon 350,<br />
desenvolvida em Portugal, na Continental<br />
ITA - Indústria Têxtil do Ave, especializada em<br />
têxteis técnicos para pneus. Esta tecnologia<br />
consiste numa tela híbrida, que proporciona<br />
o aumento da estabilidade dimensional do<br />
pneu a velocidades elevadas até 350 km/h.<br />
A Continental dispõe de uma vasta gama de<br />
pneus UHP por forma a atender às caraterísticas<br />
de diferentes veículos e às exigências de<br />
diferentes condutores. Vale a pena destacar<br />
a tecnologia ContiSilent: enchendo a cavi-<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
dade do pneu com materiais que absorvem<br />
as vibrações e impedem a sua propagação<br />
até ao condutor, bloqueando problemas<br />
de conforto acústico ou mecânico (ruído,<br />
vibrações no volante, etc.), consegue-se um<br />
pneu com baixo nível de ruído interior, que<br />
proporciona uma condução mais silenciosa<br />
e confortável.<br />
Os pneus Continental UHP têm um desempenho<br />
ímpar na manobrabilidade e<br />
segurança. As características de condução<br />
mais diferenciadores são a estabilidade em<br />
curva, a precisão da direção, a aderência<br />
e a capacidade de travagem. A gama de<br />
pneus Continental inclui os modelos ContiCrossContact<br />
UHP, ContiSportContact 5 P<br />
e SportContact 6, entre outros, com índices<br />
de velocidade W – suportam até 270km e<br />
Y, suportam até 300km/h.<br />
Apesar da incerteza que está a dominar este<br />
arranque de ano, a Continental está convencida<br />
que a situação do país irá normalizar,<br />
pelo que acredita que com o seu compromisso<br />
e dedicação as vendas tenderão para<br />
os níveis anteriores a 2020.<br />
Diferenças entre pneus UHP e pneus tradicionais<br />
<strong>Pneus</strong> tradicionais costumam ser utiliza<strong>dos</strong> em<br />
carros de uso popular que não têm um<br />
desempenho tão elevado, nem atingem<br />
velocidades muito altas. Para estes casos, a<br />
prioridade é a vida útil do pneu, que é mais longa.<br />
Já os pneus UHP são normalmente coloca<strong>dos</strong> em<br />
carros desportivos, que alcançam altas<br />
velocidades. O deu fabrico visa priorizar o<br />
desempenho em alta velocidade, que envolve<br />
maior segurança e resistência na pista. No<br />
entanto, devido ao desgaste mais acelerado, a<br />
vida útil é menor.<br />
Portanto, maior precisão da direção, aderência e<br />
travagem, seja em piso seco ou molhado, são os<br />
principais fatores que diferenciam pneus UHP <strong>dos</strong><br />
tradicionais. Para suprirem estes objetivos, os<br />
pneus de alta performance são mais largos, têm a<br />
parede lateral mais baixa e geralmente possuem<br />
desenhos diferencia<strong>dos</strong> nas fissuras. Isso significa<br />
que o ombro externo do pneu é diferente do<br />
ombro interno e do centro. Isto tem um efeito<br />
particularmente positivo na direção e nas curvas,<br />
fornecendo resposta rápida ao condutor.<br />
A característica principal de um pneu com<br />
desempenho Ultra-High Performance (UHP) não é<br />
apenas o tamanho, mas também a sua<br />
competência superior nas situações mais exigentes.<br />
Quando os fabricantes desenvolvem um pneu UHP,<br />
o objetivo é desenvolver um pneu de desempenho<br />
ultra elevado numa ampla variedade de condições.<br />
Como tal, estes pneus diferem em muitos aspetos<br />
<strong>dos</strong> pneus tradicionais, seja no composto utilizado,<br />
seja na própria estrutura do pneu.<br />
Exemplo disso são os pneus de equipamento<br />
original (EO) que os fabricantes de marcas<br />
premium desenvolvem em conjunto com os<br />
construtores de automóveis. O Equipamento<br />
Original (OE) é, de facto, um grande impulsionador<br />
do desenvolvimento de pneus de desempenho<br />
ultra elevado, já que pode assegurar uma maior<br />
estabilidade em curva, uma direção mais precisa,<br />
categorias de velocidade exatas e distâncias de<br />
travagem mais curtas, uma vez que é<br />
especialmente concebido para potenciar as<br />
características únicas da viatura e assim otimizar<br />
o seu desempenho.<br />
O principal fator distintivo <strong>dos</strong> pneus UHP é a<br />
carga tecnológica, tanto ao nível <strong>dos</strong> materiais<br />
como das tecnologias associadas. Tratam-se de<br />
modelos de vanguarda, que incorporam parte de<br />
uma carga tecnológica que, com o tempo, irá<br />
abranger o resto da gama.<br />
FALKEN<br />
A evolução das vendas de pneus Falken UHP<br />
em Portugal tem sido positiva, apesar deste<br />
último ano ter havido um desregulamento<br />
“natural”. A Falken é a marca em que o importador<br />
exclusivo AB Tyres aposta mais em<br />
stock, quantidade e gama. Face à conjetura<br />
atual <strong>dos</strong> fabricantes de marcas premium, a<br />
Falken tem ganho um destaque muito positivo,<br />
uma vez que os clientes que montam<br />
a primeira vez, depois repetem, o que é um<br />
indicador muito positivo.<br />
A Falken define o conceito de produto<br />
como Smart Premium, e em UHP os pneus<br />
FK510 e FK510SUV, oferecem um grande<br />
compromisso com a categoria A na travagem<br />
em toda a gama, assim como em ruído e<br />
conforto de primeiro nível. Em termos de<br />
desempenho, a marca é equipamento de<br />
origem de alguns modelos de prestígio,<br />
como o Porsche Macam e Mercedes G-Class<br />
ou o novo Toyota Mirai, o que demonstra a<br />
qualidade <strong>dos</strong> produtos.<br />
A possibilidade do condutor desfrutar de<br />
um desempenho seguro, desportivo, confortável<br />
com grande performance no consumo<br />
e quilometragem, juntamente com<br />
um preço mais competitivo e mais valia da<br />
garantia de 5 anos, faz o equilíbrio ideal e<br />
coloca os pneus Falken ao mais alto nível.<br />
Como principais características dinâmicas,<br />
destacamos a mais recente tecnologia de<br />
redução de ruído; eleva<strong>dos</strong> níveis de segurança<br />
e controlo; estabilidade direcional;<br />
comportamento excecional e estável em<br />
curvas com velocidade mais elevada; resistência<br />
extraordinária ao aquaplaning e<br />
curtas distâncias de travagem.<br />
A tecnologia “ADVANCE 4DNANO” utilizada<br />
na construção <strong>dos</strong> Falken UHP, permite oferecer<br />
produtos com maior equilíbrio nos seus<br />
compostos para alcançar o melhor compromisso<br />
de travagem, aderência, resistência<br />
ao rolamento e consumo de combustível.<br />
Esta tecnologia recebeu o prémio “Tire Technology<br />
Expo 2017” como a mais avançada<br />
do momento.<br />
Utilizando tecnologias de última geração<br />
4DNANO e ACP (Adapttive Constant Pressure)<br />
a marca consegue alcançar índices de<br />
ruído baixos entre 69/71db, desgaste regular<br />
de rodagem e conforto superior em qualquer<br />
condição, bem como um excelente resultado<br />
em condições em piso molhado, tanto na<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Destaque<br />
travagem ou na estabilidade e tração, não<br />
esquecendo a categoria A em travagem em<br />
toda a gama. Os compostos e a tecnologia<br />
4DNANO oferecem um excelente resultado<br />
em condições de piso molhado e seco, tanto<br />
na travagem quanto na estabilidade e aderência<br />
do pneu.<br />
Os pneus Falken UHP aplicam as tecnologias<br />
mais avançadas que a equipa interna<br />
da marca, tem feito ao longo do anos através<br />
do seu Centro Em Kobe ( Japao ) e são<br />
fabrica<strong>dos</strong> para corresponder às necessidades<br />
<strong>dos</strong> veículos mais exigentes e potentes,<br />
combinando desempenho, conforto e<br />
sustentabilidade.<br />
To<strong>dos</strong> os pneus Falken UHP têm garantia de<br />
5 anos para defeitos de fabrico, o que comprova<br />
a confiança e qualidade no produto.<br />
O melhor exemplo da vida útil <strong>dos</strong> pneus<br />
Falken UHP é o alto nível de satisfação <strong>dos</strong><br />
seus clientes, que repetem a sua experiência<br />
com a Falken, uma vez que testaram pela<br />
primeira vez o equilíbrio que os nossos produtos<br />
proporcionam.<br />
Os pneus Falken UHP têm como índice de<br />
velocidade Y e códigos ZR para carros de<br />
Turismo e W,Y na gama SUV.<br />
2021 será um ano que continuará com a<br />
desconfiança e incerteza de 2020 devido à<br />
pandemia e os danos económicos e sociais<br />
que vai gerar. Neste cenário, a estratégia<br />
clara e a disponibilidade de um produto de<br />
confiança com preço equilibrado e competitivo<br />
é uma ótima ferramenta num mercado<br />
onde as pessoas procuram ajustar seus<br />
orçamentos sem descurar a qualidade. A<br />
expetativa da AB Tyres é continuar a crescer<br />
junto com os parceiros (AB Partners), com<br />
base na estratégia de proteção e proximidade<br />
que tem vindo a desenvolver ao longo<br />
<strong>dos</strong> últimos anos.<br />
GOODYEAR<br />
As vendas globais da Goodyear, tal como<br />
aconteceu com todo o mercado, foram<br />
impactadas pelas restrições introduzidas<br />
em 2020 para fazer frente à Covid-19. No<br />
entanto, devido à dinâmica do mercado e<br />
ao foco da marca em segmentos de elevado<br />
valor, onde se incluem os pneus UHP, o seu<br />
desempenho tem sido melhor do que noutros<br />
segmentos de menor valor.<br />
Os pneus Goodyear UHP são inspira<strong>dos</strong> na<br />
competição, mas concebi<strong>dos</strong> para serem<br />
utiliza<strong>dos</strong> dentro e fora <strong>dos</strong> circuitos. O objetivo<br />
<strong>dos</strong> engenheiros não é outro senão a<br />
perfeição na criação de um pneu de desempenho<br />
superior. Para isso, são considera<strong>dos</strong><br />
to<strong>dos</strong> os aspetos da condução: desempenho<br />
e potencial do carro, condições da estrada<br />
e do clima e, claro, situações de condução<br />
desafiadoras como aceleração, travagem e<br />
curvas. Para os desenvolver, a marca tem em<br />
consideração tudo o que aprendeu com os<br />
seus pneus de competição e procura aplicar<br />
esses ensinamentos desenvolvendo soluções<br />
técnicas que vão ao encontro das exigências<br />
<strong>dos</strong> veículos mais potentes. Algo que<br />
a marca destaca no seu lema “Da competição<br />
para a estrada”.<br />
Para conceber os seus pneus UHP, a Goodyear<br />
inspira-se na sua experiência em<br />
competição e nos diversos fatores que lhe<br />
permitiram acumular inúmeras vitórias.<br />
Como resultado consegue fabricar pneus<br />
adequa<strong>dos</strong>, tanto para circuito como para<br />
estrada, com um excelente desempenho que<br />
permite aumentar a segurança sem perder<br />
a experiência de condução nem o conforto.<br />
Na construção destes pneus UHP são utiliza<strong>dos</strong><br />
materiais que ajudam a melhorar a<br />
aderência à estrada, como sílicas e resinas especiais.<br />
Por exemplo, o Eagle F1 Supersport<br />
R tem compostos de resina que melhoram<br />
o atrito, ou o material de sílica adicionado à<br />
borracha que permite que o Eagle F1 Asymmetric<br />
5 controlar a temperatura em to<strong>dos</strong><br />
os momentos graças à tecnologia Impulse<br />
Control Compoud. Para o Eagle F1 Asymmetric<br />
5, a mistura de borracha permite<br />
versatilidade e facilita a aderência em piso<br />
molhado.<br />
Um pneu UHP não significa necessariamente<br />
pior conforto devido ao ruído e ao amortecimento.<br />
Na verdade, os pneus Goodyear<br />
UHP são monta<strong>dos</strong> de origem em muitos<br />
carros elétricos (Porsche Taycan, Jaguar I-<br />
-PACE, Audi e-tron, etc.) em que o som de<br />
rolamento é mais importante, pois na ausência<br />
de ruído mecânico poderia tornar-se um<br />
ponto crítico. Mesmo assim, a marca conta<br />
com uma tecnologia denominada Sound-<br />
Comfort que proporciona uma condução<br />
muito mais silenciosa e confortável, reduzindo<br />
até 50% o nível de ruído dentro do<br />
veículo. Os pneus com SoundComfort são<br />
projeta<strong>dos</strong> com uma barreira de som integrada.<br />
Como se fosse uma almofada para<br />
os pneus, esta barreira acústica reduz as vibrações<br />
do ar e amortece o ruído interior do<br />
veículo durante a condução. Esta tecnologia<br />
está disponível em pneus UHP de verão e<br />
inverno, para automóveis de passageiros<br />
e modelos SUV.<br />
A Goodyear/Dunlop equipa de origem diversos<br />
segmentos de veículos, desde o BMW<br />
Série 5 e Mercedes E-Class, a grandes SUVs<br />
como o Audi Q7, Jaguar E-PACE ou BMW X3,<br />
entre outros. Num patamar acima estão os<br />
carros de muito altas prestações, como o<br />
Volkswagen Golf ClubSport, Mercedes C63<br />
S-AMG, BMW M4 CS, Porche Taycan ou Porsche<br />
911 GT3 RS, para os quais o Eagle F1<br />
SuperSport RS foi homologado como equipamento<br />
de origem. Também são pneus<br />
projeta<strong>dos</strong> para a competição, e este mesmo<br />
modelo, o Eagle F1 SuperSport RS, é o pneu<br />
oficial da WTCR (FIA World Touring Car Cup),<br />
que a Goodyear irá fornecer em todas as<br />
suas corridas para todas as especificações<br />
até 2022.<br />
Tanto os pneus UHP, como os UUHP, são<br />
concebi<strong>dos</strong> como pneus adequa<strong>dos</strong> para<br />
pista e que atingem o melhor desempenho<br />
em pisos secos. No entanto, isso não significa<br />
que não sejam adequa<strong>dos</strong> para pisos molha<strong>dos</strong>.<br />
Especificamente, o modelo Eagle F1<br />
SuperSport foi projetado como um pneu de<br />
alto desempenho para estrada e, portanto,<br />
as três zonas centrais foram otimizadas para<br />
garantir desempenho e segurança em piso<br />
molhado, permitindo ao condutor levar o<br />
carro um pouco mais ao limite quando<br />
curva, garantindo travagem em piso molhado<br />
acima da média. Este pneu foi classificado<br />
como o melhor entre os UUHPs pela<br />
revista Tyre Review em 2019, destacando o<br />
seu comportamento em piso molhado em<br />
comparação com a concorrência.<br />
Embora ainda existam muitas incertezas<br />
para 2021 e muitas incógnitas que podem<br />
impactar significativamente a evolução do<br />
mercado, a Goodyear tem um foco claro nos<br />
pneus UHP e UUHP, pelo que a sua ambição<br />
é ganhar quota de mercado.<br />
HANKOOK<br />
A Hankook possui uma vasta gama de pneus<br />
UHP, onde se incluem os pneus de verão UHP<br />
Ventus S1 evo 3 SUV e os pneus de inverno<br />
i *. Cept evo 2 SUV.<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
A construção de pneus UHP para veículos de<br />
altas prestações é particularmente exigente.<br />
É por isso que a resistência da estrutura do<br />
pneu é de particular importância. A Hankook<br />
também presta especial atenção às características<br />
de desempenho destes pneus em<br />
piso molhado e seco. O Ventus S1 evo 3 SUV<br />
aumentou significativamente a resistência<br />
da parede lateral em comparação com os<br />
produtos padrão, graças ao uso de “bead-<br />
-packing”, um material de nylon especial na<br />
área da parede lateral. A carcaça de duas<br />
camadas e o uso de um material composto<br />
de aramida reduzem a expansão indesejada<br />
da circunferência de rolamento a altas velocidades<br />
em até 60 por cento em comparação<br />
com os perfis anteriores. Por isso, os<br />
pneus Hankook UHP têm estabilidade de<br />
condução e precisão de direção muito altas,<br />
bem como maior durabilidade devido ao<br />
menor aquecimento geral. O desempenho<br />
dinâmico e desportivo em condições secas<br />
e molhadas foi aprimorado por um novo<br />
composto de piso que usa resinas naturais<br />
de alto desempenho. Como resultado, o<br />
Ventus S1 evo 3 SUV atinge um nível consistentemente<br />
alto de desempenho numa<br />
ampla gama de temperaturas e condições.<br />
O multipremiado Hankook Winter i * cept<br />
evo 2 com um design de piso assimétrico é o<br />
pneu de inverno opcional para o Audi RS Q8.<br />
O lado externo da banda de rodagem com<br />
seu padrão de bloco largo oferece melhores<br />
características de condução, especialmente<br />
em condições de piso seco, enquanto o lado<br />
interno da banda de rodagem com seu maior<br />
número de blocos e bordas lamelares garante<br />
excelente desempenho de travagem<br />
e tração na neve.<br />
Para atingir o equilíbrio entre desempenho<br />
de direção incrível e adequação para o uso<br />
diário, a Hankook fornece pneus de alta<br />
qualidade para um segmento de veículos<br />
particularmente exigente e em crescimento.<br />
Para clientes exigentes<br />
Cada vez mais, os condutores estão<br />
conscientes da importância <strong>dos</strong> pneus que<br />
têm na sua viatura. Se há uns anos, o perfil<br />
se situava na questão do preço <strong>dos</strong> pneus, agora<br />
dão mais atenção à segurança, ao ruído, à<br />
resistência ao rolamento, ao conforto e à pegada<br />
ecológica. Para atingir esse equilíbrio entre<br />
desempenho e adequação para uso diário, as<br />
marcas oferecem os pneus UHP de altas<br />
prestações destina<strong>dos</strong> a esta tipologia de<br />
condutores particularmente exigentes.<br />
Os pneus UHP são especialmente desenvolvi<strong>dos</strong><br />
para carros de média a alta gama e são ideais<br />
para quem pretende obter elevadas prestações.<br />
Garantem uma excelente estabilidade em curva a<br />
velocidade superiores e a melhor aderência, tanto<br />
em piso seco como molhado, para distâncias de<br />
travagem mais curtas.<br />
A principal vantagem para o condutor é a<br />
segurança proporcionada por estes pneus, que<br />
apresentam prestações desportivas, estabilidade<br />
em curva, precisão da direção, aderência e<br />
capacidade de travagem, fatores muito valoriza<strong>dos</strong><br />
pelos condutores, uma vez que afetam diretamente<br />
a manobrabilidade e o prazer de condução.<br />
To<strong>dos</strong> os pneus UHP tiveram a questão do conforto<br />
em consideração, mas, o tipo de automóveis e<br />
utilizações a que cada um se destina, elevam<br />
certas exigências de construção de modo a que<br />
cada produto satisfaça as necessidades de cada<br />
condutor. Por exemplo, quem adquire um<br />
automóvel com jantes 18” ou 19” super desportivo<br />
não coloca o conforto como caraterística<br />
fundamental na sua escolha. Um perfil mais baixo<br />
é sempre mais rígido e, portanto, é verdade que se<br />
perde um pouco de conforto, mas a principal<br />
exigência de um proprietário de um veículo<br />
desportivo ou superdesportivo é a aderência,<br />
sobretudo em curva e na travagem, duração e<br />
conforto são deixa<strong>dos</strong> mais num segundo plano.<br />
Mas o condutor de um automóvel com jantes<br />
também em 18” ou 19”, mas de turismo, já terá o<br />
conforto e silêncio de rolamento como fator<br />
principal. Por isso as marcas disponibilizam vários<br />
modelos dentro da gama UHP para terem soluções<br />
para diferentes tipos de clientes.<br />
Os pneus UHP, acima de tudo, são produtos<br />
pensa<strong>dos</strong> e desenvolvi<strong>dos</strong> para irem ao encontro<br />
de veículos super exigentes em termos de<br />
potência, comportamento em curva, aceleração,<br />
travagem e dinâmica global. Quanto mais potente<br />
é um veículo, mais exigente se torna o papel do<br />
pneu. No fundo os pneus UHP são aqueles onde a<br />
marca aplica a tecnologia mais desenvolvida e as<br />
matérias-primas mais dispendiosas que lhe<br />
permite fazer face à potência, ao torque <strong>dos</strong><br />
motores (quer sejam de combustão ou elétricos), à<br />
maior necessidade de capacidade de aceleração e<br />
travagem e no final serem ainda mais eficientes<br />
em termos de resistência ao rolamento e peso<br />
final. Digamos que os pneus UHP para serem<br />
suficientemente eficazes precisam também de um<br />
maior investimento de pesquisa e<br />
desenvolvimento. Pelas suas grandes<br />
performances, os materiais utiliza<strong>dos</strong> no seu<br />
fabrico são de última geração e mais sofistica<strong>dos</strong>.<br />
Há que ter em conta que estes pneus são leva<strong>dos</strong><br />
muitas vezes a situações limite.<br />
KORMORAN<br />
A gama de pneus UHP da Kormoran apresenta<br />
mais de 50 medidas e foram adicionadas<br />
novas medidas ao portefólio ainda<br />
durante o ano de 2020. Apresentam uma<br />
oferta dedicada para jante 17” ou superior e<br />
combinam segurança e performance. Estes<br />
pneus apresentam canais longitudinais e<br />
transversais para uma drenagem eficiente<br />
da água e o design específico da banda de<br />
rodagem proporciona uma excelente aderência.<br />
Graças ao design do pneu, a zona de<br />
contacto está otimizada e a incorporação de<br />
sílica traduz-se na redução do consumo de<br />
combustível. Os índices de velocidade vão<br />
de V 240 km/h a Y 300 km/h.<br />
Relativamente às suas principais vantagens,<br />
os novos pneus Kormoran UHP apresentam<br />
equilíbrio na aderência em piso seco e molhado,<br />
graças ao padrão assimétrico, melhor<br />
rendimento e redução do consumo de combustível,<br />
beneficiando de todo o know-how<br />
do maior fabricante de pneus francês.<br />
Os pneus Kormoran UHP são fabrica<strong>dos</strong> com<br />
compostos de borracha de alta qualidade<br />
em que se adicionou um maior teor de sílica.<br />
Este composto diminui a resistência ao rolamento<br />
e aumenta a tração em piso molhado<br />
e é também responsável por uma maior durabilidade<br />
do pneu. To<strong>dos</strong> os pneus de alta<br />
performance como o Kormoran UHP, para<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
desenvolver todas as suas potencialidades,<br />
precisam de um perfil baixo ou série (altura<br />
do flanco) de 60 a 35. A maioria tem um<br />
perfil menor ou igual a 55, o que se traduz<br />
em alta performance. Os pneus Kormoran<br />
UHP estão em conformidade com os atuais<br />
regulamentos europeus de rotulagem (labeling)<br />
em termos de ruído e mostram níveis<br />
entre os 71-73 dB.<br />
Os pneus Kormoran não deixam os seus créditos<br />
por mãos alheias. O cliente tipo <strong>dos</strong><br />
pneus Kormoran UHP é um cliente que valoriza<br />
desempenho e segurança, mas também<br />
valoriza a relação qualidade-preço. Quem<br />
experimentou os pneus Kormoran, afirma que<br />
encontrou poucas diferenças comparando<br />
com anteriores experiências com marcas<br />
mais conceituadas. O justo equilíbrio entre<br />
a qualidade final de produto, a segurança,<br />
performance e durabilidade parecem ser os<br />
fatores decisivos para quem opta por estes<br />
pneus. “Melhores do que os outros mais baratos,<br />
tão bons quanto alguns <strong>dos</strong> mais caros,<br />
excelentes, os pneus Kormoran surpreendem<br />
pela positiva”, são algumas das opiniões entre<br />
os utilizadores <strong>dos</strong> pneus Kormoran.<br />
A S. José <strong>Pneus</strong>, distribuidor estratégico<br />
da Kormoran em Portugal, está confiante<br />
no crescimento de vendas de pneus UHP<br />
nos próximos anos, uma vez que há cada<br />
vez mais modelos de carros equipa<strong>dos</strong> de<br />
origem com jantes de 17” e superiores.<br />
LASSA<br />
Na marca Lassa Tyre o modelo UHP é o Driveways<br />
Sport que tem tido um forte crescimento<br />
no mercado nos últimos 4 anos. A<br />
partir de 2019 houve um aumento significativo<br />
de medidas neste segmento da marca,<br />
um crescimento que está diretamente ligado<br />
ao aumento na procura de veículos <strong>dos</strong> segmentos<br />
intermédio e de luxo. O pneu UHP<br />
Driveways Sport beneficia da última geração<br />
de tecnologia Lassa com uma nova carcaça,<br />
novo piso e novo composto. No processo de<br />
fabrico todas as características de um pneu<br />
UHP foram otimizadas, com o objetivo de<br />
melhorar a condução a alta velocidade, o<br />
controle em curva e o manuseamento em<br />
piso seco e molhado.<br />
Os blocos de ranhuras <strong>dos</strong> ombros estão<br />
interconecta<strong>dos</strong> fazendo com que os movimentos<br />
entre os blocos sejam mais limita<strong>dos</strong>,<br />
reduzindo assim a resistência ao rolamento e<br />
os níveis de ruido. As ranhuras interconectadas<br />
contribuem para a absorção da pressão<br />
em travagem e curva fazendo com que esta<br />
pressão seja mais bem distribuída pelo pneu,<br />
melhorando a performance em travagem e<br />
curva. Outra tecnologia usada neste pneu é<br />
chamada “Frequency Modulation” em que<br />
podemos observar que as ranhuras do piso<br />
são diferentes umas das outras, produzindo<br />
assim ruído em frequências diferentes que<br />
acabam por se cancelar entre si, o que gera<br />
uma redução <strong>dos</strong> níveis de ruído.<br />
O Driveways Sport é construído com uma<br />
carcaça mais leve, parede mais fina e talão<br />
mais pequeno sem nunca comprometer a<br />
durabilidade e segurança do pneu. Os condutores<br />
que usam pneus UHP preferem uma<br />
experiência de condução desportiva com automóveis<br />
do segmento intermédio e de luxo.<br />
O Driveways Sport UHP está preparado para<br />
uma condução estável a alta velocidade,<br />
forte controle em curva e manuseamento<br />
perfeito em piso molhado e seco.<br />
O composto utilizado no fabrico do Driveways<br />
Sport beneficia da última geração<br />
tecnológica da Lassa. Nesse composto existe<br />
a tecnologia Nano Protect em que as moléculas<br />
do piso se mantêm a uma distância<br />
igual e constante, resultando num melhor<br />
manuseamento em estrada e redução de<br />
resistência a rolamento.<br />
Os pneus UHP são construí<strong>dos</strong> com um enfoque<br />
na performance. Melhor condução a<br />
alta velocidade, melhor controle em curva e<br />
manuseamento perfeito em piso molhado<br />
e seco. Aspetos como ruido e economia são<br />
menos importantes neste segmento. Os<br />
pneus UHP, devido às suas características,<br />
têm naturalmente uma menor quilometragem<br />
quando compara<strong>dos</strong> com os outos segmentos.<br />
No entanto, o modelo Driveways<br />
Sport da Lassa é construído também com<br />
o enfoque de não comprometer a durabilidade.<br />
Os índices de velocidade são W e Y.<br />
Partindo do pressuposto que a partir de abril<br />
2021 tenhamos um ano normal, a perspetiva<br />
da Pneurama, importador da Lassa para Portugal,<br />
é que a vendas do modelo Driveways<br />
Sport (UHP) continuem a ter um crescimento<br />
superior ao resto <strong>dos</strong> segmentos da marca<br />
no nosso país. Existe uma enorme retenção<br />
nos clientes Lassa em to<strong>dos</strong> os segmentos<br />
da marca e o UHP não é exceção. Sendo<br />
um pneu de alta gama a implementação no<br />
mercado tem sido mais lenta mas sempre<br />
em crescimento.<br />
MICHELIN<br />
A Michelin é marca líder de mercado e isso<br />
tem reflexo obrigatório no segmento UHP,<br />
onde de maneira mais natural as prestações e<br />
qualidade do produto são mais valorizadas. A<br />
evolução das nossas vendas neste segmento<br />
tem sido muito positiva, com ganhos em vendas<br />
e quota de mercado em todas as jantes.<br />
A gama da Michelin de Ultra Altas Performances<br />
(UHP) é constituída por três produtos:<br />
Michelin Pilot Sport 4; Michelin Pilot<br />
Sport 4 S; Michelin Pilot Sport Cup 2, com<br />
duas versões, o Pilot Sport Cup 2 Connect<br />
e o Pilot Sport Cup 2 R. Os pneus Michelin<br />
UHP, são os primeiros que beneficiam de<br />
toda a experiência que a Michelin obtém<br />
no melhor laboratório que é a competição<br />
e, portanto, a sua principal característica<br />
é que são pneus desportivos oriun<strong>dos</strong> da<br />
competição, para veículos desportivos de<br />
altas performances ou superdesportivos de<br />
muito elevadas performances.<br />
O Pilot Sport 4 é um pneu 100% utilização<br />
estrada, concebido para durar, com um único<br />
composto na sua banda de rolamento. Um<br />
pneu muito preciso na sua condução e com<br />
uma excelente reatividade. Também contribui<br />
para uma máxima segurança em estradas<br />
molhadas.<br />
O Pilot Sport 4 S, é um pneu 100% estrada<br />
que em 20% da sua utilização pode rodar em<br />
circuito. Na sua banda de rolamento, a tecnologia<br />
deste pneus é Bi-Compound, tem dois<br />
compostos, um na parte exterior da banda<br />
de rolamento, incorpora um novo composto<br />
híbrido que favorece a aderência em solo seco<br />
e reforça o apoio em curva, enquanto que a<br />
parte interna dispõe de um novo composto<br />
que permite ao pneu oferecer uma excelente<br />
tração e aderência em solo molhado.<br />
O Pilot Sport Cup 2 Connect, é o primeiro<br />
pneu conectado que permite explorar ao<br />
máximo as suas excelentes performances<br />
em circuito. É o pneu mais radical, para superdesportivos,<br />
em utilização circuito que<br />
permite alcançar os melhores tempos por<br />
volta, batendo to<strong>dos</strong> os recordes no circuito<br />
de Nürburgring. Estes pneus também dispõem<br />
da tecnologia Bi-Compound na sua<br />
banda de rolamento e são semi-slick, o mais<br />
próximo a um pneu de competição, para<br />
uma utilização em circuito e homologa<strong>dos</strong><br />
para circular por estrada.<br />
Toda a gama Michelin UHP tem um design<br />
Premium, com um acabamento Premium<br />
Touch que proporciona um efeito aveludado<br />
no flanco do pneu que realça a imagem do<br />
veículo. Também toda a gama UHP tem um<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Destaque<br />
cordão de protetor de jante.<br />
A Michelin utiliza produtos e compostos de<br />
última geração oriun<strong>dos</strong> da competição que<br />
é onde o pneu está submetido a máximas<br />
exigências, esforços e performances sob todas<br />
as condições. O objetivo é ser o pneu<br />
mais rápido e o que mais quilómetros ou<br />
voltas faça, mantendo as máximas performances<br />
até ao final da sua vida útil.<br />
Um <strong>dos</strong> objetivos da Michelin é assegurar a<br />
mobilidade das pessoas e mercadorias. Em<br />
assegurar a mobilidade das pessoas e mercadorias<br />
entra, como não pode ser de outra<br />
forma, a segurança quer seja em solo seco<br />
ou solo molhado, sendo que no molhado a<br />
condução é algo mais complicada e requer<br />
ainda mais atenção à estrada.<br />
Dito isto, os pneus Michelin UHP são extremamente<br />
eficientes e seguros em solo<br />
seco e em solo molhado. Referir que ao nível<br />
da rotulagem de pneus que categoriza os<br />
pneus pela sua eficiência energética, nível<br />
de ruído e aderência em piso molhado, 75<br />
% <strong>dos</strong> pneus Michelin UHP têm máxima<br />
categoria (A) em aderência em molhado e<br />
o resto são categoria B.<br />
Relativamente ao código de velocidade, 81%<br />
têm código de velocidade (Y) para uma velocidade<br />
superior a 300 km/h; 14% têm código<br />
de velocidade Y para uma velocidade até 300<br />
km/h; 5% têm código de velocidade W para<br />
uma velocidade até 270 km/h.<br />
A nível das vendas, a Michelin tem perspetivas<br />
muito otimistas para o segmento de<br />
pneus UHP, de acordo com a evolução do<br />
parque de veículos com jantes de 17” e superiores,<br />
pelo que este ano continuaremos<br />
a ver crescimentos de UHP superiores do<br />
resto <strong>dos</strong> segmentos.<br />
NEXEN<br />
A Nexen, seguindo a tendência do próprio<br />
mercado, tem crescido significativamente<br />
na gama UHP. A enorme abrangência da sua<br />
gama neste segmento, tem uma cobertura<br />
quase total a nível de gama dimensional e<br />
a excelente relação qualidade-preço, são<br />
os principais fatores que explicam este<br />
crescimento.<br />
A gama UHP da Nexen está em constante<br />
evolução e atualização e neste momento<br />
disponibiliza nos pneus de turismo os<br />
pisos N Fera Primus e N Fera Sport e nos<br />
de 4x4-SUV o N Fera Sport SUV (lançado<br />
em Janeiro). São pneus de última geração,<br />
feitos na Europa, na fábrica da Republica<br />
Checa, que é uma das mais modernas e<br />
automatizadas do mundo.<br />
A Gama N Fera Sport destaca pelo seu alto<br />
desempenho em molhado e pelo seu baixo<br />
nível de ruido. Os N Fera Primus e N Blue<br />
S (Equipamentos de origem) obtiveram<br />
etiquetas energéticas de classificação AA<br />
em resistência ao rolamento e aderência<br />
em piso molhado. Destacam-se pelas suas<br />
excelentes performances e sensações desportivas<br />
durante a condução.<br />
O pneus Nexen UHP destacam-se pela excelente<br />
performance e nível de prestações,<br />
não inferior a qualquer marca premium,<br />
acompanhado de um preço competitivo,<br />
o que lhes confere uma das melhores relações<br />
qualidade-preço do mercado. O<br />
cliente tipo <strong>dos</strong> pneus Nexen UHP é um<br />
consumidor exigente, preocupado com o<br />
seu carro e a sua segurança e que gosta e<br />
valoriza o prazer da condução pagando<br />
um preço justo.<br />
A Nexen, como já referido anteriormente,<br />
tem um conjunto de fábricas das mais<br />
modernas do mundo, e para além disto<br />
também utiliza os compostos da máxima<br />
qualidade, para dar como resultado um<br />
pneu que consegue estar à altura de<br />
qualquer fabricante Premium. A marca<br />
está sempre a evoluir para adaptar-se a<br />
todas as necessidades, sejam elas legais<br />
(regulação), <strong>dos</strong> fabricantes de automóveis<br />
e <strong>dos</strong> consumidores. Devido a tudo isto e<br />
ao know how e capacidade tecnológica<br />
adquirida ao longo <strong>dos</strong> anos, conseguiu<br />
que na emissão de ruído, grande parte da<br />
gama atual tenha uma classificação de 1<br />
(a melhor disponível).<br />
Os pneus Nexen UHP tem índices de velocidade:<br />
ZR, W e Y. A nível de medidas a gama<br />
cobre até jante 22 e em termos de perfil<br />
vai até a serie 25. Dentro da gama Nexen,<br />
dependendo do tipo de viatura e estilo de<br />
condução o cliente pode encontrar o pneu<br />
que se ajuste melhor a cada necessidade.<br />
O distribuidor exclusivo RS Contreras, espera<br />
conseguir crescer de uma forma constante<br />
e sustentável, pois sabe que pode<br />
contar com um produto de topo, estando<br />
completamente foca<strong>dos</strong> na gama UHP.<br />
NOKIAN<br />
Tendo em conta as circunstâncias do ano<br />
de 2020, a Nokian não poderia estar mais<br />
contente com a evolução da marca em<br />
Portugal, pois teve um crescimento a nível<br />
geral, incluindo a gama UHP, com o novo<br />
modelo Powerproof que é realmente um<br />
caso de sucesso.<br />
A gama UHP da Nokian é constituída pelo<br />
modelo Powerproof para viaturas ligeiras<br />
de passageiros e pelo Powerproof SUV para<br />
viaturas SUV. Ambos são caracteriza<strong>dos</strong><br />
por um comportamento preciso e estável<br />
a alta velocidade, excelente agarre em piso<br />
molhado e a alta resistência das fibras de<br />
Aramida existentes na parede <strong>dos</strong> pneus<br />
SUV, que as protegem contra danos provoca<strong>dos</strong><br />
por impactos.<br />
São pneus altamente fiáveis em piso seco,<br />
mas sobretudo em molhado (classificação<br />
A), condução altamente precisa (o pneu<br />
“obedece” a qualquer ação do condutor),<br />
durabilidade e conforto, para mencionar<br />
alguns aspetos. Como a marca costuma<br />
dizer “Tranquilidade em todas as condições”.<br />
A evolução deste tipo de pneus tem sido<br />
muito elevada. Os pneus Nokian UHP<br />
pautam-se por um excelente compromisso<br />
entre performance e conforto. Os<br />
modelos para turismo e SUV, além de terem<br />
uma estrutura altamente resistente, têm<br />
características que os tornam altamente<br />
confortáveis, principalmente a nível do<br />
ruído de rolamento. Uma das inovações é<br />
o “Design Silent Groove” ou “Sulcos Silenciosos”.<br />
São umas reentrâncias hemisféricas<br />
que existem nas paredes das nervuras<br />
longitudinais que diminuem a resistência<br />
do ar que passa pelas ranhuras do pneu.<br />
Reduzem o ruído de rolamento e consequentemente<br />
o ruído no interior da viatura.<br />
Os modelos Nokian são to<strong>dos</strong> classificação<br />
A em molhado, pois uma das principais<br />
preocupações <strong>dos</strong> Finlandeses, é que os<br />
pneus sejam o mais eficiente possível nas<br />
piores condições de circulação. A Nokian<br />
quer continuar a crescer neste segmento<br />
de mercado e revela que o seu objetivo é<br />
bastante ambicioso.<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
PIRELLI<br />
A Pirelli tem verificado uma tendência crescente<br />
na venda de pneus UHP, tendo fechado<br />
o ano 2020 com um aumento de 15%, e a<br />
previsão para 2021 é um crescimento na<br />
ordem <strong>dos</strong> dois dígitos.<br />
A gama de pneus Pirelli UHP é focada em<br />
três vertentes: performance, segurança e<br />
tecnologia. São modelos que concentram<br />
as aprendizagens derivadas do mundo da<br />
competição e do trabalho com os fabricantes<br />
mais prestigia<strong>dos</strong>. Esta concentração tecnológica<br />
contribui para que estes produtos<br />
ofereçam o mais alto desempenho sem<br />
afetar o meio ambiente, devido ao foco na<br />
redução da resistência ao rolamento. Por fim,<br />
não podemos esquecer que grande parte da<br />
gama de pneus Pirelli UHP nasce com uma<br />
homologação específica para um determinado<br />
modelo, o que os torna o equipamento<br />
ideal para aquele carro, como se fosse um<br />
fato feito à medida.<br />
A principal vantagem para o condutor e<br />
a mais importante é a segurança, foco essencial<br />
em todas as criações da Pirelli. De<br />
seguida, são os benefícios que auxiliam<br />
o condutor no que à manobrabilidade,<br />
aceleração e travagem diz respeito. Existe<br />
também a possibilidade de associar a este<br />
tipo de pneus certas componentes tecnológicas,<br />
como o PNCS, que reduz o ruído no<br />
habitáculo, ou as tecnologias de mobilidade<br />
estendida, tais como o Seal Inside e o Run<br />
Flat, que nos permitem esquecer vários problemas<br />
que um simples furo pode criar. E,<br />
finalmente, no caso de conduzir um modelo<br />
elétrico ou híbrido plug-in, a Pirelli incorpora<br />
a tecnologia Elect nos seus pneus UHP, que<br />
se traduz num conjunto de medidas destinadas<br />
a reduzir ainda mais a resistência<br />
ao rolamento para aumentar a autonomia,<br />
reduzir o ruído e aumentar a resistência do<br />
A vida útil de um pneu UHP<br />
Existem múltiplos fatores que determinam a<br />
vida útil do pneu e que passam pela própria<br />
condução. Por exemplo as forças de atrito<br />
entre o pneu e o asfalto provocam desgaste do<br />
pneu. E quanto maior o deslizamento, maior é o<br />
desgaste. Quanto maior for a velocidade<br />
circunferencial do pneu e quanto menor for a<br />
velocidade real do veículo, maior e mais rápido<br />
será o desgaste <strong>dos</strong> pneus. Um tipo de condução<br />
mais dinâmica, manobras bruscas, acelerações e<br />
travagens constantes limitam a vida útil do pneu.<br />
Entendemos que um pneu UHP, ao proporcionar<br />
uma performance superior, permite ao condutor<br />
uma condução mais desportiva. Neste caso, o uso<br />
intenso <strong>dos</strong> pneus resultará num aumento do<br />
desgaste. O que as marcas priorizam é a elevada<br />
performance garantindo que to<strong>dos</strong> os quilómetros<br />
de vida útil serão efetua<strong>dos</strong> com qualidade e<br />
segurança.<br />
Dito isto, é consensual que a vida útil de um pneu<br />
UHP é menor que a de um pneu standard. A média<br />
de vida de um pneu standard num veículo utilitário<br />
é de 40- 50.000 kms, enquanto que um pneu UHP<br />
equipado num desportivo ou superdesportivo é de<br />
20 - 30.000 kms. Tudo depende das<br />
características do automóvel, com mais ou menos<br />
potência, a forma de conduzir e o tipo de estrada<br />
por onde circule.<br />
É uma questão complexa porque os pneus UHP<br />
vão desde medidas em jante 17” até jante 21” ou<br />
superior como já acontece com alguns<br />
fabricantes. Neste intervalo tão grande de<br />
medidas torna-se complexo dizer que um pneu<br />
UHP dura x quilómetros porque isso vai sempre<br />
depender de vários fatores. O mais simples de<br />
responder será dizer que quanto maior for um<br />
pneu em termos de largura maior será a superfície<br />
de contato com a estrada, logo maior atrito e<br />
automaticamente maior desgaste, mas mesmo<br />
esta situação não é linear porque há condutores<br />
que mesmo com pneus em jantes 19” conseguem<br />
fazer quilometragens mais elevadas. Há também<br />
um outro elemento que convém referir. Quanto<br />
mais tecnologia de segurança tiver o veículo,<br />
maior será o compromisso do pneu no<br />
comportamento global fazendo com que o mesmo<br />
esteja sempre a ser solicitado e isso é mais um<br />
fator que vai determinar a durabilidade do mesmo.<br />
pneu face ao maior peso deste tipo de carros.<br />
Os pneus UHP incorporam materiais de novas<br />
tecnologias. O alto teor de sílica, une-se<br />
aos nano-materiais especificamente projeta<strong>dos</strong><br />
e a componentes do pneu deriva<strong>dos</strong><br />
da competição. Tudo isto sem renunciar à<br />
sustentabilidade, uma exigência estratégica<br />
da Pirelli como empresa.<br />
O capítulo do ruído é um aspeto fundamental<br />
para to<strong>dos</strong> os pneus UHP, uma exigência<br />
que crescerá com a chegada de novos veículos<br />
elétricos. Nesse sentido, a Pirelli possui<br />
uma tecnologia específica denominada de<br />
PNCS (Pirelli Noise Canceling System), que<br />
consegue mitigar o ruído do rolamento<br />
que é filtrado para o habitáculo, através da<br />
utilização de um material específico localizado<br />
no interior do pneu. A utilização deste<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Destaque<br />
material tem aumentado exponencialmente<br />
nos últimos tempos, principalmente em modelos<br />
de alta performance <strong>dos</strong> principais<br />
fabricantes mundiais.<br />
O público alvo para os pneus Pirelli UHP conduz<br />
carros de turismo ou SUV, com pneus de<br />
18” ou superior, e manifesta uma inclinação<br />
para um equipamento feito à medida do<br />
carro que conduz, ou seja, para marcações<br />
específicas, ou para um pneu que melhor<br />
se adapte ao seu estilo de condução. Trata-<br />
-se também de um perfil de cliente que é<br />
sensível às tecnologias associadas aos pneus<br />
(antifuros ou antirruído).<br />
O foco na aderência em piso molhado é essencial<br />
e é um apartado que tem verificado<br />
grandes avanços nos últimos tempos, algo<br />
comprovado com o atual modelo P Zero,<br />
bandeira UHP da marca. O progresso tecnológico,<br />
em particular com a aplicação de<br />
novos materiais, como o aumento do teor de<br />
sílica no composto, e as novas tecnologias<br />
na banda de rodagem, têm ajudado neste<br />
capítulo, tal como evidencia os valores do<br />
rótulo do produto.<br />
A Pirelli é tradicionalmente uma marca que<br />
se distingue pelos códigos de alta velocidade.<br />
Para a atual linha UHP da Pirelli, o<br />
código que mais vezes foi atribuído é o Y.<br />
Embora a situação de pandemia dificulte<br />
as previsões no que às vendas diz respeito,<br />
a Pirelli quer continuar a trabalhar para o<br />
crescimento da marca neste segmento de<br />
alto valor, em linha com a proposta da marca<br />
a nível mundial.<br />
TOYO<br />
A missão da Toyo Tires é fornecer produtos<br />
que entusiasmem os seus utilizadores e que<br />
ultrapassem as suas expetativas. Em nenhum<br />
lugar isto é mais evidente do que no setor<br />
UHP. Utilizando tecnologias proprietárias<br />
como a Nano Balance, a Toyo Tires repensa<br />
os materiais e a construção <strong>dos</strong> pneus UHP<br />
para proporcionar níveis cada vez melhores<br />
de aderência, manuseamento e precisão<br />
de direção. A Toyo Tires cresceu entre os<br />
entusiastas <strong>dos</strong> carros pelo excelente desempenho<br />
e por ter ampla gama de ajustes,<br />
incluindo dimensões de nicho. Nas exposições<br />
de tuning, quando estas aconteciam,<br />
uma grande parte <strong>dos</strong> pneus nos carros<br />
<strong>dos</strong> visitantes eram Toyo.<br />
A Toyo Tires oferece um excelente desempenho<br />
lado a lado com o estilo individual. A<br />
tecnologia própria de simulação “T-Mode”,<br />
permite modelar o comportamento do veículo<br />
e <strong>dos</strong> pneus de forma dinâmica para<br />
garantir que, além de afinar as características<br />
UHP exigidas pelos condutores desportivos,<br />
o desenho do pneu complementa os veículos<br />
onde estão monta<strong>dos</strong>.<br />
O desenvolvimento do composto tem sido<br />
um diferenciador chave para a Toyo Tires. A<br />
implementação da tecnologia Nano Balance<br />
permitiu que a relação entre os componentes<br />
fosse afinada ao nível molecular. O ajuste<br />
<strong>dos</strong> parâmetros de conceção em apenas um<br />
bilionésimo de metro de tamanho, permite<br />
a criação de materiais altamente otimiza<strong>dos</strong><br />
para a função pretendida. O design T-Mode<br />
e a tecnologia Nano Balance são combina<strong>dos</strong><br />
para produzir designs que minimizam o<br />
ruído de rolamento e reduzem a resistência<br />
ao vento enquanto asseguram que os materiais<br />
são otimiza<strong>dos</strong>.<br />
O novo centro europeu de investigação e<br />
desenvolvimento na Alemanha irá elevar<br />
ainda mais o desenvolvimento <strong>dos</strong> compostos.<br />
O laboratório de materiais no novo<br />
centro está fortemente focado nesta área. Os<br />
pneus UHP têm um enfoque particular uma<br />
vez que a marca tem uma forte reputação<br />
junto <strong>dos</strong> entusiastas do setor automóvel,<br />
que precisa de ser cuidada e aumentada com<br />
a melhoria do ciclo de desenvolvimento.<br />
A performance é a prioridade no desenho<br />
<strong>dos</strong> pneus UHP, apesar da marca compreender<br />
que a quilometragem também seja um<br />
fator decisivo no processo de fabrico, por<br />
isso está confiante que os seus pneus UHP<br />
oferecem uma boa vida útil e um teste independente<br />
recente feito pela revista DECO<br />
Proteste confirma-o. A Toyo Tires ficou em<br />
segundo lugar no que diz respeito à quilometragem<br />
entre vários pneus testa<strong>dos</strong>.<br />
As vendas de pneus Toyo UHP em Portugal<br />
têm sido especialmente fortes, graças à força<br />
do distribuidor, a Dispnal <strong>Pneus</strong>, em conjunto<br />
com a participação da marca no desporto<br />
motorizado, como as séries Super 7 by<br />
Toyo Tires e a Kia Ceed GT Cup. Isso permitiu<br />
a Toyo ganhar uma maior quota de vendas<br />
de pneus UHP em Portugal do que na Europa<br />
em geral. Embora os pneus UHP da Toyo<br />
Tyres sejam desenvolvi<strong>dos</strong> principalmente<br />
para fornecer um desempenho excecional,<br />
também oferecem um excelente valor, pois<br />
normalmente têm preços abaixo das marcas<br />
premium. Não contando com as incertezas<br />
derivadas da situação a pandemia, a Toyo<br />
Tires está muito confiante que as vendas<br />
de pneus UHP possam subir no mercado<br />
português e ajudar a marca a manter a atual<br />
posição que granjeia e que dê apoio a um<br />
crescimento maior no futuro.<br />
YOKOHAMA<br />
Em termos estratégicos e de abordagem ao<br />
mercado, a Yokohama manteve sempre um<br />
foco muito forte no segmento UHP o que lhe<br />
permitiu alcançar um market share acima<br />
do índice ibérico. Por outro lado, a própria<br />
evolução do mercado neste segmento foi<br />
decisiva para a crescente notoriedade, situação<br />
refletida nas vendas diárias e no preço<br />
médio de faturação e que foi fundamental<br />
na consolidação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> líqui<strong>dos</strong> da<br />
marca no nosso país em 2020.<br />
Todas as particularidades do segmento UHP<br />
da Yokohama estão representadas de forma<br />
perfeita no produto bandeira Advan, um<br />
verdadeiro pneu “Ultra Sport”. Nos centros de<br />
Investigação e Desenvolvimento da marca,<br />
não só em Tóquio mas noutros espalha<strong>dos</strong><br />
pelo mundo, como é o caso do mítico circuito<br />
de Nurburgring, equipas dedicadas de<br />
engenheiros submetem os pneus Yokohama<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />
aos mais rigorosos testes, que avaliam to<strong>dos</strong><br />
os seus aspetos, desde a velocidade máxima<br />
até ao nível de ruido e conforto, de forma a<br />
garantir aos pneus todas as características<br />
<strong>dos</strong> pneus de altas prestações utiliza<strong>dos</strong><br />
nas competições oficiais. Os pneus UHP<br />
que saem das fábricas da Yokohama Rubber<br />
Co, para além da sua fiabilidade, design<br />
moderno e segurança que pressupõem, são<br />
igualmente reconheci<strong>dos</strong> pela sua aderência<br />
excecional e orienta<strong>dos</strong> para os condutores<br />
particularmente exigentes. Referência<br />
mundial no segmento UHP, o Advan Sport<br />
V105 enfatiza o equilíbrio entre desempenho<br />
e conforto. É um pneu de design padrão<br />
assimétrico, de forma a proporcionar uma<br />
aderência extrema tanto em superfícies<br />
secas como molhadas. Tem tecnologia exclusiva<br />
da Yokohama, com compostos ricos<br />
em sílica bem mistura<strong>dos</strong> e dispersos, que<br />
conferem a este pneu uma menor distância<br />
de travagem em piso molhado, bem como<br />
um excelente desempenho em aquaplaning.<br />
E por último, mas não menos importante,<br />
destaque para a recém desenvolvida Matrix<br />
body-ply na construção da carcaça do Advan<br />
Sport V105 que confere a este pneu uma<br />
robustez estrutural superior, aumentando a<br />
precisão da direção, sem diminuir o conforto.<br />
A Yokohama possui uma vasta gama de pneus<br />
UHP, concebi<strong>dos</strong> para potenciar as características<br />
únicas de cada viatura e assim otimizar<br />
o seu desempenho. Porque os carros não são<br />
to<strong>dos</strong> iguais e existem tamanhos, marcas,<br />
e modelos muito diferentes (Desportivos,<br />
Berlinas, Compactos, etc.), com um conjunto<br />
variado de objetivos de condução (Ultra desportiva,<br />
desportiva, conforto ou standard).<br />
Só depois de escolher o modelo que mais se<br />
adapta à sua viatura, o condutor poderá disfrutar<br />
do pneu eleito, sempre com a garantia<br />
que a tecnologia japonesa oferece.<br />
A Yokohama utiliza grandes concentrações<br />
de borracha natural que garantem uma aderência<br />
extrema. O composto certo tem, de<br />
facto uma grande influência nas funções do<br />
pneu. Por exemplo, a aderência em superfície<br />
molhada, ou a distância de travagem<br />
sobre piso molhado que influi claramente<br />
na segurança. Se analisarmos a etiqueta<br />
europeia <strong>dos</strong> pneus, verificamos que <strong>dos</strong><br />
3 critérios considera<strong>dos</strong>, a aderência em piso<br />
molhado é aquele que tem um impacto direto<br />
na segurança. E é exatamente neste<br />
critério que o Advan Sport V105 obteve a<br />
qualificação classe A .<br />
Adicionalmente são utiliza<strong>dos</strong> diferentes<br />
tipos de componentes de sílica e micro sílica,<br />
que se combinam nos misturadores a<br />
baixas temperaturas, conferindo ao composto<br />
homogeneidade e uniformidade no<br />
processo produtivo. A aplicação de “Cap-Ply”<br />
Quais as diferenças entre pneus UHP e UUHP?<br />
UHP quer dizer Ultra High Performance e nos<br />
últimos anos, esta designação passou a estar<br />
mais segmentada passando a existir UHP e<br />
UUHP, que quer dizer Ultra Ultra High Performance.<br />
Dentro das diferentes categorias de pneus, a<br />
diferença entre UHP e UUHP reside numa<br />
aplicação mais radical focada em condução<br />
dinâmica e ultra desportiva.<br />
No caso do UUHP, o seu uso é essencialmente<br />
direcionado para o circuito. Este tipo de pneus é o<br />
que mais se aproxima do produto de competição.<br />
Possuem carcaças muito rígidas, para responder<br />
às exigências <strong>dos</strong> circuitos, de forma a oferecer a<br />
máxima aderência em sacrifício da durabilidade<br />
<strong>dos</strong> compostos.<br />
Os pneus de Ultra Ultra High Performance (UUHP)<br />
- são um subsegmento do UHP (jantes iguais ou<br />
superiores a ≥ 18”) e trata-se de um nicho<br />
exclusivo, destinado a segmento <strong>dos</strong><br />
superdesportivos ou de luxo. Os pneus UUHP são<br />
desenvolvi<strong>dos</strong> principalmente para lidar com<br />
velocidades e cargas muito elevadas.<br />
Esta diferença corresponde à adequação <strong>dos</strong><br />
pneus UHP em veículos superdesportivos, daí a<br />
sua designação UUHP (Ultra-Ultra High<br />
Performance), concebi<strong>dos</strong> para suportar cargas e<br />
velocidades muito superiores às habituais e<br />
destina<strong>dos</strong> à utilização em circuitos fecha<strong>dos</strong>,<br />
ainda que não se tratando de pneus de<br />
(capas têxteis de rayon/nylon/poliéster) sob<br />
a banda de rolamento, proporcionam níveis<br />
particularmente eleva<strong>dos</strong> de estabilidade<br />
direcional e suavidade de rodagem.<br />
O Advan Sport V105, possui características,<br />
tanto a nível de composto e desenho assimétrico<br />
na banda de rodagem, como a nível<br />
da construção da carcaça, que proporciona<br />
ao condutor uma condução desportiva e<br />
segura, tanto em superfícies secas como<br />
molhadas. A prioridade é garantir a máxima<br />
segurança em diferentes pisos ou situação<br />
climatérica extrema.<br />
A gama UHP, denominada na Yokohama por<br />
Advan, conta com índices de velocidade W<br />
(até 270Km/h), Y (até 300 Km/h) e (Y) (acima<br />
<strong>dos</strong> 300 Km/h). Adicionalmente, e sempre<br />
competição.<br />
Os pneus UUHP destinam-se a veículos<br />
superdesportivos, os quais pelas suas<br />
características de utilização necessitam de pneus<br />
com especificações superiores às habitualmente<br />
exigidas para circulação em vias públicas. O que<br />
se pretende com estes pneus UUHP é conseguir<br />
colocar na estrada o máximo de potência da<br />
viatura, em detrimento de conforto ou<br />
durabilidade. Um pneu UHP, é um produto que<br />
procura o balanço perfeito entre a performance e<br />
o conforto. É o pneu indicado para viaturas<br />
familiares de altas prestações.<br />
Os pneus UUHP são pneus de estrada que foram<br />
primariamente otimiza<strong>dos</strong> para uma utilização em<br />
pista. Ou seja, o foco principal é o asfalto seco.<br />
Um pneu UUHP não tem o mesmo nível de<br />
performance em piso molhado que um pneu UHP.<br />
São pneus com uma utilização muito focada em<br />
pista. Quando utiliza<strong>dos</strong> num circuito, as suas<br />
caraterísticas específicas de piso seco permitemlhes<br />
uma prestação superior a um pneu UHP.<br />
São pneus para utilizar num segundo carro, que<br />
passa a maior parte do tempo parado e é<br />
conduzido ao fim-de-semana quando o tempo<br />
está de feição. Há um considerável número de<br />
veículos que não são conduzi<strong>dos</strong> quando chove ou<br />
quando o piso está molhado, e são precisamente<br />
esses os ideais para montar um pneu UUHP.<br />
que solicitado por fabricantes de veículos,<br />
a marca certifica a homologação em código<br />
ZR (acima <strong>dos</strong> 240 Km/h).<br />
Pode parecer complexo apostar em crescimento,<br />
num cenário de pandemia que trava<br />
de forma transversal e à escala mundial toda<br />
a cadeia de produção. Os desafios de hoje<br />
são invariavelmente distintos. Ainda assim, a<br />
Yokohama acredita num crescimento sustentado<br />
das vendas em 2021, redirecionando a<br />
crise para oportunidades de negócio. Apesar<br />
das medidas de contenção no 1º trimestre<br />
de 2021, é convicção deste fabricante que<br />
a partir do 2º trimestre exista uma retoma<br />
da atividade económica com maior intensidade,<br />
permitindo ampliar o mercado de<br />
pneus UHP. ◆<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Mercado<br />
Nova etiqueta de pneus<br />
Ajuda ao<br />
consumidor<br />
Em maio de 2021 vai ser introduzida no mercado europeu, a nova etiqueta<br />
<strong>dos</strong> pneus, que vem fornecer mais informações aos consumidores<br />
O<br />
novo rótulo inclui alterações nas<br />
escalas das diferentes categorias<br />
de desempenho <strong>dos</strong> pneus,<br />
designadamente na eficiência<br />
energética e na aderência em piso molhado.<br />
A nova etiqueta inclui alterações, enquanto<br />
que o ruído exterior de rolamento é agora<br />
indicado pelo número de decibéis e pelas<br />
letras A, B ou C. Os consumidores podem<br />
descarregar mais informações sobre cada<br />
pneu, digitalizando o código QR que aparece<br />
no canto superior direito da etiqueta<br />
do pneu. O código QR fornece um endereço<br />
para uma base de da<strong>dos</strong> EPREL (European<br />
Product Registry for Energy Labelling), que<br />
contém a ficha informativa do produto.<br />
O consumidor fica com acesso a to<strong>dos</strong> os<br />
valores da rotulagem para o pneu específico,<br />
bem como o início e o fim da produção<br />
do respetivo modelo. A nova etiqueta foi<br />
desenvolvida para ajudar os consumidores<br />
a escolher pneus mais eficientes com base<br />
no consumo de combustível, ao mesmo<br />
tempo que obtém informação sobre distâncias<br />
de travagem em pavimento molhado.<br />
Outra novidade consiste em dois pictogramas,<br />
onde um deles indica se é um pneu<br />
para utilização em condições de neve extremas<br />
e outro indica se é um pneu com<br />
aderência em gelo. A partir de Maio de<br />
2021, a informação da nova etiqueta de<br />
pneus deve também ser disponibilizada<br />
para a categoria de veículos comerciais<br />
pesa<strong>dos</strong> (Classe C3).<br />
Na nova etiqueta, as classes de A a C permanecem<br />
inalteradas. Para as categorias<br />
de veículos C1 (turismo) e C2 (comerciais<br />
ligeiros), que anteriormente integravam a<br />
classe E para eficiência energética e aderência<br />
em pavimento molhado pertencerão<br />
agora classe D, que anteriormente estava<br />
vazia, ao passo que os que pertenciam às<br />
classes F e G serão integra<strong>dos</strong> na classe E.<br />
Isto torna as escalas das classes da nova<br />
etiqueta <strong>dos</strong> pneus mais clara e fácil de<br />
interpretar.<br />
CARACTERÍSTICAS NOVA ETIQUETA<br />
l Novo desenho do rótulo que inclui alterações<br />
nas escalas das diferentes categorias<br />
de desempenho <strong>dos</strong> pneus: eficiência energética,<br />
aderência em pavimento molhado<br />
e ruído exterior de rolamento<br />
l A informação da rotulagem em cada<br />
pneu pode ser consultada através de um<br />
código QR<br />
l Informações sobre o desempenho <strong>dos</strong><br />
pneus especificamente concebi<strong>dos</strong> para<br />
utilização em condições extremas de neve<br />
e gelo. u<br />
Nova Nova rotulagem rotulagem <strong>dos</strong> <strong>dos</strong> pneus pneus | Nova | | Nova classificação:<br />
classificação:<br />
Reorganização nas escalas das classes<br />
Reorganização nas escalas das classes de<br />
Reorganização de desempenho nas da escalas eficiência das energética classes de<br />
Reorganização desempenho da eficiência energética e distância de<br />
desempenho e distância nas escalas de da travagem das classes<br />
eficiência em de<br />
energética pavimento e distância de<br />
desempenho travagem molhado, da eficiência em enquanto pavimento energética que molhado, o ruído e distância exterior enquanto de que o<br />
travagem em pavimento molhado, enquanto que o<br />
travagem ruído em de rolamento pavimento exterior de é molhado, agora rolamento indicado enquanto é agora pelo indicado número que o pelo<br />
ruído exterior de rolamento é agora indicado pelo<br />
ruído exterior número de de de rolamento décibeis décibeis e é e pelas agora pelas letras letras indicado A, A, B e B pelo Ce C<br />
número de décibeis e pelas letras A, B e C<br />
número de décibeis e pelas letras A, B e C<br />
(EG) No. 1222/2009 (EU) 2020/740<br />
(EG) No. 1222/2009<br />
(EG) No. 1222/2009<br />
(EU) 2020/740<br />
(EU) 2020/740<br />
não usado<br />
não usado<br />
não usado<br />
Antigo Antigo rótulo Antigo de rótulo<br />
rótulo <strong>Pneus</strong> de<br />
de<br />
pneus<br />
Antigo rótulo de pneus pneus<br />
) ))))))))))) A A B B C<br />
) )) ))) A B C C<br />
* Valores limite reajusta<strong>dos</strong><br />
* valor limite reajusta<strong>dos</strong> para para a * categoria Valores<br />
a categoria<br />
limite<br />
C2<br />
reajusta<strong>dos</strong><br />
* Valores limite reajusta<strong>dos</strong> (comerciais<br />
C2 (comerciais ligeiros) para<br />
ligeiros)<br />
a categoria C2 (comerciais<br />
ligeiros)<br />
para a categoria C2 (comerciais<br />
ligeiros)<br />
Novo Novo rótulo rótulo de de <strong>Pneus</strong> pneus<br />
Novo rótulo de pneus pneus<br />
A nova rotulagem foi desenvolvida para ajudar<br />
os consumidores a escolher pneus mais eficientes em termos<br />
de consumo e ao mesmo tempo obter informação sobre<br />
distâncias de travagem em pavimento molhado<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Entrevista Mercado<br />
A Valorpneu está<br />
A reinventar-se<br />
Atenta às transformações que estão a ocorrer no mundo a nível da nova<br />
mobilidade, das evoluções tecnológicas e das novas tendências que vão<br />
influenciar também o sector <strong>dos</strong> pneus, a Valorpneu está a reinventar-se para<br />
acompanhar estas transformações, que são inevitáveis<br />
A<br />
Valorpneu tem sido um elemento<br />
dinamizador para o desenvolvimento<br />
de novas soluções para<br />
os destinos a dar aos pneus em<br />
fim de vida. Porque não basta falar em economia<br />
circular para que tal suceda, é necessário<br />
dar passos nesse sentido e a Valorpneu<br />
é um exemplo nessa matéria. Em entrevista<br />
à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Climénia Silva, diretora<br />
geral da Valorpneu, faz o balanço de quase<br />
duas décadas de atividade desta entidade<br />
gestora que tem por objetivo organizar e<br />
gerir o sistema de recolha e destino final de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>, em Portugal.<br />
Dado o contexto pandémico, a Valorpneu<br />
realizou a última Convenção num<br />
ambiente digital. Que balanço faz do<br />
evento realizado nestes novos moldes?<br />
A Valorpneu realizou o 18.º Encontro da<br />
rede de operadores no passado dia 25 de<br />
novembro, o primeiro em formato digital.<br />
Seguramente fica na história, não apenas<br />
pelo facto de ter sido realizado remotamente<br />
e com a moderação do jornalista Pedro Pinto,<br />
que muito contribuiu para o sucesso do<br />
evento, mas pela partilha de conhecimento,<br />
sobretudo no debate sobre a adaptação e<br />
as oportunidades do setor a uma nova realidade,<br />
no qual se falou sobre a mobilidade<br />
e a importância da descarbonização, do<br />
pacto ecológico europeu e do novo plano<br />
de ação para a economia circular, e ainda<br />
no novo pacote legislativo de resíduos. Os<br />
habituais momentos de descontração destes<br />
encontros também não foram esqueci<strong>dos</strong> e<br />
desta vez tiveram de ser reinventa<strong>dos</strong>. Foi<br />
muito divertido para os 102 participantes<br />
no evento juntarem-se ao “Jogo da Raquete”,<br />
com questões relacionadas com pneus e<br />
ao Quizz “Memórias de outros Encontros”.<br />
No último ano a Valorpneu reforçou a sua<br />
rede de Centros de Receção com 10 novos<br />
centros. A que se deve este reforço?<br />
Na realidade, em 2020 a rede de recolha<br />
da Valorpneu contou com a abertura de 10<br />
novos centros de receção, <strong>dos</strong> quais 7 em<br />
resultado do concurso realizado no próprio<br />
ano, com início em julho, mas também se<br />
verificou o encerramento de 5 centros por<br />
razões que se prenderam essencialmente<br />
com o objeto da sua atividade, focada nos<br />
resíduos urbanos. O concurso foi lançado<br />
no seguimento do trabalho de avaliação<br />
da Valorpneu às conclusões do estudo da<br />
GFK, realizado em 2019, no âmbito da ação<br />
“Circuito Portugal Valorpneu” que inquiriu<br />
mais de 3.000 estabelecimentos de venda de<br />
pneus, incluindo oficinas, estações de serviço,<br />
casas de pneus, entre outros. A insatisfação<br />
verificada em alguns destes agentes, evidente<br />
no estudo, levou a Valorpneu a efetuar uma<br />
avaliação detalhada da sustentabilidade da<br />
sua rede de recolha que considerou a produção<br />
de pneus usa<strong>dos</strong> nos diversos concelhos<br />
do país e a capacidade de armazenagem <strong>dos</strong><br />
pneus nas diferentes regiões, tendo identificado<br />
zonas carenciadas nos distritos em que<br />
ocorreu o concurso.<br />
Quantos centros fazem parte atualmente<br />
da rede de recolha da Valorpneu?<br />
Atualmente, existem 53 centros de receção<br />
de pneus usa<strong>dos</strong>, <strong>dos</strong> quais um na Madeira<br />
e oito no Açores. No concurso realizado em<br />
julho de 2020 a Valorpneu identificou a falta<br />
de operadores licencia<strong>dos</strong> para a armazenagem<br />
de pneus usa<strong>dos</strong>, pelo que algumas<br />
zonas reconhecidas como carenciadas relativamente<br />
a espaços de armazenagem não<br />
foram satisfeitas em resultado do concurso.<br />
Esta situação foi reportada às entidades responsáveis<br />
pelo licenciamento de operadores<br />
e a Valorpneu encontra-se a trabalhar no<br />
sentido de ultrapassar este constrangimento.<br />
Que tipo de acompanhamento e apoio a<br />
Valorpneu tem prestado aos centros de<br />
receção da rede?<br />
Os centros de receção de pneus usa<strong>dos</strong> são<br />
operadores contrata<strong>dos</strong> pela Valorpneu,<br />
mediante o pagamento de uma remuneração,<br />
para a receção, registo e armazenagem<br />
temporária <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, bem como<br />
para a carga <strong>dos</strong> pneus nos transportes disponibiliza<strong>dos</strong><br />
e a cargo da Valorpneu para a<br />
sua expedição, sendo por esta via os pneus<br />
encaminha<strong>dos</strong> para os destinos finais de valorização,<br />
também contrata<strong>dos</strong> pela Valorpneu.<br />
A Valorpneu está muito próxima destes operadores<br />
e o acompanhamento é praticamente<br />
diário. Quando da abertura de um operador é<br />
realizada formação, disponibilizado o manual<br />
de normas e procedimentos a aplicar e é-lhes<br />
atribuído o acesso ao sistema de informação<br />
da Valorpneu, na sua área reservada. A Valorpneu<br />
acompanha a atividade <strong>dos</strong> operadores<br />
e disponibiliza um relatório semestral sobre<br />
o desempenho de cada um, bem como a<br />
sua posição face aos outros operadores.<br />
Anualmente é distinguido o operador que<br />
apresentou melhor desempenho. São igualmente<br />
realizadas pela Valorpneu auditorias<br />
de acompanhamento aos centros de receção,<br />
sendo ainda os operadores sujeitos a auditorias<br />
efetuadas por entidade independente,<br />
em resultado das disposições estabelecidas<br />
na licença da Valorpneu, enquanto entidade<br />
gestora do fluxo.<br />
E relativamente aos produtores, também<br />
houve aumento de adesões ao SGPU?<br />
Embora o contexto adverso de pandemia e<br />
as dificuldades sentidas pelos agentes económicos,<br />
o número de aderentes ao SGPU<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Climénia Silva, diretora geral da Valorpneu
Reportagem Entrevista<br />
a incertez associada à pandemia, com a consequente falta<br />
de visibilidade, obrigou a valorpneu a rápidas adaptações,<br />
forte flexibilidade nas ações tomadas e à gestão do<br />
imediato, em função das circunstâncias do momento<br />
aumentou existindo mais 127 aderentes à<br />
Valorpneu no final de 2020, comparativamente<br />
ao final do ano anterior.<br />
Quantos produtores estão atualmente<br />
regista<strong>dos</strong> no SGPU? To<strong>dos</strong> têm em dia<br />
as suas obrigações de pagamentos do<br />
ecovalor?<br />
No final de dezembro de 2020 existiam 1.972<br />
produtores regista<strong>dos</strong> na Valorpneu e em<br />
2021 já foram realizadas algumas dezenas de<br />
contratos de adesão. Embora a percentagem<br />
de produtores que cumprem com as suas<br />
obrigações para com a Valorpneu também<br />
tenha aumentado em relação a 2019, o certo<br />
é que ainda há uma larga fatia de incumpridores,<br />
cerca de 41% do total de aderentes,<br />
a maior parte por falta de pagamento do<br />
ecovalor.<br />
Como têm decorrido as auditorias aos<br />
produtores, comerciantes e operadores<br />
do sistema? Têm detetado muitas inconformidades?<br />
As auditorias têm um papel não só de verificação<br />
<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> reporta<strong>dos</strong> à Valorpneu e da<br />
conformidade das operações, mas também<br />
de informação e sensibilização de procedimentos<br />
corretos. Em relação às auditorias aos<br />
produtores verifica-se na maioria <strong>dos</strong> casos<br />
desvios nas quantidades declaradas que em<br />
algumas situações pontuais até podem ser<br />
contra o produtor. Ainda assim, nas auditorias<br />
realizadas em 2020 existiram 5 produtores,<br />
<strong>dos</strong> 41 audita<strong>dos</strong>, que não apresentaram diferenças<br />
nas suas declarações face ao apurado<br />
em sede de auditoria. Nos comerciantes são<br />
recorrentes as inconformidades relativas ao<br />
detalhe do ecovalor na fatura e à falta de<br />
evidência de medidas de autoproteção das<br />
instalações. Esta última inconformidade<br />
também sucede nos operadores.<br />
E as várias ações de sensibilização, comunicação,<br />
educação e prevenção, realizadas<br />
ao longo do ano. Como decorreram e qual<br />
foi a recetividade do mercado?<br />
A concretização das ações neste domínio,<br />
ficaram muito condicionadas devido ao<br />
período de confinamento, às medidas de<br />
distanciamento social e à crise sentida pelos<br />
diversos agentes, entre outros, prestadores<br />
de serviços que desenvolvem a sua atividade<br />
no âmbito das ações previstas pela<br />
Valorpneu, pois, em alguns casos chegaram<br />
a suspender temporariamente a atividade.<br />
Tendo em conta estes acontecimentos, a<br />
Valorpneu esforçou-se para adaptar as ações,<br />
de forma a conseguir dar-lhe seguimento,<br />
embora com atrasos ou com ações substituídas<br />
por outras.<br />
Finalmente, acabou por realizar diversas<br />
iniciativas, com retorno muito positivo,<br />
desde o lançamento de uma nova campanha<br />
nos mass media, a presença em várias<br />
publicações da imprensa especializada e<br />
em websites, o lançamento do microsite<br />
dedicado à recauchutagem e a organização<br />
e participação em webinares que ajudaram<br />
os intervenientes no SGPU a ficarem<br />
mais esclareci<strong>dos</strong> sobre as suas obrigações.<br />
Manteve igualmente a distribuição da sua<br />
webletter mensal, veículo privilegiado de<br />
informação para o sector e entidades que<br />
se relacionam com a Valorpneu, procedeu<br />
à renovação da sinalização <strong>dos</strong> centros de<br />
receção com vista à correta identificação <strong>dos</strong><br />
locais de depósito de pneus usa<strong>dos</strong>, formou<br />
os novos operadores da rede, e ainda patrocinou<br />
alguns eventos e iniciativas, que<br />
permitiram que a sua mensagem chegasse<br />
a uma franja de público mais alargada, incluindo<br />
o público jovem.<br />
Que efeitos está a ter a pandemia na atividade<br />
da Valorpneu? Têm conseguido<br />
manter o nível de recolha e tratamento<br />
<strong>dos</strong> anos anteriores ou houve um decréscimo<br />
da atividade?<br />
A evolução da atividade da Valorpneu reflete<br />
o mercado do sector <strong>dos</strong> pneus, <strong>dos</strong> veículos<br />
e de outros equipamentos que contêm<br />
pneus. Desta forma, sendo a pandemia<br />
um fator com impacto nestas atividades,<br />
também, só por si, este aspeto tem efeito<br />
na atividade da Valorpneu. Para além dessa<br />
situação, os diversos esta<strong>dos</strong> de calamidade<br />
e de emergência do país obrigaram a um<br />
modo diferente de trabalhar, com recurso<br />
ao teletrabalho, contexto ao qual a Valorpneu<br />
se adaptou rapidamente, mas tiveram<br />
consequências no desenrolar das operações<br />
do sistema, exigindo da rede de recolha um<br />
esforço adicional para responder à necessidade<br />
das oficinas e casas de pneus e ainda às<br />
contingências <strong>dos</strong> valorizadores. Por outro<br />
lado, a incerteza associada à pandemia, com<br />
a consequente falta de visibilidade obrigou<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Climénia Silva<br />
a adaptações rápidas, forte flexibilidade nas<br />
ações tomadas e à gestão do imediato, em<br />
função das circunstâncias do momento.<br />
Acompanhando a evolução negativa do<br />
mercado, a recolha de pneus usa<strong>dos</strong> registou<br />
um decréscimo em 2020 de quase<br />
-8%, ainda assim menos acentuada que a<br />
evolução ocorrida na colocação de pneus<br />
no mercado que se situou em quase -14%.<br />
A Valorpneu lançou o programa NextLap.<br />
Em que consiste este programa e quais<br />
os seus objetivos?<br />
O NextLap é um programa de inovação<br />
colaborativa, promovido pela Valorpneu<br />
e a Genan, recicladora multinacional de<br />
pneus, com o apoio técnico e de gestão<br />
da consultora Beta-i. Este programa vem<br />
desafiar centros de investigação e startups<br />
de todo o mundo a colaborar na criação de<br />
projetos piloto com vista a dar um novo uso<br />
aos materiais deriva<strong>dos</strong> de pneus em fim<br />
de vida, para que estes possam voltar a ser<br />
integra<strong>dos</strong> na indústria como matéria-prima<br />
na produção de novos produtos.<br />
Esta iniciativa, lançada no final de setembro<br />
do ano passado, teve de ser adaptada ao<br />
contexto de pandemia em que vivemos, e<br />
desenvolve-se remotamente. Conta ainda<br />
com parcerias de renome para o desenvolvimento<br />
<strong>dos</strong> projetos piloto, a selecionar<br />
de entre os apresenta<strong>dos</strong> por cerca de 40<br />
inovadores seleciona<strong>dos</strong>. São parceiros do<br />
projeto a Decathlon, Houdini Sportswear,<br />
Extruplás, Mobinov, Procalçado, Opway,<br />
Pragosa e IP-Infraestruras de Portugal.<br />
Em que fase se encontra o programa<br />
NextLap?<br />
O programa desenvolve-se durante 9 meses<br />
e passa por diversas fases, estando neste<br />
momento a terminar o Bootcamp, etapa que<br />
consistiu num conjunto de reuniões de trabalho,<br />
assentes numa metodologia própria,<br />
e na partilha de informação entre os inovadores<br />
e os parceiros da indústria, para serem<br />
definidas as variáveis importantes para se<br />
desenvolver os projetos piloto. O Bootcamp<br />
é uma etapa crucial deste programa, uma<br />
vez que nesta fase inovadores e parceiros da<br />
indústria são postos à prova, criando ou não<br />
sinergias entre si, sendo que o resultado determina<br />
quem poderá passar à fase seguinte<br />
de apresentação de pilotos. Assim, ainda não<br />
existem projetos realiza<strong>dos</strong> dentro do programa,<br />
embora exista grande potencial de<br />
inovação a ser explorado e grande interesse<br />
das diferentes partes envolvidas.<br />
A Genan e a Biogoma estão a apostar em<br />
Portugal no aumento da sua capacidade<br />
de produção de granulado de borracha.<br />
3,5 voltas à terra<br />
Desde a entrada em funcionamento da<br />
Valorpneu, há cerca de 19 anos, já<br />
foram reutiliza<strong>dos</strong> e valoriza<strong>dos</strong> perto<br />
de 140.000.000 de pneus usa<strong>dos</strong>, de<br />
todas as tipologias: pneus que equipam veículos<br />
ligeiros, pesa<strong>dos</strong>, motociclos e até pneus de<br />
equipamentos agrícolas e de engenharia civil,<br />
tantos que permitiriam dar 3,5 voltas à terra. No<br />
total registam-se mais de 1.560.000 toneladas de<br />
pneus usa<strong>dos</strong> trata<strong>dos</strong>. Os benefícios são visíveis,<br />
evitando-se os efeitos nefastos que estes pneus<br />
teriam para o ambiente se deixa<strong>dos</strong> ao abandono,<br />
mas também o aproveitamento do potencial e de<br />
valor que geraram ao serem reintroduzi<strong>dos</strong> na<br />
economia. Através da recauchutagem os pneus<br />
Qual a importância deste projeto para o<br />
futuro da reciclagem <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
no nosso país?<br />
As duas atuais empresas de reciclagem de<br />
pneus com fábricas em Portugal, a Genan,<br />
em Ovar, e a Biogoma, no distrito de Santarém,<br />
não só estão a apostar no aumento<br />
da capacidade de produção, como também<br />
na sua eficiência e na qualidade <strong>dos</strong> materiais<br />
que produzem. Este desafio é muito<br />
relevante a nível do encaminhamento de<br />
pneus usa<strong>dos</strong> no nosso país que nos permite<br />
dar um destino adequado aos pneus<br />
quando chegam ao fim de vida e estar em<br />
linha com a ambição <strong>dos</strong> diversos países<br />
da União Europeia na construção de uma<br />
sociedade mais sustentável.<br />
Que impacto vai ter o novo “Pacote de<br />
Resíduos” na atividade da Valorpneu?<br />
O novo “Pacote de Resíduos”, como é conhecido<br />
o DL 102-D/2020, publicado no final<br />
do ano passado, vem alterar o regime geral<br />
da gestão de resíduos, o regime jurídico da<br />
deposição de resíduos em aterro e altera o<br />
regime da gestão de fluxos específicos de<br />
resíduos sob a responsabilidade alargada do<br />
produtor, transpondo as últimas diretivas da<br />
União Europeia. Este diploma, que entrará<br />
em vigor no próximo dia 1 de julho, vai ter<br />
têm sido reconstruí<strong>dos</strong> e voltado à circulação<br />
poupando recursos naturais. Também, a<br />
reciclagem <strong>dos</strong> pneus permite substituir materiais<br />
e matérias-primas virgens. Os pneus têm sido<br />
transforma<strong>dos</strong> nas suas principais componentes:<br />
borracha, aço e têxtil, componentes estas que são<br />
incorporadas na fabricação de pavimentos, no<br />
enchimento <strong>dos</strong> relva<strong>dos</strong> sintéticos, nas misturas<br />
betuminosas para as vias rodoviárias e ainda na<br />
indústria de artefactos de borracha e de<br />
isolamentos. Para além disto, os pneus em fim de<br />
vida, quer inteiros, quer fragmenta<strong>dos</strong>, substituem<br />
fontes energéticas tradicionais com alta<br />
performance, sendo um combustível alternativo<br />
muito utilizado na indústria cimenteira. u<br />
um forte impacto na atividade <strong>dos</strong> operadores<br />
de resíduos e outros agentes económicos,<br />
e consequentemente da Valorpneu.<br />
No que se refere particularmente ao sector<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> o diploma mantém os<br />
objetivos de gestão e metas atuais, mas vem<br />
clarificar que a recauchutagem, enquanto<br />
operação de preparação para reutilização<br />
de pneus usa<strong>dos</strong>, realizada num estabelecimento<br />
industrial, está sujeita ao procedimento<br />
de licenciamento previsto no regime<br />
geral de gestão de resíduos, e alarga o leque<br />
de isenção de licenciamento a determinadas<br />
atividades de valorização de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />
Em relação ao processo de licenciamento<br />
das entidades gestoras <strong>dos</strong> diversos fluxos<br />
específicos é expectável que durante este<br />
ano surjam ainda alterações a este diploma<br />
com novas disposições sobre o assunto.<br />
A Valorpneu lançou no final de 2020 uma<br />
campanha institucional denominada “E os<br />
seus pneus, estão para as curvas?” Quais<br />
foram os objetivos desta campanha e que<br />
balanço faz da iniciativa?<br />
Esta campanha veio dar a conhecer o destino<br />
seguido pelos pneus usa<strong>dos</strong>, a recauchutagem,<br />
reciclagem e a valorização energética,<br />
sensibilizando para a importância da<br />
atividade da Valorpneu, mas também veio<br />
comunicar a importância do cuidado a ter<br />
com a pressão <strong>dos</strong> pneus, garantindo a sua<br />
correta utilização, de forma de prevenir que<br />
cheguem rapidamente ao fim de vida. Esta<br />
campanha que passou no mês de novembro<br />
em vários órgãos de comunicação social,<br />
nomeadamente na SIC, SIC Notícias, RTP1<br />
e RTP3, em spots de rádio na TSF, RFM e<br />
Rádio Renascença e em meios digitais, atingiu<br />
em televisão 82% do público-alvo, uma<br />
percentagem bastante significativa, pelo que<br />
consideramos que os objetivos da campanha<br />
até foram supera<strong>dos</strong>. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Entrevista Mercado
Kenta Kuribayashi, Presidente da Toyo Tires Europa<br />
Queremos exceder<br />
as expetativas<br />
<strong>dos</strong> clientes<br />
Kenta Kuribayashi, presidente da Toyo Tires Europa, concedeu<br />
à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> uma entrevista onde fala sobre a marca desde<br />
o nascimento até aos nossos dias, e da parceria de sucesso que mantém<br />
com a Dispnal, importador da marca para Portugal desde 2009<br />
Com 75 anos de vida, a Toyo Tires<br />
está mais focada do que nunca<br />
no futuro do setor, com tecnologias<br />
próprias que lhe garantem<br />
um lugar relevante nas escolhas <strong>dos</strong><br />
apaixona<strong>dos</strong> por carros.<br />
Como caracteriza os pneus Toyo Tires?<br />
A nossa estratégia é o desenvolvimento e<br />
fornecimento de produtos feitos à medida<br />
das necessidades <strong>dos</strong> consumidores em<br />
cada mercado. O caráter distintivo da nossa<br />
marca é o facto de oferecermos entusiasmo<br />
e desempenho que exceda as expectativas<br />
<strong>dos</strong> utilizadores. Conquistamos pela<br />
inovação e pelo desenvolvimento de tecnologias<br />
próprias como o design T-Mode<br />
ou a produção A.T.O.M..<br />
Produzimos pneus para veículos de passageiros,<br />
automóveis maiores - como os<br />
SUV - e para comerciais ligeiros, assim<br />
como para camiões e autocarros de alguns<br />
merca<strong>dos</strong>. A gama inclui pneus de verão,<br />
inverno, «all-season», e pneus específicos<br />
para condições extremas de inverno, como<br />
as da Rússia ou da Escandinávia.<br />
Os segmentos SUV e UHP são os mais fortes,<br />
onde a excelente gama de produtos<br />
da Toyo Tires está associada a pneus tecnicamente<br />
avança<strong>dos</strong>, que vão ao encontro<br />
das necessidades <strong>dos</strong> condutores destes<br />
veículos de performances complexas.<br />
A Toyo Tires vendeu cerca de 40 milhões<br />
de pneus em 2019. O lucro em 2019 foi<br />
de 377,5 mil milhões de Yen, o que ronda<br />
os 3 mil milhões de euros.<br />
No que toca à procura, quais os<br />
segmentos de maior e menor<br />
crescimento?<br />
As vendas <strong>dos</strong> SUV continuam a crescer em<br />
força, tal como <strong>dos</strong> pneus «all season». A<br />
gama da Toyo Tire para SUV conta agora com<br />
os Proxes Sport SUV para veículos de maior<br />
desempenho, complementada pelos Proxes<br />
CF2 SUV. Os novos Proxes Confort, a lançar<br />
em 2021 serão desenvolvi<strong>dos</strong> em medidas<br />
SUV, de maneira a oferecer um a gama mais<br />
ampla no segmento. As vendas em pneus de<br />
inverno para SUV também estão a crescer e<br />
as gamas Observe e Snowprox oferecem aos<br />
condutores destes veículos, alternativas de<br />
performance onde as capacidades invernais<br />
são exigidas. Mais novidades na gama «all<br />
season» estão previstas para 2021, para refletir<br />
esta procura <strong>dos</strong> consumidores. Vamos<br />
anunciar novidades em breve.<br />
As medidas pequenas <strong>dos</strong> veículos de<br />
passageiros têm cada vez menos procura.<br />
Com as medidas de equipamento original<br />
a serem cada vez maiores, as vendas de<br />
pneus de reposição refletem-no. O negócio<br />
da Toyo Tires assenta cada vez menos nas<br />
dimensões mais pequenas e em 2021 esta<br />
tendência deve acentuar-se.<br />
Dos pneus produzi<strong>dos</strong> atualmente, que<br />
percentagem está no equipamento<br />
original e no aftermarket?<br />
O equipamento original ocupa apenas cerca<br />
de 17% das vendas do grupo no mundo.<br />
Isto acontece principalmente no Japão e<br />
nos EUA, onde as nossas fábricas estão<br />
próximas do mercado, indo ao encontro<br />
<strong>dos</strong> requisitos <strong>dos</strong> fabricantes de equipamento<br />
original. Foram feitas algumas<br />
medidas específicas para equipamento<br />
original na Europa, de forma a responder<br />
a requisitos específicos de desempenho<br />
e medidas OE para modelos importantes.<br />
Pode ser o nosso próximo desafio assim<br />
que a produção comece na Sérvia.<br />
O aumento constante do preço das<br />
matérias primas tem afetado os lucros<br />
da empresa?<br />
Os preços das matérias primas são um problema<br />
transversal a toda a indústria <strong>dos</strong><br />
pneus e a Toyo Tires também sofre estas flutuações.<br />
Sem comprometer a qualidade da<br />
matéria prima, a empresa considera que há<br />
outras formas de alcançar competitividade<br />
de custos, que são continuamente utiliza-<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Reportagem Entrevista<br />
A ambição da toyo tires em portugal não é apenas alcançar<br />
uma determinada quota de mercado. Embora tenha uma meta<br />
a alcançar, também quer aumentar o reconhecimento da<br />
marca toyo pela qualidade e desempenho ofereci<strong>dos</strong><br />
das de maneira a que os produtos tenham<br />
valor acrescido e possam ser vendi<strong>dos</strong> com<br />
lucro. Inevitavelmente, os aumentos de preços<br />
das matérias-primas que não podem<br />
ser compensa<strong>dos</strong> com reduções noutras<br />
áreas, como ganhos de produtividade, vão<br />
eventualmente ter reflexo no mercado. Contudo,<br />
não há nenhuma ligação linear entre<br />
os preços das matérias-primas e os preços<br />
<strong>dos</strong> pneus para os retalhistas.<br />
A pandemia de Covid-19 condicionou<br />
a atividade da Toyo Tires?<br />
Houve uma disrupção considerável global<br />
do lado <strong>dos</strong> fornecedores muito cedo, devido<br />
à rápida reação <strong>dos</strong> negócios e <strong>dos</strong> governos<br />
à pandemia, no sentido de introduzir<br />
políticas para combater a sua disseminação.<br />
O volume de vendas da Toyo Tires em geral<br />
e na Toyo Tires Europa em particular, recuperou<br />
na maioria <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, apesar<br />
de inicialmente ter sido bastante afetadas<br />
pelas restrições governamentais à liberdade<br />
<strong>dos</strong> cidadãos. Trabalhámos com nossos parceiros<br />
para minimizar qualquer disrupção<br />
causada pela pandemia. Em larga escala<br />
temos sido bem-sucedi<strong>dos</strong> e isto refletiu-<br />
-se na forte recuperação <strong>dos</strong> volumes na<br />
segunda metade de 2020.<br />
Qual é a filosofia e objetivos da Toyo Tires?<br />
A filosofia de empresa da Toyo Tires é esforçarmo-nos<br />
para continuar a melhorar continuamente<br />
os nossos produtos e criar valor<br />
para to<strong>dos</strong> com quem trabalhamos. A nossa<br />
missão primária passa por criar produtos<br />
que excedam as expetativas <strong>dos</strong> clientes<br />
e que enriqueçam a sociedade. Estes objetivos<br />
globais são um processo contínuo<br />
conduzido pela inovação tecnológica e espírito<br />
empreendedor. Monitorizamos vários<br />
indicadores para assegurar que estamos a<br />
evoluir e melhorar constantemente. A total<br />
compreensão das expectativas de to<strong>dos</strong><br />
os nossos clientes, tal como <strong>dos</strong> produtos<br />
sustentáveis ou com reduções reduzidas<br />
de dióxido de carbono é a chave para criar<br />
produtos que responderão às suas necessidades<br />
do futuro.<br />
Quais são as principais inovações no<br />
fabrico de pneus na Toyo Tires,<br />
especialmente no que toca a matérias<br />
primas e compostos?<br />
A Toyo Tires criou um novo Centro de Pesquisa<br />
e Desenvolvimento na Europa para<br />
realizar uma investigação maior e mais<br />
Crescimento constante<br />
A<br />
Toyo Tires é uma empresa japonesa,<br />
fundada a 1 de agosto de 1945. Possui<br />
atualmente 7 fábricas de pneus. 2 no<br />
Japão (Sendai / Kuwana) 2 na China (Zhucheng<br />
/ Zhangjiagang) 2 na Malásia (amboas em<br />
Taiping, estado de Perak) e 1 nos EUA (Atlanta).<br />
Uma nova fábrica europeia, na Sérvia, está<br />
programada para iniciar a produção em 2022.<br />
Tem cerca de 13.000 funcionários em todo o<br />
grupo e os pneus Toyo são coloca<strong>dos</strong> à venda<br />
em mais de 100 países.<br />
A empresa foi listada na Bolsa de Valores de<br />
Tóquio em maio de 1955 e estabeleceu a sua<br />
primeira filial no exterior, Toyo Tire Corporation,<br />
nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> em julho de 1966. Mais<br />
recentemente, em 2004, foi criada uma fábrica<br />
nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, que tem sido o catalisador<br />
para um crescimento substancial nas<br />
Américas e, após várias fases de expansão, a<br />
fábrica da Toyo North America em White<br />
County, Geórgia, é agora a maior do grupo.<br />
A Toyo Tyres chegou à Europa em setembro de<br />
1975 com o estabelecimento da Toyo Reifen<br />
GmbH na Alemanha. Filiais de vendas no Reino<br />
Unido e na Holanda foram estabelecidas em<br />
julho de 2005, quando a Toyo Tire Europe<br />
GmbH foi criada como a sede para a Europa.<br />
Um ano depois, a Toyo Tire Italia foi adquirida e<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Kenta Kuribayashi<br />
detalhada sobre materiais e tecnologias<br />
de alta performance, em particular. Utilizamos<br />
a nanotecnologia para investigar<br />
estruturas moleculares e as propriedades<br />
<strong>dos</strong> compostos. As estruturas nos materiais<br />
usa<strong>dos</strong> têm uma relação intrínseca que<br />
cria a performance do pneu. Para desenvolver<br />
materiais otimiza<strong>dos</strong>, utilizamos a<br />
simulação ao nível Nano (1 nanómetro =<br />
1 bilionésimo de metro), criação de funções,<br />
controlo de precisão e investigação.<br />
O processo completo é conhecido como<br />
tecnologia Nano Balance.<br />
De que forma é que a Toyo Tires dá<br />
apoio e formação técnica aos clientes?<br />
A Toyo Tires tem um portal online sofisticado,<br />
disponível em várias línguas, que<br />
providencia formação tanto sobre pneus,<br />
explicações sobre danos acidentais, como<br />
sobre os benefícios <strong>dos</strong> produtos. O programa<br />
de formação vai recompensando<br />
os utilizadores com ofertas por aulas<br />
completadas. To<strong>dos</strong> os cursos ministra<strong>dos</strong><br />
são certifica<strong>dos</strong>. O sistema está a ser<br />
gradualmente implementado, à medida<br />
que as novas línguas são introduzidas, de<br />
maneira a que cada vez mais colaboradores<br />
forma<strong>dos</strong> estejam disponíveis onde quer<br />
que os pneus Toyo Tires sejam vendi<strong>dos</strong>.<br />
Quais são as expectativas de volume<br />
de mercado para 2021?<br />
É difícil fazer uma previsão certa para 2021,<br />
tendo em conta as constantes alterações às<br />
respostas políticas à pandemia em cada país.<br />
Os nossos objetivos de negócio tiveram em<br />
conta este enquadramento de acordo com<br />
o potencial levantamento das restrições, à<br />
medida que as vacinas vão sendo tomadas.<br />
A Toyo Tires está cautelosamente otimista<br />
com 2021 e antecipa alcançar os objetivos<br />
que estabeleceu para o ano. u<br />
tornou-se a terceira empresa europeia a<br />
operar como parte do grupo Toyo Tire Europe.<br />
A Toyo Tire Deutschland, que agora administra<br />
as vendas em toda a área DACH, foi formada<br />
como uma subsidiária da Toyo Tire Europe<br />
para se especializar em vendas para a região<br />
de língua alemã.<br />
A criação de um centro europeu de pesquisa e<br />
desenvolvimento na Alemanha em 2019 foi o<br />
precursor para o desenvolvimento da pegada<br />
ambiental da produção na Europa. A cerimónia<br />
de inauguração da nova fábrica ocorreu em<br />
dezembro de 2020 na Sérvia. A planta está<br />
programada para ser concluída e iniciar a<br />
produção em 2022.<br />
“A Dispnal é o parceiro ideal,<br />
alcançando objetivos excecionais”<br />
Desde 2009 que a Dispnal <strong>Pneus</strong> é o<br />
importador oficial da Toyo Tires em<br />
Portugal, apesar da marca ter entrado no<br />
mercado nacional alguns anos antes. Para Kenta<br />
Kuribayashi, Presidente da Toyo Tires Europa “A<br />
Dispnal é o parceiro ideal, alcançando objetivos<br />
excecionais. Tem uma presença forte em<br />
Portugal, pelo que o conhecimento do mercado é<br />
muito grande. Esta força permite-lhes dar maior<br />
apoio à marca do que um simples importador<br />
daria. Como um verdadeiro parceiro de<br />
distribuição, apoiando a Toyo Tires a gerir a<br />
marca em Portugal, a influência da Dispnal tem<br />
tido uma importância enorme para nós e<br />
esperamos que assim continue no futuro”.<br />
Portugal é um mercado sofisticado, com muito<br />
mais apaixona<strong>dos</strong> e conhecedores do setor<br />
automóvel do que alguns outros países<br />
europeus. Estas qualidades tornam-no um<br />
mercado muito atrativo para a marca. Tem sido<br />
difícil ganhar terreno no mercado, devido às<br />
restrições de armazenamento e longas cadeias<br />
de distribuição desde as fábricas no Japão e na<br />
Malásia. Com a construção da fábrica europeia,<br />
estes problemas serão ultrapassa<strong>dos</strong> e a marca<br />
vai aproveitar as vantagens de estar mais<br />
próximo do consumidor final. “A Dispnal, com o<br />
conhecimento que tem no mercado, e com a<br />
força logística em Portugal, terá um valor<br />
inestimável à medida que crescermos no futuro.<br />
Ao longo <strong>dos</strong> próximos meses vamos preparar<br />
esta mudança com a Dispnal, para podermos<br />
aproveitar ao máximo as oportunidades<br />
apresentadas por este aumento na nossa<br />
produção”, assegura este responsável.<br />
A curto prazo, os efeitos da pandemia vão<br />
afetar o mercado português, mas olhando mais<br />
para a frente, os problemas macroeconómicos<br />
vão ter um maior efeito no consumo. O<br />
crescimento real previsto do PIB na zona euro<br />
para 2021 é de cerca de 6%, o que não<br />
compensará totalmente a contração causada<br />
pela pandemia em 2020, mas superará o<br />
crescimento <strong>dos</strong> EUA no mesmo período. Todas<br />
as previsões atuais de PIB são incertas, pelo<br />
que o crescimento económico terá de ser<br />
cuida<strong>dos</strong>amente monitorizado ao longo <strong>dos</strong><br />
próximos meses.<br />
“A nossa ambição em Portugal não é apenas<br />
alcançar uma determinada quota de mercado.<br />
Embora tenhamos uma meta interna para isso,<br />
também queremos aumentar o reconhecimento<br />
e o destaque da marca Toyo Tires pela<br />
qualidade e desempenho ofereci<strong>dos</strong>. Apesar de<br />
termos fortes perspetivas para futuros negócios<br />
em Portugal, não tomamos nada como<br />
garantido. Reconhecemos que temos que<br />
oferecer produtos atraentes que ofereçam um<br />
excelente desempenho para conquistar<br />
consumidores”, conclui Kenta Kuribayashi.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
Entrevista Mercado<br />
A pandemia<br />
deu-nos<br />
muita força<br />
Veja o vídeo
Rui Chaveca, gerente da Chaveca & Janeira<br />
Com a inauguração de uma nova sede<br />
em S. Brás de Alportel, a Chaveca & Janeira inicia<br />
nova etapa no seu já longo percurso empresarial,<br />
com mais de seis décadas sempre ligada<br />
ao comércio e serviço de pneus no Algarve<br />
As novas instalações recentemente<br />
inauguradas, são fruto<br />
da vontade e querer de Rui<br />
Chaveca, atual gerente da<br />
empresa, que assim dá continuidade ao<br />
projeto criado há 64 anos por seu pai, Sebastião<br />
Chaveca, e Joaquim Janeira. Com<br />
esta aposta, a empresa ganha um novo fôlego<br />
para enfrentar o mercado cada vez<br />
mais competitivo, mas que não assusta Rui<br />
Chaveca, que tem transformado as dificuldades<br />
em oportunidades reais de negócio.<br />
Porque decidiram investir em novas<br />
instalações?<br />
Já tínhamos necessidade de novas instalações<br />
há algum tempo. No novo armazém<br />
com 4.800 metros quadra<strong>dos</strong> conseguimos<br />
concentrar o stock que estava espalhado<br />
por três armazéns em zonas diferentes do<br />
Algarve. A grande capacidade de armazenagem<br />
vai permitir-nos aumentar o stock<br />
e melhorar os serviços ao cliente.<br />
Qual a zona geográfica atualmente<br />
coberta pela Chaveca & Janeira?<br />
Temos carros próprios que vão às zonas<br />
de Sines, Lagos e Vila Real de Santo António<br />
diariamente. Todas as zonas restantes<br />
contamos com empresas distribuidoras.<br />
Liderança<br />
familiar<br />
mantém-se<br />
A<br />
liderança da empresa tem sido<br />
sempre familiar, e assim vai continuar.<br />
Rui Chaveca, filho do atual gerente<br />
com o mesmo nome, está a seguir as pisadas<br />
do pai, e conforme revelou à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> “Estou atualmente a fazer um curso de<br />
gestão de empresas no Reino Unido, para<br />
adquirir conhecimentos que ajudem a<br />
Chaveca & Janeira a evoluir e a conquistar<br />
novos merca<strong>dos</strong> e clientes. Acredito que<br />
posso ser uma mais valia para a empresa,<br />
trazendo novas ideias e projetos que<br />
acrescentem valor ao negócio”. u<br />
Como tem sido o desempenho das<br />
vossas lojas de Faro e Portimão?<br />
Têm tido desempenhos distintos. Faro<br />
abrimos em 1998 como uma oportunidade.<br />
Portimão abrimos em 2004, devido<br />
à necessidade de cobrir aquela zona, onde<br />
tínhamos muitos clientes que eram de lá.<br />
Tanto uma loja, como a outra, ultrapassam<br />
os objetivos.<br />
Como é atualmente constituída a<br />
Chaveca & Janeira a nível de recursos<br />
humanos?<br />
Para além de mim e do meu sócio temos<br />
46 pessoas a trabalhar na empresa. Em<br />
2020 tive muita dificuldade em arranjar<br />
pessoal competente para a área oficinal.<br />
Não havia técnicos para trabalhar e tivemos<br />
de contratar pessoal estrangeiro, que até<br />
então nunca tínhamos tido. Esta situação<br />
verificou-se mais em Portimão, mas tem<br />
sido uma agradável surpresa, pois são trabalhadores<br />
competentes e responsáveis.<br />
Possuem algum equipamento inovador<br />
que queira destacar?<br />
Para mim o principal, para além <strong>dos</strong> equipamentos,<br />
são os recursos humanos. A sua<br />
experiência e conhecimentos têm grande<br />
influência no sucesso de qualquer empresa.<br />
Posso ter o melhor equipamento, mas se<br />
não tiver um bom operador não me serve<br />
de nada. Nesta empresa há uma diferença:<br />
não preciso andar atrás de ninguém para<br />
que o trabalho seja bem executado. To<strong>dos</strong><br />
os funcionários sabem perfeitamente o que<br />
têm de fazer. O principal fator de sucesso da<br />
Chaveca & Janeira passa sem dúvida pelas<br />
pessoas dedicadas à empresa.<br />
Quais as marcas de pneus que<br />
comercializam?<br />
Comercializamos todas as marcas de pneus<br />
existentes no mercado e temos três marcas<br />
que representamos em exclusivo: A KingRun,<br />
para automóveis ligeiros, a RoadCruza para<br />
veículos 4x4 e a Cater para pesa<strong>dos</strong>.<br />
Está prevista a introdução de novas<br />
marcas?<br />
Sim. Pretendemos comercializar numa<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37
Reportagem Entrevista<br />
marca de pneus agrícolas em exclusivo.<br />
Tenho esta ideia desde 2013, já visitei várias<br />
fábricas de pneus agrícolas na China,<br />
mas ainda não houve nenhuma que me<br />
tenha oferecido confiança. Infelizmente<br />
com esta situação da pandemia ainda não<br />
consegui regressar à China ou à India para<br />
rever esta situação.<br />
Quais são os segmentos que têm<br />
vindo a registar maior crescimento e<br />
quais aqueles em que a procura tem<br />
diminuído?<br />
O ano 2020 foi muito atípico, pois vendemos<br />
mais marcas premium e de grandes dimensões.<br />
Esta tendência não é muito usual.<br />
Devido à pandemia, muitas empresas ligadas<br />
ao turismo, designadamente transfers<br />
e rent-a-car, viram a sua atividade reduzir<br />
drasticamente e passaram a comprar menos<br />
pneus. Como houve uma quebra nestes<br />
segmentos, destacaram-se mais ou outros.<br />
Atualmente, a venda de pneus para os<br />
camiões subiu, apesar de ter caído o segmento<br />
<strong>dos</strong> autocarros. Tivemos de reagir<br />
e fomos obriga<strong>dos</strong> a ir à procura de outros<br />
nichos de mercado, como é o caso das entidades<br />
públicas e algumas instituições,<br />
que antes não trabalhávamos.<br />
Para além da montagem de pneus,<br />
que outro tipo de serviços<br />
disponibilizam?<br />
Fazemos diversos serviços de mecânica e<br />
temos o serviço de assistência 24 horas.<br />
Temos um acordo com a A22, e prestamos<br />
assistência a problemas que ocorrem com<br />
pneus na auto estrada.<br />
Fiel às raízes<br />
A<br />
tentação de deslocalizar a sede da<br />
empresa para a capital de distrito é<br />
para Rui Chaveca impensável,<br />
destacando que a empresa decidiu construir a<br />
nova sede em São Brás de Alportel, com o<br />
objetivo de dar resposta aos seus clientes<br />
mas também para criar mais postos de<br />
trabalho e criar riqueza no concelho. “Foi em<br />
São Brás que tudo começou. Os maiores<br />
investimentos sempre foram feitos em São<br />
Brás, o poder de decisão da empresa sempre<br />
foi em São Brás. Ao falarmos em Chaveca &<br />
Janeira associamos a São Brás de Alportel,<br />
apesar de já estarmos em Faro há 20 anos e<br />
em Portimão há 14 anos. Por toda a história e<br />
tradição que a empresa tem nesta localidade,<br />
a nova sede só podia ser construída em São<br />
Brás de Alportel”, afirmou Rui Chaveca. u<br />
O cliente continua a dar maior<br />
importância ao preço do que à<br />
qualidade do produto?<br />
Não é bem assim, nós é que temos que<br />
incentivar o cliente. Muitos clientes visitam<br />
as nossas oficinas para montar pneus, mas<br />
não têm conhecimentos do produto e somos<br />
nós que temos de o informar sobre os<br />
pneus mais indica<strong>dos</strong> para o seu veículo.<br />
Na Chaveca & Janeira o mais importante<br />
é a honestidade com cada cliente, e ir ao<br />
encontro do que pretendem.<br />
Qual o vosso stock médio de pneus e<br />
quantos vendem por ano?<br />
Temos um stock na ordem de 1 milhão de<br />
euros. Há dois anos, em 2019, vendemos<br />
cerca de 80 mil pneus, destes 30 mil foram<br />
para o retalho e os restantes para a distribuição.<br />
Em percentagem, a venda de pneus<br />
ligeiros representa à volta <strong>dos</strong> 60% a 70%,<br />
os comerciais e 4x4 cerca <strong>dos</strong> 20% a 25%<br />
e o restante para as máquinas agrícolas.<br />
Como encara a Chaveca & Janeira a<br />
venda de pneus usa<strong>dos</strong>?<br />
Eu não concordo e não é por vender pneus<br />
novos. Não concordo porque no pneu<br />
usado não se conhece qual o tratamento<br />
que já teve anteriormente. Se fosse um<br />
pneu certificado, possivelmente sim, agora<br />
como as coisas se fazem, não concordo.<br />
Possuem plataforma para venda<br />
online de pneus?<br />
A primeira empresa portuguesa deste<br />
setor a vender pneus online fomos nós,<br />
em 2003. No B2B vendemos cerca de 30%.<br />
Atualmente to<strong>dos</strong> os funcionários têm a<br />
internet ligada nos telemóveis para consultar<br />
preços, contas correntes, etc. De março<br />
2020 para cá tivemos uma evolução enorme<br />
Na Chaveca & Janeira o mais importante é a honestidade<br />
com cada cliente, e ir ao encontro do que pretendem<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Rui Chaveca<br />
Breve história da Chaveca & Janeira<br />
Sebastião de Sousa Chaveca tinha uma<br />
empresa de camionagem onde<br />
transportava cortiça, animais e outros<br />
produtos e sentia diariamente dificuldade em<br />
arranjar pneus novos. Esta necessidade deu<br />
origem a uma ideia de montar uma empresa de<br />
recauchutagem de pneus de camião que foi<br />
fundada em 1957 por Sebastião de Sousa<br />
Chaveca e pelo seu sócio Joaquim Guerreiro<br />
Janeira: a Chaveca & Janeira.<br />
A partir <strong>dos</strong> anos 70, a empresa começa<br />
também a vender pneus novos. Em virtude da<br />
evolução económica nacional e atenta às<br />
tendências do mercado, a Chaveca & Janeira<br />
deixa em 1990 de recauchutar pneus e dedicase<br />
exclusivamente ao comércio, venda a retalho<br />
e distribuição. Em mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 90<br />
começou a importar pneus e a trabalhar com<br />
marcas em exclusividade. Atualmente tem<br />
várias marcas de pneus que distribui em<br />
exclusivo para todo o país.<br />
Ao longo de 64 anos, a empresa tem vindo a dar<br />
passos seguros na sua afirmação junto <strong>dos</strong><br />
clientes, a nível regional e a nível nacional e dá<br />
trabalho a meia centena de funcionários. Nos<br />
dias de hoje é a maior empresa de pneus na<br />
província do Algarve e zona sul de Portugal e<br />
das principais a nível nacional no comércio,<br />
serviços e distribuição de pneus alargando as<br />
suas vendas no sul de Espanha.<br />
Cumprindo todas as normas sanitárias<br />
aprovadas pelas entidades competentes, dispõe,<br />
atualmente de equipas especializadas nos três<br />
postos da região: S. Brás de Alportel, Faro e<br />
Portimão, apetrecha<strong>dos</strong> com equipas de<br />
profissionais dedicadas aos pneus, mecânica<br />
rápida, mudanças de óleo, baterias,<br />
amortecedores, pastilhas de travões entre<br />
outros serviços.<br />
Em S. Brás de Alportel dispõe de um espaço<br />
próprio para dar assistência a veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />
industriais e agrícolas, nomeadamente<br />
autocarros, separando assim os veículos ligeiros<br />
<strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>. É uma empresa certificada pelo<br />
ISO 9001 desde Dezembro 2008. u<br />
o nível do online e passámos o verão inteiro<br />
a investir no digital, pois é o futuro.<br />
Como está a Chaveca & Janeira a<br />
reagir à pandemia da Covid 19?<br />
A pandemia deu-nos muita força. Tudo o que<br />
é um obstáculo para a Chaveca & Janeira, é<br />
um desafio. Março e abril de 2020 para nós<br />
foram meses complica<strong>dos</strong>. Fizemos de tudo<br />
para não fechar e para não parar, e agora<br />
estamos a fazer exatamente a mesma coisa.<br />
Focámo-nos nas vendas online, fomos obriga<strong>dos</strong><br />
a dinamizar o B2C e quisemos passar<br />
mais informação aos nossos clientes através<br />
das plataformas digitais.<br />
Realizaram vários passeios TT e BTT.<br />
Está prevista a realização de mais<br />
iniciativas do género?<br />
Com a situação pandémica que vivemos<br />
não conseguimos prever, mas temos tudo<br />
idealizado para logo que seja possível vol-<br />
tarmos a realizar estas iniciativas. Eu tenho<br />
um lema: “Não somos nem melhores, nem<br />
piores, somos diferentes”. Temos esta parte<br />
social que nos diferencia. Ou seja, to<strong>dos</strong><br />
os participantes neste tipo de iniciativas<br />
não pagam inscrição, mas trazem donativos<br />
alimentares que são doa<strong>dos</strong> a instituições.<br />
A última vez que fizemos este evento conseguimos<br />
arranjar 600 kg de rações para<br />
animais.<br />
Que avaliação faz do desempenho da<br />
Chaveca & Janeira durante o ano<br />
2020?<br />
Em 2020 baixámos a faturação em cerca de<br />
17%, mas conseguimos reduzir as despesas<br />
na ordem <strong>dos</strong> 20%, por isso conseguimos<br />
fechar o ano com lucro.<br />
Que objetivos se propõe atingir este<br />
ano 2021, a nível de vendas?<br />
Pretendemos que seja melhor que 2020<br />
e vai ser garantidamente, porque 2020<br />
apanhou-nos despreveni<strong>dos</strong>. Para 2021<br />
já estamos prepara<strong>dos</strong>, quer continue o<br />
confinamento, quer não. Temos uma carteira<br />
importante de clientes que mantêm a<br />
sua atividade normal, como as instituições,<br />
polícia, INEM e câmaras municipais. Antes<br />
eram empresas que nos passavam ao lado<br />
e agora fazem parte <strong>dos</strong> nossos principais<br />
clientes.<br />
Qual a sua visão de futuro a médio e<br />
longo prazo do comércio de pneus em<br />
Portugal?<br />
Este negócio tem que passar por profissionais.<br />
Temos que ter pessoas que trabalhem<br />
bem o pneu, com conhecimentos técnicos e<br />
comerciais. Os carros estão constantemente<br />
em evolução e necessitam que estejamos<br />
sempre muito bem informa<strong>dos</strong>. Nos postos<br />
é necessário ter técnicos forma<strong>dos</strong> e dar<br />
formação aos colaboradores u<br />
ChaveCA & Janeira<br />
Gerente Rui Chaveca | Morada Rua do Colégio Nº 16; 8150-132 S. Brás de Alportel | Telefone 289 840840<br />
Email info@chaveca-janeira.pt | Site www.chaveca-janeira.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Entrevista Mercado<br />
A COIP quer ser<br />
um garante DE<br />
RENTABILIDADE PARA<br />
OS SEUS CLIENTES<br />
A COIP é uma empresa recém-criada que, no âmbito nacional e internacional,<br />
terá como uma das principais e mais nobres missões, a comercialização<br />
e distribuição, em regime de exclusividade, da marca CAMAC. Luís Martins,<br />
diretor geral de merca<strong>dos</strong>, explica os objetivos da nova empresa<br />
Através da COIP – Companhia<br />
Internacional de <strong>Pneus</strong>, a CA-<br />
MAC vai passar a estar mais<br />
próximo e em contacto permanente<br />
com os clientes do mercado<br />
nacional e internacional. Para além desta<br />
marca bandeira, a COIP pretende vir a ser,<br />
a curto prazo, um Importador/Distribuidor<br />
de pneus de “A a Z”. Quer isto dizer, que a<br />
empresa pretende introduzir no mercado<br />
nacional e não só, uma variedade de produtos<br />
e marcas que cobrirão todo o espectro<br />
do mercado <strong>dos</strong> pneus, no sentido lato.<br />
Qual a oferta que a COIP vai<br />
disponibilizar ao mercado?<br />
A nossa oferta começará nas Câmaras-de-<br />
-Ar e será preenchida com os pneus de Turismo,<br />
SUV-4x4, Van, Empilhador, Agrícolas,<br />
Agroflorestais, Florestais, Agroindustriais,<br />
Industriais e de Engenharia Civil, Obras Públicas,<br />
Minas e Portos. O nosso foco será<br />
dirigido aos segmentos Quality e Budget.<br />
Para além de um fabricante Europeu, com<br />
quem já temos contrato firmado, estamos<br />
a ultimar os acor<strong>dos</strong> de importação/distribuição<br />
com mais alguns fabricantes, que<br />
nos permitirão ter uma gama de produtos<br />
completa e verdadeiramente interessante<br />
para o negócio <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
Queremos ter uma oferta e uma estratégia<br />
diferenciadora. Na nossa ótica, este negócio<br />
terá que se transformar num negócio<br />
“H2H”, “Human to Human”, de pessoas para<br />
pessoas. Pessoas que querem ter negócios<br />
prósperos, rentáveis e com futuro. Por contraponto,<br />
o B2B, Business to Business, de<br />
negócio para negócio, é para quem quer<br />
continuar a matar o negócio que tanto<br />
amamos, não dando tréguas às guerras<br />
de preços que acabam por transferir para<br />
o negócio <strong>dos</strong> seus clientes, com a consequente<br />
degradação das margens para<br />
to<strong>dos</strong> os intervenientes no negócio. No<br />
final, ninguém ganha dinheiro, o que é<br />
de facto caricato e absurdo. A COIP quer<br />
ser um garante de rentabilidade para o negócio<br />
<strong>dos</strong> seus clientes, parceiros e amigos.<br />
Queremos garantir margens de lucro aos<br />
nossos clientes. Acho que nos últimos anos<br />
nos esquecemos que isto não tem a ver<br />
com vender muito, seja de que maneira<br />
for. Isto tem a ver com ganhar dinheiro a<br />
servir bem o cliente final.<br />
Quais as suas funções dentro da<br />
empresa e que objetivos pretende<br />
atingir?<br />
Assumi funções de Direção Geral de Merca<strong>dos</strong><br />
e, como sempre ao longo da minha<br />
carreira, tenho por objetivo gerar valor para<br />
o acionista, clientes e demais agentes económicos<br />
com quem temos que nos relacionar.<br />
Não abdicando nunca de valores como a ética<br />
profissional, a honestidade, integridade e a<br />
defesa intransigente <strong>dos</strong> produtos, empresa<br />
e clientes. A determinação, a vontade de<br />
aprender sempre, o gosto pela reinvenção,<br />
o espírito colaborativo, a pró-atividade, e<br />
a paixão pelo negócio, são características<br />
pessoais das quais nunca abdico. Os clientes,<br />
ex-colegas e demais parceiros de negócio,<br />
que me conhecem, sabem que sempre foi<br />
e continuará a ser assim.<br />
Como define a sua forma de estar no<br />
mercado? Que princípios e regras<br />
defende?<br />
Pretendo sempre ser um verdadeiro parceiro,<br />
que está ao lado do cliente a entregar<br />
resulta<strong>dos</strong> e, na COIP, acredito que temos<br />
as capacidades end-to-end - definição, implementação<br />
e operação - para o fazer. Em<br />
segundo lugar, mais do que faturar pelos<br />
produtos que vendo, gosto de ser remunerado<br />
pelos clientes em função <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong><br />
efetivamente consegui<strong>dos</strong> com essas vendas/compras,<br />
ou seja, parte do valor gerado<br />
terá que ser entendido como a nossa remuneração.<br />
Em terceiro lugar, colocar sempre a<br />
inovação no centro do nosso negócio. Sou<br />
alguém que ama este mercado e acredito<br />
que o fator diferenciador das empresas é<br />
serem capazes de inovar mais rápido do<br />
que a concorrência. E inovar implica experimentar<br />
um conjunto de ideias, lado a lado<br />
com o cliente, até chegarmos àquela que<br />
vemos que tem potencial, que o feedback<br />
é positivo e que deve escalar.<br />
Esta tem que ser a grande mudança também<br />
na forma como abordamos o mercado<br />
e será desta forma que a COIP potenciará o<br />
negócio <strong>dos</strong> clientes do mercado nacional<br />
e não só. Há também um ou dois fatores<br />
muito relevantes que advêm <strong>dos</strong> anos e<br />
da experiência de mercado. Em primeiro<br />
lugar, a capacidade de nos relacionarmos<br />
com todas as organizações. Com os anos<br />
ganhamos a confiança e o respeito <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes. Depois, é só juntar o talento<br />
fantástico <strong>dos</strong> nossos clientes e encontramos<br />
a fórmula do sucesso colaborativo.<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Luís Martins, diretor geral de merca<strong>dos</strong> da COIP<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Reportagem Entrevista<br />
Qual foi o seu percurso profissional até<br />
chegar a diretor geral de merca<strong>dos</strong> da<br />
COIP?<br />
Estudei Gestão de Marketing e os primeiros<br />
passos no mundo <strong>dos</strong> pneus foram da<strong>dos</strong><br />
na Michelin em Portugal. A minha formação<br />
técnica, comercial, metodologia e organização,<br />
foram adquiridas na formação de seis<br />
meses em Madrid, no CEFAM. Como Inspetor<br />
de Vendas da Michelin, aprendi o mercado<br />
e o produto. Depois seguiu-se a Continental<br />
em Portugal e mais tarde em Espanha, como<br />
Director de Marketing e, na reta final, como<br />
Diretor de Mercado em Portugal.<br />
Da Continental, transferi-me de armas<br />
e bagagens para o Grupo Império, mais<br />
concretamente para a Hiperpneus onde<br />
fui Administrador com responsabilidades<br />
ao nível da coordenação comercial e de<br />
marketing <strong>dos</strong> diferentes negócios, Importação<br />
e distribuição de <strong>Pneus</strong>, Importação<br />
e distribuição de Equipamentos Oficinais (e<br />
consumíveis) com a respetiva assistência<br />
técnica, Venda a Grandes Frotas e Rede de<br />
Retalho Próprio. Aqui conheci também o<br />
negócio da recauchutagem.<br />
Seguiu-se um novo desafio, de fazer o<br />
start-up, lançamento e desenvolvimento<br />
da Gripen Wheels (especialista em pneus<br />
OTR) em Portugal, tendo mais tarde assumido<br />
a liderança da Gripen Wheels Espanha<br />
e da Gripen Wheels França como Diretor<br />
Geral Comercial destes merca<strong>dos</strong>. Tive uma<br />
passagem de um ano e meio pela Dispnal<br />
<strong>Pneus</strong>/Dispnal Iberia, que me deu muito<br />
prazer e aqui estou para mais um desafiante<br />
projeto inteiramente novo.<br />
Que conhecimentos trouxe para a COIP,<br />
da sua experiência profissional noutras<br />
empresa do setor?<br />
Tendo começado a minha caminhada nos<br />
pneus como Inspetor de Vendas, ter passado<br />
pela Direção de Marketing e Vendas<br />
de uma grande multinacional como a<br />
Continental, em Portugal e em Espanha,<br />
onde participei em diversos projetos internacionais,<br />
ter experiência no mercado<br />
da recauchutagem, no mercado de retalho<br />
<strong>dos</strong> pneus (postos de venda e assistência),<br />
experiência nos merca<strong>dos</strong> Espanhol e Francês,<br />
entre outros, no mercado da importação<br />
e distribuição Independente e em<br />
fabricantes, penso que é todo um aplicar<br />
e desenvolver experiências atuais e futuras,<br />
tirando proveito <strong>dos</strong> conhecimentos<br />
e experiências acumuladas.<br />
Qual a sua estratégia para chegar ao<br />
máximo número de clientes possível?<br />
A nossa estratégia de comunicação assentará<br />
em pilares paralelos: uma ferramenta<br />
eletrónica de interação e atendimento ao<br />
cliente, disponível 24 horas por dia, 365 dias<br />
por ano. Uma força de vendas constituída<br />
por elementos experientes, íntegros e competentes.<br />
Um serviço de atendimento telefónico<br />
eficaz e informativo. E, finalmente,<br />
recorrer a diferentes materiais e ferramentas<br />
de apoio às vendas <strong>dos</strong> nossos clientes,<br />
colaboração com os meios de comunicação<br />
do sector e participação em eventos. u<br />
COIP – Companhia Internacional de <strong>Pneus</strong>, Lda.<br />
Diretor Geral de Merca<strong>dos</strong> Luís Martins | Morada Rua Parque Industrial, 1300 – Apartado 29; 4784-909 Santo Tirso<br />
Telemóvel 915 237 500 | Email luis.martins@camac.pt | Site www.camac.pt<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Luís Martins<br />
A nova vida da CAMAC<br />
Vista aérea <strong>dos</strong> armazéns da CAMAC<br />
A CAMAC TEVE QUE SE ADAPTAR,<br />
ESTRATEGICAMENTE, AOS DESAFIOS<br />
DOS NOVOS TEMPOS. NÃO SENDO<br />
FÁCIL CONCORRER COM OS<br />
GRANDES FABRICANTES<br />
GENERALISTAS E, MUITO MENOS,<br />
COM OS FABRICANTES ASIÁTICOS, A<br />
CAMAC TRANSFORMOU-SE NUM<br />
FABRICANTE ESPECIALIZADO EM<br />
NICHOS DE MERCADO E EM NICHOS<br />
ESTRATÉGICOS DE NEGÓCIO<br />
É<br />
disto exemplo o facto de a CAMAC<br />
produzir, para um fabricante de renome<br />
mundial, pneus de competição para<br />
viaturas clássicas, que pretende que os<br />
pneus continuem a ser fabrica<strong>dos</strong> à luz das<br />
antigas técnicas de construção que envolvem<br />
mão de obra intensiva e especializada na<br />
confeção do pneu. Na mesma linha de<br />
raciocínio estratégico, a CAMAC especializouse<br />
também no fabrico de pneus para viaturas<br />
clássicas, onde consegue ombrear com os<br />
grandes e tradicionais fabricantes mundiais,<br />
em gama, qualidade e espírito “vintage” da<br />
engenharia de produto.<br />
Continua a fabricar pneus 4x4 de grande<br />
qualidade e procura no mercado, como<br />
é exemplo o CAMAC TERRA, uma gama<br />
de pneus comerciais de grande<br />
competitividade e pneus específicos<br />
para algumas atividades económicas como<br />
a agricultura, silvicultura, etc.<br />
A gama de pneus de turismo, atualizada<br />
e de qualidade (segmento quality), continua<br />
competitiva sempre e quando o cliente<br />
procura exclusividade e rentabilidade para<br />
o seu negócio, uma vez que não havendo<br />
mercado paralelo, a marca garante<br />
a exclusividade a 100%, como poucos<br />
o podem fazer.<br />
Está previsto o lançamento de novos<br />
modelos?<br />
Sim, estamos neste preciso momento a<br />
lançar, no mercado mundial, uma gama<br />
estupenda de pneus clássicos com faixa<br />
branca na parede lateral. Existe uma grande<br />
procura, nos diferentes merca<strong>dos</strong> mundiais,<br />
por este tipo de pneus. A CAMAC, para além<br />
de produzir um pneu de altíssima qualidade,<br />
fabricado com máquinas, equipamentos e<br />
procedimentos de época, consegue ter<br />
preços bastante competitivos. Esta gama<br />
começa na medida 5.20-12 e estende-se até<br />
à medida 5.60-15, passando por medidas<br />
como o 7.25-13 e o 7.50-14.<br />
Como é feito o desenvolvimento <strong>dos</strong><br />
produtos e os ensaios <strong>dos</strong> pneus?<br />
A CAMAC possui um Laboratório de Ensaios<br />
de <strong>Pneus</strong> (LEP), que iniciou a sua atividade<br />
em Setembro de 1993 e tem vindo,<br />
progressivamente, a aumentar o seu nível<br />
qualitativo, obtendo a concessão da<br />
acreditação em Fevereiro de 1998.<br />
Atualmente, o laboratório encontra-se<br />
acreditado pelo IPAC para aplicação <strong>dos</strong><br />
regulamentos 30 e 54 CEE/ONU, destina<strong>dos</strong> a<br />
pneus novos e o 108 e 109 CEE/ONU para<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>. O Laboratório de<br />
Ensaios de <strong>Pneus</strong> (LEP) da CNB/Camac, é<br />
uma entidade que aposta na qualidade <strong>dos</strong><br />
seus serviços, possuindo uma equipa<br />
dinâmica e com formação adequada, tendo<br />
como lema a integridade, imparcialidade e a<br />
satisfação das necessidades <strong>dos</strong> clientes. O<br />
LEP possui dois dinamómetros de roda e todo<br />
o equipamento necessário à aplicação <strong>dos</strong><br />
pontos <strong>dos</strong> regulamentos para os quais se<br />
encontra acreditado. Para além da aplicação<br />
<strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> regulamentares, o laboratório<br />
encontra-se capacitado para realizar ensaios<br />
mediante méto<strong>dos</strong> sugeri<strong>dos</strong> pelos seus<br />
clientes, desde que exequíveis. Neste âmbito,<br />
a sua principal atividade é a execução de<br />
ensaios estendi<strong>dos</strong>, ou seja, ultrapassando o<br />
tempo de ensaio regulamentar. Estes ensaios<br />
são particularmente importantes em estu<strong>dos</strong><br />
de desenvolvimento.<br />
Quais os merca<strong>dos</strong> de exportação mais<br />
fortes para a Camac?<br />
A CAMAC tem uma presença forte na Europa,<br />
no Médio Oriente e em África. No entanto,<br />
temos presença nos quatro continentes,<br />
Europa, África, Ásia e América. Estamos<br />
presentes em mais de 50 países.<br />
Qual a importância do mercado português<br />
para a Camac?<br />
Sendo a CAMAC uma empresa<br />
eminentemente exportadora, até pela<br />
dimensão do mercado português,<br />
pretendemos dinamizar também a CAMAC no<br />
mercado nacional, que nunca deixou de ter e<br />
demonstrar um enorme “carinho” pela marca.<br />
Recordo que a CAMAC é o único fabricante de<br />
pneus nacional e a única marca 100%<br />
portuguesa, utiliza mão de obra e tecnologia<br />
100% nacional!<br />
Qual a importância da gama Camac Racing,<br />
para as vendas da marca?<br />
A CAMAC tem toda uma tradição e uma<br />
história rica no desporto automóvel nacional. É<br />
disso exemplo, o recém realizado Troféu Abarth<br />
500, com todas as viaturas equipadas com<br />
pneus de competição CAMAC. Por altura do<br />
desenvolvimento do produto, fizemos testes e<br />
ensaios comparativos com os mais<br />
prestigia<strong>dos</strong> produtos do mercado e não<br />
ficámos atrás nos principais indicadores como<br />
a performance pura, a durabilidade, etc. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Empresa<br />
Distribuidor<br />
de referência<br />
Lassa Tyres<br />
Desde que a Pneurama se tornou distribuidor<br />
exclusivo da Lassa para o mercado português em 2014,<br />
o crescimento da marca tem sido notável. O objetivo<br />
a médio prazo é consolidar a notoriedade da marca<br />
em Portugal e tornar-se o melhor distribuidor<br />
da Lassa na Europa<br />
A<br />
Brisa, empresa por detrás da<br />
marca Lassa, foi fundada em<br />
1988. A Brisa Bridgestone<br />
Sabanci Tyre Manufacturing<br />
and Trading Inc. está baseada na Turquia,<br />
conta com mais de 2.700 colaboradores e<br />
está neste momento presente em 80 países<br />
com mais de 6.000 pontos de venda.<br />
Considerada marca premium no seu mercado<br />
interno, a Lassa tem como principal<br />
prioridade crescer no mercado europeu,<br />
e a Pneurama faz parte desse projeto. A<br />
produção <strong>dos</strong> pneus da marca Lassa é feita<br />
em duas fábricas na Turquia, supervisionada<br />
por uma equipa de engenheiros que desenvolvem<br />
os pisos, definem as melhores<br />
práticas de fabrico e selecionam a melhor<br />
qualidade de matérias primas. O processo<br />
de engenharia da produção é europeu e<br />
beneficia do know-how do maior fabricante<br />
de pneus do mundo.<br />
STOCK FORTE E ESTABILIDADE DE PREÇOS<br />
A marca Lassa Tyre produz pneus de turismo,<br />
4x4, comerciais e camião médio.<br />
A qualidade do produto é muito importante<br />
para o compromisso da Pneurama<br />
de oferecer pneus com melhor relação<br />
preço/qualidade. O Driveways para veículos<br />
do segmento médio/alto, Driveways<br />
Sport para veículos do segmento médio,<br />
de luxo e desportivos, e Competus H/P2<br />
para veículos SUV, são os 3 modelos da<br />
última geração tecnológica da marca.<br />
<strong>Pneus</strong> como Greenways (ECO), Transways<br />
(Comerciais) e Maxiways (Camião médio)<br />
são produtos prepara<strong>dos</strong> para fazerem<br />
muitos quilómetros.<br />
Nos últimos anos nos segmentos premium<br />
e quality tem havido uma redução<br />
de vendas em jantes menores R13 e R14<br />
e aumento nas jantes iguais ou superiores<br />
a R17. A Lassa Tyre em Portugal tem<br />
acompanhado esta tendência, e a jante com<br />
maior crescimento no mercado Português<br />
da marca é mesmo a R17.<br />
A marca tem acor<strong>dos</strong> de equipamento original<br />
na Turquia com diversos fabricantes de<br />
automóveis, designadamente a Mercedes,<br />
Renault, Toyota, Ford, Hyundai e Honda,<br />
entre outros. De notar que a Lassa na Turquia<br />
é uma marca com grande notoriedade<br />
sendo vendida a preços semelhantes aos<br />
<strong>dos</strong> premium. O regulamento do mercado<br />
de pneus turco segue as normas europeias<br />
logo, todo o fabrico está preparado para o<br />
mercado europeu, onde a marca tenciona<br />
crescer bastante.<br />
Em Portugal, onde o mercado está focado<br />
nos pneus de verão, os modelos Greenways<br />
e Driveways são os mais populares.<br />
Nos últimos anos tem havido uma enorme<br />
pressão sobre os custos <strong>dos</strong> pneus em todas<br />
as marcas premium e quality. No final do<br />
ano passado, o fator mais relevante foi o<br />
aumento <strong>dos</strong> preços das matérias-primas<br />
que impactou o custo <strong>dos</strong> pneus.<br />
A crise pandémica que começou em 2020<br />
teve impacto claro na venda de pneus,<br />
mas também no fabrico, com to<strong>dos</strong> os<br />
fabricantes a reduzir a sua capacidade de<br />
produção. Os que reagiram mais rápido<br />
foram os chineses, também pelo facto da<br />
crise pandémica ter tido um impacto mais<br />
curto na China.<br />
Relativamente à marca Lassa, que é o produto<br />
bandeira da Pneurama, será feito o<br />
máximo esforço para que o aumento de<br />
preços seja o menor possível e será mantido<br />
um stock elevado<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Pneurama<br />
“Na Pneurama consideramos que para servirmos<br />
melhor os nossos clientes e parceiros<br />
devemos ter um stock forte. O nosso<br />
objetivo é ter sempre em stock equivalente<br />
a 6 meses de vendas. Durante este período<br />
pandémico esta nossa postura de valorização<br />
do stock foi importante e permitiu-nos<br />
servir o mercado no pico de vendas que<br />
houve em Agosto e Setembro”, afirma José<br />
Azevedo, gerente da Pneurama.<br />
TECNOLOGIA DE PONTA<br />
A fábrica da Brisa em KentSA na Turquia<br />
tem um centro de investigação & desenvolvimento<br />
equipado com tecnologia de<br />
ponta em ambos as divisões: design de<br />
piso e qualidade de produção. Na marca<br />
Lassa a tecnologia está em constante evolução<br />
e os modelos de última geração são<br />
o Driveways (Conforto; Touring), Driveways<br />
Sport (Desportivo) e Competus HP/2 (SUVs).<br />
Estes 3 modelos têm uma nova carcaça,<br />
um novo conceito de piso e um novo mix<br />
de compostos. A nova carcaça mais leve,<br />
a parede mais fina e o talão mais pequeno<br />
providenciam menor resistência ao rolamento<br />
sem comprometer a durabilidade<br />
e segurança do pneu. O desenho do piso<br />
inclui interconexão das ranhuras para melhor<br />
manuseamento em curva e travagens e<br />
diminuição do ruído. No mix do composto<br />
é usado a tecnologia Nano-Protech que faz<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Reportagem Empresa<br />
Vista aérea da fábrica da Brisa<br />
Pneurama<br />
Em 2019 a Pneurama teve<br />
o melhor ano de vendas de sempre<br />
e uma performance entre os melhores<br />
distribuidores da marca Lassa na<br />
Europa<br />
com que as moléculas estejam o máximo<br />
possível distantes entre si para que o composto<br />
fique mais suave e melhore as performances<br />
em piso seco e molhado. A menor<br />
fricção molecular trazida pela Nano-Protech<br />
torna o composto mais suave reduzindo o<br />
consumo de combustível e aumentando a<br />
durabilidade. To<strong>dos</strong> os modelos Lassa são<br />
fabrica<strong>dos</strong> para terem segurança, conforto<br />
e maior quilometragem.<br />
OBJETIVOS DE CRESCIMENTO<br />
BEM DEFINIDOS<br />
O ano 2020 foi negativo para todas as marcas<br />
de pneus por razões ligadas à pandemia<br />
e a consequente quebra circulação de viaturas<br />
na estrada. “Neste momento estamos<br />
a preparar-nos para voltar à normalidade<br />
assim que o confinamento acabar. Um fator<br />
decisivo é sempre a abertura das escolas.<br />
Quando voltarmos a ter um ano completo<br />
normal temos o objetivo de termos um volume<br />
de vendas superior a 2019, que foi o<br />
nosso melhor ano até ao momento”, afirma<br />
José Azevedo.<br />
O mercado Europeu é o mercado principal<br />
da Lassa Tyre, logo Portugal tem prioridade<br />
principal para a marca, cuja política<br />
de distribuição nacional é feita em regime<br />
de exclusividade pela Pneurama.<br />
Em termos gerais, existem dois fatores que<br />
estão a condicionar o mercado de pneus<br />
em Portugal. Neste momento a fraca mobilidade<br />
<strong>dos</strong> condutores devido ao confi-<br />
namento, e no futuro, um menor poder de<br />
compra pode traduzir-se em aumento da<br />
procura <strong>dos</strong> pneus budget em substituição<br />
de premium e quality.<br />
“Portugal tem tido um crescimento bastante<br />
moderado no que diz respeito à<br />
dimensão do mercado <strong>dos</strong> pneus, aliás<br />
em linha com a economia nacional. Este<br />
período de pandemia e consequente confinamento<br />
tiveram um impacto temporário,<br />
mas na nossa opinião voltaremos a valores<br />
de 2019 quando acabarem os processos de<br />
confinamento”, refere José Azevedo, que<br />
acrescenta: “A Pneurama tem uma política<br />
comercial que inclui exclusividade regional<br />
aos seus clientes. O nosso maior foco é reter<br />
os nossos clientes e melhorar as vendas<br />
<strong>dos</strong> nossos pneus. Especialmente na marca<br />
Lassa devido á enorme retenção que existe<br />
juntos do consumidor final. O objetivo a<br />
médio/longo prazo é tornar as marcas que<br />
representamos como referências no mercado<br />
português em cada segmento.” u<br />
Gama diversificada<br />
e abrangente<br />
A<br />
Pneurama tem como objetivo afirmar-se<br />
como o distribuidor nacional com as<br />
marcas de pneus com a melhor relação<br />
preço/qualidade para cada segmento, e com uma<br />
postura de enorme sentido de ética nos negócios,<br />
valorizando o seu legado de mais de 30 anos de<br />
experiência. A Lassa Tyre é a marca exclusiva de<br />
pneus turismo com maior valor, que embora não<br />
tendo a notoriedade das premium, tem qualidade<br />
equivalente. Estes da<strong>dos</strong> podem ser verifica<strong>dos</strong><br />
nos testes TUV referi<strong>dos</strong> no catálogo. A Pneurama<br />
tem uma política comercial muito própria e<br />
pretende que os clientes sejam seus parceiros<br />
negócio, fazendo da marca Lassa uma referência<br />
no mercado Português.<br />
A CST Tyre é a marca exclusiva da Pneurama<br />
para o segmento de 4x4. Este que é o 9º maior<br />
fabricante do mundo tem uma gama cada vez<br />
maior em A/T, M/T e mesmo pneus de<br />
competição de trial, os Land Dragon. O<br />
fabricante Chen Shin Tyre é também fabricante<br />
da marca Maxxis.<br />
A Saferich é a marca exclusiva da Pneurama<br />
para o segmento budget. Este fabricante da<br />
China usa a melhores práticas de fabrico<br />
Europeias e Japonesas e o pneu tem ganho uma<br />
reputação de confiança.<br />
A Emrald é a marca exclusiva da Pneurama para<br />
<strong>Pneus</strong> Maciços e Pneumáticos. É o maior<br />
exportador de pneus maciços da Índia. O pneu<br />
tem uma grande capacidade de aguentar muitas<br />
horas de trabalho e está preparado para vários<br />
tipos de utilização. Finalmente, tem uma gama<br />
bastante completa de câmaras de ar com mais<br />
de 70 referências.<br />
A Pneurama comercializa também todas as<br />
marcas premium tendo uma relação comercial<br />
privilegiada com a Cooper Tire (representada em<br />
Portugal pela Pneurama desde 1990) e<br />
Continental no segmento industrial.<br />
“Na Pneurama, seguimos com muito interesses<br />
toda a inovação tecnológica aplicada no<br />
desenho <strong>dos</strong> pisos, nas qualidades <strong>dos</strong><br />
compostos e nos processos de fabrico. Num<br />
mercado cada vez mais específico procuramos<br />
encontrar os pneus certos para as utilizações<br />
<strong>dos</strong> consumidores”, refere José Azevedo. u<br />
Pneurama<br />
Gerentes José Azevedo e Hugo Azevedo | Morada Rua Dr. Mota Pinto, 158; 4585-228 Gandra – Paredes | Telefone: 22 415 00 08<br />
Email geral@pneurama.pt | Site www.pneurama.pt<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
toyo_revista<strong>dos</strong>pneus_12-comfort.pdf 1 30/11/2020 15:43:15<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Mercado Empresa
Servipneus<br />
Temos aproveitado<br />
a pandemia para nos<br />
restruturarmos<br />
Com seis lojas espalhadas pela região sul – Boliqueime, Loulé, Faro, Olhão, Tavira<br />
e Portimão – a Servipneus é hoje a maior rede de retalho de pneus do Algarve,<br />
mas há muito que deixou de viver apenas desse negócio. Atualmente faz<br />
to<strong>dos</strong> os serviços de mecânica, tendo-se transformado numa empresa global<br />
e vocacionada para a mobilidade<br />
Já lá vão 43 anos desde que a porta<br />
da Servipneus se abriu pela primeira<br />
vez, em Boliqueime, corria<br />
o ano de 1977. A primeira oficina<br />
aberta pela empresa mantém-se de pedra<br />
e cal, ainda hoje no mesmo local, que demonstrou<br />
ser uma opção certa desde o<br />
primeiro minuto. Em plena estrada nacional<br />
125, onde o nó da A22 vem convergir,<br />
segundo Luís Rosa, diretor comercial e de<br />
marketing “não há melhor sítio para se estar”.<br />
A loja, que vai sofrer obras de beneficiação<br />
em breve e receber a nova imagem da<br />
Serrvipneus, foi o pontapé de saída para o<br />
crescimento de uma rede líder no Algarve.<br />
“Depois desta primeira loja, a empresa foi<br />
crescendo e abriu uma segunda oficina em<br />
Faro, no sítio do Besouro. Essa loja pertencia<br />
ao dono da Servipneus, Francisco Vidal, e<br />
fazia recauchutagem, passando depois a<br />
ser também Servipneus”, conta Luís Rosa.<br />
A partir daí, o crescimento e abertura de<br />
novas lojas foi gradual. “Nunca houve um<br />
plano estratégico. As oportunidades foram<br />
surgindo e a Servipneus foi abrindo lojas.<br />
A Olhão, seguiu-se Loulé, Portimão e por<br />
fim Tavira. Atualmente conta com seis lojas<br />
- Boliqueime, Loulé, Faro, Olhão, Tavira<br />
e Portimão”, ressalvou o diretor comercial<br />
e de marketing da empresa.<br />
Hoje, a Servipneus emprega um total de 33<br />
funcionários, em seis lojas muito distintas<br />
umas das outras. O responsável analisa o<br />
desempenho de cada uma de forma individual,<br />
distinguindo os diferentes merca<strong>dos</strong><br />
nas várias localidades onde se implementaram.<br />
Esclarece que não é um objetivo atual<br />
da empresa crescer em número de postos,<br />
mas sim “estabilizar e crescer em determinamos<br />
merca<strong>dos</strong> que estão consolida<strong>dos</strong>”. E<br />
deixa o exemplo de Portimão, “que é muito<br />
competitivo e onde acreditamos que conseguiremos<br />
encontrar mais quota de mercado.<br />
Em Loulé temos performances muito<br />
variáveis. Já em Faro estamos bastante bem<br />
consolida<strong>dos</strong>, temos a nossa capacidade de<br />
trabalho quase no limite e Tavira também<br />
tem vindo a correr bem”.<br />
Por conta da tão característica sazonalidade<br />
das vendas no Algarve, janeiro e fevereiro<br />
são, por norma, os meses mais fracos da<br />
Servipneus. Tudo agravado, agora, com a<br />
pandemia e com o confinamento que, já<br />
em 2020 fizeram estragos nas contas finais.<br />
Apesar de nunca ter fechado – “com assistência<br />
a empresas, pequenas frotas locais,<br />
viaturas do INEM, etc.” – a empresa fechou<br />
o ano com vendas inferiores às de 2019. A<br />
retoma, sublinha Luís Rosa, “foi boa” e junho<br />
foi mesmo “o melhor mês de sempre da história<br />
da empresa”, mas não foi suficiente para<br />
deixar saldo positivo face ao ano anterior.<br />
Para já, 2021 ainda não significou um virar<br />
de página, devido ao novo confinamento,<br />
que trouxe uma quebra de 29% na faturação,<br />
“especialmente na venda de pneus,<br />
não tanto nas manutenções e reparações<br />
mecânicas”. Quase um ano depois de termos<br />
entrado na chamada «nova realidade», Luís<br />
Rosa é cauteloso no que toca a perspetivas<br />
de futuro: “as minhas não são muito animadoras.<br />
Já estamos numa crise económica.<br />
O desemprego no Algarve está num nível<br />
altíssimo, as grandes cadeias hoteleiras estão<br />
fechadas desde o verão. Turismo, transfers<br />
e rent-a-cars representam uma boa fatia do<br />
parque automóvel circulante no Algarve e<br />
sem eles há muita gente no desemprego.<br />
Temos estado a aproveitar este tempo<br />
para nos restruturarmos, tanto nos pneus<br />
como na mecânica. Estamos a reformular<br />
a oferta para o que vem a seguir, porque<br />
só trabalhávamos peças premium e vamos<br />
começar a oferecer também uma gama mais<br />
económica, para fazer face a esta perda do<br />
poder de compra que já é uma realidade.<br />
Nos pneus, estamos a tentar reformular o<br />
nosso stock para não perder vendas de stock.<br />
É navegar à vista”, remata.<br />
SERVIÇOS DE MECÂNICA<br />
Os pneus sempre foram o «core business»<br />
da empresa a par das mudanças de óleo. Um<br />
negócio que se manteve inalterado até há<br />
cerca de dez anos, em que a Servipneus passou<br />
também a realizar os chama<strong>dos</strong> serviços<br />
entre pneus para ligeiros, 4x4, suv e agricultura, a<br />
servipneus tem mais de 300 mil euros em stock, tendo vendido<br />
9.239 pneus entre fevereiro e dezembro do ano passado<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Reportagem Empresa<br />
DIVULGAÇÃO VIRTUAL<br />
Sendo uma realidade que as novas tecnologias<br />
têm um peso cada vez maior nos negócios<br />
atuais, os serviços da empresa são,<br />
hoje em dia, divulga<strong>dos</strong> pelo site, que será<br />
reformulado em breve, e pela loja online.<br />
Luís Rosa admite que as vendas na página<br />
da Servipneus “são ainda muito diminutas”,<br />
o site é “um ponto em que o cliente toma<br />
contacto com o nosso nível de preços.<br />
Depois, ou telefona, ou passa na loja e há<br />
muitas vendas que são canalizadas diretamente<br />
para a loja”. A Servipneus também<br />
está presente no Facebook, onde “temos<br />
uma interatividade muito boa e com bons<br />
resulta<strong>dos</strong>”.<br />
Todas estas estratégias substituíram os antigos<br />
méto<strong>dos</strong> de publicidade, como flyers e<br />
outdoors que eram muito mais dispendiosos<br />
e que não atingiam tão satisfatoriamente os<br />
objetivos pretendi<strong>dos</strong>. O cartão de fidelização<br />
físico deixou de existir, no entanto, a<br />
empresa continua a garantir os descontos<br />
e o acompanhamento em proximidade do<br />
cliente de forma «virtual», com um software<br />
de gestão oficinal e uma base de da<strong>dos</strong> comhoje<br />
a servipneus emprega um total de 33 funcionários, em<br />
seis lojas muito distintas umas das outras. Não é objetivo da<br />
empresa crescer em número de postos, mas sim estabilizar e<br />
crescer em determina<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> que estão consolida<strong>dos</strong><br />
rápi<strong>dos</strong>, pastilhas, rótulas e por aí fora. Desde<br />
que entrou na empresa, há oito anos, Luís<br />
Rosa tem “visto sempre crescimento, ano<br />
após ano”. Com as ferramentas nas mãos,<br />
e com a aposta na contratação de pessoal<br />
qualificado, avançar para a mecânica completa<br />
era o passo lógico, “claro que comprámos<br />
novas ferramentas, mais elevadores e<br />
apostámos na formação”, explica o diretor<br />
comercial. Atualmente, só não trabalham<br />
chapa e pintura, mas se for preciso subcontratam.<br />
O grande objetivo é ser uma oficina<br />
onde o cliente deixa a viatura e resolve todas<br />
as necessidades da mesma, sem se deslocar<br />
a outras oficinas. No âmbito da mecânica<br />
fazem “tudo! Reparações de motores, reparações<br />
de caixas, carroçamentos” e até<br />
serviços mais específicos, “como rever os<br />
sistemas de oxigénio das ambulâncias, por<br />
exemplo”, conclui Luís Rosa.<br />
Transversal ao setor, é também um problema<br />
da Servipneus a grande dificuldade em arranjar<br />
bons técnicos, mão de obra com ou<br />
sem qualificação. “Para os pneus ainda se<br />
consegue, mesmo sem experiência, mas<br />
para a área da mecânica é dificílimo. Temos<br />
dado formação, criámos uma sala no nosso<br />
centro em Loulé, que devia estar a funcionar<br />
melhor do que está, mas com a pandemia<br />
não é possível”. Assim, “o nosso recrutamento<br />
tem sido essencialmente procurar os bons<br />
técnicos e tentar convencê-los a vir trabalhar<br />
connosco. Não temos outra alternativa”,<br />
queixa-se Luís Rosa.<br />
Trabalham com todas as marcas sob encomenda,<br />
mas só fazem stock daquelas que<br />
realmente vendem. Estrategicamente,<br />
deixaram de apostar no segmento «quality»,<br />
tendo decidido fixar-se nas marcas<br />
«budget» como a Rotalla, complementada<br />
nas falhas pela Nankang. Nas «premium»,<br />
a Hankook lidera as vendas na Servipneus,<br />
sendo complementada com a Goodyear e,<br />
mais recentemente, com a Bridgestone. Se<br />
o cliente quiser outra marca, em 24 horas<br />
tem o pedido satisfeito. O grande fornecedor<br />
de pneus da Servipneus é a Dispnal,<br />
empresa com a qual tem uma relação de<br />
longa data, que já vai muito para além da<br />
parceria comercial. Para além da Dispnal, a<br />
Aguesport e a Tirso <strong>Pneus</strong> são os outros dois<br />
fornecedores da empresa algarvia.<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Servipneus<br />
pleta que permite promoções direcionadas<br />
individualizadamente para cada um.<br />
Outro serviço que diferencia a Servipneus<br />
são as carrinhas de serviço móvel, que<br />
já existem desde a origem da empresa.<br />
Atualmente, são três as viaturas em pleno<br />
funcionamento, sendo que uma delas está<br />
equipada com máquina de montagem e<br />
desmontagem de pneus e, por isso, mais<br />
vocacionada para pneus de ligeiros. As<br />
outras duas estão mais viradas para os<br />
tratores agrícolas, o foco essencial destes<br />
veículos.<br />
Apesar de ter encontrado nos tratores agrí-<br />
colas um nicho que importa manter, desde<br />
a crise de 2008 (e os consequentes créditos<br />
malpara<strong>dos</strong>) a Servipneus tem optado por<br />
trabalhar apenas veículos pesa<strong>dos</strong> de alguns<br />
clientes chave.<br />
MUDANÇA DE PARADIGMA<br />
À <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o responsável revela que<br />
as duas medidas mais vendidas são a 205/55<br />
R16, com uma boa fatia de pneus «budget» e<br />
195/65 R15, aqui com uma enorme tranche<br />
em «premium». Duas medidas que devem<br />
representar praticamente 30% das vendas de<br />
2020: “Isto só não evolui mais rapidamente<br />
porque a idade do nosso parque automóvel<br />
tem vindo a aumentar, todavia presumo que<br />
se vá alterar a breve trecho, até porque os<br />
carros elétricos já trazem rodas grandes, e<br />
não aquelas mais finas que os equipavam<br />
logo no início”, frisou Luís Rosa.<br />
Os pneus semi-novos há muito que deixaram<br />
de fazer parte do «menu» da empresa,<br />
uma vez que “não compensam, face à<br />
oferta budget que temos”. Como referiu<br />
inicialmente, o diretor comercial destaca<br />
as diferenças entre as diferentes lojas:<br />
“Por exemplo, temos um ponto de venda<br />
que é muito forte em budget, mas se nos<br />
deslocarmos 20 km para o lado, em Tavira,<br />
é um ponto de venda em que o budget<br />
representa pouco e a marca Hankook representa<br />
bastante. Faro, por exemplo, anda<br />
nos 50/50. Não nos interessa muito o cliente<br />
que quer o pneu mais barato, porque assim<br />
é impossível estabilizar uma marca com qualidade.<br />
Sim, temos uma fatia importante de<br />
budget, mas maioritariamente os nossos<br />
clientes não são budget. Até são premium”,<br />
concluiu. Quanto aos recauchuta<strong>dos</strong>, Luís<br />
Rosa acredita que num futuro não muito<br />
longínquo deixarão de ser residuais e têm<br />
tudo para somar pontos perante os consumidores,<br />
em todas as gamas e segmentos,<br />
por todas as vantagens acrescidas.<br />
Se, até há 3 ou 4 anos, as compras eram centralizadas<br />
na loja de Faro, agora cada oficina<br />
funciona como um centro independente<br />
responsável pelo seu stock. Entre pneus para<br />
ligeiros, 4x4, SUV e agricultura, a Servipneus<br />
tem perto de 300 mil euros em stock, tendo<br />
vendido, entre fevereiro a dezembro do ano<br />
passado 9.239 pneus.<br />
No que diz respeito a ligações a redes de<br />
oficinas, apenas a loja de Portimão faz parte<br />
da Confortauto. Há dois anos que serve de<br />
teste ao conceito e será, daqui em diante,<br />
preciso ponderar se valerá ou não a pena<br />
ter uma loja afeta a uma rede oficinal e as<br />
outras lojas não. Luís Rosa considera que<br />
“os retalhistas de pneus não se têm sabido<br />
agrupar tão facilmente como na mecânica.<br />
Tínhamos muito a ganhar, to<strong>dos</strong>, se estivéssemos<br />
em rede”, comenta, acrescentando<br />
que “um cliente daqui pode reparar um<br />
pneu no Porto ao abrigo do seguro, uma<br />
espécie de negociação coletiva. Já se têm<br />
dado passos importantes nesse sentido. Já<br />
tenho visto situações muito positivas, mas há<br />
muito a fazer. Já fomos aborda<strong>dos</strong> por outras<br />
redes e até é recorrente. No Algarve temos<br />
alguma importância, mas a nível nacional<br />
somos pequenos”. u<br />
Comércio de pneus em Portugal<br />
O futuro das oficinas de<br />
pneus é o associativismo<br />
Sobre o estado atual do comércio de<br />
pneus em Portugal, Luís Rosa<br />
carateriza-o como um mercado maduro,<br />
com diversas empresas pequenas e familiares,<br />
à semelhança da Servipneus. Sendo uma<br />
empresa familiar, significa que o dono da<br />
empresa e os quadros de gestão estão<br />
envolvi<strong>dos</strong> no dia-a-dia da mesma, “na<br />
montagem <strong>dos</strong> pneus, à procura do pneu que<br />
não se encontra” e acaba por faltar tempo<br />
para pensar o negócio. Temos muito por onde<br />
crescer, quer seja na organização interna das<br />
empresas, quer seja na aposta das novas<br />
tecnologias, isso é transversal ao setor<br />
automóvel. Estamos a anos luz atrás daquilo<br />
que se pode fazer. E o associativismo pode<br />
desempenhar um papel importante, por<br />
exemplo, na formação <strong>dos</strong> gestores destas<br />
empresas para as ter melhor preparadas.<br />
Outra lacuna apontada é a falta de formação<br />
de quem trabalha os pneus. “As marcas já<br />
começam a ter formação de produto, mas há<br />
muita gente a trabalhar pneus que nunca teve<br />
uma formação. Há muita gente a equilibrar rodas<br />
que nunca teve uma formação de montagem.<br />
E essa oferta formativa é importante. O<br />
associativismo sério e responsável iria permitirnos<br />
negociações coletivas”, defende.<br />
E será que existe uma solução para resolver<br />
a redução das margens? No entender de Luís<br />
Rosa passa sempre pela mecânica: “O cliente<br />
vem trocar os pneus e nós identificamos deficiências<br />
mecânicas. Este acompanhamento<br />
do cliente acaba por ser muito importante para<br />
conseguir compensar o decréscimo das margens,<br />
faturando serviços”, explica. “É preciso<br />
valorizar os serviços e competências que temos.<br />
É possível ganhar mais no serviço do que<br />
no pneu”, pelo que o futuro da oficina de pneus<br />
passa, na sua opinião, pela diferenciação, até<br />
porque cada vez mais as pessoas compram<br />
pneus online e aparecem na loja só para montar,<br />
“mas depois gostam do serviço e na vez<br />
seguinte já vêm cá comprar. É preciso estar<br />
preparado para tudo”. u<br />
Servipneus<br />
Director Comercial e Marketing Luís Rosa | Morada Zona Industrial de Olhão, Lote 64; 8700-281 Olhão<br />
Telefone 289 816 271 | Email luisrosa@servipneus.pt | Site www.servipneus.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
Full Tyre<br />
SEMPRE A CRESCER<br />
COM A MARCA FALKEN<br />
A Full Tyre foi fundada em 2014, e desde o início que mantém<br />
uma parceria com a AB Tyres para a comercialização <strong>dos</strong> pneus Falken.<br />
Paulo Carvalho, gerente, faz um balanço muito positivo desta relação<br />
comercial já com sete anos de sucesso<br />
Paulo Carvalho entrou no mundo<br />
<strong>dos</strong> pneus ainda novo e fez desta<br />
profissão o seu modo de vida,<br />
primeiro como funcionário num<br />
retalhista de pneus e mais recentemente<br />
como proprietário e gerente da sua própria<br />
casa de pneus.<br />
Com cerca de 250 m 2 de área, a Full Tyre<br />
conta com 3 colaboradores e dispõe de<br />
um stock ajustado à necessidade do dia a<br />
dia. Possui equipamentos de topo adquiri<strong>dos</strong><br />
recentemente, onde se inclui uma<br />
máquina de alinhar direções, equilibradora<br />
de rodas e máquinas de montar e desmontar<br />
pneus para ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, tudo da<br />
marca Corghi.<br />
Paulo Carvalho não pretende diversificar<br />
a atividade para outras áreas, nomeadamente<br />
a mecânica, porque considera mais<br />
importante ser reconhecido como um verdadeiro<br />
especialista em pneus. “Ao longo<br />
da minha carreira profissional, acumulei<br />
muitos conhecimentos sobre pneus, quer<br />
a nível técnico, quer comercial, e penso<br />
que ainda posso evoluir mais nesta área,<br />
nomeadamente no segmento <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong><br />
e também com a oferta de um serviço<br />
móvel de montagem e manutenção de<br />
pneus. Vou por isso continuar a apostar<br />
num serviço cem por cento dedicado aos<br />
pneus”, refere.<br />
A Falken é a marca de eleição desde que<br />
abriu a oficina, já lá vão sete anos. Tem<br />
um vasto stock da marca, com praticamente<br />
todas as medidas mais pedidas<br />
pelos clientes. “Prefiro investir num bom<br />
stock de pneus, para conseguir ter sempre<br />
o produto disponível na altura que o<br />
cliente pede. Principalmente porque temos<br />
a oficina aberta aos sába<strong>dos</strong>, e como nesse<br />
dia as transportadoras não fazem entregas,<br />
tenho de ter pneus disponíveis em stock<br />
para satisfazer as necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />
que nos visitam”, refere Paulo Carvalho.<br />
Apesar da situação da pandemia, a Full<br />
Tyre mantém a atividade, cumprindo as<br />
regras sanitárias de distanciamento físico e<br />
uso de máscara. A atividade desenvolve-se<br />
com normalidade e mesmo em período<br />
de confinamento, todo os dias são abertas<br />
várias folhas de obra e monta<strong>dos</strong> pneus. Os<br />
segmentos mais vendi<strong>dos</strong> são pneus para<br />
jantes de 15 a 17 polegadas, enquanto os<br />
pneus para jantes pequenas já pouco se<br />
vendem.<br />
Na zona onde a Full Tyre se encontra, o<br />
cliente continua a dar muita importância ao<br />
preço, conforme refere Paulo Carvalho: “Na<br />
nossa zona, por causa da crise que estamos<br />
a passar devido à pandemia, os clientes<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Publireportagem<br />
FULL TYRE / AB TYRES<br />
PARCERIA<br />
DE SUCESSO<br />
FULL TYRE<br />
Gerente Paulo Carvalho<br />
Morada Zona Industrial de Penela,<br />
Lote 2 3230-347 Penela<br />
Telefone 967 950 324<br />
Email comercial.fulltyre@gmail.com<br />
A AB Tyres faz parte da vida da Full Tyre desde<br />
o início da atividade da empresa. Foi no início<br />
de 2014, quando Paulo Carvalho decidiu abrir<br />
a empresa, que contactou a AB Tyres para ser<br />
fornecedor da oficina e logo se proporcionou<br />
ficar como Parceiro Falken.<br />
“Tenho contado com o apoio da AB Tyres<br />
desde o início da atividade. Sempre me<br />
apoiaram em tudo o que precisei e a<br />
possibilidade de trabalhar com a marca Falken<br />
é uma grande vantagem para a oficina”, refere<br />
Paulo Carvalho, que acrescenta “Comecei a<br />
vender só pneus Falken para ligeiros, mas<br />
atualmente também comercializo a marca<br />
para pesa<strong>dos</strong> e tem corrido muito bem.”<br />
Para este responsável “Os clientes que<br />
compram pneus Falken valorizam o seu<br />
desempenho e segurança, e por isso voltam a<br />
adquirir a marca quando precisam de trocar<br />
pneus. São os melhores embaixadores da<br />
marca no mercado, pois recomendam-na<br />
aos seus amigos e familiares. Tenho pessoas<br />
fora do concelho a virem montar pneus<br />
Falken à Full Tyre, porque sabem que somos<br />
representantes e garantimos um bom serviço.”<br />
Sobre as características <strong>dos</strong> pneus Falken,<br />
Paulo Carvalho refere que “O produto está<br />
melhor do que nunca e tem havido uma<br />
grande evolução nos pisos. São pneus com<br />
uma excelente relação qualidade/preço. Não<br />
tenho quaisquer reclamações e quando surge<br />
alguma questão, a AB Tyres está sempre<br />
disponível para esclarecer e apoiar.”<br />
procuram pneus mais económicos e até<br />
usa<strong>dos</strong>, mas eu não vendo pneus usa<strong>dos</strong> e<br />
explico os perigos da sua utilização. Aconselho<br />
sempre a melhor opção dentro das<br />
possibilidades do cliente, mas sempre<br />
salvaguardando a qualidade <strong>dos</strong> pneus.”<br />
Paulo Carvalho faz sempre questão de explicar<br />
as características do produto que está<br />
a vender, e também considera importante<br />
conversar com o cliente para conhecer melhor<br />
as suas necessidades. “O modo honesto<br />
e aberto com que me relaciono com os<br />
clientes faz parte da minha maneira de ser.<br />
São eles que divulgam a minha oficina aos<br />
amigos e familiares que se tornam também<br />
clientes da Full Tyre.”<br />
Mari Lúcia, sócia gerente e esposa, reforça<br />
o bom ambiente que se vive na oficina: “O<br />
Paulo proporciona um ambiente familiar<br />
que é muito valorizado pelos clientes. Ele<br />
dedica muito do seu tempo à oficina que<br />
é o seu projeto de vida, que abraçou com<br />
muito carinho e dedicação, e consegue<br />
transmitir o seu entusiasmo aos clientes. As<br />
pessoas gostam de ser bem aconselhadas<br />
e ouvir uma palavra honesta e sincera. O<br />
Paulo transmite essa confiança e os clientes<br />
ficam satisfeitos”.<br />
PAIXÃO PELA MOTOS<br />
Paulo Carvalho é também um grande entusiasta<br />
das motos todo-o-terreno, correndo<br />
atualmente no campeonato nacional de<br />
Enduro. “As motos são uma paixão e fazem<br />
parte da minha vida. Tenho as minhas<br />
motos de competição e também preparo<br />
motos para outos pilotos. É uma atividade<br />
paralela aos pneus que me dá muito prazer<br />
e possibilita momentos de convívio e confraternização<br />
inesquecíveis”, refere.<br />
Quando a oficina foi remodelada com a<br />
imagem da marca japonesa Falken, Paulo<br />
Carvalho aproveitou para colocar na fachada<br />
algumas fotos suas a pilotar motos,<br />
identificando assim a vertente do serviço da<br />
oficina dedicado às motos de competição.<br />
Face ao problema que estamos a passar,<br />
com a pandemia e crise económica instaladas,<br />
Paulo Carvalho prefere não fazer<br />
prognósticos relativamente às vendas para<br />
este ano. “O início do ano tem sido atípico,<br />
com um mês de janeiro mais fraco que o<br />
habitual, mas o mês de fevereiro bastante<br />
melhor, por isso não consigo fazer previsões<br />
de vendas. Vamos ter de trabalhar mês a<br />
mês. Vou continuar a apostar na consolidação<br />
do negócio, sempre na área <strong>dos</strong> pneus.<br />
Tenho os pés bem assentes no chão e sei<br />
que os próximos tempos são de contenção<br />
e cautela”, conclui u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53
Mercado Atualidade<br />
Testes de<br />
última geração<br />
O novo centro de testes da Nokian Tyres em Espanha permite que pneus de verão,<br />
inverno e quatro estações sejam testa<strong>dos</strong> ao longo de todo o ano. O investimento de<br />
60 milhões de euros é um reflexo claro do compromisso da empresa com a inovação<br />
Após três anos desde o lançamento<br />
da primeira pedra,<br />
este novo centro de testes,<br />
construído ao longo de 300<br />
hectares, conta com uma pista oval de<br />
7,2 quilómetros de comprimento, o que<br />
permite que sejam feitos testes a pneus de<br />
verão, inverno e quatro estações, muitos<br />
deles de alta velocidade. Possui ainda pistas<br />
menores para estudar o comportamento<br />
<strong>dos</strong> pneus em termos de aquaplaning,<br />
travagem e manobrabilidade em piso<br />
molhado, bem como desenvolver as propriedades<br />
de segurança de cada produto<br />
ao longo do ano. As pistas também serão<br />
usadas para a realização de testes de homologação<br />
de pneus, como testes de ruído.<br />
As novas instalações aumentam a compe-<br />
titividade, permitindo o teste de produtos<br />
de qualidade premium, especialmente projeta<strong>dos</strong><br />
para os merca<strong>dos</strong> em crescimento<br />
da Europa Central e <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong><br />
ao longo do ano. Além do centro de testes,<br />
as instalações também abrigam uma<br />
área para visitantes, onde serão realiza<strong>dos</strong><br />
lançamentos de novos produtos e treinos<br />
internos e externos.<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Nokian Tyres inaugura novo centro testes em Espanha<br />
Segundo Daniel Rodríguez, diretor do<br />
centro de testes da Nokian Tyres Espanha<br />
“O investimento no novo centro de<br />
testes está totalmente alinhado com os<br />
objetivos que tínhamos a longo prazo de<br />
desenvolvimento de novos produtos que<br />
irão promover o nosso crescimento nos<br />
merca<strong>dos</strong> europeus. É um verdadeiro marco<br />
para nós. Este investimento em testes é o<br />
maior de to<strong>dos</strong> os tempos na história da<br />
empresa”, afirma.<br />
MARCO FUNDAMENTAL<br />
A Nokian Tyres contou com a colaboração<br />
das autoridades locais para a construção<br />
das novas instalações. O ato simbólico de<br />
lançar a primeira pedra ocorreu em maio<br />
de 2018. O local de 300 hectares com 10<br />
pistas está localizado em Santa Cruz de la<br />
Zarza, uma pequena cidade em Toledo a<br />
uma hora de carro de Madrid. Este centro de<br />
testes representa um marco fundamental<br />
não só para a empresa mas também para<br />
o setor em geral, pois contribui para concentrar<br />
um maior nível de infraestruturas<br />
e recursos em Espanha.<br />
O foco principal da Nokian Tyres são os<br />
pneus de verão e quatro estações de alto<br />
desempenho. Outra área de interesse para<br />
o centro de testes é desenvolver as propriedades<br />
de segurança de cada produto ao<br />
longo do ano. A pista oval de 7 quilómetros<br />
com curvas inclinadas, na qual os pneus<br />
podem ser testa<strong>dos</strong> a uma velocidade de<br />
300 km/h ou mais, é sem dúvida a parte<br />
mais impressionante do centro de testes<br />
da Nokian Tyres Espanha.<br />
Além do centro de testes, as instalações<br />
também abrigam uma área para visitantes,<br />
onde serão realiza<strong>dos</strong> lançamentos<br />
de novos produtos e formações internas<br />
e externas. Para celebrar a herança nórdica,<br />
a empresa construiu uma típica sauna de<br />
madeira tradicional finlandesa.<br />
O novo centro de testes será o terceiro da<br />
Nokian Tyres no mundo e complementa a<br />
atual rede de testes de pneus da empresa,<br />
que consiste num local de 700 hectares<br />
em Ivalo, Finlândia, e outro próximo à sede<br />
finlandesa, em Nokia. u<br />
Explorando novas<br />
matérias-primas verdes<br />
A<br />
Nokian Tyres investiga o uso da planta de<br />
guayule como possível matéria-prima<br />
para pneus. Atualmente, está a ser<br />
plantada e estudada em conjunto com<br />
universidades e parceiros locais como uma<br />
possível fonte de borracha natural de alta<br />
qualidade. A plantação é administrada por<br />
agricultores locais. “Guayule é um tipo de<br />
planta que produz látex natural. Pode ser<br />
extraído para produzir alguns <strong>dos</strong> compostos<br />
necessários aos pneus. Estamos estudando a<br />
adaptabilidade desta planta ao clima do centro<br />
da Espanha para podermos cultivá-la em larga<br />
escala. Os resulta<strong>dos</strong> até agora são muito<br />
promissores”, explica Daniel Rodríguez.<br />
A empresa também preservou 25 hectares de<br />
terras para a proteção da fauna. Isso inclui a<br />
construção de uma casa de nidificação para<br />
gaviões e corujas e a construção de fontes de<br />
água para as aves, que serão estudadas nos<br />
próximos 3 anos. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55
Mercado Notícias<br />
Empresas<br />
Hankook termina 2020<br />
com vendas globais de 4,794 bilhões €<br />
O<br />
fabricante de pneus Hankook anunciou os seus resulta<strong>dos</strong> financeiros face a<br />
2020 e relata vendas globais de KRW 6,454 bilhões (€ 4,794 bilhões) com um<br />
lucro operacional de KRW <strong>62</strong>8 bilhões (€ 466 milhões). Apesar da pandemia<br />
COVID-19, a Hankook melhorou o desempenho do seu lucro operacional global, aumentando<br />
15,5% ano a ano. Houve um crescimento qualitativo adicional com vendas<br />
de pneus iguais ou superiores a 18 polegadas, que aumentaram três pontos percentuais<br />
e representaram cerca de 35% das vendas totais. Europa, América do Norte e<br />
China foram as regiões que mais contribuíram para o aumento das vendas no segundo<br />
semestre. Além disso, a Hankook Tire expandiu as suas parcerias com fabricantes de<br />
automóveis premium e já se tornou numa pioneira no mercado de pneus eletrónicos<br />
para veículos. A importância <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> financeiros de Hankook em 2020 é especialmente<br />
notável tendo em consideração a pandemia global e o seu impacto económico.<br />
Mesmo durante o primeiro semestre de 2020, quando se esperava que o desempenho<br />
<strong>dos</strong> negócios sofresse significativamente devido à queda acentuada na compra<br />
global de pneus, a Hankook conseguiu registar um aumento operacional graças aos<br />
esforços conjuntos da empresa.<br />
Sumitomo Rubber Industries abre<br />
novo centro de testes<br />
A empresa que controla a Falken Tire, Sumitomo<br />
Rubber Industries Ltd. (SRI), abriu um novo centro<br />
de testes nas suas instalações de desenvolvimento<br />
de pneus de inverno, Nayoro Tire Proving Ground,<br />
em Hokkaido, no Japão. Com aproximadamente<br />
3.000 m2, o Nayoro Indoor ICE Field (NICE) é uma<br />
das maiores instalações de teste de pneus de gelo<br />
interno no Japão. Possui pista de travagem de 100<br />
metros, além de pista de 30x30 m para testes de<br />
manuseabilidade. Este novo centro permite testes<br />
de alta precisão no gelo, independentemente das<br />
condições climáticas, permitindo que a Falken e as<br />
outras marcas da SRI melhorem o desempenho e<br />
acelerem o processo de desenvolvimento <strong>dos</strong> seus<br />
pneus de inverno. “A adição do NICE ao centro de<br />
testes de pneus de Nayoro ajudará a melhorar o<br />
desempenho e a competitividade da oferta de<br />
pneus de inverno da Falken”, disse Markus Bögner,<br />
presidente e COO da Falken Tire Europe GmbH. “A<br />
SRI tem algumas das instalações de teste mais rigorosas<br />
do mundo e esta nova pista de teste de<br />
gelo coberta permitirá o desenvolvimento contínuo<br />
<strong>dos</strong> pneus de inverno ao longo do ano”, acrescentou<br />
Markus.<br />
Prémios “Trator do Ano 2020” atribuí<strong>dos</strong><br />
Graças à parceria com o TOTY (Tractor of the Year), a BKT olha para o futuro<br />
da mecanização agrícola através da perspetiva privilegiada do seu<br />
apoio ao galardão para os melhores tratores europeus. No dia 18 de dezembro<br />
de 2020 foram atribuí<strong>dos</strong> os galardões para os vencedores do<br />
Trator do Ano (TOTY) 2020, com a BKT como principal patrocinador. Os<br />
vencedores por categoria são: Tractor of the Year MASSEY FERGUSON<br />
com o modelo MASSEY FERGUSON 8 S.265; Best Utility VALTRA com o<br />
modelo VALTRA G 135; Best of Specialized FENDT com o modelo FENDT<br />
211 V VARIO; Sustainable TOTY CLAAS com o modelo CLAAS AXION 960<br />
CEMOS. Um júri de 26 especialistas estudou as melhores tecnologias e<br />
soluções propostas pelos mais importantes fabricantes do mercado para<br />
atribuir o prémio Tractor of the Year (TotY) ao melhor trator europeu do<br />
ano. A parceria entre este prestigioso galardão e a BKT surge com o intuito<br />
de disseminar os conhecimentos e know-how sobre mecanização agrícola.<br />
Com a atribuição oficial do prémio, o trator do futuro ganha uma<br />
identidade própria. No seu primeiro ano como principal patrocinador, a<br />
BKT desejava contribuir para o sucesso da iniciativa ao centra-se na participação<br />
das pessoas através de diversas eventos online.<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Vipal amplia parceria com Vaculug<br />
A Vipal Borrachas tem muito orgulho das parcerias<br />
sólidas que construiu ao longo <strong>dos</strong> anos. Entre elas,<br />
está a aliança formada com a inglesa Vaculug, empresa<br />
situada na cidade de Grantham e que se destaca<br />
como a maior recauchutadora de pneus independente<br />
do mercado europeu. Já são 12 anos de uma relação<br />
comercial de muito sucesso entre as duas companhias<br />
e que se amplia ainda mais este ano com uma<br />
novidade. Dois camiões da frota da Vaculug passaram<br />
a levar pelas estradas britânicas o logo da Vipal Borrachas<br />
com bastante destaque nas suas carroçarias.<br />
A identificação <strong>dos</strong> camiões levará o nome da Vipal a<br />
diversos pontos do Reino Unido, demonstrando toda<br />
a confiança da empresa nos produtos e serviços da<br />
marca e evidenciando a forte parceria entre as duas<br />
companhias. A empresa britânica é um <strong>dos</strong> principais<br />
clientes europeus com relação ao volume de utilização<br />
de compostos de borracha e bandas de rodagem<br />
pré-moldadas da marca Vipal para a recauchutagem<br />
de pneus. Além disso, são proprietários da Grumac,<br />
braço da Vaculug que distribui com exclusividade os<br />
produtos Vipal para todo o Reino Unido.<br />
Salão THE TIRE COLOGNE 2021 cancelado<br />
A edição do salão de pneus THE TIRE COLOGNE 2021 foi cancelado devido aos<br />
ainda grandes desafios envolvi<strong>dos</strong> na realização de eventos de feiras de negócios<br />
e as restrições de viagens como consequência da pandemia corona. O salão<br />
volta a acontecer em maio de 2022. A organização acompanhou intensamente<br />
o desenvolvimento da pandemia e as medidas políticas atuais e, em particular,<br />
analisou as consequências potenciais para os participantes. Infelizmente, não<br />
houve uma melhoria significativa da situação na Alemanha, na Europa e em todo<br />
o mundo, como se esperava. Como consequência da situação atual, a edição extra<br />
de THE TIRE COLOGNE de maio será cancelada e voltará ao ritmo uniforme e<br />
cíclico, focando agora a atenção no evento do próximo ano, a fim de posicionar<br />
novamente a THE TIRE COLOGNE como a feira comercial líder global da indústria<br />
e pneus. O Salão manter-se-á no seu ritmo habitual, pelo que o evento terá sempre<br />
lugar nos anos pares de Maio / Junho em Colónia. Esta data do início do verão<br />
está firmemente ancorada na indústria internacional de pneus há décadas, em<br />
estreita coordenação com as necessidades da indústria, e também foi adotada<br />
com a mudança para Colónia em 2018 por desejo expresso da indústria.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Notícias<br />
Empresas<br />
Goodyear celebra 70º aniversário<br />
fabrico 1º pneu na Europa<br />
Em 1948, a Goodyear decidiu abrir um centro de produção<br />
no continente europeu, para estar mais próxima<br />
deste mercado com grande potencial de crescimento. A<br />
marca escolheu o Luxemburgo como melhor localização,<br />
devido à sua estabilidade política e social, à geografia favorável,<br />
à estabilidade da moeda e à disponibilidade de<br />
mão de obra. A empresa “Goodyear S.A.” foi registada em<br />
Colmar-Berg a 27 de julho de 1949, e foi a 31 de janeiro<br />
de 1951 que o primeiro pneu Goodyear saiu da linha de<br />
produção. “No início da produção, em 1951, a nossa fábrica<br />
era a 35ª da Goodyear no mundo, e a primeira na<br />
Europa continental. Empregávamos 330 pessoas locais, e<br />
produzíamos cerca de 500 pneu por dia,” refere Josy Blum,<br />
diretor de produção. “Os investimentos permanentes<br />
permitiram-nos aumentar significativamente a nossa capacidade<br />
desde o início, e o resultado são os mais de 125<br />
milhões de pneus que ali foram fabrica<strong>dos</strong> nos últimos 70<br />
anos”. A empresa também ampliou significativamente as<br />
suas operações gerais no Luxemburgo, com, por exemplo,<br />
o Centro de Inovação da Goodyear, criado em 1957, a<br />
fábrica de moldes e o circuito de testes, em 1970, o centro<br />
europeu de planificação, em 1997, e uma nova fábrica de<br />
pneus automatizada, em Dudelange, que está previsto<br />
seja inaugurada em 2021.<br />
ACM desenvolve programa de gestores para Tiresur<br />
Num mercado extremamente competitivo e em profunda transformação, a<br />
Tiresur Portugal desafiou a ACM para o desenvolvimento de um Programa<br />
de Capacitação de Gestores Center´s Auto. O desenho deste programa foi<br />
iniciado em 2020 com visitas aos associa<strong>dos</strong> nas suas empresas (continente<br />
e ilhas), para aferir das suas dificuldades como empresários e das suas expectativas<br />
como associa<strong>dos</strong> Center´s Auto. Apesar do momento de grande incerteza<br />
que vivemos, mas também, por tal, a Tiresur decidiu dar continuidade a<br />
este Programa em 2021, estando agendado o próximo módulo de Gestão de<br />
Recursos Humanos para abril. Estão ainda previstos mais 3 módulos que terão<br />
lugar em maio, junho e setembro. “Na ACM gostamos de assumir desafios<br />
e este que a Tiresur nos lançou é efetivamente muito estimulante, porque<br />
estamos em presença de empresas que na maioria <strong>dos</strong> casos tem o mesmo<br />
modelo de negócio e gestão faz muitos anos e, procuram desenvolver mais<br />
e melhor a sua atividade. Encontrámos pessoas fantásticas nos módulos que<br />
ministrámos e, só nos orgulha poder estar ao lado de quem quer mais, mas<br />
que também tem muito para partilhar com as suas experiências regionais e<br />
de vida”., afirmou Dário Afonso, Managing Director da ACM.<br />
MINUTO VERDE VALORPNEU<br />
Publireportagem<br />
PRODUTORES ADERENTES À VALORPNEU MAIS CUMPRIDORES<br />
E<br />
m 2020, a Valorpneu registou um aumento<br />
da adesão <strong>dos</strong> produtores ao<br />
Sistema Integrado de Gestão de<br />
<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU). Em termos líqui<strong>dos</strong> (entre<br />
novas adesões e contratos termina<strong>dos</strong>)<br />
este aumento resultou em mais 127 produtores<br />
aderentes, totalizando os 1.972 produtores.<br />
Simultaneamente, e apesar de todas as<br />
situações adversas provocadas pela pandemia<br />
Covid-19 e todas as suas consequências económicas<br />
e sociais, a Valorpneu constatou que<br />
os produtores que fazem parte da sua rede<br />
estão também mais cumpridores das suas<br />
obrigações, nomeadamente no que diz respeito<br />
à entrega das declarações de colocação de<br />
pneus no mercado nacional e ao nível de pagamentos<br />
do ecovalor, verificando-se um<br />
acréscimo <strong>dos</strong> aderentes que têm em dia as<br />
suas obrigações, passando de 57% em 2019<br />
para 59% em 2020. De acordo com a entidade<br />
gestora, esta evolução deve-se a diferentes fatores,<br />
tais como as auditorias realizadas e as<br />
várias ações de comunicações e sensibilização<br />
que a Valorpneu desenvolveu ao longo do<br />
ano. De relembrar que de acordo com o DL<br />
152-D/2017 de 11 de dezembro, que veio unificar<br />
o regime de gestão de fluxos específicos<br />
de resíduos, o produtor transfere para a entidade<br />
gestora a sua responsabilidade pela gestão<br />
<strong>dos</strong> resíduos, neste caso <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
através do pagamento do ecovalor. Esta<br />
transferência de responsabilidade é objeto de<br />
contrato escrito que determina a obrigatoriedade<br />
de transmissão de informação periódica<br />
e da sua certificação. A entrega da declaração<br />
de colocação de pneus no mercado nacional é<br />
obrigatória, mesmo que não tenham sido coloca<strong>dos</strong><br />
pneus no mercado nacional no período<br />
a que a declaração diz respeito. A declaração<br />
trimestral deverá ser submetida até 15<br />
dias a seguir ao fim de cada trimestre. Já a declaração<br />
anual deverá ser submetida e enviada<br />
conjuntamente com a certificação até 31 de<br />
maio do ano seguinte ao que se refere.<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Alejandro Recasens de volta à Pirelli<br />
Alejandro Recasens regressa à Pirelli como novo responsável pela<br />
região da Europa Ocidental, que inclui Espanha, Portugal, França<br />
e Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo). Recasens, que<br />
substitui Laurent Cabassu, sublinhou: “Estou feliz por regressar<br />
àquela que sempre foi a minha casa e por assumir um cargo que<br />
me permite estar em contacto direto com merca<strong>dos</strong> que conheço<br />
bem devido ao meu trajeto profissional. O difícil 2020 colocou-nos<br />
to<strong>dos</strong> à prova, mas vejo a empresa e as equipas que a compõem<br />
mais fortes do que nunca. A partir de agora, mais do que nunca,<br />
temos que trabalhar mais próximos <strong>dos</strong> nossos clientes para enfrentar<br />
os desafios e oportunidades do futuro”. Alejandro Recasens<br />
ingressou na Pirelli em 2001 e ocupou cargos diretivos de grande<br />
importância na empresa, em Itália, França, Portugal e Espanha. Na<br />
sua última etapa, exerceu o cargo de Country Manager da Pirelli,<br />
na Península Ibérica.<br />
Continental reduz número de autocolantes<br />
nos pneus<br />
Desde janeiro de 2021, na região EMEA (Europa, Médio Oriente e<br />
África), que a Continental deixou de utilizar um <strong>dos</strong> dois autocolantes<br />
exibi<strong>dos</strong>, anteriormente, nos pneus novos. Com esta mudança,<br />
o fabricante de pneus evitará a utilização de aproximadamente 110<br />
toneladas de resíduos plásticos por ano, necessários para a produção<br />
<strong>dos</strong> autocolantes e da folha de suporte. No total, as folhas de suporte<br />
e os autocolantes teriam um comprimento de cerca de 6,4 km<br />
- três vezes mais o comprimento da Avenida <strong>dos</strong> Champs-Élysées,<br />
em Paris. Os autocolantes que vão ser removi<strong>dos</strong> contêm o logótipo<br />
do fabricante. As informações necessárias à comercialização, tais<br />
como a marca, o tamanho, o número do artigo e outros da<strong>dos</strong>, estão<br />
disponíveis na rotulagem de pneus que é exigida por lei na União<br />
Europeia e em alguns outros países. No passado, os autocolantes<br />
com a marca do fabricante ajudavam os colaboradores das oficinas<br />
a localizar mais facilmente os pneus no armazém. “Ao dispensar estes<br />
autocolantes estamos a dar um passo importante para alcançar o<br />
objetivo definido pela empresa do ponto de vista da sustentabilidade<br />
ambiental e a reduzir a utilização de plástico de origem fóssil nas<br />
nossas unidades de produção a nível mundial”, afirma Claus Petschick<br />
que chefia o departamento de Sustentabilidade da Continental.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Notícias<br />
Empresas<br />
Portal Digital da Continental<br />
expande vendas online<br />
A Continental expandiu o seu portal digital de revendedores<br />
online ContiOnlineContact. O portal agora lista todo o portfólio<br />
de pneus off-the-road (OTR) e agrícolas. Isso permite que revendedores<br />
e clientes <strong>dos</strong> setores agrícola, industrial, de terraplenagem,<br />
portuário e aeroportuário, entre outros, façam pedi<strong>dos</strong> de<br />
pneus de maneira flexível e sob demanda. Com a expansão do<br />
portal do revendedor para incluir pneus OTR e agrícolas, o desempenho<br />
do serviço será continuamente melhorado e os pedi<strong>dos</strong><br />
de pneus atenderão às necessidades individuais <strong>dos</strong> clientes.<br />
Os novos produtos estão disponíveis como pedi<strong>dos</strong> ad-hoc com<br />
entrega direta <strong>dos</strong> armazéns regionais e como remessa direta<br />
das fábricas. Através do ContiOnlineContact, os revendedores e<br />
clientes podem pesquisar a linha completa de pneus e acessórios<br />
especiais comerciais da Continental e aceder a informações<br />
sobre produtos e documentação técnica de maneira confortável<br />
e a qualquer momento. Depois de selecionar um pneu para a<br />
aplicação individual, o portal pode ser usado para verificar a disponibilidade<br />
e para rastrear um pedido.<br />
Tiresur fecha 2020<br />
com EBITDA de 6,5 milhões €<br />
O Grupo AM Tiresur fechou o ano 2020 com um EBITDA que superou<br />
os 6,5 milhões de euros, o que supõe um forte crescimento<br />
relativamente a 2019. 2020 foi um ano não isento de problemas.<br />
A crise pandémica trouxe grandes complicações às empresas. O<br />
setor da reposição de pneus teve que enfrentar o fecho de oficinas,<br />
limitações de atividade, restrições à mobilidade, excesso<br />
de stocks num primeiro momento e problemas à posteriori no<br />
abastecimento. Uma montanha russa constante de mudanças no<br />
meio envolvente, que causaram e continuam a causar, problemas<br />
na gestão e sobrevivência de várias empresas. Não obstante<br />
e apesar da inevitável diminuição do volume de faturação que<br />
esta situação provocou no Grupo AM Tiresur, a empresa reforça<br />
os esforços efetua<strong>dos</strong> para otimizar os seus processos, reinventando-se<br />
com a procura de soluções alternativas. Um grande<br />
êxito tendo em conta o exercício tão complicado como o que<br />
vivemos. Não é mais do que uma manifestação clara da força, fiabilidade<br />
e solidez de um grupo como a Tiresur.<br />
Bridgestone alcança<br />
Prémio Cinco Estrelas nos <strong>Pneus</strong><br />
A<br />
Bridgestone<br />
venceu pela 4.ª vez consecutiva o Prémio Cinco Estrelas<br />
na categoria Marca de <strong>Pneus</strong>. Depois <strong>dos</strong> Inquéritos de satisfação,<br />
a análise das respostas de 1211 consumidores e onde<br />
estiveram em avaliação seis marcas diferentes de pneus, a Bridgestone<br />
conquistou a melhor classificação de entre os vários concorrentes. Face<br />
a anos anteriores, a Bridgestone conseguiu apresentar uma classificação<br />
superior na maioria <strong>dos</strong> critérios de avaliação, com destaque para a<br />
Satisfação pela experimentação e a Confiança na Marca. Para André Bettencourt,<br />
Diretor de Marketing da Bridgestone Europe NV / SA - Sucursal<br />
em Portugal: “Para além de ser um motivo de orgulho voltarmos a receber<br />
o Prémio Cinco Estrelas na categoria Marca de <strong>Pneus</strong>, é uma honra<br />
continuar a contar com a confiança <strong>dos</strong> consumidores. A Bridgestone<br />
retira daqui aprendizagens sobre a forma como chegamos aos nossos<br />
clientes e qual o seu grau de satisfação em relação à marca, produtos<br />
e serviços. Este é mais um barómetro do trabalho feito ano após ano, e<br />
os resulta<strong>dos</strong> mostram que estamos no bom caminho, o que reforça a<br />
nossa ambição de moldar um futuro de mobilidade sustentável”.<br />
Yokohama revela nova identidade YOHT<br />
A Yokohama anunciou que consolidará os seus vários negócios fora<br />
de estrada numa única entidade denominada Yokohama Off-Highway<br />
Tires (YOHT). Isso inclui os negócios de pneus off-the-road (OTR)<br />
da Yokohama em todo o mundo e o Alliance Tire Group (ATG) com<br />
suas marcas de pneus Alliance, Galaxy e Primex, que Yokohama comprou<br />
há quatro anos. A YOHT lançou uma nova identidade corporativa<br />
e um novo logotipo corporativo, que se baseia no legado de mais de<br />
100 anos de Yokohama, ao mesmo tempo que reforça o seu posicionamento<br />
no segmento off-road. YOHT terá uma presença global com<br />
a equipa de liderança baseada em Tóquio, Boston, Amsterdão e Mumbai.<br />
A nova entidade global unificada oferecerá uma gama completa<br />
de pneus OTR (incluindo Alliance, Galaxy, Primex), desde pneus para<br />
empilhadores pequenos até pneus OTR (radiais fora de estrada) ultra-<br />
-grandes, para atender a uma ampla gama de necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />
para veículos de construção e industriais, bem como máquinas<br />
agrícolas e florestais. A YOHT terá o suporte da rede global de produção<br />
de pneus fora de estrada do Grupo Yokohama com oito fábricas<br />
em quatro países e três instalações de P&D no Japão, Índia e EUA.<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Primeira fábrica<br />
de reciclagem de pneus Michelin<br />
A Michelin deu início à construção da sua primeira fábrica<br />
de reciclagem integral de pneus, no Chile. O seu verdadeiro<br />
foco industrial permitirá reciclar a totalidade de cada pneu<br />
no final da sua vida útil. Para tal, foi estabelecida uma joint-<br />
-venture com a Enviro, empresa sueca que desenvolveu e<br />
patenteou uma tecnologia especial para recuperar o negro<br />
de carbono, o óleo, o aço e o gás no processo de reciclagem<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>. A fábrica de reciclagem, localizada na região<br />
de Antofagasta (Chile), terá uma capacidade de reciclagem<br />
anual de 30.000 toneladas de pneus de maquinaria de<br />
obras; ou seja, praticamente 60% <strong>dos</strong> pneus deste tipo que<br />
chegam ao final da sua vida útil, a cada ano, naquele país. O<br />
investimento previsto é de mais de trinta milhões de dólares,<br />
e as obras de construção da fábrica iniciam-se em 2021, com<br />
o objetivo de iniciar a produção em 2023.<br />
Easypneus aposta na distribuição<br />
de marcas Mitas e Cultor<br />
Daniel Mestre, proprietário da empresa Easypneus, é o novo distribuidor<br />
das marcas Mitas e Cultor, pertencentes ao grupo Trelleborg Wheel Systems,<br />
para o Sul de Portugal. Após vários anos no estrangeiro, onde esteve<br />
ligado ao mercado <strong>dos</strong> pneus para motos, e inspirado pelo seu pai, que<br />
se dedicava ao comércio de arte na Suíça, Daniel Mestre regressa a Portugal<br />
e, em 2007, inicia o seu negócio. “Detetei uma lacuna que existia em<br />
Beja e quis inovar com a criação de um serviço de pneus distintivo e com<br />
um apoio próximo e atento às necessidades da agricultura da região”, refere<br />
Daniel. A parceria com a Trelleborg surgiria 10 anos depois, em 2017.<br />
Após dois anos de trabalho em conjunto, com o intuito de apresentar<br />
as diversas marcas do Grupo Trelleborg Wheel Systems, nomeadamente<br />
Trelleborg, Mitas e Cultor, a Easypneus viria a realizar um encontro com<br />
vários agricultores nas suas instalações – local que acabaria por se tornar<br />
no ponto de referência para falar sobre a agricultura e pneus, na zona de<br />
Beja. Nessa ocasião, o agora distribuidor Mitas e Cultor para o Sul de Portugal<br />
não poupou nas palavras para descrever essas marcas: “Qualquer uma<br />
das marcas é de alto rendimento e de alta qualidade”. Não deixou ainda<br />
de referir a experiência e a especialização da Trelleborg no sector: “É uma<br />
marca que faz pneus há mais de um século e que, contrariamente a outras<br />
marcas, é especializada e virada para a agricultura, a 100%.”<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Notícias<br />
Empresas<br />
Pedro Fernandes é o novo<br />
embaixador da Continental<br />
No ano em que a Continental celebra 150 anos, o apresentador Pedro<br />
Fernandes foi o rosto escolhido para se associar à marca em Portugal<br />
e estar presente, ao longo do ano, em vários momentos de comunicação.<br />
Nuno Rebelo, diretor de marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />
justifica a escolha de Pedro Fernandes pela comunhão e partilha de<br />
valores. “Estamos convictos que a associação da Continental ao Pedro<br />
Fernandes será extremamente interessante e vai ajudar-nos a transmitir<br />
de uma forma assertiva, e ao mesmo tempo “divertida e descontraída”,<br />
os valores que a marca preconiza e que são partilha<strong>dos</strong> pelo novo Embaixador:<br />
segurança, confiança, sustentabilidade e tecnologia, tendo<br />
como pilar central a família”, explica. O mais recente reforço da equipa<br />
Continental partilha, com a marca, o gosto pelo desporto e sobretudo<br />
pelo running, eleita a principal plataforma de comunicação com os<br />
consumidores. “O Pedro Fernandes será um elemento central na nossa<br />
equipa neste que será um ano desafiante para to<strong>dos</strong> os portugueses”,<br />
refere Nuno Rebelo.<br />
AB Tyres representa<br />
pneus Infinity em exclusivo<br />
A AB Tyres entra em 2021 como a nova representante exclusiva<br />
da marca Infinity em Portugal, reforçando, assim, o seu<br />
posicionamento e aposta na representação exclusiva de marcas<br />
de referência internacional, como são exemplos a Falken,<br />
Davanti, Aptany, Runway, Torque, Uniroyal, Sumitomo, Fulda<br />
Truck, Golden Crown, entre outros. Já presente há vários anos<br />
no mercado nacional, a Infinity é uma marca com uma grande<br />
notoriedade, junto das casas de pneus e cliente final, resultado<br />
da sua excelente relação qualidade-preço e da gama alargada<br />
em to<strong>dos</strong> os segmentos de pneus. Segundo Filipe Bandeira,<br />
Administrador da AB Tyres, “o desafio lançado pelo Grupo Al<br />
Dobowi, para sermos o novo representante exclusivo da Infinity<br />
em Portugal, é resultado do excelente trabalho que temos<br />
vindo a desenvolver no mercado de distribuição de pneus, em<br />
especial no que diz respeito à nossa reconhecida capacidade<br />
para construir e implementar novas marcas no mercado nacional.”<br />
Para Riccardo Costa “Europe General Manager”. do Grupo<br />
Al Dobowi, “acreditamos que a AB Tyres é o parceiro certo para<br />
trabalharmos a marca Infinity em Portugal. O trabalho que têm<br />
vindo a desenvolver com outras marcas, bem como os resulta<strong>dos</strong><br />
alcança<strong>dos</strong>, dão-nos as garantias de que a Infinity voltará<br />
rapidamente a ser uma das marcas líderes no segmento budget<br />
em Portugal.”<br />
Guia Michelin Espanha & Portugal 2021<br />
apresenta nova seleção de estrelas<br />
Numa exclusiva gala digital, transmitida a partir da porta do sol de Madrid,<br />
a Michelin revelou a seleção de 2021 do guia Michelin Espanha &<br />
Portugal, a qual inclui 3 novos restaurantes com duas estrelas Michelin,<br />
e 21 que conquistam a sua primeira estrela, além de incorporar uma<br />
nova distinção, a estrela verde Michelin. Os 3 novos restaurantes que<br />
acederam à categoria de duas Estrelas Michelin são: Bo.TiC, em Corçà,<br />
liderado pelo chef Albert Sastregener; do Cinc Sentits, em Barcelona,<br />
dirigido pelo chef Jordi Artal; e do restaurante Culler de Pau, em O Grove,<br />
onde o chef Javier Olleros deixa a sua marca atrás <strong>dos</strong> fogões. Ao<br />
mesmo tempo, 21 estabelecimentos recebem a sua primeira Estrela,<br />
53 são acrescenta<strong>dos</strong> aos restaurantes que contam com a distinção Bib<br />
Gourmand, e 21 recebem a nova Estrela Verde Michelin. A nova seleção<br />
foi desvendada na Gala do Guia Michelin, evento digital transmitido em<br />
direto, e em sinal aberto, a partir da Real Casa de Correos, na Porta do<br />
Sol de Madrid.<br />
Continental oferece<br />
seguro para pneus<br />
A<br />
Continental <strong>Pneus</strong> Portugal oferece seguros Tire Protect,<br />
na compra de pneus Continental destina<strong>dos</strong> a viaturas<br />
ligeiras e após registo e adesão no site www.continental.<br />
pt. Após a adesão, o cliente irá receber os da<strong>dos</strong> da apólice diretamente<br />
no seu email, assim como as condições gerais, as Informações<br />
Pré-Contratuais do Seguro de <strong>Pneus</strong> e o Documento de<br />
informação sobre produtos de seguros. Após o registo, a garantia<br />
está ativa para os pneus novos pelo período de 12 meses. A Garantia<br />
Tire Protect, consiste numa proteção extra para os pneus<br />
da marca Continental, que visa garantir aos automobilistas as<br />
possíveis perdas pecuniárias que estes possam ter em consequência<br />
exclusiva de furo, impacto acidental com uma pedra ou<br />
qualquer objeto que danifique o pneu e o torne inutilizável, atos<br />
de vandalismo ou rebentamento do pneu.<br />
<strong>62</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Antonio Crespo<br />
novo Diretor Comercial<br />
Michelin Espanha e Portugal<br />
Desde o passado mês de novembro, António Crespo é o novo<br />
responsável pela Direção Comercial de Espanha e Portugal da<br />
Michelin. Sucede a Rebeca Nieto, que exerceu este cargo de 1<br />
de março de 2018 até à data, e assume, agora, outras responsabilidades<br />
dentro do Grupo a nível europeu. Na sua nova função, Antonio Crespo<br />
contribuirá para dinamizar o crescimento da Michelin, dando continuidade<br />
à estratégia da empresa, que coloca os clientes no centro das<br />
atenções. Nascido em León, Antonio Crespo conta com uma larga experiência<br />
no seio do Grupo, onde vem desempenhando a sua carreira profissional<br />
desde 1984. Na Michelin ocupou diversos cargos de direção,<br />
nos quais desenvolveu importantes funções comerciais, graças a sua<br />
ampla visão de negócio, à frente de diferentes departamentos, tanto<br />
em França como em vários países de América Latina. A sua anterior função,<br />
antes de regressar a Espanha, foi a de Diretor Comercial B2B para a<br />
América do Sul. A propósito da sua nomeação, Antonio Crespo declara:<br />
“Depois de muitos anos em cargos de direção comercial na América do<br />
Sul, é um grande prazer para mim voltar à Europa e, especialmente, a Espanha,<br />
onde tenho as minhas raízes. Como muitos outros países, Espanha<br />
e Portugal estão a passar por um momento muito difícil com a crise<br />
da COVID-19, mas a nossa equipa demonstrou saber adaptar-se para<br />
enfrentar estas dificuldades. Espero manter essa dinâmica para aproveitar<br />
as oportunidades que se vão apresentar quando a situação melhore”.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63
Notícias Mercado<br />
Produto<br />
Novo Porsche 911 GT3 com Michelin Pilot Sport Cup 2<br />
Os pneus Michelin Pilot Sport Cup são os escolhi<strong>dos</strong> pela Porsche<br />
como equipamento de série para a nova geração do Porsche 911<br />
GT3 (992). Os clientes que desejem explorar ao limite a performance<br />
em circuito do novo desportivo da marca alemã poderão montar,<br />
como opção de concessionário, os pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R<br />
Connect. Durante os testes realiza<strong>dos</strong> no traçado de 20,8 quilómetros do<br />
circuito de Nürburgring Nordschleife, na Alemanha, o automóvel equipado<br />
com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R Connect registou a volta mais<br />
rápida com um tempo de 6 minutos e 59,927 segun<strong>dos</strong>. O tempo, considerando<br />
o traçado de referência mais utilizado, na sua extensão de 20,6<br />
quilómetros, foi igualmente impressionante: 6 minutos e 55,2 segun<strong>dos</strong>.<br />
Tripulado pelo piloto de testes da Porsche Larns Kern, o 911 GT3 estava<br />
equipado com pneus Miche lin Pilot Sport Cup 2 R Connect na medida<br />
255/35 ZR 20 no eixo dianteiro, e 315/30 ZR 21 no eixo traseiro. O veículo<br />
de produção montará de série pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 nestas<br />
mesmas dimensões.<br />
Tiresur lança novo pneu ConneX Van TV701<br />
A Tiresur lançou para o mercado português e espanhol, o novo pneu<br />
ConneX Van TV701. Trata-se da última aposta da marca de pneus comerciais<br />
para Van e Furgão comercial deste grande fabricante, que<br />
vem completar o seu portfolio, um <strong>dos</strong> mais completos do mercado,<br />
assim como a sua nova gama, Generation X. O forte investimento da<br />
Triangle no seu departamento de Investigação e Desenvolvimento,<br />
com mais de 360 patentes disponíveis, não termina de lançar novos<br />
produtos, cada vez mais avança<strong>dos</strong> e tecnológicos, na vanguarda das<br />
últimas tendências em Engenharia. Os seus Centros de Investigação<br />
de Weihai (China) e Akron (Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>), converteram-na numa<br />
das marcas com maior número de lançamentos no seu segmento. O<br />
novo ConneX TV701 é o pneu ideal para os profissionais que procuram<br />
aumentar a quilometragem do seu Furgão ou Van.<br />
Jantes AKO disponíveis na Rodrigues Tyres<br />
A Rodrigues Tyres iniciou a distribuição de toda a gama de camião<br />
das jantes da marca AKO, em Portugal. A gama inclui todas<br />
as medidas das jantes 17,5”, 19,5” e 22,5” para comerciais e<br />
camião. As jantes em questão, são fabricadas na Europa com as<br />
mais inovadoras tecnologias, e passam a ser mais um produto à<br />
disposição de toda a rede de clientes do projeto de distribuição<br />
da empresa com sede em Braga. A AKO foi fundada em 1998 em<br />
Ancara dentro da empresa Abdulkadir Özcan Otomotiv. A partir<br />
de 2013 a empresa desenvolve a sua atividade na fábrica construída<br />
num espaço total de 120.000 m2 <strong>dos</strong> quais 23.500 m2 são<br />
de área interior. A AKO produz jantes para veículos comerciais,<br />
agrícolas e industriais com a mundialmente conhecida tecnologia<br />
Flow Forming.<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Nexen Tire fornece pneus para novo Audi A3<br />
A Nexen Tire irá fornecer com os <strong>Pneus</strong> N’FERA SPORT, N’Blue S e WINGUARD<br />
Sport 2 a quarta geração do Audi A3. O N’FERA SPORT da Nexen Tyre define-<br />
-se por ser um pneu desportivo premium de estilo europeu que ostenta um<br />
excelente desempenho em estradas molhadas e secas. Caracteriza-se pela<br />
excelente manuseabilidade, aderência e poder de travagem. Já o N’Blue S,<br />
é um pneu adequado para veículos ecológicos e de alto desempenho, que<br />
minimiza a resistência rotacional em resposta ao CO2. A Nexen também melhorou<br />
o ruído e a eficiência de combustível do N’Blue S em conformidade<br />
com as normas ambientais europeias, ao mesmo tempo que reduziu o ruído<br />
de rolamento. Por fim, o WINGUARD Sport 2 é um pneu alpino premium que<br />
oferece alta estabilidade de desempenho nas capacidades de manuseabilidade<br />
e travagem em condições de estrada molhada e seca. Foi desenvolvido<br />
para fornecer uma experiência de direção estável, mesmo em gelo e em<br />
superfícies com neve. O N’FERA SPORT é instalado no tamanho 225 / 45R17<br />
91Y, o N’ Blue S no 205 / 55R16 91V e o WINGUARD Sport 2 em 205 / 55R16<br />
91H.<br />
Michelin aumenta gama<br />
X MULTI ENERGY<br />
A Michelin acaba de lançar para o mercado os novos<br />
pneus Michelin X MULTI ENERGY Z e D 315/80 R<br />
22.5, que complementam a gama formada pela medida<br />
315/70 R 22.5, lançada em 2018. O Michelin X MULTI<br />
ENERGY constitui a primeira gama de pneus dedicada<br />
ao transporte regional que melhora a eficiência em<br />
termos de consumo de combustível e das emissões de<br />
CO2, ao mesmo tempo que oferece um elevado rendimento<br />
quilométrico e uma ótima segurança, destacando-se<br />
pela sua polivalência de utilização. A baixa<br />
resistência ao rolamento destes novos pneus permite<br />
uma poupança no consumo de combustível de até 0,7<br />
litros por cada 100 km por comparação com a gama<br />
Michelin X MULTI, assim como uma redução das emissões<br />
de até 1,82 kg de CO2 por cada 100 km. A eficiência<br />
em termos de consumo, combinada com o elevado<br />
rendimento quilométrico, proporciona às frotas uma<br />
redução da pegada ambiental e permite otimizar os<br />
custos, ao mesmo tempo que responde às expetativas<br />
<strong>dos</strong> fabricantes de camiões, sujeitos à norma VECTO relativa<br />
ao nível de emissões.<br />
BKT lança gama V-FLEXA<br />
para atrela<strong>dos</strong> agrícolas<br />
A<br />
gama V-FLEXA da BKT está a estrear três novos tamanhos. VF 600/65<br />
R 26.5, VF 650/55 R 26.5 e VF 560/60 R 22.5 são as soluções que fazem<br />
parte desta gama de pneus radiais desenha<strong>dos</strong> para os atrela<strong>dos</strong> agrícolas.<br />
Mas não se trata apenas de novos tamanhos. A expansão desta gama representa<br />
mais um passo em direção a uma agricultura mais sustentável, condição<br />
necessária e essencial para o futuro do setor. Apresentado na Agritechnica<br />
2019, o V-FLEXA é um pneu radial dedicado aos atrela<strong>dos</strong> agrícolas. O produto<br />
Flotation da última geração inclui um piso com três camadas de lonas de cima<br />
em aço HD (heavy duty) que oferece mais força à lona de carcaça e, por conseguinte,<br />
maior resistência a ataques. A marca extra grande do pneu permite a<br />
distribuição perfeita da carga, embora possibilite o trabalho delicado quando<br />
necessário. Desta forma, evita-se a compactação do solo e mantém-se o valor<br />
das culturas. Autolimpeza, durabilidade e baixa resistência ao rolamento são<br />
as restantes qualidades <strong>dos</strong> produtos nesta gama.<br />
Estes novos pneus enriquecem o catálogo da BKT, onde já se incluem mais<br />
de 2700 produtos. A meta da empresa é encontrar soluções que satisfaçam<br />
todas as necessidades e aplicações, desenvolvendo o pneu certo para todas<br />
as ocasiões e, assim, permitindo aos utilizadores poupar tempo e recursos e<br />
reduzir o consumo.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65
Notícias Mercado<br />
Produto<br />
Bridgestone lança pneu de<br />
alta performance Potenza Sport<br />
A<br />
Bridgestone<br />
tem um forte legado de experiência em pneus de alta performance,<br />
graças à sua tradição em corridas de Fórmula 1 e às parcerias de<br />
longo prazo com fabricantes de carros premium de alta performance. Com<br />
base nessas experiências, a Bridgestone desenvolveu um novo produto de alta<br />
performance de ponta: o Bridgestone Potenza Sport. Este pneu da próxima geração<br />
representa um novo padrão em desempenho desportivo premium e de ponta,<br />
proporcionando o melhor desempenho da classe em piso seco, apoiado por um pacote<br />
premium para piso molhado. Testado pela TÜV SÜD, um <strong>dos</strong> institutos independentes<br />
de testes automóveis mais respeita<strong>dos</strong> da Europa, o Potenza Sport atinge o<br />
melhor desempenho tanto em travagem em piso seco (distância de travagem mais<br />
curta em piso seco) como em curvas e estabilidade em linha reta (mantendo a estabilidade<br />
do veículo ao viajar em linha reta e através de curvas) versus concorrentes<br />
no segmento premium. Os pneus Potenza Sport desenvolvi<strong>dos</strong> sob medida já foram<br />
seleciona<strong>dos</strong> como equipamento original por algumas das marcas de automóveis<br />
mais prestigiosas do mundo, incluindo a Maserati para o seu super carro MC20, a<br />
Lamborghini para o Huracán STO, a BMW para o série 8 e muitos outros que virão.<br />
<strong>Pneus</strong> BFGoodrich<br />
com alto desempenho no Dakar<br />
BFGoodrich voltou a impor-se na corrida off-road<br />
mais dura do mundo: o Rally Dakar. Os três primeiros<br />
classifica<strong>dos</strong> da edição de 2021 confiaram nos<br />
pneus BFGoodrich, que soma um total de 17 triunfos<br />
absolutos numa competição que a marca utiliza<br />
como laboratório de testes. Com partida e chegada<br />
na cidade de Jeddah, os participantes na edição de<br />
2021 do Rally Dakar tiveram que cumprir mais de<br />
7,500 quilómetros que colocaram à prova, ao longo<br />
de duas semanas, pilotos, navegadores, veículos e<br />
pneus. Com um percurso totalmente novo relativamente<br />
ao do ano passado, com zonas repletas<br />
de rochas, o Dakar foi um desafio absoluto para a<br />
BFGoodrich, fornecedor de pneus das principais<br />
equipas participantes, e a sua experiência voltou<br />
a ser determinante para alcançar os melhores resulta<strong>dos</strong>.<br />
Stéphane Peterhansel (MINI JCW Buggy),<br />
acompanhado de Edouard Boulanger, voltou a fazer<br />
história no Rally Dakar. O duo francês foi líder da<br />
classificação geral desde a segunda etapa.<br />
Downforce distribuidora oficial da Arceo Valencia<br />
A Downforce, distribuidora de jantes e acessórios, está no mercado português<br />
através da marca Arceo Wheels. As jantes instaladas num carro têm contribuições<br />
para fazer mais do que imagina. Não existem apenas pela estética, mas também<br />
para contribuições relacionadas com a segurança e o equilíbrio do desempenho.<br />
A escolha do tipo de jante terá importância no desempenho e na condução do seu<br />
veículo e também na aparência total do mesmo. Neste sentido, chegam as Arceo<br />
Valencia a Portugal, de modo a responderem, precisamente, àquilo que os consumidores,<br />
que valorizam a beleza e alta performance, pretendem. Estas jantes leves<br />
e com uma beleza extrema têm feito sucesso em todo o mundo, tendo sido o<br />
modelo da marca Arceo Wheels mais<br />
vendido em 2020, em países como<br />
Arábia, Holanda, Rússia, Turquia e Polónia.<br />
Esse peso menor é bom para o<br />
condutor, pois obtém uma aceleração<br />
mais rápida e um movimento mínimo<br />
de travagem. O modelo mais popular<br />
de Arceo Wheels possui detalhes técnicos<br />
e cores da cidade de Valência.<br />
Por ser caracterizada por uma cidade<br />
que aposta no urbanismo, especialmente,<br />
com a criação de jardins e parques<br />
públicos, ou seja, lugares puros,<br />
únicos e com muitas cores, este modelo<br />
da marca Arceo Wheels revela-se<br />
muito distinto e com grande variedade,<br />
de modo a transparecer os ideais<br />
que a cidade valenciana transpira.<br />
VW ID.3 estabeleceu recorde<br />
mundial com pneus Hankook<br />
A Hankook contribuiu para o sucesso do “ID.3 Germany<br />
Tour” ao instalar o novo pneu Winter i * cept<br />
evo 3 no VW ID.3. Depois de conduzir por 65 dias e<br />
mais de 28.000 quilómetros pela Alemanha, a equipa<br />
estabeleceu um recorde mundial para a mais longa<br />
viagem contínua com um veículo elétrico através de<br />
um único país. A viagem começou em setembro em<br />
Oberstdorf, um <strong>dos</strong> principais locais de desportos de<br />
inverno da Alemanha. O organizador Rainer Zietlow<br />
e seu co-piloto Dominic Brüner passaram 65 dias viajando<br />
pela Alemanha para testar as capacidades de<br />
longa distância do Volkswagen ID.3 e a infraestrutura<br />
de carregamento em toda a Alemanha. Após 28.198<br />
quilómetros, eles chegaram ao seu destino final no<br />
norte de Sylt, a ilha mais ao norte do país. Apesar das<br />
restrições da Covid-19, a equipa estabeleceu um recorde<br />
mundial de condução contínua mais longa por<br />
um país num veículo elétrico. Durante a viagem, eles<br />
carregaram o veículo em 652 estações de carregamento<br />
rápido e utilizaram novos painéis instala<strong>dos</strong><br />
em várias concessionários Volkswagen que visitaram.<br />
O novo pneu de inverno Hankook Winter i * cept evo<br />
3, de ultra-alto desempenho, foi classificado como<br />
‘Exemplar’, a pontuação mais alta no teste de desempenho<br />
independente da revista automóvel líder na<br />
Europa, Auto Bild.<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Continental lança novo pneu<br />
com índice de carga “HL”<br />
Os novos pneus continental com a sigla “HL” têm<br />
uma capacidade de carga um quarto mais elevada<br />
do que os pneus normais. Os veículos de grande<br />
volumetria e elevada potência, elétrico ou híbri<strong>dos</strong>,<br />
são mais pesa<strong>dos</strong> que os seus homólogos de combustão<br />
interna. Ao mesmo tempo, estes veículos<br />
mais pesa<strong>dos</strong> têm possibilidades limitadas, no que<br />
diz respeito a dimensões alternativas com maior capacidade<br />
de carga. Em resposta, a Continental iniciou<br />
o fabrico do primeiro pneu para ligeiro de passageiros<br />
com o novo código de índice de carga “HL”.<br />
A capacidade de carga extra deste pneu HL situa-se<br />
nos 825 kg (índice de carga 101), o que equivale a<br />
um aumento de 10 por cento em relação à norma<br />
XL familiar de 750 kg (índice de carga 98). Os pneus<br />
de passageiros deste tamanho, construí<strong>dos</strong> segundo<br />
a norma SL, adequa<strong>dos</strong> para muitos carros, até<br />
modelos de gama média, inclusive, podem suportar<br />
uma carga máxima de 670 kg (índice de carga 94).<br />
Isto torna a capacidade de carga <strong>dos</strong> novos pneus<br />
HL quase um quarto mais elevada do que os pneus<br />
normais. Quanto ao futuro, a Continental prevê uma<br />
procura crescente por parte <strong>dos</strong> construtores automóveis<br />
de pneus com o novo código HL.<br />
Falken Tyres expande<br />
linha de pneus verão<br />
A<br />
Falken Tyres anunciou a expansão da sua linha de pneus de verão e todas as<br />
estações para automóveis de passageiros, SUVs, vans e camiões a partir da<br />
próxima primavera. Este aumento cobrirá tanto a oferta de primeiro equipamento<br />
quanto a oferta de substituição. Entre as novidades estão dez novas dimensões<br />
para o FALKEN AZENIS-FK510, além de duas outras atualmente em desenvolvimento.<br />
Oferecendo um excelente manuseio em piso molhado e seco, este pneu<br />
silencioso agora está disponível em tamanhos de 205 / 50ZR17 93Y XL a 255 / 35ZR<br />
18 94Y XL. Além disso, quatro novas dimensões já estão disponíveis para a versão<br />
SUV do pneu AZENIS-FK510SUV, ao qual o tamanho 215 / 50R 18 92W está planeado<br />
para ser lançado na primavera. Com 22 novas dimensões, o Falken estende a oferta<br />
do extraordinário pneu para todas as estações FALKEN EUROALL SEASON-AS210.<br />
Este pneu versátil para todas as condições meteorológicas, que incorpora a marca do<br />
símbolo do floco de neve (3PMSF) que o identifica claramente como um pneu seguro<br />
para o inverno, estará posteriormente disponível numa gama de tamanhos muito<br />
maior. Todas as novidades levarão a identificação XL (carga alta) e incluirão medições<br />
de 175/65 R15 88H XL a 255/45 R20 105V XL.<br />
Pirelli equipa topos de gama BMW<br />
A mais recente colaboração técnica entre a Pirelli e<br />
o BMW Group é impulsionada pelos mais altos níveis<br />
de desempenho e segurança. Um total de 78<br />
homologações para equipamento original foram<br />
criadas à medida para as versões mais recentes do<br />
BMW Série 8 Coupé, Gran Coupé e Cabrio: incluindo<br />
os modelos M Sport. Os topo de gama da Série<br />
8 vão equipar pneus Pirelli P Zero e Cinturato P7,<br />
com medidas entre as 18 e as 20 polegadas, desenvolvi<strong>dos</strong><br />
especificamente para extrair o máximo<br />
desempenho na estrada e projetado para fornecer<br />
os melhores níveis de segurança, controlo e manuseabilidade.<br />
Os pneus foram cria<strong>dos</strong> em linha com a<br />
filosofia ‘Perfect Fit’ da Pirelli e homologa<strong>dos</strong> como<br />
equipamento original para a luxuosa linha grand<br />
touring do BMW Group, e vão permitir que os ocupantes<br />
beneficiem do máximo conforto a bordo e<br />
apreciem na totalidade o desempenho do carro em<br />
cada situação.<br />
McLaren Artura com novos pneus inteligentes Pirelli<br />
A Pirelli acaba de lançar os primeiros pneus inteligentes com sistema Cyber Tire.<br />
Este sistema permite ao McLaren Artura “falar” com os pneus. Esta opção permite<br />
que o veículo capte informação diretamente da estrada para tomar decisões<br />
com maior segurança. Pela primeira vez, a Pirelli equipa pneus capazes de “falar”<br />
com o carro. Trata-se do sistema Pirelli Cyber Tire, e funciona graças a um sensor<br />
localizado dentro de cada pneu que coleta da<strong>dos</strong> essenciais para uma condução<br />
segura e está diretamente ligado ao software da unidade de controlo do veículo.<br />
O primeiro modelo a incorporar esta novidade mundial, que tem como objetivo<br />
oferecer uma condução mais completa e segura, será o McLaren Artura, um supercarro<br />
híbrido equipado com uma significativa carga tecnológica. A tecnologia<br />
Cyber Tyre proporciona uma grande quantidade de da<strong>dos</strong> úteis tanto para o carro<br />
como para a pessoa sentada ao volante.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67
Mercado Serviço
Alinhamento da direção<br />
Condução<br />
mais leve<br />
e exata<br />
A direção de um automóvel e o alinhamento<br />
da mesma são dois conceitos que se encontram<br />
intimamente liga<strong>dos</strong> entre si. A direção é o sistema<br />
responsável pela mudança de trajetória das rodas,<br />
enquanto o alinhamento permite a coordenação<br />
das rodas sob um determinado ângulo, o que facilita<br />
o controlo da direção<br />
Embora com frequência se faça<br />
referência simplesmente a um<br />
“alinhamento” ou “alinhamento da<br />
direção”, são ângulos da suspensão<br />
muito complexos que estão a ser medi<strong>dos</strong><br />
e uma diversidade de componentes<br />
da suspensão que estão a ser ajusta<strong>dos</strong>. Isto<br />
torna um alinhamento numa importante<br />
ferramenta de afinação da suspensão que<br />
influencia profundamente o funcionamento<br />
das rodas <strong>dos</strong> veículos.<br />
As condições de desalinhamento ocorrem<br />
quando a suspensão e os sistemas da direção<br />
não estão a funcionar nos respetivos<br />
ângulos pretendi<strong>dos</strong>. As condições de desalinhamento<br />
são geralmente provocadas<br />
pelo enfraquecimento das molas ou pelo<br />
desgaste da suspensão (rótulas esféricas,<br />
casquilhos, etc.) num veículo mais antigo.<br />
Também podem ser o resultado de um impacto<br />
num buraco ou contra um passeio, ou<br />
de uma alteração da distância ao solo do<br />
veículo (reduzida ou aumentada) em qualquer<br />
veículo, independentemente da idade.<br />
Por norma, configurações de alinhamento<br />
incorretas resultarão num desgaste mais<br />
rápido <strong>dos</strong> pneus. Assim sendo, o alinhamento<br />
deve ser verificado sempre que são<br />
instala<strong>dos</strong> novos pneus ou componentes da<br />
suspensão, e em qualquer altura que surjam<br />
padrões anormais de desgaste <strong>dos</strong> pneus.<br />
O alinhamento também deve ser verificado<br />
após o veículo ter embatido num grande<br />
obstáculo rodoviário ou num passeio.<br />
ALINHAMENTO DIANTEIRO, DO ÂNGULO<br />
DE IMPULSO E DAS QUATRO RODAS<br />
Os diferentes tipos de alinhamento disponibiliza<strong>dos</strong><br />
atualmente são o dianteiro,<br />
do ângulo de impulso e das quatro rodas.<br />
Durante um alinhamento dianteiro, apenas<br />
os ângulos do eixo dianteiro são medi<strong>dos</strong><br />
e ajusta<strong>dos</strong>. Os alinhamentos dianteiros<br />
são bons para alguns veículos equipa<strong>dos</strong><br />
com um eixo traseiro estável, mas confirmar<br />
que os pneus dianteiros estão posiciona<strong>dos</strong><br />
diretamente à frente <strong>dos</strong> pneus traseiros<br />
também é importante.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 69
Reportagem Serviço<br />
Alinhamento da direção<br />
Num veículo com um eixo traseiro estável,<br />
isto exige um alinhamento do ângulo de<br />
impulso que permite ao técnico confirmar<br />
que todas as quatro rodas estão “niveladas”<br />
umas com as outras. Os alinhamentos do<br />
ângulo de impulso também identificam<br />
os veículos que seguem estrada fora com<br />
a traseira desfasada da dianteira. Se o ângulo<br />
de impulso não for zero, no caso de<br />
muitos veículos de eixo traseiro estável é<br />
necessária uma ida a uma oficina de retificação<br />
de chassis para repor o eixo traseiro<br />
na respetiva posição original.<br />
Em to<strong>dos</strong> os veículos com suspensões independentes<br />
nas quatro rodas, ou em veículos<br />
de tração dianteira com suspensões traseiras<br />
ajustáveis, o alinhamento adequado<br />
é um alinhamento das quatro rodas. Este<br />
procedimento “alinha” o veículo como um<br />
alinhamento do ângulo de impulso, e também<br />
inclui a medição e ajuste <strong>dos</strong> ângulos<br />
do eixo traseiro, bem como do dianteiro.<br />
Nem to<strong>dos</strong> os veículos são facilmente ou<br />
totalmente ajustáveis. Alguns veículos requerem<br />
kits do mercado pós-venda para<br />
permitir um ajuste suficiente para compensar<br />
danos de acidentes ou a alteração no<br />
alinhamento devido à instalação de molas<br />
de rebaixamento.<br />
Ao realizar-se o alinhamento num veículo é<br />
conveniente que o mesmo esteja carregado<br />
com a sua carga “habitual”. Isto é importante<br />
para os condutores que transportam continuamente<br />
cargas nos respetivos veículos,<br />
como por exemplo representantes comerciais<br />
que transportam amostras ou literatura<br />
na bagageira. Adicionalmente, quando<br />
um veículo é utilizado para provas de pista,<br />
alguns pilotos irão sentar-se no respetivo<br />
automóvel, ou permitir que a oficina de<br />
alinhamento aplique “lastro” ao veículo,<br />
de modo a incluir a influência do peso do<br />
condutor nos ângulos da suspensão.<br />
Os principais ângulos de suspensão estática<br />
que precisam de ser medi<strong>dos</strong> e ajusta<strong>dos</strong><br />
são o ângulo de avanço, o ângulo de sopé,<br />
o ângulo de convergência/divergência e o<br />
ângulo de impulso. Eis uma definição de<br />
cada ângulo e a respetiva influência num<br />
veículo e nas suas rodas.<br />
ÂNGULO DE SOPÉ<br />
O ângulo de sopé identifica o quanto a roda<br />
se inclina em relação à vertical quando vista<br />
diretamente a partir da frente ou de trás<br />
do veículo. O ângulo de sopé é expresso<br />
em graus, e diz-se ser negativo quando a<br />
parte superior da roda está inclinada para o<br />
centro do veículo e positivo quando a parte<br />
superior se inclina para fora em relação ao<br />
centro do veículo.<br />
Uma vez que as suspensões de estrada não<br />
conseguem compensar completamente a<br />
inclinação da parte externa do pneu para o<br />
exterior quando o veículo se inclina numa<br />
curva, não existe uma configuração mágica<br />
do ângulo de sopé que permita às rodas<br />
permanecerem na vertical ao circular a direito<br />
na estrada (para um desgaste mais<br />
uniforme) e permanecerem perpendiculares<br />
à estrada nas curvas apertadas (para<br />
uma melhor aderência).<br />
Diferentes estilos de condução também<br />
conseguem influenciar de igual modo o<br />
ângulo de sopé pretendido. Um condutor<br />
mais vigoroso que curve mais rápido do que<br />
um condutor mais calmo conseguirá mais<br />
aderência em curva e uma vida útil mais<br />
longa <strong>dos</strong> pneus ao ter as rodas alinhadas<br />
com um ângulo de sopé mais negativo. No<br />
entanto, com o ângulo de sopé negativo<br />
mais pronunciado, as velocidades em curva<br />
mais reduzidas de um condutor mais calmo<br />
farão com que os rebor<strong>dos</strong> interiores <strong>dos</strong><br />
pneus se desgastem mais rápido do que<br />
os rebor<strong>dos</strong> exteriores.<br />
Procedimentos<br />
de alinhamento<br />
O alinhamento de direção é um processo que<br />
visa ajustar os diversos ângulos das rodas de<br />
um carro aos valores originais estabeleci<strong>dos</strong><br />
pelo fabricante, com recurso a medições e<br />
correções de grande precisão.<br />
Durante a operação, que pode demorar cerca de<br />
30 minutos, são coloca<strong>dos</strong> sensores em cada<br />
uma das rodas e, através de um computador,<br />
torna-se possível comparar os ângulos às<br />
especificidades do veículo. É dessa comparação<br />
que resulta a formatação <strong>dos</strong> valores,<br />
concretizada por um técnico qualificado. O<br />
objetivo é colocar as rodas de cada eixo<br />
paralelas entre si e perpendiculares ao<br />
pavimento.<br />
O alinhamento da direção envolve o ajuste <strong>dos</strong><br />
ângulos das rodas, de modo a que elas<br />
tenham a convergência/divergência e o sopé<br />
especifica<strong>dos</strong>. Os três principais ajustes que<br />
podem ser feitos em termos de alinhamento<br />
são o sopé, o avanço e a convergência/<br />
divergência.<br />
Que parâmetros são corrigi<strong>dos</strong>?<br />
l Convergência e divergência. Teoricamente, as<br />
rodas de um carro deveriam estar paralelas<br />
quando são observadas de frente. Porém, esse<br />
paralelismo vai-se perdendo, devido a folgas<br />
nos componentes que interagem com a<br />
direção. Daí resultando um desvio convergente<br />
(fecho para o interior) ou divergente (abertura<br />
para o exterior) <strong>dos</strong> pneus.<br />
l Inclinação. Também denominado camber,<br />
trata-se do ângulo de inclinação das rodas em<br />
relação ao plano vertical. A queda é positiva<br />
se a parte superior do pneu pender para fora,<br />
sendo negativa se pender para dentro.<br />
Qualquer <strong>dos</strong> cenários pode provocar um<br />
desgaste irregular da banda de rodagem.<br />
l Avanço. Consiste no ângulo formado pela<br />
inclinação do eixo de direção em relação ao<br />
plano vertical. O avanço é positivo se o topo<br />
estiver inclinado para trás, negativo se estiver<br />
inclinado para a frente. Este elemento tem<br />
uma enorme influência na estabilidade do<br />
carro, podendo fazer com que uma das rodas<br />
o ‘puxe’ para um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>.<br />
70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71
Reportagem Serviço<br />
se incline para a dianteira.<br />
Um exemplo muito visual do ângulo de<br />
avanço positivo é a forquilha dianteira<br />
da direção de um motociclo. A forquilha<br />
aponta para a frente em baixo e inclina-se<br />
para trás no cimo. Esta inclinação para trás<br />
faz com que o pneu da frente se mantenha<br />
estável ao circular a direito e se incline para<br />
o interior da curva quando se curva.<br />
As configurações do ângulo de avanço permitem<br />
ao fabricante do veículo equilibrar<br />
o esforço da direção, a estabilidade a alta<br />
velocidade e a eficácia da frente em curva.<br />
QUAL É A DESVANTAGEM DO<br />
ÂNGULO DE SOPÉ NEGATIVO?<br />
O ângulo de sopé negativo inclina ambas<br />
as rodas do eixo para o centro do veículo.<br />
Cada roda desenvolve uma força de compensação<br />
idêntica de “impulso de inclinação”<br />
(o mesmo princípio que faz com<br />
que um motociclo vire quando se inclina),<br />
mesmo quando o veículo é conduzido a<br />
direito. Caso o veículo encontre um ressalto<br />
que faz com que apenas uma roda<br />
perca alguma aderência, o ângulo de sopé<br />
negativo das outras rodas irá empurrar o<br />
veículo na direção da roda que perdeu<br />
aderência. O veículo pode sentir-se mais<br />
“nervoso” e tornar-se mais suscetível a “seguir<br />
o carril”. O ângulo de sopé excessivo<br />
também reduzirá a aderência disponível em<br />
reta necessária para acelerações rápidas e<br />
paragens bruscas.<br />
Configurações adequadas do ângulo de<br />
sopé que tenham em conta o veículo e a<br />
agressividade do condutor irão ajudar a<br />
equilibrar o desgaste do piso <strong>dos</strong> pneus<br />
com o desempenho em curva. Para veículos<br />
de estrada, isto significa que o desgaste <strong>dos</strong><br />
pneus e os requisitos de condução têm de<br />
ser equilibra<strong>dos</strong> de acordo com as necessidades<br />
do condutor. O objetivo é utilizar<br />
suficiente ângulo de sopé negativo para<br />
proporcionar bom desempenho em curva,<br />
não exigindo em simultâneo ao pneu que<br />
coloque muita da sua carga sobre o rebordo<br />
interior ao circular em linha reta. Menos<br />
ângulo de sopé negativo (até a roda estar<br />
perpendicular à estrada com um ângulo de<br />
sopé nulo), por norma, reduzirá a capacidade<br />
de curvar, mas resulta num desgaste<br />
mais uniforme.<br />
Embora tenham algumas das suspensões<br />
mais sofisticadas do mundo, a próxima vez<br />
que vir uma foto frontal de um automóvel<br />
de Fórmula 1 preparado para uma corrida,<br />
repare no ângulo de sopé negativo que as<br />
rodas da frente apresentam. Embora este<br />
seja certamente um exemplo em que o<br />
desgaste não é tão importante como a<br />
aderência, o ângulo de sopé negativo ajuda<br />
ainda assim estes sofistica<strong>dos</strong> automóveis<br />
de competição a curvar melhor.<br />
ÂNGULO DE AVANÇO<br />
O ângulo de avanço identifica a inclinação<br />
para a frente ou para trás de uma linha<br />
desenhada através <strong>dos</strong> pontos de rotação<br />
superior e inferior da direção quando vista<br />
diretamente a partir da lateral do veículo.<br />
O ângulo de avanço é expresso em graus<br />
e é medido comparando uma linha que<br />
atravessa os pontos de rotação superior e<br />
inferior do sistema de direção (por norma<br />
as rótulas esféricas superior e inferior de<br />
um modelo de suspensão tipo braço em A<br />
ou “wishbone”, ou a rótula esférica inferior<br />
e a fixação da torre do amortecedor de um<br />
modelo de amortecedor McPherson) a uma<br />
linha desenhada perpendicular ao solo. Diz-<br />
-se que o ângulo de avanço é positivo caso<br />
a linha se incline para a traseira do veículo<br />
na parte superior e negativo caso a linha<br />
Quando fazer<br />
o alinhamento<br />
da direção?<br />
l É aconselhável alinhar a direção uma vez por<br />
ano ou 20.000 km após o último alinhamento.<br />
l Sempre que montar pneus novos ou substituir<br />
peças da suspensão ou da direção.<br />
l Quando detetar um desgaste irregular <strong>dos</strong><br />
pneus ou o consumo excessivo de<br />
combustível.<br />
l Caso o automóvel bater em algo (por exemplo,<br />
um lancil ou numa grande irregularidade da<br />
estrada).<br />
Se sentir problemas na direção ou no<br />
comportamento, como: o veículo puxa ou<br />
desloca-se para um lado; o volante não se<br />
recentra facilmente após uma curva; o volante<br />
permanece virado ao conduzir em linha reta.<br />
Aumentar o valor do ângulo de avanço<br />
positivo irá aumentar o esforço da direção<br />
e o controlo em linha reta, assim como<br />
melhorar a estabilidade a alta velocidade<br />
e a eficácia em curva. O ângulo de avanço<br />
positivo também aumenta a inclinação <strong>dos</strong><br />
pneus ao curvar (quase como ter mais ângulo<br />
de sopé negativo) à medida que o<br />
ângulo da direção é aumentado.<br />
QUAL É A DESVANTAGEM DO<br />
ÂNGULO DE AVANÇO POSITIVO?<br />
Caso o veículo não possua direção assistida,<br />
será sentido um aumento notável no<br />
esforço da direção à medida que o ângulo<br />
de avanço positivo for aumentado. Para<br />
além disso, os efeitos do ângulo de avanço<br />
positivo são bastante “positivos”, especialmente<br />
ao aumentar a inclinação <strong>dos</strong> pneus<br />
quando o veículo está a curvar, repondo-<br />
-os simultaneamente numa posição mais<br />
vertical quando se conduz a direito.<br />
ÂNGULO DE SOPÉ CRUZADO E<br />
ÂNGULO DE AVANÇO CRUZADO<br />
A maioria <strong>dos</strong> alinhamentos de automóveis<br />
de estrada requerem que as configurações<br />
do ângulo de sopé e do ângulo de avanço<br />
dianteiros sejam ajusta<strong>dos</strong> com especificações<br />
ligeiramente diferentes no lado direito<br />
do veículo comparativamente ao lado esquerdo.<br />
Estas ligeiras diferenças entre os<br />
la<strong>dos</strong> são denominadas ângulo de sopé<br />
cruzado e ângulo de avanço cruzado.<br />
Para veículos configura<strong>dos</strong> para circular<br />
no lado “direito” da estrada, o lado direito<br />
72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
Alinhamento da direção<br />
é alinhado com um ângulo de sopé um<br />
pouco mais negativo (cerca de 1/4 de grau)<br />
e com um ângulo de avanço um pouco mais<br />
positivo (de novo, cerca de 1/4 de grau)<br />
para ajudar o veículo a resistir à influência<br />
das estradas com declive lateral, que fariam<br />
com que os mesmos derivassem “pela descida”<br />
para a berma direita. Uma vez que a<br />
maioria das estradas têm declive lateral,<br />
o ângulo de sopé cruzado e o ângulo de<br />
avanço cruzado são úteis na maioria das<br />
vezes. No entanto, farão com que um veículo<br />
derive para a esquerda numa estrada<br />
perfeitamente plana ou numa estrada com<br />
declive para a esquerda. A utilização do<br />
ângulo de sopé cruzado e do ângulo de<br />
avanço cruzado não é necessária para automóveis<br />
de utilização exclusiva em pista.<br />
ÂNGULO DE CONVERGÊNCIA/DIVERGÊNCIA<br />
O ângulo de convergência/divergência<br />
identifica a direção exata para onde os<br />
pneus apontam comparativamente à linha<br />
central do veículo quando visto diretamente<br />
de cima. O ângulo de convergência/divergência<br />
é expresso em graus ou<br />
frações de uma polegada e diz-se que um<br />
eixo tem convergência positiva quando as<br />
linhas imaginárias que passam pela linha<br />
central <strong>dos</strong> pneus se intersetam à frente do<br />
veículo e tem divergência negativa quando<br />
as mesmas divergem. A configuração do<br />
ângulo de convergência/divergência é habitualmente<br />
utilizada para ajudar a compensar<br />
a conformidade <strong>dos</strong> casquilhos da<br />
suspensão, de modo a melhorar o desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus. O ângulo de convergência/divergência<br />
também pode ser utilizado para<br />
ajustar a condução do veículo.<br />
Um veículo de tração traseira “empurra” os<br />
pneus do eixo dianteiro enquanto rolam ao<br />
longo da estrada. A resistência <strong>dos</strong> pneus<br />
ao rolamento provoca um ligeiro arrastamento<br />
que resulta num movimento para<br />
trás <strong>dos</strong> braços de suspensão contra os<br />
respetivos casquilhos. Por este motivo, a<br />
maioria <strong>dos</strong> veículos de tração traseira usam<br />
algum ângulo de convergência positivo<br />
para compensar o movimento, permitindo<br />
que os pneus funcionem paralelamente<br />
uns aos outros em velocidade.<br />
Inversamente, um veículo de tração dianteira<br />
“puxa” toda a sua estrutura através<br />
do eixo dianteiro, resultando num movimento<br />
para a frente <strong>dos</strong> braços de suspensão<br />
contra os respetivos casquilhos.<br />
Portanto, a maioria <strong>dos</strong> veículos de tração<br />
dianteira usam algum ângulo de divergência<br />
negativo para compensar o movimento,<br />
permitindo, uma vez mais, que os pneus<br />
funcionem paralelamente uns aos outros<br />
em velocidade.<br />
O ângulo de convergência/divergência<br />
também pode ser utilizado para alterar as<br />
características de condução de um veículo.<br />
Um maior ângulo de convergência resultará<br />
habitualmente numa sobreviragem reduzida,<br />
ajudará a estabilizar o automóvel e<br />
aumentará a estabilidade a alta velocidade.<br />
Um maior ângulo de divergência resultará<br />
habitualmente numa subviragem reduzida,<br />
ajudando a soltar o automóvel, especialmente<br />
durante as viragens iniciais ao entrar<br />
numa curva.<br />
Antes de ajustar o ângulo de convergência/<br />
divergência de forma diferente das configurações<br />
recomendadas pelo fabricante do<br />
veículo para controlar a condução, tenha<br />
em conta que configurações do ângulo de<br />
convergência/divergência irão influenciar<br />
a condução com tempo húmido e também<br />
o desgaste <strong>dos</strong> pneus.<br />
Configurações excessivas do ângulo de<br />
convergência/divergência provocam frequentemente<br />
problemas de condução,<br />
especialmente em condições de chuva<br />
intensa. Isto acontece porque a passagem<br />
diária de semirreboques em muitas estradas<br />
deixa sulcos que se enchem de água. Uma<br />
vez que um ângulo de convergência/divergência<br />
excessivo significa que cada pneu<br />
aponta numa direção que não é exatamente<br />
para a frente, quando o veículo passa por<br />
uma poça que faz com que apenas um<br />
pneu perca alguma aderência, o conjunto<br />
de ângulos de convergência/divergência<br />
<strong>dos</strong> outros pneus irá empurrar (ângulo de<br />
convergência excessivo) ou puxar (ângulo<br />
de divergência excessivo) o veículo para o<br />
lado. Isto poderá fazer com que se sinta o<br />
veículo instável e muito “nervoso”.<br />
Quais as vantagens<br />
de alinhar a direção?<br />
l Maior aproveitamento <strong>dos</strong> pneus. O desgaste<br />
da banda de rodagem acontece<br />
harmoniosamente e a um ritmo inferior. Já um<br />
desarranjo mínimo do paralelismo de uma<br />
roda influencia o consumo prematuro <strong>dos</strong><br />
pneus e o fim antecipado da sua vida útil.<br />
l Melhor desempenho. O comportamento do<br />
veículo é otimizado e equilibrado. A aderência<br />
à estrada é mais efetiva e a direção torna-se<br />
mais leve e fácil de manipular, proporcionando<br />
maior controlo e conforto.<br />
l Mais segurança. A estabilidade assegurada<br />
pelo alinhamento de direção tem eco na<br />
segurança rodoviária, pois os riscos de<br />
acidente diminuem. Além disso, permite ao<br />
automobilista focar-se na condução e não em<br />
tentar ‘segurar’ o carro por causa <strong>dos</strong> desvios<br />
de trajetória típicos de uma direção<br />
desalinhada.<br />
l Economia de combustível. Manter a direção<br />
alinhada também significa poupar<br />
combustível, dado que permite minimizar a<br />
resistência ao rolamento. Um depósito dará<br />
para mais quilómetros.<br />
l Menos despesas de manutenção. Um carro<br />
com as rodas coordenadas evita avarias e<br />
prolonga a vida <strong>dos</strong> seus componentes de<br />
direção e suspensão. Nesse sentido, também<br />
a vida útil do veículo aumenta.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73
Serviço<br />
Alinhamento da direção<br />
Além disso, o ângulo de convergência/<br />
divergência do veículo é uma das configurações<br />
de alinhamento mais críticas em<br />
relação ao desgaste <strong>dos</strong> pneus. Uma configuração<br />
do ângulo de convergência/divergência<br />
que seja apenas um pouco diferente<br />
da respetiva configuração adequada pode<br />
fazer uma enorme diferença no desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus. Considere que, se a configuração<br />
do ângulo de convergência/divergência for<br />
de apenas 1/16 de polegada diferente da<br />
configuração adequada, cada pneu nesse<br />
eixo irá friccionar cerca de dois metros de<br />
lado a cada quilómetro e meio, aproximadamente!<br />
Expanda isto e irá descobrir que<br />
em vez de funcionarem paralelamente um<br />
ao outro, os pneus dianteiros irão friccionar<br />
mais de 400 m de lado a cada 160 quilómetros<br />
de condução, aproximadamente!<br />
Um ângulo de convergência/divergência<br />
incorreto irá retirar vida útil aos seus pneus.<br />
ÂNGULO DE IMPULSO<br />
O ângulo de impulso é uma linha imaginária<br />
desenhada perpendicularmente à linha<br />
central do eixo traseiro. Compara a direção<br />
para onde o eixo traseiro está orientado com<br />
a linha central do veículo. Também confirma<br />
se o eixo traseiro está paralelo ao respetivo<br />
eixo dianteiro e se a distância entre eixos<br />
de ambos os la<strong>dos</strong> do veículo é a mesma.<br />
Caso o ângulo de impulso não esteja correto<br />
num veículo com um eixo traseiro estável,<br />
isso exige frequentemente uma ida à oficina<br />
de retificação de chassis para reposicionar<br />
corretamente o eixo traseiro.<br />
Um veículo com eixos traseiros independentes<br />
pode ter um ângulo de convergência<br />
ou divergência incorreto em ambos os<br />
la<strong>dos</strong> do eixo, ou pode ter um ângulo de<br />
convergência num lado e um ângulo de<br />
divergência no outro. A suspensão de cada<br />
lado do veículo tem de ser ajustada individualmente<br />
até ter atingido a configuração<br />
adequada do ângulo de convergência/divergência<br />
para o respetivo lado do veículo.<br />
Um ângulo de impulso incorreto é frequentemente<br />
provocado por um eixo fora da posição<br />
ou configurações incorretas do ângulo<br />
de convergência/divergência. Assim, para<br />
além das peculiaridades da condução, que<br />
são o resultado de configurações incorretas<br />
do ângulo de convergência/divergência,<br />
os ângulos de impulso também podem<br />
fazer com que o veículo se comporte de<br />
forma diferente ao virar numa direção em<br />
oposição à outra.<br />
INTERVALOS DE ALINHAMENTO<br />
As especificações de alinhamento <strong>dos</strong><br />
fabricantes de veículos identificam habitualmente<br />
um valor “preferencial” para os<br />
ângulos de sopé, de avanço e de convergência/divergência<br />
(sendo sempre o ângulo de<br />
impulso preferencial igual a zero). Os fabricantes<br />
também disponibilizam os ângulos<br />
aceitáveis “mínimo” e “máximo” para cada<br />
especificação. As especificações do ângulo<br />
de sopé e de avanço mínimo e máximo<br />
resultam num intervalo que se encontra<br />
entre mais ou menos 1 grau em relação<br />
ao ângulo preferencial.<br />
Caso, por qualquer motivo, não seja possível<br />
ao seu veículo encontrar-se dentro<br />
do intervalo aceitável, será necessário<br />
substituir peças arqueadas ou um kit de<br />
alinhamento do mercado pós-venda. Felizmente<br />
existe um kit para quase to<strong>dos</strong> os<br />
veículos populares, devido à necessidade<br />
de as oficinas de carroçaria e chassis fazerem<br />
reparações de automóveis acidenta<strong>dos</strong><br />
e de os entusiastas do volante adaptarem<br />
as suspensões <strong>dos</strong> respetivos automóveis.<br />
RECOMENDAÇÕES<br />
Um alinhamento da direção rigoroso é<br />
essencial para equilibrar o desgaste e o<br />
desempenho proporciona<strong>dos</strong> pelos pneus<br />
de um veículo. Os alinhamentos de direção<br />
regulares permitem ao condutor poupar<br />
o respetivo valor em desgaste de pneus<br />
e deverão ser considera<strong>dos</strong> manutenção<br />
preventiva de rotina. Uma vez que existem<br />
intervalos “aceitáveis” disponibiliza<strong>dos</strong> nas<br />
recomendações do fabricante, o técnico<br />
deve ser incentivado a alinhar o veículo de<br />
acordo com as configurações preferenciais<br />
e não apenas dentro do intervalo. Caso seja<br />
se trate de um condutor mais calmo, é conveniente<br />
alinhar o veículo de acordo com as<br />
configurações preferenciais do fabricante<br />
do veículo.<br />
Caso seja um condutor mais agressivo que<br />
gosta de conduzir no limite nas curvas e<br />
nos nós das vias rápidas, é conveniente um<br />
alinhamento de alto desempenho para o<br />
seu automóvel. Um alinhamento de alto<br />
desempenho consiste em utilizar o intervalo<br />
das especificações de alinhamento<br />
do fabricante do veículo para maximizar o<br />
desempenho <strong>dos</strong> pneus. Um alinhamento<br />
de alto desempenho exige o máximo ângulo<br />
de sopé negativo, o máximo ângulo de<br />
avanço positivo e as condições preferenciais<br />
do ângulo de convergência/divergência do<br />
fabricante. Ao permanecerem dentro das<br />
recomendações do fabricante do veículo,<br />
estas configurações de alinhamento irão<br />
maximizar o desempenho <strong>dos</strong> pneus.<br />
Caso seja um piloto de competição que<br />
participa frequentemente em provas de<br />
pista ou estrada, por norma irá querer o<br />
máximo ângulo de sopé negativo, o máximo<br />
ângulo de avanço positivo e as configurações<br />
mais agressivas do ângulo de<br />
convergência/divergência disponíveis no<br />
automóvel e permitidas pelas regras da<br />
competição. Caso as regras o permitam,<br />
placas do ângulo de sopé do mercado pós-<br />
-venda e ajustes do ângulo de avanço são<br />
bons investimentos.<br />
Muitas das máquinas de alinhamento<br />
atuais estão equipadas com impressões<br />
que comparam os ângulos de alinhamento<br />
do “antes” e do “depois” com as especificações<br />
<strong>dos</strong> fabricantes. Uma impressão<br />
posterior ao alinhamento pode ajudar a<br />
oficina a confirmar o rigor do técnico de<br />
alinhamento e a guardar um registo das<br />
configurações pretendidas para o veículo<br />
no caso de um embate com um obstáculo<br />
rodoviário que danifique a suspensão. u<br />
74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021
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