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Revista dos Pneus 62

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SERVIÇO Alinhamento de direções<br />

ATUALIDADE Nova etiqueta pneus<br />

w<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>62</strong><br />

Março 2021<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Trimestral<br />

Entrevista Climénia Silva<br />

Diretora geral da Valorpneu<br />

<strong>Pneus</strong> UHP<br />

Reis da<br />

Estrada!


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

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CMY<br />

K


Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

GESTOR DE CLIENTES<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

WEBMASTER<br />

António Valente<br />

antonio.valente@apcomunicacao.com<br />

ARTE<br />

Hélio Falcão<br />

Proximidade<br />

e prontidão<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />

E CONTABILIDADE<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

PERIODICIDADE<br />

Trimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© Copyright<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong><br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />

2730 - 053 Barcarena<br />

Tel.: 214 345 400<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

N.º de Registo na ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

Tiragem: 5.000 exemplares<br />

EDIÇÃO<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Proprietário/Editor<br />

JOÃO VIEIRA - PUBLICAÇÕES UNIPESSOAL,<br />

LDA.<br />

Contribuinte<br />

510447953<br />

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BELA VISTA OFFICE<br />

ESTRADA DE PAÇO DE ARCOS, 66<br />

2735 - 336 CACÉM<br />

TEL. +351 219 288 052<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

PRINCIPAL ACIONISTA JOÃO VIEIRA (100%)<br />

TEL. +351 219 288 052<br />

Email GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE:<br />

WWW.REVISTA DOS PNEUS.COM<br />

As atitudes, receios e preocupações<br />

<strong>dos</strong> consumidores,<br />

de um modo geral,<br />

sofreram alterações com o<br />

surgimento e ao longo da<br />

evolução da crise pandémica. A expansão do<br />

coronavírus desencadeou uma série de mudanças<br />

e transformações que, naturalmente,<br />

estão a ter impacto no seu comportamento.<br />

Os hábitos de consumo estão a mudar de<br />

forma radical e esta situação representa já<br />

a maior mudança comportamental das últimas<br />

décadas. A componente emocional está,<br />

mais do que nunca, na origem das decisões<br />

do consumidor. Tanto na compra quanto<br />

no serviço, uma “nova normalidade” está a<br />

surgir quando se trata de como os clientes<br />

desejam comprar e fazer a manutenção de<br />

seus veículos. Desta forma, o digital torna-se<br />

cada vez mais importante ao longo de todo<br />

o processo de compra, com os consumidores<br />

cada vez mais interessa<strong>dos</strong> ​em serviços<br />

online e sem contacto.<br />

Os consumidores estão a exigir mais das<br />

marcas e das empresas em que confiam e<br />

no seu compromisso de estarem mais perto<br />

delas e criarem uma diferença real nas suas<br />

vidas, quer em termos de ligação emocional,<br />

quer através de aspetos mais racionais, como<br />

a proximidade e a prontidão no momento<br />

de responder às suas necessidades. A nova<br />

forma de vida que agora temos, tem impacto<br />

direto na forma como passamos a consumir,<br />

sendo mais exigentes com a disponibilidade<br />

imediata da compra.<br />

A sensação de incerteza associada à preocupação<br />

com a saúde e as condições económicas<br />

torna as pessoas mais conservadoras<br />

na maioria das suas decisões. Mais do que<br />

nunca, os consumidores pensam duas vezes<br />

antes de gastar e estão mais motiva<strong>dos</strong><br />

para a poupança, devido à incerteza que este<br />

contexto lhes traz. É por isso que a acessibilidade<br />

se torna novamente essencial para<br />

fidelizar o cliente.<br />

Sendo impossível ignorar esta realidade, as<br />

empresas que terão bons resulta<strong>dos</strong> serão<br />

as que souberem escutar e se adaptar, de<br />

modo a satisfazer este novo modo de consumo,<br />

que procura uma oferta menor em<br />

variedade, mas com mais valor acrescentado.<br />

Será mais eficaz propor uma oferta limitada,<br />

mas poderosa e significativa, do que uma<br />

excessivamente sofisticada e diversificada<br />

que dê resposta a necessidades que, neste<br />

momento, não estão no topo das prioridades<br />

das pessoas. As empresas devem dedicar-<br />

-se a criar produtos e serviços de grande<br />

qualidade e incentivar os consumidores a<br />

comprarem menos coisas, mas melhores. Os<br />

consumidores apreciarão as empresas que<br />

percebam que é altura de fazer propostas<br />

simples, significativas e de impacto, bem<br />

como as que compreendam corretamente<br />

o novo equilíbrio de prioridades imposto<br />

pela situação global.<br />

O que torna um produto melhor do que o<br />

outro já não é apenas o preço ou a quantidade.<br />

O impacto ambiental e social são cada<br />

vez mais considera<strong>dos</strong> na hora de comprar.<br />

Existe uma oportunidade imediata para as<br />

empresas combinarem os seus serviços com<br />

boas práticas ambientais, sanitárias e de gestão.<br />

E existe um novo papel a desempenhar<br />

que inclui ir além da resposta às necessidades<br />

funcionais e entender o que os clientes<br />

realmente valorizam, para ir de encontro às<br />

suas necessidades. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Pirelli Cinturato All Season SF2<br />

Segurança todo o ano<br />

Capaz de garantir boas prestações em todas as estações do ano,<br />

o novo Pirelli Cinturato All Season SF2 é o pneu mais silencioso de to<strong>dos</strong>,<br />

com uma distância de travagem reduzida em piso molhado, seco e na neve<br />

O<br />

novo Cinturato All Season conta<br />

com a mais recente tecnologia<br />

de pneus, incluindo, pela<br />

primeira vez, uma ‘banda de<br />

rodagem adaptável’: um sistema que usa<br />

o composto e o piso para maximizar a segurança<br />

e a versatilidade na condução. Está<br />

também disponível com as tecnologias Pirelli<br />

Seal Inside e Run Flat, que permitem que os<br />

condutores possam continuar a sua viagem<br />

em caso de furo, e na versão Elect para veículos<br />

elétricos e híbri<strong>dos</strong> plug-in.<br />

Está disponível em 65 tamanhos, de 15 a 20<br />

polegadas, para carros de turismo e crossover<br />

mais recentes. Conta com o símbolo M +<br />

S juntamente com a marcação 3PMSF (floco<br />

de neve em formato montanha com três<br />

picos), que indica o excelente desempenho<br />

do pneu em condições de inverno e<br />

certifica a conformidade com a legislação<br />

europeia. O mais recente membro da família<br />

Cinturato é ideal para condutores que<br />

fazem uma utilização citadina, em locais<br />

de clima temperado, e percorrem cerca de<br />

25.000 quilómetros por ano. O desenho e a<br />

composição de um pneu All Season atinge<br />

um equilíbrio preciso quando este oferece<br />

um bom desempenho geral e um amplo<br />

grau de versatilidade.<br />

O Cinturato All Season SF2 garante uma das<br />

melhores performances da classe em todas<br />

as situações de condução que os condutores<br />

enfrentam durante as quatro temporadas,<br />

tal como destaca o renomado organismo de<br />

testes alemão TÜV SÜD, que recentemente<br />

atribiui ao novo Cinturato a “Performance<br />

Mark”.<br />

De igual modo, outra referência alemã, a<br />

Dekra, certificou que o Cinturato All Season<br />

SF2 oferece um controlo perfeito graças a<br />

uma distância de travagem mais curta em<br />

piso seco e uma melhor condução na neve,<br />

em comparação os com seus concorrentes<br />

diretos, bem como um excelente desempenho<br />

de travagem em piso molhado e em<br />

superfícies com neve. Em comparação com<br />

o seu antecessor, o Cinturato All Season Plus,<br />

a travagem em piso seco foi melhorada em<br />

3,5 metros e a travagem em piso molhado<br />

foi melhorada em cerca de 2 metros. O desempenho<br />

em comparação com a versão<br />

anterior do pneu também foi melhorado<br />

na neve, tanto no que diz respeito à tração<br />

como na travagem (com uma redução à<br />

volta de 1 metro).<br />

O perfil e a estrutura do Cinturato All Season<br />

SF2, juntamente com a nova banda de<br />

rodagem e uma área de contacto uniforme,<br />

melhoram a condução e a vida útil do pneu<br />

em cerca de 50% em comparação com o<br />

Cinturato All Season Plus. Este resultado<br />

impressionante foi obtido graças ao uso<br />

de novos materiais nos compostos, e às<br />

melhorias da rigidez localizada da banda<br />

de rodagem.<br />

A nova geração do composto adaptável<br />

da banda de rodagem, oferece também<br />

uma menor resistência ao rolamento em<br />

comparação com os seus principais concorrentes,<br />

tal como ficou demonstrado durante<br />

os testes realiza<strong>dos</strong> pela Dekra. A menor<br />

resistência ao rolamento significa um menor<br />

consumo de combustível e uma maior<br />

autonomia para os carros elétricos. Assim,<br />

somam-se ainda os benefícios em termos de<br />

sustentabilidade ambiental. Estas características<br />

fazem com que a maioria <strong>dos</strong> pneus da<br />

linha Cinturato All Season SF2 contenham,<br />

no seu rótulo, a classificação B na categoria<br />

de resistência ao rolamento. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Equipamento Mercado do mês<br />

John Bean V2380<br />

Rápida e<br />

sofisticada<br />

“John Bean Connected” é o nome da nova gama de alinhadoras 3D da John Bean,<br />

equipadas com inovadoras câmaras de vídeo HRD de alta qualidade. Trata-se de uma<br />

das máquinas de alinhar direções mais sofisticadas e rápidas do mercado<br />

No seguimento do alargamento<br />

da sua nova gama de alinhadoras<br />

– John Bean Connected<br />

Aligners – está, a partir de agora,<br />

disponível para o mercado português a<br />

John Bean V2380 com câmaras de leitura<br />

de vídeo, de 5.1Mb e 60 fps (fotos por segundo).<br />

Dotada de torre móvel, especificamente<br />

desenvolvida para trabalhar em conjunto<br />

com um elevador, a V2380 é a primeira<br />

alinhadora John Bean com auto-tracking<br />

(acompanhamento automático das câmaras<br />

ao movimento de subida e descida do elevador)<br />

com a configuração de duas câmaras<br />

montadas numa barra única de alumínio.<br />

Outra novidade, é a introdução nesta gama<br />

das garras AC400, em magnésio ultraleves,<br />

as quais prendem diretamente ao pneu,<br />

não tocando na jante em nenhuma fase<br />

do alinhamento, evitando assim eventuais<br />

danos na jante do veículo.<br />

Ao recorrer ao sistema Linux como suporte<br />

do seu programa de alinhamento, a John<br />

Da<strong>dos</strong> Técnicos:<br />

John Bean V2380<br />

Software<br />

Sistema Operativo<br />

Monitor<br />

Base de Da<strong>dos</strong><br />

Câmaras<br />

Tecnologia<br />

Garras<br />

New Generation Aligner<br />

– Connected Family<br />

Linux<br />

22” (Wide Range)<br />

OEM (Aprox. 20 anos)<br />

5,1Mp / 60fps<br />

Vídeo<br />

AC400<br />

Jantes 13” a 22”<br />

Largura de Via 1,22m a 2,44m<br />

Alimentação<br />

230V/1Ph/60Hz<br />

Bean evita assim a dependência de plataformas<br />

informáticas comerciais, mantendo<br />

assim a sua independência tanto no domínio<br />

do software como do hardware.<br />

Outra das inovações presentes nas John<br />

Bean V2380, é o facto de se terem abolido<br />

definitivamente as ligações entre os diferentes<br />

módulos de controlo do tipo USB3,<br />

passando a ser utiliza<strong>dos</strong> cabos de rede,<br />

muito mais fiáveis e com um tráfego de<br />

da<strong>dos</strong> muito mais estável. Com este tipo<br />

de solução, acabam-se os maus contactos,<br />

e os problemas de transmissão de da<strong>dos</strong><br />

daí resultantes.<br />

Com tudo isto, podemos dizer – sem grandes<br />

margens para erro – de que a John Bean<br />

V2380 se trata, de uma das máquinas de<br />

alinhar direções mais sofisticadas e rápidas<br />

do mercado.<br />

Se juntarmos a estas vantagens, a possibilidade<br />

de efetuar as atualizações da base<br />

de da<strong>dos</strong> via Wi-Fi, então teremos em mãos<br />

uma das mais sofisticadas alinhadoras<br />

de sempre. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


evistapneus_nankang_09.pdf 1 31/08/2020 11:56:05<br />

C<br />

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CMY<br />

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PURA PERFORMANCE<br />

no seco e no molhado<br />

255 617 480


Mercado<br />

Início ano<br />

em queda<br />

No mês de janeiro de 2021, o mercado de pneus<br />

novos de substituição em Portugal registou uma<br />

queda de 13,9% relativamente ao mês homólogo<br />

do ano anterior. Apenas o segmento RFT teve um<br />

aumento de 2,5%


Europool<br />

Segundo da<strong>dos</strong> da Europool, em janeiro<br />

de 2021, no que ao mercado<br />

de pneus novos de substituição<br />

disse respeito, venderam-se em<br />

Portugal, no segmento Consumer (ligeiros<br />

de passageiros, comerciais ligeiros e 4x4)<br />

241.601 unidades, ou seja, menos 38.999<br />

unidades comparativamente ao período<br />

homólogo do ano passado. O que na prática,<br />

traduziu-se numa queda de -13,9%.<br />

Na divisão por categorias, em janeiro de<br />

2021, venderam-se no mercado nacional<br />

202.866 pneus para veículos ligeiros de passageiros<br />

(-14,8% do que em janeiro de 2020,<br />

que registou vendas de 238.186 unidades),<br />

20.612 pneus radiais para veículos comerciais<br />

ligeiros (-10,6% do que em janeiro de<br />

2020, que registou 23.044) e 18.123 pneus<br />

4x4 (-6,4% do que em janeiro de 2021, que<br />

registou 19.370 unidades vendidas).<br />

SEGMENTOS<br />

Analisando os segmentos, no mês de janeiro<br />

deste ano, a maior fatia de vendas pertenceu<br />

aos pneus premium, com 111.617<br />

(-16,9%, ou seja, menos 22.632 unidades<br />

do que em igual período do ano transato).<br />

Seguindo-se os pneus Mid com 66.504<br />

(+5,0%, ou seja mais 3.188 unidades do<br />

que no mês de janeiro do ano passado)<br />

e os pneus budget, com 63.527 unidades<br />

(+22,9%, ou seja, menos 18.841 unidades<br />

do que em igual período do ano transato).<br />

TIPOLOGIA<br />

Quanto à Tipologia, em janneiro de 2021,<br />

foram comercializa<strong>dos</strong> 79.546 pneus HRD,<br />

ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para<br />

cima (-10,5%, já que no mesmo mês de<br />

2020 foram vendidas 88.886 unidades),<br />

17.963 pneus SUV/4x4 (-7,3%, já que no<br />

mesmo mês de 2020 foram vendidas 19.370<br />

unidades), 18.494 pneus RTF (+2,5%, já que<br />

no mês de janeiro de 2020 foram vendidas<br />

18.050 unidades) e 3.324 pneus All Season<br />

(-1,6%, já que no mesmo mês de 2020 foram<br />

vendidas 3.379 unidades).<br />

DIÂMETRO DAS JANTES<br />

No que diz respeito ao diâmetro das jantes,<br />

a maior fatia pertenceu às de 15” (66.400<br />

unidades em janeiro de 2021 contra 71.009<br />

em janeiro de 2020), seguindo-se as de 16”<br />

(<strong>62</strong>.029 unidades contra 77.109 em janeiro<br />

de 2020), as de 17” (37.866 unidades em<br />

janeiro de 2021 contra 48.376 em janeiro<br />

de 2020), as de 14” (26.590 unidades em<br />

janeiro de 2021, contra 34.<strong>62</strong>3 em janeiro<br />

de 2020), e as de 18” (25.144 unidades em<br />

janeiro de 2021, contra 25.678 em janeiro<br />

de 2020). ♦<br />

UNIDADES JANEIRO 2020 JANEIRO 2021 VARIAÇÃO<br />

TOTAL 280.600 241.601 -13,9%<br />

Passageiros 238,186 202.866 -14,8%<br />

Comerciais 23.044 20.612 -10,6%<br />

4x4 19.370 18.123 -6,4%<br />

All Season 3.379 3.324 -1,6%<br />

HRD 88.886 79.546 -10,5%<br />

RFT 18.050 18.494 +2,5%<br />

SUV/4x4 19.370 17.963 -7,3%<br />

Budget 82.368 63.527 -22,9%<br />

Mid 63.316 66.504 +5,0%<br />

Premium 134.249 111.617 -16,9%<br />

12” <strong>62</strong> 22 -64,5%<br />

13” 8.045 6.830 -15,1%<br />

14” 34.<strong>62</strong>3 26.590 -23,2%<br />

15” 71.009 66.400 -6,5%<br />

16” 77.109 <strong>62</strong>.029 -19,6%<br />

17” 48.376 37.866 -21,7%<br />

18” 25.678 25.144 -2,1%<br />

19” 7.816 7.727 -1,1%<br />

20” 4.114 6.275 +52,5%<br />

21” 2.096 1.900 -9,4%<br />

22” 793 560 -29,4%<br />

23” 13 74 +469,2%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque Mercado<br />

Reis da<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

estrada!<br />

Há uma tendência crescente para a montagem de pneus UHP, impulsionada não<br />

só pelas viaturas de altas prestações que viram crescer o diâmetro das suas jantes até<br />

às 20 e 21 polegadas, mas também pela proliferação de modelos SUV no mercado<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Reportagem Destaque<br />

Condução no Inverno<br />

Com uma utilização cada vez<br />

mais exigente, os pneus UHP<br />

são <strong>dos</strong> mais requisita<strong>dos</strong> na<br />

Europa e também em Portugal.<br />

Uma parte significativa deste crescimento<br />

tem sido impulsionado pelas dimensões<br />

cada vez maiores <strong>dos</strong> pneus, estabelecidas<br />

pelos fabricantes de veículos nos equipamentos<br />

originais. Desde há anos que os<br />

pneus de jantes maiores (17” e acima) mantêm<br />

um ritmo de crescimento acima da<br />

média, enriquecendo o mix de produtos.<br />

Este crescimento da procura acompanha a<br />

renovação do parque automóvel que vem<br />

ocorrendo nos últimos anos. A vontade do<br />

consumidor utilizar produtos com desempenho<br />

extraordinário, principalmente em<br />

termos de segurança, também não pode<br />

ser descartada.<br />

Apesar das vendas de carros ligeiros terem<br />

diminuído em 2020, o segmento de pneus<br />

de altas prestações aumentou as vendas e<br />

continua em franco crescimento. O aumento<br />

da procura de pneus UHP no mercado de<br />

substituição está diretamente relacionado<br />

com a evolução do Equipamento de Origem<br />

das novas viaturas, que tem ocorrido nos<br />

últimos anos. As marcas de automóveis, por<br />

uma questão de performance e/ou estética,<br />

têm optado por equipar os seus modelos<br />

com jantes/pneus de grande dimensão.<br />

FABRICANTES DITAM TENDÊNCIAS<br />

Os fabricantes de automóveis ditam as<br />

tendências do mercado de acordo com as<br />

preferências <strong>dos</strong> consumidores e nos últimos<br />

anos temos assistido a uma tendência<br />

por veículos com aspeto cada vez mais<br />

desportivo, mesmo que sejam familiares.<br />

Trata-se de uma evolução natural das jantes<br />

do parque automóvel como consequência<br />

das matriculações <strong>dos</strong> últimos anos, que<br />

leva à diminuição progressiva da jante 15”<br />

e sobretudo 14”y- e a um incremento do<br />

peso 17”y+.<br />

A jantes 17” já representa para o mercado<br />

português mais de 18% de peso e a jante<br />

18”+ mais de 13%. A progressão deste segmento,<br />

como seria de esperar, é mais evidente<br />

no segmento premium, no qual 17”<br />

pesa já mais que 15” e 18”+ supera os 27%.<br />

No passado falar de pneus UHP era falar<br />

de veículos com caraterísticas desportivas,<br />

mas, hoje em dia, diversos modelos utilitários<br />

vêm equipa<strong>dos</strong> de origem com medidas<br />

de pneus de grandes dimensões. Em alguns<br />

casos por questões de tendências de mercado,<br />

em outros, por questões técnicas como<br />

por exemplo alguns modelos elétricos que<br />

precisam de pneus com maiores dimensões<br />

como é exemplo o BMW i3.<br />

O crescimento <strong>dos</strong> pneus UHP também se<br />

deve às marcas de pneus que têm conseguido<br />

desenvolver pneus cada vez mais<br />

eficazes e seguros indo ao encontro das<br />

necessidades <strong>dos</strong> construtores automóveis<br />

e apresentando também novas soluções. O<br />

Equipamento de Origem é de facto o grande<br />

impulsionador do desenvolvimento de<br />

pneus de alta performance (UHP).<br />

E a indústria automóvel continua a desenvolver<br />

novas tecnologias que exigem pneus<br />

com melhores prestações. Quando um<br />

veículo tem tanta eletrónica para ser mais<br />

eficaz a curvar, acelerar, travar e amortecer,<br />

é natural que aos pneus também se exija<br />

melhores prestações e por isso é natural este<br />

crescimento de pneus UHP. A indústria de<br />

pneus, por sua vez, segue as características<br />

do mercado automóvel, onde os veículos<br />

são cada vez mais tecnológicos e exigem<br />

muito mais do pneu.<br />

CONDUTORES MOSTRAM-SE FIÉIS<br />

À MARCA DE ORIGEM<br />

A forma como se desenham e fabricam veículos<br />

evoluiu, criando novos paradigmas de<br />

O segmento que maior crescimento tem vindo a registar<br />

nos últimos anos é efetivamente o <strong>dos</strong> pneus de alta<br />

performance (UHP) que equipam jantes iguais ou superiores<br />

a 17 polegadas. E é aquele que nos próximos anos continuará<br />

a ter maior espaço de crescimento<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

Os carros desportivos, com jantes de dimensões<br />

superiores, exigem pneus de alta performance,<br />

reforça<strong>dos</strong> e que proporcionem maior segurança<br />

em condições que exigem maior capacidade de resposta<br />

produtos e tecnologias no setor automóvel.<br />

Esta crescente inovação tecnológica da indústria<br />

automóvel trouxe novos desafios à<br />

própria indústria do pneu, que tem vindo<br />

a acompanhar a inovação tecnológica desenvolvendo<br />

produtos que satisfazem as<br />

necessidades cada vez mais exigentes do<br />

mercado automóvel atual. Cada vez mais,<br />

os fabricantes optam por equipar os seus<br />

modelos, independentemente do segmento,<br />

com pneus UHP e todas estas alterações<br />

trouxeram um novo desafio que só as marcas<br />

com capacidade tecnológica podem seguir o<br />

que a indústria automóvel solicitar. E quanto<br />

maior for o desafio tecnológico mais o segmento<br />

UHP crescerá.<br />

Verifica-se que no momento da primeira<br />

substituição <strong>dos</strong> pneus UHP de origem,<br />

os condutores acabam por seguir a escolha<br />

do fabricante do automóvel, optando<br />

por manter a mesma marca e modelo <strong>dos</strong><br />

pneus. Sentem que se o fabricante elegeu<br />

estes pneus, eles devem ser de qualidade<br />

e são garantia de segurança. A evolução<br />

<strong>dos</strong> fabricantes de automóveis e pneus<br />

estão a posicionar o mercado num sentido<br />

diferente do que era há 10 anos até<br />

pela pegada ecológica. O crescimento do<br />

mix de produto nos últimos anos, tem sido<br />

significativo devido à evolução do próprio<br />

parque automóvel, que tanto a nível <strong>dos</strong><br />

turismos como <strong>dos</strong> SUVs, tem contribuído<br />

de forma notável para este aumento de<br />

vendas <strong>dos</strong> pneus UHP.<br />

TENDÊNCIA GLOBAL DE CRESCIMENTO<br />

Em toda a Europa, embora as vendas de<br />

pneus de ligeiros tenham caído em mais de<br />

10% devido ao efeito do Covid-19, os pneus<br />

UHP tiveram reduções muito menores. Isso<br />

significa que a percentagem <strong>dos</strong> pneus UHP<br />

nas vendas totais de pneus de automóveis<br />

aumentou quase 5%. Uma parte significativa<br />

deste crescimento foi impulsionado pelo<br />

Equipamento Original, com cada vez mais<br />

modelos virem equipa<strong>dos</strong> de origem com<br />

jantes de grandes dimensões. Além disso,<br />

os fabricantes de automóveis precisam ter<br />

emissões de carbono cada vez mais baixas,<br />

mesmo em modelos de carros de alto desempenho.<br />

Isso levou à criação de pneus de<br />

baixo perfil monta<strong>dos</strong> em jantes de grandes<br />

dimensões, que ajudam a ter menor resistência<br />

ao rolamento. . u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Reportagem Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

AVON<br />

A evolução de vendas <strong>dos</strong> pneus Avon UHP<br />

em Portugal tem sido positiva, mas para a<br />

marca tem sido muito importante o feedback<br />

por parte <strong>dos</strong> agentes CarExpert (a rede<br />

portuguesa que dinamiza a marca em todo<br />

o território nacional) que frequentemente<br />

atribuem à gama Avon UHP uma conotação<br />

premium e enorme satisfação na sua utilização<br />

por parte do utilizador final.<br />

A gama UHP da Avon é desenvolvida a partir<br />

da experiência centenária que a marca tem<br />

na competição automóvel. As tecnologias<br />

<strong>dos</strong> pneus utiliza<strong>dos</strong> nas corridas de maior<br />

prestígio vão diretamente para os pneus<br />

standard. São fabrica<strong>dos</strong> com matérias-<br />

-primas da mais alta qualidade, utilizando<br />

os mais avança<strong>dos</strong> processos e as mais recentes<br />

tecnologias, sempre seleciona<strong>dos</strong><br />

em função da utilização do pneu. Graças a<br />

isso, os pneus Avon UHP oferecem um nível<br />

de desempenho superior, com extraordinária<br />

aderência, excelente manobrabilidade<br />

e resposta à direção, baixo nível de ruído<br />

e baixa resistência ao rolamento. A Avon<br />

incorpora nos seus pneus UHP compostos<br />

ricos em sílica com materiais duráveis ​e de<br />

alta qualidade, e a mais recente tecnologia<br />

de polímeros.<br />

Desde o seu início, a Avon tem-se destacado<br />

pela busca da melhoria <strong>dos</strong> produtos.<br />

O investimento em I+D permite-lhe uma<br />

otimização constante <strong>dos</strong> seus pneus. Nesse<br />

sentido, os pneus UHP da Avon incorporam<br />

estruturas de amortecimento de ruído; ou<br />

seja, orifícios projeta<strong>dos</strong> especificamente<br />

para reduzir o ruído gerado pelo contato<br />

do pneu com a estrada, o que aumenta o<br />

conforto e torna a condução mais silenciosa.<br />

Resultado de um enorme processo de<br />

pesquisa e desenvolvimento, o nível de<br />

desempenho de pneus Avon UHP é significativamente<br />

mais alto do que os pneus<br />

convencionais. São pneus especialmente<br />

concebi<strong>dos</strong> para responder às mais exigentes<br />

necessidades em termos de velocidade,<br />

manobrabilidade, carga, desgaste<br />

e segurança. O cliente de pneus Avon UHP<br />

é um consumidor, que procura o máximo<br />

desempenho a um preço acessível. Sabe<br />

que os pneus Avon UHP oferecem uma qualidade<br />

superior e confia no seu excelente<br />

desempenho, confirmado por vários testes<br />

independentes e pela reputação de longa<br />

data da marca.<br />

Graças aos seus compostos de última geração,<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para resistir ao desgaste<br />

e ter um contacto uniforme, os pneus Avon<br />

UHP oferecem uma vida útil consideravelmente<br />

mais longa do que um pneu convencional<br />

e portanto, maior quilometragem e<br />

segurança, evitando a formação de irregularidades<br />

na banda de rolamento.<br />

Como regra, a Avon desenvolve pneus que<br />

proporcionem boas prestações. Para isso, os<br />

seus técnicos trabalham continuamente para<br />

oferecer pneus com as melhores prestações,<br />

assim como produtos para utilizações mais<br />

específicas.<br />

A Avon dispões de pneus UHP de verão,<br />

como o ZX7 ou o ZV7, que respondem a<br />

um alto padrão tanto em superfícies secas<br />

como molhadas, como atesta a classificação<br />

A para aderência em piso molhado na<br />

etiqueta europeia de pneus. Além disso, a<br />

marca lançou recentemente sua nova gama<br />

de pneus para todas as estações, como o AS7<br />

All Season para automóveis de passageiros<br />

e SUVs ou o AS12 para vans, capazes de um<br />

desempenho ao mais alto nível, independentemente<br />

das condições meteorológicas.<br />

Apesar das dificuldades causadas pela pandemia,<br />

a Avon espera que 2021 seja um ano<br />

em que começamos a ver a recuperação do<br />

mercado, à medida que a vacinação avança e<br />

as limitações de mobilidade são eliminadas.<br />

BRIDGESTONE<br />

A Bridgestone divide os pneus UHP em<br />

pneus de jante 17” e pneus de jante ≥18”<br />

aos quais designa UUHP. Segundo os da<strong>dos</strong><br />

Europool, o segmento UHP representou até<br />

Novembro 2020 uma queda de 8,7% e o<br />

segmento UUHP um crescimento de 10,7%.<br />

Se olharmos para o total UHP, vemos que<br />

o segmento UUHP representou 44,3% das<br />

vendas deste tipo de pneus. No caso da Bridgestone<br />

registou até novembro em ambos<br />

os segmentos crescimentos muito positivos<br />

com especial incidência no segmento ≥18”<br />

onde é claramente um <strong>dos</strong> principais players<br />

no mercado.<br />

A Bridgestone tem um forte legado de experiência<br />

em pneus de alta-performance,<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


ENFRENTE A ESTRADA<br />

Elevado desempenho sem comprometer a durabilidade...<br />

Driveways Sport é um pneu de “Elevado desempenho” desenvolvido para os utilizadores de veículos compactos,<br />

Médios, de luxo e de veículos desportivos que apreciem um estilo de condução desportiva.<br />

• Segurança e controlo<br />

• Melhor manuseamento em todas as condições climatéricas<br />

LISTA DE TAMANHOS<br />

• Desempenho melhorado em piso molhado<br />

Largura<br />

TRAVAGEM EM PISO MOLHADO<br />

DRIVEWAYS SPORT<br />

MÉDIA DOS CONCORRENTES<br />

70 80 90 100<br />

6% desempenho a menos em travagem em piso molhado<br />

ROBUSTEZ<br />

DRIVEWAYS SPORT<br />

CONCORRENTE 7<br />

CONCORRENTE 6<br />

CONCORRENTE 5<br />

CONCORRENTE 4<br />

CONCORRENTE 3<br />

CONCORRENTE 2<br />

CONCORRENTE 1<br />

0 5 10 15 20 25 30 35 40<br />

TRAVAGEM EM PISO SECO<br />

DRIVEWAYS SPORT<br />

MÉDIA DOS CONCORRENTES<br />

70 80 90 100<br />

4% lh addeosempenho a menos em travagem em piso seco<br />

Driveways Sport é o pneu com maior durabilidade que perde ar na velocidade mais elevada entre os<br />

concorrente no Teste de Utilização Intensiva TÜV<br />

*Relatório do Teste TÜV (Relatório Nº: 713085909-DS-BM, Julho - Setembro 2016, tamanho 225/45 R17 94Y XL<br />

Índice de Código de<br />

Séries Jante<br />

do rasto<br />

carga velocidade<br />

XL<br />

255 40 20 101 Y XL E B 2 72<br />

295 35 20 105 Y XL C B 1 72<br />

255 35 20 97 Y XL E B 2 72<br />

255 40 19 100 Y XL C B 2 72<br />

245 40 19 98 Y XL C B 2 72<br />

255 35 19 96 Y XL E B 2 72<br />

235 35 19 91 Y XL E B 2 72<br />

225 35 19 88 Y XL E B 2 72<br />

245 50 18 100 Y XL C B 2 72<br />

255 45 18 103 Y XL E B 2 72<br />

235 45 18 98 Y XL E B 2 72<br />

225 45 18 95 Y XL E B 2 72<br />

245 40 18 97 Y XL E B 2 72<br />

235 40 18 95 Y XL E B 2 72<br />

225 40 18 92 W XL E B 2 72<br />

225 40 18 92 Y XL E B 2 72<br />

255 35 18 94 Y XL E B 2 72<br />

245 45 17 99 Y XL C B 2 72<br />

235 45 17 97 y XL E E 2 72<br />

225 45 17 94 Y XL E B 2 72<br />

215 45 17 91 Y XL E B 2 72<br />

205 45 17 88 W XL E B 2 72<br />

245 40 17 95 Y XL E B 2 72<br />

+351 22 415 00 08 FB: /pneurama.lda Mail: geral@pneurama.pt www.pneurama.pt<br />

Distribuidor Exclusivo


Destaque<br />

graças à sua tradição em corridas de Fórmula<br />

1 e às parcerias de longo prazo com fabricantes<br />

de carros premium com modelos de<br />

alta performance. No início deste ano lançou<br />

uma grande novidade, o Potenza Sport, conseguindo<br />

criar um pneu que atende às expetativas<br />

<strong>dos</strong> condutores em relação a pneus<br />

de alta performance, ao mesmo tempo que<br />

garante a superação <strong>dos</strong> desafios diários que<br />

enfrentam. O Potenza é um nome de peso,<br />

numa gama com uma história vasta e uma<br />

tradição histórica suportada por alguns <strong>dos</strong><br />

automóveis mais rápi<strong>dos</strong> desenvolvi<strong>dos</strong> até<br />

hoje e não só. Trata-se de um pneu sempre<br />

muito apreciado, tanto pelos fabricantes<br />

automóveis como pelos condutores mais<br />

exigentes que pretendem tirar o máximo<br />

partido do seu veículo.<br />

A tecnologia de desenvolvimento virtual de<br />

pneus que economiza tempo e é amiga do<br />

ambiente foi fundamental para o desenho<br />

e criação do Potenza Sport. Com a aplicação<br />

de várias tecnologias inovadoras no<br />

desenho do piso, composto e construção.<br />

Além disso conta ainda com lamelas 3D<br />

inovadoras para aumentar a rigidez ao cisalhamento,<br />

com benefícios na travagem e<br />

resistência à abrasão. O composto, graças<br />

a uma fórmula otimizada combinada com<br />

tecnologia de mistura inovadora, melhora<br />

o desempenho em piso húmido e seco, sem<br />

esquecer novo reforço de coroa híbrida para<br />

maximizar o desempenho da estabilidade<br />

do pneu em alta velocidade. Um pacote de<br />

carcaça desportiva também é aplicado para<br />

aumentar o desempenho da estabilidade<br />

e a resposta da direção, enquanto otimiza<br />

a resistência ao rolamento. O resultado é<br />

um pneu de elevado desempenho capaz<br />

de maximizar a tração, manobrabilidade,<br />

controlo e desempenho geral do veículo.<br />

Para ultrapassar os problemas do ruído e<br />

desconforto causado pelos pneus UHP, os<br />

engenheiros da Bridgestone não são só<br />

desenvolveram pneus mais eficazes como<br />

também mais silenciosos e confortáveis sem<br />

esquecer por exemplo serem cada vez mais<br />

leves para contribuírem para as menores<br />

emissões <strong>dos</strong> veículos. As tecnologias da<br />

Bridgestone aplicadas nos produtos mais<br />

recentes são exemplo disso, como são o<br />

caso a tecnologia ENLITEN que reduz o consumo<br />

e a emissão de CO2 como também a<br />

tecnologia B-Silent que permite reduzir a<br />

ressonância do pneu em contacto com a<br />

estrada para o interior do habitáculo. Mas<br />

há que considerar que dentro do segmento<br />

UHP e UUHP a Bridgestone apresenta duas<br />

gamas. A gama Turanza com o produto T005<br />

vocacionado para uma utilização mais confortável<br />

e silenciosa e a gama Potenza com o<br />

S001 e o atual Potenza Sport vocaciona<strong>dos</strong><br />

para uma utilização desportiva.<br />

É de salientar que foi realizada uma pesquisa<br />

de mercado abrangente para iniciar o desenvolvimento<br />

do Potenza Sport: a Bridgestone<br />

entrevistou mais de 3.800 consumidores<br />

finais em toda a Europa. Esta contribuição<br />

importantíssima deu à Bridgestone as bases<br />

para projetar um pneu que atenda às<br />

necessidades e expetativas <strong>dos</strong> condutores<br />

em relação ao controlo e confiança.<br />

A questão da eficiência <strong>dos</strong> pneus UHP em<br />

piso molhado foi uma das principais preocupações<br />

ao longo do desenvolvimento<br />

do Potenza Sport. Face ao seu antecessor<br />

que já tinha credenciais bastante sólidas,<br />

falamos do Potenza S001, o Potenza Sport<br />

deu um salto qualitativo quando falamos<br />

em travagem em piso molhado. Melhorou<br />

os níveis de desgaste, conseguindo ainda<br />

uma evolução em setores tão importantes<br />

como curvar em piso molhado/hidroplanagem,<br />

desempenho e travagem no seco. Com<br />

to<strong>dos</strong> estes atributos que tornam o Potenza<br />

Sport num pneu-referência, garantiu-se a<br />

classificação A do Rótulo UE para o Índice<br />

de Aderência no Molhado. Os pneus UHP da<br />

Bridgestone têm normalmente um símbolo<br />

de velocidade W, Y ou até mesmo ZR. No<br />

entanto há algumas medidas que também<br />

têm um símbolo de velocidade V.<br />

Para 2021, a Bridgestone deseja dar continuidade<br />

ao que já fez em 2020 a crescer acima<br />

do segmento. Para o efeito, o lançamento do<br />

novo Potenza Sport virá trazer um grande<br />

contributo assim como as diversas homologações<br />

como equipamento de origem que<br />

este pneu já tem assegurado.<br />

CONTINENTAL<br />

A Continental, em linha com o mercado, tem<br />

registado uma tendência de crescimento<br />

no segmento UHP. Tem aumentado vendas<br />

e quota de mercado de forma consistente<br />

na marca Continental e também nas outras<br />

marcas do grupo. Exceção para o ano de<br />

2020 onde, fruto da redução da mobilidade<br />

por força da pandemia, o segmento registou<br />

uma redução e a marca também.<br />

A Continental possui uma vasta gama de<br />

pneus UHP de forma a garantir uma solução<br />

segura e tecnologicamente adequada a todo<br />

o tipo de veículos – desde carros desportivos<br />

até veículos familiares.<br />

O Centro de Tecnologia de Alto Desempenho<br />

(HTPC) desenvolve as principais tecnologias<br />

e materiais para os pneus UHP da Continental.<br />

Por exemplo, o composto de borracha<br />

Black Chili proporciona distâncias de travagem<br />

mais curtas em todas as condições<br />

meteorológicas. O Black Chili baseia-se nas<br />

descobertas mais recentes da investigação<br />

relativa a polímeros e matérias-primas. A<br />

inovadora formulação do composto de<br />

borracha com grande capacidade de se<br />

adaptar às micro e macro rugosidades do<br />

pavimento, proporciona aderência máxima<br />

e curtas distâncias de travagem, inclusive<br />

em piso molhado. Mas o desenvolvimento<br />

tecnológico vai para além <strong>dos</strong> compostos<br />

do piso. Exemplo é a tecnologia Aralon 350,<br />

desenvolvida em Portugal, na Continental<br />

ITA - Indústria Têxtil do Ave, especializada em<br />

têxteis técnicos para pneus. Esta tecnologia<br />

consiste numa tela híbrida, que proporciona<br />

o aumento da estabilidade dimensional do<br />

pneu a velocidades elevadas até 350 km/h.<br />

A Continental dispõe de uma vasta gama de<br />

pneus UHP por forma a atender às caraterísticas<br />

de diferentes veículos e às exigências de<br />

diferentes condutores. Vale a pena destacar<br />

a tecnologia ContiSilent: enchendo a cavi-<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

dade do pneu com materiais que absorvem<br />

as vibrações e impedem a sua propagação<br />

até ao condutor, bloqueando problemas<br />

de conforto acústico ou mecânico (ruído,<br />

vibrações no volante, etc.), consegue-se um<br />

pneu com baixo nível de ruído interior, que<br />

proporciona uma condução mais silenciosa<br />

e confortável.<br />

Os pneus Continental UHP têm um desempenho<br />

ímpar na manobrabilidade e<br />

segurança. As características de condução<br />

mais diferenciadores são a estabilidade em<br />

curva, a precisão da direção, a aderência<br />

e a capacidade de travagem. A gama de<br />

pneus Continental inclui os modelos ContiCrossContact<br />

UHP, ContiSportContact 5 P<br />

e SportContact 6, entre outros, com índices<br />

de velocidade W – suportam até 270km e<br />

Y, suportam até 300km/h.<br />

Apesar da incerteza que está a dominar este<br />

arranque de ano, a Continental está convencida<br />

que a situação do país irá normalizar,<br />

pelo que acredita que com o seu compromisso<br />

e dedicação as vendas tenderão para<br />

os níveis anteriores a 2020.<br />

Diferenças entre pneus UHP e pneus tradicionais<br />

<strong>Pneus</strong> tradicionais costumam ser utiliza<strong>dos</strong> em<br />

carros de uso popular que não têm um<br />

desempenho tão elevado, nem atingem<br />

velocidades muito altas. Para estes casos, a<br />

prioridade é a vida útil do pneu, que é mais longa.<br />

Já os pneus UHP são normalmente coloca<strong>dos</strong> em<br />

carros desportivos, que alcançam altas<br />

velocidades. O deu fabrico visa priorizar o<br />

desempenho em alta velocidade, que envolve<br />

maior segurança e resistência na pista. No<br />

entanto, devido ao desgaste mais acelerado, a<br />

vida útil é menor.<br />

Portanto, maior precisão da direção, aderência e<br />

travagem, seja em piso seco ou molhado, são os<br />

principais fatores que diferenciam pneus UHP <strong>dos</strong><br />

tradicionais. Para suprirem estes objetivos, os<br />

pneus de alta performance são mais largos, têm a<br />

parede lateral mais baixa e geralmente possuem<br />

desenhos diferencia<strong>dos</strong> nas fissuras. Isso significa<br />

que o ombro externo do pneu é diferente do<br />

ombro interno e do centro. Isto tem um efeito<br />

particularmente positivo na direção e nas curvas,<br />

fornecendo resposta rápida ao condutor.<br />

A característica principal de um pneu com<br />

desempenho Ultra-High Performance (UHP) não é<br />

apenas o tamanho, mas também a sua<br />

competência superior nas situações mais exigentes.<br />

Quando os fabricantes desenvolvem um pneu UHP,<br />

o objetivo é desenvolver um pneu de desempenho<br />

ultra elevado numa ampla variedade de condições.<br />

Como tal, estes pneus diferem em muitos aspetos<br />

<strong>dos</strong> pneus tradicionais, seja no composto utilizado,<br />

seja na própria estrutura do pneu.<br />

Exemplo disso são os pneus de equipamento<br />

original (EO) que os fabricantes de marcas<br />

premium desenvolvem em conjunto com os<br />

construtores de automóveis. O Equipamento<br />

Original (OE) é, de facto, um grande impulsionador<br />

do desenvolvimento de pneus de desempenho<br />

ultra elevado, já que pode assegurar uma maior<br />

estabilidade em curva, uma direção mais precisa,<br />

categorias de velocidade exatas e distâncias de<br />

travagem mais curtas, uma vez que é<br />

especialmente concebido para potenciar as<br />

características únicas da viatura e assim otimizar<br />

o seu desempenho.<br />

O principal fator distintivo <strong>dos</strong> pneus UHP é a<br />

carga tecnológica, tanto ao nível <strong>dos</strong> materiais<br />

como das tecnologias associadas. Tratam-se de<br />

modelos de vanguarda, que incorporam parte de<br />

uma carga tecnológica que, com o tempo, irá<br />

abranger o resto da gama.<br />

FALKEN<br />

A evolução das vendas de pneus Falken UHP<br />

em Portugal tem sido positiva, apesar deste<br />

último ano ter havido um desregulamento<br />

“natural”. A Falken é a marca em que o importador<br />

exclusivo AB Tyres aposta mais em<br />

stock, quantidade e gama. Face à conjetura<br />

atual <strong>dos</strong> fabricantes de marcas premium, a<br />

Falken tem ganho um destaque muito positivo,<br />

uma vez que os clientes que montam<br />

a primeira vez, depois repetem, o que é um<br />

indicador muito positivo.<br />

A Falken define o conceito de produto<br />

como Smart Premium, e em UHP os pneus<br />

FK510 e FK510SUV, oferecem um grande<br />

compromisso com a categoria A na travagem<br />

em toda a gama, assim como em ruído e<br />

conforto de primeiro nível. Em termos de<br />

desempenho, a marca é equipamento de<br />

origem de alguns modelos de prestígio,<br />

como o Porsche Macam e Mercedes G-Class<br />

ou o novo Toyota Mirai, o que demonstra a<br />

qualidade <strong>dos</strong> produtos.<br />

A possibilidade do condutor desfrutar de<br />

um desempenho seguro, desportivo, confortável<br />

com grande performance no consumo<br />

e quilometragem, juntamente com<br />

um preço mais competitivo e mais valia da<br />

garantia de 5 anos, faz o equilíbrio ideal e<br />

coloca os pneus Falken ao mais alto nível.<br />

Como principais características dinâmicas,<br />

destacamos a mais recente tecnologia de<br />

redução de ruído; eleva<strong>dos</strong> níveis de segurança<br />

e controlo; estabilidade direcional;<br />

comportamento excecional e estável em<br />

curvas com velocidade mais elevada; resistência<br />

extraordinária ao aquaplaning e<br />

curtas distâncias de travagem.<br />

A tecnologia “ADVANCE 4DNANO” utilizada<br />

na construção <strong>dos</strong> Falken UHP, permite oferecer<br />

produtos com maior equilíbrio nos seus<br />

compostos para alcançar o melhor compromisso<br />

de travagem, aderência, resistência<br />

ao rolamento e consumo de combustível.<br />

Esta tecnologia recebeu o prémio “Tire Technology<br />

Expo 2017” como a mais avançada<br />

do momento.<br />

Utilizando tecnologias de última geração<br />

4DNANO e ACP (Adapttive Constant Pressure)<br />

a marca consegue alcançar índices de<br />

ruído baixos entre 69/71db, desgaste regular<br />

de rodagem e conforto superior em qualquer<br />

condição, bem como um excelente resultado<br />

em condições em piso molhado, tanto na<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Destaque<br />

travagem ou na estabilidade e tração, não<br />

esquecendo a categoria A em travagem em<br />

toda a gama. Os compostos e a tecnologia<br />

4DNANO oferecem um excelente resultado<br />

em condições de piso molhado e seco, tanto<br />

na travagem quanto na estabilidade e aderência<br />

do pneu.<br />

Os pneus Falken UHP aplicam as tecnologias<br />

mais avançadas que a equipa interna<br />

da marca, tem feito ao longo do anos através<br />

do seu Centro Em Kobe ( Japao ) e são<br />

fabrica<strong>dos</strong> para corresponder às necessidades<br />

<strong>dos</strong> veículos mais exigentes e potentes,<br />

combinando desempenho, conforto e<br />

sustentabilidade.<br />

To<strong>dos</strong> os pneus Falken UHP têm garantia de<br />

5 anos para defeitos de fabrico, o que comprova<br />

a confiança e qualidade no produto.<br />

O melhor exemplo da vida útil <strong>dos</strong> pneus<br />

Falken UHP é o alto nível de satisfação <strong>dos</strong><br />

seus clientes, que repetem a sua experiência<br />

com a Falken, uma vez que testaram pela<br />

primeira vez o equilíbrio que os nossos produtos<br />

proporcionam.<br />

Os pneus Falken UHP têm como índice de<br />

velocidade Y e códigos ZR para carros de<br />

Turismo e W,Y na gama SUV.<br />

2021 será um ano que continuará com a<br />

desconfiança e incerteza de 2020 devido à<br />

pandemia e os danos económicos e sociais<br />

que vai gerar. Neste cenário, a estratégia<br />

clara e a disponibilidade de um produto de<br />

confiança com preço equilibrado e competitivo<br />

é uma ótima ferramenta num mercado<br />

onde as pessoas procuram ajustar seus<br />

orçamentos sem descurar a qualidade. A<br />

expetativa da AB Tyres é continuar a crescer<br />

junto com os parceiros (AB Partners), com<br />

base na estratégia de proteção e proximidade<br />

que tem vindo a desenvolver ao longo<br />

<strong>dos</strong> últimos anos.<br />

GOODYEAR<br />

As vendas globais da Goodyear, tal como<br />

aconteceu com todo o mercado, foram<br />

impactadas pelas restrições introduzidas<br />

em 2020 para fazer frente à Covid-19. No<br />

entanto, devido à dinâmica do mercado e<br />

ao foco da marca em segmentos de elevado<br />

valor, onde se incluem os pneus UHP, o seu<br />

desempenho tem sido melhor do que noutros<br />

segmentos de menor valor.<br />

Os pneus Goodyear UHP são inspira<strong>dos</strong> na<br />

competição, mas concebi<strong>dos</strong> para serem<br />

utiliza<strong>dos</strong> dentro e fora <strong>dos</strong> circuitos. O objetivo<br />

<strong>dos</strong> engenheiros não é outro senão a<br />

perfeição na criação de um pneu de desempenho<br />

superior. Para isso, são considera<strong>dos</strong><br />

to<strong>dos</strong> os aspetos da condução: desempenho<br />

e potencial do carro, condições da estrada<br />

e do clima e, claro, situações de condução<br />

desafiadoras como aceleração, travagem e<br />

curvas. Para os desenvolver, a marca tem em<br />

consideração tudo o que aprendeu com os<br />

seus pneus de competição e procura aplicar<br />

esses ensinamentos desenvolvendo soluções<br />

técnicas que vão ao encontro das exigências<br />

<strong>dos</strong> veículos mais potentes. Algo que<br />

a marca destaca no seu lema “Da competição<br />

para a estrada”.<br />

Para conceber os seus pneus UHP, a Goodyear<br />

inspira-se na sua experiência em<br />

competição e nos diversos fatores que lhe<br />

permitiram acumular inúmeras vitórias.<br />

Como resultado consegue fabricar pneus<br />

adequa<strong>dos</strong>, tanto para circuito como para<br />

estrada, com um excelente desempenho que<br />

permite aumentar a segurança sem perder<br />

a experiência de condução nem o conforto.<br />

Na construção destes pneus UHP são utiliza<strong>dos</strong><br />

​materiais que ajudam a melhorar a<br />

aderência à estrada, como sílicas e resinas especiais.<br />

Por exemplo, o Eagle F1 Supersport<br />

R tem compostos de resina que melhoram<br />

o atrito, ou o material de sílica adicionado à<br />

borracha que permite que o Eagle F1 Asymmetric<br />

5 controlar a temperatura em to<strong>dos</strong><br />

os momentos graças à tecnologia Impulse<br />

Control Compoud. Para o Eagle F1 Asymmetric<br />

5, a mistura de borracha permite<br />

versatilidade e facilita a aderência em piso<br />

molhado.<br />

Um pneu UHP não significa necessariamente<br />

pior conforto devido ao ruído e ao amortecimento.<br />

Na verdade, os pneus Goodyear<br />

UHP são monta<strong>dos</strong> de origem em muitos<br />

carros elétricos (Porsche Taycan, Jaguar I-<br />

-PACE, Audi e-tron, etc.) em que o som de<br />

rolamento é mais importante, pois na ausência<br />

de ruído mecânico poderia tornar-se um<br />

ponto crítico. Mesmo assim, a marca conta<br />

com uma tecnologia denominada Sound-<br />

Comfort que proporciona uma condução<br />

muito mais silenciosa e confortável, reduzindo<br />

até 50% o nível de ruído dentro do<br />

veículo. Os pneus com SoundComfort são<br />

projeta<strong>dos</strong> com uma barreira de som integrada.<br />

Como se fosse uma almofada para<br />

os pneus, esta barreira acústica reduz as vibrações<br />

do ar e amortece o ruído interior do<br />

veículo durante a condução. Esta tecnologia<br />

está disponível em pneus UHP de verão e<br />

inverno, para automóveis de passageiros<br />

e modelos SUV.<br />

A Goodyear/Dunlop equipa de origem diversos<br />

segmentos de veículos, desde o BMW<br />

Série 5 e Mercedes E-Class, a grandes SUVs<br />

como o Audi Q7, Jaguar E-PACE ou BMW X3,<br />

entre outros. Num patamar acima estão os<br />

carros de muito altas prestações, como o<br />

Volkswagen Golf ClubSport, Mercedes C63<br />

S-AMG, BMW M4 CS, Porche Taycan ou Porsche<br />

911 GT3 RS, para os quais o Eagle F1<br />

SuperSport RS foi homologado como equipamento<br />

de origem. Também são pneus<br />

projeta<strong>dos</strong> para a competição, e este mesmo<br />

modelo, o Eagle F1 SuperSport RS, é o pneu<br />

oficial da WTCR (FIA World Touring Car Cup),<br />

que a Goodyear irá fornecer em todas as<br />

suas corridas para todas as especificações<br />

até 2022.<br />

Tanto os pneus UHP, como os UUHP, são<br />

concebi<strong>dos</strong> como pneus adequa<strong>dos</strong> para<br />

pista e que atingem o melhor desempenho<br />

em pisos secos. No entanto, isso não significa<br />

que não sejam adequa<strong>dos</strong> para pisos molha<strong>dos</strong>.<br />

Especificamente, o modelo Eagle F1<br />

SuperSport foi projetado como um pneu de<br />

alto desempenho para estrada e, portanto,<br />

as três zonas centrais foram otimizadas para<br />

garantir desempenho e segurança em piso<br />

molhado, permitindo ao condutor levar o<br />

carro um pouco mais ao limite quando<br />

curva, garantindo travagem em piso molhado<br />

acima da média. Este pneu foi classificado<br />

como o melhor entre os UUHPs pela<br />

revista Tyre Review em 2019, destacando o<br />

seu comportamento em piso molhado em<br />

comparação com a concorrência.<br />

Embora ainda existam muitas incertezas<br />

para 2021 e muitas incógnitas que podem<br />

impactar significativamente a evolução do<br />

mercado, a Goodyear tem um foco claro nos<br />

pneus UHP e UUHP, pelo que a sua ambição<br />

é ganhar quota de mercado.<br />

HANKOOK<br />

A Hankook possui uma vasta gama de pneus<br />

UHP, onde se incluem os pneus de verão UHP<br />

Ventus S1 evo 3 SUV e os pneus de inverno<br />

i *. Cept evo 2 SUV.<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

A construção de pneus UHP para veículos de<br />

altas prestações é particularmente exigente.<br />

É por isso que a resistência da estrutura do<br />

pneu é de particular importância. A Hankook<br />

também presta especial atenção às características<br />

de desempenho destes pneus em<br />

piso molhado e seco. O Ventus S1 evo 3 SUV<br />

aumentou significativamente a resistência<br />

da parede lateral em comparação com os<br />

produtos padrão, graças ao uso de “bead-<br />

-packing”, um material de nylon especial na<br />

área da parede lateral. A carcaça de duas<br />

camadas e o uso de um material composto<br />

de aramida reduzem a expansão indesejada<br />

da circunferência de rolamento a altas velocidades<br />

em até 60 por cento em comparação<br />

com os perfis anteriores. Por isso, os<br />

pneus Hankook UHP têm estabilidade de<br />

condução e precisão de direção muito altas,<br />

bem como maior durabilidade devido ao<br />

menor aquecimento geral. O desempenho<br />

dinâmico e desportivo em condições secas<br />

e molhadas foi aprimorado por um novo<br />

composto de piso que usa resinas naturais<br />

de alto desempenho. Como resultado, o<br />

Ventus S1 evo 3 SUV atinge um nível consistentemente<br />

alto de desempenho numa<br />

ampla gama de temperaturas e condições.<br />

O multipremiado Hankook Winter i * cept<br />

evo 2 com um design de piso assimétrico é o<br />

pneu de inverno opcional para o Audi RS Q8.<br />

O lado externo da banda de rodagem com<br />

seu padrão de bloco largo oferece melhores<br />

características de condução, especialmente<br />

em condições de piso seco, enquanto o lado<br />

interno da banda de rodagem com seu maior<br />

número de blocos e bordas lamelares garante<br />

excelente desempenho de travagem<br />

e tração na neve.<br />

Para atingir o equilíbrio entre desempenho<br />

de direção incrível e adequação para o uso<br />

diário, a Hankook fornece pneus de alta<br />

qualidade para um segmento de veículos<br />

particularmente exigente e em crescimento.<br />

Para clientes exigentes<br />

Cada vez mais, os condutores estão<br />

conscientes da importância <strong>dos</strong> pneus que<br />

têm na sua viatura. Se há uns anos, o perfil<br />

se situava na questão do preço <strong>dos</strong> pneus, agora<br />

dão mais atenção à segurança, ao ruído, à<br />

resistência ao rolamento, ao conforto e à pegada<br />

ecológica. Para atingir esse equilíbrio entre<br />

desempenho e adequação para uso diário, as<br />

marcas oferecem os pneus UHP de altas<br />

prestações destina<strong>dos</strong> a esta tipologia de<br />

condutores particularmente exigentes.<br />

Os pneus UHP são especialmente desenvolvi<strong>dos</strong><br />

para carros de média a alta gama e são ideais<br />

para quem pretende obter elevadas prestações.<br />

Garantem uma excelente estabilidade em curva a<br />

velocidade superiores e a melhor aderência, tanto<br />

em piso seco como molhado, para distâncias de<br />

travagem mais curtas.<br />

A principal vantagem para o condutor é a<br />

segurança proporcionada por estes pneus, que<br />

apresentam prestações desportivas, estabilidade<br />

em curva, precisão da direção, aderência e<br />

capacidade de travagem, fatores muito valoriza<strong>dos</strong><br />

pelos condutores, uma vez que afetam diretamente<br />

a manobrabilidade e o prazer de condução.<br />

To<strong>dos</strong> os pneus UHP tiveram a questão do conforto<br />

em consideração, mas, o tipo de automóveis e<br />

utilizações a que cada um se destina, elevam<br />

certas exigências de construção de modo a que<br />

cada produto satisfaça as necessidades de cada<br />

condutor. Por exemplo, quem adquire um<br />

automóvel com jantes 18” ou 19” super desportivo<br />

não coloca o conforto como caraterística<br />

fundamental na sua escolha. Um perfil mais baixo<br />

é sempre mais rígido e, portanto, é verdade que se<br />

perde um pouco de conforto, mas a principal<br />

exigência de um proprietário de um veículo<br />

desportivo ou superdesportivo é a aderência,<br />

sobretudo em curva e na travagem, duração e<br />

conforto são deixa<strong>dos</strong> mais num segundo plano.<br />

Mas o condutor de um automóvel com jantes<br />

também em 18” ou 19”, mas de turismo, já terá o<br />

conforto e silêncio de rolamento como fator<br />

principal. Por isso as marcas disponibilizam vários<br />

modelos dentro da gama UHP para terem soluções<br />

para diferentes tipos de clientes.<br />

Os pneus UHP, acima de tudo, são produtos<br />

pensa<strong>dos</strong> e desenvolvi<strong>dos</strong> para irem ao encontro<br />

de veículos super exigentes em termos de<br />

potência, comportamento em curva, aceleração,<br />

travagem e dinâmica global. Quanto mais potente<br />

é um veículo, mais exigente se torna o papel do<br />

pneu. No fundo os pneus UHP são aqueles onde a<br />

marca aplica a tecnologia mais desenvolvida e as<br />

matérias-primas mais dispendiosas que lhe<br />

permite fazer face à potência, ao torque <strong>dos</strong><br />

motores (quer sejam de combustão ou elétricos), à<br />

maior necessidade de capacidade de aceleração e<br />

travagem e no final serem ainda mais eficientes<br />

em termos de resistência ao rolamento e peso<br />

final. Digamos que os pneus UHP para serem<br />

suficientemente eficazes precisam também de um<br />

maior investimento de pesquisa e<br />

desenvolvimento. Pelas suas grandes<br />

performances, os materiais utiliza<strong>dos</strong> no seu<br />

fabrico são de última geração e mais sofistica<strong>dos</strong>.<br />

Há que ter em conta que estes pneus são leva<strong>dos</strong><br />

muitas vezes a situações limite.<br />

KORMORAN<br />

A gama de pneus UHP da Kormoran apresenta<br />

mais de 50 medidas e foram adicionadas<br />

novas medidas ao portefólio ainda<br />

durante o ano de 2020. Apresentam uma<br />

oferta dedicada para jante 17” ou superior e<br />

combinam segurança e performance. Estes<br />

pneus apresentam canais longitudinais e<br />

transversais para uma drenagem eficiente<br />

da água e o design específico da banda de<br />

rodagem proporciona uma excelente aderência.<br />

Graças ao design do pneu, a zona de<br />

contacto está otimizada e a incorporação de<br />

sílica traduz-se na redução do consumo de<br />

combustível. Os índices de velocidade vão<br />

de V 240 km/h a Y 300 km/h.<br />

Relativamente às suas principais vantagens,<br />

os novos pneus Kormoran UHP apresentam<br />

equilíbrio na aderência em piso seco e molhado,<br />

graças ao padrão assimétrico, melhor<br />

rendimento e redução do consumo de combustível,<br />

beneficiando de todo o know-how<br />

do maior fabricante de pneus francês.<br />

Os pneus Kormoran UHP são fabrica<strong>dos</strong> com<br />

compostos de borracha de alta qualidade<br />

em que se adicionou um maior teor de sílica.<br />

Este composto diminui a resistência ao rolamento<br />

e aumenta a tração em piso molhado<br />

e é também responsável por uma maior durabilidade<br />

do pneu. To<strong>dos</strong> os pneus de alta<br />

performance como o Kormoran UHP, para<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

desenvolver todas as suas potencialidades,<br />

precisam de um perfil baixo ou série (altura<br />

do flanco) de 60 a 35. A maioria tem um<br />

perfil menor ou igual a 55, o que se traduz<br />

em alta performance. Os pneus Kormoran<br />

UHP estão em conformidade com os atuais<br />

regulamentos europeus de rotulagem (labeling)<br />

em termos de ruído e mostram níveis<br />

entre os 71-73 dB.<br />

Os pneus Kormoran não deixam os seus créditos<br />

por mãos alheias. O cliente tipo <strong>dos</strong><br />

pneus Kormoran UHP é um cliente que valoriza<br />

desempenho e segurança, mas também<br />

valoriza a relação qualidade-preço. Quem<br />

experimentou os pneus Kormoran, afirma que<br />

encontrou poucas diferenças comparando<br />

com anteriores experiências com marcas<br />

mais conceituadas. O justo equilíbrio entre<br />

a qualidade final de produto, a segurança,<br />

performance e durabilidade parecem ser os<br />

fatores decisivos para quem opta por estes<br />

pneus. “Melhores do que os outros mais baratos,<br />

tão bons quanto alguns <strong>dos</strong> mais caros,<br />

excelentes, os pneus Kormoran surpreendem<br />

pela positiva”, são algumas das opiniões entre<br />

os utilizadores <strong>dos</strong> pneus Kormoran.<br />

A S. José <strong>Pneus</strong>, distribuidor estratégico<br />

da Kormoran em Portugal, está confiante<br />

no crescimento de vendas de pneus UHP<br />

nos próximos anos, uma vez que há cada<br />

vez mais modelos de carros equipa<strong>dos</strong> de<br />

origem com jantes de 17” e superiores.<br />

LASSA<br />

Na marca Lassa Tyre o modelo UHP é o Driveways<br />

Sport que tem tido um forte crescimento<br />

no mercado nos últimos 4 anos. A<br />

partir de 2019 houve um aumento significativo<br />

de medidas neste segmento da marca,<br />

um crescimento que está diretamente ligado<br />

ao aumento na procura de veículos <strong>dos</strong> segmentos<br />

intermédio e de luxo. O pneu UHP<br />

Driveways Sport beneficia da última geração<br />

de tecnologia Lassa com uma nova carcaça,<br />

novo piso e novo composto. No processo de<br />

fabrico todas as características de um pneu<br />

UHP foram otimizadas, com o objetivo de<br />

melhorar a condução a alta velocidade, o<br />

controle em curva e o manuseamento em<br />

piso seco e molhado.<br />

Os blocos de ranhuras <strong>dos</strong> ombros estão<br />

interconecta<strong>dos</strong> fazendo com que os movimentos<br />

entre os blocos sejam mais limita<strong>dos</strong>,<br />

reduzindo assim a resistência ao rolamento e<br />

os níveis de ruido. As ranhuras interconectadas<br />

contribuem para a absorção da pressão<br />

em travagem e curva fazendo com que esta<br />

pressão seja mais bem distribuída pelo pneu,<br />

melhorando a performance em travagem e<br />

curva. Outra tecnologia usada neste pneu é<br />

chamada “Frequency Modulation” em que<br />

podemos observar que as ranhuras do piso<br />

são diferentes umas das outras, produzindo<br />

assim ruído em frequências diferentes que<br />

acabam por se cancelar entre si, o que gera<br />

uma redução <strong>dos</strong> níveis de ruído.<br />

O Driveways Sport é construído com uma<br />

carcaça mais leve, parede mais fina e talão<br />

mais pequeno sem nunca comprometer a<br />

durabilidade e segurança do pneu. Os condutores<br />

que usam pneus UHP preferem uma<br />

experiência de condução desportiva com automóveis<br />

do segmento intermédio e de luxo.<br />

O Driveways Sport UHP está preparado para<br />

uma condução estável a alta velocidade,<br />

forte controle em curva e manuseamento<br />

perfeito em piso molhado e seco.<br />

O composto utilizado no fabrico do Driveways<br />

Sport beneficia da última geração<br />

tecnológica da Lassa. Nesse composto existe<br />

a tecnologia Nano Protect em que as moléculas<br />

do piso se mantêm a uma distância<br />

igual e constante, resultando num melhor<br />

manuseamento em estrada e redução de<br />

resistência a rolamento.<br />

Os pneus UHP são construí<strong>dos</strong> com um enfoque<br />

na performance. Melhor condução a<br />

alta velocidade, melhor controle em curva e<br />

manuseamento perfeito em piso molhado<br />

e seco. Aspetos como ruido e economia são<br />

menos importantes neste segmento. Os<br />

pneus UHP, devido às suas características,<br />

têm naturalmente uma menor quilometragem<br />

quando compara<strong>dos</strong> com os outos segmentos.<br />

No entanto, o modelo Driveways<br />

Sport da Lassa é construído também com<br />

o enfoque de não comprometer a durabilidade.<br />

Os índices de velocidade são W e Y.<br />

Partindo do pressuposto que a partir de abril<br />

2021 tenhamos um ano normal, a perspetiva<br />

da Pneurama, importador da Lassa para Portugal,<br />

é que a vendas do modelo Driveways<br />

Sport (UHP) continuem a ter um crescimento<br />

superior ao resto <strong>dos</strong> segmentos da marca<br />

no nosso país. Existe uma enorme retenção<br />

nos clientes Lassa em to<strong>dos</strong> os segmentos<br />

da marca e o UHP não é exceção. Sendo<br />

um pneu de alta gama a implementação no<br />

mercado tem sido mais lenta mas sempre<br />

em crescimento.<br />

MICHELIN<br />

A Michelin é marca líder de mercado e isso<br />

tem reflexo obrigatório no segmento UHP,<br />

onde de maneira mais natural as prestações e<br />

qualidade do produto são mais valorizadas. A<br />

evolução das nossas vendas neste segmento<br />

tem sido muito positiva, com ganhos em vendas<br />

e quota de mercado em todas as jantes.<br />

A gama da Michelin de Ultra Altas Performances<br />

(UHP) é constituída por três produtos:<br />

Michelin Pilot Sport 4; Michelin Pilot<br />

Sport 4 S; Michelin Pilot Sport Cup 2, com<br />

duas versões, o Pilot Sport Cup 2 Connect<br />

e o Pilot Sport Cup 2 R. Os pneus Michelin<br />

UHP, são os primeiros que beneficiam de<br />

toda a experiência que a Michelin obtém<br />

no melhor laboratório que é a competição<br />

e, portanto, a sua principal característica<br />

é que são pneus desportivos oriun<strong>dos</strong> da<br />

competição, para veículos desportivos de<br />

altas performances ou superdesportivos de<br />

muito elevadas performances.<br />

O Pilot Sport 4 é um pneu 100% utilização<br />

estrada, concebido para durar, com um único<br />

composto na sua banda de rolamento. Um<br />

pneu muito preciso na sua condução e com<br />

uma excelente reatividade. Também contribui<br />

para uma máxima segurança em estradas<br />

molhadas.<br />

O Pilot Sport 4 S, é um pneu 100% estrada<br />

que em 20% da sua utilização pode rodar em<br />

circuito. Na sua banda de rolamento, a tecnologia<br />

deste pneus é Bi-Compound, tem dois<br />

compostos, um na parte exterior da banda<br />

de rolamento, incorpora um novo composto<br />

híbrido que favorece a aderência em solo seco<br />

e reforça o apoio em curva, enquanto que a<br />

parte interna dispõe de um novo composto<br />

que permite ao pneu oferecer uma excelente<br />

tração e aderência em solo molhado.<br />

O Pilot Sport Cup 2 Connect, é o primeiro<br />

pneu conectado que permite explorar ao<br />

máximo as suas excelentes performances<br />

em circuito. É o pneu mais radical, para superdesportivos,<br />

em utilização circuito que<br />

permite alcançar os melhores tempos por<br />

volta, batendo to<strong>dos</strong> os recordes no circuito<br />

de Nürburgring. Estes pneus também dispõem<br />

da tecnologia Bi-Compound na sua<br />

banda de rolamento e são semi-slick, o mais<br />

próximo a um pneu de competição, para<br />

uma utilização em circuito e homologa<strong>dos</strong><br />

para circular por estrada.<br />

Toda a gama Michelin UHP tem um design<br />

Premium, com um acabamento Premium<br />

Touch que proporciona um efeito aveludado<br />

no flanco do pneu que realça a imagem do<br />

veículo. Também toda a gama UHP tem um<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Destaque<br />

cordão de protetor de jante.<br />

A Michelin utiliza produtos e compostos de<br />

última geração oriun<strong>dos</strong> da competição que<br />

é onde o pneu está submetido a máximas<br />

exigências, esforços e performances sob todas<br />

as condições. O objetivo é ser o pneu<br />

mais rápido e o que mais quilómetros ou<br />

voltas faça, mantendo as máximas performances<br />

até ao final da sua vida útil.<br />

Um <strong>dos</strong> objetivos da Michelin é assegurar a<br />

mobilidade das pessoas e mercadorias. Em<br />

assegurar a mobilidade das pessoas e mercadorias<br />

entra, como não pode ser de outra<br />

forma, a segurança quer seja em solo seco<br />

ou solo molhado, sendo que no molhado a<br />

condução é algo mais complicada e requer<br />

ainda mais atenção à estrada.<br />

Dito isto, os pneus Michelin UHP são extremamente<br />

eficientes e seguros em solo<br />

seco e em solo molhado. Referir que ao nível<br />

da rotulagem de pneus que categoriza os<br />

pneus pela sua eficiência energética, nível<br />

de ruído e aderência em piso molhado, 75<br />

% <strong>dos</strong> pneus Michelin UHP têm máxima<br />

categoria (A) em aderência em molhado e<br />

o resto são categoria B.<br />

Relativamente ao código de velocidade, 81%<br />

têm código de velocidade (Y) para uma velocidade<br />

superior a 300 km/h; 14% têm código<br />

de velocidade Y para uma velocidade até 300<br />

km/h; 5% têm código de velocidade W para<br />

uma velocidade até 270 km/h.<br />

A nível das vendas, a Michelin tem perspetivas<br />

muito otimistas para o segmento de<br />

pneus UHP, de acordo com a evolução do<br />

parque de veículos com jantes de 17” e superiores,<br />

pelo que este ano continuaremos<br />

a ver crescimentos de UHP superiores do<br />

resto <strong>dos</strong> segmentos.<br />

NEXEN<br />

A Nexen, seguindo a tendência do próprio<br />

mercado, tem crescido significativamente<br />

na gama UHP. A enorme abrangência da sua<br />

gama neste segmento, tem uma cobertura<br />

quase total a nível de gama dimensional e<br />

a excelente relação qualidade-preço, são<br />

os principais fatores que explicam este<br />

crescimento.<br />

A gama UHP da Nexen está em constante<br />

evolução e atualização e neste momento<br />

disponibiliza nos pneus de turismo os<br />

pisos N Fera Primus e N Fera Sport e nos<br />

de 4x4-SUV o N Fera Sport SUV (lançado<br />

em Janeiro). São pneus de última geração,<br />

feitos na Europa, na fábrica da Republica<br />

Checa, que é uma das mais modernas e<br />

automatizadas do mundo.<br />

A Gama N Fera Sport destaca pelo seu alto<br />

desempenho em molhado e pelo seu baixo<br />

nível de ruido. Os N Fera Primus e N Blue<br />

S (Equipamentos de origem) obtiveram<br />

etiquetas energéticas de classificação AA<br />

em resistência ao rolamento e aderência<br />

em piso molhado. Destacam-se pelas suas<br />

excelentes performances e sensações desportivas<br />

durante a condução.<br />

O pneus Nexen UHP destacam-se pela excelente<br />

performance e nível de prestações,<br />

não inferior a qualquer marca premium,<br />

acompanhado de um preço competitivo,<br />

o que lhes confere uma das melhores relações<br />

qualidade-preço do mercado. O<br />

cliente tipo <strong>dos</strong> pneus Nexen UHP é um<br />

consumidor exigente, preocupado com o<br />

seu carro e a sua segurança e que gosta e<br />

valoriza o prazer da condução pagando<br />

um preço justo.<br />

A Nexen, como já referido anteriormente,<br />

tem um conjunto de fábricas das mais<br />

modernas do mundo, e para além disto<br />

também utiliza os compostos da máxima<br />

qualidade, para dar como resultado um<br />

pneu que consegue estar à altura de<br />

qualquer fabricante Premium. A marca<br />

está sempre a evoluir para adaptar-se a<br />

todas as necessidades, sejam elas legais<br />

(regulação), <strong>dos</strong> fabricantes de automóveis<br />

e <strong>dos</strong> consumidores. Devido a tudo isto e<br />

ao know how e capacidade tecnológica<br />

adquirida ao longo <strong>dos</strong> anos, conseguiu<br />

que na emissão de ruído, grande parte da<br />

gama atual tenha uma classificação de 1<br />

(a melhor disponível).<br />

Os pneus Nexen UHP tem índices de velocidade:<br />

ZR, W e Y. A nível de medidas a gama<br />

cobre até jante 22 e em termos de perfil<br />

vai até a serie 25. Dentro da gama Nexen,<br />

dependendo do tipo de viatura e estilo de<br />

condução o cliente pode encontrar o pneu<br />

que se ajuste melhor a cada necessidade.<br />

O distribuidor exclusivo RS Contreras, espera<br />

conseguir crescer de uma forma constante<br />

e sustentável, pois sabe que pode<br />

contar com um produto de topo, estando<br />

completamente foca<strong>dos</strong> na gama UHP.<br />

NOKIAN<br />

Tendo em conta as circunstâncias do ano<br />

de 2020, a Nokian não poderia estar mais<br />

contente com a evolução da marca em<br />

Portugal, pois teve um crescimento a nível<br />

geral, incluindo a gama UHP, com o novo<br />

modelo Powerproof que é realmente um<br />

caso de sucesso.<br />

A gama UHP da Nokian é constituída pelo<br />

modelo Powerproof para viaturas ligeiras<br />

de passageiros e pelo Powerproof SUV para<br />

viaturas SUV. Ambos são caracteriza<strong>dos</strong><br />

por um comportamento preciso e estável<br />

a alta velocidade, excelente agarre em piso<br />

molhado e a alta resistência das fibras de<br />

Aramida existentes na parede <strong>dos</strong> pneus<br />

SUV, que as protegem contra danos provoca<strong>dos</strong><br />

por impactos.<br />

São pneus altamente fiáveis em piso seco,<br />

mas sobretudo em molhado (classificação<br />

A), condução altamente precisa (o pneu<br />

“obedece” a qualquer ação do condutor),<br />

durabilidade e conforto, para mencionar<br />

alguns aspetos. Como a marca costuma<br />

dizer “Tranquilidade em todas as condições”.<br />

A evolução deste tipo de pneus tem sido<br />

muito elevada. Os pneus Nokian UHP<br />

pautam-se por um excelente compromisso<br />

entre performance e conforto. Os<br />

modelos para turismo e SUV, além de terem<br />

uma estrutura altamente resistente, têm<br />

características que os tornam altamente<br />

confortáveis, principalmente a nível do<br />

ruído de rolamento. Uma das inovações é<br />

o “Design Silent Groove” ou “Sulcos Silenciosos”.<br />

São umas reentrâncias hemisféricas<br />

que existem nas paredes das nervuras<br />

longitudinais que diminuem a resistência<br />

do ar que passa pelas ranhuras do pneu.<br />

Reduzem o ruído de rolamento e consequentemente<br />

o ruído no interior da viatura.<br />

Os modelos Nokian são to<strong>dos</strong> classificação<br />

A em molhado, pois uma das principais<br />

preocupações <strong>dos</strong> Finlandeses, é que os<br />

pneus sejam o mais eficiente possível nas<br />

piores condições de circulação. A Nokian<br />

quer continuar a crescer neste segmento<br />

de mercado e revela que o seu objetivo é<br />

bastante ambicioso.<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

PIRELLI<br />

A Pirelli tem verificado uma tendência crescente<br />

na venda de pneus UHP, tendo fechado<br />

o ano 2020 com um aumento de 15%, e a<br />

previsão para 2021 é um crescimento na<br />

ordem <strong>dos</strong> dois dígitos.<br />

A gama de pneus Pirelli UHP é focada em<br />

três vertentes: performance, segurança e<br />

tecnologia. São modelos que concentram<br />

as aprendizagens derivadas do mundo da<br />

competição e do trabalho com os fabricantes<br />

mais prestigia<strong>dos</strong>. Esta concentração tecnológica<br />

contribui para que estes produtos<br />

ofereçam o mais alto desempenho sem<br />

afetar o meio ambiente, devido ao foco na<br />

redução da resistência ao rolamento. Por fim,<br />

não podemos esquecer que grande parte da<br />

gama de pneus Pirelli UHP nasce com uma<br />

homologação específica para um determinado<br />

modelo, o que os torna o equipamento<br />

ideal para aquele carro, como se fosse um<br />

fato feito à medida.<br />

A principal vantagem para o condutor e<br />

a mais importante é a segurança, foco essencial<br />

em todas as criações da Pirelli. De<br />

seguida, são os benefícios que auxiliam<br />

o condutor no que à manobrabilidade,<br />

aceleração e travagem diz respeito. Existe<br />

também a possibilidade de associar a este<br />

tipo de pneus certas componentes tecnológicas,<br />

como o PNCS, que reduz o ruído no<br />

habitáculo, ou as tecnologias de mobilidade<br />

estendida, tais como o Seal Inside e o Run<br />

Flat, que nos permitem esquecer vários problemas<br />

que um simples furo pode criar. E,<br />

finalmente, no caso de conduzir um modelo<br />

elétrico ou híbrido plug-in, a Pirelli incorpora<br />

a tecnologia Elect nos seus pneus UHP, que<br />

se traduz num conjunto de medidas destinadas<br />

a reduzir ainda mais a resistência<br />

ao rolamento para aumentar a autonomia,<br />

reduzir o ruído e aumentar a resistência do<br />

A vida útil de um pneu UHP<br />

Existem múltiplos fatores que determinam a<br />

vida útil do pneu e que passam pela própria<br />

condução. Por exemplo as forças de atrito<br />

entre o pneu e o asfalto provocam desgaste do<br />

pneu. E quanto maior o deslizamento, maior é o<br />

desgaste. Quanto maior for a velocidade<br />

circunferencial do pneu e quanto menor for a<br />

velocidade real do veículo, maior e mais rápido<br />

será o desgaste <strong>dos</strong> pneus. Um tipo de condução<br />

mais dinâmica, manobras bruscas, acelerações e<br />

travagens constantes limitam a vida útil do pneu.<br />

Entendemos que um pneu UHP, ao proporcionar<br />

uma performance superior, permite ao condutor<br />

uma condução mais desportiva. Neste caso, o uso<br />

intenso <strong>dos</strong> pneus resultará num aumento do<br />

desgaste. O que as marcas priorizam é a elevada<br />

performance garantindo que to<strong>dos</strong> os quilómetros<br />

de vida útil serão efetua<strong>dos</strong> com qualidade e<br />

segurança.<br />

Dito isto, é consensual que a vida útil de um pneu<br />

UHP é menor que a de um pneu standard. A média<br />

de vida de um pneu standard num veículo utilitário<br />

é de 40- 50.000 kms, enquanto que um pneu UHP<br />

equipado num desportivo ou superdesportivo é de<br />

20 - 30.000 kms. Tudo depende das<br />

características do automóvel, com mais ou menos<br />

potência, a forma de conduzir e o tipo de estrada<br />

por onde circule.<br />

É uma questão complexa porque os pneus UHP<br />

vão desde medidas em jante 17” até jante 21” ou<br />

superior como já acontece com alguns<br />

fabricantes. Neste intervalo tão grande de<br />

medidas torna-se complexo dizer que um pneu<br />

UHP dura x quilómetros porque isso vai sempre<br />

depender de vários fatores. O mais simples de<br />

responder será dizer que quanto maior for um<br />

pneu em termos de largura maior será a superfície<br />

de contato com a estrada, logo maior atrito e<br />

automaticamente maior desgaste, mas mesmo<br />

esta situação não é linear porque há condutores<br />

que mesmo com pneus em jantes 19” conseguem<br />

fazer quilometragens mais elevadas. Há também<br />

um outro elemento que convém referir. Quanto<br />

mais tecnologia de segurança tiver o veículo,<br />

maior será o compromisso do pneu no<br />

comportamento global fazendo com que o mesmo<br />

esteja sempre a ser solicitado e isso é mais um<br />

fator que vai determinar a durabilidade do mesmo.<br />

pneu face ao maior peso deste tipo de carros.<br />

Os pneus UHP incorporam materiais de novas<br />

tecnologias. O alto teor de sílica, une-se<br />

aos nano-materiais especificamente projeta<strong>dos</strong><br />

e a componentes do pneu deriva<strong>dos</strong><br />

da competição. Tudo isto sem renunciar à<br />

sustentabilidade, uma exigência estratégica<br />

da Pirelli como empresa.<br />

O capítulo do ruído é um aspeto fundamental<br />

para to<strong>dos</strong> os pneus UHP, uma exigência<br />

que crescerá com a chegada de novos veículos<br />

elétricos. Nesse sentido, a Pirelli possui<br />

uma tecnologia específica denominada de<br />

PNCS (Pirelli Noise Canceling System), que<br />

consegue mitigar o ruído do rolamento<br />

que é filtrado para o habitáculo, através da<br />

utilização de um material específico localizado<br />

no interior do pneu. A utilização deste<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Destaque<br />

material tem aumentado exponencialmente<br />

nos últimos tempos, principalmente em modelos<br />

de alta performance <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes mundiais.<br />

O público alvo para os pneus Pirelli UHP conduz<br />

carros de turismo ou SUV, com pneus de<br />

18” ou superior, e manifesta uma inclinação<br />

para um equipamento feito à medida do<br />

carro que conduz, ou seja, para marcações<br />

específicas, ou para um pneu que melhor<br />

se adapte ao seu estilo de condução. Trata-<br />

-se também de um perfil de cliente que é<br />

sensível às tecnologias associadas aos pneus<br />

(antifuros ou antirruído).<br />

O foco na aderência em piso molhado é essencial<br />

e é um apartado que tem verificado<br />

grandes avanços nos últimos tempos, algo<br />

comprovado com o atual modelo P Zero,<br />

bandeira UHP da marca. O progresso tecnológico,<br />

em particular com a aplicação de<br />

novos materiais, como o aumento do teor de<br />

sílica no composto, e as novas tecnologias<br />

na banda de rodagem, têm ajudado neste<br />

capítulo, tal como evidencia os valores do<br />

rótulo do produto.<br />

A Pirelli é tradicionalmente uma marca que<br />

se distingue pelos códigos de alta velocidade.<br />

Para a atual linha UHP da Pirelli, o<br />

código que mais vezes foi atribuído é o Y.<br />

Embora a situação de pandemia dificulte<br />

as previsões no que às vendas diz respeito,<br />

a Pirelli quer continuar a trabalhar para o<br />

crescimento da marca neste segmento de<br />

alto valor, em linha com a proposta da marca<br />

a nível mundial.<br />

TOYO<br />

A missão da Toyo Tires é fornecer produtos<br />

que entusiasmem os seus utilizadores e que<br />

ultrapassem as suas expetativas. Em nenhum<br />

lugar isto é mais evidente do que no setor<br />

UHP. Utilizando tecnologias proprietárias<br />

como a Nano Balance, a Toyo Tires repensa<br />

os materiais e a construção <strong>dos</strong> pneus UHP<br />

para proporcionar níveis cada vez melhores<br />

de aderência, manuseamento e precisão<br />

de direção. A Toyo Tires cresceu entre os<br />

entusiastas <strong>dos</strong> carros pelo excelente desempenho<br />

e por ter ampla gama de ajustes,<br />

incluindo dimensões de nicho. Nas exposições<br />

de tuning, quando estas aconteciam,<br />

uma grande parte <strong>dos</strong> pneus nos carros<br />

<strong>dos</strong> visitantes eram Toyo.<br />

A Toyo Tires oferece um excelente desempenho<br />

lado a lado com o estilo individual. A<br />

tecnologia própria de simulação “T-Mode”,<br />

permite modelar o comportamento do veículo<br />

e <strong>dos</strong> pneus de forma dinâmica para<br />

garantir que, além de afinar as características<br />

UHP exigidas pelos condutores desportivos,<br />

o desenho do pneu complementa os veículos<br />

onde estão monta<strong>dos</strong>.<br />

O desenvolvimento do composto tem sido<br />

um diferenciador chave para a Toyo Tires. A<br />

implementação da tecnologia Nano Balance<br />

permitiu que a relação entre os componentes<br />

fosse afinada ao nível molecular. O ajuste<br />

<strong>dos</strong> parâmetros de conceção em apenas um<br />

bilionésimo de metro de tamanho, permite<br />

a criação de materiais altamente otimiza<strong>dos</strong><br />

para a função pretendida. O design T-Mode<br />

e a tecnologia Nano Balance são combina<strong>dos</strong><br />

para produzir designs que minimizam o<br />

ruído de rolamento e reduzem a resistência<br />

ao vento enquanto asseguram que os materiais<br />

são otimiza<strong>dos</strong>.<br />

O novo centro europeu de investigação e<br />

desenvolvimento na Alemanha irá elevar<br />

ainda mais o desenvolvimento <strong>dos</strong> compostos.<br />

O laboratório de materiais no novo<br />

centro está fortemente focado nesta área. Os<br />

pneus UHP têm um enfoque particular uma<br />

vez que a marca tem uma forte reputação<br />

junto <strong>dos</strong> entusiastas do setor automóvel,<br />

que precisa de ser cuidada e aumentada com<br />

a melhoria do ciclo de desenvolvimento.<br />

A performance é a prioridade no desenho<br />

<strong>dos</strong> pneus UHP, apesar da marca compreender<br />

que a quilometragem também seja um<br />

fator decisivo no processo de fabrico, por<br />

isso está confiante que os seus pneus UHP<br />

oferecem uma boa vida útil e um teste independente<br />

recente feito pela revista DECO<br />

Proteste confirma-o. A Toyo Tires ficou em<br />

segundo lugar no que diz respeito à quilometragem<br />

entre vários pneus testa<strong>dos</strong>.<br />

As vendas de pneus Toyo UHP em Portugal<br />

têm sido especialmente fortes, graças à força<br />

do distribuidor, a Dispnal <strong>Pneus</strong>, em conjunto<br />

com a participação da marca no desporto<br />

motorizado, como as séries Super 7 by<br />

Toyo Tires e a Kia Ceed GT Cup. Isso permitiu<br />

a Toyo ganhar uma maior quota de vendas<br />

de pneus UHP em Portugal do que na Europa<br />

em geral. Embora os pneus UHP da Toyo<br />

Tyres sejam desenvolvi<strong>dos</strong> principalmente<br />

para fornecer um desempenho excecional,<br />

também oferecem um excelente valor, pois<br />

normalmente têm preços abaixo das marcas<br />

premium. Não contando com as incertezas<br />

derivadas da situação a pandemia, a Toyo<br />

Tires está muito confiante que as vendas<br />

de pneus UHP possam subir no mercado<br />

português e ajudar a marca a manter a atual<br />

posição que granjeia e que dê apoio a um<br />

crescimento maior no futuro.<br />

YOKOHAMA<br />

Em termos estratégicos e de abordagem ao<br />

mercado, a Yokohama manteve sempre um<br />

foco muito forte no segmento UHP o que lhe<br />

permitiu alcançar um market share acima<br />

do índice ibérico. Por outro lado, a própria<br />

evolução do mercado neste segmento foi<br />

decisiva para a crescente notoriedade, situação<br />

refletida nas vendas diárias e no preço<br />

médio de faturação e que foi fundamental<br />

na consolidação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> líqui<strong>dos</strong> da<br />

marca no nosso país em 2020.<br />

Todas as particularidades do segmento UHP<br />

da Yokohama estão representadas de forma<br />

perfeita no produto bandeira Advan, um<br />

verdadeiro pneu “Ultra Sport”. Nos centros de<br />

Investigação e Desenvolvimento da marca,<br />

não só em Tóquio mas noutros espalha<strong>dos</strong><br />

pelo mundo, como é o caso do mítico circuito<br />

de Nurburgring, equipas dedicadas de<br />

engenheiros submetem os pneus Yokohama<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


<strong>Pneus</strong> UHP E UUHP<br />

aos mais rigorosos testes, que avaliam to<strong>dos</strong><br />

os seus aspetos, desde a velocidade máxima<br />

até ao nível de ruido e conforto, de forma a<br />

garantir aos pneus todas as características<br />

<strong>dos</strong> pneus de altas prestações utiliza<strong>dos</strong><br />

nas competições oficiais. Os pneus UHP<br />

que saem das fábricas da Yokohama Rubber<br />

Co, para além da sua fiabilidade, design<br />

moderno e segurança que pressupõem, são<br />

igualmente reconheci<strong>dos</strong> pela sua aderência<br />

excecional e orienta<strong>dos</strong> para os condutores<br />

particularmente exigentes. Referência<br />

mundial no segmento UHP, o Advan Sport<br />

V105 enfatiza o equilíbrio entre desempenho<br />

e conforto. É um pneu de design padrão<br />

assimétrico, de forma a proporcionar uma<br />

aderência extrema tanto em superfícies<br />

secas como molhadas. Tem tecnologia exclusiva<br />

da Yokohama, com compostos ricos<br />

em sílica bem mistura<strong>dos</strong> e dispersos, que<br />

conferem a este pneu uma menor distância<br />

de travagem em piso molhado, bem como<br />

um excelente desempenho em aquaplaning.<br />

E por último, mas não menos importante,<br />

destaque para a recém desenvolvida Matrix<br />

body-ply na construção da carcaça do Advan<br />

Sport V105 que confere a este pneu uma<br />

robustez estrutural superior, aumentando a<br />

precisão da direção, sem diminuir o conforto.<br />

A Yokohama possui uma vasta gama de pneus<br />

UHP, concebi<strong>dos</strong> para potenciar as características<br />

únicas de cada viatura e assim otimizar<br />

o seu desempenho. Porque os carros não são<br />

to<strong>dos</strong> iguais e existem tamanhos, marcas,<br />

e modelos muito diferentes (Desportivos,<br />

Berlinas, Compactos, etc.), com um conjunto<br />

variado de objetivos de condução (Ultra desportiva,<br />

desportiva, conforto ou standard).<br />

Só depois de escolher o modelo que mais se<br />

adapta à sua viatura, o condutor poderá disfrutar<br />

do pneu eleito, sempre com a garantia<br />

que a tecnologia japonesa oferece.<br />

A Yokohama utiliza grandes concentrações<br />

de borracha natural que garantem uma aderência<br />

extrema. O composto certo tem, de<br />

facto uma grande influência nas funções do<br />

pneu. Por exemplo, a aderência em superfície<br />

molhada, ou a distância de travagem<br />

sobre piso molhado que influi claramente<br />

na segurança. Se analisarmos a etiqueta<br />

europeia <strong>dos</strong> pneus, verificamos que <strong>dos</strong><br />

3 critérios considera<strong>dos</strong>, a aderência em piso<br />

molhado é aquele que tem um impacto direto<br />

na segurança. E é exatamente neste<br />

critério que o Advan Sport V105 obteve a<br />

qualificação classe A .<br />

Adicionalmente são utiliza<strong>dos</strong> diferentes<br />

tipos de componentes de sílica e micro sílica,<br />

que se combinam nos misturadores a<br />

baixas temperaturas, conferindo ao composto<br />

homogeneidade e uniformidade no<br />

processo produtivo. A aplicação de “Cap-Ply”<br />

Quais as diferenças entre pneus UHP e UUHP?<br />

UHP quer dizer Ultra High Performance e nos<br />

últimos anos, esta designação passou a estar<br />

mais segmentada passando a existir UHP e<br />

UUHP, que quer dizer Ultra Ultra High Performance.<br />

Dentro das diferentes categorias de pneus, a<br />

diferença entre UHP e UUHP reside numa<br />

aplicação mais radical focada em condução<br />

dinâmica e ultra desportiva.<br />

No caso do UUHP, o seu uso é essencialmente<br />

direcionado para o circuito. Este tipo de pneus é o<br />

que mais se aproxima do produto de competição.<br />

Possuem carcaças muito rígidas, para responder<br />

às exigências <strong>dos</strong> circuitos, de forma a oferecer a<br />

máxima aderência em sacrifício da durabilidade<br />

<strong>dos</strong> compostos.<br />

Os pneus de Ultra Ultra High Performance (UUHP)<br />

- são um subsegmento do UHP (jantes iguais ou<br />

superiores a ≥ 18”) e trata-se de um nicho<br />

exclusivo, destinado a segmento <strong>dos</strong><br />

superdesportivos ou de luxo. Os pneus UUHP são<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> principalmente para lidar com<br />

velocidades e cargas muito elevadas.<br />

Esta diferença corresponde à adequação <strong>dos</strong><br />

pneus UHP em veículos superdesportivos, daí a<br />

sua designação UUHP (Ultra-Ultra High<br />

Performance), concebi<strong>dos</strong> para suportar cargas e<br />

velocidades muito superiores às habituais e<br />

destina<strong>dos</strong> à utilização em circuitos fecha<strong>dos</strong>,<br />

ainda que não se tratando de pneus de<br />

(capas têxteis de rayon/nylon/poliéster) sob<br />

a banda de rolamento, proporcionam níveis<br />

particularmente eleva<strong>dos</strong> de estabilidade<br />

direcional e suavidade de rodagem.<br />

O Advan Sport V105, possui características,<br />

tanto a nível de composto e desenho assimétrico<br />

na banda de rodagem, como a nível<br />

da construção da carcaça, que proporciona<br />

ao condutor uma condução desportiva e<br />

segura, tanto em superfícies secas como<br />

molhadas. A prioridade é garantir a máxima<br />

segurança em diferentes pisos ou situação<br />

climatérica extrema.<br />

A gama UHP, denominada na Yokohama por<br />

Advan, conta com índices de velocidade W<br />

(até 270Km/h), Y (até 300 Km/h) e (Y) (acima<br />

<strong>dos</strong> 300 Km/h). Adicionalmente, e sempre<br />

competição.<br />

Os pneus UUHP destinam-se a veículos<br />

superdesportivos, os quais pelas suas<br />

características de utilização necessitam de pneus<br />

com especificações superiores às habitualmente<br />

exigidas para circulação em vias públicas. O que<br />

se pretende com estes pneus UUHP é conseguir<br />

colocar na estrada o máximo de potência da<br />

viatura, em detrimento de conforto ou<br />

durabilidade. Um pneu UHP, é um produto que<br />

procura o balanço perfeito entre a performance e<br />

o conforto. É o pneu indicado para viaturas<br />

familiares de altas prestações.<br />

Os pneus UUHP são pneus de estrada que foram<br />

primariamente otimiza<strong>dos</strong> para uma utilização em<br />

pista. Ou seja, o foco principal é o asfalto seco.<br />

Um pneu UUHP não tem o mesmo nível de<br />

performance em piso molhado que um pneu UHP.<br />

São pneus com uma utilização muito focada em<br />

pista. Quando utiliza<strong>dos</strong> num circuito, as suas<br />

caraterísticas específicas de piso seco permitemlhes<br />

uma prestação superior a um pneu UHP.<br />

São pneus para utilizar num segundo carro, que<br />

passa a maior parte do tempo parado e é<br />

conduzido ao fim-de-semana quando o tempo<br />

está de feição. Há um considerável número de<br />

veículos que não são conduzi<strong>dos</strong> quando chove ou<br />

quando o piso está molhado, e são precisamente<br />

esses os ideais para montar um pneu UUHP.<br />

que solicitado por fabricantes de veículos,<br />

a marca certifica a homologação em código<br />

ZR (acima <strong>dos</strong> 240 Km/h).<br />

Pode parecer complexo apostar em crescimento,<br />

num cenário de pandemia que trava<br />

de forma transversal e à escala mundial toda<br />

a cadeia de produção. Os desafios de hoje<br />

são invariavelmente distintos. Ainda assim, a<br />

Yokohama acredita num crescimento sustentado<br />

das vendas em 2021, redirecionando a<br />

crise para oportunidades de negócio. Apesar<br />

das medidas de contenção no 1º trimestre<br />

de 2021, é convicção deste fabricante que<br />

a partir do 2º trimestre exista uma retoma<br />

da atividade económica com maior intensidade,<br />

permitindo ampliar o mercado de<br />

pneus UHP. ◆<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Mercado<br />

Nova etiqueta de pneus<br />

Ajuda ao<br />

consumidor<br />

Em maio de 2021 vai ser introduzida no mercado europeu, a nova etiqueta<br />

<strong>dos</strong> pneus, que vem fornecer mais informações aos consumidores<br />

O<br />

novo rótulo inclui alterações nas<br />

escalas das diferentes categorias<br />

de desempenho <strong>dos</strong> pneus,<br />

designadamente na eficiência<br />

energética e na aderência em piso molhado.<br />

A nova etiqueta inclui alterações, enquanto<br />

que o ruído exterior de rolamento é agora<br />

indicado pelo número de decibéis e pelas<br />

letras A, B ou C. Os consumidores podem<br />

descarregar mais informações sobre cada<br />

pneu, digitalizando o código QR que aparece<br />

no canto superior direito da etiqueta<br />

do pneu. O código QR fornece um endereço<br />

para uma base de da<strong>dos</strong> EPREL (European<br />

Product Registry for Energy Labelling), que<br />

contém a ficha informativa do produto.<br />

O consumidor fica com acesso a to<strong>dos</strong> os<br />

valores da rotulagem para o pneu específico,<br />

bem como o início e o fim da produção<br />

do respetivo modelo. A nova etiqueta foi<br />

desenvolvida para ajudar os consumidores<br />

a escolher pneus mais eficientes com base<br />

no consumo de combustível, ao mesmo<br />

tempo que obtém informação sobre distâncias<br />

de travagem em pavimento molhado.<br />

Outra novidade consiste em dois pictogramas,<br />

onde um deles indica se é um pneu<br />

para utilização em condições de neve extremas<br />

e outro indica se é um pneu com<br />

aderência em gelo. A partir de Maio de<br />

2021, a informação da nova etiqueta de<br />

pneus deve também ser disponibilizada<br />

para a categoria de veículos comerciais<br />

pesa<strong>dos</strong> (Classe C3).<br />

Na nova etiqueta, as classes de A a C permanecem<br />

inalteradas. Para as categorias<br />

de veículos C1 (turismo) e C2 (comerciais<br />

ligeiros), que anteriormente integravam a<br />

classe E para eficiência energética e aderência<br />

em pavimento molhado pertencerão<br />

agora classe D, que anteriormente estava<br />

vazia, ao passo que os que pertenciam às<br />

classes F e G serão integra<strong>dos</strong> na classe E.<br />

Isto torna as escalas das classes da nova<br />

etiqueta <strong>dos</strong> pneus mais clara e fácil de<br />

interpretar.<br />

CARACTERÍSTICAS NOVA ETIQUETA<br />

l Novo desenho do rótulo que inclui alterações<br />

nas escalas das diferentes categorias<br />

de desempenho <strong>dos</strong> pneus: eficiência energética,<br />

aderência em pavimento molhado<br />

e ruído exterior de rolamento<br />

l A informação da rotulagem em cada<br />

pneu pode ser consultada através de um<br />

código QR<br />

l Informações sobre o desempenho <strong>dos</strong><br />

pneus especificamente concebi<strong>dos</strong> para<br />

utilização em condições extremas de neve<br />

e gelo. u<br />

Nova Nova rotulagem rotulagem <strong>dos</strong> <strong>dos</strong> pneus pneus | Nova | | Nova classificação:<br />

classificação:<br />

Reorganização nas escalas das classes<br />

Reorganização nas escalas das classes de<br />

Reorganização de desempenho nas da escalas eficiência das energética classes de<br />

Reorganização desempenho da eficiência energética e distância de<br />

desempenho e distância nas escalas de da travagem das classes<br />

eficiência em de<br />

energética pavimento e distância de<br />

desempenho travagem molhado, da eficiência em enquanto pavimento energética que molhado, o ruído e distância exterior enquanto de que o<br />

travagem em pavimento molhado, enquanto que o<br />

travagem ruído em de rolamento pavimento exterior de é molhado, agora rolamento indicado enquanto é agora pelo indicado número que o pelo<br />

ruído exterior de rolamento é agora indicado pelo<br />

ruído exterior número de de de rolamento décibeis décibeis e é e pelas agora pelas letras letras indicado A, A, B e B pelo Ce C<br />

número de décibeis e pelas letras A, B e C<br />

número de décibeis e pelas letras A, B e C<br />

(EG) No. 1222/2009 (EU) 2020/740<br />

(EG) No. 1222/2009<br />

(EG) No. 1222/2009<br />

(EU) 2020/740<br />

(EU) 2020/740<br />

não usado<br />

não usado<br />

não usado<br />

Antigo Antigo rótulo Antigo de rótulo<br />

rótulo <strong>Pneus</strong> de<br />

de<br />

pneus<br />

Antigo rótulo de pneus pneus<br />

) ))))))))))) A A B B C<br />

) )) ))) A B C C<br />

* Valores limite reajusta<strong>dos</strong><br />

* valor limite reajusta<strong>dos</strong> para para a * categoria Valores<br />

a categoria<br />

limite<br />

C2<br />

reajusta<strong>dos</strong><br />

* Valores limite reajusta<strong>dos</strong> (comerciais<br />

C2 (comerciais ligeiros) para<br />

ligeiros)<br />

a categoria C2 (comerciais<br />

ligeiros)<br />

para a categoria C2 (comerciais<br />

ligeiros)<br />

Novo Novo rótulo rótulo de de <strong>Pneus</strong> pneus<br />

Novo rótulo de pneus pneus<br />

A nova rotulagem foi desenvolvida para ajudar<br />

os consumidores a escolher pneus mais eficientes em termos<br />

de consumo e ao mesmo tempo obter informação sobre<br />

distâncias de travagem em pavimento molhado<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Entrevista Mercado<br />

A Valorpneu está<br />

A reinventar-se<br />

Atenta às transformações que estão a ocorrer no mundo a nível da nova<br />

mobilidade, das evoluções tecnológicas e das novas tendências que vão<br />

influenciar também o sector <strong>dos</strong> pneus, a Valorpneu está a reinventar-se para<br />

acompanhar estas transformações, que são inevitáveis<br />

A<br />

Valorpneu tem sido um elemento<br />

dinamizador para o desenvolvimento<br />

de novas soluções para<br />

os destinos a dar aos pneus em<br />

fim de vida. Porque não basta falar em economia<br />

circular para que tal suceda, é necessário<br />

dar passos nesse sentido e a Valorpneu<br />

é um exemplo nessa matéria. Em entrevista<br />

à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Climénia Silva, diretora<br />

geral da Valorpneu, faz o balanço de quase<br />

duas décadas de atividade desta entidade<br />

gestora que tem por objetivo organizar e<br />

gerir o sistema de recolha e destino final de<br />

pneus usa<strong>dos</strong>, em Portugal.<br />

Dado o contexto pandémico, a Valorpneu<br />

realizou a última Convenção num<br />

ambiente digital. Que balanço faz do<br />

evento realizado nestes novos moldes?<br />

A Valorpneu realizou o 18.º Encontro da<br />

rede de operadores no passado dia 25 de<br />

novembro, o primeiro em formato digital.<br />

Seguramente fica na história, não apenas<br />

pelo facto de ter sido realizado remotamente<br />

e com a moderação do jornalista Pedro Pinto,<br />

que muito contribuiu para o sucesso do<br />

evento, mas pela partilha de conhecimento,<br />

sobretudo no debate sobre a adaptação e<br />

as oportunidades do setor a uma nova realidade,<br />

no qual se falou sobre a mobilidade<br />

e a importância da descarbonização, do<br />

pacto ecológico europeu e do novo plano<br />

de ação para a economia circular, e ainda<br />

no novo pacote legislativo de resíduos. Os<br />

habituais momentos de descontração destes<br />

encontros também não foram esqueci<strong>dos</strong> e<br />

desta vez tiveram de ser reinventa<strong>dos</strong>. Foi<br />

muito divertido para os 102 participantes<br />

no evento juntarem-se ao “Jogo da Raquete”,<br />

com questões relacionadas com pneus e<br />

ao Quizz “Memórias de outros Encontros”.<br />

No último ano a Valorpneu reforçou a sua<br />

rede de Centros de Receção com 10 novos<br />

centros. A que se deve este reforço?<br />

Na realidade, em 2020 a rede de recolha<br />

da Valorpneu contou com a abertura de 10<br />

novos centros de receção, <strong>dos</strong> quais 7 em<br />

resultado do concurso realizado no próprio<br />

ano, com início em julho, mas também se<br />

verificou o encerramento de 5 centros por<br />

razões que se prenderam essencialmente<br />

com o objeto da sua atividade, focada nos<br />

resíduos urbanos. O concurso foi lançado<br />

no seguimento do trabalho de avaliação<br />

da Valorpneu às conclusões do estudo da<br />

GFK, realizado em 2019, no âmbito da ação<br />

“Circuito Portugal Valorpneu” que inquiriu<br />

mais de 3.000 estabelecimentos de venda de<br />

pneus, incluindo oficinas, estações de serviço,<br />

casas de pneus, entre outros. A insatisfação<br />

verificada em alguns destes agentes, evidente<br />

no estudo, levou a Valorpneu a efetuar uma<br />

avaliação detalhada da sustentabilidade da<br />

sua rede de recolha que considerou a produção<br />

de pneus usa<strong>dos</strong> nos diversos concelhos<br />

do país e a capacidade de armazenagem <strong>dos</strong><br />

pneus nas diferentes regiões, tendo identificado<br />

zonas carenciadas nos distritos em que<br />

ocorreu o concurso.<br />

Quantos centros fazem parte atualmente<br />

da rede de recolha da Valorpneu?<br />

Atualmente, existem 53 centros de receção<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, <strong>dos</strong> quais um na Madeira<br />

e oito no Açores. No concurso realizado em<br />

julho de 2020 a Valorpneu identificou a falta<br />

de operadores licencia<strong>dos</strong> para a armazenagem<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, pelo que algumas<br />

zonas reconhecidas como carenciadas relativamente<br />

a espaços de armazenagem não<br />

foram satisfeitas em resultado do concurso.<br />

Esta situação foi reportada às entidades responsáveis<br />

pelo licenciamento de operadores<br />

e a Valorpneu encontra-se a trabalhar no<br />

sentido de ultrapassar este constrangimento.<br />

Que tipo de acompanhamento e apoio a<br />

Valorpneu tem prestado aos centros de<br />

receção da rede?<br />

Os centros de receção de pneus usa<strong>dos</strong> são<br />

operadores contrata<strong>dos</strong> pela Valorpneu,<br />

mediante o pagamento de uma remuneração,<br />

para a receção, registo e armazenagem<br />

temporária <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, bem como<br />

para a carga <strong>dos</strong> pneus nos transportes disponibiliza<strong>dos</strong><br />

e a cargo da Valorpneu para a<br />

sua expedição, sendo por esta via os pneus<br />

encaminha<strong>dos</strong> para os destinos finais de valorização,<br />

também contrata<strong>dos</strong> pela Valorpneu.<br />

A Valorpneu está muito próxima destes operadores<br />

e o acompanhamento é praticamente<br />

diário. Quando da abertura de um operador é<br />

realizada formação, disponibilizado o manual<br />

de normas e procedimentos a aplicar e é-lhes<br />

atribuído o acesso ao sistema de informação<br />

da Valorpneu, na sua área reservada. A Valorpneu<br />

acompanha a atividade <strong>dos</strong> operadores<br />

e disponibiliza um relatório semestral sobre<br />

o desempenho de cada um, bem como a<br />

sua posição face aos outros operadores.<br />

Anualmente é distinguido o operador que<br />

apresentou melhor desempenho. São igualmente<br />

realizadas pela Valorpneu auditorias<br />

de acompanhamento aos centros de receção,<br />

sendo ainda os operadores sujeitos a auditorias<br />

efetuadas por entidade independente,<br />

em resultado das disposições estabelecidas<br />

na licença da Valorpneu, enquanto entidade<br />

gestora do fluxo.<br />

E relativamente aos produtores, também<br />

houve aumento de adesões ao SGPU?<br />

Embora o contexto adverso de pandemia e<br />

as dificuldades sentidas pelos agentes económicos,<br />

o número de aderentes ao SGPU<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Climénia Silva, diretora geral da Valorpneu


Reportagem Entrevista<br />

a incertez associada à pandemia, com a consequente falta<br />

de visibilidade, obrigou a valorpneu a rápidas adaptações,<br />

forte flexibilidade nas ações tomadas e à gestão do<br />

imediato, em função das circunstâncias do momento<br />

aumentou existindo mais 127 aderentes à<br />

Valorpneu no final de 2020, comparativamente<br />

ao final do ano anterior.<br />

Quantos produtores estão atualmente<br />

regista<strong>dos</strong> no SGPU? To<strong>dos</strong> têm em dia<br />

as suas obrigações de pagamentos do<br />

ecovalor?<br />

No final de dezembro de 2020 existiam 1.972<br />

produtores regista<strong>dos</strong> na Valorpneu e em<br />

2021 já foram realizadas algumas dezenas de<br />

contratos de adesão. Embora a percentagem<br />

de produtores que cumprem com as suas<br />

obrigações para com a Valorpneu também<br />

tenha aumentado em relação a 2019, o certo<br />

é que ainda há uma larga fatia de incumpridores,<br />

cerca de 41% do total de aderentes,<br />

a maior parte por falta de pagamento do<br />

ecovalor.<br />

Como têm decorrido as auditorias aos<br />

produtores, comerciantes e operadores<br />

do sistema? Têm detetado muitas inconformidades?<br />

As auditorias têm um papel não só de verificação<br />

<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> reporta<strong>dos</strong> à Valorpneu e da<br />

conformidade das operações, mas também<br />

de informação e sensibilização de procedimentos<br />

corretos. Em relação às auditorias aos<br />

produtores verifica-se na maioria <strong>dos</strong> casos<br />

desvios nas quantidades declaradas que em<br />

algumas situações pontuais até podem ser<br />

contra o produtor. Ainda assim, nas auditorias<br />

realizadas em 2020 existiram 5 produtores,<br />

<strong>dos</strong> 41 audita<strong>dos</strong>, que não apresentaram diferenças<br />

nas suas declarações face ao apurado<br />

em sede de auditoria. Nos comerciantes são<br />

recorrentes as inconformidades relativas ao<br />

detalhe do ecovalor na fatura e à falta de<br />

evidência de medidas de autoproteção das<br />

instalações. Esta última inconformidade<br />

também sucede nos operadores.<br />

E as várias ações de sensibilização, comunicação,<br />

educação e prevenção, realizadas<br />

ao longo do ano. Como decorreram e qual<br />

foi a recetividade do mercado?<br />

A concretização das ações neste domínio,<br />

ficaram muito condicionadas devido ao<br />

período de confinamento, às medidas de<br />

distanciamento social e à crise sentida pelos<br />

diversos agentes, entre outros, prestadores<br />

de serviços que desenvolvem a sua atividade<br />

no âmbito das ações previstas pela<br />

Valorpneu, pois, em alguns casos chegaram<br />

a suspender temporariamente a atividade.<br />

Tendo em conta estes acontecimentos, a<br />

Valorpneu esforçou-se para adaptar as ações,<br />

de forma a conseguir dar-lhe seguimento,<br />

embora com atrasos ou com ações substituídas<br />

por outras.<br />

Finalmente, acabou por realizar diversas<br />

iniciativas, com retorno muito positivo,<br />

desde o lançamento de uma nova campanha<br />

nos mass media, a presença em várias<br />

publicações da imprensa especializada e<br />

em websites, o lançamento do microsite<br />

dedicado à recauchutagem e a organização<br />

e participação em webinares que ajudaram<br />

os intervenientes no SGPU a ficarem<br />

mais esclareci<strong>dos</strong> sobre as suas obrigações.<br />

Manteve igualmente a distribuição da sua<br />

webletter mensal, veículo privilegiado de<br />

informação para o sector e entidades que<br />

se relacionam com a Valorpneu, procedeu<br />

à renovação da sinalização <strong>dos</strong> centros de<br />

receção com vista à correta identificação <strong>dos</strong><br />

locais de depósito de pneus usa<strong>dos</strong>, formou<br />

os novos operadores da rede, e ainda patrocinou<br />

alguns eventos e iniciativas, que<br />

permitiram que a sua mensagem chegasse<br />

a uma franja de público mais alargada, incluindo<br />

o público jovem.<br />

Que efeitos está a ter a pandemia na atividade<br />

da Valorpneu? Têm conseguido<br />

manter o nível de recolha e tratamento<br />

<strong>dos</strong> anos anteriores ou houve um decréscimo<br />

da atividade?<br />

A evolução da atividade da Valorpneu reflete<br />

o mercado do sector <strong>dos</strong> pneus, <strong>dos</strong> veículos<br />

e de outros equipamentos que contêm<br />

pneus. Desta forma, sendo a pandemia<br />

um fator com impacto nestas atividades,<br />

também, só por si, este aspeto tem efeito<br />

na atividade da Valorpneu. Para além dessa<br />

situação, os diversos esta<strong>dos</strong> de calamidade<br />

e de emergência do país obrigaram a um<br />

modo diferente de trabalhar, com recurso<br />

ao teletrabalho, contexto ao qual a Valorpneu<br />

se adaptou rapidamente, mas tiveram<br />

consequências no desenrolar das operações<br />

do sistema, exigindo da rede de recolha um<br />

esforço adicional para responder à necessidade<br />

das oficinas e casas de pneus e ainda às<br />

contingências <strong>dos</strong> valorizadores. Por outro<br />

lado, a incerteza associada à pandemia, com<br />

a consequente falta de visibilidade obrigou<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Climénia Silva<br />

a adaptações rápidas, forte flexibilidade nas<br />

ações tomadas e à gestão do imediato, em<br />

função das circunstâncias do momento.<br />

Acompanhando a evolução negativa do<br />

mercado, a recolha de pneus usa<strong>dos</strong> registou<br />

um decréscimo em 2020 de quase<br />

-8%, ainda assim menos acentuada que a<br />

evolução ocorrida na colocação de pneus<br />

no mercado que se situou em quase -14%.<br />

A Valorpneu lançou o programa NextLap.<br />

Em que consiste este programa e quais<br />

os seus objetivos?<br />

O NextLap é um programa de inovação<br />

colaborativa, promovido pela Valorpneu<br />

e a Genan, recicladora multinacional de<br />

pneus, com o apoio técnico e de gestão<br />

da consultora Beta-i. Este programa vem<br />

desafiar centros de investigação e startups<br />

de todo o mundo a colaborar na criação de<br />

projetos piloto com vista a dar um novo uso<br />

aos materiais deriva<strong>dos</strong> de pneus em fim<br />

de vida, para que estes possam voltar a ser<br />

integra<strong>dos</strong> na indústria como matéria-prima<br />

na produção de novos produtos.<br />

Esta iniciativa, lançada no final de setembro<br />

do ano passado, teve de ser adaptada ao<br />

contexto de pandemia em que vivemos, e<br />

desenvolve-se remotamente. Conta ainda<br />

com parcerias de renome para o desenvolvimento<br />

<strong>dos</strong> projetos piloto, a selecionar<br />

de entre os apresenta<strong>dos</strong> por cerca de 40<br />

inovadores seleciona<strong>dos</strong>. São parceiros do<br />

projeto a Decathlon, Houdini Sportswear,<br />

Extruplás, Mobinov, Procalçado, Opway,<br />

Pragosa e IP-Infraestruras de Portugal.<br />

Em que fase se encontra o programa<br />

NextLap?<br />

O programa desenvolve-se durante 9 meses<br />

e passa por diversas fases, estando neste<br />

momento a terminar o Bootcamp, etapa que<br />

consistiu num conjunto de reuniões de trabalho,<br />

assentes numa metodologia própria,<br />

e na partilha de informação entre os inovadores<br />

e os parceiros da indústria, para serem<br />

definidas as variáveis importantes para se<br />

desenvolver os projetos piloto. O Bootcamp<br />

é uma etapa crucial deste programa, uma<br />

vez que nesta fase inovadores e parceiros da<br />

indústria são postos à prova, criando ou não<br />

sinergias entre si, sendo que o resultado determina<br />

quem poderá passar à fase seguinte<br />

de apresentação de pilotos. Assim, ainda não<br />

existem projetos realiza<strong>dos</strong> dentro do programa,<br />

embora exista grande potencial de<br />

inovação a ser explorado e grande interesse<br />

das diferentes partes envolvidas.<br />

A Genan e a Biogoma estão a apostar em<br />

Portugal no aumento da sua capacidade<br />

de produção de granulado de borracha.<br />

3,5 voltas à terra<br />

Desde a entrada em funcionamento da<br />

Valorpneu, há cerca de 19 anos, já<br />

foram reutiliza<strong>dos</strong> e valoriza<strong>dos</strong> perto<br />

de 140.000.000 de pneus usa<strong>dos</strong>, de<br />

todas as tipologias: pneus que equipam veículos<br />

ligeiros, pesa<strong>dos</strong>, motociclos e até pneus de<br />

equipamentos agrícolas e de engenharia civil,<br />

tantos que permitiriam dar 3,5 voltas à terra. No<br />

total registam-se mais de 1.560.000 toneladas de<br />

pneus usa<strong>dos</strong> trata<strong>dos</strong>. Os benefícios são visíveis,<br />

evitando-se os efeitos nefastos que estes pneus<br />

teriam para o ambiente se deixa<strong>dos</strong> ao abandono,<br />

mas também o aproveitamento do potencial e de<br />

valor que geraram ao serem reintroduzi<strong>dos</strong> na<br />

economia. Através da recauchutagem os pneus<br />

Qual a importância deste projeto para o<br />

futuro da reciclagem <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />

no nosso país?<br />

As duas atuais empresas de reciclagem de<br />

pneus com fábricas em Portugal, a Genan,<br />

em Ovar, e a Biogoma, no distrito de Santarém,<br />

não só estão a apostar no aumento<br />

da capacidade de produção, como também<br />

na sua eficiência e na qualidade <strong>dos</strong> materiais<br />

que produzem. Este desafio é muito<br />

relevante a nível do encaminhamento de<br />

pneus usa<strong>dos</strong> no nosso país que nos permite<br />

dar um destino adequado aos pneus<br />

quando chegam ao fim de vida e estar em<br />

linha com a ambição <strong>dos</strong> diversos países<br />

da União Europeia na construção de uma<br />

sociedade mais sustentável.<br />

Que impacto vai ter o novo “Pacote de<br />

Resíduos” na atividade da Valorpneu?<br />

O novo “Pacote de Resíduos”, como é conhecido<br />

o DL 102-D/2020, publicado no final<br />

do ano passado, vem alterar o regime geral<br />

da gestão de resíduos, o regime jurídico da<br />

deposição de resíduos em aterro e altera o<br />

regime da gestão de fluxos específicos de<br />

resíduos sob a responsabilidade alargada do<br />

produtor, transpondo as últimas diretivas da<br />

União Europeia. Este diploma, que entrará<br />

em vigor no próximo dia 1 de julho, vai ter<br />

têm sido reconstruí<strong>dos</strong> e voltado à circulação<br />

poupando recursos naturais. Também, a<br />

reciclagem <strong>dos</strong> pneus permite substituir materiais<br />

e matérias-primas virgens. Os pneus têm sido<br />

transforma<strong>dos</strong> nas suas principais componentes:<br />

borracha, aço e têxtil, componentes estas que são<br />

incorporadas na fabricação de pavimentos, no<br />

enchimento <strong>dos</strong> relva<strong>dos</strong> sintéticos, nas misturas<br />

betuminosas para as vias rodoviárias e ainda na<br />

indústria de artefactos de borracha e de<br />

isolamentos. Para além disto, os pneus em fim de<br />

vida, quer inteiros, quer fragmenta<strong>dos</strong>, substituem<br />

fontes energéticas tradicionais com alta<br />

performance, sendo um combustível alternativo<br />

muito utilizado na indústria cimenteira. u<br />

um forte impacto na atividade <strong>dos</strong> operadores<br />

de resíduos e outros agentes económicos,<br />

e consequentemente da Valorpneu.<br />

No que se refere particularmente ao sector<br />

<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> o diploma mantém os<br />

objetivos de gestão e metas atuais, mas vem<br />

clarificar que a recauchutagem, enquanto<br />

operação de preparação para reutilização<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, realizada num estabelecimento<br />

industrial, está sujeita ao procedimento<br />

de licenciamento previsto no regime<br />

geral de gestão de resíduos, e alarga o leque<br />

de isenção de licenciamento a determinadas<br />

atividades de valorização de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

Em relação ao processo de licenciamento<br />

das entidades gestoras <strong>dos</strong> diversos fluxos<br />

específicos é expectável que durante este<br />

ano surjam ainda alterações a este diploma<br />

com novas disposições sobre o assunto.<br />

A Valorpneu lançou no final de 2020 uma<br />

campanha institucional denominada “E os<br />

seus pneus, estão para as curvas?” Quais<br />

foram os objetivos desta campanha e que<br />

balanço faz da iniciativa?<br />

Esta campanha veio dar a conhecer o destino<br />

seguido pelos pneus usa<strong>dos</strong>, a recauchutagem,<br />

reciclagem e a valorização energética,<br />

sensibilizando para a importância da<br />

atividade da Valorpneu, mas também veio<br />

comunicar a importância do cuidado a ter<br />

com a pressão <strong>dos</strong> pneus, garantindo a sua<br />

correta utilização, de forma de prevenir que<br />

cheguem rapidamente ao fim de vida. Esta<br />

campanha que passou no mês de novembro<br />

em vários órgãos de comunicação social,<br />

nomeadamente na SIC, SIC Notícias, RTP1<br />

e RTP3, em spots de rádio na TSF, RFM e<br />

Rádio Renascença e em meios digitais, atingiu<br />

em televisão 82% do público-alvo, uma<br />

percentagem bastante significativa, pelo que<br />

consideramos que os objetivos da campanha<br />

até foram supera<strong>dos</strong>. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Entrevista Mercado


Kenta Kuribayashi, Presidente da Toyo Tires Europa<br />

Queremos exceder<br />

as expetativas<br />

<strong>dos</strong> clientes<br />

Kenta Kuribayashi, presidente da Toyo Tires Europa, concedeu<br />

à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> uma entrevista onde fala sobre a marca desde<br />

o nascimento até aos nossos dias, e da parceria de sucesso que mantém<br />

com a Dispnal, importador da marca para Portugal desde 2009<br />

Com 75 anos de vida, a Toyo Tires<br />

está mais focada do que nunca<br />

no futuro do setor, com tecnologias<br />

próprias que lhe garantem<br />

um lugar relevante nas escolhas <strong>dos</strong><br />

apaixona<strong>dos</strong> por carros.<br />

Como caracteriza os pneus Toyo Tires?<br />

A nossa estratégia é o desenvolvimento e<br />

fornecimento de produtos feitos à medida<br />

das necessidades <strong>dos</strong> consumidores em<br />

cada mercado. O caráter distintivo da nossa<br />

marca é o facto de oferecermos entusiasmo<br />

e desempenho que exceda as expectativas<br />

<strong>dos</strong> utilizadores. Conquistamos pela<br />

inovação e pelo desenvolvimento de tecnologias<br />

próprias como o design T-Mode<br />

ou a produção A.T.O.M..<br />

Produzimos pneus para veículos de passageiros,<br />

automóveis maiores - como os<br />

SUV - e para comerciais ligeiros, assim<br />

como para camiões e autocarros de alguns<br />

merca<strong>dos</strong>. A gama inclui pneus de verão,<br />

inverno, «all-season», e pneus específicos<br />

para condições extremas de inverno, como<br />

as da Rússia ou da Escandinávia.<br />

Os segmentos SUV e UHP são os mais fortes,<br />

onde a excelente gama de produtos<br />

da Toyo Tires está associada a pneus tecnicamente<br />

avança<strong>dos</strong>, que vão ao encontro<br />

das necessidades <strong>dos</strong> condutores destes<br />

veículos de performances complexas.<br />

A Toyo Tires vendeu cerca de 40 milhões<br />

de pneus em 2019. O lucro em 2019 foi<br />

de 377,5 mil milhões de Yen, o que ronda<br />

os 3 mil milhões de euros.<br />

No que toca à procura, quais os<br />

segmentos de maior e menor<br />

crescimento?<br />

As vendas <strong>dos</strong> SUV continuam a crescer em<br />

força, tal como <strong>dos</strong> pneus «all season». A<br />

gama da Toyo Tire para SUV conta agora com<br />

os Proxes Sport SUV para veículos de maior<br />

desempenho, complementada pelos Proxes<br />

CF2 SUV. Os novos Proxes Confort, a lançar<br />

em 2021 serão desenvolvi<strong>dos</strong> em medidas<br />

SUV, de maneira a oferecer um a gama mais<br />

ampla no segmento. As vendas em pneus de<br />

inverno para SUV também estão a crescer e<br />

as gamas Observe e Snowprox oferecem aos<br />

condutores destes veículos, alternativas de<br />

performance onde as capacidades invernais<br />

são exigidas. Mais novidades na gama «all<br />

season» estão previstas para 2021, para refletir<br />

esta procura <strong>dos</strong> consumidores. Vamos<br />

anunciar novidades em breve.<br />

As medidas pequenas <strong>dos</strong> veículos de<br />

passageiros têm cada vez menos procura.<br />

Com as medidas de equipamento original<br />

a serem cada vez maiores, as vendas de<br />

pneus de reposição refletem-no. O negócio<br />

da Toyo Tires assenta cada vez menos nas<br />

dimensões mais pequenas e em 2021 esta<br />

tendência deve acentuar-se.<br />

Dos pneus produzi<strong>dos</strong> atualmente, que<br />

percentagem está no equipamento<br />

original e no aftermarket?<br />

O equipamento original ocupa apenas cerca<br />

de 17% das vendas do grupo no mundo.<br />

Isto acontece principalmente no Japão e<br />

nos EUA, onde as nossas fábricas estão<br />

próximas do mercado, indo ao encontro<br />

<strong>dos</strong> requisitos <strong>dos</strong> fabricantes de equipamento<br />

original. Foram feitas algumas<br />

medidas específicas para equipamento<br />

original na Europa, de forma a responder<br />

a requisitos específicos de desempenho<br />

e medidas OE para modelos importantes.<br />

Pode ser o nosso próximo desafio assim<br />

que a produção comece na Sérvia.<br />

O aumento constante do preço das<br />

matérias primas tem afetado os lucros<br />

da empresa?<br />

Os preços das matérias primas são um problema<br />

transversal a toda a indústria <strong>dos</strong><br />

pneus e a Toyo Tires também sofre estas flutuações.<br />

Sem comprometer a qualidade da<br />

matéria prima, a empresa considera que há<br />

outras formas de alcançar competitividade<br />

de custos, que são continuamente utiliza-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Reportagem Entrevista<br />

A ambição da toyo tires em portugal não é apenas alcançar<br />

uma determinada quota de mercado. Embora tenha uma meta<br />

a alcançar, também quer aumentar o reconhecimento da<br />

marca toyo pela qualidade e desempenho ofereci<strong>dos</strong><br />

das de maneira a que os produtos tenham<br />

valor acrescido e possam ser vendi<strong>dos</strong> com<br />

lucro. Inevitavelmente, os aumentos de preços<br />

das matérias-primas que não podem<br />

ser compensa<strong>dos</strong> com reduções noutras<br />

áreas, como ganhos de produtividade, vão<br />

eventualmente ter reflexo no mercado. Contudo,<br />

não há nenhuma ligação linear entre<br />

os preços das matérias-primas e os preços<br />

<strong>dos</strong> pneus para os retalhistas.<br />

A pandemia de Covid-19 condicionou<br />

a atividade da Toyo Tires?<br />

Houve uma disrupção considerável global<br />

do lado <strong>dos</strong> fornecedores muito cedo, devido<br />

à rápida reação <strong>dos</strong> negócios e <strong>dos</strong> governos<br />

à pandemia, no sentido de introduzir<br />

políticas para combater a sua disseminação.<br />

O volume de vendas da Toyo Tires em geral<br />

e na Toyo Tires Europa em particular, recuperou<br />

na maioria <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, apesar<br />

de inicialmente ter sido bastante afetadas<br />

pelas restrições governamentais à liberdade<br />

<strong>dos</strong> cidadãos. Trabalhámos com nossos parceiros<br />

para minimizar qualquer disrupção<br />

causada pela pandemia. Em larga escala<br />

temos sido bem-sucedi<strong>dos</strong> e isto refletiu-<br />

-se na forte recuperação <strong>dos</strong> volumes na<br />

segunda metade de 2020.<br />

Qual é a filosofia e objetivos da Toyo Tires?<br />

A filosofia de empresa da Toyo Tires é esforçarmo-nos<br />

para continuar a melhorar continuamente<br />

os nossos produtos e criar valor<br />

para to<strong>dos</strong> com quem trabalhamos. A nossa<br />

missão primária passa por criar produtos<br />

que excedam as expetativas <strong>dos</strong> clientes<br />

e que enriqueçam a sociedade. Estes objetivos<br />

globais são um processo contínuo<br />

conduzido pela inovação tecnológica e espírito<br />

empreendedor. Monitorizamos vários<br />

indicadores para assegurar que estamos a<br />

evoluir e melhorar constantemente. A total<br />

compreensão das expectativas de to<strong>dos</strong><br />

os nossos clientes, tal como <strong>dos</strong> produtos<br />

sustentáveis ou com reduções reduzidas<br />

de dióxido de carbono é a chave para criar<br />

produtos que responderão às suas necessidades<br />

do futuro.<br />

Quais são as principais inovações no<br />

fabrico de pneus na Toyo Tires,<br />

especialmente no que toca a matérias<br />

primas e compostos?<br />

A Toyo Tires criou um novo Centro de Pesquisa<br />

e Desenvolvimento na Europa para<br />

realizar uma investigação maior e mais<br />

Crescimento constante<br />

A<br />

Toyo Tires é uma empresa japonesa,<br />

fundada a 1 de agosto de 1945. Possui<br />

atualmente 7 fábricas de pneus. 2 no<br />

Japão (Sendai / Kuwana) 2 na China (Zhucheng<br />

/ Zhangjiagang) 2 na Malásia (amboas em<br />

Taiping, estado de Perak) e 1 nos EUA (Atlanta).<br />

Uma nova fábrica europeia, na Sérvia, está<br />

programada para iniciar a produção em 2022.<br />

Tem cerca de 13.000 funcionários em todo o<br />

grupo e os pneus Toyo são coloca<strong>dos</strong> à venda<br />

em mais de 100 países.<br />

A empresa foi listada na Bolsa de Valores de<br />

Tóquio em maio de 1955 e estabeleceu a sua<br />

primeira filial no exterior, Toyo Tire Corporation,<br />

nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> em julho de 1966. Mais<br />

recentemente, em 2004, foi criada uma fábrica<br />

nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, que tem sido o catalisador<br />

para um crescimento substancial nas<br />

Américas e, após várias fases de expansão, a<br />

fábrica da Toyo North America em White<br />

County, Geórgia, é agora a maior do grupo.<br />

A Toyo Tyres chegou à Europa em setembro de<br />

1975 com o estabelecimento da Toyo Reifen<br />

GmbH na Alemanha. Filiais de vendas no Reino<br />

Unido e na Holanda foram estabelecidas em<br />

julho de 2005, quando a Toyo Tire Europe<br />

GmbH foi criada como a sede para a Europa.<br />

Um ano depois, a Toyo Tire Italia foi adquirida e<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Kenta Kuribayashi<br />

detalhada sobre materiais e tecnologias<br />

de alta performance, em particular. Utilizamos<br />

a nanotecnologia para investigar<br />

estruturas moleculares e as propriedades<br />

<strong>dos</strong> compostos. As estruturas nos materiais<br />

usa<strong>dos</strong> têm uma relação intrínseca que<br />

cria a performance do pneu. Para desenvolver<br />

materiais otimiza<strong>dos</strong>, utilizamos a<br />

simulação ao nível Nano (1 nanómetro =<br />

1 bilionésimo de metro), criação de funções,<br />

controlo de precisão e investigação.<br />

O processo completo é conhecido como<br />

tecnologia Nano Balance.<br />

De que forma é que a Toyo Tires dá<br />

apoio e formação técnica aos clientes?<br />

A Toyo Tires tem um portal online sofisticado,<br />

disponível em várias línguas, que<br />

providencia formação tanto sobre pneus,<br />

explicações sobre danos acidentais, como<br />

sobre os benefícios <strong>dos</strong> produtos. O programa<br />

de formação vai recompensando<br />

os utilizadores com ofertas por aulas<br />

completadas. To<strong>dos</strong> os cursos ministra<strong>dos</strong><br />

são certifica<strong>dos</strong>. O sistema está a ser<br />

gradualmente implementado, à medida<br />

que as novas línguas são introduzidas, de<br />

maneira a que cada vez mais colaboradores<br />

forma<strong>dos</strong> estejam disponíveis onde quer<br />

que os pneus Toyo Tires sejam vendi<strong>dos</strong>.<br />

Quais são as expectativas de volume<br />

de mercado para 2021?<br />

É difícil fazer uma previsão certa para 2021,<br />

tendo em conta as constantes alterações às<br />

respostas políticas à pandemia em cada país.<br />

Os nossos objetivos de negócio tiveram em<br />

conta este enquadramento de acordo com<br />

o potencial levantamento das restrições, à<br />

medida que as vacinas vão sendo tomadas.<br />

A Toyo Tires está cautelosamente otimista<br />

com 2021 e antecipa alcançar os objetivos<br />

que estabeleceu para o ano. u<br />

tornou-se a terceira empresa europeia a<br />

operar como parte do grupo Toyo Tire Europe.<br />

A Toyo Tire Deutschland, que agora administra<br />

as vendas em toda a área DACH, foi formada<br />

como uma subsidiária da Toyo Tire Europe<br />

para se especializar em vendas para a região<br />

de língua alemã.<br />

A criação de um centro europeu de pesquisa e<br />

desenvolvimento na Alemanha em 2019 foi o<br />

precursor para o desenvolvimento da pegada<br />

ambiental da produção na Europa. A cerimónia<br />

de inauguração da nova fábrica ocorreu em<br />

dezembro de 2020 na Sérvia. A planta está<br />

programada para ser concluída e iniciar a<br />

produção em 2022.<br />

“A Dispnal é o parceiro ideal,<br />

alcançando objetivos excecionais”<br />

Desde 2009 que a Dispnal <strong>Pneus</strong> é o<br />

importador oficial da Toyo Tires em<br />

Portugal, apesar da marca ter entrado no<br />

mercado nacional alguns anos antes. Para Kenta<br />

Kuribayashi, Presidente da Toyo Tires Europa “A<br />

Dispnal é o parceiro ideal, alcançando objetivos<br />

excecionais. Tem uma presença forte em<br />

Portugal, pelo que o conhecimento do mercado é<br />

muito grande. Esta força permite-lhes dar maior<br />

apoio à marca do que um simples importador<br />

daria. Como um verdadeiro parceiro de<br />

distribuição, apoiando a Toyo Tires a gerir a<br />

marca em Portugal, a influência da Dispnal tem<br />

tido uma importância enorme para nós e<br />

esperamos que assim continue no futuro”.<br />

Portugal é um mercado sofisticado, com muito<br />

mais apaixona<strong>dos</strong> e conhecedores do setor<br />

automóvel do que alguns outros países<br />

europeus. Estas qualidades tornam-no um<br />

mercado muito atrativo para a marca. Tem sido<br />

difícil ganhar terreno no mercado, devido às<br />

restrições de armazenamento e longas cadeias<br />

de distribuição desde as fábricas no Japão e na<br />

Malásia. Com a construção da fábrica europeia,<br />

estes problemas serão ultrapassa<strong>dos</strong> e a marca<br />

vai aproveitar as vantagens de estar mais<br />

próximo do consumidor final. “A Dispnal, com o<br />

conhecimento que tem no mercado, e com a<br />

força logística em Portugal, terá um valor<br />

inestimável à medida que crescermos no futuro.<br />

Ao longo <strong>dos</strong> próximos meses vamos preparar<br />

esta mudança com a Dispnal, para podermos<br />

aproveitar ao máximo as oportunidades<br />

apresentadas por este aumento na nossa<br />

produção”, assegura este responsável.<br />

A curto prazo, os efeitos da pandemia vão<br />

afetar o mercado português, mas olhando mais<br />

para a frente, os problemas macroeconómicos<br />

vão ter um maior efeito no consumo. O<br />

crescimento real previsto do PIB na zona euro<br />

para 2021 é de cerca de 6%, o que não<br />

compensará totalmente a contração causada<br />

pela pandemia em 2020, mas superará o<br />

crescimento <strong>dos</strong> EUA no mesmo período. Todas<br />

as previsões atuais de PIB são incertas, pelo<br />

que o crescimento económico terá de ser<br />

cuida<strong>dos</strong>amente monitorizado ao longo <strong>dos</strong><br />

próximos meses.<br />

“A nossa ambição em Portugal não é apenas<br />

alcançar uma determinada quota de mercado.<br />

Embora tenhamos uma meta interna para isso,<br />

também queremos aumentar o reconhecimento<br />

e o destaque da marca Toyo Tires pela<br />

qualidade e desempenho ofereci<strong>dos</strong>. Apesar de<br />

termos fortes perspetivas para futuros negócios<br />

em Portugal, não tomamos nada como<br />

garantido. Reconhecemos que temos que<br />

oferecer produtos atraentes que ofereçam um<br />

excelente desempenho para conquistar<br />

consumidores”, conclui Kenta Kuribayashi.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Entrevista Mercado<br />

A pandemia<br />

deu-nos<br />

muita força<br />

Veja o vídeo


Rui Chaveca, gerente da Chaveca & Janeira<br />

Com a inauguração de uma nova sede<br />

em S. Brás de Alportel, a Chaveca & Janeira inicia<br />

nova etapa no seu já longo percurso empresarial,<br />

com mais de seis décadas sempre ligada<br />

ao comércio e serviço de pneus no Algarve<br />

As novas instalações recentemente<br />

inauguradas, são fruto<br />

da vontade e querer de Rui<br />

Chaveca, atual gerente da<br />

empresa, que assim dá continuidade ao<br />

projeto criado há 64 anos por seu pai, Sebastião<br />

Chaveca, e Joaquim Janeira. Com<br />

esta aposta, a empresa ganha um novo fôlego<br />

para enfrentar o mercado cada vez<br />

mais competitivo, mas que não assusta Rui<br />

Chaveca, que tem transformado as dificuldades<br />

em oportunidades reais de negócio.<br />

Porque decidiram investir em novas<br />

instalações?<br />

Já tínhamos necessidade de novas instalações<br />

há algum tempo. No novo armazém<br />

com 4.800 metros quadra<strong>dos</strong> conseguimos<br />

concentrar o stock que estava espalhado<br />

por três armazéns em zonas diferentes do<br />

Algarve. A grande capacidade de armazenagem<br />

vai permitir-nos aumentar o stock<br />

e melhorar os serviços ao cliente.<br />

Qual a zona geográfica atualmente<br />

coberta pela Chaveca & Janeira?<br />

Temos carros próprios que vão às zonas<br />

de Sines, Lagos e Vila Real de Santo António<br />

diariamente. Todas as zonas restantes<br />

contamos com empresas distribuidoras.<br />

Liderança<br />

familiar<br />

mantém-se<br />

A<br />

liderança da empresa tem sido<br />

sempre familiar, e assim vai continuar.<br />

Rui Chaveca, filho do atual gerente<br />

com o mesmo nome, está a seguir as pisadas<br />

do pai, e conforme revelou à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> “Estou atualmente a fazer um curso de<br />

gestão de empresas no Reino Unido, para<br />

adquirir conhecimentos que ajudem a<br />

Chaveca & Janeira a evoluir e a conquistar<br />

novos merca<strong>dos</strong> e clientes. Acredito que<br />

posso ser uma mais valia para a empresa,<br />

trazendo novas ideias e projetos que<br />

acrescentem valor ao negócio”. u<br />

Como tem sido o desempenho das<br />

vossas lojas de Faro e Portimão?<br />

Têm tido desempenhos distintos. Faro<br />

abrimos em 1998 como uma oportunidade.<br />

Portimão abrimos em 2004, devido<br />

à necessidade de cobrir aquela zona, onde<br />

tínhamos muitos clientes que eram de lá.<br />

Tanto uma loja, como a outra, ultrapassam<br />

os objetivos.<br />

Como é atualmente constituída a<br />

Chaveca & Janeira a nível de recursos<br />

humanos?<br />

Para além de mim e do meu sócio temos<br />

46 pessoas a trabalhar na empresa. Em<br />

2020 tive muita dificuldade em arranjar<br />

pessoal competente para a área oficinal.<br />

Não havia técnicos para trabalhar e tivemos<br />

de contratar pessoal estrangeiro, que até<br />

então nunca tínhamos tido. Esta situação<br />

verificou-se mais em Portimão, mas tem<br />

sido uma agradável surpresa, pois são trabalhadores<br />

competentes e responsáveis.<br />

Possuem algum equipamento inovador<br />

que queira destacar?<br />

Para mim o principal, para além <strong>dos</strong> equipamentos,<br />

são os recursos humanos. A sua<br />

experiência e conhecimentos têm grande<br />

influência no sucesso de qualquer empresa.<br />

Posso ter o melhor equipamento, mas se<br />

não tiver um bom operador não me serve<br />

de nada. Nesta empresa há uma diferença:<br />

não preciso andar atrás de ninguém para<br />

que o trabalho seja bem executado. To<strong>dos</strong><br />

os funcionários sabem perfeitamente o que<br />

têm de fazer. O principal fator de sucesso da<br />

Chaveca & Janeira passa sem dúvida pelas<br />

pessoas dedicadas à empresa.<br />

Quais as marcas de pneus que<br />

comercializam?<br />

Comercializamos todas as marcas de pneus<br />

existentes no mercado e temos três marcas<br />

que representamos em exclusivo: A KingRun,<br />

para automóveis ligeiros, a RoadCruza para<br />

veículos 4x4 e a Cater para pesa<strong>dos</strong>.<br />

Está prevista a introdução de novas<br />

marcas?<br />

Sim. Pretendemos comercializar numa<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Reportagem Entrevista<br />

marca de pneus agrícolas em exclusivo.<br />

Tenho esta ideia desde 2013, já visitei várias<br />

fábricas de pneus agrícolas na China,<br />

mas ainda não houve nenhuma que me<br />

tenha oferecido confiança. Infelizmente<br />

com esta situação da pandemia ainda não<br />

consegui regressar à China ou à India para<br />

rever esta situação.<br />

Quais são os segmentos que têm<br />

vindo a registar maior crescimento e<br />

quais aqueles em que a procura tem<br />

diminuído?<br />

O ano 2020 foi muito atípico, pois vendemos<br />

mais marcas premium e de grandes dimensões.<br />

Esta tendência não é muito usual.<br />

Devido à pandemia, muitas empresas ligadas<br />

ao turismo, designadamente transfers<br />

e rent-a-car, viram a sua atividade reduzir<br />

drasticamente e passaram a comprar menos<br />

pneus. Como houve uma quebra nestes<br />

segmentos, destacaram-se mais ou outros.<br />

Atualmente, a venda de pneus para os<br />

camiões subiu, apesar de ter caído o segmento<br />

<strong>dos</strong> autocarros. Tivemos de reagir<br />

e fomos obriga<strong>dos</strong> a ir à procura de outros<br />

nichos de mercado, como é o caso das entidades<br />

públicas e algumas instituições,<br />

que antes não trabalhávamos.<br />

Para além da montagem de pneus,<br />

que outro tipo de serviços<br />

disponibilizam?<br />

Fazemos diversos serviços de mecânica e<br />

temos o serviço de assistência 24 horas.<br />

Temos um acordo com a A22, e prestamos<br />

assistência a problemas que ocorrem com<br />

pneus na auto estrada.<br />

Fiel às raízes<br />

A<br />

tentação de deslocalizar a sede da<br />

empresa para a capital de distrito é<br />

para Rui Chaveca impensável,<br />

destacando que a empresa decidiu construir a<br />

nova sede em São Brás de Alportel, com o<br />

objetivo de dar resposta aos seus clientes<br />

mas também para criar mais postos de<br />

trabalho e criar riqueza no concelho. “Foi em<br />

São Brás que tudo começou. Os maiores<br />

investimentos sempre foram feitos em São<br />

Brás, o poder de decisão da empresa sempre<br />

foi em São Brás. Ao falarmos em Chaveca &<br />

Janeira associamos a São Brás de Alportel,<br />

apesar de já estarmos em Faro há 20 anos e<br />

em Portimão há 14 anos. Por toda a história e<br />

tradição que a empresa tem nesta localidade,<br />

a nova sede só podia ser construída em São<br />

Brás de Alportel”, afirmou Rui Chaveca. u<br />

O cliente continua a dar maior<br />

importância ao preço do que à<br />

qualidade do produto?<br />

Não é bem assim, nós é que temos que<br />

incentivar o cliente. Muitos clientes visitam<br />

as nossas oficinas para montar pneus, mas<br />

não têm conhecimentos do produto e somos<br />

nós que temos de o informar sobre os<br />

pneus mais indica<strong>dos</strong> para o seu veículo.<br />

Na Chaveca & Janeira o mais importante<br />

é a honestidade com cada cliente, e ir ao<br />

encontro do que pretendem.<br />

Qual o vosso stock médio de pneus e<br />

quantos vendem por ano?<br />

Temos um stock na ordem de 1 milhão de<br />

euros. Há dois anos, em 2019, vendemos<br />

cerca de 80 mil pneus, destes 30 mil foram<br />

para o retalho e os restantes para a distribuição.<br />

Em percentagem, a venda de pneus<br />

ligeiros representa à volta <strong>dos</strong> 60% a 70%,<br />

os comerciais e 4x4 cerca <strong>dos</strong> 20% a 25%<br />

e o restante para as máquinas agrícolas.<br />

Como encara a Chaveca & Janeira a<br />

venda de pneus usa<strong>dos</strong>?<br />

Eu não concordo e não é por vender pneus<br />

novos. Não concordo porque no pneu<br />

usado não se conhece qual o tratamento<br />

que já teve anteriormente. Se fosse um<br />

pneu certificado, possivelmente sim, agora<br />

como as coisas se fazem, não concordo.<br />

Possuem plataforma para venda<br />

online de pneus?<br />

A primeira empresa portuguesa deste<br />

setor a vender pneus online fomos nós,<br />

em 2003. No B2B vendemos cerca de 30%.<br />

Atualmente to<strong>dos</strong> os funcionários têm a<br />

internet ligada nos telemóveis para consultar<br />

preços, contas correntes, etc. De março<br />

2020 para cá tivemos uma evolução enorme<br />

Na Chaveca & Janeira o mais importante é a honestidade<br />

com cada cliente, e ir ao encontro do que pretendem<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Rui Chaveca<br />

Breve história da Chaveca & Janeira<br />

Sebastião de Sousa Chaveca tinha uma<br />

empresa de camionagem onde<br />

transportava cortiça, animais e outros<br />

produtos e sentia diariamente dificuldade em<br />

arranjar pneus novos. Esta necessidade deu<br />

origem a uma ideia de montar uma empresa de<br />

recauchutagem de pneus de camião que foi<br />

fundada em 1957 por Sebastião de Sousa<br />

Chaveca e pelo seu sócio Joaquim Guerreiro<br />

Janeira: a Chaveca & Janeira.<br />

A partir <strong>dos</strong> anos 70, a empresa começa<br />

também a vender pneus novos. Em virtude da<br />

evolução económica nacional e atenta às<br />

tendências do mercado, a Chaveca & Janeira<br />

deixa em 1990 de recauchutar pneus e dedicase<br />

exclusivamente ao comércio, venda a retalho<br />

e distribuição. Em mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 90<br />

começou a importar pneus e a trabalhar com<br />

marcas em exclusividade. Atualmente tem<br />

várias marcas de pneus que distribui em<br />

exclusivo para todo o país.<br />

Ao longo de 64 anos, a empresa tem vindo a dar<br />

passos seguros na sua afirmação junto <strong>dos</strong><br />

clientes, a nível regional e a nível nacional e dá<br />

trabalho a meia centena de funcionários. Nos<br />

dias de hoje é a maior empresa de pneus na<br />

província do Algarve e zona sul de Portugal e<br />

das principais a nível nacional no comércio,<br />

serviços e distribuição de pneus alargando as<br />

suas vendas no sul de Espanha.<br />

Cumprindo todas as normas sanitárias<br />

aprovadas pelas entidades competentes, dispõe,<br />

atualmente de equipas especializadas nos três<br />

postos da região: S. Brás de Alportel, Faro e<br />

Portimão, apetrecha<strong>dos</strong> com equipas de<br />

profissionais dedicadas aos pneus, mecânica<br />

rápida, mudanças de óleo, baterias,<br />

amortecedores, pastilhas de travões entre<br />

outros serviços.<br />

Em S. Brás de Alportel dispõe de um espaço<br />

próprio para dar assistência a veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />

industriais e agrícolas, nomeadamente<br />

autocarros, separando assim os veículos ligeiros<br />

<strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>. É uma empresa certificada pelo<br />

ISO 9001 desde Dezembro 2008. u<br />

o nível do online e passámos o verão inteiro<br />

a investir no digital, pois é o futuro.<br />

Como está a Chaveca & Janeira a<br />

reagir à pandemia da Covid 19?<br />

A pandemia deu-nos muita força. Tudo o que<br />

é um obstáculo para a Chaveca & Janeira, é<br />

um desafio. Março e abril de 2020 para nós<br />

foram meses complica<strong>dos</strong>. Fizemos de tudo<br />

para não fechar e para não parar, e agora<br />

estamos a fazer exatamente a mesma coisa.<br />

Focámo-nos nas vendas online, fomos obriga<strong>dos</strong><br />

a dinamizar o B2C e quisemos passar<br />

mais informação aos nossos clientes através<br />

das plataformas digitais.<br />

Realizaram vários passeios TT e BTT.<br />

Está prevista a realização de mais<br />

iniciativas do género?<br />

Com a situação pandémica que vivemos<br />

não conseguimos prever, mas temos tudo<br />

idealizado para logo que seja possível vol-<br />

tarmos a realizar estas iniciativas. Eu tenho<br />

um lema: “Não somos nem melhores, nem<br />

piores, somos diferentes”. Temos esta parte<br />

social que nos diferencia. Ou seja, to<strong>dos</strong><br />

os participantes neste tipo de iniciativas<br />

não pagam inscrição, mas trazem donativos<br />

alimentares que são doa<strong>dos</strong> a instituições.<br />

A última vez que fizemos este evento conseguimos<br />

arranjar 600 kg de rações para<br />

animais.<br />

Que avaliação faz do desempenho da<br />

Chaveca & Janeira durante o ano<br />

2020?<br />

Em 2020 baixámos a faturação em cerca de<br />

17%, mas conseguimos reduzir as despesas<br />

na ordem <strong>dos</strong> 20%, por isso conseguimos<br />

fechar o ano com lucro.<br />

Que objetivos se propõe atingir este<br />

ano 2021, a nível de vendas?<br />

Pretendemos que seja melhor que 2020<br />

e vai ser garantidamente, porque 2020<br />

apanhou-nos despreveni<strong>dos</strong>. Para 2021<br />

já estamos prepara<strong>dos</strong>, quer continue o<br />

confinamento, quer não. Temos uma carteira<br />

importante de clientes que mantêm a<br />

sua atividade normal, como as instituições,<br />

polícia, INEM e câmaras municipais. Antes<br />

eram empresas que nos passavam ao lado<br />

e agora fazem parte <strong>dos</strong> nossos principais<br />

clientes.<br />

Qual a sua visão de futuro a médio e<br />

longo prazo do comércio de pneus em<br />

Portugal?<br />

Este negócio tem que passar por profissionais.<br />

Temos que ter pessoas que trabalhem<br />

bem o pneu, com conhecimentos técnicos e<br />

comerciais. Os carros estão constantemente<br />

em evolução e necessitam que estejamos<br />

sempre muito bem informa<strong>dos</strong>. Nos postos<br />

é necessário ter técnicos forma<strong>dos</strong> e dar<br />

formação aos colaboradores u<br />

ChaveCA & Janeira<br />

Gerente Rui Chaveca | Morada Rua do Colégio Nº 16; 8150-132 S. Brás de Alportel | Telefone 289 840840<br />

Email info@chaveca-janeira.pt | Site www.chaveca-janeira.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Entrevista Mercado<br />

A COIP quer ser<br />

um garante DE<br />

RENTABILIDADE PARA<br />

OS SEUS CLIENTES<br />

A COIP é uma empresa recém-criada que, no âmbito nacional e internacional,<br />

terá como uma das principais e mais nobres missões, a comercialização<br />

e distribuição, em regime de exclusividade, da marca CAMAC. Luís Martins,<br />

diretor geral de merca<strong>dos</strong>, explica os objetivos da nova empresa<br />

Através da COIP – Companhia<br />

Internacional de <strong>Pneus</strong>, a CA-<br />

MAC vai passar a estar mais<br />

próximo e em contacto permanente<br />

com os clientes do mercado<br />

nacional e internacional. Para além desta<br />

marca bandeira, a COIP pretende vir a ser,<br />

a curto prazo, um Importador/Distribuidor<br />

de pneus de “A a Z”. Quer isto dizer, que a<br />

empresa pretende introduzir no mercado<br />

nacional e não só, uma variedade de produtos<br />

e marcas que cobrirão todo o espectro<br />

do mercado <strong>dos</strong> pneus, no sentido lato.<br />

Qual a oferta que a COIP vai<br />

disponibilizar ao mercado?<br />

A nossa oferta começará nas Câmaras-de-<br />

-Ar e será preenchida com os pneus de Turismo,<br />

SUV-4x4, Van, Empilhador, Agrícolas,<br />

Agroflorestais, Florestais, Agroindustriais,<br />

Industriais e de Engenharia Civil, Obras Públicas,<br />

Minas e Portos. O nosso foco será<br />

dirigido aos segmentos Quality e Budget.<br />

Para além de um fabricante Europeu, com<br />

quem já temos contrato firmado, estamos<br />

a ultimar os acor<strong>dos</strong> de importação/distribuição<br />

com mais alguns fabricantes, que<br />

nos permitirão ter uma gama de produtos<br />

completa e verdadeiramente interessante<br />

para o negócio <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

Queremos ter uma oferta e uma estratégia<br />

diferenciadora. Na nossa ótica, este negócio<br />

terá que se transformar num negócio<br />

“H2H”, “Human to Human”, de pessoas para<br />

pessoas. Pessoas que querem ter negócios<br />

prósperos, rentáveis e com futuro. Por contraponto,<br />

o B2B, Business to Business, de<br />

negócio para negócio, é para quem quer<br />

continuar a matar o negócio que tanto<br />

amamos, não dando tréguas às guerras<br />

de preços que acabam por transferir para<br />

o negócio <strong>dos</strong> seus clientes, com a consequente<br />

degradação das margens para<br />

to<strong>dos</strong> os intervenientes no negócio. No<br />

final, ninguém ganha dinheiro, o que é<br />

de facto caricato e absurdo. A COIP quer<br />

ser um garante de rentabilidade para o negócio<br />

<strong>dos</strong> seus clientes, parceiros e amigos.<br />

Queremos garantir margens de lucro aos<br />

nossos clientes. Acho que nos últimos anos<br />

nos esquecemos que isto não tem a ver<br />

com vender muito, seja de que maneira<br />

for. Isto tem a ver com ganhar dinheiro a<br />

servir bem o cliente final.<br />

Quais as suas funções dentro da<br />

empresa e que objetivos pretende<br />

atingir?<br />

Assumi funções de Direção Geral de Merca<strong>dos</strong><br />

e, como sempre ao longo da minha<br />

carreira, tenho por objetivo gerar valor para<br />

o acionista, clientes e demais agentes económicos<br />

com quem temos que nos relacionar.<br />

Não abdicando nunca de valores como a ética<br />

profissional, a honestidade, integridade e a<br />

defesa intransigente <strong>dos</strong> produtos, empresa<br />

e clientes. A determinação, a vontade de<br />

aprender sempre, o gosto pela reinvenção,<br />

o espírito colaborativo, a pró-atividade, e<br />

a paixão pelo negócio, são características<br />

pessoais das quais nunca abdico. Os clientes,<br />

ex-colegas e demais parceiros de negócio,<br />

que me conhecem, sabem que sempre foi<br />

e continuará a ser assim.<br />

Como define a sua forma de estar no<br />

mercado? Que princípios e regras<br />

defende?<br />

Pretendo sempre ser um verdadeiro parceiro,<br />

que está ao lado do cliente a entregar<br />

resulta<strong>dos</strong> e, na COIP, acredito que temos<br />

as capacidades end-to-end - definição, implementação<br />

e operação - para o fazer. Em<br />

segundo lugar, mais do que faturar pelos<br />

produtos que vendo, gosto de ser remunerado<br />

pelos clientes em função <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong><br />

efetivamente consegui<strong>dos</strong> com essas vendas/compras,<br />

ou seja, parte do valor gerado<br />

terá que ser entendido como a nossa remuneração.<br />

Em terceiro lugar, colocar sempre a<br />

inovação no centro do nosso negócio. Sou<br />

alguém que ama este mercado e acredito<br />

que o fator diferenciador das empresas é<br />

serem capazes de inovar mais rápido do<br />

que a concorrência. E inovar implica experimentar<br />

um conjunto de ideias, lado a lado<br />

com o cliente, até chegarmos àquela que<br />

vemos que tem potencial, que o feedback<br />

é positivo e que deve escalar.<br />

Esta tem que ser a grande mudança também<br />

na forma como abordamos o mercado<br />

e será desta forma que a COIP potenciará o<br />

negócio <strong>dos</strong> clientes do mercado nacional<br />

e não só. Há também um ou dois fatores<br />

muito relevantes que advêm <strong>dos</strong> anos e<br />

da experiência de mercado. Em primeiro<br />

lugar, a capacidade de nos relacionarmos<br />

com todas as organizações. Com os anos<br />

ganhamos a confiança e o respeito <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes. Depois, é só juntar o talento<br />

fantástico <strong>dos</strong> nossos clientes e encontramos<br />

a fórmula do sucesso colaborativo.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Luís Martins, diretor geral de merca<strong>dos</strong> da COIP<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Reportagem Entrevista<br />

Qual foi o seu percurso profissional até<br />

chegar a diretor geral de merca<strong>dos</strong> da<br />

COIP?<br />

Estudei Gestão de Marketing e os primeiros<br />

passos no mundo <strong>dos</strong> pneus foram da<strong>dos</strong><br />

na Michelin em Portugal. A minha formação<br />

técnica, comercial, metodologia e organização,<br />

foram adquiridas na formação de seis<br />

meses em Madrid, no CEFAM. Como Inspetor<br />

de Vendas da Michelin, aprendi o mercado<br />

e o produto. Depois seguiu-se a Continental<br />

em Portugal e mais tarde em Espanha, como<br />

Director de Marketing e, na reta final, como<br />

Diretor de Mercado em Portugal.<br />

Da Continental, transferi-me de armas<br />

e bagagens para o Grupo Império, mais<br />

concretamente para a Hiperpneus onde<br />

fui Administrador com responsabilidades<br />

ao nível da coordenação comercial e de<br />

marketing <strong>dos</strong> diferentes negócios, Importação<br />

e distribuição de <strong>Pneus</strong>, Importação<br />

e distribuição de Equipamentos Oficinais (e<br />

consumíveis) com a respetiva assistência<br />

técnica, Venda a Grandes Frotas e Rede de<br />

Retalho Próprio. Aqui conheci também o<br />

negócio da recauchutagem.<br />

Seguiu-se um novo desafio, de fazer o<br />

start-up, lançamento e desenvolvimento<br />

da Gripen Wheels (especialista em pneus<br />

OTR) em Portugal, tendo mais tarde assumido<br />

a liderança da Gripen Wheels Espanha<br />

e da Gripen Wheels França como Diretor<br />

Geral Comercial destes merca<strong>dos</strong>. Tive uma<br />

passagem de um ano e meio pela Dispnal<br />

<strong>Pneus</strong>/Dispnal Iberia, que me deu muito<br />

prazer e aqui estou para mais um desafiante<br />

projeto inteiramente novo.<br />

Que conhecimentos trouxe para a COIP,<br />

da sua experiência profissional noutras<br />

empresa do setor?<br />

Tendo começado a minha caminhada nos<br />

pneus como Inspetor de Vendas, ter passado<br />

pela Direção de Marketing e Vendas<br />

de uma grande multinacional como a<br />

Continental, em Portugal e em Espanha,<br />

onde participei em diversos projetos internacionais,<br />

ter experiência no mercado<br />

da recauchutagem, no mercado de retalho<br />

<strong>dos</strong> pneus (postos de venda e assistência),<br />

experiência nos merca<strong>dos</strong> Espanhol e Francês,<br />

entre outros, no mercado da importação<br />

e distribuição Independente e em<br />

fabricantes, penso que é todo um aplicar<br />

e desenvolver experiências atuais e futuras,<br />

tirando proveito <strong>dos</strong> conhecimentos<br />

e experiências acumuladas.<br />

Qual a sua estratégia para chegar ao<br />

máximo número de clientes possível?<br />

A nossa estratégia de comunicação assentará<br />

em pilares paralelos: uma ferramenta<br />

eletrónica de interação e atendimento ao<br />

cliente, disponível 24 horas por dia, 365 dias<br />

por ano. Uma força de vendas constituída<br />

por elementos experientes, íntegros e competentes.<br />

Um serviço de atendimento telefónico<br />

eficaz e informativo. E, finalmente,<br />

recorrer a diferentes materiais e ferramentas<br />

de apoio às vendas <strong>dos</strong> nossos clientes,<br />

colaboração com os meios de comunicação<br />

do sector e participação em eventos. u<br />

COIP – Companhia Internacional de <strong>Pneus</strong>, Lda.<br />

Diretor Geral de Merca<strong>dos</strong> Luís Martins | Morada Rua Parque Industrial, 1300 – Apartado 29; 4784-909 Santo Tirso<br />

Telemóvel 915 237 500 | Email luis.martins@camac.pt | Site www.camac.pt<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Luís Martins<br />

A nova vida da CAMAC<br />

Vista aérea <strong>dos</strong> armazéns da CAMAC<br />

A CAMAC TEVE QUE SE ADAPTAR,<br />

ESTRATEGICAMENTE, AOS DESAFIOS<br />

DOS NOVOS TEMPOS. NÃO SENDO<br />

FÁCIL CONCORRER COM OS<br />

GRANDES FABRICANTES<br />

GENERALISTAS E, MUITO MENOS,<br />

COM OS FABRICANTES ASIÁTICOS, A<br />

CAMAC TRANSFORMOU-SE NUM<br />

FABRICANTE ESPECIALIZADO EM<br />

NICHOS DE MERCADO E EM NICHOS<br />

ESTRATÉGICOS DE NEGÓCIO<br />

É<br />

disto exemplo o facto de a CAMAC<br />

produzir, para um fabricante de renome<br />

mundial, pneus de competição para<br />

viaturas clássicas, que pretende que os<br />

pneus continuem a ser fabrica<strong>dos</strong> à luz das<br />

antigas técnicas de construção que envolvem<br />

mão de obra intensiva e especializada na<br />

confeção do pneu. Na mesma linha de<br />

raciocínio estratégico, a CAMAC especializouse<br />

também no fabrico de pneus para viaturas<br />

clássicas, onde consegue ombrear com os<br />

grandes e tradicionais fabricantes mundiais,<br />

em gama, qualidade e espírito “vintage” da<br />

engenharia de produto.<br />

Continua a fabricar pneus 4x4 de grande<br />

qualidade e procura no mercado, como<br />

é exemplo o CAMAC TERRA, uma gama<br />

de pneus comerciais de grande<br />

competitividade e pneus específicos<br />

para algumas atividades económicas como<br />

a agricultura, silvicultura, etc.<br />

A gama de pneus de turismo, atualizada<br />

e de qualidade (segmento quality), continua<br />

competitiva sempre e quando o cliente<br />

procura exclusividade e rentabilidade para<br />

o seu negócio, uma vez que não havendo<br />

mercado paralelo, a marca garante<br />

a exclusividade a 100%, como poucos<br />

o podem fazer.<br />

Está previsto o lançamento de novos<br />

modelos?<br />

Sim, estamos neste preciso momento a<br />

lançar, no mercado mundial, uma gama<br />

estupenda de pneus clássicos com faixa<br />

branca na parede lateral. Existe uma grande<br />

procura, nos diferentes merca<strong>dos</strong> mundiais,<br />

por este tipo de pneus. A CAMAC, para além<br />

de produzir um pneu de altíssima qualidade,<br />

fabricado com máquinas, equipamentos e<br />

procedimentos de época, consegue ter<br />

preços bastante competitivos. Esta gama<br />

começa na medida 5.20-12 e estende-se até<br />

à medida 5.60-15, passando por medidas<br />

como o 7.25-13 e o 7.50-14.<br />

Como é feito o desenvolvimento <strong>dos</strong><br />

produtos e os ensaios <strong>dos</strong> pneus?<br />

A CAMAC possui um Laboratório de Ensaios<br />

de <strong>Pneus</strong> (LEP), que iniciou a sua atividade<br />

em Setembro de 1993 e tem vindo,<br />

progressivamente, a aumentar o seu nível<br />

qualitativo, obtendo a concessão da<br />

acreditação em Fevereiro de 1998.<br />

Atualmente, o laboratório encontra-se<br />

acreditado pelo IPAC para aplicação <strong>dos</strong><br />

regulamentos 30 e 54 CEE/ONU, destina<strong>dos</strong> a<br />

pneus novos e o 108 e 109 CEE/ONU para<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>. O Laboratório de<br />

Ensaios de <strong>Pneus</strong> (LEP) da CNB/Camac, é<br />

uma entidade que aposta na qualidade <strong>dos</strong><br />

seus serviços, possuindo uma equipa<br />

dinâmica e com formação adequada, tendo<br />

como lema a integridade, imparcialidade e a<br />

satisfação das necessidades <strong>dos</strong> clientes. O<br />

LEP possui dois dinamómetros de roda e todo<br />

o equipamento necessário à aplicação <strong>dos</strong><br />

pontos <strong>dos</strong> regulamentos para os quais se<br />

encontra acreditado. Para além da aplicação<br />

<strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> regulamentares, o laboratório<br />

encontra-se capacitado para realizar ensaios<br />

mediante méto<strong>dos</strong> sugeri<strong>dos</strong> pelos seus<br />

clientes, desde que exequíveis. Neste âmbito,<br />

a sua principal atividade é a execução de<br />

ensaios estendi<strong>dos</strong>, ou seja, ultrapassando o<br />

tempo de ensaio regulamentar. Estes ensaios<br />

são particularmente importantes em estu<strong>dos</strong><br />

de desenvolvimento.<br />

Quais os merca<strong>dos</strong> de exportação mais<br />

fortes para a Camac?<br />

A CAMAC tem uma presença forte na Europa,<br />

no Médio Oriente e em África. No entanto,<br />

temos presença nos quatro continentes,<br />

Europa, África, Ásia e América. Estamos<br />

presentes em mais de 50 países.<br />

Qual a importância do mercado português<br />

para a Camac?<br />

Sendo a CAMAC uma empresa<br />

eminentemente exportadora, até pela<br />

dimensão do mercado português,<br />

pretendemos dinamizar também a CAMAC no<br />

mercado nacional, que nunca deixou de ter e<br />

demonstrar um enorme “carinho” pela marca.<br />

Recordo que a CAMAC é o único fabricante de<br />

pneus nacional e a única marca 100%<br />

portuguesa, utiliza mão de obra e tecnologia<br />

100% nacional!<br />

Qual a importância da gama Camac Racing,<br />

para as vendas da marca?<br />

A CAMAC tem toda uma tradição e uma<br />

história rica no desporto automóvel nacional. É<br />

disso exemplo, o recém realizado Troféu Abarth<br />

500, com todas as viaturas equipadas com<br />

pneus de competição CAMAC. Por altura do<br />

desenvolvimento do produto, fizemos testes e<br />

ensaios comparativos com os mais<br />

prestigia<strong>dos</strong> produtos do mercado e não<br />

ficámos atrás nos principais indicadores como<br />

a performance pura, a durabilidade, etc. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Empresa<br />

Distribuidor<br />

de referência<br />

Lassa Tyres<br />

Desde que a Pneurama se tornou distribuidor<br />

exclusivo da Lassa para o mercado português em 2014,<br />

o crescimento da marca tem sido notável. O objetivo<br />

a médio prazo é consolidar a notoriedade da marca<br />

em Portugal e tornar-se o melhor distribuidor<br />

da Lassa na Europa<br />

A<br />

Brisa, empresa por detrás da<br />

marca Lassa, foi fundada em<br />

1988. A Brisa Bridgestone<br />

Sabanci Tyre Manufacturing<br />

and Trading Inc. está baseada na Turquia,<br />

conta com mais de 2.700 colaboradores e<br />

está neste momento presente em 80 países<br />

com mais de 6.000 pontos de venda.<br />

Considerada marca premium no seu mercado<br />

interno, a Lassa tem como principal<br />

prioridade crescer no mercado europeu,<br />

e a Pneurama faz parte desse projeto. A<br />

produção <strong>dos</strong> pneus da marca Lassa é feita<br />

em duas fábricas na Turquia, supervisionada<br />

por uma equipa de engenheiros que desenvolvem<br />

os pisos, definem as melhores<br />

práticas de fabrico e selecionam a melhor<br />

qualidade de matérias primas. O processo<br />

de engenharia da produção é europeu e<br />

beneficia do know-how do maior fabricante<br />

de pneus do mundo.<br />

STOCK FORTE E ESTABILIDADE DE PREÇOS<br />

A marca Lassa Tyre produz pneus de turismo,<br />

4x4, comerciais e camião médio.<br />

A qualidade do produto é muito importante<br />

para o compromisso da Pneurama<br />

de oferecer pneus com melhor relação<br />

preço/qualidade. O Driveways para veículos<br />

do segmento médio/alto, Driveways<br />

Sport para veículos do segmento médio,<br />

de luxo e desportivos, e Competus H/P2<br />

para veículos SUV, são os 3 modelos da<br />

última geração tecnológica da marca.<br />

<strong>Pneus</strong> como Greenways (ECO), Transways<br />

(Comerciais) e Maxiways (Camião médio)<br />

são produtos prepara<strong>dos</strong> para fazerem<br />

muitos quilómetros.<br />

Nos últimos anos nos segmentos premium<br />

e quality tem havido uma redução<br />

de vendas em jantes menores R13 e R14<br />

e aumento nas jantes iguais ou superiores<br />

a R17. A Lassa Tyre em Portugal tem<br />

acompanhado esta tendência, e a jante com<br />

maior crescimento no mercado Português<br />

da marca é mesmo a R17.<br />

A marca tem acor<strong>dos</strong> de equipamento original<br />

na Turquia com diversos fabricantes de<br />

automóveis, designadamente a Mercedes,<br />

Renault, Toyota, Ford, Hyundai e Honda,<br />

entre outros. De notar que a Lassa na Turquia<br />

é uma marca com grande notoriedade<br />

sendo vendida a preços semelhantes aos<br />

<strong>dos</strong> premium. O regulamento do mercado<br />

de pneus turco segue as normas europeias<br />

logo, todo o fabrico está preparado para o<br />

mercado europeu, onde a marca tenciona<br />

crescer bastante.<br />

Em Portugal, onde o mercado está focado<br />

nos pneus de verão, os modelos Greenways<br />

e Driveways são os mais populares.<br />

Nos últimos anos tem havido uma enorme<br />

pressão sobre os custos <strong>dos</strong> pneus em todas<br />

as marcas premium e quality. No final do<br />

ano passado, o fator mais relevante foi o<br />

aumento <strong>dos</strong> preços das matérias-primas<br />

que impactou o custo <strong>dos</strong> pneus.<br />

A crise pandémica que começou em 2020<br />

teve impacto claro na venda de pneus,<br />

mas também no fabrico, com to<strong>dos</strong> os<br />

fabricantes a reduzir a sua capacidade de<br />

produção. Os que reagiram mais rápido<br />

foram os chineses, também pelo facto da<br />

crise pandémica ter tido um impacto mais<br />

curto na China.<br />

Relativamente à marca Lassa, que é o produto<br />

bandeira da Pneurama, será feito o<br />

máximo esforço para que o aumento de<br />

preços seja o menor possível e será mantido<br />

um stock elevado<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Pneurama<br />

“Na Pneurama consideramos que para servirmos<br />

melhor os nossos clientes e parceiros<br />

devemos ter um stock forte. O nosso<br />

objetivo é ter sempre em stock equivalente<br />

a 6 meses de vendas. Durante este período<br />

pandémico esta nossa postura de valorização<br />

do stock foi importante e permitiu-nos<br />

servir o mercado no pico de vendas que<br />

houve em Agosto e Setembro”, afirma José<br />

Azevedo, gerente da Pneurama.<br />

TECNOLOGIA DE PONTA<br />

A fábrica da Brisa em KentSA na Turquia<br />

tem um centro de investigação & desenvolvimento<br />

equipado com tecnologia de<br />

ponta em ambos as divisões: design de<br />

piso e qualidade de produção. Na marca<br />

Lassa a tecnologia está em constante evolução<br />

e os modelos de última geração são<br />

o Driveways (Conforto; Touring), Driveways<br />

Sport (Desportivo) e Competus HP/2 (SUVs).<br />

Estes 3 modelos têm uma nova carcaça,<br />

um novo conceito de piso e um novo mix<br />

de compostos. A nova carcaça mais leve,<br />

a parede mais fina e o talão mais pequeno<br />

providenciam menor resistência ao rolamento<br />

sem comprometer a durabilidade<br />

e segurança do pneu. O desenho do piso<br />

inclui interconexão das ranhuras para melhor<br />

manuseamento em curva e travagens e<br />

diminuição do ruído. No mix do composto<br />

é usado a tecnologia Nano-Protech que faz<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Reportagem Empresa<br />

Vista aérea da fábrica da Brisa<br />

Pneurama<br />

Em 2019 a Pneurama teve<br />

o melhor ano de vendas de sempre<br />

e uma performance entre os melhores<br />

distribuidores da marca Lassa na<br />

Europa<br />

com que as moléculas estejam o máximo<br />

possível distantes entre si para que o composto<br />

fique mais suave e melhore as performances<br />

em piso seco e molhado. A menor<br />

fricção molecular trazida pela Nano-Protech<br />

torna o composto mais suave reduzindo o<br />

consumo de combustível e aumentando a<br />

durabilidade. To<strong>dos</strong> os modelos Lassa são<br />

fabrica<strong>dos</strong> para terem segurança, conforto<br />

e maior quilometragem.<br />

OBJETIVOS DE CRESCIMENTO<br />

BEM DEFINIDOS<br />

O ano 2020 foi negativo para todas as marcas<br />

de pneus por razões ligadas à pandemia<br />

e a consequente quebra circulação de viaturas<br />

na estrada. “Neste momento estamos<br />

a preparar-nos para voltar à normalidade<br />

assim que o confinamento acabar. Um fator<br />

decisivo é sempre a abertura das escolas.<br />

Quando voltarmos a ter um ano completo<br />

normal temos o objetivo de termos um volume<br />

de vendas superior a 2019, que foi o<br />

nosso melhor ano até ao momento”, afirma<br />

José Azevedo.<br />

O mercado Europeu é o mercado principal<br />

da Lassa Tyre, logo Portugal tem prioridade<br />

principal para a marca, cuja política<br />

de distribuição nacional é feita em regime<br />

de exclusividade pela Pneurama.<br />

Em termos gerais, existem dois fatores que<br />

estão a condicionar o mercado de pneus<br />

em Portugal. Neste momento a fraca mobilidade<br />

<strong>dos</strong> condutores devido ao confi-<br />

namento, e no futuro, um menor poder de<br />

compra pode traduzir-se em aumento da<br />

procura <strong>dos</strong> pneus budget em substituição<br />

de premium e quality.<br />

“Portugal tem tido um crescimento bastante<br />

moderado no que diz respeito à<br />

dimensão do mercado <strong>dos</strong> pneus, aliás<br />

em linha com a economia nacional. Este<br />

período de pandemia e consequente confinamento<br />

tiveram um impacto temporário,<br />

mas na nossa opinião voltaremos a valores<br />

de 2019 quando acabarem os processos de<br />

confinamento”, refere José Azevedo, que<br />

acrescenta: “A Pneurama tem uma política<br />

comercial que inclui exclusividade regional<br />

aos seus clientes. O nosso maior foco é reter<br />

os nossos clientes e melhorar as vendas<br />

<strong>dos</strong> nossos pneus. Especialmente na marca<br />

Lassa devido á enorme retenção que existe<br />

juntos do consumidor final. O objetivo a<br />

médio/longo prazo é tornar as marcas que<br />

representamos como referências no mercado<br />

português em cada segmento.” u<br />

Gama diversificada<br />

e abrangente<br />

A<br />

Pneurama tem como objetivo afirmar-se<br />

como o distribuidor nacional com as<br />

marcas de pneus com a melhor relação<br />

preço/qualidade para cada segmento, e com uma<br />

postura de enorme sentido de ética nos negócios,<br />

valorizando o seu legado de mais de 30 anos de<br />

experiência. A Lassa Tyre é a marca exclusiva de<br />

pneus turismo com maior valor, que embora não<br />

tendo a notoriedade das premium, tem qualidade<br />

equivalente. Estes da<strong>dos</strong> podem ser verifica<strong>dos</strong><br />

nos testes TUV referi<strong>dos</strong> no catálogo. A Pneurama<br />

tem uma política comercial muito própria e<br />

pretende que os clientes sejam seus parceiros<br />

negócio, fazendo da marca Lassa uma referência<br />

no mercado Português.<br />

A CST Tyre é a marca exclusiva da Pneurama<br />

para o segmento de 4x4. Este que é o 9º maior<br />

fabricante do mundo tem uma gama cada vez<br />

maior em A/T, M/T e mesmo pneus de<br />

competição de trial, os Land Dragon. O<br />

fabricante Chen Shin Tyre é também fabricante<br />

da marca Maxxis.<br />

A Saferich é a marca exclusiva da Pneurama<br />

para o segmento budget. Este fabricante da<br />

China usa a melhores práticas de fabrico<br />

Europeias e Japonesas e o pneu tem ganho uma<br />

reputação de confiança.<br />

A Emrald é a marca exclusiva da Pneurama para<br />

<strong>Pneus</strong> Maciços e Pneumáticos. É o maior<br />

exportador de pneus maciços da Índia. O pneu<br />

tem uma grande capacidade de aguentar muitas<br />

horas de trabalho e está preparado para vários<br />

tipos de utilização. Finalmente, tem uma gama<br />

bastante completa de câmaras de ar com mais<br />

de 70 referências.<br />

A Pneurama comercializa também todas as<br />

marcas premium tendo uma relação comercial<br />

privilegiada com a Cooper Tire (representada em<br />

Portugal pela Pneurama desde 1990) e<br />

Continental no segmento industrial.<br />

“Na Pneurama, seguimos com muito interesses<br />

toda a inovação tecnológica aplicada no<br />

desenho <strong>dos</strong> pisos, nas qualidades <strong>dos</strong><br />

compostos e nos processos de fabrico. Num<br />

mercado cada vez mais específico procuramos<br />

encontrar os pneus certos para as utilizações<br />

<strong>dos</strong> consumidores”, refere José Azevedo. u<br />

Pneurama<br />

Gerentes José Azevedo e Hugo Azevedo | Morada Rua Dr. Mota Pinto, 158; 4585-228 Gandra – Paredes | Telefone: 22 415 00 08<br />

Email geral@pneurama.pt | Site www.pneurama.pt<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


toyo_revista<strong>dos</strong>pneus_12-comfort.pdf 1 30/11/2020 15:43:15<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Mercado Empresa


Servipneus<br />

Temos aproveitado<br />

a pandemia para nos<br />

restruturarmos<br />

Com seis lojas espalhadas pela região sul – Boliqueime, Loulé, Faro, Olhão, Tavira<br />

e Portimão – a Servipneus é hoje a maior rede de retalho de pneus do Algarve,<br />

mas há muito que deixou de viver apenas desse negócio. Atualmente faz<br />

to<strong>dos</strong> os serviços de mecânica, tendo-se transformado numa empresa global<br />

e vocacionada para a mobilidade<br />

Já lá vão 43 anos desde que a porta<br />

da Servipneus se abriu pela primeira<br />

vez, em Boliqueime, corria<br />

o ano de 1977. A primeira oficina<br />

aberta pela empresa mantém-se de pedra<br />

e cal, ainda hoje no mesmo local, que demonstrou<br />

ser uma opção certa desde o<br />

primeiro minuto. Em plena estrada nacional<br />

125, onde o nó da A22 vem convergir,<br />

segundo Luís Rosa, diretor comercial e de<br />

marketing “não há melhor sítio para se estar”.<br />

A loja, que vai sofrer obras de beneficiação<br />

em breve e receber a nova imagem da<br />

Serrvipneus, foi o pontapé de saída para o<br />

crescimento de uma rede líder no Algarve.<br />

“Depois desta primeira loja, a empresa foi<br />

crescendo e abriu uma segunda oficina em<br />

Faro, no sítio do Besouro. Essa loja pertencia<br />

ao dono da Servipneus, Francisco Vidal, e<br />

fazia recauchutagem, passando depois a<br />

ser também Servipneus”, conta Luís Rosa.<br />

A partir daí, o crescimento e abertura de<br />

novas lojas foi gradual. “Nunca houve um<br />

plano estratégico. As oportunidades foram<br />

surgindo e a Servipneus foi abrindo lojas.<br />

A Olhão, seguiu-se Loulé, Portimão e por<br />

fim Tavira. Atualmente conta com seis lojas<br />

- Boliqueime, Loulé, Faro, Olhão, Tavira<br />

e Portimão”, ressalvou o diretor comercial<br />

e de marketing da empresa.<br />

Hoje, a Servipneus emprega um total de 33<br />

funcionários, em seis lojas muito distintas<br />

umas das outras. O responsável analisa o<br />

desempenho de cada uma de forma individual,<br />

distinguindo os diferentes merca<strong>dos</strong><br />

nas várias localidades onde se implementaram.<br />

Esclarece que não é um objetivo atual<br />

da empresa crescer em número de postos,<br />

mas sim “estabilizar e crescer em determinamos<br />

merca<strong>dos</strong> que estão consolida<strong>dos</strong>”. E<br />

deixa o exemplo de Portimão, “que é muito<br />

competitivo e onde acreditamos que conseguiremos<br />

encontrar mais quota de mercado.<br />

Em Loulé temos performances muito<br />

variáveis. Já em Faro estamos bastante bem<br />

consolida<strong>dos</strong>, temos a nossa capacidade de<br />

trabalho quase no limite e Tavira também<br />

tem vindo a correr bem”.<br />

Por conta da tão característica sazonalidade<br />

das vendas no Algarve, janeiro e fevereiro<br />

são, por norma, os meses mais fracos da<br />

Servipneus. Tudo agravado, agora, com a<br />

pandemia e com o confinamento que, já<br />

em 2020 fizeram estragos nas contas finais.<br />

Apesar de nunca ter fechado – “com assistência<br />

a empresas, pequenas frotas locais,<br />

viaturas do INEM, etc.” – a empresa fechou<br />

o ano com vendas inferiores às de 2019. A<br />

retoma, sublinha Luís Rosa, “foi boa” e junho<br />

foi mesmo “o melhor mês de sempre da história<br />

da empresa”, mas não foi suficiente para<br />

deixar saldo positivo face ao ano anterior.<br />

Para já, 2021 ainda não significou um virar<br />

de página, devido ao novo confinamento,<br />

que trouxe uma quebra de 29% na faturação,<br />

“especialmente na venda de pneus,<br />

não tanto nas manutenções e reparações<br />

mecânicas”. Quase um ano depois de termos<br />

entrado na chamada «nova realidade», Luís<br />

Rosa é cauteloso no que toca a perspetivas<br />

de futuro: “as minhas não são muito animadoras.<br />

Já estamos numa crise económica.<br />

O desemprego no Algarve está num nível<br />

altíssimo, as grandes cadeias hoteleiras estão<br />

fechadas desde o verão. Turismo, transfers<br />

e rent-a-cars representam uma boa fatia do<br />

parque automóvel circulante no Algarve e<br />

sem eles há muita gente no desemprego.<br />

Temos estado a aproveitar este tempo<br />

para nos restruturarmos, tanto nos pneus<br />

como na mecânica. Estamos a reformular<br />

a oferta para o que vem a seguir, porque<br />

só trabalhávamos peças premium e vamos<br />

começar a oferecer também uma gama mais<br />

económica, para fazer face a esta perda do<br />

poder de compra que já é uma realidade.<br />

Nos pneus, estamos a tentar reformular o<br />

nosso stock para não perder vendas de stock.<br />

É navegar à vista”, remata.<br />

SERVIÇOS DE MECÂNICA<br />

Os pneus sempre foram o «core business»<br />

da empresa a par das mudanças de óleo. Um<br />

negócio que se manteve inalterado até há<br />

cerca de dez anos, em que a Servipneus passou<br />

também a realizar os chama<strong>dos</strong> serviços<br />

entre pneus para ligeiros, 4x4, suv e agricultura, a<br />

servipneus tem mais de 300 mil euros em stock, tendo vendido<br />

9.239 pneus entre fevereiro e dezembro do ano passado<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Reportagem Empresa<br />

DIVULGAÇÃO VIRTUAL<br />

Sendo uma realidade que as novas tecnologias<br />

têm um peso cada vez maior nos negócios<br />

atuais, os serviços da empresa são,<br />

hoje em dia, divulga<strong>dos</strong> pelo site, que será<br />

reformulado em breve, e pela loja online.<br />

Luís Rosa admite que as vendas na página<br />

da Servipneus “são ainda muito diminutas”,<br />

o site é “um ponto em que o cliente toma<br />

contacto com o nosso nível de preços.<br />

Depois, ou telefona, ou passa na loja e há<br />

muitas vendas que são canalizadas diretamente<br />

para a loja”. A Servipneus também<br />

está presente no Facebook, onde “temos<br />

uma interatividade muito boa e com bons<br />

resulta<strong>dos</strong>”.<br />

Todas estas estratégias substituíram os antigos<br />

méto<strong>dos</strong> de publicidade, como flyers e<br />

outdoors que eram muito mais dispendiosos<br />

e que não atingiam tão satisfatoriamente os<br />

objetivos pretendi<strong>dos</strong>. O cartão de fidelização<br />

físico deixou de existir, no entanto, a<br />

empresa continua a garantir os descontos<br />

e o acompanhamento em proximidade do<br />

cliente de forma «virtual», com um software<br />

de gestão oficinal e uma base de da<strong>dos</strong> comhoje<br />

a servipneus emprega um total de 33 funcionários, em<br />

seis lojas muito distintas umas das outras. Não é objetivo da<br />

empresa crescer em número de postos, mas sim estabilizar e<br />

crescer em determina<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> que estão consolida<strong>dos</strong><br />

rápi<strong>dos</strong>, pastilhas, rótulas e por aí fora. Desde<br />

que entrou na empresa, há oito anos, Luís<br />

Rosa tem “visto sempre crescimento, ano<br />

após ano”. Com as ferramentas nas mãos,<br />

e com a aposta na contratação de pessoal<br />

qualificado, avançar para a mecânica completa<br />

era o passo lógico, “claro que comprámos<br />

novas ferramentas, mais elevadores e<br />

apostámos na formação”, explica o diretor<br />

comercial. Atualmente, só não trabalham<br />

chapa e pintura, mas se for preciso subcontratam.<br />

O grande objetivo é ser uma oficina<br />

onde o cliente deixa a viatura e resolve todas<br />

as necessidades da mesma, sem se deslocar<br />

a outras oficinas. No âmbito da mecânica<br />

fazem “tudo! Reparações de motores, reparações<br />

de caixas, carroçamentos” e até<br />

serviços mais específicos, “como rever os<br />

sistemas de oxigénio das ambulâncias, por<br />

exemplo”, conclui Luís Rosa.<br />

Transversal ao setor, é também um problema<br />

da Servipneus a grande dificuldade em arranjar<br />

bons técnicos, mão de obra com ou<br />

sem qualificação. “Para os pneus ainda se<br />

consegue, mesmo sem experiência, mas<br />

para a área da mecânica é dificílimo. Temos<br />

dado formação, criámos uma sala no nosso<br />

centro em Loulé, que devia estar a funcionar<br />

melhor do que está, mas com a pandemia<br />

não é possível”. Assim, “o nosso recrutamento<br />

tem sido essencialmente procurar os bons<br />

técnicos e tentar convencê-los a vir trabalhar<br />

connosco. Não temos outra alternativa”,<br />

queixa-se Luís Rosa.<br />

Trabalham com todas as marcas sob encomenda,<br />

mas só fazem stock daquelas que<br />

realmente vendem. Estrategicamente,<br />

deixaram de apostar no segmento «quality»,<br />

tendo decidido fixar-se nas marcas<br />

«budget» como a Rotalla, complementada<br />

nas falhas pela Nankang. Nas «premium»,<br />

a Hankook lidera as vendas na Servipneus,<br />

sendo complementada com a Goodyear e,<br />

mais recentemente, com a Bridgestone. Se<br />

o cliente quiser outra marca, em 24 horas<br />

tem o pedido satisfeito. O grande fornecedor<br />

de pneus da Servipneus é a Dispnal,<br />

empresa com a qual tem uma relação de<br />

longa data, que já vai muito para além da<br />

parceria comercial. Para além da Dispnal, a<br />

Aguesport e a Tirso <strong>Pneus</strong> são os outros dois<br />

fornecedores da empresa algarvia.<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Servipneus<br />

pleta que permite promoções direcionadas<br />

individualizadamente para cada um.<br />

Outro serviço que diferencia a Servipneus<br />

são as carrinhas de serviço móvel, que<br />

já existem desde a origem da empresa.<br />

Atualmente, são três as viaturas em pleno<br />

funcionamento, sendo que uma delas está<br />

equipada com máquina de montagem e<br />

desmontagem de pneus e, por isso, mais<br />

vocacionada para pneus de ligeiros. As<br />

outras duas estão mais viradas para os<br />

tratores agrícolas, o foco essencial destes<br />

veículos.<br />

Apesar de ter encontrado nos tratores agrí-<br />

colas um nicho que importa manter, desde<br />

a crise de 2008 (e os consequentes créditos<br />

malpara<strong>dos</strong>) a Servipneus tem optado por<br />

trabalhar apenas veículos pesa<strong>dos</strong> de alguns<br />

clientes chave.<br />

MUDANÇA DE PARADIGMA<br />

À <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o responsável revela que<br />

as duas medidas mais vendidas são a 205/55<br />

R16, com uma boa fatia de pneus «budget» e<br />

195/65 R15, aqui com uma enorme tranche<br />

em «premium». Duas medidas que devem<br />

representar praticamente 30% das vendas de<br />

2020: “Isto só não evolui mais rapidamente<br />

porque a idade do nosso parque automóvel<br />

tem vindo a aumentar, todavia presumo que<br />

se vá alterar a breve trecho, até porque os<br />

carros elétricos já trazem rodas grandes, e<br />

não aquelas mais finas que os equipavam<br />

logo no início”, frisou Luís Rosa.<br />

Os pneus semi-novos há muito que deixaram<br />

de fazer parte do «menu» da empresa,<br />

uma vez que “não compensam, face à<br />

oferta budget que temos”. Como referiu<br />

inicialmente, o diretor comercial destaca<br />

as diferenças entre as diferentes lojas:<br />

“Por exemplo, temos um ponto de venda<br />

que é muito forte em budget, mas se nos<br />

deslocarmos 20 km para o lado, em Tavira,<br />

é um ponto de venda em que o budget<br />

representa pouco e a marca Hankook representa<br />

bastante. Faro, por exemplo, anda<br />

nos 50/50. Não nos interessa muito o cliente<br />

que quer o pneu mais barato, porque assim<br />

é impossível estabilizar uma marca com qualidade.<br />

Sim, temos uma fatia importante de<br />

budget, mas maioritariamente os nossos<br />

clientes não são budget. Até são premium”,<br />

concluiu. Quanto aos recauchuta<strong>dos</strong>, Luís<br />

Rosa acredita que num futuro não muito<br />

longínquo deixarão de ser residuais e têm<br />

tudo para somar pontos perante os consumidores,<br />

em todas as gamas e segmentos,<br />

por todas as vantagens acrescidas.<br />

Se, até há 3 ou 4 anos, as compras eram centralizadas<br />

na loja de Faro, agora cada oficina<br />

funciona como um centro independente<br />

responsável pelo seu stock. Entre pneus para<br />

ligeiros, 4x4, SUV e agricultura, a Servipneus<br />

tem perto de 300 mil euros em stock, tendo<br />

vendido, entre fevereiro a dezembro do ano<br />

passado 9.239 pneus.<br />

No que diz respeito a ligações a redes de<br />

oficinas, apenas a loja de Portimão faz parte<br />

da Confortauto. Há dois anos que serve de<br />

teste ao conceito e será, daqui em diante,<br />

preciso ponderar se valerá ou não a pena<br />

ter uma loja afeta a uma rede oficinal e as<br />

outras lojas não. Luís Rosa considera que<br />

“os retalhistas de pneus não se têm sabido<br />

agrupar tão facilmente como na mecânica.<br />

Tínhamos muito a ganhar, to<strong>dos</strong>, se estivéssemos<br />

em rede”, comenta, acrescentando<br />

que “um cliente daqui pode reparar um<br />

pneu no Porto ao abrigo do seguro, uma<br />

espécie de negociação coletiva. Já se têm<br />

dado passos importantes nesse sentido. Já<br />

tenho visto situações muito positivas, mas há<br />

muito a fazer. Já fomos aborda<strong>dos</strong> por outras<br />

redes e até é recorrente. No Algarve temos<br />

alguma importância, mas a nível nacional<br />

somos pequenos”. u<br />

Comércio de pneus em Portugal<br />

O futuro das oficinas de<br />

pneus é o associativismo<br />

Sobre o estado atual do comércio de<br />

pneus em Portugal, Luís Rosa<br />

carateriza-o como um mercado maduro,<br />

com diversas empresas pequenas e familiares,<br />

à semelhança da Servipneus. Sendo uma<br />

empresa familiar, significa que o dono da<br />

empresa e os quadros de gestão estão<br />

envolvi<strong>dos</strong> no dia-a-dia da mesma, “na<br />

montagem <strong>dos</strong> pneus, à procura do pneu que<br />

não se encontra” e acaba por faltar tempo<br />

para pensar o negócio. Temos muito por onde<br />

crescer, quer seja na organização interna das<br />

empresas, quer seja na aposta das novas<br />

tecnologias, isso é transversal ao setor<br />

automóvel. Estamos a anos luz atrás daquilo<br />

que se pode fazer. E o associativismo pode<br />

desempenhar um papel importante, por<br />

exemplo, na formação <strong>dos</strong> gestores destas<br />

empresas para as ter melhor preparadas.<br />

Outra lacuna apontada é a falta de formação<br />

de quem trabalha os pneus. “As marcas já<br />

começam a ter formação de produto, mas há<br />

muita gente a trabalhar pneus que nunca teve<br />

uma formação. Há muita gente a equilibrar rodas<br />

que nunca teve uma formação de montagem.<br />

E essa oferta formativa é importante. O<br />

associativismo sério e responsável iria permitirnos<br />

negociações coletivas”, defende.<br />

E será que existe uma solução para resolver<br />

a redução das margens? No entender de Luís<br />

Rosa passa sempre pela mecânica: “O cliente<br />

vem trocar os pneus e nós identificamos deficiências<br />

mecânicas. Este acompanhamento<br />

do cliente acaba por ser muito importante para<br />

conseguir compensar o decréscimo das margens,<br />

faturando serviços”, explica. “É preciso<br />

valorizar os serviços e competências que temos.<br />

É possível ganhar mais no serviço do que<br />

no pneu”, pelo que o futuro da oficina de pneus<br />

passa, na sua opinião, pela diferenciação, até<br />

porque cada vez mais as pessoas compram<br />

pneus online e aparecem na loja só para montar,<br />

“mas depois gostam do serviço e na vez<br />

seguinte já vêm cá comprar. É preciso estar<br />

preparado para tudo”. u<br />

Servipneus<br />

Director Comercial e Marketing Luís Rosa | Morada Zona Industrial de Olhão, Lote 64; 8700-281 Olhão<br />

Telefone 289 816 271 | Email luisrosa@servipneus.pt | Site www.servipneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Full Tyre<br />

SEMPRE A CRESCER<br />

COM A MARCA FALKEN<br />

A Full Tyre foi fundada em 2014, e desde o início que mantém<br />

uma parceria com a AB Tyres para a comercialização <strong>dos</strong> pneus Falken.<br />

Paulo Carvalho, gerente, faz um balanço muito positivo desta relação<br />

comercial já com sete anos de sucesso<br />

Paulo Carvalho entrou no mundo<br />

<strong>dos</strong> pneus ainda novo e fez desta<br />

profissão o seu modo de vida,<br />

primeiro como funcionário num<br />

retalhista de pneus e mais recentemente<br />

como proprietário e gerente da sua própria<br />

casa de pneus.<br />

Com cerca de 250 m 2 de área, a Full Tyre<br />

conta com 3 colaboradores e dispõe de<br />

um stock ajustado à necessidade do dia a<br />

dia. Possui equipamentos de topo adquiri<strong>dos</strong><br />

recentemente, onde se inclui uma<br />

máquina de alinhar direções, equilibradora<br />

de rodas e máquinas de montar e desmontar<br />

pneus para ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, tudo da<br />

marca Corghi.<br />

Paulo Carvalho não pretende diversificar<br />

a atividade para outras áreas, nomeadamente<br />

a mecânica, porque considera mais<br />

importante ser reconhecido como um verdadeiro<br />

especialista em pneus. “Ao longo<br />

da minha carreira profissional, acumulei<br />

muitos conhecimentos sobre pneus, quer<br />

a nível técnico, quer comercial, e penso<br />

que ainda posso evoluir mais nesta área,<br />

nomeadamente no segmento <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong><br />

e também com a oferta de um serviço<br />

móvel de montagem e manutenção de<br />

pneus. Vou por isso continuar a apostar<br />

num serviço cem por cento dedicado aos<br />

pneus”, refere.<br />

A Falken é a marca de eleição desde que<br />

abriu a oficina, já lá vão sete anos. Tem<br />

um vasto stock da marca, com praticamente<br />

todas as medidas mais pedidas<br />

pelos clientes. “Prefiro investir num bom<br />

stock de pneus, para conseguir ter sempre<br />

o produto disponível na altura que o<br />

cliente pede. Principalmente porque temos<br />

a oficina aberta aos sába<strong>dos</strong>, e como nesse<br />

dia as transportadoras não fazem entregas,<br />

tenho de ter pneus disponíveis em stock<br />

para satisfazer as necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />

que nos visitam”, refere Paulo Carvalho.<br />

Apesar da situação da pandemia, a Full<br />

Tyre mantém a atividade, cumprindo as<br />

regras sanitárias de distanciamento físico e<br />

uso de máscara. A atividade desenvolve-se<br />

com normalidade e mesmo em período<br />

de confinamento, todo os dias são abertas<br />

várias folhas de obra e monta<strong>dos</strong> pneus. Os<br />

segmentos mais vendi<strong>dos</strong> são pneus para<br />

jantes de 15 a 17 polegadas, enquanto os<br />

pneus para jantes pequenas já pouco se<br />

vendem.<br />

Na zona onde a Full Tyre se encontra, o<br />

cliente continua a dar muita importância ao<br />

preço, conforme refere Paulo Carvalho: “Na<br />

nossa zona, por causa da crise que estamos<br />

a passar devido à pandemia, os clientes<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Publireportagem<br />

FULL TYRE / AB TYRES<br />

PARCERIA<br />

DE SUCESSO<br />

FULL TYRE<br />

Gerente Paulo Carvalho<br />

Morada Zona Industrial de Penela,<br />

Lote 2 3230-347 Penela<br />

Telefone 967 950 324<br />

Email comercial.fulltyre@gmail.com<br />

A AB Tyres faz parte da vida da Full Tyre desde<br />

o início da atividade da empresa. Foi no início<br />

de 2014, quando Paulo Carvalho decidiu abrir<br />

a empresa, que contactou a AB Tyres para ser<br />

fornecedor da oficina e logo se proporcionou<br />

ficar como Parceiro Falken.<br />

“Tenho contado com o apoio da AB Tyres<br />

desde o início da atividade. Sempre me<br />

apoiaram em tudo o que precisei e a<br />

possibilidade de trabalhar com a marca Falken<br />

é uma grande vantagem para a oficina”, refere<br />

Paulo Carvalho, que acrescenta “Comecei a<br />

vender só pneus Falken para ligeiros, mas<br />

atualmente também comercializo a marca<br />

para pesa<strong>dos</strong> e tem corrido muito bem.”<br />

Para este responsável “Os clientes que<br />

compram pneus Falken valorizam o seu<br />

desempenho e segurança, e por isso voltam a<br />

adquirir a marca quando precisam de trocar<br />

pneus. São os melhores embaixadores da<br />

marca no mercado, pois recomendam-na<br />

aos seus amigos e familiares. Tenho pessoas<br />

fora do concelho a virem montar pneus<br />

Falken à Full Tyre, porque sabem que somos<br />

representantes e garantimos um bom serviço.”<br />

Sobre as características <strong>dos</strong> pneus Falken,<br />

Paulo Carvalho refere que “O produto está<br />

melhor do que nunca e tem havido uma<br />

grande evolução nos pisos. São pneus com<br />

uma excelente relação qualidade/preço. Não<br />

tenho quaisquer reclamações e quando surge<br />

alguma questão, a AB Tyres está sempre<br />

disponível para esclarecer e apoiar.”<br />

procuram pneus mais económicos e até<br />

usa<strong>dos</strong>, mas eu não vendo pneus usa<strong>dos</strong> e<br />

explico os perigos da sua utilização. Aconselho<br />

sempre a melhor opção dentro das<br />

possibilidades do cliente, mas sempre<br />

salvaguardando a qualidade <strong>dos</strong> pneus.”<br />

Paulo Carvalho faz sempre questão de explicar<br />

as características do produto que está<br />

a vender, e também considera importante<br />

conversar com o cliente para conhecer melhor<br />

as suas necessidades. “O modo honesto<br />

e aberto com que me relaciono com os<br />

clientes faz parte da minha maneira de ser.<br />

São eles que divulgam a minha oficina aos<br />

amigos e familiares que se tornam também<br />

clientes da Full Tyre.”<br />

Mari Lúcia, sócia gerente e esposa, reforça<br />

o bom ambiente que se vive na oficina: “O<br />

Paulo proporciona um ambiente familiar<br />

que é muito valorizado pelos clientes. Ele<br />

dedica muito do seu tempo à oficina que<br />

é o seu projeto de vida, que abraçou com<br />

muito carinho e dedicação, e consegue<br />

transmitir o seu entusiasmo aos clientes. As<br />

pessoas gostam de ser bem aconselhadas<br />

e ouvir uma palavra honesta e sincera. O<br />

Paulo transmite essa confiança e os clientes<br />

ficam satisfeitos”.<br />

PAIXÃO PELA MOTOS<br />

Paulo Carvalho é também um grande entusiasta<br />

das motos todo-o-terreno, correndo<br />

atualmente no campeonato nacional de<br />

Enduro. “As motos são uma paixão e fazem<br />

parte da minha vida. Tenho as minhas<br />

motos de competição e também preparo<br />

motos para outos pilotos. É uma atividade<br />

paralela aos pneus que me dá muito prazer<br />

e possibilita momentos de convívio e confraternização<br />

inesquecíveis”, refere.<br />

Quando a oficina foi remodelada com a<br />

imagem da marca japonesa Falken, Paulo<br />

Carvalho aproveitou para colocar na fachada<br />

algumas fotos suas a pilotar motos,<br />

identificando assim a vertente do serviço da<br />

oficina dedicado às motos de competição.<br />

Face ao problema que estamos a passar,<br />

com a pandemia e crise económica instaladas,<br />

Paulo Carvalho prefere não fazer<br />

prognósticos relativamente às vendas para<br />

este ano. “O início do ano tem sido atípico,<br />

com um mês de janeiro mais fraco que o<br />

habitual, mas o mês de fevereiro bastante<br />

melhor, por isso não consigo fazer previsões<br />

de vendas. Vamos ter de trabalhar mês a<br />

mês. Vou continuar a apostar na consolidação<br />

do negócio, sempre na área <strong>dos</strong> pneus.<br />

Tenho os pés bem assentes no chão e sei<br />

que os próximos tempos são de contenção<br />

e cautela”, conclui u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Mercado Atualidade<br />

Testes de<br />

última geração<br />

O novo centro de testes da Nokian Tyres em Espanha permite que pneus de verão,<br />

inverno e quatro estações sejam testa<strong>dos</strong> ao longo de todo o ano. O investimento de<br />

60 milhões de euros é um reflexo claro do compromisso da empresa com a inovação<br />

Após três anos desde o lançamento<br />

da primeira pedra,<br />

este novo centro de testes,<br />

construído ao longo de 300<br />

hectares, conta com uma pista oval de<br />

7,2 quilómetros de comprimento, o que<br />

permite que sejam feitos testes a pneus de<br />

verão, inverno e quatro estações, muitos<br />

deles de alta velocidade. Possui ainda pistas<br />

menores para estudar o comportamento<br />

<strong>dos</strong> pneus em termos de aquaplaning,<br />

travagem e manobrabilidade em piso<br />

molhado, bem como desenvolver as propriedades<br />

de segurança de cada produto<br />

ao longo do ano. As pistas também serão<br />

usadas para a realização de testes de homologação<br />

de pneus, como testes de ruído.<br />

As novas instalações aumentam a compe-<br />

titividade, permitindo o teste de produtos<br />

de qualidade premium, especialmente projeta<strong>dos</strong><br />

para os merca<strong>dos</strong> em crescimento<br />

da Europa Central e <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong><br />

ao longo do ano. Além do centro de testes,<br />

as instalações também abrigam uma<br />

área para visitantes, onde serão realiza<strong>dos</strong><br />

lançamentos de novos produtos e treinos<br />

internos e externos.<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Nokian Tyres inaugura novo centro testes em Espanha<br />

Segundo Daniel Rodríguez, diretor do<br />

centro de testes da Nokian Tyres Espanha<br />

“O investimento no novo centro de<br />

testes está totalmente alinhado com os<br />

objetivos que tínhamos a longo prazo de<br />

desenvolvimento de novos produtos que<br />

irão promover o nosso crescimento nos<br />

merca<strong>dos</strong> europeus. É um verdadeiro marco<br />

para nós. Este investimento em testes é o<br />

maior de to<strong>dos</strong> os tempos na história da<br />

empresa”, afirma.<br />

MARCO FUNDAMENTAL<br />

A Nokian Tyres contou com a colaboração<br />

das autoridades locais para a construção<br />

das novas instalações. O ato simbólico de<br />

lançar a primeira pedra ocorreu em maio<br />

de 2018. O local de 300 hectares com 10<br />

pistas está localizado em Santa Cruz de la<br />

Zarza, uma pequena cidade em Toledo a<br />

uma hora de carro de Madrid. Este centro de<br />

testes representa um marco fundamental<br />

não só para a empresa mas também para<br />

o setor em geral, pois contribui para concentrar<br />

um maior nível de infraestruturas<br />

e recursos em Espanha.<br />

O foco principal da Nokian Tyres são os<br />

pneus de verão e quatro estações de alto<br />

desempenho. Outra área de interesse para<br />

o centro de testes é desenvolver as propriedades<br />

de segurança de cada produto ao<br />

longo do ano. A pista oval de 7 quilómetros<br />

com curvas inclinadas, na qual os pneus<br />

podem ser testa<strong>dos</strong> a uma velocidade de<br />

300 km/h ou mais, é sem dúvida a parte<br />

mais impressionante do centro de testes<br />

da Nokian Tyres Espanha.<br />

Além do centro de testes, as instalações<br />

também abrigam uma área para visitantes,<br />

onde serão realiza<strong>dos</strong> lançamentos<br />

de novos produtos e formações internas<br />

e externas. Para celebrar a herança nórdica,<br />

a empresa construiu uma típica sauna de<br />

madeira tradicional finlandesa.<br />

O novo centro de testes será o terceiro da<br />

Nokian Tyres no mundo e complementa a<br />

atual rede de testes de pneus da empresa,<br />

que consiste num local de 700 hectares<br />

em Ivalo, Finlândia, e outro próximo à sede<br />

finlandesa, em Nokia. u<br />

Explorando novas<br />

matérias-primas verdes<br />

A<br />

Nokian Tyres investiga o uso da planta de<br />

guayule como possível matéria-prima<br />

para pneus. Atualmente, está a ser<br />

plantada e estudada em conjunto com<br />

universidades e parceiros locais como uma<br />

possível fonte de borracha natural de alta<br />

qualidade. A plantação é administrada por<br />

agricultores locais. “Guayule é um tipo de<br />

planta que produz látex natural. Pode ser<br />

extraído para produzir alguns <strong>dos</strong> compostos<br />

necessários aos pneus. Estamos estudando a<br />

adaptabilidade desta planta ao clima do centro<br />

da Espanha para podermos cultivá-la em larga<br />

escala. Os resulta<strong>dos</strong> até agora são muito<br />

promissores”, explica Daniel Rodríguez.<br />

A empresa também preservou 25 hectares de<br />

terras para a proteção da fauna. Isso inclui a<br />

construção de uma casa de nidificação para<br />

gaviões e corujas e a construção de fontes de<br />

água para as aves, que serão estudadas nos<br />

próximos 3 anos. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Mercado Notícias<br />

Empresas<br />

Hankook termina 2020<br />

com vendas globais de 4,794 bilhões €<br />

O<br />

fabricante de pneus Hankook anunciou os seus resulta<strong>dos</strong> financeiros face a<br />

2020 e relata vendas globais de KRW 6,454 bilhões (€ 4,794 bilhões) com um<br />

lucro operacional de KRW <strong>62</strong>8 bilhões (€ 466 milhões). Apesar da pandemia<br />

COVID-19, a Hankook melhorou o desempenho do seu lucro operacional global, aumentando<br />

15,5% ano a ano. Houve um crescimento qualitativo adicional com vendas<br />

de pneus iguais ou superiores a 18 polegadas, que aumentaram três pontos percentuais<br />

e representaram cerca de 35% das vendas totais. Europa, América do Norte e<br />

China foram as regiões que mais contribuíram para o aumento das vendas no segundo<br />

semestre. Além disso, a Hankook Tire expandiu as suas parcerias com fabricantes de<br />

automóveis premium e já se tornou numa pioneira no mercado de pneus eletrónicos<br />

para veículos. A importância <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> financeiros de Hankook em 2020 é especialmente<br />

notável tendo em consideração a pandemia global e o seu impacto económico.<br />

Mesmo durante o primeiro semestre de 2020, quando se esperava que o desempenho<br />

<strong>dos</strong> negócios sofresse significativamente devido à queda acentuada na compra<br />

global de pneus, a Hankook conseguiu registar um aumento operacional graças aos<br />

esforços conjuntos da empresa.<br />

Sumitomo Rubber Industries abre<br />

novo centro de testes<br />

A empresa que controla a Falken Tire, Sumitomo<br />

Rubber Industries Ltd. (SRI), abriu um novo centro<br />

de testes nas suas instalações de desenvolvimento<br />

de pneus de inverno, Nayoro Tire Proving Ground,<br />

em Hokkaido, no Japão. Com aproximadamente<br />

3.000 m2, o Nayoro Indoor ICE Field (NICE) é uma<br />

das maiores instalações de teste de pneus de gelo<br />

interno no Japão. Possui pista de travagem de 100<br />

metros, além de pista de 30x30 m para testes de<br />

manuseabilidade. Este novo centro permite testes<br />

de alta precisão no gelo, independentemente das<br />

condições climáticas, permitindo que a Falken e as<br />

outras marcas da SRI melhorem o desempenho e<br />

acelerem o processo de desenvolvimento <strong>dos</strong> seus<br />

pneus de inverno. “A adição do NICE ao centro de<br />

testes de pneus de Nayoro ajudará a melhorar o<br />

desempenho e a competitividade da oferta de<br />

pneus de inverno da Falken”, disse Markus Bögner,<br />

presidente e COO da Falken Tire Europe GmbH. “A<br />

SRI tem algumas das instalações de teste mais rigorosas<br />

do mundo e esta nova pista de teste de<br />

gelo coberta permitirá o desenvolvimento contínuo<br />

<strong>dos</strong> pneus de inverno ao longo do ano”, acrescentou<br />

Markus.<br />

Prémios “Trator do Ano 2020” atribuí<strong>dos</strong><br />

Graças à parceria com o TOTY (Tractor of the Year), a BKT olha para o futuro<br />

da mecanização agrícola através da perspetiva privilegiada do seu<br />

apoio ao galardão para os melhores tratores europeus. No dia 18 de dezembro<br />

de 2020 foram atribuí<strong>dos</strong> os galardões para os vencedores do<br />

Trator do Ano (TOTY) 2020, com a BKT como principal patrocinador. Os<br />

vencedores por categoria são: Tractor of the Year MASSEY FERGUSON<br />

com o modelo MASSEY FERGUSON 8 S.265; Best Utility VALTRA com o<br />

modelo VALTRA G 135; Best of Specialized FENDT com o modelo FENDT<br />

211 V VARIO; Sustainable TOTY CLAAS com o modelo CLAAS AXION 960<br />

CEMOS. Um júri de 26 especialistas estudou as melhores tecnologias e<br />

soluções propostas pelos mais importantes fabricantes do mercado para<br />

atribuir o prémio Tractor of the Year (TotY) ao melhor trator europeu do<br />

ano. A parceria entre este prestigioso galardão e a BKT surge com o intuito<br />

de disseminar os conhecimentos e know-how sobre mecanização agrícola.<br />

Com a atribuição oficial do prémio, o trator do futuro ganha uma<br />

identidade própria. No seu primeiro ano como principal patrocinador, a<br />

BKT desejava contribuir para o sucesso da iniciativa ao centra-se na participação<br />

das pessoas através de diversas eventos online.<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Vipal amplia parceria com Vaculug<br />

A Vipal Borrachas tem muito orgulho das parcerias<br />

sólidas que construiu ao longo <strong>dos</strong> anos. Entre elas,<br />

está a aliança formada com a inglesa Vaculug, empresa<br />

situada na cidade de Grantham e que se destaca<br />

como a maior recauchutadora de pneus independente<br />

do mercado europeu. Já são 12 anos de uma relação<br />

comercial de muito sucesso entre as duas companhias<br />

e que se amplia ainda mais este ano com uma<br />

novidade. Dois camiões da frota da Vaculug passaram<br />

a levar pelas estradas britânicas o logo da Vipal Borrachas<br />

com bastante destaque nas suas carroçarias.<br />

A identificação <strong>dos</strong> camiões levará o nome da Vipal a<br />

diversos pontos do Reino Unido, demonstrando toda<br />

a confiança da empresa nos produtos e serviços da<br />

marca e evidenciando a forte parceria entre as duas<br />

companhias. A empresa britânica é um <strong>dos</strong> principais<br />

clientes europeus com relação ao volume de utilização<br />

de compostos de borracha e bandas de rodagem<br />

pré-moldadas da marca Vipal para a recauchutagem<br />

de pneus. Além disso, são proprietários da Grumac,<br />

braço da Vaculug que distribui com exclusividade os<br />

produtos Vipal para todo o Reino Unido.<br />

Salão THE TIRE COLOGNE 2021 cancelado<br />

A edição do salão de pneus THE TIRE COLOGNE 2021 foi cancelado devido aos<br />

ainda grandes desafios envolvi<strong>dos</strong> na realização de eventos de feiras de negócios<br />

e as restrições de viagens como consequência da pandemia corona. O salão<br />

volta a acontecer em maio de 2022. A organização acompanhou intensamente<br />

o desenvolvimento da pandemia e as medidas políticas atuais e, em particular,<br />

analisou as consequências potenciais para os participantes. Infelizmente, não<br />

houve uma melhoria significativa da situação na Alemanha, na Europa e em todo<br />

o mundo, como se esperava. Como consequência da situação atual, a edição extra<br />

de THE TIRE COLOGNE de maio será cancelada e voltará ao ritmo uniforme e<br />

cíclico, focando agora a atenção no evento do próximo ano, a fim de posicionar<br />

novamente a THE TIRE COLOGNE como a feira comercial líder global da indústria<br />

e pneus. O Salão manter-se-á no seu ritmo habitual, pelo que o evento terá sempre<br />

lugar nos anos pares de Maio / Junho em Colónia. Esta data do início do verão<br />

está firmemente ancorada na indústria internacional de pneus há décadas, em<br />

estreita coordenação com as necessidades da indústria, e também foi adotada<br />

com a mudança para Colónia em 2018 por desejo expresso da indústria.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Notícias<br />

Empresas<br />

Goodyear celebra 70º aniversário<br />

fabrico 1º pneu na Europa<br />

Em 1948, a Goodyear decidiu abrir um centro de produção<br />

no continente europeu, para estar mais próxima<br />

deste mercado com grande potencial de crescimento. A<br />

marca escolheu o Luxemburgo como melhor localização,<br />

devido à sua estabilidade política e social, à geografia favorável,<br />

à estabilidade da moeda e à disponibilidade de<br />

mão de obra. A empresa “Goodyear S.A.” foi registada em<br />

Colmar-Berg a 27 de julho de 1949, e foi a 31 de janeiro<br />

de 1951 que o primeiro pneu Goodyear saiu da linha de<br />

produção. “No início da produção, em 1951, a nossa fábrica<br />

era a 35ª da Goodyear no mundo, e a primeira na<br />

Europa continental. Empregávamos 330 pessoas locais, e<br />

produzíamos cerca de 500 pneu por dia,” refere Josy Blum,<br />

diretor de produção. “Os investimentos permanentes<br />

permitiram-nos aumentar significativamente a nossa capacidade<br />

desde o início, e o resultado são os mais de 125<br />

milhões de pneus que ali foram fabrica<strong>dos</strong> nos últimos 70<br />

anos”. A empresa também ampliou significativamente as<br />

suas operações gerais no Luxemburgo, com, por exemplo,<br />

o Centro de Inovação da Goodyear, criado em 1957, a<br />

fábrica de moldes e o circuito de testes, em 1970, o centro<br />

europeu de planificação, em 1997, e uma nova fábrica de<br />

pneus automatizada, em Dudelange, que está previsto<br />

seja inaugurada em 2021.<br />

ACM desenvolve programa de gestores para Tiresur<br />

Num mercado extremamente competitivo e em profunda transformação, a<br />

Tiresur Portugal desafiou a ACM para o desenvolvimento de um Programa<br />

de Capacitação de Gestores Center´s Auto. O desenho deste programa foi<br />

iniciado em 2020 com visitas aos associa<strong>dos</strong> nas suas empresas (continente<br />

e ilhas), para aferir das suas dificuldades como empresários e das suas expectativas<br />

como associa<strong>dos</strong> Center´s Auto. Apesar do momento de grande incerteza<br />

que vivemos, mas também, por tal, a Tiresur decidiu dar continuidade a<br />

este Programa em 2021, estando agendado o próximo módulo de Gestão de<br />

Recursos Humanos para abril. Estão ainda previstos mais 3 módulos que terão<br />

lugar em maio, junho e setembro. “Na ACM gostamos de assumir desafios<br />

e este que a Tiresur nos lançou é efetivamente muito estimulante, porque<br />

estamos em presença de empresas que na maioria <strong>dos</strong> casos tem o mesmo<br />

modelo de negócio e gestão faz muitos anos e, procuram desenvolver mais<br />

e melhor a sua atividade. Encontrámos pessoas fantásticas nos módulos que<br />

ministrámos e, só nos orgulha poder estar ao lado de quem quer mais, mas<br />

que também tem muito para partilhar com as suas experiências regionais e<br />

de vida”., afirmou Dário Afonso, Managing Director da ACM.<br />

MINUTO VERDE VALORPNEU<br />

Publireportagem<br />

PRODUTORES ADERENTES À VALORPNEU MAIS CUMPRIDORES<br />

E<br />

m 2020, a Valorpneu registou um aumento<br />

da adesão <strong>dos</strong> produtores ao<br />

Sistema Integrado de Gestão de<br />

<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU). Em termos líqui<strong>dos</strong> (entre<br />

novas adesões e contratos termina<strong>dos</strong>)<br />

este aumento resultou em mais 127 produtores<br />

aderentes, totalizando os 1.972 produtores.<br />

Simultaneamente, e apesar de todas as<br />

situações adversas provocadas pela pandemia<br />

Covid-19 e todas as suas consequências económicas<br />

e sociais, a Valorpneu constatou que<br />

os produtores que fazem parte da sua rede<br />

estão também mais cumpridores das suas<br />

obrigações, nomeadamente no que diz respeito<br />

à entrega das declarações de colocação de<br />

pneus no mercado nacional e ao nível de pagamentos<br />

do ecovalor, verificando-se um<br />

acréscimo <strong>dos</strong> aderentes que têm em dia as<br />

suas obrigações, passando de 57% em 2019<br />

para 59% em 2020. De acordo com a entidade<br />

gestora, esta evolução deve-se a diferentes fatores,<br />

tais como as auditorias realizadas e as<br />

várias ações de comunicações e sensibilização<br />

que a Valorpneu desenvolveu ao longo do<br />

ano. De relembrar que de acordo com o DL<br />

152-D/2017 de 11 de dezembro, que veio unificar<br />

o regime de gestão de fluxos específicos<br />

de resíduos, o produtor transfere para a entidade<br />

gestora a sua responsabilidade pela gestão<br />

<strong>dos</strong> resíduos, neste caso <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

através do pagamento do ecovalor. Esta<br />

transferência de responsabilidade é objeto de<br />

contrato escrito que determina a obrigatoriedade<br />

de transmissão de informação periódica<br />

e da sua certificação. A entrega da declaração<br />

de colocação de pneus no mercado nacional é<br />

obrigatória, mesmo que não tenham sido coloca<strong>dos</strong><br />

pneus no mercado nacional no período<br />

a que a declaração diz respeito. A declaração<br />

trimestral deverá ser submetida até 15<br />

dias a seguir ao fim de cada trimestre. Já a declaração<br />

anual deverá ser submetida e enviada<br />

conjuntamente com a certificação até 31 de<br />

maio do ano seguinte ao que se refere.<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Alejandro Recasens de volta à Pirelli<br />

Alejandro Recasens regressa à Pirelli como novo responsável pela<br />

região da Europa Ocidental, que inclui Espanha, Portugal, França<br />

e Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo). Recasens, que<br />

substitui Laurent Cabassu, sublinhou: “Estou feliz por regressar<br />

àquela que sempre foi a minha casa e por assumir um cargo que<br />

me permite estar em contacto direto com merca<strong>dos</strong> que conheço<br />

bem devido ao meu trajeto profissional. O difícil 2020 colocou-nos<br />

to<strong>dos</strong> à prova, mas vejo a empresa e as equipas que a compõem<br />

mais fortes do que nunca. A partir de agora, mais do que nunca,<br />

temos que trabalhar mais próximos <strong>dos</strong> nossos clientes para enfrentar<br />

os desafios e oportunidades do futuro”. Alejandro Recasens<br />

ingressou na Pirelli em 2001 e ocupou cargos diretivos de grande<br />

importância na empresa, em Itália, França, Portugal e Espanha. Na<br />

sua última etapa, exerceu o cargo de Country Manager da Pirelli,<br />

na Península Ibérica.<br />

Continental reduz número de autocolantes<br />

nos pneus<br />

Desde janeiro de 2021, na região EMEA (Europa, Médio Oriente e<br />

África), que a Continental deixou de utilizar um <strong>dos</strong> dois autocolantes<br />

exibi<strong>dos</strong>, anteriormente, nos pneus novos. Com esta mudança,<br />

o fabricante de pneus evitará a utilização de aproximadamente 110<br />

toneladas de resíduos plásticos por ano, necessários para a produção<br />

<strong>dos</strong> autocolantes e da folha de suporte. No total, as folhas de suporte<br />

e os autocolantes teriam um comprimento de cerca de 6,4 km<br />

- três vezes mais o comprimento da Avenida <strong>dos</strong> Champs-Élysées,<br />

em Paris. Os autocolantes que vão ser removi<strong>dos</strong> contêm o logótipo<br />

do fabricante. As informações necessárias à comercialização, tais<br />

como a marca, o tamanho, o número do artigo e outros da<strong>dos</strong>, estão<br />

disponíveis na rotulagem de pneus que é exigida por lei na União<br />

Europeia e em alguns outros países. No passado, os autocolantes<br />

com a marca do fabricante ajudavam os colaboradores das oficinas<br />

a localizar mais facilmente os pneus no armazém. “Ao dispensar estes<br />

autocolantes estamos a dar um passo importante para alcançar o<br />

objetivo definido pela empresa do ponto de vista da sustentabilidade<br />

ambiental e a reduzir a utilização de plástico de origem fóssil nas<br />

nossas unidades de produção a nível mundial”, afirma Claus Petschick<br />

que chefia o departamento de Sustentabilidade da Continental.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Portal Digital da Continental<br />

expande vendas online<br />

A Continental expandiu o seu portal digital de revendedores<br />

online ContiOnlineContact. O portal agora lista todo o portfólio<br />

de pneus off-the-road (OTR) e agrícolas. Isso permite que revendedores<br />

e clientes <strong>dos</strong> setores agrícola, industrial, de terraplenagem,<br />

portuário e aeroportuário, entre outros, façam pedi<strong>dos</strong> de<br />

pneus de maneira flexível e sob demanda. Com a expansão do<br />

portal do revendedor para incluir pneus OTR e agrícolas, o desempenho<br />

do serviço será continuamente melhorado e os pedi<strong>dos</strong><br />

de pneus atenderão às necessidades individuais <strong>dos</strong> clientes.<br />

Os novos produtos estão disponíveis como pedi<strong>dos</strong> ad-hoc com<br />

entrega direta <strong>dos</strong> armazéns regionais e como remessa direta<br />

das fábricas. Através do ContiOnlineContact, os revendedores e<br />

clientes podem pesquisar a linha completa de pneus e acessórios<br />

especiais comerciais da Continental e aceder a informações<br />

sobre produtos e documentação técnica de maneira confortável<br />

e a qualquer momento. Depois de selecionar um pneu para a<br />

aplicação individual, o portal pode ser usado para verificar a disponibilidade<br />

e para rastrear um pedido.<br />

Tiresur fecha 2020<br />

com EBITDA de 6,5 milhões €<br />

O Grupo AM Tiresur fechou o ano 2020 com um EBITDA que superou<br />

os 6,5 milhões de euros, o que supõe um forte crescimento<br />

relativamente a 2019. 2020 foi um ano não isento de problemas.<br />

A crise pandémica trouxe grandes complicações às empresas. O<br />

setor da reposição de pneus teve que enfrentar o fecho de oficinas,<br />

limitações de atividade, restrições à mobilidade, excesso<br />

de stocks num primeiro momento e problemas à posteriori no<br />

abastecimento. Uma montanha russa constante de mudanças no<br />

meio envolvente, que causaram e continuam a causar, problemas<br />

na gestão e sobrevivência de várias empresas. Não obstante<br />

e apesar da inevitável diminuição do volume de faturação que<br />

esta situação provocou no Grupo AM Tiresur, a empresa reforça<br />

os esforços efetua<strong>dos</strong> para otimizar os seus processos, reinventando-se<br />

com a procura de soluções alternativas. Um grande<br />

êxito tendo em conta o exercício tão complicado como o que<br />

vivemos. Não é mais do que uma manifestação clara da força, fiabilidade<br />

e solidez de um grupo como a Tiresur.<br />

Bridgestone alcança<br />

Prémio Cinco Estrelas nos <strong>Pneus</strong><br />

A<br />

Bridgestone<br />

venceu pela 4.ª vez consecutiva o Prémio Cinco Estrelas<br />

na categoria Marca de <strong>Pneus</strong>. Depois <strong>dos</strong> Inquéritos de satisfação,<br />

a análise das respostas de 1211 consumidores e onde<br />

estiveram em avaliação seis marcas diferentes de pneus, a Bridgestone<br />

conquistou a melhor classificação de entre os vários concorrentes. Face<br />

a anos anteriores, a Bridgestone conseguiu apresentar uma classificação<br />

superior na maioria <strong>dos</strong> critérios de avaliação, com destaque para a<br />

Satisfação pela experimentação e a Confiança na Marca. Para André Bettencourt,<br />

Diretor de Marketing da Bridgestone Europe NV / SA - Sucursal<br />

em Portugal: “Para além de ser um motivo de orgulho voltarmos a receber<br />

o Prémio Cinco Estrelas na categoria Marca de <strong>Pneus</strong>, é uma honra<br />

continuar a contar com a confiança <strong>dos</strong> consumidores. A Bridgestone<br />

retira daqui aprendizagens sobre a forma como chegamos aos nossos<br />

clientes e qual o seu grau de satisfação em relação à marca, produtos<br />

e serviços. Este é mais um barómetro do trabalho feito ano após ano, e<br />

os resulta<strong>dos</strong> mostram que estamos no bom caminho, o que reforça a<br />

nossa ambição de moldar um futuro de mobilidade sustentável”.<br />

Yokohama revela nova identidade YOHT<br />

A Yokohama anunciou que consolidará os seus vários negócios fora<br />

de estrada numa única entidade denominada Yokohama Off-Highway<br />

Tires (YOHT). Isso inclui os negócios de pneus off-the-road (OTR)<br />

da Yokohama em todo o mundo e o Alliance Tire Group (ATG) com<br />

suas marcas de pneus Alliance, Galaxy e Primex, que Yokohama comprou<br />

há quatro anos. A YOHT lançou uma nova identidade corporativa<br />

e um novo logotipo corporativo, que se baseia no legado de mais de<br />

100 anos de Yokohama, ao mesmo tempo que reforça o seu posicionamento<br />

no segmento off-road. YOHT terá uma presença global com<br />

a equipa de liderança baseada em Tóquio, Boston, Amsterdão e Mumbai.<br />

A nova entidade global unificada oferecerá uma gama completa<br />

de pneus OTR (incluindo Alliance, Galaxy, Primex), desde pneus para<br />

empilhadores pequenos até pneus OTR (radiais fora de estrada) ultra-<br />

-grandes, para atender a uma ampla gama de necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />

para veículos de construção e industriais, bem como máquinas<br />

agrícolas e florestais. A YOHT terá o suporte da rede global de produção<br />

de pneus fora de estrada do Grupo Yokohama com oito fábricas<br />

em quatro países e três instalações de P&D no Japão, Índia e EUA.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Primeira fábrica<br />

de reciclagem de pneus Michelin<br />

A Michelin deu início à construção da sua primeira fábrica<br />

de reciclagem integral de pneus, no Chile. O seu verdadeiro<br />

foco industrial permitirá reciclar a totalidade de cada pneu<br />

no final da sua vida útil. Para tal, foi estabelecida uma joint-<br />

-venture com a Enviro, empresa sueca que desenvolveu e<br />

patenteou uma tecnologia especial para recuperar o negro<br />

de carbono, o óleo, o aço e o gás no processo de reciclagem<br />

<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>. A fábrica de reciclagem, localizada na região<br />

de Antofagasta (Chile), terá uma capacidade de reciclagem<br />

anual de 30.000 toneladas de pneus de maquinaria de<br />

obras; ou seja, praticamente 60% <strong>dos</strong> pneus deste tipo que<br />

chegam ao final da sua vida útil, a cada ano, naquele país. O<br />

investimento previsto é de mais de trinta milhões de dólares,<br />

e as obras de construção da fábrica iniciam-se em 2021, com<br />

o objetivo de iniciar a produção em 2023.<br />

Easypneus aposta na distribuição<br />

de marcas Mitas e Cultor<br />

Daniel Mestre, proprietário da empresa Easypneus, é o novo distribuidor<br />

das marcas Mitas e Cultor, pertencentes ao grupo Trelleborg Wheel Systems,<br />

para o Sul de Portugal. Após vários anos no estrangeiro, onde esteve<br />

ligado ao mercado <strong>dos</strong> pneus para motos, e inspirado pelo seu pai, que<br />

se dedicava ao comércio de arte na Suíça, Daniel Mestre regressa a Portugal<br />

e, em 2007, inicia o seu negócio. “Detetei uma lacuna que existia em<br />

Beja e quis inovar com a criação de um serviço de pneus distintivo e com<br />

um apoio próximo e atento às necessidades da agricultura da região”, refere<br />

Daniel. A parceria com a Trelleborg surgiria 10 anos depois, em 2017.<br />

Após dois anos de trabalho em conjunto, com o intuito de apresentar<br />

as diversas marcas do Grupo Trelleborg Wheel Systems, nomeadamente<br />

Trelleborg, Mitas e Cultor, a Easypneus viria a realizar um encontro com<br />

vários agricultores nas suas instalações – local que acabaria por se tornar<br />

no ponto de referência para falar sobre a agricultura e pneus, na zona de<br />

Beja. Nessa ocasião, o agora distribuidor Mitas e Cultor para o Sul de Portugal<br />

não poupou nas palavras para descrever essas marcas: “Qualquer uma<br />

das marcas é de alto rendimento e de alta qualidade”. Não deixou ainda<br />

de referir a experiência e a especialização da Trelleborg no sector: “É uma<br />

marca que faz pneus há mais de um século e que, contrariamente a outras<br />

marcas, é especializada e virada para a agricultura, a 100%.”<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Notícias<br />

Empresas<br />

Pedro Fernandes é o novo<br />

embaixador da Continental<br />

No ano em que a Continental celebra 150 anos, o apresentador Pedro<br />

Fernandes foi o rosto escolhido para se associar à marca em Portugal<br />

e estar presente, ao longo do ano, em vários momentos de comunicação.<br />

Nuno Rebelo, diretor de marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />

justifica a escolha de Pedro Fernandes pela comunhão e partilha de<br />

valores. “Estamos convictos que a associação da Continental ao Pedro<br />

Fernandes será extremamente interessante e vai ajudar-nos a transmitir<br />

de uma forma assertiva, e ao mesmo tempo “divertida e descontraída”,<br />

os valores que a marca preconiza e que são partilha<strong>dos</strong> pelo novo Embaixador:<br />

segurança, confiança, sustentabilidade e tecnologia, tendo<br />

como pilar central a família”, explica. O mais recente reforço da equipa<br />

Continental partilha, com a marca, o gosto pelo desporto e sobretudo<br />

pelo running, eleita a principal plataforma de comunicação com os<br />

consumidores. “O Pedro Fernandes será um elemento central na nossa<br />

equipa neste que será um ano desafiante para to<strong>dos</strong> os portugueses”,<br />

refere Nuno Rebelo.<br />

AB Tyres representa<br />

pneus Infinity em exclusivo<br />

A AB Tyres entra em 2021 como a nova representante exclusiva<br />

da marca Infinity em Portugal, reforçando, assim, o seu<br />

posicionamento e aposta na representação exclusiva de marcas<br />

de referência internacional, como são exemplos a Falken,<br />

Davanti, Aptany, Runway, Torque, Uniroyal, Sumitomo, Fulda<br />

Truck, Golden Crown, entre outros. Já presente há vários anos<br />

no mercado nacional, a Infinity é uma marca com uma grande<br />

notoriedade, junto das casas de pneus e cliente final, resultado<br />

da sua excelente relação qualidade-preço e da gama alargada<br />

em to<strong>dos</strong> os segmentos de pneus. Segundo Filipe Bandeira,<br />

Administrador da AB Tyres, “o desafio lançado pelo Grupo Al<br />

Dobowi, para sermos o novo representante exclusivo da Infinity<br />

em Portugal, é resultado do excelente trabalho que temos<br />

vindo a desenvolver no mercado de distribuição de pneus, em<br />

especial no que diz respeito à nossa reconhecida capacidade<br />

para construir e implementar novas marcas no mercado nacional.”<br />

Para Riccardo Costa “Europe General Manager”. do Grupo<br />

Al Dobowi, “acreditamos que a AB Tyres é o parceiro certo para<br />

trabalharmos a marca Infinity em Portugal. O trabalho que têm<br />

vindo a desenvolver com outras marcas, bem como os resulta<strong>dos</strong><br />

alcança<strong>dos</strong>, dão-nos as garantias de que a Infinity voltará<br />

rapidamente a ser uma das marcas líderes no segmento budget<br />

em Portugal.”<br />

Guia Michelin Espanha & Portugal 2021<br />

apresenta nova seleção de estrelas<br />

Numa exclusiva gala digital, transmitida a partir da porta do sol de Madrid,<br />

a Michelin revelou a seleção de 2021 do guia Michelin Espanha &<br />

Portugal, a qual inclui 3 novos restaurantes com duas estrelas Michelin,<br />

e 21 que conquistam a sua primeira estrela, além de incorporar uma<br />

nova distinção, a estrela verde Michelin. Os 3 novos restaurantes que<br />

acederam à categoria de duas Estrelas Michelin são: Bo.TiC, em Corçà,<br />

liderado pelo chef Albert Sastregener; do Cinc Sentits, em Barcelona,<br />

dirigido pelo chef Jordi Artal; e do restaurante Culler de Pau, em O Grove,<br />

onde o chef Javier Olleros deixa a sua marca atrás <strong>dos</strong> fogões. Ao<br />

mesmo tempo, 21 estabelecimentos recebem a sua primeira Estrela,<br />

53 são acrescenta<strong>dos</strong> aos restaurantes que contam com a distinção Bib<br />

Gourmand, e 21 recebem a nova Estrela Verde Michelin. A nova seleção<br />

foi desvendada na Gala do Guia Michelin, evento digital transmitido em<br />

direto, e em sinal aberto, a partir da Real Casa de Correos, na Porta do<br />

Sol de Madrid.<br />

Continental oferece<br />

seguro para pneus<br />

A<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal oferece seguros Tire Protect,<br />

na compra de pneus Continental destina<strong>dos</strong> a viaturas<br />

ligeiras e após registo e adesão no site www.continental.<br />

pt. Após a adesão, o cliente irá receber os da<strong>dos</strong> da apólice diretamente<br />

no seu email, assim como as condições gerais, as Informações<br />

Pré-Contratuais do Seguro de <strong>Pneus</strong> e o Documento de<br />

informação sobre produtos de seguros. Após o registo, a garantia<br />

está ativa para os pneus novos pelo período de 12 meses. A Garantia<br />

Tire Protect, consiste numa proteção extra para os pneus<br />

da marca Continental, que visa garantir aos automobilistas as<br />

possíveis perdas pecuniárias que estes possam ter em consequência<br />

exclusiva de furo, impacto acidental com uma pedra ou<br />

qualquer objeto que danifique o pneu e o torne inutilizável, atos<br />

de vandalismo ou rebentamento do pneu.<br />

<strong>62</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Antonio Crespo<br />

novo Diretor Comercial<br />

Michelin Espanha e Portugal<br />

Desde o passado mês de novembro, António Crespo é o novo<br />

responsável pela Direção Comercial de Espanha e Portugal da<br />

Michelin. Sucede a Rebeca Nieto, que exerceu este cargo de 1<br />

de março de 2018 até à data, e assume, agora, outras responsabilidades<br />

dentro do Grupo a nível europeu. Na sua nova função, Antonio Crespo<br />

contribuirá para dinamizar o crescimento da Michelin, dando continuidade<br />

à estratégia da empresa, que coloca os clientes no centro das<br />

atenções. Nascido em León, Antonio Crespo conta com uma larga experiência<br />

no seio do Grupo, onde vem desempenhando a sua carreira profissional<br />

desde 1984. Na Michelin ocupou diversos cargos de direção,<br />

nos quais desenvolveu importantes funções comerciais, graças a sua<br />

ampla visão de negócio, à frente de diferentes departamentos, tanto<br />

em França como em vários países de América Latina. A sua anterior função,<br />

antes de regressar a Espanha, foi a de Diretor Comercial B2B para a<br />

América do Sul. A propósito da sua nomeação, Antonio Crespo declara:<br />

“Depois de muitos anos em cargos de direção comercial na América do<br />

Sul, é um grande prazer para mim voltar à Europa e, especialmente, a Espanha,<br />

onde tenho as minhas raízes. Como muitos outros países, Espanha<br />

e Portugal estão a passar por um momento muito difícil com a crise<br />

da COVID-19, mas a nossa equipa demonstrou saber adaptar-se para<br />

enfrentar estas dificuldades. Espero manter essa dinâmica para aproveitar<br />

as oportunidades que se vão apresentar quando a situação melhore”.<br />

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Notícias Mercado<br />

Produto<br />

Novo Porsche 911 GT3 com Michelin Pilot Sport Cup 2<br />

Os pneus Michelin Pilot Sport Cup são os escolhi<strong>dos</strong> pela Porsche<br />

como equipamento de série para a nova geração do Porsche 911<br />

GT3 (992). Os clientes que desejem explorar ao limite a performance<br />

em circuito do novo desportivo da marca alemã poderão montar,<br />

como opção de concessionário, os pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R<br />

Connect. Durante os testes realiza<strong>dos</strong> no traçado de 20,8 quilómetros do<br />

circuito de Nürburgring Nordschleife, na Alemanha, o automóvel equipado<br />

com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R Connect registou a volta mais<br />

rápida com um tempo de 6 minutos e 59,927 segun<strong>dos</strong>. O tempo, considerando<br />

o traçado de referência mais utilizado, na sua extensão de 20,6<br />

quilómetros, foi igualmente impressionante: 6 minutos e 55,2 segun<strong>dos</strong>.<br />

Tripulado pelo piloto de testes da Porsche Larns Kern, o 911 GT3 estava<br />

equipado com pneus Miche lin Pilot Sport Cup 2 R Connect na medida<br />

255/35 ZR 20 no eixo dianteiro, e 315/30 ZR 21 no eixo traseiro. O veículo<br />

de produção montará de série pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 nestas<br />

mesmas dimensões.<br />

Tiresur lança novo pneu ConneX Van TV701<br />

A Tiresur lançou para o mercado português e espanhol, o novo pneu<br />

ConneX Van TV701. Trata-se da última aposta da marca de pneus comerciais<br />

para Van e Furgão comercial deste grande fabricante, que<br />

vem completar o seu portfolio, um <strong>dos</strong> mais completos do mercado,<br />

assim como a sua nova gama, Generation X. O forte investimento da<br />

Triangle no seu departamento de Investigação e Desenvolvimento,<br />

com mais de 360 patentes disponíveis, não termina de lançar novos<br />

produtos, cada vez mais avança<strong>dos</strong> e tecnológicos, na vanguarda das<br />

últimas tendências em Engenharia. Os seus Centros de Investigação<br />

de Weihai (China) e Akron (Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>), converteram-na numa<br />

das marcas com maior número de lançamentos no seu segmento. O<br />

novo ConneX TV701 é o pneu ideal para os profissionais que procuram<br />

aumentar a quilometragem do seu Furgão ou Van.<br />

Jantes AKO disponíveis na Rodrigues Tyres<br />

A Rodrigues Tyres iniciou a distribuição de toda a gama de camião<br />

das jantes da marca AKO, em Portugal. A gama inclui todas<br />

as medidas das jantes 17,5”, 19,5” e 22,5” para comerciais e<br />

camião. As jantes em questão, são fabricadas na Europa com as<br />

mais inovadoras tecnologias, e passam a ser mais um produto à<br />

disposição de toda a rede de clientes do projeto de distribuição<br />

da empresa com sede em Braga. A AKO foi fundada em 1998 em<br />

Ancara dentro da empresa Abdulkadir Özcan Otomotiv. A partir<br />

de 2013 a empresa desenvolve a sua atividade na fábrica construída<br />

num espaço total de 120.000 m2 <strong>dos</strong> quais 23.500 m2 são<br />

de área interior. A AKO produz jantes para veículos comerciais,<br />

agrícolas e industriais com a mundialmente conhecida tecnologia<br />

Flow Forming.<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Nexen Tire fornece pneus para novo Audi A3<br />

A Nexen Tire irá fornecer com os <strong>Pneus</strong> N’FERA SPORT, N’Blue S e WINGUARD<br />

Sport 2 a quarta geração do Audi A3. O N’FERA SPORT da Nexen Tyre define-<br />

-se por ser um pneu desportivo premium de estilo europeu que ostenta um<br />

excelente desempenho em estradas molhadas e secas. Caracteriza-se pela<br />

excelente manuseabilidade, aderência e poder de travagem. Já o N’Blue S,<br />

é um pneu adequado para veículos ecológicos e de alto desempenho, que<br />

minimiza a resistência rotacional em resposta ao CO2. A Nexen também melhorou<br />

o ruído e a eficiência de combustível do N’Blue S em conformidade<br />

com as normas ambientais europeias, ao mesmo tempo que reduziu o ruído<br />

de rolamento. Por fim, o WINGUARD Sport 2 é um pneu alpino premium que<br />

oferece alta estabilidade de desempenho nas capacidades de manuseabilidade<br />

e travagem em condições de estrada molhada e seca. Foi desenvolvido<br />

para fornecer uma experiência de direção estável, mesmo em gelo e em<br />

superfícies com neve. O N’FERA SPORT é instalado no tamanho 225 / 45R17<br />

91Y, o N’ Blue S no 205 / 55R16 91V e o WINGUARD Sport 2 em 205 / 55R16<br />

91H.<br />

Michelin aumenta gama<br />

X MULTI ENERGY<br />

A Michelin acaba de lançar para o mercado os novos<br />

pneus Michelin X MULTI ENERGY Z e D 315/80 R<br />

22.5, que complementam a gama formada pela medida<br />

315/70 R 22.5, lançada em 2018. O Michelin X MULTI<br />

ENERGY constitui a primeira gama de pneus dedicada<br />

ao transporte regional que melhora a eficiência em<br />

termos de consumo de combustível e das emissões de<br />

CO2, ao mesmo tempo que oferece um elevado rendimento<br />

quilométrico e uma ótima segurança, destacando-se<br />

pela sua polivalência de utilização. A baixa<br />

resistência ao rolamento destes novos pneus permite<br />

uma poupança no consumo de combustível de até 0,7<br />

litros por cada 100 km por comparação com a gama<br />

Michelin X MULTI, assim como uma redução das emissões<br />

de até 1,82 kg de CO2 por cada 100 km. A eficiência<br />

em termos de consumo, combinada com o elevado<br />

rendimento quilométrico, proporciona às frotas uma<br />

redução da pegada ambiental e permite otimizar os<br />

custos, ao mesmo tempo que responde às expetativas<br />

<strong>dos</strong> fabricantes de camiões, sujeitos à norma VECTO relativa<br />

ao nível de emissões.<br />

BKT lança gama V-FLEXA<br />

para atrela<strong>dos</strong> agrícolas<br />

A<br />

gama V-FLEXA da BKT está a estrear três novos tamanhos. VF 600/65<br />

R 26.5, VF 650/55 R 26.5 e VF 560/60 R 22.5 são as soluções que fazem<br />

parte desta gama de pneus radiais desenha<strong>dos</strong> para os atrela<strong>dos</strong> agrícolas.<br />

Mas não se trata apenas de novos tamanhos. A expansão desta gama representa<br />

mais um passo em direção a uma agricultura mais sustentável, condição<br />

necessária e essencial para o futuro do setor. Apresentado na Agritechnica<br />

2019, o V-FLEXA é um pneu radial dedicado aos atrela<strong>dos</strong> agrícolas. O produto<br />

Flotation da última geração inclui um piso com três camadas de lonas de cima<br />

em aço HD (heavy duty) que oferece mais força à lona de carcaça e, por conseguinte,<br />

maior resistência a ataques. A marca extra grande do pneu permite a<br />

distribuição perfeita da carga, embora possibilite o trabalho delicado quando<br />

necessário. Desta forma, evita-se a compactação do solo e mantém-se o valor<br />

das culturas. Autolimpeza, durabilidade e baixa resistência ao rolamento são<br />

as restantes qualidades <strong>dos</strong> produtos nesta gama.<br />

Estes novos pneus enriquecem o catálogo da BKT, onde já se incluem mais<br />

de 2700 produtos. A meta da empresa é encontrar soluções que satisfaçam<br />

todas as necessidades e aplicações, desenvolvendo o pneu certo para todas<br />

as ocasiões e, assim, permitindo aos utilizadores poupar tempo e recursos e<br />

reduzir o consumo.<br />

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Notícias Mercado<br />

Produto<br />

Bridgestone lança pneu de<br />

alta performance Potenza Sport<br />

A<br />

Bridgestone<br />

tem um forte legado de experiência em pneus de alta performance,<br />

graças à sua tradição em corridas de Fórmula 1 e às parcerias de<br />

longo prazo com fabricantes de carros premium de alta performance. Com<br />

base nessas experiências, a Bridgestone desenvolveu um novo produto de alta<br />

performance de ponta: o Bridgestone Potenza Sport. Este pneu da próxima geração<br />

representa um novo padrão em desempenho desportivo premium e de ponta,<br />

proporcionando o melhor desempenho da classe em piso seco, apoiado por um pacote<br />

premium para piso molhado. Testado pela TÜV SÜD, um <strong>dos</strong> institutos independentes<br />

de testes automóveis mais respeita<strong>dos</strong> da Europa, o Potenza Sport atinge o<br />

melhor desempenho tanto em travagem em piso seco (distância de travagem mais<br />

curta em piso seco) como em curvas e estabilidade em linha reta (mantendo a estabilidade<br />

do veículo ao viajar em linha reta e através de curvas) versus concorrentes<br />

no segmento premium. Os pneus Potenza Sport desenvolvi<strong>dos</strong> sob medida já foram<br />

seleciona<strong>dos</strong> como equipamento original por algumas das marcas de automóveis<br />

mais prestigiosas do mundo, incluindo a Maserati para o seu super carro MC20, a<br />

Lamborghini para o Huracán STO, a BMW para o série 8 e muitos outros que virão.<br />

<strong>Pneus</strong> BFGoodrich<br />

com alto desempenho no Dakar<br />

BFGoodrich voltou a impor-se na corrida off-road<br />

mais dura do mundo: o Rally Dakar. Os três primeiros<br />

classifica<strong>dos</strong> da edição de 2021 confiaram nos<br />

pneus BFGoodrich, que soma um total de 17 triunfos<br />

absolutos numa competição que a marca utiliza<br />

como laboratório de testes. Com partida e chegada<br />

na cidade de Jeddah, os participantes na edição de<br />

2021 do Rally Dakar tiveram que cumprir mais de<br />

7,500 quilómetros que colocaram à prova, ao longo<br />

de duas semanas, pilotos, navegadores, veículos e<br />

pneus. Com um percurso totalmente novo relativamente<br />

ao do ano passado, com zonas repletas<br />

de rochas, o Dakar foi um desafio absoluto para a<br />

BFGoodrich, fornecedor de pneus das principais<br />

equipas participantes, e a sua experiência voltou<br />

a ser determinante para alcançar os melhores resulta<strong>dos</strong>.<br />

Stéphane Peterhansel (MINI JCW Buggy),<br />

acompanhado de Edouard Boulanger, voltou a fazer<br />

história no Rally Dakar. O duo francês foi líder da<br />

classificação geral desde a segunda etapa.<br />

Downforce distribuidora oficial da Arceo Valencia<br />

A Downforce, distribuidora de jantes e acessórios, está no mercado português<br />

através da marca Arceo Wheels. As jantes instaladas num carro têm contribuições<br />

para fazer mais do que imagina. Não existem apenas pela estética, mas também<br />

para contribuições relacionadas com a segurança e o equilíbrio do desempenho.<br />

A escolha do tipo de jante terá importância no desempenho e na condução do seu<br />

veículo e também na aparência total do mesmo. Neste sentido, chegam as Arceo<br />

Valencia a Portugal, de modo a responderem, precisamente, àquilo que os consumidores,<br />

que valorizam a beleza e alta performance, pretendem. Estas jantes leves<br />

e com uma beleza extrema têm feito sucesso em todo o mundo, tendo sido o<br />

modelo da marca Arceo Wheels mais<br />

vendido em 2020, em países como<br />

Arábia, Holanda, Rússia, Turquia e Polónia.<br />

Esse peso menor é bom para o<br />

condutor, pois obtém uma aceleração<br />

mais rápida e um movimento mínimo<br />

de travagem. O modelo mais popular<br />

de Arceo Wheels possui detalhes técnicos<br />

e cores da cidade de Valência.<br />

Por ser caracterizada por uma cidade<br />

que aposta no urbanismo, especialmente,<br />

com a criação de jardins e parques<br />

públicos, ou seja, lugares puros,<br />

únicos e com muitas cores, este modelo<br />

da marca Arceo Wheels revela-se<br />

muito distinto e com grande variedade,<br />

de modo a transparecer os ideais<br />

que a cidade valenciana transpira.<br />

VW ID.3 estabeleceu recorde<br />

mundial com pneus Hankook<br />

A Hankook contribuiu para o sucesso do “ID.3 Germany<br />

Tour” ao instalar o novo pneu Winter i * cept<br />

evo 3 no VW ID.3. Depois de conduzir por 65 dias e<br />

mais de 28.000 quilómetros pela Alemanha, a equipa<br />

estabeleceu um recorde mundial para a mais longa<br />

viagem contínua com um veículo elétrico através de<br />

um único país. A viagem começou em setembro em<br />

Oberstdorf, um <strong>dos</strong> principais locais de desportos de<br />

inverno da Alemanha. O organizador Rainer Zietlow<br />

e seu co-piloto Dominic Brüner passaram 65 dias viajando<br />

pela Alemanha para testar as capacidades de<br />

longa distância do Volkswagen ID.3 e a infraestrutura<br />

de carregamento em toda a Alemanha. Após 28.198<br />

quilómetros, eles chegaram ao seu destino final no<br />

norte de Sylt, a ilha mais ao norte do país. Apesar das<br />

restrições da Covid-19, a equipa estabeleceu um recorde<br />

mundial de condução contínua mais longa por<br />

um país num veículo elétrico. Durante a viagem, eles<br />

carregaram o veículo em 652 estações de carregamento<br />

rápido e utilizaram novos painéis instala<strong>dos</strong><br />

em várias concessionários Volkswagen que visitaram.<br />

O novo pneu de inverno Hankook Winter i * cept evo<br />

3, de ultra-alto desempenho, foi classificado como<br />

‘Exemplar’, a pontuação mais alta no teste de desempenho<br />

independente da revista automóvel líder na<br />

Europa, Auto Bild.<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Continental lança novo pneu<br />

com índice de carga “HL”<br />

Os novos pneus continental com a sigla “HL” têm<br />

uma capacidade de carga um quarto mais elevada<br />

do que os pneus normais. Os veículos de grande<br />

volumetria e elevada potência, elétrico ou híbri<strong>dos</strong>,<br />

são mais pesa<strong>dos</strong> que os seus homólogos de combustão<br />

interna. Ao mesmo tempo, estes veículos<br />

mais pesa<strong>dos</strong> têm possibilidades limitadas, no que<br />

diz respeito a dimensões alternativas com maior capacidade<br />

de carga. Em resposta, a Continental iniciou<br />

o fabrico do primeiro pneu para ligeiro de passageiros<br />

com o novo código de índice de carga “HL”.<br />

A capacidade de carga extra deste pneu HL situa-se<br />

nos 825 kg (índice de carga 101), o que equivale a<br />

um aumento de 10 por cento em relação à norma<br />

XL familiar de 750 kg (índice de carga 98). Os pneus<br />

de passageiros deste tamanho, construí<strong>dos</strong> segundo<br />

a norma SL, adequa<strong>dos</strong> para muitos carros, até<br />

modelos de gama média, inclusive, podem suportar<br />

uma carga máxima de 670 kg (índice de carga 94).<br />

Isto torna a capacidade de carga <strong>dos</strong> novos pneus<br />

HL quase um quarto mais elevada do que os pneus<br />

normais. Quanto ao futuro, a Continental prevê uma<br />

procura crescente por parte <strong>dos</strong> construtores automóveis<br />

de pneus com o novo código HL.<br />

Falken Tyres expande<br />

linha de pneus verão<br />

A<br />

Falken Tyres anunciou a expansão da sua linha de pneus de verão e todas as<br />

estações para automóveis de passageiros, SUVs, vans e camiões a partir da<br />

próxima primavera. Este aumento cobrirá tanto a oferta de primeiro equipamento<br />

quanto a oferta de substituição. Entre as novidades estão dez novas dimensões<br />

para o FALKEN AZENIS-FK510, além de duas outras atualmente em desenvolvimento.<br />

Oferecendo um excelente manuseio em piso molhado e seco, este pneu<br />

silencioso agora está disponível em tamanhos de 205 / 50ZR17 93Y XL a 255 / 35ZR<br />

18 94Y XL. Além disso, quatro novas dimensões já estão disponíveis para a versão<br />

SUV do pneu AZENIS-FK510SUV, ao qual o tamanho 215 / 50R 18 92W está planeado<br />

para ser lançado na primavera. Com 22 novas dimensões, o Falken estende a oferta<br />

do extraordinário pneu para todas as estações FALKEN EUROALL SEASON-AS210.<br />

Este pneu versátil para todas as condições meteorológicas, que incorpora a marca do<br />

símbolo do floco de neve (3PMSF) que o identifica claramente como um pneu seguro<br />

para o inverno, estará posteriormente disponível numa gama de tamanhos muito<br />

maior. Todas as novidades levarão a identificação XL (carga alta) e incluirão medições<br />

de 175/65 R15 88H XL a 255/45 R20 105V XL.<br />

Pirelli equipa topos de gama BMW<br />

A mais recente colaboração técnica entre a Pirelli e<br />

o BMW Group é impulsionada pelos mais altos níveis<br />

de desempenho e segurança. Um total de 78<br />

homologações para equipamento original foram<br />

criadas à medida para as versões mais recentes do<br />

BMW Série 8 Coupé, Gran Coupé e Cabrio: incluindo<br />

os modelos M Sport. Os topo de gama da Série<br />

8 vão equipar pneus Pirelli P Zero e Cinturato P7,<br />

com medidas entre as 18 e as 20 polegadas, desenvolvi<strong>dos</strong><br />

especificamente para extrair o máximo<br />

desempenho na estrada e projetado para fornecer<br />

os melhores níveis de segurança, controlo e manuseabilidade.<br />

Os pneus foram cria<strong>dos</strong> em linha com a<br />

filosofia ‘Perfect Fit’ da Pirelli e homologa<strong>dos</strong> como<br />

equipamento original para a luxuosa linha grand<br />

touring do BMW Group, e vão permitir que os ocupantes<br />

beneficiem do máximo conforto a bordo e<br />

apreciem na totalidade o desempenho do carro em<br />

cada situação.<br />

McLaren Artura com novos pneus inteligentes Pirelli<br />

A Pirelli acaba de lançar os primeiros pneus inteligentes com sistema Cyber Tire.<br />

Este sistema permite ao McLaren Artura “falar” com os pneus. Esta opção permite<br />

que o veículo capte informação diretamente da estrada para tomar decisões<br />

com maior segurança. Pela primeira vez, a Pirelli equipa pneus capazes de “falar”<br />

com o carro. Trata-se do sistema Pirelli Cyber Tire, e funciona graças a um sensor<br />

localizado dentro de cada pneu que coleta da<strong>dos</strong> essenciais para uma condução<br />

segura e está diretamente ligado ao software da unidade de controlo do veículo.<br />

O primeiro modelo a incorporar esta novidade mundial, que tem como objetivo<br />

oferecer uma condução mais completa e segura, será o McLaren Artura, um supercarro<br />

híbrido equipado com uma significativa carga tecnológica. A tecnologia<br />

Cyber Tyre proporciona uma grande quantidade de da<strong>dos</strong> úteis tanto para o carro<br />

como para a pessoa sentada ao volante.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67


Mercado Serviço


Alinhamento da direção<br />

Condução<br />

mais leve<br />

e exata<br />

A direção de um automóvel e o alinhamento<br />

da mesma são dois conceitos que se encontram<br />

intimamente liga<strong>dos</strong> entre si. A direção é o sistema<br />

responsável pela mudança de trajetória das rodas,<br />

enquanto o alinhamento permite a coordenação<br />

das rodas sob um determinado ângulo, o que facilita<br />

o controlo da direção<br />

Embora com frequência se faça<br />

referência simplesmente a um<br />

“alinhamento” ou “alinhamento da<br />

direção”, são ângulos da suspensão<br />

muito complexos que estão a ser medi<strong>dos</strong><br />

e uma diversidade de componentes<br />

da suspensão que estão a ser ajusta<strong>dos</strong>. Isto<br />

torna um alinhamento numa importante<br />

ferramenta de afinação da suspensão que<br />

influencia profundamente o funcionamento<br />

das rodas <strong>dos</strong> veículos.<br />

As condições de desalinhamento ocorrem<br />

quando a suspensão e os sistemas da direção<br />

não estão a funcionar nos respetivos<br />

ângulos pretendi<strong>dos</strong>. As condições de desalinhamento<br />

são geralmente provocadas<br />

pelo enfraquecimento das molas ou pelo<br />

desgaste da suspensão (rótulas esféricas,<br />

casquilhos, etc.) num veículo mais antigo.<br />

Também podem ser o resultado de um impacto<br />

num buraco ou contra um passeio, ou<br />

de uma alteração da distância ao solo do<br />

veículo (reduzida ou aumentada) em qualquer<br />

veículo, independentemente da idade.<br />

Por norma, configurações de alinhamento<br />

incorretas resultarão num desgaste mais<br />

rápido <strong>dos</strong> pneus. Assim sendo, o alinhamento<br />

deve ser verificado sempre que são<br />

instala<strong>dos</strong> novos pneus ou componentes da<br />

suspensão, e em qualquer altura que surjam<br />

padrões anormais de desgaste <strong>dos</strong> pneus.<br />

O alinhamento também deve ser verificado<br />

após o veículo ter embatido num grande<br />

obstáculo rodoviário ou num passeio.<br />

ALINHAMENTO DIANTEIRO, DO ÂNGULO<br />

DE IMPULSO E DAS QUATRO RODAS<br />

Os diferentes tipos de alinhamento disponibiliza<strong>dos</strong><br />

atualmente são o dianteiro,<br />

do ângulo de impulso e das quatro rodas.<br />

Durante um alinhamento dianteiro, apenas<br />

os ângulos do eixo dianteiro são medi<strong>dos</strong><br />

e ajusta<strong>dos</strong>. Os alinhamentos dianteiros<br />

são bons para alguns veículos equipa<strong>dos</strong><br />

com um eixo traseiro estável, mas confirmar<br />

que os pneus dianteiros estão posiciona<strong>dos</strong><br />

diretamente à frente <strong>dos</strong> pneus traseiros<br />

também é importante.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 69


Reportagem Serviço<br />

Alinhamento da direção<br />

Num veículo com um eixo traseiro estável,<br />

isto exige um alinhamento do ângulo de<br />

impulso que permite ao técnico confirmar<br />

que todas as quatro rodas estão “niveladas”<br />

umas com as outras. Os alinhamentos do<br />

ângulo de impulso também identificam<br />

os veículos que seguem estrada fora com<br />

a traseira desfasada da dianteira. Se o ângulo<br />

de impulso não for zero, no caso de<br />

muitos veículos de eixo traseiro estável é<br />

necessária uma ida a uma oficina de retificação<br />

de chassis para repor o eixo traseiro<br />

na respetiva posição original.<br />

Em to<strong>dos</strong> os veículos com suspensões independentes<br />

nas quatro rodas, ou em veículos<br />

de tração dianteira com suspensões traseiras<br />

ajustáveis, o alinhamento adequado<br />

é um alinhamento das quatro rodas. Este<br />

procedimento “alinha” o veículo como um<br />

alinhamento do ângulo de impulso, e também<br />

inclui a medição e ajuste <strong>dos</strong> ângulos<br />

do eixo traseiro, bem como do dianteiro.<br />

Nem to<strong>dos</strong> os veículos são facilmente ou<br />

totalmente ajustáveis. Alguns veículos requerem<br />

kits do mercado pós-venda para<br />

permitir um ajuste suficiente para compensar<br />

danos de acidentes ou a alteração no<br />

alinhamento devido à instalação de molas<br />

de rebaixamento.<br />

Ao realizar-se o alinhamento num veículo é<br />

conveniente que o mesmo esteja carregado<br />

com a sua carga “habitual”. Isto é importante<br />

para os condutores que transportam continuamente<br />

cargas nos respetivos veículos,<br />

como por exemplo representantes comerciais<br />

que transportam amostras ou literatura<br />

na bagageira. Adicionalmente, quando<br />

um veículo é utilizado para provas de pista,<br />

alguns pilotos irão sentar-se no respetivo<br />

automóvel, ou permitir que a oficina de<br />

alinhamento aplique “lastro” ao veículo,<br />

de modo a incluir a influência do peso do<br />

condutor nos ângulos da suspensão.<br />

Os principais ângulos de suspensão estática<br />

que precisam de ser medi<strong>dos</strong> e ajusta<strong>dos</strong><br />

são o ângulo de avanço, o ângulo de sopé,<br />

o ângulo de convergência/divergência e o<br />

ângulo de impulso. Eis uma definição de<br />

cada ângulo e a respetiva influência num<br />

veículo e nas suas rodas.<br />

ÂNGULO DE SOPÉ<br />

O ângulo de sopé identifica o quanto a roda<br />

se inclina em relação à vertical quando vista<br />

diretamente a partir da frente ou de trás<br />

do veículo. O ângulo de sopé é expresso<br />

em graus, e diz-se ser negativo quando a<br />

parte superior da roda está inclinada para o<br />

centro do veículo e positivo quando a parte<br />

superior se inclina para fora em relação ao<br />

centro do veículo.<br />

Uma vez que as suspensões de estrada não<br />

conseguem compensar completamente a<br />

inclinação da parte externa do pneu para o<br />

exterior quando o veículo se inclina numa<br />

curva, não existe uma configuração mágica<br />

do ângulo de sopé que permita às rodas<br />

permanecerem na vertical ao circular a direito<br />

na estrada (para um desgaste mais<br />

uniforme) e permanecerem perpendiculares<br />

à estrada nas curvas apertadas (para<br />

uma melhor aderência).<br />

Diferentes estilos de condução também<br />

conseguem influenciar de igual modo o<br />

ângulo de sopé pretendido. Um condutor<br />

mais vigoroso que curve mais rápido do que<br />

um condutor mais calmo conseguirá mais<br />

aderência em curva e uma vida útil mais<br />

longa <strong>dos</strong> pneus ao ter as rodas alinhadas<br />

com um ângulo de sopé mais negativo. No<br />

entanto, com o ângulo de sopé negativo<br />

mais pronunciado, as velocidades em curva<br />

mais reduzidas de um condutor mais calmo<br />

farão com que os rebor<strong>dos</strong> interiores <strong>dos</strong><br />

pneus se desgastem mais rápido do que<br />

os rebor<strong>dos</strong> exteriores.<br />

Procedimentos<br />

de alinhamento<br />

O alinhamento de direção é um processo que<br />

visa ajustar os diversos ângulos das rodas de<br />

um carro aos valores originais estabeleci<strong>dos</strong><br />

pelo fabricante, com recurso a medições e<br />

correções de grande precisão.<br />

Durante a operação, que pode demorar cerca de<br />

30 minutos, são coloca<strong>dos</strong> sensores em cada<br />

uma das rodas e, através de um computador,<br />

torna-se possível comparar os ângulos às<br />

especificidades do veículo. É dessa comparação<br />

que resulta a formatação <strong>dos</strong> valores,<br />

concretizada por um técnico qualificado. O<br />

objetivo é colocar as rodas de cada eixo<br />

paralelas entre si e perpendiculares ao<br />

pavimento.<br />

O alinhamento da direção envolve o ajuste <strong>dos</strong><br />

ângulos das rodas, de modo a que elas<br />

tenham a convergência/divergência e o sopé<br />

especifica<strong>dos</strong>. Os três principais ajustes que<br />

podem ser feitos em termos de alinhamento<br />

são o sopé, o avanço e a convergência/<br />

divergência.<br />

Que parâmetros são corrigi<strong>dos</strong>?<br />

l Convergência e divergência. Teoricamente, as<br />

rodas de um carro deveriam estar paralelas<br />

quando são observadas de frente. Porém, esse<br />

paralelismo vai-se perdendo, devido a folgas<br />

nos componentes que interagem com a<br />

direção. Daí resultando um desvio convergente<br />

(fecho para o interior) ou divergente (abertura<br />

para o exterior) <strong>dos</strong> pneus.<br />

l Inclinação. Também denominado camber,<br />

trata-se do ângulo de inclinação das rodas em<br />

relação ao plano vertical. A queda é positiva<br />

se a parte superior do pneu pender para fora,<br />

sendo negativa se pender para dentro.<br />

Qualquer <strong>dos</strong> cenários pode provocar um<br />

desgaste irregular da banda de rodagem.<br />

l Avanço. Consiste no ângulo formado pela<br />

inclinação do eixo de direção em relação ao<br />

plano vertical. O avanço é positivo se o topo<br />

estiver inclinado para trás, negativo se estiver<br />

inclinado para a frente. Este elemento tem<br />

uma enorme influência na estabilidade do<br />

carro, podendo fazer com que uma das rodas<br />

o ‘puxe’ para um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>.<br />

70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71


Reportagem Serviço<br />

se incline para a dianteira.<br />

Um exemplo muito visual do ângulo de<br />

avanço positivo é a forquilha dianteira<br />

da direção de um motociclo. A forquilha<br />

aponta para a frente em baixo e inclina-se<br />

para trás no cimo. Esta inclinação para trás<br />

faz com que o pneu da frente se mantenha<br />

estável ao circular a direito e se incline para<br />

o interior da curva quando se curva.<br />

As configurações do ângulo de avanço permitem<br />

ao fabricante do veículo equilibrar<br />

o esforço da direção, a estabilidade a alta<br />

velocidade e a eficácia da frente em curva.<br />

QUAL É A DESVANTAGEM DO<br />

ÂNGULO DE SOPÉ NEGATIVO?<br />

O ângulo de sopé negativo inclina ambas<br />

as rodas do eixo para o centro do veículo.<br />

Cada roda desenvolve uma força de compensação<br />

idêntica de “impulso de inclinação”<br />

(o mesmo princípio que faz com<br />

que um motociclo vire quando se inclina),<br />

mesmo quando o veículo é conduzido a<br />

direito. Caso o veículo encontre um ressalto<br />

que faz com que apenas uma roda<br />

perca alguma aderência, o ângulo de sopé<br />

negativo das outras rodas irá empurrar o<br />

veículo na direção da roda que perdeu<br />

aderência. O veículo pode sentir-se mais<br />

“nervoso” e tornar-se mais suscetível a “seguir<br />

o carril”. O ângulo de sopé excessivo<br />

também reduzirá a aderência disponível em<br />

reta necessária para acelerações rápidas e<br />

paragens bruscas.<br />

Configurações adequadas do ângulo de<br />

sopé que tenham em conta o veículo e a<br />

agressividade do condutor irão ajudar a<br />

equilibrar o desgaste do piso <strong>dos</strong> pneus<br />

com o desempenho em curva. Para veículos<br />

de estrada, isto significa que o desgaste <strong>dos</strong><br />

pneus e os requisitos de condução têm de<br />

ser equilibra<strong>dos</strong> de acordo com as necessidades<br />

do condutor. O objetivo é utilizar<br />

suficiente ângulo de sopé negativo para<br />

proporcionar bom desempenho em curva,<br />

não exigindo em simultâneo ao pneu que<br />

coloque muita da sua carga sobre o rebordo<br />

interior ao circular em linha reta. Menos<br />

ângulo de sopé negativo (até a roda estar<br />

perpendicular à estrada com um ângulo de<br />

sopé nulo), por norma, reduzirá a capacidade<br />

de curvar, mas resulta num desgaste<br />

mais uniforme.<br />

Embora tenham algumas das suspensões<br />

mais sofisticadas do mundo, a próxima vez<br />

que vir uma foto frontal de um automóvel<br />

de Fórmula 1 preparado para uma corrida,<br />

repare no ângulo de sopé negativo que as<br />

rodas da frente apresentam. Embora este<br />

seja certamente um exemplo em que o<br />

desgaste não é tão importante como a<br />

aderência, o ângulo de sopé negativo ajuda<br />

ainda assim estes sofistica<strong>dos</strong> automóveis<br />

de competição a curvar melhor.<br />

ÂNGULO DE AVANÇO<br />

O ângulo de avanço identifica a inclinação<br />

para a frente ou para trás de uma linha<br />

desenhada através <strong>dos</strong> pontos de rotação<br />

superior e inferior da direção quando vista<br />

diretamente a partir da lateral do veículo.<br />

O ângulo de avanço é expresso em graus<br />

e é medido comparando uma linha que<br />

atravessa os pontos de rotação superior e<br />

inferior do sistema de direção (por norma<br />

as rótulas esféricas superior e inferior de<br />

um modelo de suspensão tipo braço em A<br />

ou “wishbone”, ou a rótula esférica inferior<br />

e a fixação da torre do amortecedor de um<br />

modelo de amortecedor McPherson) a uma<br />

linha desenhada perpendicular ao solo. Diz-<br />

-se que o ângulo de avanço é positivo caso<br />

a linha se incline para a traseira do veículo<br />

na parte superior e negativo caso a linha<br />

Quando fazer<br />

o alinhamento<br />

da direção?<br />

l É aconselhável alinhar a direção uma vez por<br />

ano ou 20.000 km após o último alinhamento.<br />

l Sempre que montar pneus novos ou substituir<br />

peças da suspensão ou da direção.<br />

l Quando detetar um desgaste irregular <strong>dos</strong><br />

pneus ou o consumo excessivo de<br />

combustível.<br />

l Caso o automóvel bater em algo (por exemplo,<br />

um lancil ou numa grande irregularidade da<br />

estrada).<br />

Se sentir problemas na direção ou no<br />

comportamento, como: o veículo puxa ou<br />

desloca-se para um lado; o volante não se<br />

recentra facilmente após uma curva; o volante<br />

permanece virado ao conduzir em linha reta.<br />

Aumentar o valor do ângulo de avanço<br />

positivo irá aumentar o esforço da direção<br />

e o controlo em linha reta, assim como<br />

melhorar a estabilidade a alta velocidade<br />

e a eficácia em curva. O ângulo de avanço<br />

positivo também aumenta a inclinação <strong>dos</strong><br />

pneus ao curvar (quase como ter mais ângulo<br />

de sopé negativo) à medida que o<br />

ângulo da direção é aumentado.<br />

QUAL É A DESVANTAGEM DO<br />

ÂNGULO DE AVANÇO POSITIVO?<br />

Caso o veículo não possua direção assistida,<br />

será sentido um aumento notável no<br />

esforço da direção à medida que o ângulo<br />

de avanço positivo for aumentado. Para<br />

além disso, os efeitos do ângulo de avanço<br />

positivo são bastante “positivos”, especialmente<br />

ao aumentar a inclinação <strong>dos</strong> pneus<br />

quando o veículo está a curvar, repondo-<br />

-os simultaneamente numa posição mais<br />

vertical quando se conduz a direito.<br />

ÂNGULO DE SOPÉ CRUZADO E<br />

ÂNGULO DE AVANÇO CRUZADO<br />

A maioria <strong>dos</strong> alinhamentos de automóveis<br />

de estrada requerem que as configurações<br />

do ângulo de sopé e do ângulo de avanço<br />

dianteiros sejam ajusta<strong>dos</strong> com especificações<br />

ligeiramente diferentes no lado direito<br />

do veículo comparativamente ao lado esquerdo.<br />

Estas ligeiras diferenças entre os<br />

la<strong>dos</strong> são denominadas ângulo de sopé<br />

cruzado e ângulo de avanço cruzado.<br />

Para veículos configura<strong>dos</strong> para circular<br />

no lado “direito” da estrada, o lado direito<br />

72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


Alinhamento da direção<br />

é alinhado com um ângulo de sopé um<br />

pouco mais negativo (cerca de 1/4 de grau)<br />

e com um ângulo de avanço um pouco mais<br />

positivo (de novo, cerca de 1/4 de grau)<br />

para ajudar o veículo a resistir à influência<br />

das estradas com declive lateral, que fariam<br />

com que os mesmos derivassem “pela descida”<br />

para a berma direita. Uma vez que a<br />

maioria das estradas têm declive lateral,<br />

o ângulo de sopé cruzado e o ângulo de<br />

avanço cruzado são úteis na maioria das<br />

vezes. No entanto, farão com que um veículo<br />

derive para a esquerda numa estrada<br />

perfeitamente plana ou numa estrada com<br />

declive para a esquerda. A utilização do<br />

ângulo de sopé cruzado e do ângulo de<br />

avanço cruzado não é necessária para automóveis<br />

de utilização exclusiva em pista.<br />

ÂNGULO DE CONVERGÊNCIA/DIVERGÊNCIA<br />

O ângulo de convergência/divergência<br />

identifica a direção exata para onde os<br />

pneus apontam comparativamente à linha<br />

central do veículo quando visto diretamente<br />

de cima. O ângulo de convergência/divergência<br />

é expresso em graus ou<br />

frações de uma polegada e diz-se que um<br />

eixo tem convergência positiva quando as<br />

linhas imaginárias que passam pela linha<br />

central <strong>dos</strong> pneus se intersetam à frente do<br />

veículo e tem divergência negativa quando<br />

as mesmas divergem. A configuração do<br />

ângulo de convergência/divergência é habitualmente<br />

utilizada para ajudar a compensar<br />

a conformidade <strong>dos</strong> casquilhos da<br />

suspensão, de modo a melhorar o desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus. O ângulo de convergência/divergência<br />

também pode ser utilizado para<br />

ajustar a condução do veículo.<br />

Um veículo de tração traseira “empurra” os<br />

pneus do eixo dianteiro enquanto rolam ao<br />

longo da estrada. A resistência <strong>dos</strong> pneus<br />

ao rolamento provoca um ligeiro arrastamento<br />

que resulta num movimento para<br />

trás <strong>dos</strong> braços de suspensão contra os<br />

respetivos casquilhos. Por este motivo, a<br />

maioria <strong>dos</strong> veículos de tração traseira usam<br />

algum ângulo de convergência positivo<br />

para compensar o movimento, permitindo<br />

que os pneus funcionem paralelamente<br />

uns aos outros em velocidade.<br />

Inversamente, um veículo de tração dianteira<br />

“puxa” toda a sua estrutura através<br />

do eixo dianteiro, resultando num movimento<br />

para a frente <strong>dos</strong> braços de suspensão<br />

contra os respetivos casquilhos.<br />

Portanto, a maioria <strong>dos</strong> veículos de tração<br />

dianteira usam algum ângulo de divergência<br />

negativo para compensar o movimento,<br />

permitindo, uma vez mais, que os pneus<br />

funcionem paralelamente uns aos outros<br />

em velocidade.<br />

O ângulo de convergência/divergência<br />

também pode ser utilizado para alterar as<br />

características de condução de um veículo.<br />

Um maior ângulo de convergência resultará<br />

habitualmente numa sobreviragem reduzida,<br />

ajudará a estabilizar o automóvel e<br />

aumentará a estabilidade a alta velocidade.<br />

Um maior ângulo de divergência resultará<br />

habitualmente numa subviragem reduzida,<br />

ajudando a soltar o automóvel, especialmente<br />

durante as viragens iniciais ao entrar<br />

numa curva.<br />

Antes de ajustar o ângulo de convergência/<br />

divergência de forma diferente das configurações<br />

recomendadas pelo fabricante do<br />

veículo para controlar a condução, tenha<br />

em conta que configurações do ângulo de<br />

convergência/divergência irão influenciar<br />

a condução com tempo húmido e também<br />

o desgaste <strong>dos</strong> pneus.<br />

Configurações excessivas do ângulo de<br />

convergência/divergência provocam frequentemente<br />

problemas de condução,<br />

especialmente em condições de chuva<br />

intensa. Isto acontece porque a passagem<br />

diária de semirreboques em muitas estradas<br />

deixa sulcos que se enchem de água. Uma<br />

vez que um ângulo de convergência/divergência<br />

excessivo significa que cada pneu<br />

aponta numa direção que não é exatamente<br />

para a frente, quando o veículo passa por<br />

uma poça que faz com que apenas um<br />

pneu perca alguma aderência, o conjunto<br />

de ângulos de convergência/divergência<br />

<strong>dos</strong> outros pneus irá empurrar (ângulo de<br />

convergência excessivo) ou puxar (ângulo<br />

de divergência excessivo) o veículo para o<br />

lado. Isto poderá fazer com que se sinta o<br />

veículo instável e muito “nervoso”.<br />

Quais as vantagens<br />

de alinhar a direção?<br />

l Maior aproveitamento <strong>dos</strong> pneus. O desgaste<br />

da banda de rodagem acontece<br />

harmoniosamente e a um ritmo inferior. Já um<br />

desarranjo mínimo do paralelismo de uma<br />

roda influencia o consumo prematuro <strong>dos</strong><br />

pneus e o fim antecipado da sua vida útil.<br />

l Melhor desempenho. O comportamento do<br />

veículo é otimizado e equilibrado. A aderência<br />

à estrada é mais efetiva e a direção torna-se<br />

mais leve e fácil de manipular, proporcionando<br />

maior controlo e conforto.<br />

l Mais segurança. A estabilidade assegurada<br />

pelo alinhamento de direção tem eco na<br />

segurança rodoviária, pois os riscos de<br />

acidente diminuem. Além disso, permite ao<br />

automobilista focar-se na condução e não em<br />

tentar ‘segurar’ o carro por causa <strong>dos</strong> desvios<br />

de trajetória típicos de uma direção<br />

desalinhada.<br />

l Economia de combustível. Manter a direção<br />

alinhada também significa poupar<br />

combustível, dado que permite minimizar a<br />

resistência ao rolamento. Um depósito dará<br />

para mais quilómetros.<br />

l Menos despesas de manutenção. Um carro<br />

com as rodas coordenadas evita avarias e<br />

prolonga a vida <strong>dos</strong> seus componentes de<br />

direção e suspensão. Nesse sentido, também<br />

a vida útil do veículo aumenta.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73


Serviço<br />

Alinhamento da direção<br />

Além disso, o ângulo de convergência/<br />

divergência do veículo é uma das configurações<br />

de alinhamento mais críticas em<br />

relação ao desgaste <strong>dos</strong> pneus. Uma configuração<br />

do ângulo de convergência/divergência<br />

que seja apenas um pouco diferente<br />

da respetiva configuração adequada pode<br />

fazer uma enorme diferença no desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus. Considere que, se a configuração<br />

do ângulo de convergência/divergência for<br />

de apenas 1/16 de polegada diferente da<br />

configuração adequada, cada pneu nesse<br />

eixo irá friccionar cerca de dois metros de<br />

lado a cada quilómetro e meio, aproximadamente!<br />

Expanda isto e irá descobrir que<br />

em vez de funcionarem paralelamente um<br />

ao outro, os pneus dianteiros irão friccionar<br />

mais de 400 m de lado a cada 160 quilómetros<br />

de condução, aproximadamente!<br />

Um ângulo de convergência/divergência<br />

incorreto irá retirar vida útil aos seus pneus.<br />

ÂNGULO DE IMPULSO<br />

O ângulo de impulso é uma linha imaginária<br />

desenhada perpendicularmente à linha<br />

central do eixo traseiro. Compara a direção<br />

para onde o eixo traseiro está orientado com<br />

a linha central do veículo. Também confirma<br />

se o eixo traseiro está paralelo ao respetivo<br />

eixo dianteiro e se a distância entre eixos<br />

de ambos os la<strong>dos</strong> do veículo é a mesma.<br />

Caso o ângulo de impulso não esteja correto<br />

num veículo com um eixo traseiro estável,<br />

isso exige frequentemente uma ida à oficina<br />

de retificação de chassis para reposicionar<br />

corretamente o eixo traseiro.<br />

Um veículo com eixos traseiros independentes<br />

pode ter um ângulo de convergência<br />

ou divergência incorreto em ambos os<br />

la<strong>dos</strong> do eixo, ou pode ter um ângulo de<br />

convergência num lado e um ângulo de<br />

divergência no outro. A suspensão de cada<br />

lado do veículo tem de ser ajustada individualmente<br />

até ter atingido a configuração<br />

adequada do ângulo de convergência/divergência<br />

para o respetivo lado do veículo.<br />

Um ângulo de impulso incorreto é frequentemente<br />

provocado por um eixo fora da posição<br />

ou configurações incorretas do ângulo<br />

de convergência/divergência. Assim, para<br />

além das peculiaridades da condução, que<br />

são o resultado de configurações incorretas<br />

do ângulo de convergência/divergência,<br />

os ângulos de impulso também podem<br />

fazer com que o veículo se comporte de<br />

forma diferente ao virar numa direção em<br />

oposição à outra.<br />

INTERVALOS DE ALINHAMENTO<br />

As especificações de alinhamento <strong>dos</strong><br />

fabricantes de veículos identificam habitualmente<br />

um valor “preferencial” para os<br />

ângulos de sopé, de avanço e de convergência/divergência<br />

(sendo sempre o ângulo de<br />

impulso preferencial igual a zero). Os fabricantes<br />

também disponibilizam os ângulos<br />

aceitáveis “mínimo” e “máximo” para cada<br />

especificação. As especificações do ângulo<br />

de sopé e de avanço mínimo e máximo<br />

resultam num intervalo que se encontra<br />

entre mais ou menos 1 grau em relação<br />

ao ângulo preferencial.<br />

Caso, por qualquer motivo, não seja possível<br />

ao seu veículo encontrar-se dentro<br />

do intervalo aceitável, será necessário<br />

substituir peças arqueadas ou um kit de<br />

alinhamento do mercado pós-venda. Felizmente<br />

existe um kit para quase to<strong>dos</strong> os<br />

veículos populares, devido à necessidade<br />

de as oficinas de carroçaria e chassis fazerem<br />

reparações de automóveis acidenta<strong>dos</strong><br />

e de os entusiastas do volante adaptarem<br />

as suspensões <strong>dos</strong> respetivos automóveis.<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

Um alinhamento da direção rigoroso é<br />

essencial para equilibrar o desgaste e o<br />

desempenho proporciona<strong>dos</strong> pelos pneus<br />

de um veículo. Os alinhamentos de direção<br />

regulares permitem ao condutor poupar<br />

o respetivo valor em desgaste de pneus<br />

e deverão ser considera<strong>dos</strong> manutenção<br />

preventiva de rotina. Uma vez que existem<br />

intervalos “aceitáveis” disponibiliza<strong>dos</strong> nas<br />

recomendações do fabricante, o técnico<br />

deve ser incentivado a alinhar o veículo de<br />

acordo com as configurações preferenciais<br />

e não apenas dentro do intervalo. Caso seja<br />

se trate de um condutor mais calmo, é conveniente<br />

alinhar o veículo de acordo com as<br />

configurações preferenciais do fabricante<br />

do veículo.<br />

Caso seja um condutor mais agressivo que<br />

gosta de conduzir no limite nas curvas e<br />

nos nós das vias rápidas, é conveniente um<br />

alinhamento de alto desempenho para o<br />

seu automóvel. Um alinhamento de alto<br />

desempenho consiste em utilizar o intervalo<br />

das especificações de alinhamento<br />

do fabricante do veículo para maximizar o<br />

desempenho <strong>dos</strong> pneus. Um alinhamento<br />

de alto desempenho exige o máximo ângulo<br />

de sopé negativo, o máximo ângulo de<br />

avanço positivo e as condições preferenciais<br />

do ângulo de convergência/divergência do<br />

fabricante. Ao permanecerem dentro das<br />

recomendações do fabricante do veículo,<br />

estas configurações de alinhamento irão<br />

maximizar o desempenho <strong>dos</strong> pneus.<br />

Caso seja um piloto de competição que<br />

participa frequentemente em provas de<br />

pista ou estrada, por norma irá querer o<br />

máximo ângulo de sopé negativo, o máximo<br />

ângulo de avanço positivo e as configurações<br />

mais agressivas do ângulo de<br />

convergência/divergência disponíveis no<br />

automóvel e permitidas pelas regras da<br />

competição. Caso as regras o permitam,<br />

placas do ângulo de sopé do mercado pós-<br />

-venda e ajustes do ângulo de avanço são<br />

bons investimentos.<br />

Muitas das máquinas de alinhamento<br />

atuais estão equipadas com impressões<br />

que comparam os ângulos de alinhamento<br />

do “antes” e do “depois” com as especificações<br />

<strong>dos</strong> fabricantes. Uma impressão<br />

posterior ao alinhamento pode ajudar a<br />

oficina a confirmar o rigor do técnico de<br />

alinhamento e a guardar um registo das<br />

configurações pretendidas para o veículo<br />

no caso de um embate com um obstáculo<br />

rodoviário que danifique a suspensão. u<br />

74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2021


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