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Servipneus Temos aproveitado a pandemia para nos restruturarmos Com seis lojas espalhadas pela região sul – Boliqueime, Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Portimão – a Servipneus é hoje a maior rede de retalho de pneus do Algarve, mas há muito que deixou de viver apenas desse negócio. Atualmente faz to<strong>dos</strong> os serviços de mecânica, tendo-se transformado numa empresa global e vocacionada para a mobilidade Já lá vão 43 anos desde que a porta da Servipneus se abriu pela primeira vez, em Boliqueime, corria o ano de 1977. A primeira oficina aberta pela empresa mantém-se de pedra e cal, ainda hoje no mesmo local, que demonstrou ser uma opção certa desde o primeiro minuto. Em plena estrada nacional 125, onde o nó da A22 vem convergir, segundo Luís Rosa, diretor comercial e de marketing “não há melhor sítio para se estar”. A loja, que vai sofrer obras de beneficiação em breve e receber a nova imagem da Serrvipneus, foi o pontapé de saída para o crescimento de uma rede líder no Algarve. “Depois desta primeira loja, a empresa foi crescendo e abriu uma segunda oficina em Faro, no sítio do Besouro. Essa loja pertencia ao dono da Servipneus, Francisco Vidal, e fazia recauchutagem, passando depois a ser também Servipneus”, conta Luís Rosa. A partir daí, o crescimento e abertura de novas lojas foi gradual. “Nunca houve um plano estratégico. As oportunidades foram surgindo e a Servipneus foi abrindo lojas. A Olhão, seguiu-se Loulé, Portimão e por fim Tavira. Atualmente conta com seis lojas - Boliqueime, Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Portimão”, ressalvou o diretor comercial e de marketing da empresa. Hoje, a Servipneus emprega um total de 33 funcionários, em seis lojas muito distintas umas das outras. O responsável analisa o desempenho de cada uma de forma individual, distinguindo os diferentes merca<strong>dos</strong> nas várias localidades onde se implementaram. Esclarece que não é um objetivo atual da empresa crescer em número de postos, mas sim “estabilizar e crescer em determinamos merca<strong>dos</strong> que estão consolida<strong>dos</strong>”. E deixa o exemplo de Portimão, “que é muito competitivo e onde acreditamos que conseguiremos encontrar mais quota de mercado. Em Loulé temos performances muito variáveis. Já em Faro estamos bastante bem consolida<strong>dos</strong>, temos a nossa capacidade de trabalho quase no limite e Tavira também tem vindo a correr bem”. Por conta da tão característica sazonalidade das vendas no Algarve, janeiro e fevereiro são, por norma, os meses mais fracos da Servipneus. Tudo agravado, agora, com a pandemia e com o confinamento que, já em 2020 fizeram estragos nas contas finais. Apesar de nunca ter fechado – “com assistência a empresas, pequenas frotas locais, viaturas do INEM, etc.” – a empresa fechou o ano com vendas inferiores às de 2019. A retoma, sublinha Luís Rosa, “foi boa” e junho foi mesmo “o melhor mês de sempre da história da empresa”, mas não foi suficiente para deixar saldo positivo face ao ano anterior. Para já, 2021 ainda não significou um virar de página, devido ao novo confinamento, que trouxe uma quebra de 29% na faturação, “especialmente na venda de pneus, não tanto nas manutenções e reparações mecânicas”. Quase um ano depois de termos entrado na chamada «nova realidade», Luís Rosa é cauteloso no que toca a perspetivas de futuro: “as minhas não são muito animadoras. Já estamos numa crise económica. O desemprego no Algarve está num nível altíssimo, as grandes cadeias hoteleiras estão fechadas desde o verão. Turismo, transfers e rent-a-cars representam uma boa fatia do parque automóvel circulante no Algarve e sem eles há muita gente no desemprego. Temos estado a aproveitar este tempo para nos restruturarmos, tanto nos pneus como na mecânica. Estamos a reformular a oferta para o que vem a seguir, porque só trabalhávamos peças premium e vamos começar a oferecer também uma gama mais económica, para fazer face a esta perda do poder de compra que já é uma realidade. Nos pneus, estamos a tentar reformular o nosso stock para não perder vendas de stock. É navegar à vista”, remata. SERVIÇOS DE MECÂNICA Os pneus sempre foram o «core business» da empresa a par das mudanças de óleo. Um negócio que se manteve inalterado até há cerca de dez anos, em que a Servipneus passou também a realizar os chama<strong>dos</strong> serviços entre pneus para ligeiros, 4x4, suv e agricultura, a servipneus tem mais de 300 mil euros em stock, tendo vendido 9.239 pneus entre fevereiro e dezembro do ano passado www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49