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Servipneus<br />
pleta que permite promoções direcionadas<br />
individualizadamente para cada um.<br />
Outro serviço que diferencia a Servipneus<br />
são as carrinhas de serviço móvel, que<br />
já existem desde a origem da empresa.<br />
Atualmente, são três as viaturas em pleno<br />
funcionamento, sendo que uma delas está<br />
equipada com máquina de montagem e<br />
desmontagem de pneus e, por isso, mais<br />
vocacionada para pneus de ligeiros. As<br />
outras duas estão mais viradas para os<br />
tratores agrícolas, o foco essencial destes<br />
veículos.<br />
Apesar de ter encontrado nos tratores agrí-<br />
colas um nicho que importa manter, desde<br />
a crise de 2008 (e os consequentes créditos<br />
malpara<strong>dos</strong>) a Servipneus tem optado por<br />
trabalhar apenas veículos pesa<strong>dos</strong> de alguns<br />
clientes chave.<br />
MUDANÇA DE PARADIGMA<br />
À <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o responsável revela que<br />
as duas medidas mais vendidas são a 205/55<br />
R16, com uma boa fatia de pneus «budget» e<br />
195/65 R15, aqui com uma enorme tranche<br />
em «premium». Duas medidas que devem<br />
representar praticamente 30% das vendas de<br />
2020: “Isto só não evolui mais rapidamente<br />
porque a idade do nosso parque automóvel<br />
tem vindo a aumentar, todavia presumo que<br />
se vá alterar a breve trecho, até porque os<br />
carros elétricos já trazem rodas grandes, e<br />
não aquelas mais finas que os equipavam<br />
logo no início”, frisou Luís Rosa.<br />
Os pneus semi-novos há muito que deixaram<br />
de fazer parte do «menu» da empresa,<br />
uma vez que “não compensam, face à<br />
oferta budget que temos”. Como referiu<br />
inicialmente, o diretor comercial destaca<br />
as diferenças entre as diferentes lojas:<br />
“Por exemplo, temos um ponto de venda<br />
que é muito forte em budget, mas se nos<br />
deslocarmos 20 km para o lado, em Tavira,<br />
é um ponto de venda em que o budget<br />
representa pouco e a marca Hankook representa<br />
bastante. Faro, por exemplo, anda<br />
nos 50/50. Não nos interessa muito o cliente<br />
que quer o pneu mais barato, porque assim<br />
é impossível estabilizar uma marca com qualidade.<br />
Sim, temos uma fatia importante de<br />
budget, mas maioritariamente os nossos<br />
clientes não são budget. Até são premium”,<br />
concluiu. Quanto aos recauchuta<strong>dos</strong>, Luís<br />
Rosa acredita que num futuro não muito<br />
longínquo deixarão de ser residuais e têm<br />
tudo para somar pontos perante os consumidores,<br />
em todas as gamas e segmentos,<br />
por todas as vantagens acrescidas.<br />
Se, até há 3 ou 4 anos, as compras eram centralizadas<br />
na loja de Faro, agora cada oficina<br />
funciona como um centro independente<br />
responsável pelo seu stock. Entre pneus para<br />
ligeiros, 4x4, SUV e agricultura, a Servipneus<br />
tem perto de 300 mil euros em stock, tendo<br />
vendido, entre fevereiro a dezembro do ano<br />
passado 9.239 pneus.<br />
No que diz respeito a ligações a redes de<br />
oficinas, apenas a loja de Portimão faz parte<br />
da Confortauto. Há dois anos que serve de<br />
teste ao conceito e será, daqui em diante,<br />
preciso ponderar se valerá ou não a pena<br />
ter uma loja afeta a uma rede oficinal e as<br />
outras lojas não. Luís Rosa considera que<br />
“os retalhistas de pneus não se têm sabido<br />
agrupar tão facilmente como na mecânica.<br />
Tínhamos muito a ganhar, to<strong>dos</strong>, se estivéssemos<br />
em rede”, comenta, acrescentando<br />
que “um cliente daqui pode reparar um<br />
pneu no Porto ao abrigo do seguro, uma<br />
espécie de negociação coletiva. Já se têm<br />
dado passos importantes nesse sentido. Já<br />
tenho visto situações muito positivas, mas há<br />
muito a fazer. Já fomos aborda<strong>dos</strong> por outras<br />
redes e até é recorrente. No Algarve temos<br />
alguma importância, mas a nível nacional<br />
somos pequenos”. u<br />
Comércio de pneus em Portugal<br />
O futuro das oficinas de<br />
pneus é o associativismo<br />
Sobre o estado atual do comércio de<br />
pneus em Portugal, Luís Rosa<br />
carateriza-o como um mercado maduro,<br />
com diversas empresas pequenas e familiares,<br />
à semelhança da Servipneus. Sendo uma<br />
empresa familiar, significa que o dono da<br />
empresa e os quadros de gestão estão<br />
envolvi<strong>dos</strong> no dia-a-dia da mesma, “na<br />
montagem <strong>dos</strong> pneus, à procura do pneu que<br />
não se encontra” e acaba por faltar tempo<br />
para pensar o negócio. Temos muito por onde<br />
crescer, quer seja na organização interna das<br />
empresas, quer seja na aposta das novas<br />
tecnologias, isso é transversal ao setor<br />
automóvel. Estamos a anos luz atrás daquilo<br />
que se pode fazer. E o associativismo pode<br />
desempenhar um papel importante, por<br />
exemplo, na formação <strong>dos</strong> gestores destas<br />
empresas para as ter melhor preparadas.<br />
Outra lacuna apontada é a falta de formação<br />
de quem trabalha os pneus. “As marcas já<br />
começam a ter formação de produto, mas há<br />
muita gente a trabalhar pneus que nunca teve<br />
uma formação. Há muita gente a equilibrar rodas<br />
que nunca teve uma formação de montagem.<br />
E essa oferta formativa é importante. O<br />
associativismo sério e responsável iria permitirnos<br />
negociações coletivas”, defende.<br />
E será que existe uma solução para resolver<br />
a redução das margens? No entender de Luís<br />
Rosa passa sempre pela mecânica: “O cliente<br />
vem trocar os pneus e nós identificamos deficiências<br />
mecânicas. Este acompanhamento<br />
do cliente acaba por ser muito importante para<br />
conseguir compensar o decréscimo das margens,<br />
faturando serviços”, explica. “É preciso<br />
valorizar os serviços e competências que temos.<br />
É possível ganhar mais no serviço do que<br />
no pneu”, pelo que o futuro da oficina de pneus<br />
passa, na sua opinião, pela diferenciação, até<br />
porque cada vez mais as pessoas compram<br />
pneus online e aparecem na loja só para montar,<br />
“mas depois gostam do serviço e na vez<br />
seguinte já vêm cá comprar. É preciso estar<br />
preparado para tudo”. u<br />
Servipneus<br />
Director Comercial e Marketing Luís Rosa | Morada Zona Industrial de Olhão, Lote 64; 8700-281 Olhão<br />
Telefone 289 816 271 | Email luisrosa@servipneus.pt | Site www.servipneus.pt<br />
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