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Revista Newslab Ed. 169

Revista Newslab Edição 169 Seguiremos buscando aprimorar a qualidade de nossa revista, contentes com a comemoração dos 28 anos, em novembro do ano passado, e com todo o espaço já conquistado. Foram mais de um milhão e meio de acessos em 2021, um crescimento de 50% em relação ao ano de 2020.

Revista Newslab Edição 169
Seguiremos buscando aprimorar a qualidade de nossa revista, contentes com a comemoração dos 28 anos, em novembro do ano passado, e com todo o espaço já conquistado. Foram mais de um milhão e meio de acessos em 2021, um crescimento de 50% em relação ao ano de 2020.

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Autores: Ariane Ilsa Clymaco Foschiera1, Jufner Celestino Vaz Toni2, Kely<br />

Braga Imamura 3 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

De acordo com Sabin 1952, o risco de ocorrer<br />

uma FHD ou SCD é maior na infecção secundária<br />

quando comparada à infecção primária. Este<br />

fato está relacionado com o tipo de imunidade<br />

conferida em cada infecção. Na infecção primária,<br />

o indivíduo produz anticorpos neutralizantes para<br />

o sorotipo específico da dengue que causou essa<br />

infecção, ou seja, uma imunidade homóloga,<br />

que permanece por toda a vida. Todavia, esses<br />

representando um aumento de mais de 150%<br />

em relação ao ano de 2009. Desse total, 2.271<br />

casos foram de FHD, com 367 óbitos. A região<br />

sudeste foi a que notificou o maior número<br />

de casos (51,2%), seguida do Centro-Oeste<br />

(23,7%), Nordeste (11,3%), Norte (8,5%) e<br />

Sul (5,3%) (COSTA, et al., 2010).<br />

Segundo dados do Ministério da Saúde,<br />

Sudeste (201,9 casos/100 mil habitantes),<br />

Nordeste (154,5 casos/100 mil habitantes)<br />

e Norte (147,7 casos/100 mil habitantes).<br />

É importante lembrar que o mundo vive<br />

uma grande pandemia relacionada ao vírus<br />

SarsCov-2 e este fato pode ter diminuído<br />

as notificações em relação à dengue,<br />

principalmente em 2021.<br />

anticorpos conferem proteção também contra<br />

os outros sorotipos, uma imunidade heteróloga,<br />

mas, apenas por alguns meses, sendo assim,<br />

depois desse período, se o indivíduo for<br />

infectado por um sorotipo diferente do que gerou<br />

a infecção primária os anticorpos se ligam ao<br />

vírus, entretanto, não conseguem neutralizá-lo.<br />

Alguns pacientes infectados pelo vírus da dengue<br />

podem persistir assintomáticos ou terem doença<br />

em 2013, foram notificados 204.650 casos<br />

de dengue no País. Desse total, 324 foram<br />

notificados como casos graves com 33 óbitos. Em<br />

2010, o sorotipo 4, que há 28 anos não circulava<br />

no Brasil, foi isolado em Roraima (COSTA, et al.,<br />

2010). Em 2019, foram notificados 474 mil<br />

casos de dengue e 188 óbitos em Minas Gerias,<br />

já em 2020, foram notificados 84.636 mil casos<br />

e 13 óbitos, no mesmo estado (OMS, 2021). De<br />

Um estudo realizado com crianças na zona<br />

rural da Tailândia, demonstrou que 53% das<br />

infecções ocasionadas pelo vírus da dengue<br />

não foram associadas com sintomas, apesar<br />

da intensa vigilância (ENDY, et al., 2002).<br />

Tan et al., 2008 ao estudar 2.531 gestantes<br />

notou que existiu uma prevalência da<br />

dengue durante a gestação de 2,5%<br />

febril indiferenciada. Isso ocorre principalmente<br />

acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de<br />

mulheres, com taxa de transmissão vertical<br />

em crianças menores de 15 anos.<br />

São Paulo, em 2021, só na cidade de São Paulo<br />

de 1,6%, na Malásia.<br />

já foram registrados 6.408 casos, ultrapassando<br />

Epidemiologia e alterações hematologias<br />

causadas pelo vírus da dengue<br />

No Brasil, a primeira epidemia documentada<br />

tanto clínica quanto laboratorialmente<br />

aconteceu entre os anos de 1981 e 1982 em<br />

Boa Vista, Roraima. Alguns anos se passaram<br />

e ente 1986-1987 uma epidemia culminou a<br />

cidade do Rio de Janeiro. Desde então novas<br />

epidemias ocorrem em diferentes estados<br />

do Brasil, e do mundo (WHO, 2009). Em<br />

2002, ocorreu uma das maiores epidemias<br />

de dengue do Brasil, com aproximadamente<br />

700.000 casos notificados. Após este período,<br />

houve uma diminuição do número de casos<br />

todo o ano de 2020 (com 2.009 casos de<br />

dengue). Até a metade de 2021 já ocorreram<br />

440.012 casos prováveis de dengue no Brasil,<br />

com uma taxa de incidência de 207,8 casos<br />

por 100 mil habitantes. Em comparação com o<br />

ano de 2020, houve uma redução de 51,8 % de<br />

casos registrados no mesmo período analisado.<br />

Até o momento, foram confirmados 154 óbitos<br />

por dengue, sendo 133 por critério laboratorial<br />

e 21 por clínico-epidemiológico. Permanecem<br />

em investigação 72 óbitos (OMS, 2021).<br />

A região Centro-Oeste apresentou a maior<br />

taxa de incidência de dengue, com 466,2<br />

Na infecção pelo vírus da dengue, são<br />

comuns as alterações no hemograma,<br />

como hemoconcentração, leucopenia,<br />

plaquetopenia e alterações de hemostasia<br />

sanguínea com presença frequente de<br />

manifestações hemorrágicas. Algumas<br />

dessas alterações estão relacionadas com a<br />

gravidade da doença e indicam a necessidade<br />

de intervenção terapêutica com finalidade<br />

de reduzir a mortalidade. Constantemente<br />

observam-se alterações hematológicas nos<br />

pacientes com dengue. São comuns, de acordo<br />

com a fisiopatologia, a hemoconcentração,<br />

no País, até que em 2010, foram detectados<br />

casos/100 mil habitantes, seguida das<br />

leucopenia, plaquetopenia e alterações na<br />

mais de 790.000 casos suspeitos de dengue,<br />

regiões Sul (222,3 casos/100 mil habitantes),<br />

hemostasia (OMS, 2021).<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Ed</strong>ição <strong>169</strong> | Janeiro 2022

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