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Algo que nunca antes tinha visto em Nibiru, uma criatura de outro
mundo!
Seria o guardião da horta? Meditou Alalu para si mesmo. Seria o dono
da água? Perguntou-se.
Pôs água em um recipiente que levava; muito alerta, empreendeu o
caminho até seu carro.
Também tomou as frutas doces; para o carro se encaminhou.
A brilhantismo dos raios do Sol tinha diminuído enormemente; era
escuro quando chegou ao carro.
Alalu refletiu sobre a brevidade do dia, sua brevidade lhe surpreendeu.
Sobre os pântanos, uma fria luminosidade se elevava no horizonte.
Não demorou para elevar-se nos céus uma esfera esbranquiçada:
Kingu, o companheiro da Terra, estava contemplando.
O que nos relatos do Princípio, seus olhos podiam ver agora a verdade:
os planetas e suas voltas, o Bracelete Esculpido, Ki, a Terra, Kingu, sua
lua, todos foram criados, todos por seus nomes chamados!
Em seu coração, Alalu conhecia uma verdade mais que era necessário
contemplar: o ouro, o meio para a salvação, era necessário encontrá-lo.
Se havia verdade nos relatos do Princípio, se foram as águas as que
lavaram as veias douradas de Tiamat, nas águas de Ki, sua metade
cerceada, encontraria-se o ouro!
Com mãos vacilantes, Alalu desmontou o Provador do pau do carro.
Com mãos trementes, vestiu o traje de Peixe, esperando ansioso a
rápida chegada da luz diurna.
Ao nascer o dia, saiu do carro, aos pântanos rapidamente se
encaminhou.
Introduziu-se em águas mais profundas, inundou o Provador nas águas.
Ansioso observava sua iluminada face, o coração lhe golpeava no peito.
O Provador indicava os conteúdos da água, com símbolos e números
desvelava seus achados.
E, depois, o batimento do coração de Alalu se deteve: Há ouro nas
águas, estava dizendo o Provador!
Instável sobre suas pernas, Alalu se adiantou, dirigiu-se para o mais
profundo do pântano.
Uma vez mais, inundou o Provador nas águas; uma vez mais, o
Provador anunciou ouro!
Um grito, um grito de triunfo, da garganta do Alalu emanou: a sorte de
Nibiru estava agora em suas mãos!
De volta ao carro se dirigiu, tirou o traje de Peixe, ocupou o assento do
comandante.
Animou as Tabuletas dos Destinos que conhecem todas as voltas, para
encontrar a direção para a volta de Nibiru.
Levantou o Falador de Palavras, para levar as palavras a Nibiru.
Depois, para Nibiru pronunciou as palavras, dizendo assim: As palavras
do grande Alalu para Anu em Nibiru se dirigem. Em outro mundo estou,
encontrei o ouro da salvação; a sorte de Nibiru está em minhas mãos;
deve escutar minhas condições!
Sinopse da Terceira Tabuleta
1. Alalu transmite as notícias a Nibiru, reclama a realeza.
2. Anu, assombrado, expõe o assunto ante o conselho real.