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Quem estará ao mando dos assentamentos, quem estará ao mando
do Abzu?, assim perguntou Ea ao Enlil. Quem tomará o mando para a
ampliação do Eridú, quem fiscalizará os assentamentos?, assim dizia
Alalu. Quem tomará o mando das naves celestes e do lugar de
aterrissagem?, assim inquiriu Anzu. Que venha Anu à Terra, que ele
tome as decisões!, assim disse Enlil em resposta.
Vem agora o relato de como Anu veio à Terra, de como se tornaram
sortes entre a Ea e Enlil, de como deu a Ea o título de Enki, de como
lutou Alalu pela segunda vez com o Anu.
Em um carro celestial viajou Anu à Terra; seguiu a rota junto aos
planetas.
Nungal, o piloto, deu uma volta ao redor do Lahmu; Anu o observou
atentamente.
A Lua, que em outro tempo foi Kingu, circundaram e admiraram.
Por ventura, não se poderá encontrar ouro aí?, perguntava-se Anu em
seu coração.
Nas águas, junto aos pântanos, amerissou seu carro; para a chegada,
Ea preparou embarcações de juncos, para que Anu chegasse
navegando.
Acima se abatiam as câmaras celestes, estavam-lhe oferecendo uma
boa-vinda real.
Na primeira embarcação, ia o mesmo Ea, foi o primeiro em receber ao
rei, seu pai.
Ante o Anu se inclinou, depois Anu o abraçou. Meu filho, meu
Primogênito!, exclamou Anu.
Na praça do Eridú, os heróis estavam formados, dando uma boavinda
régia na Terra a seu rei.
Frente a eles estava Enlil, seu comandante.
Este se inclinou ante a Anu, o rei; Anu o abraçou contra seu peito.
Alalu também estava ali, de pé, não estava seguro do que fazer.
Anu lhe ofereceu a saudação. Estreitemos os braços, como
camaradas! Disse ao Alalu.
Duvidando, Alalu se adiantou, com o Anu estreitou os braços! preparouse
uma comida para o Anu; de noite, Anu retirou-se a uma cabana de
cano que lhe tinha construído No dia seguinte, o sétimo pela conta
começada por Ea, era dia de descanso. Era um dia de palmadas nas
costas e celebração, como correspondia a chegada de um rei.
Ao dia seguinte, Ea e Enlil apresentaram seus achados ante o Anu,
discutiram com ele o que se feito e o que terei que fazer. Deixem que
veja as terras por mim mesmo!, disse-lhes Anu. Todos eles se elevaram
nas câmaras celestes, observaram as terras de mar a mar.
Voaram até o Abzu, aterrissaram em seu chão, onde se ocultava o ouro.
A extração de ouro será difícil!, disse Anu. É necessário obter ouro; terá
que consegui-lo, por muito profundo que se encontre! Que Ea e
Enlil desenhem ferramentas para este propósito, e que lhes atribuam
trabalho aos heróis, que averiguem como separar o ouro da terra e as
rochas, como enviar ouro puro ao Nibiru! Que se construa um lugar de
aterrissagem, que se atribuam mais heróis aos trabalhos na Terra!
Assim disse Anu a seus dois filhos; em seu coração, estava pensando
em estações de passagem nos céus.