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Revista Grãos Brasil 119

Edição nº 119 da Revista Grãos Brasil com as últimas notícias sobre a pós-colheita de grãos e sementes, nesta edição contamos com a colaboração de Eng. Nathan Levien Vanier e Enga. Franciene Almeida Villanova Inovação no Monitoramento de Grãos Armazenados Via Sensores de CO2; Eng. Adriano Mallet: Além da condensação!; PhD. Denize Tyska e Adriano Olnei Mallmann: Contaminação micotoxicológica em milho comercializado na América Latina Ano 2022; Ing. Martín Ramirez Falcón: CIGA Congreso Internacional de Granos Almacenados y muchos más!

Edição nº 119 da Revista Grãos Brasil com as últimas notícias sobre a pós-colheita de grãos e sementes, nesta edição contamos com a colaboração de Eng. Nathan Levien Vanier e Enga. Franciene Almeida Villanova Inovação no Monitoramento de Grãos Armazenados Via Sensores de CO2; Eng. Adriano Mallet: Além da condensação!; PhD. Denize Tyska e Adriano Olnei Mallmann: Contaminação micotoxicológica em milho comercializado na América Latina Ano 2022; Ing. Martín Ramirez Falcón: CIGA Congreso Internacional de Granos Almacenados y muchos más!

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MONITORAMENTO 05

Entendendo a geração de CO 2

na massa de grãos

Os grãos são seres vivos e por esse motivo, mesmo

após a colheita, continuam respirando. Durante a respiração

os grãos consomem oxigênio atmosférico (O2) e liberam

dióxido de carbono (CO 2

), água e calor. Além disso, a

presença de outros organismos vivos, como microrganismos

associados e insetos, também resulta na intensificação

da respiração e aumento da liberação de CO 2

.

Em um sistema ideal de armazenamento, os grãos e

microrganismos estariam em um estado de "dormência",

onde as concentrações de O 2

/CO 2

mudam de forma lenta e

sem drásticas variações. Por outro lado, quando há alteração

no sistema devido à ocorrência de pragas e condições

adversas de armazenamento, o desenvolvimento e multiplicação

de organismos dormentes ocorre, ocasionando a

elevação da taxa respiratória e dos níveis de CO 2

.

Em condições atmosféricas, a concentração de CO2

é de aproximadamente 400 partes por milhão (ppm). No

entanto, essa concentração pode variar no interior das estruturas

de armazenamento em função do metabolismo

dos grãos e de organismos associados (insetos, fungos,

ácaros, etc).

Aumento na eficiência técnica de monitoramento

No monitoramento tradicional por termometria, a eficiência

técnica dos sensores termométricos se reduz à

pequenas áreas em torno dos cabos (raio de aproximadamente

40 cm), o que resulta em informações limitadas

sobre a qualidade da massa de grãos devido ao número

Figura 1: Sensor de CO 2

"Quando o armazenamento

ocorre sob condições de alta

temperatura, a deterioração do

produto é desencadeada com

consequente liberação de CO 2

dentro do silo."

restrito e padronizado de cabos instalados no interior dos

silos (normalmente estipulado em função da viabilidade financeira).

Como resultado, as áreas situadas mais distantes

dos cabos acabam sendo “descobertas” pelas leituras

de temperatura, o que reduz a eficiência da medição.

Além disso, por serem maus condutores de calor, os

grãos realizam trocas térmicas de forma lenta e desuniforme,

o que acarreta em variações de temperatura dentro

da massa de grãos e que, frequentemente, não podem ser

detectadas utilizando apenas essa técnica de monitoramento.

Neste cenário, a tecnologia de monitoramento por

níveis de CO 2

foi desenvolvida para superar as limitações

físicas da termometria e elevar a eficiência de inspeção

dos grãos, além de auxiliar na detecção prévia de alterações

semanas antes da ocorrência de perdas físicas significativas.

Sendo a respiração e a emissão de CO 2

um fator inerente

não só dos grãos, mas também do metabolismo de

organismos associados, os sensores de CO 2

são altamente

sensíveis e capazes de analisar a totalidade da massa

de grãos com apenas um sensor instalado por silo.

Isso é possível porque o equipamento é instalado na

parte superior da estrutura (chapéu), e o CO 2

gerado na

massa de grãos é transportado para parte superior do silo

via correntes de ar de convenção natural, possibilitando

assim a medição do gás acumulado e suas alterações ao

longo do armazenamento através do sensor único, sem

a necessidade de periféricos adicionais distribuídos na

massa de grãos.

Diferentemente dos relatórios de termometria, onde

observa-se os valores diretos para a temperatura da massa

de grãos e sua relação com a qualidade, o monitoramento

por sensor de CO 2

requer que as leituras (níveis de

CO 2

) obtidas sejam interpretadas. Uma forma usual é a

seguinte:

• 350 a 400 ppm: Níveis de CO 2

típicos do ar ambiente.

• 400 a 600 ppm: Níveis considerados normais, com

metabolismo estável na massa de grãos.

• 600 a 1.100 ppm: Deterioração incipiente.

• 1.100 a 5.000 ppm: Níveis que sugerem ocorrência

de insetos e/ou microrganismos.

• Acima de 5.000 ppm: Perdas quali-quantitativas severas;

condições completamente inadequadas para

armazenagem.

graosbrasil.com.br

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