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ENTREVISTA
principais eram a indústria, indústrias químicas, indústrias
de base biológicas, precisávamos ajustar o modelo de
interação da unidade com os clientes, não adiantava fazer
produtos para indústria focada nos produtores rurais,
porque a maior parte dos clientes são da área industrial.
Ajustamos o modelo de não somente desenvolver tecnologias
e ofertar, mas também cocriar, tanto que nos últimos
anos adotamos o modelo de inovação aberta para
codesenvolver as soluções tecnológicas, compartilhando
titularidade, custos, riscos, e também os benefícios auferidos,
diminuindo um pouco a distância entre a pesquisa
e o cliente final. Quando se desenvolve uma tecnologia
com o seu usuário a possibilidade dela ser efetivamente
adotada e utilizada é maior do que se desenvolver uma
tecnologia e ofertá-la para alguém.
E este modelo trouxe resultados?
Hoje temos uma carteira muito robusta de projetos
de desenvolvimento tecnológico. Boa parte delas já em
cocriação e codesenvolvimento com indústrias e uma
agenda que tem duas vertentes: de biocombustíveis e de
bioprodutos. Tecnologias que vão possibilitar produção
mais eficiente de bioetanol, biometano, novos álcoois,
novos ácidos, novos biofertilizantes, biodefensivos, bioestimulantes,
compostos para nutrição animal. Enxergamos
a unidade com essa conexão entre o agro e a indústria
trabalhando no modelo de inovação aberta no segmento
de biocombustíveis e bioprodutos. Então a ideia é ajudar
a desenvolver uma nova funcionalidade para agricultura,
ajudar uma nova industrialização verde no país e com
isso mover a economia.
Como funciona o sistema de inovação aberta?
Essas parcerias de inovação aberta tiveram bastante
aceitação. Somos credenciados junto a Embrapii
(Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial),
temos recurso pré-aprovado, fomos recredenciados pela
Embrapii 2 anos atrás, atingimos todas as metas, estamos
sendo eficientes em contratar esses projetos e estamos
tendo uma boa resposta do segmento produtivo que
hoje em dia se associa à Embrapa para desenvolver essas
tecnologias. Atendemos o Brasil inteiro. Temos a sede
física em Brasília, mas dentro da estrutura da Embrapa
somos um centro nacional de pesquisa em agroenergia.
As ações não são restritas ao Distrito Federal. Uma grande
parte do segmento industrial e de biocombustíveis está
na região sudeste, região sul. Muita coisa que a gente faz
está focado em São Paulo, mas não impede o desenvolvimento
de pesquisas em outras regiões, no nordeste por
We needed to adjust the Unit’s interaction model with
customers. There was no point in making products for an
industry focused on rural producers because most of our
customers are in the industrial area. We have adjusted the
model of not only developing and offering technologies
but also co-creating them. So much so that in recent
years, we have adopted the open innovation model to
co-develop technological solutions, sharing ownership,
costs, risks, and benefits obtained, reducing the distance
between research and the end customer. When you develop
a technology with your user, the possibility of it being
effectively adopted and used is more significant than if
you create a technology and offer it to someone.
Has this model brought results?
Today, we have a very robust portfolio of technological
development projects, most of which are already
in co-creation and co-development with companies,
and an agenda that today has two strands: biofuels and
bioproducts – technologies that will enable more efficient
production of bioethanol, biomethane, new alcohols, new
acids, new biofertilizers, biopesticides, biostimulants, and
compounds for animal nutrition. We see unity with this
connection between agribusiness and industry working
on the open innovation model in the biofuels and bioproducts
segment. So, the idea is to help develop a new
functionality for agriculture, help a new green industrialization
in the Country, and thus contribute to the growth
of the economy.
How does the open innovation system work?
These open innovation partnerships have been widely
accepted. We are accredited by the Brazilian Company
for Industrial Research and Innovation (Embrapii), we
have pre-approved resources, we were re-accredited by
Embrapii two years ago, we are achieving all our objectives,
we are efficient in contracting these projects, and we
have a good response from the productive segment that
nowadays associates itself with Embrapa to develop these
technologies. We serve the whole of Brazil. We have our
physical headquarters in Brasilia, but within Embrapa’s
structure, we are a national center for agroenergy research.
But actions are not restricted to the Federal District. A
large part of the industrial and biofuels segment is in the
Southeastern and Southern Regions. Much of what we do
is focused on São Paulo. Still, it does not prevent the development
of research in other regions. In the Northeast, we
carry out research with macaúba, for example, and even
carry out international studies.
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