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não envolvidos na guerra. Até o momento, o executivo diz que a
carteira da Austral Re não foi diretamente impactada pela guerra
de Israel.
Na visão de Rodrigo Protasio, CEO da Gallagher Brasil,
um dos impactos que o conflito pode gerar para o setor são na
cobertura de guerra para Aeronaves, bem como as coberturas
para terrorismo e violência política. “Neste caso em específico,
entendo que há um impacto no preço do petróleo, já que os
maiores exportadores de óleo, como Arábia Saudita, Quatar e
Irã, estão no Oriente Médio. No Brasil, como estamos inseridos
em uma economia e mercado de seguros globais, sofremos
com os aumentos de taxas para seguros aeronáuticos e cobertura
de guerra, bem como os seguros de riscos políticos, que
ficam mais caros”.
De acordo com Protasio,uma gestão de risco bem estruturada
faz diferença em situações como esta, pois quando as taxas
sobem e o mercado fica “duro” (hard, como se fala no jargão do setor),
os seguradores e resseguradores reduzem exposição. “Assim, a
tendência é que as empresas escolham melhor os riscos aos quais
estão expostas. Mostrar controle maior sobre as exposições e mudar
rotas internacionais de comércio, por exemplo, podem ser boas estratégias”.
Segundo ele, a tecnologia e o investimento em inovação
servem de apoio para seguradoras, resseguradoras, corretoras e etc
auxiliarem seus clientes.
Para ajudar na gestão de riscos, a empresa disponibiliza para
os clientes a Risk Map, uma plataforma de monitoramento de exposição
a catástrofes naturais e quantificação e monitoramento de
exposição global. Além da Core 360, onde a companhia realiza uma
análise de riscos e comparativos com mercados mundiais, gasps de
coberturas, quantificação de perdas e simulação de cenários. Sobre
os impactos do conflito em Israel na carteira da Gallagher, Protasio
afirma que até o momento foram registrados pequenos aumentos
nas taxas da cobertura de guerra para transportes internacionais,
seguros aeronáuticos e na cobertura para seguros de navios, que já
vinham aumentando após o grande prejuízo global, ainda não todo
pago com a guerra na Ucrânia.
INDO ALÉM
O seguro viagem tem como objetivo garantir aos segurados,
durante um período de viagem previamente determinado
na contratação, o pagamento de indenização quando da ocorrência
de riscos previstos e cobertos na apólice. Na cobertura
básica do produto, estão cobertos casos de morte acidental e/
ou invalidez permanente, total ou parcial por acidente. Contudo,
é possível oferecer outras coberturas como perda ou roubo de
bagagem, retorno antecipado, cancelamento da viagem, entre
outros imprevistos.
Pensando nos clientes que estavam na região no momento
em que o conflito começou, algumas seguradoras que operam o
produto optaram por estender de forma gratuita a cobertura do seguro
viagem dos clientes que estavam em Israel, prestando auxílio
aos consulados e embaixadas na organização de filas de espera para
o retorno com aviões da FAB.
Além do seguro viagem, a
cobertura de seguros de vida
geralmente excluem pandemia
e guerra, mas podemos
pensar em formas de oferecêla
com adição de prêmio.
Existe capacidade para isto,
principalmente para o Brasil,
que é reconhecido como um
país pacífico e amigável com o
resto do mundo”
RODRIGO PROTASIO,
da Gallagher Brasil
Protasio afirma que estes são importantes
movimentos do setor para
mostrar comprometimento com os
segurados e consumidores, realizando
uma ação humanitária, social e que
também contribui para a imagem das
próprias empresas. “Além do seguro
viagem, a cobertura de seguros de vida
geralmente excluem pandemia e guerra,
mas podemos pensar em formas de
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