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Apólice 295

Edição de Fevereiro de 2024, com matérias sobre seguro transportee capa da TEM Saúde

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ESPECIAL SEGURO TRANSPORTE<br />

CADEIA DE SUPRIMENTOS<br />

Quando há um aumento de sinistralidade, como<br />

é o caso, aumenta-se o prêmio, o valor médio.<br />

Isso vale em qualquer produto de seguro,<br />

automóvel, vida... no caso, também, no seguro<br />

de transporte, no seguro de roubo. Há uma<br />

certa defasagem de preço, de tempo, mas isso<br />

terá que ser repassado em alguma hora ao<br />

consumidor”<br />

FRANCISCO GALIZA, consultor<br />

DANILO ALEXANDRINO DE SOUZA,<br />

da Ceva Logistics<br />

passado, em relação a 2022. O crime,<br />

porém, permanece atingindo empresas<br />

da área de logística e caminhoneiros<br />

autônomos, uma vez que foram registrados<br />

3.225 casos registrados em 2023,<br />

cerca de nove por dia, principalmente<br />

na região metropolitana. A nota técnica<br />

Panorama do roubo de carga no estado<br />

do Rio de Janeiro, 2024, produzida pela<br />

Federação das Indústrias do Rio (Firjan),<br />

com base nos dados do ISP e considerando<br />

o valor médio das cargas roubadas,<br />

indica que o prejuízo direto é de R$<br />

283 milhões. Há também os custos indiretos<br />

como a contratação de segurança privada e seguros que, em<br />

muitos casos, superam a perda direta.<br />

As quedas registradas no Rio de Janeiro e em São Paulo,<br />

onde há a maior incidência de roubos de mercadorias, não atenuam<br />

o problema. As ocorrências ainda são grandes e a preocupação<br />

do mercado, inclusive o de seguros, cresce dia a dia, como explica<br />

o consultor Francisco Galiza: “Quando há um aumento de sinistralidade,<br />

como é o caso, aumenta-se o prêmio, o valor médio. Isso vale<br />

em qualquer produto de seguro, automóvel, vida... no caso, também,<br />

no seguro de transporte, no seguro de roubo. Há uma certa<br />

defasagem de preço, de tempo, mas isso terá que ser repassado em<br />

alguma hora ao consumidor”.<br />

Segundo o especialista Danilo Alexandrino de Souza, da<br />

área de seguros da Ceva Logistics, cuja matriz fica em Marselha, na<br />

França, os desdobramentos do roubo de cargas é extenso. “O impacto<br />

não só afeta o mercado segurador como outros clientes que<br />

não têm sinistros e pagam na renovação pelo índice de prejuízo da<br />

carteira de transportes, mas também o aumento de custo para as<br />

empresas transportadoras e embarcadores que precisam investir<br />

mais em GR [gerenciamento de risco] por obrigação, o que acaba<br />

onerando toda cadeia logística”, diz.<br />

Head de Marine, Aviation & Motor Fleet na Willis Towers<br />

Watson (WTW), tradicional consultoria internacional de seguros,<br />

Marco Darhouni explica que o roubo de cargas é maior nos estados<br />

de São Paulo e Rio de Janeiro devido a uma combinação de<br />

fatores socioeconômicos, condições de segurança e um contexto<br />

histórico complexo. “Ambos os estados enfrentam desafios únicos<br />

que contribuem para essa realidade, além de serem considerados<br />

os centros financeiros do país. Historicamente, São Paulo e Rio de<br />

Janeiro são centros comerciais e industriais importantes. Essa posição<br />

proporcionou o desenvolvimento das cidades e a concentração<br />

de atividades econômicas, criando um ambiente propício para<br />

o roubo de carga”, salienta o especialista.<br />

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