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Edição de Fevereiro de 2024, com matérias sobre seguro transportee capa da TEM Saúde

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ESPECIAL SEGURO TRANSPORTE<br />

LOGÍSTICA<br />

MANOEL RAPOSO,<br />

da MRR&PVA<br />

“Outro fator muito importante é<br />

a manutenção do caminhão. A Fenseg<br />

e o setor em geral estão muito atentos<br />

para a manutenção do caminhão e os<br />

itens de segurança com que ele sai do<br />

mercado, que apontam quando tem que<br />

fazer manutenção de determinada peça,<br />

por exemplo, de uma lona de freio ou de<br />

pneus. Isso é muito importante porque<br />

isso reduz acidentes também. Estamos<br />

muito ligados se a empresa faz as manutenções<br />

corretas ou não e se há desenho<br />

de um bom plano de gerenciamento de<br />

risco de acordo com a mercadoria e a origem<br />

e destino”, observa Siqueira.<br />

Segurança está na ordem do dia<br />

por um incômodo motivo: a falta dela<br />

para o setor de transportes encarece a<br />

logística. Os analistas reforçam que o seguro<br />

pode ser aliado para amenizar ou<br />

mesmo solucionar o problema. Manoel<br />

Raposo alerta para a questão e os prejuízos<br />

decorrentes dela, como danos ou<br />

perdas de cargas por acidentes, roubos,<br />

furtos ou desastres naturais; atrasos na<br />

entrega e insatisfação dos clientes; riscos<br />

para a vida e a saúde dos colaboradores<br />

e custos adicionais com manutenção,<br />

reparo ou reposição de veículos e equipamentos.<br />

“Diante desse cenário, o setor<br />

de seguros é fundamental para dar<br />

sustentação e continuidade à atividade<br />

logística, pois ele protege o patrimônio<br />

do proprietário da carga, assim como a<br />

responsabilidade civil de terceiros, que<br />

atuam durante o deslocamento das mais variadas cargas e nos mais<br />

variados percursos”, afirma Raposo.<br />

Marcos Siqueira complementa a observação do fundador<br />

da MRR& PVA, corretora de seguros. Para ele, a logística fica, em um<br />

primeiro momento, mais cara com os investimentos de segurança,<br />

mas eles ajudam a balancear esse aumento de custo. Mas nem tudo<br />

depende somente do empenho do empresário. O representante da<br />

Fenseg alerta que, para que haja esse balanceamento de custo, o<br />

primordial é que o governo faça mais investimentos em infraestrutura.<br />

“A notícia boa é que o governo está atuando no setor. Há um<br />

orçamento este ano de R$ 57 bilhões de investimento em infraestrutura<br />

e grande parte desse investimento será destinada a rodovias,<br />

pontes e túneis”, pondera Siqueira.<br />

Segundo ele, a melhoria prevista com esse maciço investimento<br />

do governo federal impactará positivamente na precificação<br />

do seguro conforme o risco. Siqueira explica como: “Se é uma região<br />

de origem e destino com maior risco, obviamente o preço será<br />

maior. Com mercadoria com maior exposição podemos citar como<br />

exemplo o agronegócio na região centro-oeste. Como não temos<br />

grandes investimentos em tecnologias, os caminhões não tem rastreamento<br />

e monitoramento e não tem sensores, automaticamente<br />

o risco aumenta de desvio de carga, de roubo, de acidente e, consequentemente,<br />

o seguro vai ser um pouco maior.”<br />

Siqueira diz que a Fenseg vem debatendo insistentemente os<br />

desafios logísticos e o impacto no seguro com a Susep, a ANTT e<br />

outros órgãos públicos e entidades de mercado que cobre a cadeia<br />

de suprimentos e logística para que haja mais investimentos em<br />

infraestrutura e seja possível um preço do seguro compatível com<br />

risco. Ele deixa claro, contudo, que a indústria securitária somente<br />

precifica conforme o risco. “Se é uma região que tem estradas não<br />

adequadas, onde acontecerão mais acidentes, automaticamente o<br />

custo do seguro será maior”, justifica.<br />

SUSTENTABILIDADE NECESSÁRIA<br />

A sustentabilidade é prioridade para o transporte de cargas<br />

atual. Como explica Luciano Miranda, da Emtel, com o aumento<br />

da conscientização sobre os impactos ambientais, é imprescindível<br />

que o setor logístico e o de transportes busquem formas de<br />

minimizar a pegada de carbono das operações de transporte de<br />

cargas. Isso inclui a adoção de modais de transporte mais eficientes<br />

e limpos, a otimização das rotas para reduzir quilometragens<br />

desnecessárias e a utilização de embalagens sustentáveis. “Além<br />

de ser uma necessidade ambiental, a sustentabilidade se tornou<br />

um diferencial competitivo importante no mercado global”, assinala<br />

Miranda.<br />

Alceu Keller, da NDD Tecnologia, lembra que existem pressões<br />

de consumidores e de reguladores por práticas mais ecológicas<br />

e responsáveis, que, no setor logístico, está traduzida em uma busca<br />

contínua por redução das emissões de carbono, otimização de rotas<br />

e adoção de tecnologias verdes associadas a uma forte governança<br />

e ao olhar para questões sociais dentro e fora das empresas.<br />

“A sustentabilidade está intimamente conectada à governança das<br />

empresas”, conclui.<br />

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