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Apólice 295

Edição de Fevereiro de 2024, com matérias sobre seguro transportee capa da TEM Saúde

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normativas, tarifárias, fiscais e/ou tributárias; no crime organizado<br />

nacional e/ou transnacional; na escassez de mão de obra qualificada<br />

e nos eventos climáticos extremos e excesso de entraves burocráticos,<br />

jurídicos, administrativos e/ou técnicos.<br />

Dados da CNT registram que, hoje, atuam cerca de 220 mil<br />

empresas no transporte de cargas e algumas centenas de cooperativas<br />

pelo país. O modal rodoviário corresponde a 65% do transporte<br />

de cargas. Nesse contexto, 90% são pequenos empreendimentos<br />

que esbarram na burocracia para a contratação do seguro, como<br />

alerta o Anuário da CNT há algumas edições.<br />

O transporte de cargas mostrou sinais de recuperação em<br />

novembro do ano passado (0,6%) após três quedas consecutivas<br />

em seu volume de serviços, como sinaliza o Boletim de conjuntura<br />

econômica, de janeiro deste ano, produzido pela CNT. Com isso, o<br />

volume de serviços do transporte de cargas encontra-se 37,9% acima<br />

do pré-pandemia. Houve salto também em postos de trabalho.<br />

Entre os segmentos de transporte, o rodoviário de cargas, o principal,<br />

apresentou em novembro de 2023 o saldo de 4.936 empregos<br />

em novembro, acumulando 75.423 postos gerados no ano.<br />

Os números são razoáveis, porém o setor logístico precisa encontrar<br />

soluções para seus desafios.<br />

Vice-presidente da comissão de seguro e transporte da Federação<br />

Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Marcos Siqueira reforça<br />

que a principal solução hoje é o investimento em infraestrutura, ou<br />

seja, nas estradas: “As estradas do Brasil ainda são muito precárias.<br />

Nós sabemos que pelo menos de 65% a 70% do transporte são por<br />

meio rodoviário. Então, o investimento em infraestrutura evitaria<br />

muitos acidentes e, consequentemente, contaminação do meio<br />

ambiente, mortes de motoristas e, também, equilibraria melhor o<br />

preço do seguro.”<br />

A Fenseg trabalha a questão juntamente com a Agência Nacional<br />

de Transportes Terrestres (ANTT), a CNT e o Ministério dos<br />

Transportes. “Temos reuniões agendadas agora nesse primeiro semestre,<br />

inclusive com o nosso regulador, a Susep, para melhorar o<br />

atendimento e para expor as principais dores, hoje, do mercado de<br />

seguros. A Fenseg trabalha muito no sentido de ofertar produtos<br />

para o embarcador, o dono da mercadoria e também para o transportador,<br />

que transporta mercadorias de terceiros. Nós somos o<br />

maior interessado para que haja o maior número de seguradoras<br />

ofertando produtos no mercado”, expõe Siqueira.<br />

CEO da Emtel, Luciano Miranda também demonstra preocupação<br />

com a situação que envolve a logística no país. A empresa<br />

tem 30 anos de atuação na locação de frota, logística e transporte,<br />

com 10 unidades próprias nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-<br />

-Oeste. Para Miranda, os maiores desafios para a logística no Brasil<br />

são a infraestrutura precária, os custos elevados e a burocracia<br />

excessiva. Somente investimentos robustos para modernização de<br />

estradas, portos e aeroportos, além da diversificação dos modais<br />

de transporte, podem resolver o problema, acredita o executivo: “É<br />

fundamental também trabalharmos na simplificação do sistema tributário<br />

e na redução da burocracia, adotando tecnologias que agilizem<br />

os processos e tornem nossa logística mais eficiente e menos<br />

custosa”, completa o CEO da Emtel.<br />

MARCOS SIQUEIRA,<br />

da Fenseg<br />

Diretor Comercial e de Marketing<br />

da NDD Tecnologia, empresa brasileira<br />

com presença em 35 países e com atuação<br />

nos setores de transporte e logística, de<br />

inteligência fiscal, Alceu Keller reconhece<br />

que os desafios para a logística no Brasil<br />

são vastos e multifacetados, refletindo<br />

tanto a complexidade geográfica do país<br />

quanto a infraestrutura e a regulação do<br />

setor. Além das condições ruins das estradas,<br />

da falta de modais alternativos e do<br />

alto índice de acidentes, ele insere na lista<br />

de problemas para o transporte de cargas<br />

pontos de congestionamento crítico que<br />

afetam diretamente a eficiência logística.<br />

Para tudo isso, ele sugere como solução<br />

investimentos em alta tecnologia que<br />

possam otimizar a roteirização de cargas<br />

e permitam o rastreio e comprovação de<br />

entrega mesmo em veículos não rastreados,<br />

via aplicativo para caminhoneiros.<br />

“Estas soluções atualmente possibilitam<br />

que, já no planejamento da viagem, sejam<br />

considerados múltiplos parâmetros<br />

para a melhor escolha da rota. Durante<br />

a execução do transporte, embarcadores<br />

e transportadoras podem ter visibilidade<br />

em tempo real da movimentação de cargas<br />

e incidentes durante a rota. Com isso,<br />

podem realizar ajustes dinâmicos em rotas<br />

ou ainda efetuar a reprogramação dos<br />

horários de recebimento com clientes,<br />

bem como obter a confirmação em tempo<br />

real da entrega da mercadoria”, justifica<br />

Keller.<br />

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