01.02.2013 Views

Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas

Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas

Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

heteroxênico, ou seja, necessitam de dois hospedeiros, um vertebrado e um<br />

invertebrado (CARVALHO et. al, 2005).<br />

De acordo com Braga (2006), as Leishmanias são intracelulares obrigatórios,<br />

multiplicando-se nos fagócitos do sist<strong>em</strong>a mononuclear fagocítico. São organismos<br />

pleomórficos, ou seja, apresentam as formas promastigota, nos hospedeiros<br />

invertebrados e a forma amastigota nos vertebrados. A amastigota possui aspecto<br />

ovóide, presente no interior das células endoteliais dos tecidos e do sist<strong>em</strong>a<br />

mononuclear fagocitário, principalmente no baço, fígado, medula óssea e gânglios<br />

linfáticos. A forma promastigota, de acordo com Falqueto e Sessa (2002) é a forma<br />

infectante, encontrada no tubo digestivo do vetor, t<strong>em</strong> aspecto fusiforme com as duas<br />

extr<strong>em</strong>idades afiladas, apresentando um flagelo. Ambas as formas multiplicam-se pelo<br />

processo de divisão binária (Cissiparidade), dando orig<strong>em</strong> à infecção. Pereira (2002) e<br />

Teixeira e colaboradores (2005) compl<strong>em</strong>entam que os agentes da doença completam<br />

seu ciclo biológico envolvendo obrigatoriamente mamíferos considerados hospedeiros<br />

definitivo.<br />

A Lutzomya longipalpis não faz seu ciclo larvar na água, mas sim na presença de<br />

matéria orgânica úmida (SANTA-ROSA e OLIVEIRA, 1997).<br />

Os machos se alimentam de substâncias açucaradas de excreções de afídeos<br />

(pulgões). Já as fêmeas, além de se alimentar<strong>em</strong> de carboidratos, os quais são<br />

importantes para o desenvolvimento da Leishmania no tubo digestivo do inseto,<br />

inger<strong>em</strong> também sangue do vários animais, transmitindo a leishmaniose. O repasto<br />

sangüíneo é executado geralmente no crepúsculo ou à noite. (MARCONDES, 2001). A<br />

fêmea faz postura de aproximadamente 40 a 70 ovos <strong>em</strong> local úmido, que contenha<br />

matéria orgânica e protegido de luz (MARCONDES, 2001). Nas estações de chuvas<br />

aumenta a população de L. longipalpis, o que causa também um aumento da<br />

transmissão da leishmaniose (FRANÇA-SILVA et al, 2005). As picadas nos animais<br />

ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> áreas com poucos pêlos, como focinhos, orelhas e região genital<br />

(MARCONDES, 2001).<br />

2.3 ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E PATOGÊNESE<br />

A leishmaniose canina pode ser considerada como uma doença imunomediada<br />

devido à capacidade do parasito de modificar o sist<strong>em</strong>a imunológico do hospedeiro.<br />

Durante a infecção, as formas promastigotas são fagocitadas por neutrófilos, que são as<br />

primeiras células do sist<strong>em</strong>a mononuclear fagocitário a migrar<strong>em</strong> para o local da<br />

infecção, atuando como células apresentadoras de antígenos, e estimulando os<br />

linfócitos (CD4+) T helper (Th) tipo 1 ou Th tipo 2 (FEITOSA et. al., 2000;<br />

BACELLAR, 2005)<br />

Dos fatores conhecidos, a resposta dos linfócitos T é que exerce a maior influência<br />

sobre a infecção. Como a Leishmania é um parasito intracelular obrigatório, as defesas<br />

do hospedeiro são dependentes da atividade dessas células, que se encontram reduzidas<br />

durante a infecção (Ministério da Saúde, 2004).<br />

Na infecção por Leishmania, as células do sist<strong>em</strong>a mononuclear fagocitário<br />

infectadas por parasitas atuam como células apresentadoras de antígenos, estimulando<br />

os linfócitos T auxiliares do tipo I (T1) ou do tipo II (T2). Quando ativadas, as células<br />

T1 produz<strong>em</strong> citocinas que ativam macrófagos. Os macrófagos ativados estimulam a<br />

imunidade celular pela ativação de outras células ou por proliferação, dessa forma<br />

pod<strong>em</strong> eliminar a infecção. Entretanto, quando a infecção está associada com a indução<br />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!