Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas
Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas
Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
2.5 DIAGNÓSTICO<br />
O diagnóstico da leishmaniose canina é s<strong>em</strong>elhante ao diagnóstico da doença na<br />
espécie humana, e pode ser feito com base nas características clínicas apresentadas<br />
pelos animais, pela d<strong>em</strong>onstração do parasita <strong>em</strong> punções aspirativas de órgãos<br />
linfóides, por provas sorológicas e por meio de métodos moleculares (reação <strong>em</strong> cadeia<br />
da polimerase – PCR) (NOLI, 1999).<br />
Dentre as provas sorológicas, as mais <strong>em</strong>pregadas atualmente são a<br />
imunofluorescência indireta, o ELISA, a fixação de compl<strong>em</strong>ento e a aglutinação<br />
direta. Estas provas geralmente apresentam alta sensibilidade e especificidade, no<br />
entanto, pod<strong>em</strong> apresentar resultados falso-positivos ou falso-negativos<br />
(SLAPPENDEL, 1990).<br />
O Elisa apresenta uma sensibilidade muito boa na detecção de casos de calazar,<br />
contudo, com os antígenos atualmente <strong>em</strong>pregados, pode ocorrer reações cruzadas, ou<br />
seja, falso-positivos (NEVES, 2000).<br />
A Reação de fixação do compl<strong>em</strong>ento é menos sensível, porém mais específica do<br />
que a RIFI, não originando reações cruzadas, mas pod<strong>em</strong> ocorrer soros<br />
anticompl<strong>em</strong>entares (NEVES, 2000).<br />
A RIFI, teste indicado pelo MS para levantamentos epid<strong>em</strong>iológicos e diagnósticos<br />
da LV canina, reúne essas características: valores elevados de sensibilidade (90-100%)<br />
e valores menores de especificidade (80%) para amostras de soro. Adicionalmente é<br />
conhecido que a identificação de indivíduos falsos positivos pela RIFI se deve a reações<br />
cruzadas entre LV e duas outras importantes zoonoses: LTA e doença de Chagas<br />
(ALVES, BEVILACQUA, 2004).<br />
As técnicas parasitológicas possu<strong>em</strong> especificidade de 100%, no entanto, sua<br />
sensibilidade pode ser muito baixa. A identificação de Leishmania <strong>em</strong> preparações<br />
citológicas feitas a partir de punções aspirativas de linfonodos é rápida e fácil<br />
(FERRER et al, 1995). As formas amastigotas são facilmente reconhecidas por sua<br />
forma esférica a ovóide, med<strong>em</strong> de 2 a 5 μm e contêm um núcleo arredondado e um<br />
cinetoplasto alongado (POCAI et al, 1998). O diagnóstico parasitológico é o método de<br />
certeza e se baseia na d<strong>em</strong>onstração do parasito que é abundante nos órgãos linfóides e<br />
fígado. Na prática, a mais utilizada é a punção medular (esterno, crista ilíaca e tíbia) por<br />
ser procedimento mais seguro e permite colheita de material para mielograma, ficando<br />
a punção de gânglios restrita aos casos <strong>em</strong> que estes são volumosos (Leão, R. N. Q;<br />
1997).<br />
Recent<strong>em</strong>ente, desenvolveu-se a técnica de PCR, que é uma prova diagnóstica<br />
altamente sensível e específica, com a qual é possível identificar e ampliar<br />
seletivamente o DNA do cinetoplasto do parasita. Infelizmente, só é possível a<br />
realização da técnica de PCR <strong>em</strong> laboratórios especializados (NOLI, 1999). A reação<br />
<strong>em</strong> cadeia da polimerase (PCR) permite a amplificação seletiva de seqüências do DNA<br />
do parasito, o que conseqüent<strong>em</strong>ente viabiliza um instrumento diagnóstico espécieespecífico<br />
para doenças infecciosas (FERREIRA e ÁVILA, 2001) e, segundo Rey<br />
(2001), mostra-se muito sensível para detectar casos incipientes de leishmaniose. A<br />
PCR pode ser feita com o DNA extraído da medula óssea, biopsias cutâneas, aspirados<br />
de linfonodos, sangue, cortes histológicos de tecidos parafinados e também no vetor<br />
(GREENE, 2006; FERRER, 1999). Ferreira e Ávila (2001) afirmam que a técnica da<br />
PCR é b<strong>em</strong> eficiente para detectar os estágios iniciais de infecções, enquanto as<br />
técnicas sorológicas são mais eficazes para diagnosticar estágios avançados. Por este<br />
motivo, os autores acreditam ser possível que a PCR venha a se constituir num método<br />
21