Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas
Mastocitoma Canino e Leishmaniose Visceral em Cao - Qualittas
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- Cães oligossintomáticos: presença de adenopatia linfóide, pequena perda de peso e<br />
pêlo opaco;<br />
- Cães sintomáticos: todos ou alguns sinais mais comuns da doença como as alterações<br />
cutâneas (alopecia, ecz<strong>em</strong>a furfuráceo, úlceras, hiperqueratose), onicogrifose,<br />
<strong>em</strong>agrecimento, ceratoconjuntivite e paresia dos m<strong>em</strong>bros posteriores.<br />
As manifestações clínicas da leishmaniose variam conforme o período de<br />
incubação, que pode ser de um mês a sete anos (GREENE, 2006; NELSON e COUTO,<br />
2006). A infecção causa a produção elevada de imunocomplexos que ficam circulantes,<br />
até se depositar<strong>em</strong> nos tecidos. A deposição destes nos vasos sangüíneos é a causa das<br />
principais complicações da leishmaniose, como vasculite, poliartrite, uveite e<br />
glomerulonefrite. (GREENE, 2006).<br />
De acordo com Almeida e colaboradores (2006), os animais assintomáticos<br />
pod<strong>em</strong> viver até sete anos s<strong>em</strong> apresentar nenhum sintoma.<br />
Na fase inicial ocorre adenopatia (inflamação) dos gânglios próximos à picada<br />
do mosquito. Nessa ocasião, sendo feita punção desses gânglios inflamados, deverá ser<br />
encontrada as formas infectantes do protozoário. O gânglio linfático inflamado se<br />
necrosa, e assim lesado acaba por expelir o material purulento, ficando <strong>em</strong> seu local<br />
uma úlcera, denominada de cancro espúndico (Thadei, Carmello, 2006).<br />
Os sinais clínicos mais comumente observados na leishmaniose canina são<br />
lesões cutâneas (alopecia, lesões crostosas, descamação furfurácea, dermatites, úlceras<br />
cutâneas, onicogrifose), sinais oculares (conjuntivites, ceratoconjuntivites, blefarites,<br />
uveítes) e afecção visceral (febre, linfoadenopatia local ou generalizada, perda de peso<br />
progressiva, poliúria, polidipsia, indisposição, an<strong>em</strong>ia, hepatoesplenomegalia,<br />
glomerulonefrites e falência renal crônica) (GÁLLEGO, 2004; IKEDA et. al., 2005).<br />
Com o progredir da doença, acentua-se a an<strong>em</strong>ia e há marcada tendência às<br />
h<strong>em</strong>orragias. As epistaxes são freqüentes, assim como tosse seca ou com expectoração;<br />
raramente, broncopneumonia. As perturbações do apetite e o <strong>em</strong>agrecimento tend<strong>em</strong> a<br />
conduzir, progressivamente, a um estado de desnutrição grave. Em casos não tratados,<br />
esplenomegalia segue aumentando, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que cresce o esgotamento<br />
geral e atonia muscular (Rey, L. 2002).<br />
Silva e colaboradores (2001) afirmam que o alongamento anormal das unhas,<br />
comumente encontrado na leishmaniose, t<strong>em</strong> sido explicado pelo estímulo da matriz<br />
ungueal pelo parasito, além do fato de grande parte dos animais acometidos<br />
apresentar<strong>em</strong> outros sinais clínicos associados como apatia, <strong>em</strong>agrecimento,<br />
incoordenação motora e dificuldade para andar, que pod<strong>em</strong> contribuir para a<br />
diminuição do desgaste natural das unhas.<br />
De acordo com Silveira e colaboradores (2003), a doença pode ser classificada<br />
<strong>em</strong> vários períodos: período de incubação, <strong>em</strong> média, varia de 3 a 8 meses, podendo ser<br />
mais prolongado; período inicial, que pode ser súbito, com febre de longa duração do<br />
tipo irregular, com sintomas característicos, evolui por 30 a 60 dias, finalizando com<br />
agravamento do estado geral; período de estado, <strong>em</strong> que se observa o agravamento do<br />
quadro clínico do animal e melhor definição da sintomatologia.<br />
Evans e Rebelo (1996) afirmam que, <strong>em</strong> geral, ocorre hepatoesplenomegalia<br />
com presença de parasitas nas células de Kuppfer, além do baço apresentar consistência<br />
fibrosa, cápsula espessada e polpa vermelho pálida. A medula óssea apresenta aspecto<br />
difluente e <strong>em</strong> alguns casos h<strong>em</strong>orrágico. Além disso, de acordo com Stanley (1975) e<br />
Ettinger (1992), os pulmões, a via gastrintestinal, os pâncreas, os testículos e outros<br />
órgãos também pod<strong>em</strong> ser acometidos nos casos mais intensos.<br />
Segundo Silva (2007), os animais infectados freqüent<strong>em</strong>ente apresentam<br />
an<strong>em</strong>ia, <strong>em</strong> geral grave, devido à diminuição da eritropoiese decorrente de hipoplasia<br />
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