sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
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INTRODUÇÂO<br />
Enquadramento<br />
SISTEMAS DE SOMBREAMENTO EM ARQUITECTURA: PROPOSTA DE UM NOVO MÉTODO DE CONCEPÇÃO E DIMENSIONAMENTO<br />
Introdução<br />
“Es necessário apren<strong>de</strong>r a ver la <strong>arquitectura</strong> no solo como los muros, las fachadas o la cubierta, sino<br />
también como el espacio vital que fluye através <strong>de</strong> ellos y a su alre<strong>de</strong>dor (…) <strong>de</strong>ve ser saludable y<br />
agradable al clima y sintetizar la experiencia construtiva <strong>de</strong> las generaciones que nos precedieron.” 1<br />
A <strong>arquitectura</strong> bioclimática surge hoje como uma opção fundamental na resposta tanto nas questões <strong>de</strong><br />
aquecimento global como da crise energética internacional. Uma das estratégias principais da concepção<br />
bioclimática passa pela a<strong>de</strong>quada protecção do edifício contra os ganhos solares excessivos, diminuindo o<br />
consumo energético para arrefecimento, e simultaneamente permitindo elevados níveis <strong>de</strong> iluminação<br />
natural, mitigando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iluminação artificial. Os <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> surg<strong>em</strong> como um<br />
el<strong>em</strong>ento prepon<strong>de</strong>rante no processo <strong>de</strong> concepção das fachadas <strong>de</strong> um edifício, quer pelo seu papel no<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho energético, quer na procura <strong>de</strong> um espaço interior com o máximo <strong>de</strong> conforto e luminosida<strong>de</strong>.<br />
Adicionalmente os <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> po<strong>de</strong>m ter um papel fundamental na caracterização e<br />
<strong>de</strong>finição da imag<strong>em</strong> exterior da <strong>arquitectura</strong> do edifício, pela sua forma, geometria e materialida<strong>de</strong><br />
As fachadas <strong>de</strong> um edifício representam o seu interface com o ambiente exterior, o sol, a luz e o ar. Este<br />
el<strong>em</strong>ento, que estabelece a relação entre o sist<strong>em</strong>a exterior e interior do edificado, necessita <strong>de</strong> se adaptar<br />
às diferentes características dos espaços nas diferentes fases do dia e do ano. 2 Estas questões são o<br />
reflexo <strong>de</strong> preocupações directas na <strong>arquitectura</strong> e no ambiente urbano que a contextualiza, potenciado<br />
pela contínua evolução tecnológica e pela crescente preocupação com os recursos ambientais.<br />
Nos dias <strong>de</strong> hoje está presente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um edificado transmitir essas preocupações, <strong>de</strong>vido às<br />
proporções elevadas que a crise energética global assume, associada ao uso <strong>de</strong> recursos energéticos não<br />
renováveis (petróleo ou carvão) e sendo a responsável por sérios danos ambientais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a poluição<br />
atmosférica, a <strong>de</strong>struição da camada <strong>de</strong> ozono, o aquecimento global, a perda do habitat da vida<br />
selvag<strong>em</strong>, a <strong>de</strong>sertificação e os abates <strong>de</strong> florestas que <strong>de</strong>stro<strong>em</strong> os recursos naturais.<br />
As crises energéticas ating<strong>em</strong> o mundo industrializado, a razão que leva à procura da racionalização do<br />
seu uso e que leva os governos a procurar fontes <strong>de</strong> energia seguras para reduzir a <strong>de</strong>pendência do<br />
combustível importado, motivado não só pelas preocupações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m económica, como pela<br />
consequente focag<strong>em</strong> dos probl<strong>em</strong>as ecológicos.<br />
Esta mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>, <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do meio ambiente, leva ao estudo <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho passivo<br />
nos países industrializados do norte da Europa e EUA, que resultam <strong>em</strong> adaptações das “boas práticas”<br />
utilizadas nas construções vernaculares, para exigências da época cont<strong>em</strong>porânea. É uma atitu<strong>de</strong> radical<br />
que se reverte na consequente transformação da <strong>arquitectura</strong> que procura agora padrões mais exigentes<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senho do planeamento urbano até ao pormenor do <strong>de</strong>senho do edificado. Estes <strong>de</strong>senhos são a<br />
consequência da complexa relação <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência entre as condições climáticas, económicas,<br />
1 VIQUEIRA, Manuel Rodríguez entre outros (2001) – Introducción à la Arquitectura Bioclimática, México: Limusa, p.10<br />
2 Tony Fitzpatrick e Ove Arup & Partners cit. por YEANG, Ken (1996) – “The Skyscraper bioclimatically consi<strong>de</strong>red. A <strong>de</strong>sign primer” in External<br />
wall and cladding, Wiley-Aca<strong>de</strong>my, Malaysia, p. 153<br />
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