sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
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SISTEMAS DE SOMBREAMENTO EM ARQUITECTURA: PROPOSTA DE UM NOVO MÉTODO DE CONCEPÇÃO E DIMENSIONAMENTO<br />
1. Princípios Técnicos e Estratégias <strong>de</strong> Desenho<br />
o Mesoclima - relativo às alterações macroclimáticas que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das características locais<br />
(latitu<strong>de</strong>, altitu<strong>de</strong>, topografia, massas <strong>de</strong> água ou <strong>de</strong> vegetação).<br />
o Microclima - relativo às alterações climáticas <strong>de</strong> uma área específica, ocorrentes <strong>de</strong>vido aos<br />
efeitos humanos e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da relação entre as formas e os espaços urbanos 21 . São os<br />
factores microclimáticos que <strong>de</strong>terminam as características para o <strong>de</strong>senho arquitectónico, pois as<br />
suas variações são significativas na escala do local <strong>de</strong> inserção do edificado.<br />
1.2.1. Geometria Solar<br />
Importância <strong>de</strong>ste princípio:<br />
As questões relacionadas à Geometria Solar ganham maior relevância quando se começa a<br />
consciencializar que uma <strong>arquitectura</strong> <strong>de</strong>ve ser “bioclimática”, ecológica e ultimamente “sustentável”,<br />
representando um importante instrumento <strong>de</strong> projecto no <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho térmico e luminoso.<br />
A geometria solar estuda o percurso do Sol <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada localida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> função do dia/mês do ano e o<br />
t<strong>em</strong>po que este fica acima do horizonte.<br />
A primeira leitura passa por perceber on<strong>de</strong> está o Sol. Com base nas coor<strong>de</strong>nadas astronómicas, latitu<strong>de</strong> e<br />
longitu<strong>de</strong>, para um <strong>de</strong>terminado dia e hora, são <strong>de</strong>finidas as coor<strong>de</strong>nadas horizontais, azimute e altura.<br />
Estes dados traduz<strong>em</strong>-se normalmente nas primeiras <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> projecto relativos à implantação,<br />
orientação solar do edifício ou até o tipo <strong>de</strong> <strong>arquitectura</strong> a ser adoptada.<br />
A segunda leitura realizada com base nos dados geométricos, procura <strong>de</strong>terminar ou prever as sombras<br />
projectadas pelos el<strong>em</strong>entos e a penetração <strong>de</strong> Sol pelas aberturas, reflectida nas <strong>de</strong>cisões relativas ao<br />
tipo <strong>de</strong> invólucro do edificado, <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> para o <strong>sombreamento</strong> a utilizar e seu dimensionamento. 22<br />
Coor<strong>de</strong>nadas Astronómicas: Latitu<strong>de</strong> e Longitu<strong>de</strong><br />
Um <strong>de</strong>terminado ponto na superfície terrestre é localizado através do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas<br />
astronómicas, a latitu<strong>de</strong> e longitu<strong>de</strong>. A longitu<strong>de</strong> me<strong>de</strong>-se <strong>em</strong> relação ao Meridiano <strong>de</strong> Greenwich (A’’), que<br />
consiste no s<strong>em</strong>i-círculo que passa pelos pólos e pelo observatório <strong>de</strong> Greenwich (na Inglaterra). Assim a<br />
longitu<strong>de</strong> do ponto A é <strong>de</strong>finida pelo ângulo φ1, medida <strong>de</strong> 0º a 180º, a este ou a oeste do meridiano. A<br />
latitu<strong>de</strong> é medida a partir do Equador (A’), ou seja, cada ponto da superfície terrestre está contido num<br />
círculo paralelo ao Equador <strong>em</strong> que a distância a este <strong>de</strong>fine-se pelo ângulo φ2, medida <strong>de</strong> 0º a 90º, sendo<br />
Norte quando acima do equador ou Sul, quando abaixo.<br />
21 GOULDING, John R., LEWIS, J. Owen, STEEMERS, Theo C., (1992) – op.cit., p.9<br />
22 FROTA, Anésia Barros (2004) – Geometria da insolação, 1ª edição, Geros LTDA, S. Paulo, p.24<br />
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