sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
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SISTEMAS DE SOMBREAMENTO EM ARQUITECTURA: PROPOSTA DE UM NOVO MÉTODO DE CONCEPÇÃO E DIMENSIONAMENTO<br />
1. Princípios Técnicos e Estratégias <strong>de</strong> Desenho<br />
públicas, incentivos financeiros e muitas campanhas que procuram impl<strong>em</strong>entar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong><br />
anteprojecto, o uso eficiente da energia e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fontes alternativas <strong>de</strong> energia renovável.<br />
Hoje <strong>em</strong> dia é patente que a elaboração <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> <strong>arquitectura</strong> inclua estudos sobre o<br />
comportamento energético do edifício. Cada vez mais uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> métodos e ferramentas têm sido<br />
disponibilizadas para reduzir o consumo <strong>de</strong> energia durante a fase <strong>de</strong> planeamento e construção, pois <strong>em</strong><br />
ambas as perspectivas, económicas e ecológicas, os tipos <strong>de</strong> <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> instalados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />
monitorizados e harmonizados o mais cedo possível.<br />
A investigação contínua e progressiva <strong>em</strong> <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> procura <strong>de</strong>senvolver-se no sentido<br />
<strong>de</strong> controlar os ganhos solares e iluminação natural <strong>de</strong> modo a criar um ambiente mais confortável s<strong>em</strong> a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrumentos e mecanismos que utiliz<strong>em</strong> fontes energéticas.<br />
1.1.2. Conforto<br />
A referência ao conforto aparece também como um pressuposto essencial do t<strong>em</strong>a abordado, pois integra<br />
os princípios físicos envolvidos, tanto do edificado como do indivíduo, e as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter<br />
ambiental, entre elas, as térmicas e as visuais.<br />
“ A zona <strong>de</strong> conforto térmico representa aquele ponto no qual a pessoa necessita <strong>de</strong> consumir<br />
a menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia para se adaptar ao ambiente envolvente” 10<br />
A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> conforto térmico é complexa, pois integra um conjunto <strong>de</strong> factores que estão associados<br />
não só às condições climáticas (como já foi referido), como ao modo que o ocupante respon<strong>de</strong> às<br />
condições <strong>de</strong> ambiente interior (factores pessoais) e o modo como o isso po<strong>de</strong> afectar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e a<br />
qualida<strong>de</strong> do espaço do edificado (factores físicos).<br />
Uma das <strong>de</strong>finições aceites para a sensação <strong>de</strong> conforto térmico na literatura internacional é dada pela<br />
ASHRAE <strong>em</strong> 2001, que consi<strong>de</strong>ra como um estado <strong>de</strong> espírito que reflecte satisfação e o b<strong>em</strong>-estar<br />
relativo às condições ambientais. 11 Consiste no equilíbrio entre a taxa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> calor do corpo,<br />
através do metabolismo, activida<strong>de</strong>s individuais, vestuário, e a taxa <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> calor para o meio<br />
ambiente, influenciada pela t<strong>em</strong>peratura do ar e a t<strong>em</strong>peratura à superfície dos el<strong>em</strong>entos locais, a<br />
humida<strong>de</strong> relativa e a velocida<strong>de</strong> do ar. 12<br />
No planeamento e construção do edificado t<strong>em</strong> sido frequente, estabelecer<strong>em</strong>-se t<strong>em</strong>peraturas fixas para<br />
as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> conforto para um espaço <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas características, mas estudos mais recentes<br />
refer<strong>em</strong> outros enfoques para o conforto térmico, associados ao facto das pessoas não ser<strong>em</strong> passivas ao<br />
ambiente térmico que as envolve. Outros meios têm sido por isso estudados como a climatização individual<br />
e mo<strong>de</strong>los adaptativos.<br />
10 OLGYAY, Victor (1973) in Design with Climate: Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism, New Jersey, U.S.A: Princeton University<br />
Press, cit in ACE; ERG; Universida<strong>de</strong> Dublin, OA (2001) – op.cit., p.26<br />
11 STILPEN, Daniel Vasconcellos De Sousa (2007) - “Eficiência Energética e Arquitectura Bioclimática – O Caso do Centro <strong>de</strong> Energia e<br />
Tecnologias Sustentáveis” [21/04/09], Disponível <strong>em</strong>: <br />
12 ACE; ERG; Universida<strong>de</strong> Dublin, OA (2001) – op.cit., pág. 26<br />
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