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sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...

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SISTEMAS DE SOMBREAMENTO EM ARQUITECTURA: PROPOSTA DE UM NOVO MÉTODO DE CONCEPÇÃO E DIMENSIONAMENTO<br />

1. Princípios Técnicos e Estratégias <strong>de</strong> Desenho<br />

o Dimensões - a redução dos envidraçados está associada à procura <strong>de</strong> uma forma compacta que<br />

reduza as superfícies <strong>de</strong> aquecimento;<br />

o Inclinação - a radiação t<strong>em</strong> mais dificulda<strong>de</strong>s a passar o vidro quanto maior for o ângulo;<br />

o Baixa Emissivida<strong>de</strong> - redução das perdas <strong>de</strong> calor.<br />

Além dos <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong>, que cumpr<strong>em</strong> um importante papel na retenção no controlo das<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> calor solar, sendo a principal estratégia <strong>de</strong> arrefecimento, po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>stacar outras<br />

estratégias, que associadas a esta minimizam os efeitos <strong>de</strong> aquecimento do espaço.<br />

As pare<strong>de</strong>s e coberturas po<strong>de</strong>m funcionar também como el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> gestão dos ganhos externos,<br />

através da aplicação <strong>de</strong> isolamento e do uso da sua inércia térmica, baseado no facto <strong>de</strong> que existe um<br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> atraso na passag<strong>em</strong> do fluxo <strong>de</strong> ar quente pela fachada que po<strong>de</strong> ser explorado através dos<br />

materiais utilizados no edifício para fins <strong>de</strong> arrefecimento. A reflectivida<strong>de</strong> das pare<strong>de</strong>s e cobertura consiste<br />

na criação <strong>de</strong> uma barreira que permite <strong>de</strong>sviar a radiação para o exterior do edifício, variando <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

da materialida<strong>de</strong> dos el<strong>em</strong>entos.<br />

Estas estratégias contribu<strong>em</strong> para a conservação <strong>de</strong> calor nos períodos <strong>de</strong> aquecimento nas regiões frias,<br />

ou então po<strong>de</strong>m contribuir para a prevenção do sobreaquecimento por condução nos períodos <strong>de</strong><br />

arrefecimento nas regiões quentes.<br />

A ventilação natural é também uma estratégia <strong>de</strong> arrefecimento importante, para a qual os <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>sombreamento</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> também contribuir, porque as t<strong>em</strong>peraturas no interior dos edifícios nos climas<br />

quentes po<strong>de</strong>m muitas vezes ser<strong>em</strong> mais altas que as do exterior, <strong>de</strong>vido à constituição do invólucro<br />

exterior não se apropriar ao clima.<br />

Os princípios da ventilação natural baseiam-se na movimentação do ar fresco (vento) como meio <strong>de</strong><br />

arrefecimento, sendo realizado quando duas massas <strong>de</strong> ar têm diferentes t<strong>em</strong>peraturas, as suas<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s e pressões são também diferentes, originando o movimento <strong>de</strong> subida do ar da parte mais<br />

<strong>de</strong>nsa (fria) para a parte menos <strong>de</strong>nsa (quente). A diferença <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong>ve ser usada para expulsar<br />

o ar quente do edifício, por ex<strong>em</strong>plo, através do efeito chaminé, que consiste na criação <strong>de</strong> aberturas no<br />

topo para a saída do ar quente e na base do edifício para entrada do ar fresco, sendo este efeito<br />

maximizado quando as aberturas estão localizadas verticalmente. Outro ex<strong>em</strong>plo é facilitar a ventilação<br />

transversal através do <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> vãos que o permitam, <strong>em</strong> lados opostos do edifício, para a<br />

movimentação do ar.<br />

Em suma, o <strong>sombreamento</strong> como estratégia <strong>de</strong> arrefecimento <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar os seguintes aspectos:<br />

o Controlo solar, impedindo a entrada dos raios solares no interior do edifício quando in<strong>de</strong>sejados.<br />

o Contribuir para a diminuição dos ganhos externos, impedindo os aumentos <strong>de</strong> calor <strong>de</strong>vido aos<br />

efeitos <strong>de</strong> condução ou a infiltração do ar quente exterior, propiciado pela materialida<strong>de</strong> do<br />

sist<strong>em</strong>a.<br />

o Permitir a ventilação do espaço, não obstruindo <strong>em</strong> <strong>de</strong>masia o vão, quando a cumprir a sua função<br />

<strong>de</strong> sombrear<br />

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