sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
SISTEMAS DE SOMBREAMENTO EM ARQUITECTURA: PROPOSTA DE UM NOVO MÉTODO DE CONCEPÇÃO E DIMENSIONAMENTO<br />
1. Princípios Técnicos e Estratégias <strong>de</strong> Desenho<br />
1. PRINCÍPIOS TÉCNICOS E ESTRATÉGIAS DE DESENHO<br />
Os el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> são o revestimento externo, juntamente com invólucro <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> muitos<br />
edifícios. É <strong>de</strong> primeira importância no <strong>de</strong>senho bioclimático <strong>de</strong> edifícios a procura <strong>de</strong> uma fachada que<br />
actue como um filtro entre o interior e o exterior 9 . O papel <strong>de</strong>ste invólucro é complexo, pois no âmbito da<br />
Arquitectura Bioclimática é necessário consi<strong>de</strong>rar um conjunto <strong>de</strong> princípios estratégicos e aspectos<br />
técnicos: a eficiência energética e o conforto, as condições solares <strong>de</strong> modo a favorecer a sombra e a luz<br />
natural mais a<strong>de</strong>quada ao espaço, tendo <strong>em</strong> conta as estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho da Arquitectura Bioclimática.<br />
No <strong>de</strong>senvolvimento da concepção <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> numa fachada, os princípios<br />
<strong>de</strong>scritos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser analisados isoladamente, mas para a melhor compreensão <strong>de</strong>stes conceitos são<br />
apresentados e sist<strong>em</strong>atizados separadamente.<br />
1.1. Pressupostos<br />
O <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> uma <strong>arquitectura</strong> Bioclimática passa por perceber dois pressupostos essenciais, a eficiência<br />
energética e o conforto.<br />
1.1.1. Eficiência Energética<br />
A eficiência energética é uma activida<strong>de</strong> que faz parte integrante da procura do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável, pois consi<strong>de</strong>ra os impactes a diferentes níveis, procurando diminuir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso<br />
<strong>de</strong> energia na iluminação, ventilação e climatização artificiais.<br />
Esta activida<strong>de</strong> optimiza o uso das fontes <strong>de</strong> energia. A sua racionalização consiste no uso <strong>de</strong> menor<br />
energia para fornecer a mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valor energético e por isso um edifício é mais eficiente<br />
quando proporciona as mesmas condições ambiente através <strong>de</strong> um consumo <strong>de</strong> energia mais baixo.<br />
A base da questão está na utilização excessiva <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> <strong>de</strong> combustíveis fósseis<br />
(petróleo, carvão, gás natural), pois por estes recursos não ser<strong>em</strong> renováveis, contribu<strong>em</strong> <strong>em</strong> muito para a<br />
libertação <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono na atmosfera, trazendo consequências negativas para o ambiente, como<br />
o aquecimento global e a redução da camada <strong>de</strong> ozono.<br />
A partir dos anos 70 a situação apresentava-se com um exagerado consumo energético nas edificações<br />
que gradualmente <strong>de</strong>struía os recursos naturais. Para a melhoria da construção <strong>de</strong> edifícios começa-se,<br />
por isso, a investir no planeamento da eficiência energética, reflectido <strong>em</strong> alguns países mais<br />
<strong>de</strong>senvolvidos <strong>em</strong> políticas <strong>de</strong> eficiência energética através da adopção <strong>de</strong> normas, medidas, informações<br />
9 Tony Fitzpatrick e Ove Arup & Partners cit. por YEANG, Ken (1996) – op,cit., p. 153<br />
16