sistemas de sombreamento em arquitectura - Universidade Técnica ...
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SISTEMAS DE SOMBREAMENTO EM ARQUITECTURA: PROPOSTA DE UM NOVO MÉTODO DE CONCEPÇÃO E DIMENSIONAMENTO<br />
Introdução<br />
pouco recurso <strong>de</strong> <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> mecânicos para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conforto, garantindo uma<br />
eficiência energética e consequente melhoria da qualida<strong>de</strong> da <strong>arquitectura</strong>.<br />
A opção da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho a<strong>de</strong>quada está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte não só da localização e orientação do<br />
edificado, assim como das suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aquecimento ou arrefecimento. Em climas frios a<br />
construção <strong>de</strong>ve maximizar os ganhos <strong>de</strong> calor através <strong>de</strong> uma boa distribuição e armazenamento <strong>de</strong> calor<br />
<strong>de</strong>ntro do edifício, o que reduz as perdas <strong>de</strong> calor – Estratégia <strong>de</strong> Aquecimento – e nos climas quentes a<br />
construção <strong>de</strong>ve, pelo contrário, minimizar e dissipar os ganhos <strong>de</strong> calor e optimizar a ventilação <strong>de</strong> ar<br />
fresco – Estratégia <strong>de</strong> Arrefecimento. Deve ainda ser adicionada uma terceira estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho do<br />
edificado – Iluminação Natural – reduzir a luz directa e reflectir o brilho intenso, pois a sua utilização<br />
substitui a luz eléctrica, especialmente on<strong>de</strong> o calor interno causado pela iluminação artificial po<strong>de</strong> levar ao<br />
uso <strong>de</strong> meios mecânicos, contribuindo ainda para uma qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conforto visual, quando t<strong>em</strong> <strong>em</strong> conta<br />
os parâmetros <strong>de</strong> contraste e brilho. 6<br />
Os factores referidos são vantagens para uma maior atenção a este t<strong>em</strong>a, pois um edifício com mais<br />
contributos naturais e menos artificiais é <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> arquitectónica.<br />
O papel dos Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Sombreamento <strong>em</strong> Fachadas<br />
“Sentados à sombra <strong>de</strong> uma árvore, num dia caloroso e ensolarado é imediatamente associado a uma<br />
sensação <strong>de</strong> prazer.” 7<br />
Os <strong>sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> necessitam <strong>de</strong> conjugar as vertentes funcional e estética.<br />
Na vertente funcional, o <strong>sombreamento</strong> procura cumprir o conjunto <strong>de</strong> objectivos e requisitos que<br />
respon<strong>de</strong>m às preocupações ambientais, às exigências arquitectónicas e ao conforto do ocupante.<br />
Os objectivos el<strong>em</strong>entares <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> são o controlo térmico, procurando evitar o<br />
sobreaquecimento na estação quente e na estação fria permitir a captação dos ganhos solares úteis, e o<br />
controlo da iluminação, promover o equilíbrio entre a captação e difusão do fluxo luminoso.<br />
A maior complexida<strong>de</strong> na gestão <strong>de</strong>stes objectivos consiste no encontro do equilíbrio e optimização entre<br />
os dois factores – <strong>sombreamento</strong> e iluminação - s<strong>em</strong> afectar os restantes requisitos que o <strong>sombreamento</strong><br />
<strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>finindo a qualida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>sign do sist<strong>em</strong>a e do espaço interior.<br />
Um dos requisitos <strong>de</strong> um espaço interior, influenciados pelo papel <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong>, é o<br />
impedimento do sobreaquecimento através da radiação solar, po<strong>de</strong>ndo quando pobr<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>senhados,<br />
permitir o aquecimento <strong>em</strong> excesso do espaço. A entrada <strong>de</strong> luz natural é também um requisito <strong>de</strong> um<br />
espaço interior e por isso, sombrear implica criar uma iluminação a<strong>de</strong>quada às necessida<strong>de</strong>s visuais do<br />
espaço reduzindo o <strong>de</strong>sconforto visual através do controlo da luminância local das superfícies, o contraste<br />
e o brilho. O <strong>de</strong>senho do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>sombreamento</strong> <strong>de</strong>ve também prever a visibilida<strong>de</strong> do interior para o<br />
exterior, ou seja, a<strong>de</strong>quar o equilíbrio entre o bloqueamento dos raios solares e a optimização da<br />
visibilida<strong>de</strong>, pois estas são um privilégio para o conforto do utilizador do espaço. Como el<strong>em</strong>entos<br />
6 GOULDING, John R., LEWIS, J.Owen., STEEMERS, Theo C., (1992) – Energy Conscious Design: A Primer for Architects, London: Published<br />
for the Commission of the European Communities by B.T. Batsford, p.9<br />
7<br />
VIQUEIRA, Manuel Rodríguez entre outros – op.cit,, p.67<br />
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