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Revista Dr Plinio 243

Junho de 2018

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Sagrado Coração de Jesus<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

A verdadeira combatividade<br />

De onde implacabilidades inesgotáveis!<br />

Totalidades de propósitos beligerantes<br />

irredutíveis e gosto requintado<br />

das coisas mais truculentas! E, na medida<br />

em que for operacionalmente útil,<br />

encanto pela proeza! Mas a proeza não<br />

pode ser vista só como uma obra de arte,<br />

nem como uma atitude, eu quase diria,<br />

escultoricamente bonita. Não. Ela é<br />

bela na medida em que for conduto para<br />

o amor do Sagrado Coração de Jesus<br />

e do Imaculado Coração de Maria.<br />

Fora disso, não venham com conversa<br />

porque não me interessa. Não estou<br />

para perder tempo com “espadachinadas”<br />

e coisas análogas. Sou um homem<br />

tranquilo e cordato, e só faço isso<br />

na medida em que diga respeito a Nosso<br />

Senhor, a Nossa Senhora e à Igreja,<br />

porque, do contrário, eu não faria. Mas<br />

a serviço deles realizo qualquer coisa e<br />

vou até o fim.<br />

Se quiserem chamar de fanatismo,<br />

desfira-se um pontapé na boca<br />

de quem chamou e acabou-se! Não<br />

tenho que dar satisfação de nenhum<br />

jeito. Então, volto-me contra esse<br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> em novembro de 1990<br />

também e não me incomodo de ficar<br />

um verdadeiro miliardário de inimigos,<br />

que tem inimigos como outros<br />

possuem dólares aos milhões, desde<br />

que eu possa obter essa vitória.<br />

O pulchrum disso vem da beleza infinita<br />

do Sagrado Coração de Jesus e<br />

da beleza insondável do Imaculado<br />

Coração de Maria. Eles têm uma pulcritude<br />

moral que, passando por esses<br />

reflexos, mostram-se ainda mais belos.<br />

Se fizéssemos uma ladainha do Coração<br />

de Jesus, incluiríamos outras invocações.<br />

E, portanto, ao lado de “Coração<br />

de Jesus, fonte de toda consolação”,<br />

eu poria: “Coração de Jesus,<br />

fonte de toda combatividade inexpugnável”;<br />

“Coração de Jesus, fonte de toda<br />

incompatibilidade insanável”; “Coração<br />

de Jesus, fonte da guerra santa,<br />

tende piedade de nós e dai-nos força!”<br />

Então aí fica uma combatividade<br />

que não é a do Bismarck 1 , nem do Moltke<br />

2 . Eu elogio muito aquele vorwärts<br />

do Moltke. Mas, passando pela minha<br />

alma, quem vai para a frente é Ele, é<br />

Ela! É uma coisa completamente diferente.<br />

E o vorwärts d’Ele e d’Ela é o<br />

avançar de uma outra<br />

índole.<br />

Tenho vontade de<br />

chorar quando ouço alguém<br />

dizer, por exemplo,<br />

“<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> é combativo”,<br />

entendendo<br />

mal o significado dessa<br />

palavra. Eu sei que sou<br />

combativo, mas isso<br />

não diz nada. Será que<br />

não percebem qual é o<br />

ponto de partida dessa<br />

combatividade? Eis<br />

o que se deveria ver,<br />

e não se vê: o Santíssimo<br />

Sacramento, Nosso<br />

Senhor realmente presente<br />

entre nós. Se forem<br />

tocar ali, a combatividade<br />

não é a mesma<br />

daquela de um homem<br />

que está defendendo<br />

seu cofre! Então<br />

seria preciso comparar isso com as formas<br />

erradas de combatividade.<br />

Abundância, precisão e<br />

riqueza das observações<br />

de <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong><br />

Outro lado seria o do pensamento.<br />

Mas ainda é o mesmo ponto de partida.<br />

A inocência primeira, o gosto de<br />

todas as coisas que nós temos proclamado,<br />

é apenas uma disposição de alma<br />

que, levada às últimas consequências<br />

e posta diante desses dados sobrenaturais,<br />

entrega-se ao sobrenatural<br />

inteiramente como sendo o cume<br />

do que existe, o qual, se negado, todo<br />

o resto perde o sentido.<br />

Para mim tudo se desfaria, nada<br />

tomaria significado. Nenhuma coisa<br />

bela ser-me-ia atraente e nada de<br />

hediondo me seria repulsivo, se esse<br />

cume não existisse, porque, de fato,<br />

só amo aquilo, e só aquilo me explica.<br />

Examinem-me em tudo quanto<br />

conhecem de mim, no meu passado.<br />

Pessoas que me conhecem há tantos<br />

anos presenciaram fatos, ditos meus,<br />

expressões fisionômicas, afirmações,<br />

viram-me avançar, recuar, descansar,<br />

raras vezes brincar um pouquinho,<br />

gracejar, dormir. A esses pergunto:<br />

No que, uma vez e um pouco<br />

que seja, notaram que eu, no fundo,<br />

não tinha isso em vista?<br />

Por exemplo, mamãe. Eu queria<br />

tão bem a ela, e no momento em que<br />

me refiro a ela já a estou querendo<br />

bem. Mas na realidade, eu amava<br />

nela esse cume. Se a alma dela<br />

não fosse como que um relicário disso,<br />

eu teria o afeto e o respeito devidos<br />

à minha mãe. Mas não o afeto e<br />

o respeito que eu tenho a ela, que é<br />

muito maior por sentir nela isso.<br />

É muito bonito aliar o pensamento<br />

à ação, a meditação à observação.<br />

A observação enriquece a meditação<br />

e esta esclarece a observação; isso<br />

forma um círculo muito bonito. Essas<br />

coisas para mim são verdadeiras,<br />

mas vazias. Não me moveriam.<br />

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