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Revista Dr Plinio 243

Junho de 2018

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Divulgação (CC3.0)<br />

Martírio de Santo Artêmio - Biblioteca do Vaticano<br />

cebeu que se tinha tornado ariano.<br />

Para que o arianismo fosse derrotado<br />

foi necessária uma luta tremenda,<br />

durante a qual os Santos foram perseguidos,<br />

verteu-se muito sangue e o<br />

mundo não se converteu inteiramente<br />

dessa heresia. Depois apareceu o<br />

semiarianismo, que era uma tentativa<br />

de restaurar a heresia de Ario.<br />

Auxílio para os católicos<br />

dos últimos tempos<br />

Por fim, a voz vinda do Céu lhe<br />

assegura a morte de Juliano que seria<br />

sucedido por um imperador cristão,<br />

e a idolatria irremediavelmente<br />

destruída. Quer dizer, apesar de tudo,<br />

vinha o castigo purificador. Poderia<br />

ainda haver outras crises, mas<br />

a idolatria não renasceria mais.<br />

Tendo ouvido isso, Santo Artêmio<br />

fez mais ou menos como Simeão,<br />

que disse: “Senhor, agora podeis<br />

mandar em paz o vosso servo, porque<br />

meus olhos viram o Salvador”<br />

(cf. Lc 2, 29-30). O mártir certamente<br />

pensou: “Senhor, agora podeis<br />

mandar em paz o vosso servo, porque<br />

estes ouvidos ouviram o anúncio<br />

da derrota daquele que é a causa<br />

de todos os flagelos, e a afirmação<br />

de vossa vitória.” Inclinou a cabeça e<br />

foi decapitado. Morreu em paz.<br />

O que Santo Artêmio não viu<br />

nem soube é que tantos séculos depois<br />

o suplício e a varonilidade dele<br />

serviriam de estímulo para pessoas e<br />

nações, as quais ele nunca imaginaria<br />

que pudessem vir a existir.<br />

Assim são as coisas na Santa Igreja:<br />

nós sofremos e lutamos hoje, mas<br />

não sabemos de que auxílio esses sofrimentos<br />

serão para os católicos dos últimos<br />

tempos, cuja aflição será suprema<br />

quando, afinal de contas, estiverem esperando<br />

a hora de Nosso Senhor chegar.<br />

Talvez eles meditarão nas nossas<br />

lutas, nos nossos sofrimentos, na nossa<br />

espera pela realização das promessas<br />

de Fátima, e encontrarão no que fazemos<br />

um conforto que nós mesmos não<br />

sentimos, mas que as almas deles receberão<br />

pela nossa ação. v<br />

(Extraído de conferência de<br />

19/10/1966)<br />

1) Cf. ROHRBACHER, René-François.<br />

Vida dos Santos. São Paulo: Editora<br />

das Américas, 1959. v. XVIII, p.<br />

355-362.<br />

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