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Divulgação (CC3.0)<br />
Martírio de Santo Artêmio - Biblioteca do Vaticano<br />
cebeu que se tinha tornado ariano.<br />
Para que o arianismo fosse derrotado<br />
foi necessária uma luta tremenda,<br />
durante a qual os Santos foram perseguidos,<br />
verteu-se muito sangue e o<br />
mundo não se converteu inteiramente<br />
dessa heresia. Depois apareceu o<br />
semiarianismo, que era uma tentativa<br />
de restaurar a heresia de Ario.<br />
Auxílio para os católicos<br />
dos últimos tempos<br />
Por fim, a voz vinda do Céu lhe<br />
assegura a morte de Juliano que seria<br />
sucedido por um imperador cristão,<br />
e a idolatria irremediavelmente<br />
destruída. Quer dizer, apesar de tudo,<br />
vinha o castigo purificador. Poderia<br />
ainda haver outras crises, mas<br />
a idolatria não renasceria mais.<br />
Tendo ouvido isso, Santo Artêmio<br />
fez mais ou menos como Simeão,<br />
que disse: “Senhor, agora podeis<br />
mandar em paz o vosso servo, porque<br />
meus olhos viram o Salvador”<br />
(cf. Lc 2, 29-30). O mártir certamente<br />
pensou: “Senhor, agora podeis<br />
mandar em paz o vosso servo, porque<br />
estes ouvidos ouviram o anúncio<br />
da derrota daquele que é a causa<br />
de todos os flagelos, e a afirmação<br />
de vossa vitória.” Inclinou a cabeça e<br />
foi decapitado. Morreu em paz.<br />
O que Santo Artêmio não viu<br />
nem soube é que tantos séculos depois<br />
o suplício e a varonilidade dele<br />
serviriam de estímulo para pessoas e<br />
nações, as quais ele nunca imaginaria<br />
que pudessem vir a existir.<br />
Assim são as coisas na Santa Igreja:<br />
nós sofremos e lutamos hoje, mas<br />
não sabemos de que auxílio esses sofrimentos<br />
serão para os católicos dos últimos<br />
tempos, cuja aflição será suprema<br />
quando, afinal de contas, estiverem esperando<br />
a hora de Nosso Senhor chegar.<br />
Talvez eles meditarão nas nossas<br />
lutas, nos nossos sofrimentos, na nossa<br />
espera pela realização das promessas<br />
de Fátima, e encontrarão no que fazemos<br />
um conforto que nós mesmos não<br />
sentimos, mas que as almas deles receberão<br />
pela nossa ação. v<br />
(Extraído de conferência de<br />
19/10/1966)<br />
1) Cf. ROHRBACHER, René-François.<br />
Vida dos Santos. São Paulo: Editora<br />
das Américas, 1959. v. XVIII, p.<br />
355-362.<br />
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