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Revista Dr Plinio 243

Junho de 2018

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A sociedade analisada por <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong><br />

Nilfanion (CC3.0)<br />

Muralhas do Castelo de<br />

Beeston, Inglaterra<br />

liam liberdade e autoridade. Este é o<br />

sapientíssimo princípio da subsidiariedade<br />

que não dá nem em liberalismo<br />

nem em socialismo.<br />

Observem como os revolucionários<br />

quase não falam disto. Os socialistas<br />

e liberais discutem ente si como<br />

se o princípio de subsidiariedade<br />

não existisse, embora ele venha<br />

mencionado nas encíclicas do Magistério<br />

da Igreja, pelos bons sociólogos<br />

católicos de todos os tempos; foi<br />

largamente praticado na Idade Média.<br />

Esse princípio não é considerado,<br />

nem pelos liberais nem pelos socialistas,<br />

porque estraga com a mania<br />

dos dois. Quer dizer, ele não dá<br />

lugar nem à liberdade completa nem<br />

à igualdade total com que sonhava a<br />

Revolução Francesa, pois esse princípio<br />

estabelece uma hierarquia, limita<br />

tanto a autoridade quanto a liberdade,<br />

e isso irrita os revolucionários.<br />

Como surgiu o feudalismo<br />

aos poucos em castelo: construíram-<br />

-se as torres, primeiro de madeira e<br />

depois de pedra, para de longe poderem<br />

ver se o inimigo vinha. Avistado<br />

o inimigo, do alto da torre tocavam<br />

o sino ou o olifante para se reunirem<br />

todos na casa do patrão, e na<br />

torre eles resistiam.<br />

Aos poucos também foram fazendo<br />

muralhas cada vez maiores<br />

e também com suas torres, os valos<br />

de água, tudo construído em comum<br />

acordo entre os donos da propriedade<br />

e os trabalhadores, para não serem<br />

mortos ou aprisionados pelos<br />

bárbaros invasores. O castelo nasceu,<br />

portanto, da necessidade de todos<br />

de se defenderem.<br />

Era necessária uma autoridade<br />

para dirigir o castelo e a resistência<br />

contra o adversário. Ora, a autoridade<br />

é o patrão.<br />

Na época de paz, o patrão acabava<br />

servindo de juiz e de prefeito na<br />

zona onde o castelo está construído,<br />

e se tornava um senhor, ou seja, o<br />

agricultor com funções de juiz e delegado<br />

no lugar onde morava.<br />

Mas as invasões normandas, hunas,<br />

eram muito grandes, e tornava-<br />

-se conveniente e até necessário esno.<br />

Começam a aparecer as invasões<br />

dos hunos, normandos, sarracenos,<br />

etc. As comunicações entre as<br />

várias partes de um país eram muito<br />

difíceis por causa das estradas más;<br />

aparecem de repente os hunos. O resultado<br />

é que todos os trabalhadores<br />

tendem a reunir-se em torno da casa<br />

maior, mais forte, mais rica, e dali<br />

lutar para se defender contra o invasor.<br />

Sendo a casa do patrão de interesse<br />

de todos, ela foi se transformando<br />

Francisco Águia<br />

Na Idade Média, esse princípio<br />

teve aplicação no feudalismo. Compreende-se<br />

bem isso considerando<br />

como surgiu a maior parte dos feudos.<br />

Imaginemos as terras lavradas,<br />

cultivadas, no tempo de Carlos Mag-<br />

Castelo dos Templários - Castelo Branco, Portugal<br />

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