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3rd meeting of young researchers at UP 1 - IJUP - Universidade do ...

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IJ<strong>UP</strong>’S POSTER 2010<br />

Marlene Couceiro<br />

Departamento de Design, FBA<strong>UP</strong>, <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Porto, Portugal<br />

O cartaz <strong>do</strong> IJ<strong>UP</strong> 2010 é ele próprio o resulta<strong>do</strong> de um processo de investigação,<br />

desenvolvi<strong>do</strong> no âmbito da disciplina de Design III sob orientação <strong>do</strong> pr<strong>of</strong>essor<br />

Rui Men<strong>do</strong>nça. Este cartaz nasce para anunciar a existência <strong>do</strong> acontecimento<br />

que é o terceiro encontro de jovens investiga<strong>do</strong>res da <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Porto e<br />

para motivar os alunos da <strong>UP</strong> <strong>do</strong> 1º ou 2º ciclo, para a inscrição e participação<br />

no encontro.<br />

Primeiro é preciso encontrar, depois pode-se procurar. O conhecimento<br />

procura<strong>do</strong> é apenas uma consequência <strong>do</strong> que foi de início encontra<strong>do</strong>.<br />

J. Gebser<br />

O ponto de partida para desenvolver este projecto foi a necessidade de saber e<br />

pesquisar mais (investigar o que já foi feito, o que se pretende <strong>at</strong>ingir, o público<br />

a que se destina, o conteú<strong>do</strong> a transmitir). Para isso consultei o site <strong>do</strong> ijup,<br />

analisei as propostas de cartazes feitas nos anos anteriores e pesquisei cartazes<br />

para o mesmo tipo de eventos. Após a investigação de fontes, o próximo passo<br />

foi a planificação e organização <strong>do</strong> projecto individual.<br />

Ten<strong>do</strong> como base o labirinto, enquanto espaço forma<strong>do</strong> por um confuso<br />

conjunto de caminhos, que têm como objectivo dificultar ao máximo a saída,<br />

parti para o desenvolvimento <strong>do</strong> meu cartaz. Sen<strong>do</strong> o conceito de labirinto,<br />

símbolo de procura, investigação e pesquisa o impulso para a produção <strong>do</strong> mesmo. Esta ideia de investigação é reforçada<br />

<strong>at</strong>ravés <strong>do</strong> uso de <strong>do</strong>is r<strong>at</strong>os de labor<strong>at</strong>ório, sen<strong>do</strong> o r<strong>at</strong>o o animal preferi<strong>do</strong>, para usar em testes médicos, pois a fisiologia é<br />

semelhante à fisiologia <strong>do</strong>s humanos e o seu perío<strong>do</strong> de gestação é muito curto.<br />

O cartaz estava sujeito à crítica e às sugestões da turma, bem como <strong>do</strong> pr<strong>of</strong>essor, os quais avaliavam e proponham algumas<br />

correcções, sempre que existia a possibilidade de executar melhorias, o que fez com que o cartaz fosse s<strong>of</strong>ren<strong>do</strong> algumas<br />

alterações ao longo das aulas.<br />

A grelha que utilizei, para este cartaz, foi uma que me fornecesse apenas uma margem para separar o texto <strong>do</strong> limite e optei<br />

pela escolha de uma composição assimétrica.<br />

No design gráfico a cor é fundamental, quan<strong>do</strong> bem usada proporciona uma maior eficácia na comunicação visual e torna o<br />

cartaz mais <strong>at</strong>ractivo. O meu cartaz é a cores, o que confere um maior realce à mensagem. As cores escolhidas foram o azul, a<br />

principal cor das qualidades intelectuais. A sua típica combinação é azul-branco. Estas são as principais cores da inteligência,<br />

sabe<strong>do</strong>ria, da ciência e da concentração. Sempre que tenha de pre<strong>do</strong>minar a fria razão face à paixão, o azul é a cor principal. A<br />

cor branca também é aquela que está associada a tu<strong>do</strong> aquilo que está limpo e esteriliza<strong>do</strong>. O preto é a cor mais objectiva e<br />

esteve associada a tecnologia durante bastante tempo, tu<strong>do</strong> o que aparecia como produto da técnica mais moderna era preto.<br />

Hoje o preto parece ser sinónimo de credibilidade e verdade. As minhas maiores preocupações na escolha das cores foi a sua<br />

relação com o tema e estabelecer uma ordem de leitura, é por isso que a cor é um <strong>do</strong>s elementos mais importantes no que diz<br />

respeito ao design, pois funciona como elemento orienta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> olhar <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r. O designer tem pouco, ou nenhum, controlo<br />

sobre o local onde os cartazes irão aparecer e sobre o que os irá rodear. Por este motivo, o tamanho <strong>do</strong> texto deve ser legível a<br />

uma certa distância. Preocupei-me em assegurar a legibilidade da informação secundária, pois se o receptor não conseguir<br />

chegar facilmente a mensagem que o cartaz pretendia anunciar, <strong>at</strong>ravés da mancha de texto principal, chegaria <strong>at</strong>ravés da<br />

informação secundária, que apesar de legível, o tamanho das letras é pequeno, pelo que não desafia a tipografia principal,<br />

fican<strong>do</strong> antes modestamente arrumada no plano de fun<strong>do</strong><br />

Podemos fixar ou esquecer as imagens, mas captamo-las rapidamente! Neste cartaz eu pretendi o efeito contrário, um cartaz<br />

que não fosse demasia<strong>do</strong> directo, ou seja, pretendia que ele mesmo fosse um objecto de descodificação, em que a ideia, o<br />

evento só seriam capta<strong>do</strong>s após um exercício de análise, investigação <strong>do</strong> cartaz, <strong>do</strong>s grafismos <strong>do</strong> cartaz. O uso exclusivo de<br />

tipografia foi uma opção tomada ten<strong>do</strong> como objectivo proporcionar e fortalecer a curiosidade, codificar uma mensagem e<br />

estabelecer um paralelismo com o processo de investigação. Considero que o resulta<strong>do</strong> final não é de fácil leitura, no entanto<br />

ten<strong>do</strong> em conta as características <strong>do</strong> evento que projecta e o seu público alvo, entendi que esse era um efeito que pretendia.<br />

O designer é uma nova espécie de artista, um cria<strong>do</strong>r capaz de entender todas as formas de necessidades: não por ser um<br />

prodígio, mas porque sabe como abordar as necessidades <strong>do</strong>s homens de acor<strong>do</strong> com um méto<strong>do</strong> bem defini<strong>do</strong>. Gropius<br />

O trabalho <strong>do</strong> designer não diz apenas respeito à aparência superficial das coisas. To<strong>do</strong> o design de comunicação exige uma<br />

procura de formas visuais para que possa transmitir mensagens e ideias. O resulta<strong>do</strong> final <strong>do</strong>s designers não é fruto de um<br />

“<strong>do</strong>m n<strong>at</strong>ural” que nasce com ele, mas sim de um trabalho de investigação.<br />

474 3 rd <strong>meeting</strong> <strong>of</strong> <strong>young</strong> <strong>researchers</strong> <strong>at</strong> <strong>UP</strong>

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