AFRICAN
ahm20
ahm20
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
a consecução da cobertura universal de saúde com<br />
participações voluntárias e associações mutualistas de<br />
pequena dimensão. A longo prazo, a cobertura universal<br />
de saúde obrigatória e o financiamento público serão<br />
mais indicados para garantir uma cobertura adequada,<br />
equitativa e sustentável das populações.<br />
A Increasing equity among<br />
community-based health insurance<br />
members in Rwanda. ........ 58<br />
Accroître l’équité parmi les souscripteurs de<br />
l’assurance-maladie à base communautaire au<br />
Rwanda<br />
SUMMARY—Le taux de couverture du régime<br />
d’assurance-maladie à base communautaire (AMBC)<br />
lancé par le Gouvernement du Rwanda est passé à<br />
91 % de la population en 2010, contre 7 % seulement<br />
en 2003. Initialement, tous les souscripteurs de l’AMBC<br />
payaient les mêmes primes, indépendamment de leurs<br />
revenus personnels, si bien que les citoyens les plus<br />
pauvres éprouvaient des difficultés à payer leurs primes<br />
(près de 1,50 dollar EU par personne). Il fallait donc<br />
d’urgence un mécanisme permettant de garantir l’accès<br />
aux soins de santé pour les couches les plus vulnérables,<br />
tout en œuvrant à la promotion de l’équité entre tous<br />
les assurés. Le Gouvernement du Rwanda a donc décidé<br />
d’introduire un système de stratification basé sur la<br />
situation socioéconomique de la population, système<br />
appelé Ubudehe. De concert avec les partenaires, y<br />
compris le Projet de renforcement des systèmes de<br />
santé intégrés (IHHSSP), le Gouvernement du Rwanda a<br />
mis en place une base de données classant les citoyens<br />
rwandais en catégories, selon le niveau de leurs revenus.<br />
Jusqu’à présent, des informations concernant 10 millions<br />
de résidents, soit 96 % de toute la population du pays,<br />
ont été enregistrées dans la base de données, facilitant<br />
ainsi l’identification des couches les plus vulnérables<br />
du point de vue socioéconomique (environ 25 % de la<br />
population). L’identification des couches les plus pauvres<br />
a été suivie d’une augmentation des fonds destinés à<br />
l’AMBC, à la faveur de l’identification des individus ayant<br />
une plus grande capacité à payer. La base de données<br />
a ainsi permis d’améliorer la viabilité financière et les<br />
capacités de gestion du régime de l’AMBC.<br />
Aumentar a equidade entre os membros do<br />
seguro de saúde de base comunitária no Ruanda<br />
SUMÁRIO—O regime de seguro de saúde de base<br />
comunitária (CBHI) lançado pelo Governo do Ruanda,<br />
abrangeu 91% da população em 2010, começando<br />
com 7% em 2003. Inicialmente, todos os membros do<br />
CBHI pagavam as mesmas taxas, independentemente<br />
do seu rendimento pessoal, e os cidadãos mais pobres<br />
tinham dificuldade em pagar o seguro (quase 1,5 dólares<br />
americanos por pessoa). Como tal, era urgentemente<br />
necessário dispor de um mecanismo que garantisse o<br />
acesso aos cuidados de saúde para os mais vulneráveis<br />
e promovesse a equidade entre os membros. O<br />
Governo do Ruanda decidiu introduzir um sistema de<br />
estratificação baseado no estatuto socioeconómico da<br />
população, conhecido como Ubudehe. Em conjunto<br />
com os parceiros, incluindo o projecto de reforço dos<br />
sistemas integrados de saúde (sigla em inglês - IHSSP),<br />
o Governo do Ruanda desenvolveu uma base de dados<br />
nacional que estratifica os seus cidadãos conforme o seu<br />
rendimento. Até à data, a base de dados conta já com 10<br />
milhões de registos de residentes, o que representa 96%<br />
da população do Ruanda. Esta base de dados ajudou<br />
a identificar as pessoas mais vulneráveis com base no<br />
estatuto socioeconómico (cerca de 25% da população).<br />
A identificação dos mais pobres possibilitou um<br />
aumento dos fundos do CBHI graças à identificação dos<br />
indivíduos que têm uma maior capacidade para pagar.<br />
Por conseguinte, a base de dados melhorou a viabilidade<br />
financeira e a capacidade de gestão do regime do CBHI.<br />
B L’impact des modalités<br />
d’allocation des ressources dans<br />
les mécanismes d’exemption sur<br />
l’équité : Plan Sésame,<br />
Sénégal. .................. 63<br />
Impact of resource allocation arrangements on<br />
equity exemption mechanisms: Plan Sésame,<br />
Senegal<br />
SUMMARY—The majority of exemption policies in<br />
sub-Saharan Africa provide, de facto, for so-called<br />
passive resource allocation arrangements. Plan Sésame<br />
– an exemption mechanism adopted in Senegal in<br />
2006 and targeting those aged over 60 years – is no<br />
exception to this rule. It is based on user fees as a service<br />
purchase method. This article examines the effects of<br />
the passive service purchase method on equitable access<br />
to care under Plan Sésame. The analysis is based on a<br />
household survey conducted in Senegal from May 2012<br />
to July 2013. It uses a mixed methodology, combining<br />
review of policy documents, stakeholder analysis and a<br />
household survey. The findings show that Plan Sésame is<br />
characterized by hybrid funding, which advantages older<br />
persons in the formal sector who have greater access to<br />
hospitals. It is thus these people who capture the larger<br />
proportion of the budget allocated under the Plan. In<br />
sum, the most advantaged social groups and persons<br />
living in urban areas stand a greater chance of accessing<br />
Plan Sésame resources.<br />
Modalidades de afectação de recursos nos<br />
mecanismos de isenção e o seu impacto sobre a<br />
equidade: Plano Sésamo, Senegal<br />
SUMÁRIO—A maior parte das políticas de isenção na<br />
África Subsariana aplicam, efectivamente, modalidades<br />
ditas passivas de afectação de recursos. O Plano Sésamo,<br />
um mecanismo de isenção adoptado no Senegal em<br />
2006, destinado aos cidadão com idade igual ou superior<br />
a 60 anos, não foge à regra: baseia-se no pagamento<br />
directo como modalidade de aquisição de serviços. Este<br />
artigo pretende explorar o efeito desta modalidade<br />
passiva de aquisição de serviços na equidade do acesso<br />
aos cuidados do Plano Sésamo. A nossa análise assenta<br />
num inquérito realizado no Senegal entre Maio de<br />
2012 e Julho de 2013. Utilizou-se uma metodologia<br />
mista incluindo uma revisão de documentos de política,<br />
uma análise das partes interessadas e um inquérito<br />
aos agregados familiares. Os resultados mostram que<br />
o Plano Sésamo caracteriza-se por um financiamento<br />
híbrido que privilegiou as pessoas idosas que recorrem<br />
ao sector formal e têm um melhor acesso aos hospitais,<br />
os quais captaram uma grande parte dos orçamentos<br />
afectados ao Plano Sésamo. Em suma, as camadas sociais<br />
mais favorecidas e as que residem nos meios urbanos<br />
têm mais oportunidades de acederem aos recursos do<br />
Plano Sésamo.<br />
The Post-2015 African Health Agenda and UHC: Opportunities and challenges, the third AfHEA international scientific conference, Kenya, March 2014 (see page 2).<br />
72<br />
<strong>AFRICAN</strong> HEALTH MONITOR • OCTOBER 2015