manejo de insectos plagas05-10 - projeto pirada
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Arapaima mortos por ano. Apesar <strong>de</strong>ste nível <strong>de</strong> exploração, Arapaima parece<br />
ter sido bastante abundante próximo as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s da Amazônia e centros <strong>de</strong><br />
exportação do bacalhau até o início dos anos 60. Entretanto, nos anos 70 Arapaima<br />
tornou-se altamente escasso e nos anos 80 foi comercialmente extinto próximo às<br />
gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s da Amazônia (Goulding, 1980). Des<strong>de</strong> 1975 Arapaima é listado<br />
como CITES II. Políticas <strong>de</strong> <strong>manejo</strong> e conservação necessitam não somente proteger<br />
Arapaima, mas também consi<strong>de</strong>rar as necessida<strong>de</strong>s socioeconômicas locais.<br />
Nós usamos nossos resultados das análises genéticas para investigar quantas reservas<br />
são necessárias para manter a viabilida<strong>de</strong> genética e econômica das<br />
populações <strong>de</strong> Arapaima gigas <strong>de</strong>ntro da bacia Amazônica. Além disso, nós preten<strong>de</strong>mos<br />
i<strong>de</strong>ntificar áreas <strong>de</strong>ntro da várzea com alto potencial para o sucesso<br />
<strong>de</strong>ste <strong>projeto</strong>.<br />
Métodos<br />
Para investigar a conectivida<strong>de</strong> entre nossas localida<strong>de</strong>s amostradas, nós usamos<br />
uma análise multivariada (Koenig, 1999; Diniz-Filho & Telles, 2002) para testar<br />
uma associação entre a distância genética e a distância geográfica das amostras.<br />
Na matriz geográfica um par <strong>de</strong> amostras é codificado como 1 se as localida<strong>de</strong>s<br />
são «conectadas», e 0 se as localida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>sconectadas. As distâncias genéticas<br />
foram calculadas usando-se a «distância genética P não-corrigida» obtidas dos<br />
dados <strong>de</strong> DNA mitocondrial (Hrbek et al., 2005) e microssatélites (Farias et al.,<br />
2003, 2005). O teste estatístico <strong>de</strong> Mantel foi usado para testar a correlação entre<br />
a matriz <strong>de</strong> distância geográfica e genética, e a significância testada através <strong>de</strong><br />
permutações. Diferentes matrizes com conectivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> 500 km<br />
foram criadas e correlacionadas com a matriz <strong>de</strong> distâncias genética. Para maiores<br />
<strong>de</strong>talhes sobre a construção das matrizes ver Koenig (1999) e Diniz-Filho & Telles<br />
(2002). A falta <strong>de</strong> significância nesta distância geográfica implica em diferenciação<br />
em distancias maiores do que aquelas codificadas como «conectadas» na matriz<br />
<strong>de</strong> distância (Koenig, 1999; Diniz-Filho & Telles 2002).<br />
Resultados e Discussão<br />
Baseados nas análises <strong>de</strong> 127 indivíduos <strong>de</strong> Arapaima amostrados <strong>de</strong> sete diferentes<br />
localida<strong>de</strong>s da bacia Amazônica, os resultados obtidos <strong>de</strong> genes mitocondriais<br />
não apresentaram nenhuma associação significante da distância genética com a<br />
distância geográfica (teste <strong>de</strong> Mantel, r = -0.047, p = 0.585); entretanto uma<br />
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