Estudos Camonianos_1975.pdf - Universidade de Coimbra
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E termina com a tradução inglesa e recitação em português<br />
da estância 97 do canto III dos Lus{adas, em que o<br />
sobrinho <strong>de</strong> D. Bento <strong>de</strong> Camões (9), prior do Mosteiro <strong>de</strong><br />
Santa Cruz, tão ligado ao Studium Generale conimbricense,<br />
fala das glórias da cida<strong>de</strong> tmiversitária.<br />
Nabuco aplica a estância <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> (10) a Vassar<br />
College, pondo, na tradução, em lugar <strong>de</strong> «em <strong>Coimbra</strong>» o<br />
inglês «by woman» e, em vez da expressão «do Mon<strong>de</strong>go»,<br />
a inglesa «of the Hudson». Assim, com a substituição <strong>de</strong><br />
«<strong>Coimbra</strong>» por «woman» e <strong>de</strong> «Mon<strong>de</strong>go» por «Hudson»,<br />
a realida<strong>de</strong> lusitana fica aclimatada em terras do Novo<br />
Mundo. O mais curioso é que <strong>Coimbra</strong>, para os seus<br />
cantores, é mulher, como se diz num antigo fado <strong>de</strong> estudantes<br />
que a proclama «menina e moça».<br />
A sua última conferência camoniana é em ComeU<br />
University, em 23 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1909.<br />
Aí se ocupa dos «Lus{adas como Epopeia do Amor»<br />
e se proclama rapsodo <strong>de</strong> Camões:<br />
«For the third time I appear before an American<br />
College as a Camonian Rhapso<strong>de</strong>; alas! not, like the<br />
Greek rhapso<strong>de</strong>s, to repeat the poet' s own verses, but to<br />
translate them into foreign prose, taking away much of<br />
his powen>.<br />
Aproveita a oportunida<strong>de</strong> para se referir à língua <strong>de</strong><br />
Os Lus{adas e esclarecer o sentido <strong>de</strong> espanhol e hispânico<br />
que andam geral e intencionalmente confundidos. Tal<br />
como Nabuco proclamou em 1909, nós, pelo menos em<br />
Portugal, continuamos preferindo «Ibérico» a «Hispânico».<br />
Mas <strong>de</strong>ixemos falar o Embaixador do Brasil: «l hope these<br />
addresses on Camões will call the attention of a few among<br />
the American stu<strong>de</strong>nts to one of the greatest names of<br />
mo<strong>de</strong>m Literature and to the beauty and poetry of our<br />
language. I am often asked to speak in Spanish, so general<br />
is the belief that in Brazil we speak Spanish. The expression<br />
Spanish America is used here for the whole of Latin Ame-<br />
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