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ACTA N.º 5 /2010 SESSÃO ORDINÁRIA DE 30-06-2010

ACTA N.º 5 /2010 SESSÃO ORDINÁRIA DE 30-06-2010

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L<br />

D A<br />

F I G U E I R A D A F O Z<br />

<strong>ACTA</strong> N.<strong>º</strong> 5 /<strong>2010</strong><br />

<strong>SESSÃO</strong> <strong>ORDINÁRIA</strong><br />

<strong>DE</strong> <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong>


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------<br />

DATA - <strong>30</strong> de Junho de <strong>2010</strong>------------------------------------------------------<br />

INICIO - 16h00------------------------------------------------------------------<br />

A sessão iniciou-se com a presença de:------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE - Vítor Frederico da Silva Figueiredo Pais........................PSD<br />

1<strong>º</strong> SECRETÁRIO - António Azenha Gomes.........................................PSD<br />

2ª SECRETÁRIA – Ana Elisabete Laborda Oliveira...............................PSD<br />

MEMBROS - José António Nogueira dos Santos .................MOVIMENTO FIGUEIRA 100%<br />

João Paulo Correia Rodrigues ........................................PS<br />

Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes ..................................PSD<br />

Anabela Almeida Marques e Gaspar ....................................PS<br />

Vítor Manuel Andrade Margato em substituição .......................PSD<br />

António Jorge Rodrigues Pedrosa ..................MOVIMENTO FIGUEIRA 100%<br />

Manuel Simões Mota ..................................................PS<br />

Adelino da Costa Pinto ..............................................PS<br />

António Francisco Guerra Padrão ....................................PSD<br />

Elisa Maria Coimbra Matos ........................MOVIMENTO FIGUEIRA 100%<br />

Nelson César Santos Fernandes ......................................CDU<br />

Sara dos Santos Ribeiro Marques em substituição .....................PS<br />

David Manuel Fajardo Azenha ........................................PSD<br />

Tiago Gomes Teodósio Castelo Branco em substituição .................PS<br />

Carlos Alberto Pais dos Santos ...................MOVIMENTO FIGUEIRA 100%<br />

Francisco Nuno Costa de Melo Biscaia ................................PS<br />

Marina Resende Gomes da Silva .......................................PS<br />

João Paulo Águas Tomé Ferreira dos Santos ...........................BE<br />

Isabel Maria de Oliveira F. G. Coimbra Barriga ...MOVIMENTO FIGUEIRA 100%<br />

Diogo Coelho Feteira em substituição ................................PS<br />

Manuel António Fernandes Domingues .................................PSD<br />

Mafalda Sofia Mendes Azenha .........................................PS<br />

Maria Margarida de Oliveira Monteiro Fontoura ......................PSD<br />

Luís Nuno de Almeida e Castro .......................................PS<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTES <strong>DE</strong> JUNTAS <strong>DE</strong> FREGUESIA<br />

(Alhadas) Jorge Manuel Rocha Oliveira ............................PSD<br />

(Alqueidão) Maria Caeiro Marques Simão .............................PSD<br />

(Bom Sucesso) Dário Figueiredo Acúrcio ...............................PSD<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

(Borda do Campo) José António Carvalho Gaspar ............................PS<br />

(Brenha) Fausto Fernando Santos Loureiro .........................PS<br />

(Buarcos) José Manuel Matias Tavares ..............................PS<br />

(Ferreira-a-Nova) Euclides Pagaimo de Jesus Frade ........................PSD<br />

(Lavos) José Elísio Ferreira de Oliveira ...............IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />

(Maiorca) Filipe Humberto Mateus Dias ............................PSD<br />

(Marinha das Ondas) Manuel da Conceição Rodrigues Nada ......................PS<br />

(Moinhos da Gândara) Paulo Manuel Querido Rodrigues .........................PSD<br />

(Paião) Adriano João Martins Alves em substituição ..............PS<br />

(Quiaios) Carlos Manuel da Silva Rabadão .........................PSD<br />

(Santana) Fernanda do Rosário Oliveira ...........................PSD<br />

(S. Julião) Fernando Góis Moço ......................................PS<br />

(São Pedro) Carlos Manuel Azevedo Simão ....................IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE<br />

(Tavarede) Victor Manuel dos Santos Madaleno .......................PS<br />

(Vila Verde) João Filipe Carronda da Silva Antunes ...................PS<br />

Após verificação do quórum, deu-se início à sessão.-----------------------------<br />

SUBSTITUIÇÕES<br />

Foram substituídos os membros: Maria dos Prazeres Alves de F. de Mendanha e<br />

Albergaria por Sara dos Santos Ribeiro Marques, Fortunato Carlos Alves da Costa<br />

por Tiago Gomes Teodósio Castelo Branco, António Manuel Pereira Simões por Diogo<br />

Coelho Feteira, João Paulo Gonçalves Pinto por Adriano João Martins Alves e<br />

Maria Isabel Gaspar Ferreira de Sousa por Vítor Manuel Andrade Margato.---------<br />

JUSTIFICAÇÃO <strong>DE</strong> FALTAS<br />

Justificaram as faltas os membros: Maria dos Prazeres Alves de F. de Mendanha e<br />

Albergaria, Fortunato Carlos Alves da Costa, António Manuel Pereira Simões, João<br />

Paulo Gonçalves e Maria Isabel Gaspar Ferreira de Sousa.------------------------<br />

A - PERÍODO <strong>DE</strong> ANTES DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />

1.1 - LEITURA DO EXPEDIENTE E PRESTAÇÃO <strong>DE</strong> ESCLARECIMENTOS<br />

PRIMEIRO SECRETÁRIO, interveio para fazer a leitura resumida da correspondência<br />

recebida.-----------------------------------------------------------------------<br />

Acrescentou ainda que na sequência das eleições havidas no passado dia dezoito<br />

de Abril, a Mesa deu posse ao Sr. Carlos Manuel da Silva Rabadão --------------<br />

1.2 – APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DAS <strong>ACTA</strong>S DAS SESSÕES <strong>DE</strong> 25 <strong>DE</strong> ABRIL <strong>DE</strong><br />

<strong>2010</strong> E <strong>DE</strong> 29 <strong>DE</strong> ABRIL <strong>DE</strong> <strong>2010</strong><br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, interveio dizendo: “acta da sessão de 25 de Abril,<br />

alguém tem algum comentário a fazer? Assim sendo, ponho à votação.”-------------<br />

A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a acta da sessão de<br />

25 de Abril de <strong>2010</strong>.------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “punha agora à vossa apreciação a<br />

acta do passado dia 29 de Abril, alguém quer fazer algum comentário?”-----------<br />

JOÃO RODRIGUES (PS), interveio dizendo: “não tenho nenhum comentário a fazer ao<br />

conteúdo da acta, só que, na primeira sessão, levantei o problema sobre a<br />

escrita das actas e queria dizer que, verifico que elas melhoraram<br />

substancialmente. Existem alguns pequenos pormenores de escrita, mas também<br />

fazer uma acta com setenta páginas não é fácil. Quero dar os meus parabéns, à<br />

pessoa que está encarregue de elaborar as actas.”-------------------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), interveio dizendo: “na página 38 na minha intervenção é aqui<br />

transcrito, a procura de uma expressão técnica e consegui encontrá-la que é a<br />

amnésia interrogada, por acaso às vezes interrogo-me das amnésias, mas não é<br />

interrogada é ante-ograda.”-----------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PEDROSA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “na página 11,<br />

apenas uma pequena correcção, que tem a ver com o facto de ter utilizado um<br />

termo utilizado pelo Dr. Pedro Malta da Figueira Grande Turismo, em que ele<br />

falava acerca da altura da clusterização do turismo e aparece aqui<br />

plasterização, é apenas um pormenor, que acho que se repete à frente na<br />

intervenção da minha colega Elisa Matos, portanto é clusterização. E há aqui um<br />

laser, lazer e laser, nós não podemos convidar as pessoas para virem terem lazer<br />

e serem aniquiladas com um laser.-----------------------------------------------<br />

Subscrevo um pouco a intervenção do João Paulo Rodrigues, há uma evolução muito<br />

positiva em termos dos conteúdos que se têm passado na Assembleia Municipal.”---<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “a Mesa agradece. Há alguns<br />

deputados que voluntariamente têm colaborado na revisão, porque como calcularão<br />

não é fácil ouvir tantas cassetes, quatro ou cinco horas de cassetes, fazer a<br />

sua transcrição e depois a sua correcção. É um trabalho intenso, os recursos são<br />

poucos, mas felizmente continuamos a contar com a colaboração de todos vós que,<br />

como é óbvio queiram e estejam disponíveis para colaborarem com a Mesa.---------<br />

Não havendo mais nada punha de imediato à votação, com as ressalvas que aqui<br />

foram tratadas.”----------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, aprovar a acta da sessão de<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

29 de Abril de <strong>2010</strong>.------------------------------------------------------------<br />

2 – INTERVENÇÃO DO PÚBLICO<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “temos inscrito o munícipe, António<br />

Maria Maia, da Figueira da Foz, que nos vem fazer uma intervenção sobre o tema<br />

venda ambulante.” --------------------------------------------------------------<br />

MUNÍCIPE, ANTÓNIO MARIA MAIA, interveio dizendo: “venho aqui tentar resolver uma<br />

situação que andei seis meses para resolver, que até hoje ainda não consegui.---<br />

Como todos sabem, tenho uma roulotte de comidas rápidas, cachorros, bifanas e<br />

hambúrgueres, que se encontrava no Parque da Gaivotas, desde o tempo do Sr. Eng.<br />

Aguiar de Carvalho, vai para 16 anos, que estava naquele posto de venda.--------<br />

Este ano, o Sr. Vice-Presidente Carlos Monteiro, entendeu que a roulotte tinha<br />

que sair de lá, não é que o regulamento da venda ambulante a fosse proibir da<br />

venda, porque diz o regulamento da venda ambulante, que também, por sinal é do<br />

tempo do Eng. Aguiar de Carvalho, não conta lá que a roulotte estivesse a<br />

estorvar em nada nem ninguém, nem estava ao pé do posto de outro tipo de<br />

comércio, nem de monumentos.----------------------------------------------------<br />

O Sr. vereador entendeu que havia de tirar a minha roulotte, se não rebocaria a<br />

mesma. A roulotte como lá estava há dezasseis anos precisou de intervenções<br />

mecânicas, porque o chassis estava todo podre e teve que prolongar a estadia da<br />

roulotte por mais tempo e até essa data o Sr. vereador nunca me passou licença<br />

para lá.------------------------------------------------------------------------<br />

Eu costumava ter licenças anuais, e este ano coloquei o requerimento a 5 de<br />

Janeiro, a única coisa que me foi passada, foi uma licença de três meses,<br />

Janeiro, Fevereiro e Março.-----------------------------------------------------<br />

O Sr. vereador, em reunião que tive com ele, disse-me que ao fim desses três<br />

meses que me passaria uma licença de dois em dois meses até atingir o ano<br />

seguinte, e que a roulotte se manteria ali no posto. É a vontade do Sr.<br />

vereador, que retirasse a roulotte dali para outro lado, onde lhe fiz a vontade.<br />

Coloquei o requerimento a 2 de Janeiro de <strong>2010</strong>, sou o primeiro em requerimento e<br />

sou colocado em sexto na fila dos vendedores ambulantes que não são da cidade,<br />

uns são de Poiares, da Moita, de Leiria. O único vendedor da Figueira sou eu e o<br />

outro vendedor que é o bolinhas, não sei se tem licença se não. Mas sou vendedor<br />

ambulante à mais de 20 anos e este ano está-me a acontecer estas coisas. Coloco<br />

os requerimentos para a bola, são-me indeferidos, coloco um requerimento para o<br />

Coliseu da tourada, que sempre fiz e sempre fiz as garraiadas dos estudantes,<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

coloquei um requerimento para a garraiada, o Sr. vereador fez-me o favor de me<br />

fazer ir ter com o Dr. Amaral, para pedir um requerimento para me autorizar a<br />

vender no recinto ao pé do Coliseu, e eu fui pedir o requerimento ao Dr. Amaral<br />

para ver se não via impedimento para ir vender na garraiada, e trouxe esse<br />

requerimento ao Sr. vereador, mas mesmo assim a licença não me foi emitida<br />

porque ele alertou que os estudantes tinham aquilo tudo vedado para eles, não é<br />

verdade porque uma coisa que está vedada tem gradeamento, as estradas não<br />

estavam vedadas, não tinham gradeamentos, não tinha circulação, não tinha nada,<br />

portanto era uma via publica que qualquer pessoa podia estar estacionado. Assim<br />

como lá estive estacionado a vender, aquilo que devia ter pago à câmara paguei<br />

aos estudantes que é uma coisa ilegal, pois devia ter pago a licença à câmara<br />

para poder lá vender, e assim foram os estudantes a cobrar a taxa de venda<br />

ambulante.----------------------------------------------------------------------<br />

Segunda, coloquei um requerimento para um quiosque de gelados para as Abadias,<br />

que não prejudica ninguém, para ao pé dos carrosséis que foram feitos há pouco<br />

tempo, foi-me reprovado, pois estava colocado muito perto de uma escola. Não ia<br />

vender gelados para a escola nem para pessoas que estavam na escola. E mais a<br />

mais a escola está a mais de quinhentos metros. E foi-me reprovado, porque<br />

estávamos a cinquenta metros da escola.-----------------------------------------<br />

Assim como na bola, coloco os requerimentos para a bola, levo daqui a licença da<br />

câmara, imediações para o Estádio Municipal José Bento Pessoa e depois acontece<br />

que se eu sou sozinho, vendo nas imediações do Estádio Municipal José Bento<br />

Pessoa, se vêem vendedores dos outros distritos, das outras terras, protege-se<br />

os vendedores que não são da terra.---------------------------------------------<br />

Os vendedores ambulantes que são de cá, que votam cá na câmara, que elegem o<br />

Presidente, os vereadores, os deputados da Assembleia Municipal não têm direito<br />

a vender na Figueira. E os outros todos que não são da Figueira têm direito a<br />

vender na Figueira. Isso acontece-me a mim, quando vou para Coimbra, Leiria,<br />

Aveiro, não vendo porque protegem os de lá. E na Figueira não consigo vender<br />

porque sou da Figueira, porque têm direito os outros que não são de cá. Está<br />

lógico? Há alguém que me possa responder a uma situação destas? Este ano foi-me<br />

passado uma licença de três meses, estou há sete meses sem licença, a não ser<br />

agora o mês da feira, que nas traseiras era só lixo. Acho que se eu pago as<br />

minhas licenças é para ser protegido.-------------------------------------------<br />

E se alguém quer dormir no parque tem que pagar a roulotte onde dorme. Não tem<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

que pagar só a roulotte que faz a venda, tem pagar as outras roulottes que estão<br />

a ocupar o parque. O Sr. vereador disse-me que não podia ocupar o parque, que<br />

tinha que tirar a roulotte de lá todos os dias. E os outros podem ocupar o<br />

parque?-------------------------------------------------------------------------<br />

Não autoriza uma licença para lá, quando eu já lá vendo há dezasseis anos.<br />

Porquê? Porque é que ele me faz isso? Tenho escrito a dizer de que partido sou?<br />

Agradecia que fosse resolvida a minha situação, pois estamos a entrar na época<br />

balneária, e que eu saiba a época balnear termina em Setembro, não em Agosto.”--<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “Sr. António Maia, vamos fazer<br />

chegar à câmara e em tempo oportuno as suas declarações, porque como é óbvio é a<br />

câmara que tem capacidade de intervenção sobre o tema, é a câmara que irá dar<br />

uma resposta.”------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “os espaços públicos não são<br />

susceptíveis de uso capião, nem de uso indefinido. Esta câmara quer regular e<br />

estabelecer normas bem definidas sobre esse aspecto. E em relação à questão,<br />

limito-me aos aspectos gerais, em relação aos usos e aos vários eventos que<br />

levamos a cabo, nós temos uma politica de privilegiar os estabelecimentos que<br />

estão domiciliados no concelho, atravessam uma grave crise e, que várias vezes<br />

nos invocam, os eventos que levamos a cabo em parceria com eles, não apoiamos<br />

nem os protegemos em relação à venda ambulante.---------------------------------<br />

Portanto, mais a mais em relação a esta situação, eu deparei também com um uso,<br />

que na minha perspectiva era abusivo porque, não estava nada licenciado para a<br />

área e, portanto, peço a quem invoca estas situações, que não se louve nas<br />

tradições ou nas más práticas e que invoque a violação de qualquer regulamento<br />

que porventura esteja definido.”------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “estamos a prestar esclarecimentos<br />

que, posteriormente, de acordo com aquilo que está definido na lei, serão<br />

prestados e terão a sua tramitação definida. Pela parte da Assembleia Sr.<br />

munícipe, estará como sempre disponível para que seja utilizada.”---------------<br />

3 – ASSUNTOS GERAIS <strong>DE</strong> INTERESSE DO MUNICÍPIO<br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “vou apresentar uma proposta para a<br />

constituição de um grupo de trabalho para acompanhamento e estudo do processo<br />

camarário designado por Parque desportivo de Buarcos, (documento que constitui o<br />

anexo número um à presente acta).-----------------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), interveio dizendo: “está estabelecido desde origem que<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

qualquer que seja o grupo municipal desta assembleia só se relaciona com<br />

entidades e instituições exteriores através da Mesa da Assembleia Municipal.----<br />

E o PS nesta assembleia furou o regimento, o que nós queremos é a comissão, o<br />

grupo de trabalho, o que nós queremos encontrar é aquilo que está no documento<br />

Parque Desportivo de Buarcos. Mas também no acompanhamento do processo daqui<br />

para a frente. Não necessariamente só para fazer história mas, para fazer<br />

acompanhamento para o futuro. Se porventura o PS, nesta assembleia, entende que<br />

a Mesa não é competente para interpretar o regimento, e que esta assembleia,<br />

através daquilo que é o item claro do regimento, que diz que a interpretação do<br />

regimento cabe à Comissão Permanente e que na Comissão Permanente foi claro,<br />

sete votos contra três, que a interpretação que fazia era aquela que fez. Na<br />

próxima assembleia municipal o PSD fará a apresentação de uma alteração ao<br />

Regimento, para que se clarifique claramente aqueles pontos que nós clarificámos<br />

na Comissão Permanente e vamos votar. E vamos ver se o regimento daqui para a<br />

frente estará de acordo com a interpretação que todos nós fizemos naquela<br />

reunião, todos nós não, a maioria de sete elementos.----------------------------<br />

Significa isto o seguinte: o PS está-se a refugiar e continua a afirmar,<br />

estranhamente, num enredo de interpretação jurídica que leva ao ponto de<br />

insultar a Mesa ao perverter aquilo que é o normal funcionamento desta<br />

assembleia, que é através da Mesa que nos relacionarmos com o exterior, ou seja,<br />

todos os requerimentos a solicitar devem passar pela Mesa da assembleia,<br />

conforme está estipulado.-------------------------------------------------------<br />

A nós não nos importa se o Sr. quer ficar com a bicicleta fique, deixe-nos é<br />

ficar a campainha que nós gostamos de música.-----------------------------------<br />

E a musica é o que vai resultar do que nós vamos ver naquele processo porque nós<br />

naquele grupo decidimos que o grupo de trabalho era de análise da história do<br />

processo desde a sua origem, e acompanhamento do processo para o futuro. O Sr.<br />

está aqui só a fazer história, gostava de saber se o Movimento Figueira 100%, se<br />

o CDU e se o BE concorda com essa perspectiva produtora do trabalho dessa<br />

comissão.-----------------------------------------------------------------------<br />

Não interfere com a actividade normal do funcionamento da câmara, isso decorre<br />

da actividade desta assembleia.-------------------------------------------------<br />

Sr. Presidente, trapalhada tem sido o que os senhores têm andado a fazer. Mas<br />

devo-lhe dizer mais, no mínimo esperava de si alguma originalidade, é que quando<br />

disse que o PSD fazia baixa politiquice, no mínimo devia ter dito SIC Mário<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Soares. Mas a esse Sr. nós também já respondemos. E a si respondo-lhe agora,<br />

quando o Sr. fizer baixa politiquice, como nós estamos a fazer, o Sr. estará bem<br />

na política, porque estará a fazer politica de forma correcta. O que o Sr. não<br />

percebe é que sempre que contradizem, o apontam, o criticam, o Sr. parece<br />

aqueles ouriços caixeiros, fica com os picos todos em pé. Não é assim que se faz<br />

politica. E se acha que é baixa politiquice, nós queremos ver, analisar,<br />

conversar, apurar e no contexto daquela reunião, acho que de forma tão clara<br />

ficou expressa a opinião de todos os que nela participaram, o Sr. não sabe o que<br />

é que é baixa politiquice, essa eu sei, andaram os senhores a fazer durante oito<br />

anos.”--------------------------------------------------------------------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “relativamente a<br />

este tema da constituição de um grupo de trabalho para o acompanhamento do dito<br />

processo do Parque Desportivo de Buarcos, o Movimento Figueira 100% foi parte<br />

interessada e integrante na decisão que acabou por ser tomada nessa reunião do<br />

dia 2 de Junho de <strong>2010</strong>.---------------------------------------------------------<br />

Somos agora surpreendidos pela apresentação de um parecer, não tive tempo de o<br />

ler, acabo pura e simplesmente por ficar surpreendido porque não consegui<br />

discernir isto da intervenção do Sr. deputado Biscaia, que de facto o parecer<br />

foi solicitado não pelo grupo municipal do PS, mas sim pela Câmara Municipal da<br />

Figueira da Foz, que não esteve presente. A votação foi executada e foi<br />

deliberada em função da interpretação que tínhamos do regulamento e do regimento<br />

desta assembleia. E, estas coisas, o Sr. deputado Biscaia sabe perfeitamente que<br />

nós pedimos parecer quando sabemos que ele nos vai ser favorável, porque senão<br />

não pedimos.--------------------------------------------------------------------<br />

O parecer tem o valor que tem, mas não me demove de maneira nenhuma da<br />

interpretação que continuo a dar ao regimento, que nós aprovámos no início do<br />

mandato desta assembleia municipal. E, portanto não é claro, não é imediato que<br />

a Comissão Permanente não tenha competência, mas de facto não me queria cingir a<br />

esse aspecto, queria cingir àquilo que foi motivação profunda dos deputados do<br />

Movimento Figueira 100% em terem votado favoravelmente e em quererem participar,<br />

de pleno direito, na constituição desse grupo de trabalho. Fundamentalmente<br />

porque nós começámos a aperceber-nos de que este processo, do qual não tivemos<br />

qualquer tipo de intervenção, nem do passado e eventualmente teremos em termos<br />

do futuro, quando nos for pedida a nossa opinião e o nosso voto. Temos todo o<br />

interesse em perceber quais são os contornos deste problema, o que é que<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

realmente está aqui subjacente a todo este processo. Começámos a perceber que,<br />

de facto, este projecto acabava por ser levado a cabo, ou pelo menos ser de<br />

alguma forma encabeçado pela câmara actual face a um fatalismo que lhe era<br />

criado e uma situação absolutamente contingente e de alguma forma, até gravosa<br />

da gestão do PSD em câmaras anteriores, que teria assumido compromissos de tal<br />

forma que era mais fácil concretizar o projecto e menos penoso do que o<br />

inviabilizar. Foi assim que as coisas começaram a vir para aqui. E, nessas<br />

circunstâncias nós começámos a questionarmo-nos se, de facto, uma câmara na<br />

situação dificílima em que a nossa se encontra, pode encabeçar um projecto de<br />

dez milhões de euros por uma óptica de fatalismo. Por uma óptica de que este não<br />

é o projecto desta câmara, não quer fazer, mas entretanto dada a situação de não<br />

retorno, criada pelo PSD, tem que se fazer. E então pensando num valor destes,<br />

nós deputados do Movimento Figueira 100%, não podemos, de maneira nenhuma,<br />

entrar num esquema de dar a nossa opinião sem descortinar completamente o que é<br />

que de facto está subjacente a isto tudo.---------------------------------------<br />

A nossa posição vai ser sempre pôr a substancia sobre a forma. Nós queremos<br />

saber o que se passa, não é um grupo vinculativo, o grupo de trabalho não é um<br />

grupo que sai da representatividade desta assembleia, porque cada grupo nomeia<br />

um representante, é para trabalhar, é para perceber, de facto o que é que está<br />

nos documentos, quem é que inviabilizou, quem é que eventualmente celebrou<br />

contratos ruinosos, para que, a câmara actual não possa, de maneira nenhuma<br />

acabar por sair de lá sem despenalizar ainda mais o erário publico. Nestas<br />

circunstancias, acho que menorizemos a questão da forma, porque a substância é<br />

muitíssimo mais importante para a Figueira e para os figueirenses.”-------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “recebi cópia como os senhores<br />

deputados receberam, do parecer da Associação Nacional de Municípios, e<br />

aproveitando o Sr. deputado Nuno Biscaia para ganhar algum tempo, a primeira<br />

coisa que queria que esclarece-se, porque acho alguma coisa estranha, é que este<br />

parecer começa da seguinte forma, “solicita a Câmara Municipal da Figueira da<br />

Foz o parecer desta associação”, portanto queria aclarar perante a assembleia<br />

quem é que efectivamente solicitou este parecer à Associação Nacional de<br />

Municípios. Porque a ser a Câmara Municipal, é muito grave, e é um desrespeito<br />

total e absoluto pelas instituições municipais que foram eleitas pelos<br />

figueirenses. Queria que começasse por esclarecer este ponto.-------------------<br />

Não foi apresentado, para além do parecer, qualquer proposta e não vou pôr à<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

votação da Mesa, propostas que demandem da Associação Nacional de Municípios.”--<br />

NUNO BISCAIA (PS), disse o seguinte: “face à posição da Comissão Permanente e o<br />

facto de não ter acatado o pedido de um parecer por parte dos deputados do PS,<br />

face a essa posição. O grupo municipal do PS no dia 7 de Junho de <strong>2010</strong>, fez um<br />

requerimento ao Sr. Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal<br />

solicitando para que V. Exa., junto das entidades competentes diligencia-se<br />

junto da Associação Nacional de Municípios a obtenção de um parecer.”-----------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “lamento, enquanto Presidente da<br />

Mesa que V. Exa., tenha seguido tramites que estão total e completamente fora<br />

dos procedimentos.”-------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “é uma questão formal, inclusive no<br />

despacho que me foi solicitado pelo Sr. Presidente da Assembleia, de imediato<br />

nomeei uma comissão.------------------------------------------------------------<br />

Colocaram a duvida ao gabinete, saber se a comissão tinha sido nomeada nos seus<br />

devidos termos. E se era possível solicitar uma informação ou um parecer<br />

jurídico. Por mim estou irrelevante em relação ao parecer jurídico, porque vejo,<br />

de muito bons olhos, a comissão de acompanhamento, aliás o que pretendo é<br />

partilhar esta desgraça para que assim possa ser confortado na melhor decisão<br />

que vier a tomar sobre o caso.--------------------------------------------------<br />

Também tenho alguma autonomia preventiva em saber, em que termos é que posso ou<br />

não posso aceitar o parecer de uma comissão. Portanto meras cautelas, mera<br />

prevenção. Quanto ao resto do exercício da assembleia sou profundamente alheio,<br />

isso é um exercício que decorre entre os respectivos pares.”--------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, interveio dizendo: “o Sr. deputado tem todo o direito<br />

de emitir as suas opiniões e sou perfeitamente capaz de as ouvir. Os senhores ai<br />

em baixo são soberanos sobre a actuação da Mesa. A Mesa, foi eleita por vós e<br />

está aqui enquanto vocês quiserem e só enquanto vocês quiserem.-----------------<br />

De qualquer forma devo-vos dizer que as instituições se regem por regras que<br />

estão definidas por quem as fez e quem as aprovou e, essas regras não devem e<br />

não podem ser violadas. Lamentavelmente entendo que, a câmara se esmiquiu em<br />

assuntos da assembleia de uma forma clara, foram transgredidas as vias de<br />

comunicação. E disso não há duvida nenhuma, são factos. Curiosamente quanto à<br />

essência da questão, verificamos que todos estamos de acordo e todos queremos<br />

ser esclarecidos, não deixa contudo é de estar em causa a forma de procedimento<br />

dessas questões.”---------------------------------------------------------------<br />

10


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “para que fique claro, quem pediu o<br />

parecer à Associação Nacional de Municípios foi o grupo municipal do PS. V. Exa.<br />

e a Comissão Permanente decidiram não pedir parecer nenhum na Comissão<br />

Permanente e procederam à votação porque não achavam necessário.----------------<br />

Nós achámos necessário, não pedimos novo parecer, porque vocês já tinham<br />

rejeitado uma vez o pedido. Por esse entendimento e numa via de alcançar a<br />

Associação Nacional de Municípios, o grupo municipal do PS, solicitou à<br />

Presidência da Câmara Municipal, para que fizesse chegar à Associação nacional<br />

de Municípios o nosso e-mail, o nosso pedido de parecer. Poderá eventualmente<br />

haver um lapso, “solicita através da Câmara Municipal”, mas quem solicitou foi o<br />

grupo municipal do PS. Agora há uma questão Sr. Presidente, penso que o PSD está<br />

a fazer disto um fedi ver. Sr. deputado Lídio Lopes, lamentável e de baixa<br />

politiquice não é o facto de se ter apresentado um parecer da associação<br />

Nacional de Municípios, lamentável e de baixa politiquice foi o aproveitamento<br />

profundamente abusivo que V. Exa. fez daquilo que foi uma mera votação interna e<br />

regimental. Baixa politiquice foi V. Exa. usar esta questão como arma de<br />

arremesso, pondo na pele do grupo parlamentar socialista algo que não queria<br />

vestir, que era de estar a querer protelar a constituição de um grupo de<br />

trabalho. O PS nunca esteve contra a constituição de um grupo de trabalho, agora<br />

as duvidas têm de ser esclarecidas. A Comissão Permanente não as quis esclarecer<br />

muito bem, o grupo municipal do PS decidiu esclarece-las. Agora se V. Exa. põe<br />

em causa um documento da Associação Nacional de Municípios é um problema seu.<br />

Acho que o Sr., pondo em causa um documento destes deve rever a sua posição,<br />

muito bem, enquanto autarca.----------------------------------------------------<br />

E só mais uma situação, é que não está aqui em causa tão só uma questão de<br />

violação regimental. Sr. deputado se ler o documento e, basta ler as conclusões,<br />

está aqui uma questão de ilegalidade e o PS não pactua com situações ilegais.<br />

Nada nos move contra a constituição de um grupo de trabalho, achamos que ela<br />

deve ser feita, mas sim nos moldes próprios e através da maneira legal e<br />

regimentalmente prevista para o efeito.-----------------------------------------<br />

De qualquer maneira está uma proposta à mesa que deverá ser votada.”------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “os senhores fizeram uma campanha muito<br />

por cima, elevaram muito a expectativas, as coisas não estão a correr<br />

particularmente bem. Nós, PSD continuamos na expectativa, têm ainda o seu<br />

período que estamos para ver, estamos a aguardar aquilo que poderão desenvolver,<br />

11


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

agora vamos tomar a atenção para o seguinte, Parque Desportivo de Buarcos, foi<br />

um projecto iniciado no anterior executivo, os senhores foram eleitos, para<br />

encontrarem as melhores soluções. Não aceito o seguinte, este inevitável<br />

discurso da homilia, que é persistente. O discurso da homilia consiste em tudo o<br />

que foi feito, foi uma desgraça, algumas foram confesso, mas o juízo de valor<br />

global também não pode ser esse. Esse também não é o motivo da minha<br />

intervenção, houve desacertos, acertos, mas os senhores foram eleitos para<br />

contribuírem para as soluções e das duas uma, ou demonstram que conseguem<br />

resolver as questões fundamentais para o desenvolvimento da Figueira e, refiro-<br />

me aos vossos desafios, PDM, PU, Plano de Regeneração Urbana, Plano de Pormenor<br />

do Areal da Praia, saneamento financeiro da câmara, o Plano Logístico para a<br />

Figueira da Foz, entre outros. Estas são questões decisivas em que os senhores<br />

vão ser julgados e colocados à prova.-------------------------------------------<br />

A questão fundamental, quanto a mim, será o saneamento financeiro da câmara, os<br />

senhores não têm dito nada sobre isso, nada. Não sei quais são as vossas<br />

propostas, que pretendem fazer, mas gostaria de vos ouvir. E desafio-vos, a que<br />

digam o que pensam sobre o saneamento financeiro da câmara, as empresas<br />

municipais.”--------------------------------------------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), interveio dizendo: “esta conversa espanta-me um pouco e<br />

penso que nós, aqui em Portugal, perdemos muito tempo com coisas que não prestam<br />

para nada. Confesso-lhe que para ter um parecer destes, dava-o e sou enfermeiro,<br />

porque isto, foi o que nós discutimos na Comissão Permanente relativamente a<br />

isto. Nós dissemos desde o início que se achava que a Comissão Permanente não<br />

podia fazer nenhum grupo de trabalho, tinha que ser a Assembleia Municipal. Mas<br />

o Sr. Dr. Biscaia concordou, que na altura, se ultrapassa-se esse<br />

constrangimento, porque não estavam dispostos a convocar uma Assembleia<br />

Municipal extraordinária para isso. Quem estava e quem assistiu a essa<br />

discussão, eu participei nessa discussão, ouço aqui pessoas que não puseram lá<br />

os pés e que estão a dizer coisas que não ouviram. Portanto aquilo que nós<br />

discutimos foi exactamente isso, porque nós sabíamos, desde o inicio, que<br />

independentemente da Comissão Permanente emanar da assembleia municipal, seria a<br />

Assembleia Municipal que tinha que nomear o grupo de trabalho, porque o grupo de<br />

trabalho é intrinsecamente da Assembleia Municipal, não pode ser um grupo de<br />

trabalho da Comissão Permanente. Isto para mim foi sempre muito claro. E só o<br />

facto de se ter chegado a um entendimento lá é que levou a que as coisas<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

avançassem.---------------------------------------------------------------------<br />

A outra questão e, aí estamos todos de acordo, penso que há que saber, é o que<br />

se passa com este projecto, que o PS está a fazer é fugir ao problema. Porque a<br />

Assembleia Municipal pode propor aqui um grupo de acompanhamento do projecto,<br />

tal como o Sr. Presidente diz.”-------------------------------------------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “pouco mais tenho<br />

a acrescentar sobre esta matéria, porque penso que o assunto está absolutamente<br />

esgotado, mas de qualquer forma, não posso deixar de sublinhar uma ou duas<br />

afirmações do Sr. deputado Nuno Biscaia, que acabam por me parecer<br />

contraditórias. Porque, de facto, quando o Sr. Nuno Biscaia diz que se sente, de<br />

alguma forma, ofendido porque uma questão interna acabou por ser divulgada para<br />

a comunicação social por outro grupo municipal, o facto é que isto parece uma<br />

contradição porque quem pôs o assunto ao nível nacional acabou por ser o Sr.<br />

deputado Nuno Biscaia quando solicita um parecer.-------------------------------<br />

Por outro lado, há uma coisa que me preocupou, que é o conceito de democracia<br />

que está subjacente a isto tudo. Nós temos uma comissão, tivemos um grupo,<br />

fizemos uma conferência de líderes onde abordámos este assunto, foi considerado<br />

que ai não era competente e convocámos uma Comissão Permanente. Na Comissão<br />

Permanente foram levantadas questões, tendo eu próprio dito naquela altura, que<br />

se chegássemos à conclusão que não estávamos ali para fazer nada, que devíamos<br />

ser suficientemente honestos de declinar a senha de presença, porque andávamos<br />

aqui pura e simplesmente a gastar dinheiro ao erário publico, mas entretanto, no<br />

meio disso tudo, acabámos por decidir e votámos, e quando votámos por maioria o<br />

PS não se conformou. Vai para uma comissão de apelo, para resolver aquilo com<br />

que não concordou e da qual saiu derrotado. Este conceito de democracia deixa-me<br />

preocupado.---------------------------------------------------------------------<br />

Não sei até que ponto, é que na Assembleia Municipal, o PS for derrotado, a quem<br />

é que vai recorrer para inviabilizar a votação que aqui for feita. De facto,<br />

esta situação preocupa-me, porque nós devíamos ter esgotado nos órgãos<br />

competentes qualquer diferendo que pudesse ter saído desta situação. Obviamente<br />

que entretanto chegámos todos à conclusão que a substancia era muito mais<br />

importante do que a forma.”-----------------------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), disse o seguinte: “tenho tanto em consideração os pareceres<br />

da Associação Nacional de Municípios como ao seu Governo Socialista nas questões<br />

que coloca na publicação de diplomas neste País, quando perguntam a opinião do<br />

13


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

seu parecer. Não chegam os dedos das mãos dessa bancada para as vezes que o seu<br />

Governo ignorou os pareceres da Associação Nacional de Municípios.--------------<br />

Considero absolutamente ofensivo, o que a bancada do PS fez em relação à Mesa da<br />

Assembleia Municipal. Perverteu completamente a maneira como nos devemos<br />

relacionar, e já a propósito de uma celebre reunião da bancada do PS nesta<br />

câmara, nós já tínhamos conversado que aquilo que tem a ver com a actividade do<br />

grupo parlamentar de cada um dos que aqui está, deve passar sempre pela mesa da<br />

Assembleia e não deve ser iniciativa directa do grupo parlamentar em relação ao<br />

exterior. E por isso o pedido formal por escrito ao Chefe de Gabinete do Sr.<br />

Presidente da Câmara está ferido, obviamente ferido de toda essa falta de<br />

consideração e de respeito pelo órgão Assembleia Municipal, em especial pela<br />

Mesa da Assembleia Municipal.---------------------------------------------------<br />

Quando o Sr. Presidente da Câmara diz que é uma questão formal, estamos<br />

completamente de acordo e por isso até lhe digo que a questão formal é tão<br />

irrelevante que nós até o queremos ajudar a si e o partido que o apoia, não<br />

quer, porque está a criar todo este fantasma numa coisa que já estava mais do<br />

que resolvida, já estávamos para aí de volta do processo a estudar aquilo e era<br />

evitada esta discussão. A questão que se coloca é que a questão formal a que me<br />

pareceu que não queria dar importância, foi a questão exactamente formal a que a<br />

bancada do PS quis dar importância.---------------------------------------------<br />

Não quero saber, se fui eu que propus o grupo de trabalho e agora o PS vem a<br />

esta Assembleia propô-lo, hoje é-me irrelevante, quero é o grupo de trabalho.---<br />

O que nós queremos, como de inicio o dissemos nesta assembleia e fizemos<br />

proposta verbal, a consolidar a seguir como disse o deputado Nogueira Santos na<br />

primeira conferencia de lideres, depois na Comissão Permanente, mas sempre ao<br />

reboque das vontades do PS e agora nesta assembleia, o que nós queríamos, era um<br />

grupo de trabalho, que integre um membro de cada bancada, que seja um grupo de<br />

trabalho técnico, que não dê opinião politica, essa decorre depois de cada<br />

bancada, que faça um estudo desde o inicio do processo, uma análise<br />

cronologicamente demonstrada do que aconteceu e do que não aconteceu e que<br />

acompanhe o processo, pelo que percebo o Sr. Presidente da Câmara, e até sou<br />

solidário, quer é conforto.”----------------------------------------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), interveio dizendo: “não participei em reuniões nenhumas da<br />

Comissão Permanente, até porque não tenho lá assento, mas de facto esta<br />

discussão parece-me extremamente interessante e tem aqui um ruído tremendo.<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Chega-se à conclusão, todos estamos interessados em saber como é que correu o<br />

processo de Buarcos, penso que isso é unânime. E portanto, há uma proposta na<br />

mesa e o Sr. deputado Lídio Lopes diz que não quer ser o pai desta iniciativa<br />

enfim, não custa nada dar paternidade a quem ainda não a tem. De facto há por ai<br />

muita coisa tratada e resolvida ao longo dos anos que são filhos de pais<br />

incógnitos, pelo menos até agora. E, portanto, é bom assumir a paternidade das<br />

questões e porque não louvar, essas iniciativas.--------------------------------<br />

Aquilo que me apercebi é se a Comissão Permanente da assembleia estava ou não a<br />

cometer um acto ilícito, em termos da nomeação de um grupo de trabalho. E quer-<br />

me parecer a mim que essa preocupação colhe e tem razão de colher, porque já não<br />

é a primeira vez que vimos aqui a esta assembleia revogar decisões que foram<br />

tomadas anteriormente, porque legalmente não havia competência ou não havia<br />

suporte para que elas fossem aqui tomadas. Havia aquela questão da rua de<br />

Buarcos, e mais situações que foram revogadas aqui nesta assembleia no mandato<br />

anterior.-----------------------------------------------------------------------<br />

Pode ter havido aqui alguma perca na forma como foi tratada a situação. Acho que<br />

é importante para todos, acho que algumas daquelas pessoas que o defendem tão<br />

veementemente poderão ficar encravadas, mas é bom que se defenda. E, porque não<br />

votar a proposta que está, para não estarmos a perder mais tempo. Todos queremos<br />

saber o que é que aconteceu ao processo de Buarcos.”----------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “gostaria de esclarecer o Sr.<br />

deputado João Carronda, que há actas sobre as reuniões da assembleia no mandato<br />

anterior. Portanto gostaria depois que o Sr. me explicasse pessoalmente quais<br />

foram as revogadas da Comissão Permanente.”-------------------------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), disse o seguinte: “não é da Comissão Permanente, é da<br />

assembleia.”--------------------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PEDROSA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “sobre este<br />

assunto do Parque Desportivo de Buarcos, quero lembrar que este grupo de<br />

trabalho não seria uma comissão de inquérito, nós não íamos apurar<br />

responsabilidades politicas nem sugerir, nem sequer criar um facto político<br />

disto. A única coisa que se pretendia era fazer, um relato na história, uma<br />

linha temporal.-----------------------------------------------------------------<br />

Porque das duas uma, ou o PS e o PSD sabem coisas que o Movimento Figueira 100%<br />

não sabe, e se sabem devem-nas dizer. Neste caso concreto o PSD teve doze anos e<br />

o PS está há oito meses, portanto o mais interessado em querer este grupo de<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

trabalho seria naturalmente do executivo da Câmara Municipal e o grupo municipal<br />

do PS. E não fazendo uso um pouco daquilo que é feito, que é olhar para as<br />

actas, o Movimento Figueira 100% fez uma declaração de voto nesta Comissão<br />

Permanente, muito resumidamente, dizia “não querendo valorizar em demasia as<br />

questões processuais, este grupo de trabalho seria uma forma de esclarecer os<br />

figueirenses.” E mais, porque percebemos que aquela decisão da Comissão<br />

Permanente iria ser inviabilizada através de uma coisa deste género, e está na<br />

declaração de voto. Nós seriamos os primeiros a defender nesta assembleia, de<br />

forma favorável, a constituição de um grupo de trabalho. Nós queremos é que os<br />

figueirenses saibam que trapalhadas, que contratos é que foram feitos, de forma<br />

a justificar dez milhões de euros que vão ter que ser lá enterrados.------------<br />

No fundo era só isso que queria dizer e, dar uma recomendação, nós temos que ter<br />

alguma flexibilidade, como o Sr. Presidente da Assembleia Municipal tem tido na<br />

interpretação do regimento.-----------------------------------------------------<br />

E, queria também enaltecer, de alguma forma, a vontade em o Sr. Presidente da<br />

Câmara, o Sr. vereador do pelouro em querer dar uma resposta pronta à<br />

intervenção do munícipe, porque no regimento isso não está previsto. Mas se nós<br />

vamos então começar a cumprir o regimento, que se cumpra do principio ao fim,<br />

não é só quando nos interessa, porque no fundo havia um esclarecimento que ia<br />

ser dado ao munícipe que não foi dado por questões de regimento. E depois há um<br />

grupo de trabalho que não vai ser constituído ou não foi constituído por<br />

questões de regimento. Mas no fundo já se ultrapassa a hora, porque já não<br />

interessa, portanto ou vamos de uma vez ou não vamos, ou cumprimos ou não<br />

cumprimos. Porque temos que tratar tudo com equidade necessária.”---------------<br />

LUÍS CASTRO (PS), interveio dizendo: “em relação a esta matéria que aqui<br />

tratamos tenho em primeiro, a afirmar que estou em completa sintonia com o Sr.<br />

deputado Nogueira Santos, e que acho que isto é uma discussão quase estéril, uma<br />

vez que é uma discussão sobre a forma, sobre a adjectivação. Em relação à<br />

postura substantiva que o PS sempre teve sobre esta matéria foi a de aprovação<br />

deste grupo de trabalho, não restam dúvidas sobre isso.-------------------------<br />

O PS nunca teve uma postura negativa à criação deste grupo de trabalho, teve<br />

sempre uma postura afirmativa. Em relação à postura adjectiva ela foi diferente<br />

e desculpe que lhe faça esta critica, o Sr. deve pugnar como Presidente da<br />

Assembleia Municipal na legalidade das decisões e no estrito cumprimento do<br />

estatuto. O que diz o estatuto é uma coisa muito simples, a Comissão Permanente<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

não tem legitimidade legal para criar este grupo de trabalho, e ele deve ser<br />

criado aqui, nós devemos pugnar pela legalidade, estamos num estado de direito.<br />

Eu penso que este é um conceito básico que deve ser atendido por todos e sobre<br />

isto, não há qualquer discussão. Tem que ser criado na assembleia, fez muito bem<br />

o grupo parlamentar em solicitar, reagiu contra uma interpretação abusiva quer<br />

do Sr. Presidente, quer do grupo parlamentar do PSD e quer dos outros grupos, e<br />

reagiu muito bem. Pela legalidade e pela lei tudo. Esse é o ponto fundamental<br />

que aqui se coloca, em relação à posição substantiva, somos completamente a<br />

favor e não queremos aqui trazer os cidadãos porque estamos aqui para lutar por<br />

questões meramente politicas, mas se me permitem um desabafo pessoal, não<br />

entendo a posição do PSD nesta matéria. Repare no seguinte: o PSD esteve doze<br />

anos no poder, iniciou esta matéria, consignou e adjudicou um contrato sem ter<br />

condições legais para realização de obras. E portanto temos aqui uma solução que<br />

na ultima assembleia que nos foi proposta pelo Sr. deputado Lídio Lopes, quem o<br />

ouvir até parece que seja uma solução razoável, mas vejamos, o Sr. deputado<br />

disse assim, se não querem ir por este caminho declarem o contrato nulo. Mas nós<br />

não temos problemas, pessoalmente o afirmo e assumo esta posição. Não tenho<br />

problemas nenhuns em fazer isso, contando que o Sr. subscreva que se perdermos a<br />

acção em tribunal o Sr. entra com a cláusula indemnizatória do contrato que<br />

assinou, estamos certos.--------------------------------------------------------<br />

O Sr. entra com esse dinheiro se perdermos em tribunal? E se acção não for<br />

declarada nula. Quem é que paga ao empreiteiro, a quem a obra foi adjudicada? É<br />

o Sr. ou é esta câmara? Somos todos, do nosso bolso! Se for assim Sr. deputado,<br />

se o Sr. se comprometer a pagar vamos declarar isto tudo nulo. Por mim pugno que<br />

se declare o contrato nulo. O Sr. é que o adjudicou com uma cláusula<br />

indemnizatória. Porque é que não o fez de outra forma? O Sr. esteve lá doze<br />

anos, nós estamos cá há nove meses, e o Sr. quer saber que trapalhadas é que<br />

fizemos em nove meses? Vamo-nos rir, porque nós em doze anos também vamos<br />

descobrir muita trapalhada vossa.-----------------------------------------------<br />

Em relação ao Sr. deputado Padrão e em relação à maturidade, é também assumir<br />

responsabilidades e falar sobre elas, não vejo os senhores a falarem sobre os<br />

erros que fizeram, nem a penitenciarem-se por isso. O Sr. quer alguma palavra ou<br />

recomendação de saneamento financeiro, eu tenho um número e duas palavras para<br />

saneamento financeiro, um número é 95 milhões de euros de divida, e as palavras<br />

são auditoria externa. Vamos começar por ai, em relação aos outros temas,<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

perdoo-lhe a falta de atenção porque o Sr. tem estado ausente nas ultimas<br />

assembleias, alguns dos temas que o Sr. aqui pediu para debater já os debatemos<br />

aqui, o Sr., infelizmente, estava ocupado e não esteve presente. E debatemos até<br />

com alguma elevação, muita fundamentação e estudo.------------------------------<br />

Em relação às matérias que o Sr. falou, muitas delas já foram respondidas.<br />

Outras irão responder-se quando for propício a isso.----------------------------<br />

O Sr. quer saber quais são as propostas que nós temos para os projectos, não é?<br />

Eu vou-lhe dizer uma coisa é que se nós tivéssemos uma câmara com as finanças de<br />

alguma forma arranjadas e em dia, nós tínhamos propostas.”----------------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), interveio dizendo: “lembro-me que na Comissão Permanente a que<br />

estive presente, nós fizemos uma proposta, para não se perder tempo nomeava-se a<br />

comissão que seria posteriormente avalizada por esta assembleia. Vamos deixar de<br />

brincadeiras, isto não é politica, se todos concordamos que é preciso avançar<br />

então avança-se. E depois cimenta-se através da legislação e dos regulamentos.<br />

Mas se todos estamos de acordo porquê parar?”-----------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), interveio dizendo: “é para lamentar a forma como este<br />

assunto foi aqui introduzido e como se desenvolveu. Até porque os senhores<br />

entendem-se naquilo que é essencial, e entendem-se no governo e vão-se entender<br />

aqui também. Portanto, isto é perder tempo, é estarmos aqui a ouvir discussões<br />

que não nos levam a lado nenhum. Eles estão naturalmente condenados a entender-<br />

se, porque é que é isto? Há muitos anos que eu ando aqui e nunca vi nada<br />

parecido quanto mais amigos são, mais se esgadanham, e acho que não parece bem.”<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “respondendo um pouco aquilo que o Sr.<br />

Presidente da Junta de Vila Verde disse, se fui eleito para esta Assembleia<br />

Municipal, e fui nomeado para uma comissão na boa fé de que o que lá vou votar<br />

ser legal. Se não é legal, o melhor é submeter às entidades competentes todo o<br />

regimento da Assembleia Municipal e também da Comissão Permanente, para ver o<br />

que é que se pode votar ou não. Porque não venho para aqui votar ilegalidades.--<br />

Quanto a projectos, o que se andou a fazer, se os projectos foram adjudicados,<br />

se tudo está legal, eu gostava que vissem um pouco a história do PSD na Figueira<br />

da Foz, porque também conheço muitos e do PSD da Figueira da Foz, que muitos<br />

foram adjudicados e ainda nem terreno havia.”-----------------------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), disse o seguinte: “há aqui uma questão de fundo,<br />

independente destas questões formais da comissão, da forma como foi constituída<br />

tudo que está à volta e aquilo que foi discutido até agora, estou de acordo<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

consigo, no sentido que estamos a perder muito tempo com isso. Gostaria de ouvir<br />

da parte do PS, se acredita ou não acredita no projecto Parque Desportivo de<br />

Buarcos? Mas que o diga, que o afirme. Porque senão acredita não o deve levar<br />

para a frente. Se acredita tem que o afirmar, acredito neste projecto e quero<br />

levar para a frente, faço dele o meu projecto, ainda que tenha vindo do<br />

executivo anterior.-------------------------------------------------------------<br />

Sr. deputado Nogueira Santos, o Sr. tem dúvidas relativamente ao conceito de<br />

democracia do PS? Olhe é de controlo, de pressão, de arrogância, despesismo, mas<br />

agora tem sido difícil, ainda não estão adaptados, é que têm de reciclar a sua<br />

própria linguagem. E não estão habituados a isso, estão habituados a algum<br />

conforto da maioria, neste momento não têm esse conforto para usufruir, e estão<br />

um pouco largados, não sabem como é que as sondagens não favorecem, não ajudam e<br />

têm que fazer esse esforço, compreendem isso, dê-lhes uma mão porque estamos<br />

aqui para ajudar assim eles possam acertar e façam melhor, melhor do que aquilo<br />

que nós conseguimos fazer.”-----------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “não me move nenhuma agrimónia, nem<br />

alguma necessidade de intromissão no espaço da Assembleia Municipal, que<br />

preservo. Contudo sou confrontado com uma situação e, também tenho o poder de<br />

ver, de saber se a aceitação de uma comissão está para mim correctamente<br />

colocada, mais a mais quando a minha bancada me diz que não. Foi feita uma<br />

consulta à Associação Nacional de Municípios em titulo meramente abstracto, para<br />

saber em que termos a comissão de acompanhamento foi bem ou mal nomeada. Aceito,<br />

nos seus precisos termos, nem a vou impugnar, não a vou pôr em causa, mas<br />

salvaguardo a minha possibilidade, enquanto órgão autárquico, perante uma<br />

solução que me é proposta, fazer as consultas que entender. Mas mais uma vez<br />

reitero que, vejo com bons olhos esta comissão de acompanhamento e não vou<br />

colocar em causa a forma como foi eleita, até porque isto é um pouco como a<br />

pescada, é uma guerra de um crime manjerona, quer dizer, porque isto passava<br />

apenas por uma mera ratificação da assembleia de um acto da Comissão Permanente.<br />

Portanto, da minha parte não quero que haja aqui qualquer acrimónia. Acolho<br />

muito bem esta nomeação de comissão e não foi nem nunca será minha intenção<br />

intrometer-me indevidamente nos trabalhos da Assembleia Municipal que muito<br />

respeito.-----------------------------------------------------------------------<br />

Cabe-me, todavia, precaver-me daquilo que me é sugerido e imposto. E por isso<br />

recorri a esta consulta em termos de gabinete a gabinete, não tem poder<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

vinculativo, isto é uma mera consulta, vale o que vale, aceita-se ou não se<br />

aceita, para mim é absolutamente irrelevante.”----------------------------------<br />

A<strong>DE</strong>LINO PINTO (PS), disse o seguinte: “acho que se os figueirenses estivessem<br />

permanentemente a assistir a estas assembleias talvez se envergonhassem com o<br />

tipo de deputados que nós temos aqui. Tenho que o dizer, faço parte deste grupo<br />

e lamento muito que se tenha aqui de perder uma hora na discussão de que apenas<br />

como disse o camarada Nelson e o nosso camarada Tomé, que é apenas rectificar um<br />

erro que foi cometido na Comissão Permanente. Se foi cometido, o PS também deve<br />

ter humildade para o reconhecer, não tendo mais do que rectificar na assembleia<br />

a decisão tomada na Comissão Permanente dentro da legalidade.”------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), disse o seguinte: “relativamente à questão da acção do<br />

tribunal no que tem a ver com o Parque Desportivo de Buarcos, nós sublinhamos o<br />

conceito anteriormente dito pelo deputado António Padrão, esclareçam, assumem ou<br />

não, esta herança como vosso projecto? Nós estamos disponíveis para ponderar<br />

outra solução. E a questão que se põe é a de que assumem, assumem-no por<br />

inteiro. Senão eu não pus só a questão do tribunal e do contrato nulo na altura,<br />

foi outra questão mais forte, que o Sr. deputado pelos vistos se esqueceu, então<br />

pondere-se se vale a pena ou não negociar a indemnização com a empresa, no valor<br />

que a câmara tem que investir para além da candidatura e dos benefícios, da<br />

candidatura e do valor directo que tem que investir no Parque Desportivo de<br />

Buarcos. Ainda para mais, ouvindo quem está a fazer, a Carta Desportiva do<br />

Concelho, ao qual a infra-estrutura não tem cabimento.--------------------------<br />

A proposta que o deputado Nuno Biscaia aqui trás é a constituição nos termos do<br />

artigo 43 do regimento, de um grupo de trabalho com a finalidade de estudar<br />

integralmente, o projecto Parque Desportivo de Buarcos, desde o seu inicio até à<br />

presente data. A actividade de tal grupo, nunca poderá, nos termos legais,<br />

interferir com o funcionamento e actividade da câmara. A alínea a) é revogar<br />

aquilo que está. Portanto a questão põe-se nestes termos, a proposta é coxa, não<br />

fez como nós fizemos na nossa proposta, qual é a constituição, nós fizemos uma<br />

proposta de um grupo de trabalho expressa, que é um membro de cada bancada.-----<br />

A proposta que o PSD fez em sede de Comissão Permanente é essa que hoje<br />

entendemos que deve ser sublinhada, se o Sr. deputado quer apresentar uma<br />

proposta diferente daquela que foi a proposta votada na Comissão Permanente.<br />

Nesse contexto nós mantemos a nossa proposta da Comissão Permanente e votamos em<br />

alternativa.”-------------------------------------------------------------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “o artigo 45, diz que constituindo-se um<br />

grupo de trabalho nestes tramites que nós agora propomos, o número de membros de<br />

cada delegação de comissão ou grupo de trabalho e a sua distribuição pelos<br />

diversos grupos municipais, são fixados na conferência de líderes. É o que diz o<br />

artigo 45, portanto para não se convocar nova conferência de líderes, que é o<br />

que devia ser feito, então, nós damos de barato a ratificação daquilo que já foi<br />

feito na conferência de líderes nesta assembleia municipal.”--------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), acrescentando o seguinte: “a nossa proposta, por inteiro,<br />

entra nesta assembleia municipal nos termos do grupo, dos objectivos, do método<br />

de trabalho, do alcance e da dimensão do trabalho daquela comissão.”------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “o que o PS está a<br />

propor são duas propostas, a primeira, que é clara, é a revogação da deliberação<br />

tomada em Comissão Permanente. A segunda, é a constituição nos termos do artigo<br />

43 de um grupo de trabalho, que está, na minha opinião, muito mal definido,<br />

contraria aquilo que foi votado na Comissão Permanente. Aquilo que votei na<br />

Comissão Permanente, foi claro qual era o objectivo, quais eram os princípios e<br />

o modo de funcionamento do grupo, aqui não está.--------------------------------<br />

Nestas circunstâncias vamos votar primeiro a revogação daquela decisão, segundo<br />

esta situação.------------------------------------------------------------------<br />

Para ser construtivo, diria que aquilo que nós deveríamos fazer e, seria muito<br />

mais claro para todos, era, simplesmente a ratificação da decisão tomada em<br />

Comissão Permanente. E aí contemplávamos tudo, resolvíamos os dois problemas.<br />

Porque há um assunto que é preciso ser clarificado, é que de facto quem esteve<br />

na Comissão Permanente a votar e a analisar este assunto não fez e não foi<br />

deliberadamente para ilegalidades, o que estamos aqui a falar é de diferentes<br />

interpretações do regimento, porque no regimento, especificamente, no artigo 48<br />

da Comissão Permanente diz, sempre que a especificidade dos assuntos em estudo<br />

exigir, a comissão, pode constituir grupos de trabalho, ou solicitar a<br />

colaboração de outros deputados municipais. Foi nesta base, na interpretação<br />

deste artigo, que houve a divergência. E que agora vêem invocar a Associação<br />

Nacional de Municípios para resolver. Portanto resolvemos a situação,<br />

ratificando a decisão da Comissão Permanente e fica o assunto resolvido.”-------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), disse o seguinte: “é minha convicção que o PS não tem nenhum<br />

problema em relação à proposta que foi apresentada na Comissão Permanente, quer<br />

quanto à constituição, aos objectivos, ao âmbito e ao alcance do grupo de<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

trabalho. E, portanto, a minha proposta é que se vote em alínea a) a revogação<br />

da decisão tomada na Comissão Permanente e alínea b) que se vote a proposta<br />

apresentada por nós na Comissão Permanente.”------------------------------------<br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “no nosso entendimento deverá ser colocado<br />

à votação o seguinte: ratificação por este plenário do que foi aprovado em<br />

Comissão Permanente.”-----------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “para chegarem a um consenso faz-se<br />

um intervalo de cinco minutos.”-------------------------------------------------<br />

NUNO BISCAIA (PS), disse o seguinte: “o PS retira a proposta da votação. E, em<br />

conjunto com todos os lideres das bancadas da Assembleia Municipal, coloca à<br />

votação a proposta que entregou ao Sr. Presidente da Assembleia, (documento que<br />

constitui o anexo número dois à presente acta).---------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “assim sendo, coloco a proposta à<br />

votação.”-----------------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, aprovar a constituição do<br />

grupo de trabalho, para análise do processo “Parque Desportivo de Buarcos”,<br />

constituído por cinco Membros da Assembleia Municipal, Mafalda Sofia Mendes<br />

Azenha, Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes, José António Nogueira dos Santos,<br />

Nelson César Santos Fernandes e João Paulo Águas Tomé Ferreira dos Santos.------<br />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />

LÍDIO LOPES (PSD), fez a seguinte declaração de voto: “votámos a favor pelo<br />

interesse no objecto e no objectivo da proposta inicial apresentada e, da<br />

constituição do alcance e da dimensão do grupo de trabalho se manter como<br />

discutido na Comissão Permanente. E nesse sentido só nos restava sublinhar a<br />

vontade anterior desta bancada.”------------------------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), fez a seguinte declaração de voto: “depois desta<br />

discussão e independentemente de ter assinado a proposta, não estou convencido<br />

que vai haver grupo de trabalho para acompanhamento do projecto de Buarcos.”----<br />

JOÃO CARRONDA (PS), fez a seguinte declaração de voto: “votei a favor porque,<br />

confio plenamente nos lideres das bancadas e, que terão tomado por escrito a<br />

melhor decisão e o objecto da constituição do grupo de trabalho. Porquanto<br />

referi, anteriormente, que não foi presente a esta assembleia, a proposta e<br />

estou a votar um documento que desconheço, mas por solidariedade para com os<br />

líderes das bancadas não me restava outra solução.”-----------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), disse o seguinte: “eu tenho três assuntos para falar. O<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

primeiro tem a ver com reafectação de zonas não portuárias, (documento que se dá<br />

por integralmente reproduzido constituindo o anexo número três à presente acta).<br />

É evidente que com esta medida, por exemplo, a Figueira Parques deixa de pagar<br />

os Parcómetros de estacionamento ao IPTM, deixa-se de pagar a utilização do<br />

Parque da Avenida de Espanha, em quaisquer que sejam as actividades que lá<br />

aconteçam, e portanto passa a câmara a ser responsável por todas estas áreas.---<br />

Há anos, fez-se um protocolo de colaboração entre a câmara e o IPTM, na<br />

utilização de espaços, mas é um protocolo de intenção, não é de facto a passagem<br />

e a transferência da responsabilidade e por isso a moção.-----------------------<br />

Passo ao segundo ponto, que tem haver com uma homenagem aos bombeiros da<br />

Figueira da Foz, (documento que constitui o anexo número quatro à presente<br />

acta).--------------------------------------------------------------------------<br />

Diria que estamos perfeitamente de acordo com uma futura atribuição da medalha<br />

de mérito desportivo pela Câmara Municipal ao futebolista Hugo Almeida,<br />

residente na Figueira da Foz, pelo que fez no passado e neste mundial merece<br />

esta distinção da Câmara Municipal.---------------------------------------------<br />

De igual forma que o Sr. vereador da toponímia acolha o nome para deliberar<br />

quando a comissão de toponímia o entender e no espaço que julgar melhor, o nome<br />

de Álvaro Cunhal e de Adelino Amaro da Costa, razão de coerência de afirmação<br />

anterior nesta própria Assembleia Municipal.------------------------------------<br />

E por último, que se atenda a uma tendência que tem havido e acho que não é<br />

vantajosa para o exercício da actividade municipal. Recebi como todos receberam,<br />

por parte dos hoteleiros, aquela carta relativamente aos assadores e disto não<br />

quero falar. Só quero sublinhar o conceito de que nós não sabemos de nada,<br />

soubemos por terceiros, também da nota que recebi dos livreiros, que havendo<br />

vontade da câmara em adquirir os livros do 1<strong>º</strong> ciclo para os alunos subscrevendo<br />

até a promessa eleitoral em tempo de campanha eleitoral e que até acho muito<br />

bem, do ponto de vista do cumprimento, não do ponto de vista do alcance, vêem os<br />

livreiros também dizer que se sentiram desarmados, porque compraram todos os<br />

livros a contar com o universo de alunos da Figueira da Foz, e agora indo a<br />

câmara comprar às editoras, acaba por prejudicar essa actividade de negócio, de<br />

um conjunto de pessoas da Figueira da Foz que estavam a contar vender esses<br />

livros aos alunos e que agora ficaram com eles pendurados.----------------------<br />

A questão dos clubes desportivos e dos protocolos dos pavilhões, é uma matéria<br />

sobre a qual acho que se deve reflectir um pouco mais, está decidida na câmara,<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

mas, na verdade, nós entendemos que deve ser repensada. Há um conjunto de<br />

associações do concelho que se vêem perfeitamente coarctadas no exercício da sua<br />

actividade desportiva, pela inexistência desse mecanismo. Na Câmara Municipal,<br />

onde isso foi decidido houve nota disso de uma das pessoas, mas a verdade é que<br />

ela é transversal a todos os clubes que não tendo espaço de pavilhão utilizavam<br />

este mecanismo para a prática desportiva. E portanto isto tem a ver com a falta<br />

de relação e de prévio aviso, e de prévia conversa com os próprios interessados,<br />

como referi em três matérias. E isto não é saudável, saudável seria, primeiro<br />

acautelar, falar com quem de direito e com quem tem esses problemas, para<br />

calcular as soluções e só depois decidir.”--------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “é óbvio que esta questão da área<br />

portuária já foi suscitada e vai a reunião de câmara uma proposta do PSD e,<br />

entretanto nós já tínhamos feito algumas diligências junto do porto, na altura<br />

dei o esclarecimento em reunião de câmara dizendo que a maior parte da área já<br />

estava sobre o domínio municipal. Convém não esquecer, convém tomar em conta que<br />

há uma actualização de área que foi feita recentemente aquando da constituição<br />

da administração do porto da Figueira da Foz, ou seja toda esta zona envolvente<br />

que vem aqui traçada a linha amarela, que envolvia grande parte da freguesia de<br />

São Pedro, e toda a área da Morraceira, e também parte até do tecido urbano,<br />

hoje é de domínio municipal. Há apenas duas partes que era terrapleno, o<br />

terrapleno está num processo de regeneração urbana em que nós conquistámos<br />

através de protocolo para espaço público, e pretendemos levar esse projecto<br />

avante. Portanto também com ligeiras alterações de um projecto que já vinha do<br />

executivo passado, passámos a uma relação de domínio de todo o espaço de<br />

terrapleno, da Marina até à praia e fica aqui apenas à discussão e eu<br />

acompanharei a deliberação da câmara, que é tão só aquilo que nós chamamos o<br />

Parque das Gaivotas.------------------------------------------------------------<br />

No entanto a própria administração do porto, salvaguarda isso como interesse<br />

portuário se, porventura pretender fazer ali uma Marina Marítima. É esta, quanto<br />

ao mais eu vou também, iremos também, isto é nota de esclarecimento, quanto ao<br />

mais nomeadamente no que diz a área circundante e aquela toda cordoagem da<br />

Marina, estou convencido, lendo aqui assim a linha limite, no entanto também<br />

tomarei em consideração aquilo que agora foi referido que essa também já<br />

pertence exclusivamente à área de domínio municipal.----------------------------<br />

Em relação à questão da revisão dos protocolos, já o anunciámos sempre em<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

reunião de câmara que a revisão dos protocolos tem um decurso de 60 dias para<br />

que entretanto se tomem ou se revejam obviamente em baixa, e dentro daquilo que<br />

é exequível do nosso limitado orçamento, e tem acolhido boa aceitação da parte<br />

dos nossos, dos principais grupos que até agora, com que agora acordámos a<br />

revisão dos protocolos.---------------------------------------------------------<br />

Em relação à questão do manual escolar, esse aspecto também foi tomado em<br />

consideração, os livreiros e as editoras não deixaram de ser convocadas em<br />

conjunto para a satisfação do eventual concurso, que atempadamente será<br />

lançado.”-----------------------------------------------------------------------<br />

VEREADOR CARLOS MONTEIRO, interveio dizendo: “relativamente aos manuais, seria<br />

nossa vontade e nosso desejo que tivéssemos condições económicas para poder<br />

atribuir os manuais escolares a todos os alunos do primeiro ciclo. Não é isso<br />

que irá ser proposto em Conselho Municipal de Educação. Contudo é propósito da<br />

câmara propor ao Conselho Municipal de Educação que sejam comprados e entregues<br />

aos alunos do primeiro ciclo do escalão A e B, percentualmente felizmente é um<br />

número que não corresponde a todos os alunos do primeiro ciclo. E esta medida<br />

prende-se essencialmente para que os alunos sintam que os manuais são entregues<br />

pela câmara e possivelmente no futuro se possa dar um passo no sentido da<br />

reutilização desses manuais. A medida é essa, o manual não é posse do aluno, é<br />

atribuído pela câmara para poder no futuro ser reutilizado. Temos que reduzir<br />

custos e essa é a intenção.-----------------------------------------------------<br />

Relativamente às livrarias não foram informadas formalmente da decisão, mas<br />

antes da decisão ser tomada foram auscultadas o grupo Porto Editora, e o grupo<br />

Leia, que hoje têm o monopólio dos manuais escolares e neste momento não há<br />

nenhuma encomenda feita por nenhuma livraria da Figueira da Foz relativamente a<br />

manuais escolares.--------------------------------------------------------------<br />

Essa foi uma preocupação, as livrarias serão informadas depois da decisão que o<br />

Conselho Municipal da Educação tomar sobre esse assunto. Contudo se essa for a<br />

decisão do Conselho Municipal de Educação o procedimento cumprirá estritamente<br />

as regras da aquisição publica de bens pela Câmara Municipal, e todas as<br />

livrarias da Figueira da Foz, esperemos não ter nenhum lapso, serão informadas,<br />

convidadas ao ajuste directo que a câmara pretenderá fazer.”--------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções sobre<br />

este tema. Passamos à votação da moção sobre a reafectação das zonas portuárias.<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, aprovar a moção sobre a<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

reafectação das zonas não portuárias.-------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “de seguida coloco à votação a moção<br />

sobre a homenagem aos bombeiros do concelho da Figueira da Foz.”----------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, a moção sobre a homenagem aos<br />

Bombeiros da Figueira da Foz.---------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PEDROSA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “queria, por um<br />

lado dar conta ao executivo da Câmara Municipal e na pessoa do vereador do<br />

pelouro, o aparente sucesso que foi a primeira apresentação, eu não estive<br />

presente, mas tive a oportunidade de acompanhar testemunhos de pessoas que<br />

estiveram, a própria comunicação social de uma forma geral elogiaram a<br />

performance artística, dizendo mesmo que teria sido “um prazer para os<br />

sentidos”, julgo que tenha sido este um dos termos mais bem aplicados e<br />

elogiosos da Vórtice Dance. E neste aspecto queria registar a tomada de posição<br />

que o Movimento Figueira 100% teve nesta assembleia que foi um primeiro<br />

protocolo que foi à votação, gostava que isso ficasse bem claro, em que o<br />

Movimento apenas descorou, porque o protocolo, na nossa opinião, estava mal<br />

redigido. E depois dessa situação ter sido rectificada, fizemos uma outra<br />

salvaguarda, aquele modelo artístico e cultural escolhido para o CAE seria<br />

culturalmente muito interessante. Aparentemente parece que as coisas estão a<br />

funcionar, há jovens na escola de dança, e nós também temos que dar a mão à<br />

palmatória quando ela deve ser dada. Há jovens envolvidos e o CAE é hoje um<br />

centro com vida, com pessoas, com projecção, com actividades. No entanto,<br />

fazemos novamente o alerta, no acompanhamento muito rigoroso da questão<br />

financeira. Acredito que essa preocupação é presente e é permanente, no que diz<br />

respeito à gestão do CAE.-------------------------------------------------------<br />

Por outro lado, apesar do Sr. deputado Lídio Lopes não querer falar, eu posso<br />

falar, até porque fui autor de uma brincadeira das festas da cidade de S. João,<br />

e como normalmente não me refugio no anonimato, queria aqui dar a cara a dizer<br />

que adulterei um cartaz promocional das festas da cidade, nomeadamente da Festa<br />

da Sardinha, em que coloquei “proibido assar sardinhas”. Não foi uma mera<br />

questão de brincadeira, foi sim uma questão política e não querendo também<br />

entrar em muito detalhe, recomendar ao executivo que quando tomar estas decisões<br />

procure sentir o pulso àquilo que é circulação de sangue na cidade. Portanto,<br />

nós quando nos sentimos agitados tomamos o pulso e percebemos que temos que<br />

respirar fundo antes de tomar qualquer decisão. Normalmente as cadelas<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

apressadas parece que parem os cachorrinhos cegos, neste caso concreto houve<br />

alguma precipitação que compreendo, porque havia um regulamento em vigor, mas no<br />

fundo aquilo já faz parte e, acho que para o próximo ano, uma vez que o próprio<br />

Sr. vereador do pelouro veio dizer que temos que repensar as festas, temos que<br />

olhar para isto de outra forma. Concordo, temos que olhar de outra forma, temos<br />

que procurar saber o que é que os outros concelhos conseguem fazer com menos<br />

dinheiro do que nós, porque aparentemente a Sr.ª vereadora das finanças<br />

municipais também já concluiu e, já sabe que há outros concelhos que fazem<br />

marchas tão ou mais brilhantes que as nossas com menos dinheiro. Portanto tem<br />

muito tempo para que o próximo ano não haja pancadaria, fogo de artifício a más<br />

horas, poucas marchas. Desafio-os a questionarem que formatos querem dar à<br />

animação daquele período que já é uma referência na Figueira da Foz. E desafio-<br />

os também a questionar se a Figueira Grande Turismo continua a fazer sentido<br />

existir. Já passaram quase seis meses depois da nomeação de um conselho de<br />

administração e nós ficamos sempre com a sensação que há ali qualquer coisa que<br />

não está a funcionar. Admito que haja menos recursos, admito que as coisas vão-<br />

se precipitando, porque os dias passam a correr, mas no fundo preocupa-me porque<br />

podemos esta a criar danos que nunca mais serão reparados.----------------------<br />

Não é só a questão de palcos e de marchas, no fundo é tudo, desculpem-me o<br />

jargão, é a estratégia, é o que é que queremos para o concelho. Portanto vamos<br />

apostar naquele formato, é um desafio, não é uma moção. Não é nada que deixe<br />

provavelmente conteúdo, sou muito acusado de não deixar as vezes, o desafio que<br />

faço, é repensar, aprendermos com os erros e tentar evitar que, cometer erros<br />

que provocam danos irreversíveis e situações de conflito latente que nada trazem<br />

ao concelho.”-------------------------------------------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “a CDU apresenta nesta Assembleia<br />

Municipal um voto de pesar pela morte do escritor José Saramago, (documento que<br />

constitui o anexo número cinco à presente acta).”-------------------------------<br />

NUNO BISCAIA (PS), disse o seguinte: “o grupo parlamentar do PS queria partilhar<br />

e solidarizar-se com o voto de pesar apresentado pela CDU, recordando a nobreza<br />

de José Saramago, a quem inclusivamente por unanimidade terá sido no passado<br />

atribuída a medalha de ouro da cidade.”-----------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), disse o seguinte: “obviamente que subscrevemos a proposta<br />

feita, sendo que essa medalha ficou por receber, José Saramago recusou-se a vir<br />

receber à Figueira da Foz.”-----------------------------------------------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

JOÃO CARRONDA (PS), interveio dizendo: “na moção/proposta “orgulhosos nós por<br />

ele ser militante”, quer dizer nós estamos a votar orgulhosamente por ele ser<br />

militante do Partido Comunista? Não está a aqui em questão a obra de José<br />

Saramago e a pessoa, eu vou votar a dizer que estou orgulhoso por ele ser<br />

militante do Partido Comunista. É isso que parece que está ai escrito.”---------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “eu penso que deve ser o Sr.<br />

deputado Nelson Fernandes a esclarecer, o que está escrito.”--------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “eu não sei o que é que o Sr. deputado<br />

quer que eu lhe responda. Eu estou orgulhoso por ele ser militante do Partido<br />

Comunista Português. E naturalmente como sou eu a CDU que apresenta o voto de<br />

pesar naturalmente que é nesse aspecto que nós dizemos.”------------------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), interveio dizendo: “acho que o espírito e a obra de José<br />

Saramago são demasiado grandes para que o voto seja de todas as bancadas e de<br />

todos os deputados. Embora apresentada pela CDU, acho que deve competir a toda a<br />

Assembleia.”--------------------------------------------------------------------<br />

TIAGO CASTELO BRANCO (PS), interveio dizendo: “pegando nas palavras do Sr.<br />

deputado do BE e à semelhança do que já aconteceu nesta assembleia em momentos<br />

anteriores, eu proponha e desafiava o deputado da CDU a rever a proposta que fez<br />

à mesa, em vez de ser a CDU, que registamos ter sido iniciativa da CDU a<br />

apresentar esta proposta à mesa, que fosse a Assembleia Municipal em vez de uma<br />

qualquer força partidária dada a grandeza da obra de Saramago.”-----------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), interveio dizendo: “confesso que não percebo qual é o<br />

problema, o texto é perfeitamente claro e deixa entender a seguir que de facto<br />

nem sequer é por isso, quer dizer, ele é apresentado ai não como militante do<br />

Partido Comunista Português, mas como escritor e como Nobel. As pessoas são<br />

pessoas com as suas virtudes e com os seus defeitos. Portanto se acham que o<br />

defeito é ser comunista como diz o Sr. Adelino Lua, eu não acho isso defeito.”--<br />

ISABEL COIMBRA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “não tenho nada<br />

contra o José Saramago ser comunista ou seja o que for. Mas também acho que a<br />

primeira parte do texto devia ser alterada e votarmos sim, um voto de pesar à<br />

obra e ao escritor que ele foi, não propriamente a sua militância.”-------------<br />

DÁRIO ACÚRCIO (PSD), interveio dizendo: “o que está aqui em causa é uma redacção<br />

do texto que foi apresentado. Eu posso dizer que li toda a obra de Saramago no<br />

entanto, não me sinto orgulhoso de ele ser filiado e militante do Partido<br />

Comunista portanto, eu não poderei também votar essa cláusula. Votarei sim a sua<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

obra, a sua dimensão literária a nível mundial, mas não o orgulho de ele ter<br />

sido militante, que não é nenhum crime, do Partido Comunista e filiado.”--------<br />

A<strong>DE</strong>LINO PINTO (PS), disse o seguinte: “também não tenho qualquer problema em<br />

votar a proposta do Nelson Fernandes, desde que ela seja devidamente alterada<br />

nos moldes, em que a proposta seja da Assembleia Municipal. Não se trata de<br />

deixar de ser ou não ser comunista, se calhar gostava mais se fosse do PS. Mas<br />

de qualquer das maneiras acho que não vamos tornar isto político, quando é um<br />

voto de pesar e, acho que por uma questão de respeito isto devia de ser da<br />

Assembleia Municipal no seu conjunto.”------------------------------------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), disse o seguinte: “se fosse possível englobava-se tudo, dizendo<br />

que é o espírito e a obra do homem que foi José Saramago.”----------------------<br />

NUNO BISCAIA (PS), disse o seguinte: “se for entendido e nós propomos poder-se-á<br />

dizer, José Saramago, militante do Partido Comunista, entre vírgulas.”----------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “acho que todos os grupos que estão<br />

presentes têm condições para apresentar uma moção sobre este assunto. Portanto<br />

agora daí em diante já não é problema meu. Quando votamos as moções, votamos as<br />

conclusões, nunca votamos as considerações. Se fosse assim, havia muitas coisas<br />

que não votava. Porque de facto há ai coisas em que eu não me revejo. Agora se<br />

eu me revejo na conclusão, naturalmente que voto.”------------------------------<br />

TIAGO CASTELO BRANCO (PS), interveio dizendo: “com o devido respeito e com a<br />

estima e consideração que tenho pelo Sr. deputado Nelson Fernandes, o que nós<br />

estamos todos aqui a tentar fazer é evitar que haja mais do que uma proposta à<br />

mesa, que seria lamentável para esta assembleia. E portanto nós estamos a tentar<br />

chegar a um consenso que dignifique esta assembleia e que eternize a obra e a<br />

memória do escritor José Saramago. Sr. deputado Nelson Fernandes, tente por<br />

favor, também articular algum bom senso para evitar que seja apresentada à Mesa<br />

uma proposta que venha a ser chumbada e que depois o resto das bancadas<br />

proponham outra proposta que venha a ser aprovada e eventualmente até com a<br />

abstenção do Partido Comunista e em nada dignificaria esta câmara.--------------<br />

Portanto Sr. Presidente, se me permite, eu proponha a V. Exa., que tivesse a<br />

gentileza de repetir novamente o texto que está e que se articula-se um intróito<br />

que pudesse retirar essa primeira frase.”---------------------------------------<br />

CARLOS SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “confesso que estou<br />

cada vez mais confuso. Efectivamente o Sr. deputado da CDU apresentou uma<br />

proposta à Assembleia, e enquadrou essa proposta. Só a vejo um voto de pesar<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

pela morte de José Saramago, o restante texto penso que é o enquadramento para<br />

trazer efectivamente a esta assembleia uma proposta. Agora também não me quer<br />

parecer, porque agora teríamos a seguinte situação, bom a CDU apresentou uma<br />

proposta, agora o PS a seguir apresenta uma proposta, o PSD apresenta outra<br />

proposta, também não faz sentido. Há uma proposta, a proposta é perfeitamente<br />

consensual, quer-me parecer, portanto do meu ponto de vista a proposta só pode<br />

ser uma, um voto de pesar pela morte de José Saramago.”-------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), disse o seguinte: “como disse no princípio e entendendo tudo<br />

o que foi dito até agora, nós PSD subscrevemos a proposta.”---------------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “vou tentar<br />

contribuir para ultrapassarmos este assunto. Penso que o primeiro paragrafo da<br />

proposta do deputado Nelson Fernandes e, com o devido respeito, pela forma como<br />

ele a escreveu, se passa-se para ultimo lugar, ou seja, seria a parte final, na<br />

sequencia do enquadramento que é feito propõe-se um voto de pesar e que o mesmo<br />

seja transmitido à família. E o problema estava resolvido. Porque há um<br />

enquadramento, orgulhoso de sermos comunista, de ele ser comunista e da<br />

militância, começando por ai. Se começa por ai depois vem a proposta, o que o<br />

deputado Nelson Fernandes fez e que está a dar origem um pouco a este equívoco<br />

aqui é que faz a proposta do voto de pesar, depois faz o enquadramento. E<br />

naturalmente há aqui quem imagine que está a votar o enquadramento passava o<br />

primeiro parágrafo para último, que era o enquadramento, depois a proposta. E<br />

findo, o que estamos a votar é o voto de pesar, que é o que está na essência<br />

disto tudo.”--------------------------------------------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “se se entende que com isso que se<br />

ultrapassa, eu não vejo inconveniente nenhum. Agora eu acho que as pessoas<br />

percebem todas português. Acho que percebem que uma coisa destas, que devia ser<br />

absolutamente pacífica.---------------------------------------------------------<br />

Se esta proposta do Sr. engenheiro aquieta algumas consciências, vamos tirar um<br />

parágrafo de cima para pôr em baixo, se isto aquieta consciências, mas não sou<br />

eu que me tenho que pronunciar sobre isso.”-------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “o texto fica “orgulhosos da sua<br />

militância no Partido Comunista Português, José Saramago distinguisse, e<br />

distinguiu Portugal, como escritor e pensador de mérito que nos questionou a<br />

todos com a sua escrita, e com as suas interrogações, sobre aquilo que no homem<br />

é mais profundo.----------------------------------------------------------------<br />

<strong>30</strong>


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

O Nobel tornou-o cidadão do mundo. E nós perdendo o escritor ficámos coma obra,<br />

e através dela continuamos com o escritor. E por isso enviamos as condolências à<br />

família. E apresentamos nesta Assembleia Municipal um voto de pesar pela morte<br />

de José Saramago.”--------------------------------------------------------------<br />

Assim sendo ponho à votação o voto de pesar pelo falecimento do escritor José<br />

Saramago, com esta nova redacção do texto.”-------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com trinta e seis votos a favor<br />

(16 do PS, 13 do PSD, 4 do Movimento Figueira 100%, 1 da CDU e 2 dos Membros<br />

Independentes), com dois votos contra do PS e com cinco abstenções (3 do PSD, 1<br />

do PS e 1 do Movimento Figueira 100%), aprovar o voto de pesar pelo falecimento<br />

do escritor José Saramago.------------------------------------------------------<br />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />

ISABEL COIMBRA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), fez a seguinte declaração de voto: “o<br />

José Saramago foi sobretudo um grande escritor e tem uma grande obra. Abstive-me<br />

quanto ao texto mais nada.”-----------------------------------------------------<br />

DÁRIO ACÚRCIO (PSD), fez a seguinte declaração de voto: “após a intervenção que<br />

fiz sobre a redacção do texto, não poderia deixar de me abster.”----------------<br />

TIAGO CASTELO BRANCO (PS), fez a seguinte declaração de voto: “votei<br />

favoravelmente a proposta apresentada pela CDU, não obstante de lamentar aqui o<br />

facto da CDU não ter aceite a alteração que foi proposta pelo PS no sentido de<br />

em vez de ser a CDU a fazer a proposta ser a Assembleia Municipal.”-------------<br />

A<strong>DE</strong>LINO PINTO (PS), fez a seguinte declaração de voto: “apenas dizer que a minha<br />

abstenção, vem no sentido de que efectivamente o voto de pesar para mim está<br />

correcto, agora não poderia votar a favor quando o deputado Nelson não fez um<br />

bocadinho de esforço para que esta assembleia, no seu conjunto desse mais<br />

dignidade ao nome de José Saramago.”--------------------------------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), fez a seguinte declaração de voto: “votei a favor porque a<br />

dimensão de José Saramago, enquanto cidadão português e enquanto cidadão do<br />

mundo, acho que merece que seja considerado irrelevante um aspecto que o Partido<br />

Comunista ou a CDU, com alguma inteligência, colocou no texto. Dado que é um<br />

texto aprovado por todos nós, e está-se a misturar a militância, o comportamento<br />

politico de um homem, com a sua dimensão, José Saramago foi conhecido no mundo<br />

não pela sua militância, mas pela obra que deixou entre nós.”-------------------<br />

JOÃO RODRIGUES (PS), fez a seguinte declaração de voto: “gostava de dizer que<br />

votei a favor desta proposta devido à dimensão da obra de José Saramago. E votei<br />

31


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

também o facto da CDU e o Nelson Fernandes estarem orgulhosos por ele ser da<br />

CDU. Não estou orgulhoso, pelo facto de eles estarem orgulhosos por isso.”------<br />

GÓIS MOÇO (PS), interveio dizendo: “No passado dia 5 de Junho, no grande<br />

auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, a companhia<br />

profissional de dança residente no CAE, a Vórtice Dance, apresentou o seu último<br />

espectáculo, intitulado “Solilóquio about wonderland”.--------------------------<br />

Poderá parecer despropositada esta referência, mas, Sr. Presidente, quem<br />

assistiu a este espectáculo ficou maravilhado e emocionado com a extrema beleza,<br />

graciosidade e grande qualidade do espectáculo apresentado pela Vórtice Dance!<br />

Todos nós já tínhamos conhecimento das referências extremamente elogiosas que a<br />

crítica especializada, nacional e estrangeira, tem endereçado à Vórtice Dance –<br />

recorde-se que, recentemente, a imprensa italiana, após um espectáculo da<br />

companhia, em Bolzano, considerou que a “novidade” e a “qualidade” já não vêm<br />

dos “EUA ou de Inglaterra mas sim de Portugal” – mas assistir, ao vivo, a um<br />

espectáculo da companhia permitiu comprovar in loco as enormes qualidades e<br />

virtualidades de uma companhia cujo director e coreógrafo, Rafael Carriço,<br />

nasceu na Figueira da Foz, mais propriamente na freguesia de Lavos. Temos todos<br />

de ter, orgulho no facto de Rafael Carriço, nascido e criado na Figueira da Foz,<br />

ter conseguido alcançar sucesso no estrangeiro. Aliás, ainda no ano corrente, a<br />

Vórtice Dance fará uma nova digressão no estrangeiro, na Europa de Leste, e, em<br />

2011, apresentará o seu espectáculo numa das mais importantes salas do mundo, o<br />

Coliseu de Londres.-------------------------------------------------------------<br />

Recorde-se que, a companhia Vórtice Dance passou a residir no Centro de Artes e<br />

Espectáculos e na Quinta das Olaias com este novo Executivo, foi uma aposta<br />

ganha do novo Executivo socialista.---------------------------------------------<br />

A autarquia entendeu que, o CAE deveria ser um centro de criação artística e um<br />

produtor de espectáculos e cultura, não deveria limitar-se a adquirir produções<br />

que vêm de fora. O executivo também quis aproveitar a residência no CAE da<br />

Vórtice, companhia composta por bailarinos formados nas melhores escolas<br />

europeias, para criar uma escola de dança de grande qualidade, estando,<br />

presentemente, setenta jovens do concelho e mesmo do Distrito – curiosamente, há<br />

alunos que vêm de Coimbra para obter formação no Centro de Artes – a aprender<br />

dança clássica e contemporânea de alto nível.-----------------------------------<br />

Trata-se, sem dúvida, de importantes mudanças estruturais no panorama cultural e<br />

educativo do nosso concelho.----------------------------------------------------<br />

32


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

O CAE passou a produzir espectáculos e a promover permutas de produções, através<br />

da Vórtice Dance, decisões que permitirão importantes poupanças para o<br />

município, irão reforçar a variedade da programação do CAE, e, fundamentalmente,<br />

permitirão que os criadores e artistas locais possam apresentar as suas<br />

produções no CAE, para além de estimular o aparecimento de novos criadores,<br />

técnicos e homens de cultura, com um efeito positivo, até, na economia local.---<br />

Quanto à formação artística de setenta jovens no CAE, formação de alto nível a<br />

um preço muito acessível, com especial atenção para os jovens mais carenciados,<br />

o valor e a importância desta escola é indesmentível.---------------------------<br />

Foi também, para que a educação e a cultura estivessem à disposição de todos,<br />

pobres e ricos, que se fez o 25 de Abri. Sem educação e cultura, não há<br />

liberdade, sem liberdade não há desenvolvimento.--------------------------------<br />

Sr. Presidente, julgo que a gestão do Centro de Artes e espectáculos segue no<br />

rumo certo. Ainda recentemente o Executivo aprovou, por proposta da Maioria,<br />

que, em todos os espectáculos a realizar no CAE, existam cem bilhetes à<br />

disposição do público pelo módico preço de cinco euros. Julgo que, com esta<br />

oferta, e a anterior aprovação de um conjunto de reduções nos preços dos<br />

bilhetes sénior, jovens e família, estão reunidas as condições para que o CAE<br />

deixe de ser um espaço elitista, com bilhetes tão caros que só as classes<br />

sociais mais abastadas tinham acesso a ele.-------------------------------------<br />

O Centro de Artes e Espectáculos pertence a todos os figueirenses, e julgo que,<br />

com estas medidas, o CAE vai, verdadeiramente, passar a servir e a ser<br />

frequentado por todos os fregueses do concelho. Está de parabéns a Maioria que<br />

governa a Câmara Municipal, na pessoa do Sr. Vereador da Cultura, António<br />

Tavares, o mentor do projecto. E também está de parabéns a oposição camarária<br />

que, após as hesitações iniciais, acabou por reconhecer a enorme mais-valia do<br />

projecto da Vórtice Dance e permitiu que o protocolo entre a Câmara Municipal e<br />

a companhia de dança fosse aprovado. O meu bem-haja a todos a todos aqueles que<br />

de um modo ou de outro deram o seu contributo para que o Centro de Artes e<br />

Espectáculos pusesse em marcha este projecto.”----------------------------------<br />

DÁRIO ACÚRCIO (PSD), interveio dizendo: “vou ler um texto que aborda a<br />

problemática da fragilidade e complexidade porque estão a passar as Juntas de<br />

Freguesia do concelho, (documento que se dá por integralmente reproduzido<br />

constituindo o anexo número seis à presente acta).------------------------------<br />

JOÃO RODRIGUES (PS), disse o seguinte: “vou apresentar este vídeo sobre o<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

percurso politico do Eng. Aguiar de Carvalho, e de seguida passo a apresentar um<br />

requerimento para uma futura homenagem a Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho,<br />

(documento que constitui o anexo número sete à presente acta.).-----------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), interveio dizendo: “participei numa Câmara Municipal<br />

1993/1997, como vereador da oposição com o Eng. Aguiar de Carvalho como<br />

Presidente da Câmara Municipal. Foi um tempo em que aprendi muito e em que, do<br />

ponto de vista do combate politico, me entreguei da maneira que me era possível<br />

na altura. Consigo a esta distância separar as duas coisas, e hoje ter a<br />

tranquilidade para afirmar que não existe conflito em termos de toponímia na<br />

alteração da denominação do espaço. E é do ponto de vista da proposta é justo,<br />

porque de facto se o Dr. Pedro Santana Lopes foi o principal mentor e executor<br />

do Centro de Artes e Espectáculos e a ele foi dado o nome e com concordância do<br />

PS na altura, e se com concordância também de todos os partidos foi feita a<br />

homenagem que foi feita ao Eng. Coelho Jordão, não tenho e é a minha convicção<br />

que não tem a bancada do PSD, qualquer incomodo, antes pelo contrário em votar a<br />

proposta que agora é apresentada.-----------------------------------------------<br />

O reconhecimento a esta distancia e com o tempo que estes anos nos dá da leitura<br />

do papel, do homem, do autarca não nos pode misturar nesta analise a questão<br />

político-partidária, devemos enaltecer a entrega e dedicação, devemos enaltecer<br />

o sacrifício pessoal e devemos relevar a diferença, que na altura, foi<br />

claramente expressa em relação à opinião e às decisões. E portanto é minha<br />

convicção da leitura que faço dos autarcas que estão nesta assembleia municipal<br />

representando o PSD que votamos a favor desta proposta.”------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “nós compreendemos que na moção do PS,<br />

eles não se orgulhem de que o Eng. Aguiar de Carvalho não tenha sido militante<br />

do PS. Porque de facto parece, que se alguém deve alguma coisa a alguém é o PS<br />

ao Eng. Aguiar de Carvalho, nomeadamente uma homenagem. E nesse aspecto, nós que<br />

com a morte do Eng. Aguiar de Carvalho perdemos também um amigo, com quem<br />

convivemos quer antes como Presidente, conhecemos perfeitamente o conjunto de<br />

magoas que foram expressas a determinado tipo de situações, pensamos que de<br />

facto, lhe é devida uma homenagem sobretudo por parte do PS. A quem nós nunca<br />

nos escusávamos, a ir independentemente de ser ou deixar de ter sido militante<br />

do PS.”-------------------------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “não queria deixar de dizer duas<br />

palavras relativamente à memória do Eng. Aguiar de Carvalho, que penso, hoje,<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

ter sido um bom autarca, não obstante, na altura era Presidente da comissão<br />

politica do PSD e politicamente tínhamos os nossos desencontros, mas o juízo que<br />

faço é de uma excelente pessoa, foi um bom autarca, prestou bons serviços à<br />

Figueira, pelo que muito estimo a sua memória que para mim é vida.--------------<br />

Não deixo de referir o seguinte: uma vez desalojado do poder, aqueles que<br />

habitualmente o tratavam por Manel, o desacompanharam. Nessa ocasião, em que já<br />

não era Presidente da Câmara, já não tinha o poder, e que estava<br />

significativamente desacompanhado, frequentemente eu o recolhi em casa, íamos<br />

tomar o nosso café, fazíamos a nossa tertúlia que ele tanto apreciava.<br />

Frequentemente e para terminar gostaria de dizer que Deus o tenha em descanso.”-<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “tive a<br />

oportunidade e o privilégio de conhecer o Eng. Aguiar de Carvalho, precisamente<br />

na altura em que aterrei, por assim dizer, na Figueira da Foz, vindo trabalhar<br />

para a Celbi, onde ele ainda era engenheiro químico. Acontece que, por ironia do<br />

destino, foi nas funções que ele exercia na Celbi que acabei por depois me<br />

afirmar profissionalmente também. Eu cheguei à Celbi e ele saiu para a Câmara<br />

Municipal da Figueira da Foz, mais ou menos. Acontece que, como figueirense que<br />

sou, por adopção, tive a oportunidade de assistir à obra do Aguiar de Carvalho,<br />

porque cheguei à Figueira da Foz em 1982 e tive toda a possibilidade de ver o<br />

desenvolvimento do trabalho dele como autarca, tive e possibilidade de ver como<br />

era a Figueira 1982/83 e o que ela era depois quando ele acabou por sair.-------<br />

Obviamente que unanimidades ninguém as tem e se as tem é de desconfiar, ele teve<br />

o seu percurso e nem sempre teve situações de unanimismo à volta dele, que<br />

também revela algo de bom no seu carácter. Acontece que depois de ele já deixar<br />

de ser Presidente da Câmara a oportunidade de pessoalmente conviver mais ainda<br />

com ele, e como homem, tinha de facto uma dimensão e como cidadão interessado<br />

uma capacidade de intervenção e de análise, que sempre me impressionaram. Por<br />

isso a titulo pessoal, estou com esta homenagem que, vinda do PS, acho que é<br />

absolutamente justa, que é merecida seja ela através de perpetuar o nome do<br />

Aguiar de Carvalho numa Praça da Europa, seja de uma outra forma que<br />

consideremos de facto digna para honrar a sua memória.”-------------------------<br />

A<strong>DE</strong>LINO PINTO (PS), disse o seguinte: “orgulho-me imenso da proposta que foi<br />

apresentada. Eu tive o prazer de conviver imenso com o Eng. Aguiar de Carvalho,<br />

desde os tempos da Guerra do Ultramar, acompanhei-o desde a guerra em Moçambique<br />

e com ele continuei a trabalhar na Celbi, convivi com ele como Presidente da<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Câmara, fiz dois mandatos como Presidente da Junta com ele, e embora, do seu<br />

feitio muita gente não gostava, mas era um homem de uma honestidade fora de<br />

série. Quero-vos contar apenas esta passagem, quando ele acabou o seu mandato na<br />

câmara, devia por ordem lógica apresentar-se na Celbi, da qual era funcionário,<br />

e do qual a Celbi esperava, e ele que podia ter aproveitado a oportunidade de<br />

receber umas centenas largas de contos, ali o Dr. sabe e tem conhecimento dessa<br />

situação, eu avisei-o porque estava ligado na altura ao movimento sindical, Eng.<br />

Aguiar de Carvalho o Sr. deve apresentar a Celbi, não pedir a sua demissão, mas<br />

apresentar-se ao trabalho, porque com o tempo ele deixou de acompanhar a Celbi,<br />

mas a Celbi não deixava, como fez a todos os seus trabalhadores, de o tratar com<br />

toda a dignidade. O Eng. Aguiar de Carvalho respondeu-me “Adelino já não sou<br />

funcionário da Celbi, não tenho que ir buscar dinheiro à Celbi”, ora isso<br />

revela, de facto, uma dignidade de um homem fora de série, de um homem que nem<br />

todos, com certeza, fariam ou tomariam este tipo de atitude. Orgulho-me imenso<br />

com isso, porque convivi com ele quase até à sua hora da morte. Fui visitá-lo ao<br />

hospital, quando ele no dia seguinte faleceu, em que me puxou pela camisola,<br />

aproximou-me o ouvido dele e apenas me disse uma coisa, “nunca me traíste”. Mas<br />

vale a pena, de facto, a Figueira deve-lhe muito, porque foi acusado de muita<br />

coisa, mas é um homem de uma honestidade e de uma verticalidade, e sabia dizer<br />

que não. E quando dizia que não as pessoas não gostavam efectivamente dele.”----<br />

JOÃO TOMÉ (BE), interveio dizendo: “acho que quanto ao Eng. Aguiar de Carvalho<br />

já tudo foi dito, é uma homenagem mais do que merecida, e apenas para desanuviar<br />

um pouco, gostaria de contar aqui uma coisa que quase já ninguém se lembra, em<br />

que eu tive um pequenino dedo. A Figueira da Foz provavelmente será a única<br />

cidade, não capital geminada com uma capital estrangeira, que é a cidade da<br />

praia de Cabo Verde, fui eu e ele que cozinhámos isso. E fomos até lá, houve<br />

pessoas que não gostaram de andar de avião, mas fizeram-se coisas engraçadas, e<br />

que podiam ter ido mais além se ele tivesse continuado.”------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções,<br />

coloco a proposta à votação.”---------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade e aclamação, aprovar a<br />

proposta de a Praça da Europa passar a chamar-se Praça da Europa Manuel Alfredo<br />

Aguiar de Carvalho e a colocação de um busto nesse mesmo local.-----------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), disse o seguinte: “tenho duas moções para apresentar, a primeira<br />

tem a ver com o Programa da Estabilidade Politica, (documento que constitui o<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

anexo número oito à presente acta).---------------------------------------------<br />

A segunda moção tem a ver com a defesa do serviço público de correios,<br />

(documento que constitui o anexo número nove à presente acta).”-----------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), disse o seguinte: “quero manifestar a minha opinião<br />

relativamente à primeira moção que foi apresentada pelo Sr. deputado do BE, e<br />

apresentar moções desse tipo é uma forma fácil de estar na vida, uma forma fácil<br />

de propor, o Sr. falou em cortes, mas o Sr. para fazer cortes tem que aumentar a<br />

receita, como é que o faz? Diga, terá seguramente, a possibilidade de pedir a<br />

palavra e dizer-nos alguma coisa sobre isso. É verdade que este Governo tem<br />

apurado basicamente do lado da receita. As medidas que tem tomado não são sobre<br />

o lado da despesa.--------------------------------------------------------------<br />

Mas a situação do País é do meu ponto de vista emergente, a banca não consegue<br />

empréstimos, a situação é aquela que sabemos, e as circunstancias são de<br />

excepção e de grande preocupação de todos nós. E nesse sentido o tendo<br />

consciência que assim é, não falo em nome da minha bancada, pessoalmente não<br />

poderei votar favoravelmente a proposta que acabou de apresentar.”--------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “sobre este<br />

assunto e, falo aqui a titulo pessoal, uma posição de que nós não podemos ter<br />

uma visão restritiva, a situação económica nacional. É muito fácil e, seria<br />

perfeitamente bem acolhido e, para não utilizar outro termo, que de facto o<br />

corte nas transferências de verbas para o município da Figueira da Foz é uma<br />

situação penalizadora que implicaria um voto favorável da nossa parte, dado que<br />

isso se traduziria numa situação de beneficio para os figueirenses. O problema é<br />

que não pode ser dissociado do todo nacional. E portanto não vale a pena<br />

escamotearmos as coisas, eu compreendo as posições do BE que naturalmente tem a<br />

sua politica e tema a sua posição relativamente à situação da economia nacional.<br />

Mas eu não tenho essa visão.----------------------------------------------------<br />

Tenho a visão, que de facto Portugal está numa situação económica<br />

extraordinariamente difícil, que andámos durante vários anos a gastar acima das<br />

nossas possibilidades, e quando digo gastar acima das nossas possibilidades não<br />

é só o povo, mas a máquina do Estado, que tem crescido e que tem sido um<br />

devorador completo dos dinheiros públicos. E que nessas circunstancias não há<br />

possibilidade de continuarmos aqui a fazer uma situação de viver acima daquilo<br />

que podemos. Temos que cortar, de alguma forma a análise que faz o deputado<br />

Padrão, quando nos diz que o Governo está a actuar no lado da receita, que é<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

mais fácil de obter através da cobrança de impostos, quando ao nível da despesa<br />

nada está a ser feito. Temos situações de alguma desigualdade, também já aqui<br />

foram referidas. Mas a situação do País não permite que tenhamos situações<br />

diferenciadas, não podemos querer “sol na eira e chuva no nabal”, não podemos<br />

querer no município da Figueira da Foz uma total disponibilidade de verbas e ao<br />

mesmo tempo ao nível nacional uma competição. O País necessita de que realmente,<br />

se faça este esforço e acredito piamente que não será suficiente, algo demais<br />

terá de acontecer.”-------------------------------------------------------------<br />

TIAGO CASTELO BRANCO (PS), disse o seguinte: “queria aqui analisar a proposta do<br />

BE, e dizer que nós, PS, já estamos habituados a isto. Com o devido respeito que<br />

tenho para com o Sr. deputado do BE, isto é uma forma populista de fazer<br />

politica, ou seja dizem aquilo que o povo quer ouvir. Mas quer dizer não<br />

analisam as consequências.------------------------------------------------------<br />

Sr. deputado, com o devido respeito que lhe tenho por si, o PS e a Figueira da<br />

Foz e todos nós, temos de ter consciência que se houve Governo e partido a fazer<br />

obra na Figueira da Foz foi o do PS. E portanto fazer hoje uma proposta em que<br />

nós, Assembleia Municipal, vamos repudiar o corte que o Governo irá fazer não só<br />

para esta autarquia, mas para todas as autarquias nacionais, é um acto que não<br />

faz qualquer tipo de sentido nem de lógica. Quando, como o Sr. bem sabe tem sido<br />

o PS que tem feito grandes investimentos no concelho.---------------------------<br />

E, portanto, nesta medida é politica à BE, com todo o respeito. O Sr. diz aquilo<br />

que a população quer ouvir, porque e mais há aqui uma questão que é importante,<br />

o Sr. deputado começou por dizer quase isto e, corrija-me se estiver enganado,<br />

agora é que eu vou ver ou vamos ver quem é que é o verdadeiro figueirense, aqui<br />

não se trata de ser um verdadeiro figueirense ou verdadeiro munisse, aqui trata-<br />

se de saber quem é que é consciente ou quem não é consciente e tem politicas<br />

conscientes que possam salvar a situação em que vive o País.”-------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “Sr. Presidente é natural que nós<br />

vamos votar favoravelmente ambas as propostas do BE. Porque também estamos<br />

naturalmente contra o PEC e estamos contra a privatização dos correios.---------<br />

Queria assinalar duas coisas, a primeira é que de facto quem veio aqui assumir<br />

as dores do PS é o Sr. deputado Padrão, do PSD. O que mostra mais uma vez que<br />

quando eu dizia que eles entendem-se, entendem-se mesmo e está aqui à vista.----<br />

A segunda tem a ver com a grande, compreensão que os senhores deputados<br />

municipais do PS e do PSD e agora também do Movimento 100%, têm pela política<br />

38


ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

económica deste Governo.--------------------------------------------------------<br />

Aqui o meu amigo Castelo Branco, até fala de que o BE quer, diz aquilo que o<br />

povo quer ouvir, mas as eleições foram à muito pouco tempo e eu não ouvi o Eng.<br />

José Sócrates na campanha eleitoral dizer que iam fazer medidas que fossem de<br />

alteração dos serviços públicos ou de privatização dos correios. É que de facto<br />

nessas alturas eles é que disseram aquilo que o povo quis ouvir, para obterem os<br />

votos. E depois fazem não aquilo que o povo quer ouvir, mas depois fazem aquilo<br />

que o povo não quer perder.”----------------------------------------------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), disse o seguinte: “era apenas para dizer aos senhores deputados,<br />

que logicamente atacaram a proposta que aqui é apresentada, mas se há coisas que<br />

nunca fui nem sou é populista. E fiz o meu trabalho de casa. E era bom que os<br />

senhores deputados também fizessem o mesmo trabalho de casa que fiz, que é o<br />

seguinte: em toda a Europa dos 17, já não vou para os outros, a banca paga 20%<br />

de IRC porque é que no nosso País só paga 11,5% a 12%? Onde é que está a<br />

diferença? Número 2, eu fui aos vencimentos publicados, oficialmente para os<br />

gestores públicos e administradores de empresas públicas e cheguei só aos<br />

primeiros 56, há muito mais, aos primeiros 56 e o resultado que me deu dava para<br />

não subir o IVA. Façam este exercício de matemática. E depois digam quem é que é<br />

populista. Eu não vim aqui propor coisas disparatadas. Porque a economia real de<br />

um País mede-se no bolso do cidadão. É aí que ela tem que ser medida. Nós viemos<br />

aqui à feira à frente e se compararmos do ano passado para este ano quantas<br />

pessoas é que lá estavam? Porque não há dinheiro no bolso das pessoas. Isto é um<br />

crime.”-------------------------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “o nosso hipotético diálogo, Sr.<br />

deputado Nelson Fernandes, nunca será conseguido, porque o que é que nos separa,<br />

o que é que nos divide? O que nos divide, o que nos separa é o papel do Estado,<br />

qual papel do Estado. E estamos em paradigmas completamente diferentes, quer<br />

falemos de educação, quer falemos de saúde, quer falemos de segurança social,<br />

estaremos sempre em patamares diferentes, cronológicas diferentes.--------------<br />

Claro que eles se entendem quando estão os interesses nacionais em causa. Porque<br />

esta posição da esquerda é muito interessante porque aponta e aqui o Sr.<br />

deputado do BE referia agora os pobres não têm, mas quer dizer, lá está não<br />

aponta soluções, quer dizer, é muito fluido e muito fácil, como é que aumenta o<br />

PIB do País? Como é que aumenta o rendimento percapita? Como é que resolve o<br />

problema do desemprego?---------------------------------------------------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Apresentem medidas, propostas, façam. Digam alguma coisa nesse sentido, nós<br />

ficamos agradecidos.”-----------------------------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), interveio dizendo: “o PSD entende nesta bancada, que há um<br />

responsável imediato pelo estado em que as coisas estão em Portugal. O<br />

responsável é o PS nos últimos anos. Isso é evidente. Primeiro ponto de partida,<br />

o segundo ponto de partida é que ao PS dá sempre jeito ter desculpas de<br />

conjuntura e portanto há uma questão que é para nós importante, é tudo aquilo<br />

que disse o Dr. António Padrão, também o que disseram outros deputados, e no<br />

conjunto da bancada entendemos que ponderando uma e outra das soluções, o PSD<br />

vai-se abster nas duas propostas.”----------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, interveio dizendo: “não havendo mais intervenções,<br />

ponho a primeira proposta à votação.”-------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com quatro votos a favor (2 do<br />

PSD, 1 da CDU e 1 do BE), com vinte e dois votos contra (17 do PS, 3 do<br />

Movimento Figueira 100%, 1 do PSD e 1 do Membro Independente) e com treze<br />

abstenções (11 do PSD e 2 do Movimento Figueira 100%), reprovar a proposta<br />

apresentada sobre Programa de Estabilidade e Crescimento.-----------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, interveio dizendo: “não havendo mais intervenções,<br />

ponho a segunda proposta à votação.”--------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com seis votos a favor (2 do PS,<br />

2 do PSD, 1 da CDU e 1 do BE), com catorze votos contra (11 do PS, 3 do<br />

Movimento Figueira 100%, 1 do PSD e 1 do Membro Independente) e com dezanove<br />

abstenções (11 do PSD, 6 PS e 2 do Movimento Figueira 100%), reprovar a proposta<br />

apresentada em defesa do serviço público de correios.---------------------------<br />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO <strong>DE</strong> VOTO<br />

JOSÉ ELÍSIO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), fez a seguinte declaração de voto: “eu votei contra,<br />

embora lamentando as medidas impopulares que o Governo tem tomado, tenho que<br />

reconhecer que este Governo foi aquele que indiscutivelmente desde há muitos<br />

anos, mais obra fez no concelho da Figueira da Foz.-----------------------------<br />

E em segundo lugar, relativamente às medidas impopulares tomadas, elas não são<br />

exclusivas de Portugal, são da Europa e do Mundo, e principalmente não têm<br />

origem nem as causas estão sediadas em Portugal.--------------------------------<br />

Relativamente à outra questão, gostaria de dizer o seguinte: por razões que têm<br />

a ver com a minha honestidade, seriedade, e com a minha honradez e com o<br />

respeito que tenho que ter para comigo próprio, faço questão que conste da acta<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

desta reunião, que eu não estava na sala e portanto não assisti à discussão da<br />

proposta em homenagem ao Eng. Aguiar de Carvalho, e consequentemente não<br />

participei na votação.”---------------------------------------------------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), interveio dizendo: “verifico que alguma sinalização<br />

rodoviária é colocada de forma que não defende a segurança. Talvez os técnicos<br />

que a propõem não tenham estudado, nem inicialmente, nem complementarmente os<br />

pressupostos da colocação dessa mesma sinalização pois privilegiam o<br />

aceleramento das viaturas em detrimento da segurança! A fluidez não é um dos<br />

principais objectivos da segurança rodoviária, é sim um objectivo, mas a<br />

segurança está sempre em primeiro lugar, são destes exemplos, a sinalização de<br />

algumas rotundas recentes e para reforço de tudo isto, aparece uma nova<br />

sinalização na freguesia do Paião, que deixa muito a desejar. Esta sinalização<br />

leva a grandes equívocos, poderá levar a câmara a ser responsabilizada pelos<br />

acidentes que quase diariamente lá acontecem, ainda não morreu ninguém por<br />

milagre.------------------------------------------------------------------------<br />

Pois encontra-se mal sinalizado, mal colocados e mais uma vez erradamente leva a<br />

que as pessoas não entendam o que se pretende com aquela sinalização. Têm<br />

acontecido quase diariamente acidentes lá, não percebo quem foi o projectista e<br />

como é que aquilo foi implementado naquele local. Se é para implementar com<br />

maior fluidez só há uma solução, é a colocação de semáforos. E não será muito<br />

dispendioso para a câmara.------------------------------------------------------<br />

Apelo assim mais uma vez, a que esta câmara proponha, ou que insista com os<br />

técnicos para que estudem correctamente forma de colocar a sinalização, para não<br />

pôr em perigo a vida dos nossos munícipes.”-------------------------------------<br />

A<strong>DE</strong>LINO PINTO (PS), interveio dizendo: “em qualquer País por onde passei, onde<br />

há um sinal de STOP, paro. Devidamente sinalizado com uma faixa em todo o<br />

cumprimento da estrada, até eu que já sou míope, quase a uma distancia de 50m,<br />

ver um sinal de STOP no chão, além da placa.------------------------------------<br />

Portanto o que o Sr. tem que dizer é que os portugueses não têm educação, não<br />

têm civismo pelas regras de trânsito. Esse é que é um grande problema, não é o<br />

problema do sinal.”-------------------------------------------------------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “eu, felizmente, conheço bem as regras<br />

de trânsito e a sinalização, mas aquilo está muito mal sinalizado e os técnicos<br />

da câmara são os culpados. E vou-lhe dizer mais, se houver lá um acidente grave,<br />

a câmara vai ser responsabilizada porque os sinais estão bem colocados, mas está<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

mal sinalizado. São coisas diferentes.”-----------------------------------------<br />

B – PERÍODO DA OR<strong>DE</strong>M DO DIA<br />

4 - APRECIAÇÃO <strong>DE</strong> INFORMAÇÃO<br />

4.1 - INFORMAÇÃO DO PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA E APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO<br />

ESCRITA SOBRE A ACTIVIDA<strong>DE</strong> MUNICIPAL<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “o relatório<br />

financeiro que nos foi apresentado com as contas de Janeiro a Abril. Da leitura<br />

que faço e volto a referir aqui, que é com apreço que nós verificamos o tipo de<br />

informação que nos é disponibilizada, que permite verificar a evolução das<br />

receitas e das despesas e a gestão financeira e económica da câmara. Embora esse<br />

apresentar tem sempre duas faces como é óbvio, porque dá-nos a informação e, a<br />

informação deixa-nos preocupados. Relativamente aos anos de 2008 e de 2009,<br />

infelizmente o sucesso da gestão financeira e da gestão económica não é muito<br />

conseguida, porque a receita também está a cair, de igual modo e praticamente<br />

nas mesmas percentagens. Os custos também. Mas aquilo que realmente me preocupa<br />

e, que mais uma vez nos faz fazer esta reflexão sobre a situação económica e<br />

financeira da câmara, é o aumento da divida.------------------------------------<br />

De facto, há qualquer coisa que nós não percebemos, porque perante este quadro<br />

de evolução de custos, de proveitos, de receitas e de despesas, parecem mais ou<br />

menos conceituados, é de estranhar que a divida suba dois milhões e quatrocentos<br />

mil euros, de Dezembro para Abril. Estes dois milhões e quatrocentos mil euros,<br />

ainda por cima, são na divida de curto prazo, portanto, fornecedores de conta<br />

corrente aumenta cerca de um milhão de euros. A questão que coloco é, se de<br />

facto contabilizaram as facturas que estavam por contabilizar e veio isso para<br />

cima, ou se, na realidade o que acontece é que a situação dos prestadores de<br />

serviços e dos fornecedores da câmara está-se a agravar cada vez mais. Temos de<br />

condicionar o nosso discurso e as nossas situações daqui para a frente, é esta a<br />

realidade da câmara. Quando se verifica que está acima 50% do limite do<br />

endividamento. Não sei quando é que realmente o Governo Central faz alguma<br />

tutela desta situação. Porque de facto, nós estamos com uma divida de quarenta e<br />

cinco milhões, registada na câmara, e quando o relatório nos informa que o<br />

limite da divida é de trinta milhões, portanto estamos com quinze milhões acima.<br />

Isto é uma situação assaz preocupante, no fundo, a única coisa que posso dizer<br />

da análise que fiz às contas, é que de facto o corte meritório que está a ser<br />

feito na despesa e como nós não temos capacidade de aumentar as receitas, como<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

faz o Governo, através do aumento do IVA, ou através do aumento dos escalões do<br />

IRS, porque se tivesse aqui a possibilidade de fazer um PEC, estou convencido<br />

que para equilibrarmos as contas, as taxas de IRS não ficariam nos 42%, mas<br />

teriam que ir aí para os 60% do bolso de cada um dos figueirenses, para<br />

equilibrar estas contas. É de facto uma situação complicada. Não me tranquiliza<br />

muito, o assentimento com o que a Sr.ª vereadora das finanças ouve as minhas<br />

palavras. Mas de qualquer maneira, esta reflexão tem que ser feita, e realmente<br />

eu faço-a sempre quando ouço às vezes determinadas propostas que são feitas na<br />

câmara e que sinceramente não sei se nós estamos todos a pensar da mesma<br />

maneira, quando vejo os vereadores do PSD a fazerem determinado tipo de questões<br />

e a apresentarem determinado tipo de propostas, faz-me sempre lembrar aquela<br />

família falida, que o filho insiste sistematicamente a pedir para o pai comprar<br />

o Ferrari.”---------------------------------------------------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “queria colocar duas questões<br />

distintas ao Sr. Presidente, uma está condicionada por algo que ouvi no inicio e<br />

que tem a ver com o ponto 5.2 da ordem de trabalhos, se nós vamos discutir esse<br />

ponto ou nisso, senão de qualquer maneira como eu não tenho oficialmente nenhuma<br />

não.”---------------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “a pedido da câmara por ofício,<br />

recebido na Assembleia Municipal no dia 28 de Junho de <strong>2010</strong>, foi-nos solicitado,<br />

que retirássemos este ponto da ordem de trabalhos.”-----------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “a Carta Educativa é um bom exemplo de<br />

como se gasta dinheiro em nada, isto é, os munícipes e os contribuintes pagamos<br />

a Carta Educativa, que foi feita com o esforço natural da câmara anterior.------<br />

A Carta Educativa, está em vigor à meia dúzia de meses, e isto já está tudo<br />

alterado, vão ser encerradas uma série de escolas sem respeito nenhum por aquilo<br />

que estava decidido na Carta Educativa. E isto leva-me à interrogação sobre a<br />

construção do Centro Escolar da Gala, isto é, sobre se em função desta<br />

indefinição do Governo, relativamente à politica educativa, se a câmara tem ou<br />

não, que assentar melhor esta questão e ver o que é que vai fazer. E se esse<br />

ponto, a pedido da câmara, foi retirado da ordem de trabalhos, eu dou o meu<br />

apoio a essa medida.------------------------------------------------------------<br />

A outra questão tem a ver com a retirada de alguns serviços da medicina legal da<br />

Figueira da Foz. Os serviços de medicina legal, por aquilo que é hoje público,<br />

vão passar a encurtar o seu funcionamento na Figueira, a encurtar em termos de<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

pessoal qualificado e a encurtar, também em termos de situações a resolver. E<br />

isto implica uma coisa extremamente interessante que tem a ver com a A14, e com<br />

aquilo que as pessoas pensam das auto-estradas. As auto-estradas, neste momento,<br />

passam a ser o caminho mais longo entre dois pontos, uma grávida só tem que ir<br />

para Coimbra porque há auto-estrada, porque antigamente fazia aqui o seu parto a<br />

três quilómetros, agora tem a trinta! Mas, naturalmente, que os senhores<br />

deputados estão de acordo.------------------------------------------------------<br />

Queria saber, o que é que pensa o Sr. Presidente da Câmara sobre isto, porque se<br />

calhar, não estará de acordo com o que pensam os senhores deputados do PS.”-----<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “a propósito das palavras proferidas<br />

pelo Sr. deputado Nogueira Santos, claro que todos nós sabemos qual a situação<br />

financeira da câmara. Relativamente à qual não rejeitamos responsabilidade nesse<br />

sentido, como é óbvio.----------------------------------------------------------<br />

Gostaria de reiterar o seguinte: em Setembro de 2009, foi negociado com a Caixa<br />

Geral de Depósitos, um plano de saneamento financeiro para a Câmara Municipal da<br />

Figueira da Foz, se não estou equivocado, no valor de trinta milhões de euros,<br />

ao abrigo de legislação em vigor, penso que deveria ter sido preocupação e<br />

prioridade deste executivo porque, o executivo tem e tinha consciência da<br />

situação económica e financeira da câmara, e deveria assumir como prioridade o<br />

saneamento das finanças. Não entendo e, gostaria de alguma explicação nesse<br />

sentido, que entretanto passou-se o tempo que passou, e não ouvimos uma palavra<br />

relativamente a esse hipotético plano de saneamento financeiro, se o aceitavam<br />

tal como foi negociado, se entendem que devem propor outro. Mas a questão é a<br />

seguinte, hoje é mais difícil obter dinheiro do que há sete meses atrás. Não me<br />

venham dizer que a situação está má, já esteve mais fácil. Mas não foi<br />

prioridade, nem foi periodizada pelo actual executivo. Gostaria de saber o que é<br />

que pensam fazer? Se pensam recorrer a um empréstimo nesse sentido, o que me<br />

parece hipoteticamente viável.”-------------------------------------------------<br />

JOÃO CARRONDA (PS), disse o seguinte: “às vezes, ainda me espanta aquilo que<br />

ouço na Assembleia, alguns tipos de conselhos que são dados ao actual executivo<br />

da câmara, porque isto, é como o velho provérbio “faz o que eu digo, não faças o<br />

que eu faço”. Ou seja, são dados hoje alguns conselhos que, a terem sido dados<br />

no passado e a serem acolhidos, não estaríamos aqui em alguns tipos de<br />

situações. E isto não tem só a ver com o município. À pouco e, por uma questão<br />

de principio, sou solidário com os Presidentes da Junta, vivemos todos mais ou<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

menos as mesmas aflições, mas também reconheço que às vezes ouve-se gritar<br />

aqueles Presidentes onde, em mandatos anteriores, é responsabilidade deles e<br />

criou-se situações de divida tais, que agora gritam os que entraram, faz-me<br />

lembrar um pouco o executivo, nunca pensaram se calhar encontrar tanto, apesar<br />

de terem ouvido, aquilo que vieram encontrar. Fruto da irresponsabilidade de<br />

investimentos, de algum despesismo do litoral e resultou naquilo. Sou solidário<br />

com os Presidentes de junta, fala assim quem nunca teve esse comportamento,<br />

apesar de às vezes incentivado e apesar de viver com algumas dificuldades, não<br />

estarei no sufoco, que outros, hoje em dia infelizmente estão, fruto de<br />

actuações do passado.-----------------------------------------------------------<br />

Em relação ao relatório financeiro que nos é apresentado, quero dizer que retiro<br />

aqui duas coisas, uma delas e, até porque me chamaram à atenção, era o que é<br />

dito na página 2, as transferências para as juntas tinham sido incrementadas com<br />

40%, mas isto é verdade? Quer dizer, o que está a acontecer em relação às<br />

juntas, foi uma aceleração dos reembolsos das despesas correntes que as juntas<br />

tiveram em relação às escolas, em relação à questão da alimentação, e das<br />

auxiliares. E, portanto, está esclarecido a questão das transferências porque,<br />

de facto, elas não têm existido. E elas estão aqui bem elencadas em mapa<br />

próprio.------------------------------------------------------------------------<br />

De referir, quanto a mim, que por parte deste executivo, com alguns custos,<br />

inclusive em termos de populismo, foram feitos alguns cortes que resultaram,<br />

numa poupança de cerca de 25% em relação ao ano passado. Não pretendo retirar,<br />

de forma nenhuma, o protagonismo, a quem tem que o ter, de explicar os números<br />

que por aqui se vêem. Mas há, de facto, alguns valores que ressaltam dessa<br />

preocupação, desde logo as comunicações, a vigilância e segurança, um conjunto e<br />

não foi por isso, que há menos segurança neste imóvel, ou pelo menos ainda<br />

ninguém se queixou disso. Põe-se aqui uma situação, que de facto é preocupante<br />

e, que reflecte o esforço, a dificuldade financeira da câmara, que tem a ver com<br />

a conservação e reparação mas, no essencial, há aqui algumas rubricas onde se<br />

verificou a capacidade do executivo de gota a gota, conseguir ir amealhando<br />

alguma coisa que, resulte nessa poupança de cerca de 25%, isto em relação a<br />

período homólogo do ano passado.------------------------------------------------<br />

Acho que, por parte do executivo, tem havido cuidado na contenção e isso apraz-<br />

nos registar porque, esse foi um dos propósitos que se comprometeu o actual<br />

executivo e o PS, que foi reduzir as despesas dentro daquilo que era possível.--<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Quanto às receitas, com a certeza que é difícil. Isto é fácil dizer, corta-se<br />

nas despesas, muitas das vezes o corte nas despesas da forma como se pretendem e<br />

na dimensão que pretende os sociais elevadíssimos, não se pode despedir pessoas,<br />

não se pode pôr as pessoas a andar de bicicleta, tem que ser de carro, as<br />

máquinas, muitas delas, já estão paradas, infelizmente e, há essa dificuldade de<br />

elas trabalharem nas freguesias, e começa também a haver esse sufoco, não só<br />

financeiro mas, de prestação de serviços nas freguesias. Fruto também dessas<br />

dificuldades financeiras para reparação dos equipamentos. Quem tem que responder<br />

a isto, de uma forma mais clara, perante a curiosidade dos senhores deputados,<br />

será o executivo e ficaria por aqui, reforçando a satisfação da bancada do PS em<br />

ver reflectido no relatório, a diminuição dos custos desta Câmara Municipal no<br />

primeiro quadrimestre.”---------------------------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), interveio dizendo: “entendo que deve ser reposta a verdade e<br />

por isso, solicitava ao Sr. deputado municipal do Movimento Figueira 100%, que<br />

apresenta-se uma proposta que os vereadores do PSD tenham feito na reunião de<br />

câmara que repercute no município, custos. Deve ser fácil, porque da maneira tão<br />

simpática como fez a apresentação, de certeza absoluta que, uma pelo menos vai<br />

encontrar, porque não é isso que sobra da actividade dos vereadores do PSD, da<br />

maneira como ele falou e não me incumbiram da defesa, a causa.”-----------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), disse o seguinte: “a situação financeira da câmara, não<br />

é diferente da situação financeira do País. O problema, é que os senhores<br />

deputados do PS e do PSD compreendem isto de maneira diferente, nós percebemos<br />

que eles atirem baldes de culpas de um lado para o outro, e portanto, a culpa da<br />

câmara, foram eles e, está à vista de todos, que foram eles que geriram a câmara<br />

e que o PSD não pode deixar de assumir as suas responsabilidades em relação à<br />

gestão da câmara no mandato anterior. Assim como o PS não pode deixar de assumir<br />

as suas responsabilidades neste e nos anteriores mandatos que também teve.------<br />

O problema, é que se transpusermos isto para o Governo, a situação é a mesma.<br />

Também foram eles, mais auxiliados ou menos pelos outros partidos, os<br />

responsáveis pela divida e por tudo aquilo que lhe está associado, inclusive o<br />

PEC e o resto, o que nos leva a perceber muito bem as dificuldades do Governo e<br />

a perceber também as dificuldades do Sr. Presidente da Câmara actual e anterior.<br />

Mas o problema é mais difícil do que isto, não sou economista e tenho ouvido<br />

aqui muitos e bons pareceres, mas continuo-o a achar, vendo o problema da<br />

execução orçamental, que nós continuamos a ter um problema de orçamento, a mim<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

não me parece que um orçamento tal, como foi aprovado aqui, e com uma diminuição<br />

em cerca de 20% das receitas neste momento, que não é de maneira nenhuma,<br />

compensada pelo esforço que também aqui se nota, de contenção de despesa, como é<br />

que ainda por cima, sem a possibilidade ou contra a possibilidade do Estado<br />

poder intervir, porque foi isso que os senhores votaram, quando votaram uma<br />

moção contra a moção do BE, não sei como é que se vai sair deste imbróglio.”----<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “relativamente à<br />

interpelação que me fez o Sr. deputado Lídio Lopes, só lhe recordo, por exemplo,<br />

as propostas da requalificação do Convento de Seiça, ou eventualmente a<br />

requalificação da Lagoa da Vela, e tudo o que isso envolve. Obviamente que o que<br />

está em causa, é uma análise minimamente objectiva da situação financeira da<br />

câmara e não posso deixar de sentir que se fazem e da premência que<br />

eventualmente estas situações têm. No Convento de Seiça, serei o primeiro a<br />

subscrever uma possibilidade de recuperação daquele imóvel. Quando me falam num<br />

Hotel de Charme, no Paço de Maiorca e uma parceria com a Quinta das Lágrimas, eu<br />

serei o primeiro a dizer, se for possível, óptimo. Quando me falam no Parque<br />

Desportivo de Buarcos, eu direi que era óptimo. E que não pusesse pura e<br />

simplesmente restrito a um campo de golfe de nove buracos, fosse de facto um<br />

parque desportivo como deve de ser. Quando me falam na requalificação da Lagoa<br />

da Vela, eu digo perfeitamente, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Bom<br />

Sucesso fez, uma acção sobre essa matéria e tem toda a razão de ser.------------<br />

Agora, o problema, é aquele que se costuma dizer, sem sangue não se fazem<br />

morcelas. E é necessário nós olharmos para isto com realismo, não vamos entrar<br />

aqui numa posição economicista da leitura da vida e da gestão camarária, não<br />

pode ser. A câmara tem uma função muito para lá e de equilibrar contas, tem que<br />

ter uma função social, uma função de intervenção. Mas, de facto, nós temos de<br />

ter prioridades. Se estamos num processo de requalificação urbano, em que<br />

estamos a falar no mercado, em que estamos a ir para uma série de situações, se<br />

estamos a falar de outras coisas, pergunto, de onde é que vem o dinheiro? É que<br />

aqui, ainda parece que subsiste uma coisa um pouco esquisita e há pouco referi<br />

isso, quando me referi ao Parque Desportivo de Buarcos, que é o facto, de quanto<br />

é que aquilo custa fazer? A câmara pediu 2,3 milhões de empréstimos para as<br />

expropriações, portanto, o parque fica por isso, vai perder 4 milhões do fundo<br />

do turismo. O caso concreto é assim, e aquilo custa, em números redondos, dez<br />

milhões ou mais. Porque de facto nós olhamos para ali e diz quatro milhões e<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

meio do Fundo do Turismo é erário público. Não é pensarmos que por ter um<br />

subsídio qualquer escondido em qualquer lado, que a câmara depois não vai ter<br />

que contribuir também com a sua parte. E quer queiramos quer não, nós temos ali<br />

quarenta e cinco milhões de divida, quando podíamos ter trinta. E o caso<br />

concreto é que, com esta situação, quando é que isto não entra em gestão<br />

tutelada. E então nessa altura, a razão que falei à pouco, fazendo aquela<br />

analogia com a família e com o filho que eventualmente quer despesas, que devia<br />

haver uma maior preocupação com esta matéria e necessariamente ter propostas<br />

alinhadas, no sentido, de que, realmente é necessário definir prioridades e<br />

verificar o que é que é mais importante.----------------------------------------<br />

Penso que a câmara está numa situação, em que se deveria fazer um esforço<br />

conjunto, de todas as forças politicas, no sentido, de conseguir sair disto e de<br />

ter uma situação minimamente favorável.”----------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), interveio dizendo: “a proposta que os vereadores do PSD<br />

fizeram na câmara, relativamente ao Convento de Seiça e à Lagoa da Vela, foram<br />

aprovadas pela câmara, pelo executivo socialista. Estão a querer dizer também,<br />

que o Sr. Presidente da Câmara é o menino que está a pedir um Ferrari ao pai,<br />

porque a proposta tem paternidade, mas a partir do momento em que é votada é de<br />

todos. As propostas, uma é de que a câmara contacte com o Ministério da Cultura,<br />

por forma a que se encontrem financiamentos no que tem a ver com o Convento de<br />

Seiça. A outra tem a ver com o estudo da Lagoa da Vela, onde é que estão as<br />

propostas despesistas? Não acredito que o Presidente da Câmara, no contexto<br />

actual da câmara vote uma proposta despesista. Se porventura os senhores<br />

deputados do Movimento Figueira 100%, andam a ver as actas todas e não encontram<br />

lá propostas dos seus vereadores, e ficam muito perturbados porque os vereadores<br />

do PSD andam a fazer muitas propostas, bem isso resolve-se, os vereadores que<br />

façam propostas de contenção de custos, de encontrar mais receita, de tentar<br />

diminuir a despesa, gostaríamos de observar, nas actas, essas propostas feitas,<br />

de forma consequente, ponderada, e obviamente também com resultados, por parte<br />

dos vereadores do Movimento Figueira 100% para que se diminua a despesa, aumente<br />

a receita e depois então, já ninguém está preocupado com o Ferrari.”------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “a intervenção do Sr. deputado do<br />

Movimento Figueira 100%, é uma mais valia, mas há aqui uma coisa que não posso<br />

concordar, que é o caso da Lagoa da Vela. A Lagoa da Vela, já foi, um espelho de<br />

água, hoje em dia está transformada num charco. E tem dois culpados, um chama-se<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Eng. José Sócrates e outro chama-se lince, só que o lince nunca ninguém o viu.<br />

Foram feitos tantos estudos, para que fosse implementado, naquele local, uma<br />

infra-estrutura turística. Se essa infra-estrutura tivesse avançado, a Lagoa da<br />

Vela não estava assim. Por isso, o problema da Lagoa da Vela quem o deve<br />

resolver é o Governo, não é a câmara.”------------------------------------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), disse o seguinte: “não deixo de concordar, que é preciso um<br />

esforço de todos para ver se isto vai a bom porto. Mas também apelaria ao<br />

executivo para não fazer o mau uso dos maus costumes que nós temos visto neste<br />

Governo actual. Quer dizer, aparentemente ouvem as pessoas, mas depois ou a<br />

coisa não anda ou aprece com outra vestimenta sem sabermos como. Nós queremos<br />

trabalhar, nós queremos ajudar.”------------------------------------------------<br />

ELISA MATOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “em relação ao culpado<br />

do estado da Lagoa da Vela é o Eng. José Sócrates, por acaso não sei onde é que<br />

vai buscar matéria para, com tanta firmeza, efectuar uma acusação dessas, porque<br />

pessoalmente, em relação à Lagoa da Vela, acho que há imensos culpados, eu por<br />

acaso sou uma delas, eu e todos vós, com uma cidadania apática que pouco ou<br />

nunca quiseram saber, estou a falar generalidade.”------------------------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “neste momento nós<br />

podemos não estar a fazer grandes propostas junto da câmara, mas aquilo que lhe<br />

posso dizer também, é que o PSD nunca nos veio pedir a opinião para fazer a<br />

gestão danosa que acabou por fazer durante os doze anos de mandato que esteve na<br />

câmara, e cujo resultado está aqui espelhadíssimo na divida que deixou em 31 de<br />

Dezembro de 2009.”--------------------------------------------------------------<br />

VÍTOR MARGATO (PSD), interveio dizendo: “em relação ao facto do Eng. José<br />

Sócrates ser o culpado do estado em que está a Lagoa da Vela, é verdade, porque<br />

não aprovou o campo de golfe, na altura que devia ser. E o projecto previa a<br />

manutenção da Lagoa da Vela. Portanto ele é cem por cento o culpado disso.”-----<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “fiz muito trabalho voluntário na<br />

Lagoa da Vela, limpando-a muitas vezes, no meu tempo livre. Quanto à questão do<br />

Sr. Eng. José Sócrates, se quiser, também podemos fazer uma comissão para<br />

estudar o processo, e depois demonstro-lhe, quanto vezes é que o Eng. José<br />

Sócrates chumbou o investimento relativo à questão do empreendimento turístico.”<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “começando pela questão do saneamento<br />

financeiro, efectivamente, há um estudo que foi lançado e que já está 70% pago,<br />

mas é um estudo para apresentar ao Tribunal de Contas que, por sua vez,<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

viabilizará ou não viabilizará o projecto e depois virá à aprovação da<br />

Assembleia Municipal para depois o executivo ir junto da banca tentar obter o<br />

crédito. Ainda, anteontem, junto do grupo económico que já herdámos, insistimos<br />

para que nos apresenta-se a versão final, e é a versão final que vai, não estou<br />

em condições de negociar outro contrato, é com aquele que já vinha que tenho que<br />

insistir, sendo certo que, entretanto, também já nós fomos fixando, quais eram<br />

as prioridades que deviam ser englobadas na solução de saneamento. Porque, como<br />

é sabido, para acudir a alguns investimentos prementes, sejam eles o de<br />

regeneração urbana e de requalificação, e falo apenas só nestes dois,<br />

eventualmente também implicando a questão do Paço de Maiorca, é óbvio, que o<br />

executivo vai ter que assumir ainda mais endividamento, e para depois,<br />

estabilizar por um período de quinze anos tal qual for fixado pelas regras de<br />

saneamento financeiro.----------------------------------------------------------<br />

Porque isto é sempre um presente envenenado! Quer dizer, posso ter um saneamento<br />

financeiro como pode ser uma questão de reequilíbrio. Se for reequilíbrio é uma<br />

intervenção drástica do Ministério das Finanças e então ficamos todos calados a<br />

receber ordens, sem lançarmos os projectos que temos em curso, portanto estamos<br />

nesta fase.---------------------------------------------------------------------<br />

Agora já temos uma noção mais clara dos timings e do grupo económico, está 70%<br />

pago, e que não foi por nós contratado, comprometeu-se num prazo, até meio da<br />

próxima semana, de nos apresentar a versão final que depois constituirá a base<br />

de trabalho para a questão do saneamento financeiro.----------------------------<br />

Em relação à questão da medicina legal, evidentemente também estou preocupado,<br />

julgo que aqui valerá a pena fazer uma parceria, junto dos órgãos judiciais e<br />

invocar ao Governo que a organização judiciária que ainda está vigente, parte do<br />

principio que para cada circulo judicial, deve haver um instituto de medicina<br />

legal. Contudo, há que fazer o levantamento do número e dos dados porque esta<br />

reforma ou esta supressão vem ao arrepio de uma orientação que se segue.<br />

Portanto, estarei sempre ao seu dispor, porventura até agradeço se me reportarem<br />

os números, podem-me facilitar a tarefa e junto do director do Instituto de<br />

Medicina Legal verei qual é a causa justificativa.------------------------------<br />

Em relação à questão da execução e desta informação financeira que vos for<br />

referida, é evidente que há aqui um aumento da divida, mas porque advém o<br />

pagamento que tivemos que fazer, recentemente, em relação à questão da Avenida 5<br />

de Outubro e à variante do Paião portanto, despesas essas de grande montante que<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

acrescem à divida e à qual não podemos fugir.-----------------------------------<br />

Temos, talvez, um mérito de fazer aqui um PEC, que é cortar nas despesas e não<br />

podemos aumentar na receita. Esse PEC, talvez pudesse ser aprovado pelo nosso<br />

deputado Tomé. Mas é evidente que isto tem custos. Tem custos na gestão do dia-<br />

a-dia, tem custos políticos de alguma impopularidade, de algum desgaste.<br />

Porventura vamos tentar explicar mais e melhor, já fizemos algum esforço nesse<br />

sentido. Apenas nos move, nesta politica drástica, a preservação do interesse<br />

público e a salvaguarda superior dos interesses da Figueira.--------------------<br />

A Lagoa da Vela, Lagoa da Vela é um problema que não deriva do exercício<br />

politico do Eng. José Sócrates mas, deriva sim, de uma má gestão à volta da área<br />

circundante, seja com os infestantes de origem agrícola, seja como agora pela<br />

praga da perca, que tivemos a oportunidade de ainda recentemente, levar a cabo<br />

um colóquio junto da Freguesia do Bom Sucesso para fazer um levantamento. O Sr.<br />

Secretário de Estado, até já teve conhecimento disso, reconhece a dificuldade.<br />

Mas para que haja qualquer intervenção ao nível da Lagoa da Vela, não o podemos<br />

fazer, sem uma definição de um plano de pormenor, porque os recursos, as<br />

candidaturas de financiamento não são aceites sem que previamente esteja<br />

definido o que se tem que fazer. Quando formos rever o PDM, porque também já<br />

estamos em processo de relançamento, esta seguramente, uma das questões que será<br />

observada e merecerá uma análise em detalhe, para depois nos permitir ir junto<br />

do Ministério do Ambiente conjuntamente com a RH, obter o necessário<br />

financiamento para preservação da área circundante da lagoa e a sua<br />

desinfestação.------------------------------------------------------------------<br />

Em relação ao Parque Desportivo de Buarcos, é um problema delicado, saúdo a<br />

Assembleia por nomear a comissão de acompanhamento, vejo-o de bom agrado porque<br />

passamos a não estar sozinhos e passamos a partilhar as dificuldades que este<br />

projecto implica.---------------------------------------------------------------<br />

Não se trata de qualquer taxa de esforço, porque isso até percebo. Por vezes o<br />

fruto é apetecível, mas não está ao nosso alcance. Mas ele aqui está<br />

completamente ao nosso alcance. Porque, temos quatro milhões e meio que são as<br />

contrapartidas da concessão de jogo, que foram negociadas, salvo erro, em 2004<br />

que aguardam um investimento na área do turismo. E temos ainda mais um milhão e<br />

oitocentos mil previsíveis e pendentes no plano de obras de jogo, pode ser todo<br />

adjudicado a esta obra. Temos um exercício de expropriação, particularmente,<br />

delicado, porque estão envolvidas uma série de proprietários, que há mais de<br />

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Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

quatro ou cinco anos vêem-se impossibilitados de usufruir das suas propriedades.<br />

Isto merece atenção, independentemente da reacção que eles possam vir a tomar,<br />

se nós, porventura, desistíssemos do projecto. Para além disso, aspectos<br />

técnicos, também continuam a ser trabalhados ao nível do ordenamento do<br />

território e, agora, já numa fase seguinte, até numa questão técnica de prática<br />

da modalidade. Há aqui, um conjunto de factores ao que não somos alheios, para<br />

além da inoportuna adjudicação da obra à empresa adjudicatária, porque tudo isto<br />

devia estar previamente trabalhado para se adjudicar a obra.--------------------<br />

É um conjunto de factores, que são particularmente difíceis e que espero que<br />

seja exequível e que consigamos levar a bom termo.”-----------------------------<br />

VEREADORA ISABEL CARDOSO, interveio dizendo: “acerca do saneamento financeiro,<br />

porque o Sr. Presidente explicou todo o processo, mas acho que há uma coisa que<br />

é importante saber. A primeira versão do estudo que, estava feita, previa que a<br />

câmara ia fazer, no espaço de quatro anos, investimentos na ronda dos trinta e<br />

três milhões de euros. Como deve imaginar, tivemos que o refazer todo. Só<br />

investimentos feitos pelas empresas municipais, eram vinte milhões de euros.<br />

Portanto, não era compatível com a nossa situação de hoje, o estudo teve que ser<br />

refeito, em que tivemos que reunir, com a equipa, e explicar quais são os<br />

investimentos que nos propomos fazer nestes quatro anos. Basicamente são aqueles<br />

que já dissemos, para os quais, temos pelo menos, alguma parte de financiamento<br />

garantido, seja FE<strong>DE</strong>R, QREN, seja via Fundo Social Europeu, seja via PIDAC, seja<br />

outra via qualquer. Tivemos que os cingir ao investimento possível, o que<br />

diminuiu drasticamente, os valores que estavam consignados naquele primeiro<br />

relatório. Estamos a aguardar, que nos seja entregue o relatório refeito.-------<br />

Embora, concorde, cada dia que passa e, dada a conjuntura dos mercados<br />

financeiros, cada dia se tornará mais difícil, alimento a esperança como já não<br />

vou pedir tanto dinheiro, porque não vou fazer tanto investimento porque não o<br />

poderemos fazer, eventualmente, consigamos que algum banco concorra e ele seja<br />

aprovado.-----------------------------------------------------------------------<br />

Em relação ao deputado Nogueira Santos, ele fez uma leitura límpida e clara das<br />

contas, a única coisa que gostaria de lhe dizer é, que de facto a divida aumenta<br />

cerca de dois milhões e meio de euros, tem a ver com a rubrica de dividas a<br />

terceiros de curto prazo, designadamente aos fornecedores de factering dado não<br />

conseguimos sequer, termos cumprido contratos do chamado factering sem recurso,<br />

que acabam por ficar adiados. E duas obras que caíram, com muita violência em<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

cima de nós, que foi de facto da Avenida 5 de Outubro de Buarcos e a variante do<br />

Paião e algumas obras também das escolas.---------------------------------------<br />

Temos apoio comunitário para elas, mas uma taxa de 50% e enquanto eu não<br />

arranjar 50% da minha parte, não posso ir pedir o resto do dinheiro que foi<br />

financiado. Tenho primeiro que cumprir a minha parte, que é o esforço próprio do<br />

município para a seguir fazer um pedido de pagamento para me reembolsarem o<br />

FE<strong>DE</strong>R. Dai este valor aparecer tão elevado, é o que ando aqui a tentar arranjar<br />

em termos de tesouraria para podermos, depois, pedir o reembolso do fundo.------<br />

Só uma ultima nota, é que de facto isto é visto com olhos na contabilidade<br />

patrimonial, dai estar o quadro de custos que apresenta, no global uma<br />

diminuição do nosso exercício de cerca de 38%, admito que isto, seja um pouco<br />

menos porque falta contabilizar o contrato programa com a Figueira Grande<br />

Turismo, que este ano é de setecentos e cinquenta mil euros e nos anos<br />

anteriores era 2,3 milhões de euros, só que, como aguardamos o visto do Tribunal<br />

de Contas, a que agora estão sujeitos, não está ainda contabilizado. Era só esta<br />

explicação que queria dar e dizer que estamos a trabalhar na câmara, já reunimos<br />

com todas as pessoas, chefias e responsáveis por unidades orgânicas para<br />

construir o nosso PEC, foram pedidos a todos os dirigentes e todos os<br />

responsáveis por unidades orgânicas que dessem os seus contributos e os seus<br />

apores, no sentido de fazermos esse documento que será levado, não digo na<br />

próxima reunião de câmara, mas dentro de quinze dias, estará pronto, em que como<br />

não posso fazer como o Primeiro Ministro e aumentar a receita, só posso é cortar<br />

na despesa e é esse apor que estou a pedir e é esse contributo.”----------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “o que foi negociado com a Caixa Geral<br />

de Depósitos, em Setembro do ano passado, a verba negociada não se destinava,<br />

não era, nem é, e seguramente terá o mesmo estudo que eu, a menos que haja dois<br />

estudos. Não era para investimento, era para pagamento de divida de curto prazo<br />

e, consequentemente, a divida de tesouraria. Leia os pressupostos desse mesmo<br />

estudo, que está na sua mão e, veja os objectivos que estão muito bem definidos<br />

no mesmo.”----------------------------------------------------------------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “queria questionar a Sr.ª vereadora,<br />

os valores que referiu, relativamente às transferências da Figueira Grande<br />

Turismo, incluíam o CAE?”-------------------------------------------------------<br />

VEREADORA ISABEL CARDOSO, disse o seguinte: “incluíam o CAE, apesar do CAE neste<br />

momento, fazer parte dos projectos estruturantes da câmara, diminui em trinta e<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

três ou seja cinco milhões, os custos do exercício de <strong>2010</strong>.”--------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “se não é pago pela Figueira Grande<br />

Turismo é pago pela câmara. Ainda em termos de despesa, acresce que temos mais<br />

uma despesa da câmara que não é reportada. Em relação à intervenção do deputado<br />

António Padrão, só para um breve esclarecimento, negociação directa com a Caixa<br />

Geral de Depósitos, foi só no âmbito do PRED. Porque o que há é um pedido de um<br />

estudo prévio, em relação aos revisores oficiais de contas. Mas isso não tenho<br />

duvidas nenhumas. E se quiser apresente-me então esse documento em que reporte,<br />

que já há uma negociação da Caixa Geral de Depósitos para obtenção do saneamento<br />

financeiro.”--------------------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “em relação ao PRED, o anterior<br />

executivo fez uso dele, através da contracção de um empréstimo que fez em devido<br />

tempo. Não estou a falar disso, estou-lhe a falar daquilo que foi negociado com<br />

a Caixa Geral de Depósitos, penso que o executivo terá nas suas mãos desde<br />

Junho. Se não tem, farei chegar amanhã, porque era importante que o executivo<br />

reflectisse sobre o mesmo.”-----------------------------------------------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “o Sr. Presidente, tinha referido à<br />

questão da variante do Paião, na questão da sinalização, e continuo a dizer que<br />

a sinalização não está correcta, não está aqui uma questão de cá para lá, acho<br />

que alguém deve lá ir ver, se for necessário dou uma ajuda, não tenho problema.”<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “registo a sua intervenção e tão cedo<br />

quanto possível vou analisar a situação.”---------------------------------------<br />

VEREADOR CARLOS MONTEIRO, interveio dizendo: “relativamente à Carta Educativa,<br />

ia dizer que dentro das possibilidades da câmara ela tem sido cumprida<br />

escrupulosamente, permita-me até dizer-lhe porque à pouco não tive oportunidade,<br />

o facto de o ponto 5.2 ter sido retirado da agenda, não se deveu a essa<br />

situação. Há um processo de negociação, que há que ser feito e não foi possível<br />

faze-lo para vir a esta Assembleia.---------------------------------------------<br />

Relativamente à Carta Educativa, ela tem sido cumprida, há uma situação que hoje<br />

está pendente, que se trata da localidade de Lares, em que a câmara assumiu<br />

honrar os seus compromissos. Haverá uma reunião amanhã, para tratar desse<br />

assunto com representantes dos pais, com o Sr. director do agrupamento do Paião,<br />

com o Sr. Presidente da Junta, mas relativamente a isso, está perfeitamente<br />

consertado. Não houve nenhuma decisão que tivesse sido tomada ao arrepio da<br />

Carta Educativa.----------------------------------------------------------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Permita que vos diga também, que não foi tomada nenhuma decisão relativamente ao<br />

encerramento de nenhuma escola, mas todas as decisões que vierem a serem<br />

tomadas, serão após auscultar os encarregados de educação, os senhores<br />

Presidentes de Junta e sempre no estrito cumprimento da Carta Educativa. Na<br />

realidade não faz sentido haver um documento que não é responsabilidade deste<br />

executivo, mas que foi aprovado por maioria, pela anterior Assembleia Municipal<br />

com duas abstenções, à época apenas da CDU e não se tentar cumprir porque é um<br />

documento na nossa perspectiva, extremamente importante. E essa preocupação tem<br />

existido, há na verdade a situação de Lares que é uma situação um pouco de<br />

excepção, e fundamentalmente porque são invocadas situações que não são<br />

responsabilidade da câmara. A câmara relativamente, ao primeiro ciclo faz um<br />

pouco o papel de “Bob o construtor”. Porque a parte pedagógica não é<br />

responsabilidade nossa, é responsabilidade da Direcção Regional e dos<br />

agrupamentos.”------------------------------------------------------------------<br />

5 - APRECIAÇÃO DAS SEGUINTES PROPOSTAS DA CÂMARA MUNICIPAL:<br />

5.1 - RE<strong>DE</strong> CIUMED – RE<strong>DE</strong> PARA A PROMOÇÃO <strong>DE</strong> CIDA<strong>DE</strong>S MÉDIAS DA UNIÃO<br />

EUROPEIA – PROPOSTA <strong>DE</strong> A<strong>DE</strong>SÃO DO MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 15 de Maio de <strong>2010</strong>.------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PEDROSA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “historicamente,<br />

irei tentar fazer aqui um voto de protesto em relação a este ponto, não é que<br />

não concorde com esta adesão, mas a verdade é que esta história de andarmos a<br />

aderir a tudo o que é rede de cidades saudáveis, amigas do ambiente, amigas da<br />

criança, entre outras. Na minha opinião, acabam por não ser sem custos. É sem<br />

custos e sem resultado final. Isto não vai produzir absolutamente nada, isto não<br />

tem custos nem tem nada. Estas propostas são todas muito bonitas e,<br />

inevitavelmente, nós não podemos votar contra, porque não é politicamente<br />

correcto, é como requalificar a Lagoa da Vela, é como manter a ruína do Convento<br />

de Seiça. Porque não se pode votar contra, no fundo concordamos todos com<br />

aquilo, agora a verdade é esta, em relação a este apraz-me registar que há<br />

sempre um voluntarismo tremendo para aderir a estas coisas, mas não é<br />

quantificado o que é que isto significa, o que é que isto vai trazer.-----------<br />

A certa altura, vejo na acta da reunião de câmara, que isto foi bastante<br />

encorajado pelos vereadores do Movimento Figueira 100% e pelos vereadores do<br />

PSD, inclusivamente constata-se no site da rede, que estão cerca de trezentas<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

boas práticas disponibilizadas. Não é preciso fazer parte da rede para ver as<br />

boas práticas. Acho é que as comunidades intermunicipais, provavelmente, estão<br />

em fase embrionária, mas se calhar seria lá o local adequado para que os<br />

municípios partilhem boas práticas, na área da saúde, na área do ambiente, na<br />

área da educação, até porque são municípios que têm qualquer coisa em comum, a<br />

CIM do Baixo Mondego tem qualquer coisa em comum. E no fundo até me apetecia<br />

votar favoravelmente a esta adesão, no fundo acho que é bonito, fica bem<br />

perdemos tempo. Não vou perder mais tempo dizendo que vou votar contra, porque é<br />

um voto de protesto.”-----------------------------------------------------------<br />

JOÃO RODRIGUES (PS), interveio dizendo: “o António Pedrosa tirou-me a minha<br />

intervenção, de facto, também não concordo com esta adesão, porque não está<br />

quantificado quais vão ser os benefícios, não vejo qualquer interesse nesta<br />

adesão, uma vez que a informação, hoje em dia, circula facilmente e nós não<br />

precisamos de estar inseridos nesta rede para ter acesso à informação. E<br />

finalmente é dito que isto não trará custos para a câmara, mas vou ler o<br />

regulamento que diz que existe uma cota que tem de ser paga, portanto tem<br />

custos.-------------------------------------------------------------------------<br />

Se no passado a câmara prescindiu de uma série de associações e de redes, porque<br />

dizia que não havia dinheiro para pagar essas cotas, agora está a aderir a uma<br />

que trará custos, parece-me, de certa forma, que existe aqui alguma incoerência.<br />

Pessoalmente não vejo benefícios e votarei contra.”-----------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais nenhuma<br />

intervenção, punha desde já à votação.”-----------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com vinte e quatro votos a favor<br />

(14 do PS, 8 do PSD, 1 da CDU, 1 do Membro Independente), com cindo votos contra<br />

(4 do Movimento Figueira 100% e 1 do PS) e com uma abstenção do BE, nos termos<br />

da alínea m), do n.<strong>º</strong> 2 do artigo 53<strong>º</strong> da Lei n<strong>º</strong> 169/99 de 18 de Setembro,<br />

alterada pela Lei n.<strong>º</strong> 5-A/2002 de 11 de Janeiro e pelas Declarações de<br />

Rectificação n.<strong>º</strong> 4/2002, de 6 de Fevereiro e n.<strong>º</strong> 9/2002, de 5 de Março,<br />

autorizar a adesão do município da Figueira da Foz à rede CIUMED – Rede para a<br />

Promoção das Cidades Médias da União Europeia.----------------------------------<br />

5.2 - AQUISIÇÃO <strong>DE</strong> TERRENO SITO NA GALA, <strong>DE</strong>STINADO À CONSTRUÇÃO DA<br />

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA <strong>DE</strong> SÃO PEDRO E APROVAÇÃO DA MINUTA DO<br />

CONTRATO PROMESSA <strong>DE</strong> COMPRA E VENDA<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “a pedido da câmara por ofício<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

recebido na Assembleia Municipal no dia 28 de Junho de <strong>2010</strong>, foi-nos solicitado,<br />

que retirássemos este ponto da ordem de trabalhos.”-----------------------------<br />

A Assembleia Municipal, tomou conhecimento.-------------------------------------<br />

5.3 - “FIGUEIRA ARTES MIL” – MOSTRA NACIONAL <strong>DE</strong> ARTE JOVEM DA<br />

FIGUEIRA DA FOZ – NORMAS <strong>DE</strong> PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO –<br />

REVOGAÇÃO DA <strong>DE</strong>LIBERAÇÃO DA ASSEMBLEIA <strong>DE</strong> 29 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong><br />

2009<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 4 de Maio de <strong>2010</strong>.-------------------------------------------------<br />

ELISA MATOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “em relação a este<br />

evento “Figueira Artes Mil” - mostra nacional de arte jovem, acho que ele tem<br />

tudo para ser um grande evento, este ano, infelizmente, pelo que sei e pelos<br />

concorrentes que contactei, existiram poucos, foram apanhados de surpresa,<br />

muitos tinham trabalhos para entrega da universidade, talvez por isso não tenha<br />

sido tão acolhido. Mas a sensação que tenho é que muitos dos miúdos, se forem<br />

bem orientados, com certeza que vão aderir em massa, o que lhe posso dizer é que<br />

deve continuar com este tipo de eventos e outros deste género. Em relação ao<br />

mesmo, se precisar da minha colaboração para qualquer actividade esteja à sua<br />

vontade, isto em relação ao vereador Carlos Monteiro.”--------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais nenhuma<br />

intervenção, punha desde já à votação.”-----------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por unanimidade, revogar a decisão tomada em<br />

deliberação de Assembleia de 29 de Dezembro de 2009.----------------------------<br />

5.4 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA FINAL DO “REGULAMENTO MUNICIPAL <strong>DE</strong><br />

TRÂNSITO, CIRCULAÇÃO E ESTACIONAMENTO”<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 15 de Junho de <strong>2010</strong>.-----------------------------------------------<br />

JOSÉ ELÍSIO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), interveio dizendo: “relativamente a este documento,<br />

estou na generalidade de acordo com ele, e votarei a favor.---------------------<br />

No entanto gostaria de fazer aqui uma proposta que, iria no sentido de sugerir à<br />

câmara uma ligeiríssima alteração, passo a explicar, diz-nos o artigo 10<strong>º</strong>, que<br />

nas ciclovias é proibida a circulação de peões etc., e diz o artigo 7<strong>º</strong> que a<br />

circulação dos peões se processa da seguinte forma: estou de acordo com o<br />

principio, porque as ciclovias são para as bicicletas e as estradas são para os<br />

automóveis, para as motorizadas e para as motas e que os passeios são para os<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

peões. Mas vou dar dois exemplos concretos, um fora do concelho e outro no<br />

concelho. Fora do concelho, eu fazia a seguinte pergunta, onde é que vão<br />

circular os peões que queiram transitar do Pedrógão até à Nazaré, só têm duas<br />

alternativas ou na estrada ou na ciclovia. O exemplo no concelho, localizo um na<br />

Costa de Lavos, onde é que circulam os peões que queiram ir da Costa de Lavos<br />

até ao IC1. Como não há passeios, a alternativa à ciclovia é a estrada. Eu acho<br />

que nós nos devemos preocupar sempre em primeiro lugar com a salvaguarda da<br />

integridade física dos peões, e portanto, parece-me a mim que é mais fácil e<br />

menos perigoso circular, numa ciclovia a pé do que numa estrada. A sugestão que<br />

fazia era que fosse feita uma pequena alteração que permitisse aos peões<br />

circularem nas ciclovias sempre que não houvesse nenhum tipo de alternativa para<br />

circular a não ser a estrada.”--------------------------------------------------<br />

LÍDIO LOPES (PSD), interveio dizendo: “esta alteração ao regulamento municipal<br />

de transito, circulação e estacionamento, em relação aos instrumentos que<br />

existiam antes na Câmara Municipal, é um estilo e uma forma de abordar este<br />

assunto, na diferente proposta anterior que estava em vigor na câmara, que<br />

dividia o código de transito da circulação e do estacionamento, ou seja antes<br />

dividiam-se em três instrumentos, agora voltou a juntar-se tudo no mesmo. É uma<br />

questão de forma e de sentido. Mas é uma coisa que sobra em relação a este<br />

espaço, é a positiva herança para a gestão do transito, no que tem a ver com a<br />

via publica e com o levantamento feito de todas as freguesias e em especial da<br />

Figueira da Foz, daquilo que é o bilhete de identidade da via publica, esse sim,<br />

instrumento importante, este é regulamentar, o outro é aquilo que determina a<br />

forma como nos comportamos.-----------------------------------------------------<br />

Tenho a convicção que este tipo de alteração, naquilo que é a base de dados da<br />

via pública, pode contemplar, mesmo que aqui regulamentado as notas que foram<br />

deixadas relativamente especificidade própria de espaço de ciclovia, naquilo que<br />

tem a ver com os peões. Portanto, esse instrumento é de delegação exclusiva da<br />

câmara, há inclusive um parecer da Procuradoria-geral sobre essa matéria, não<br />

tem que ir à Assembleia Municipal, porque senão para alterar uma rua só se podia<br />

alterar de três em três meses. Esse é que é o enorme e o bom documento para a<br />

gestão da via pública, e esse existe e é o que se costuma dizer, nem tudo é mau.<br />

Em relação a este documento, nele participámos através da actividade dos nossos<br />

vereadores e por isso vamos votar favoravelmente.”------------------------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), interveio dizendo: “desde já gostava de dizer que, na<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

ausência de passeios os peões podem circular na ciclovia, isso parte da lei<br />

geral.--------------------------------------------------------------------------<br />

Diz aqui que a câmara tem que garantir as boas condições de fluidez. Continuo a<br />

dizer que devia ser também, se não só as boas condições de segurança. Fluidez<br />

pode muitas vezes colidir com segurança.----------------------------------------<br />

Depois, aqui nas condições de circulação no ponto 8, teria que ser colocado no<br />

ponto 8 um ponto 9, nunca é referido no documento, em que os ciclistas sejam<br />

obrigados a circular nas pistas que para eles são destinadas quando elas<br />

existem, deve ser imposto isso aos ciclistas. No documento não vi em lado nenhum<br />

a obrigatoriedade dos ciclistas circularem nas pistas que lhe são destinadas.---<br />

No artigo 9, diz que as ciclovias destinam-se apenas a velocípedes sem motor,<br />

patins, trotinetas, ou outros meios análogos. E no artigo 10, diz que nas<br />

ciclovias é proibida a circulação de peões, velocípedes com reboque ou quaisquer<br />

outros veículos. Isto acaba por ser um pouco confuso. Lá diz que podem circular<br />

outros, depois no outro lado diz que só podem circular velocípedes. Não sou<br />

propriamente jurista nem tenho formação nesta área, mas há aqui qualquer coisa<br />

que não bate certo.-------------------------------------------------------------<br />

Depois no artigo 17, penso que no final da aliena d) diz-se que é proibida a<br />

circulação a tractores. Acho que isto não estará correcto, devia ser veículos<br />

agrícolas. Porque um tractor é um veículo que puxa semi-reboques. Assim estamos<br />

aqui a proibir a circulação dos pesados. Não é tractores que se diz, no meu<br />

entendimento, é veículos agrícolas. É que tractores são uma coisa, veículos<br />

agrícolas são outra.”-----------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “isto é uma matéria um pouco delicada,<br />

porque isto é como paginação de um regulamento do Código da Estrada, aliás como<br />

disse o deputado Lídio Lopes. Não me atrevo agora em Assembleia, sem um<br />

necessário confronto do Código da Estrada com o que aqui está regulamentado,<br />

cuidado esse que tivemos em apreciação quase em comissão de especialidade.<br />

Portanto neste conjunto de circunstâncias não me atrevo a sufragar essa opinião.<br />

Em relação ao artigo 10<strong>º</strong> causa-me alguma preocupação que isso seja aceitável, ou<br />

seja, que as ciclovias possam ter circulação de peões, quando não houver<br />

alternativa. Isso é a lei, a lei quase a provocar um embate iminente ou a criar<br />

condições para que haja acidentes. Portanto não me parece razoável, pelos<br />

princípios gerais do bom senso e das regras gerais.-----------------------------<br />

Em relação à questão dos tractores, está aqui máquinas agrícolas, o tractor é<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

mais a máquina de tracção, pode ser de tracção de TIR, pode ser inclusivamente<br />

de máquinas, portanto isto também é uma expressão que seguramente foi retirada<br />

do Código da Estrada.-----------------------------------------------------------<br />

Sr. Presidente face à delicadeza da questão, não tenho condições para poder<br />

aceitar as propostas que são agora sugeridas, sem embargo, futuramente depois<br />

serem apreciadas, já estamos como o Código Penal, na próxima revisão<br />

actualizamos.”------------------------------------------------------------------<br />

JOSÉ ELÍSIO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse o seguinte: “percebo também que o Sr.<br />

Presidente aqui assim a frio não tenha condições para poder tomar uma posição<br />

sobre as questões que foram levantadas. Mas o que fiz foi uma proposta para<br />

sugerir, que a assembleia sugira esta alteração à câmara.”----------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “registo as suas sugestões, até agradeço<br />

que mas façam chegar depois oportunamente, se for caso disso das duas uma, ou<br />

damos uma resposta fundamentada ou em alternativa fazemos a revisão deste<br />

regulamento.”-------------------------------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, interveio dizendo: “Sr. Deputado aquilo que a mesa vai<br />

fazer, é de acordo com aquilo que está aqui dito, e que está a ser gravado,<br />

constituirá a acta, a mesa fará chegar à câmara estas sugestões agora<br />

apresentadas.-------------------------------------------------------------------<br />

Não havendo mais nenhuma intervenção, ponho o ponto à votação.”-----------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com vinte e nove votos a favor<br />

(15 do PS, 8 do PSD, 3 do Movimento Figueira 100%, 1 do BE, 1 da CDU e 1 do<br />

membro Independente) e com uma abstenção do PSD, nos termos da alínea a), do n.<strong>º</strong><br />

2 do artigo 53<strong>º</strong> da Lei n<strong>º</strong> 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.<strong>º</strong> 5-<br />

A/2002 de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.<strong>º</strong> 4/2002, de 6 de<br />

Fevereiro e n.<strong>º</strong> 9/2002, de 5 de Março, aprovar o regulamento Municipal de<br />

Trânsito, Circulação e Estacionamento.------------------------------------------<br />

5.5 - PROPOSTA <strong>DE</strong> CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO DA<br />

FIGUEIRA DA FOZ - 2009/2013<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 15 de Junho de <strong>2010</strong>.-----------------------------------------------<br />

ISABEL COIMBRA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), interveio dizendo: “não prometo ser<br />

breve, porque é um problema de educação. Educação e saúde são os pontos que<br />

devem ser tratados com mais cuidado e, portanto, prometo não ser breve, porque<br />

vou dizer tudo aquilo que tinha aqui apontado para falar neste ponto. A bancada<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

do Movimento Figueira 100% vota a favor da proposta da Constituição do Conselho<br />

Municipal de Educação.----------------------------------------------------------<br />

Tal como noutras propostas ao protocolo vindos à votação desta assembleia, o<br />

cumprimento da lei, neste caso da lei que indica a constituição do Conselho<br />

Municipal de Educação não será suficiente. Impor-se-á um papel mais activo do<br />

município, no planeamento e na política educativa que pretende levar a cabo no<br />

concelho da Figueira da Foz.----------------------------------------------------<br />

Até à data, e o Conselho Municipal de Educação já está em actividade há cerca de<br />

sete anos, não é novidade, não se tem percebido de que forma este executivo<br />

encetou esforços para agilizar o seu funcionamento, tal como é nomeado no seu<br />

programa eleitoral Figueira com Rumo.-------------------------------------------<br />

De Setembro de 2009 a Junho de <strong>2010</strong> decorreu um ano lectivo e, pelo menos, que<br />

saibamos, nada se modificou. Quanto à construção da politica educativa municipal<br />

através da elaboração de um projecto educativo local, que também consta no<br />

referido programa eleitoral, desconhecemos a avaliação e o impacto do que já foi<br />

feito, bem como informação precisa acerca das prioridades e estratégias de<br />

intervenção do município para que a educação neste concelho seja, de facto,<br />

considerada de qualidade.-------------------------------------------------------<br />

Desconhecemos também se foi efectuado o levantamento e a análise dos projectos<br />

educativos de cada agrupamento ou escola, com vista ao seu melhoramento ou<br />

reformulação. Sabemos que um projecto educativo local demora anos a construir;<br />

mas julgamos ser tempo de perceber quais são as linhas orientadoras da política<br />

educativa do PS, para o concelho da Figueira da Foz.----------------------------<br />

As iniciativas parecem surgir ao sabor do acaso e da oportunidade,<br />

transparecendo a falta de fio condutor. O impacto na comunidade local tem sido<br />

reduzido provavelmente porque os munícipes desconhecem as metas educativas a<br />

atingir no projecto educativo municipal do concelho, acabando estas iniciativas<br />

por se perderem na vaidade de alguns parceiros que as promovem. Assim julgamos<br />

que até à data, não foi ainda requerido um processo de auto-consciência de<br />

participação e cooperação entre todos os intervenientes que constituem o<br />

Conselho Municipal de Educação, para que se comecem a observar resultados<br />

positivos. Na aplicação desta lei na educação a nível local, terá que existir<br />

uma maior eficiência da parte da entidade coordenadora desse projecto educativo<br />

municipal, o município, se não continuar-se-á a correr o risco de ver cada um<br />

dos representantes dos grupos que constituem o Conselho Municipal de Educação a<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

caminhar descontextualizado, esvaziando o verdadeiro sentido deste organismo e<br />

atrasando uma vez mais a construção de um projecto educativo local, com<br />

intervenção educativa bem delineada.--------------------------------------------<br />

Acrescentamos que a acção que mais transparece da intervenção municipal continua<br />

a ser a atribuição de auxílios económicos aos alunos, refeições, transportes<br />

escolares, e subsídios para livros e material escolar, há excepção do apoio a um<br />

ou outro projecto. Não sendo superado o costumado papel da autarquia como mera<br />

executora de leis da politica educativa nacional. Aprovamos a mudança efectuada<br />

na atribuição dos auxílios económicos para livros e material escolar aos alunos<br />

carenciados, ficando a tarefa de compra a cargo da Câmara Municipal, sem<br />

contudo, deixar de considerar negativo o timing em que foi divulgado, porque<br />

veio a prejudicar e bem, segundo sei, as livrarias e papelarias do concelho que<br />

já tinham feito as suas encomendas. Parece que há pouco o Sr. vereador<br />

contrariou esta afirmação.------------------------------------------------------<br />

Quanto ao projecto ABC do concelho e a criação de uma horta pedagógica no horto<br />

municipal, ainda não ouvimos falar, e tal como já referimos terminou agora um<br />

ano lectivo.--------------------------------------------------------------------<br />

Por outro lado, encontrar algumas saídas profissionais para os jovens estudantes<br />

da nossa localidade, junto das empresas sedeadas no concelho, é um ponto ainda<br />

não valorizado e que deveria ser desenvolvido.----------------------------------<br />

Quanto à Carta Educativa, julgo que é uma competência do Conselho Municipal de<br />

Educação e exigir-se-ia uma maior responsabilidade no acompanhamento do seu<br />

cumprimento.--------------------------------------------------------------------<br />

Há pouco o Sr. vereador da educação, Dr. Carlos Monteiro, afirmou que a Carta<br />

Educativa estava a ser cumprida, eu posso dar o exemplo do Centro Escolar de<br />

Vila Verde e, segundo sei, não está a ser cumprida porque a Carta Educativa<br />

determinava o encerramento da escola de Lares, assim que estivesse construído o<br />

Centro Escolar de Vila Verde e a escola de Lares vai continuar aberta, o que<br />

envolve mais custos e mais despesa.---------------------------------------------<br />

Portanto não se pode dar uma no cravo, outra na ferradura, estamos a cortar<br />

despesas do município e não se está a cumprir a Carta Educativa.----------------<br />

Quanto àquilo que referiu, que o que está em causa é um problema pedagógico, não<br />

é as matriculas dos alunos, é um processo administrativo que deveria ser<br />

supervisionado pelo município para que os agrupamentos não desloquem para as<br />

escolas em risco de encerrar e desperdiçar o investimento publico que foi<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

feito.”-------------------------------------------------------------------------<br />

JOÃO TOMÉ (BE), interveio dizendo: “nós vamos aprovar esta proposta, mas<br />

gostaria de chamar a atenção para esse conselho, que há três coisas que me<br />

parecem fundamentais e que deverão ser acauteladas pelo conselho, que é a Carta<br />

Educativa, que deve ser cruzada com a Carta Social porque senão perdemos. E<br />

respeitar ou incluir nas preocupações e educação para a cidadania e a educação<br />

para a saúde. Também tem que ser interpretadas.”--------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “nós registamos muitas das coisas que<br />

foram referidas, chamo a atenção que estamos com nove meses de exercício, o<br />

programa é ambicioso mas é para quatro anos. E portanto compreenderá que esta<br />

articulação dos currículos com as ambições locais, não é um processo fácil.-----<br />

Em relação à Carta Educativa é de facto, um documento que queremos articular com<br />

esta Carta Social, também já está em fase de elaboração, inclusivamente isto vão<br />

ser instrumentos para a revisão do PDM. Há contudo algumas pequenas iniciativas<br />

que já estão a ser estudadas, nomeadamente um manual singelo sobre a história da<br />

Figueira da Foz, que vai ser distribuído oportunamente aos vários alunos.”------<br />

VEREADOR CARLOS MONTEIRO, disse o seguinte: “concordo com muito daquilo que a<br />

Sr.ª deputada disse. Permito-me transmitir algumas coisas, a Carta Educativa,<br />

hoje, é um processo que estranho que infelizmente não seja do conhecimento de<br />

todos, de quem tem responsabilidades. Não me parece é justo o agrupamento<br />

receber matrículas de alunos, criar-lhes a expectativa que a escola vai abrir e<br />

depois ter 26 alunos nessa escola e reduzir isso a pó. Contudo a posição da<br />

câmara sempre foi muito firme, cumprirá aquilo que está estipulado na Carta<br />

Educativa. E digo e repito, que amanhã iremos ter uma reunião nessa perspectiva.<br />

Relativamente ao projecto educativo do conselho, é algo complexo. Porque<br />

infelizmente, eu há pouco disse e referi, nós fazemos aqui um pouco o papel de<br />

“Bob, o Construtor”, damos sugestões nos conselhos gerais das diferentes<br />

escolas. Contudo temos dois ou três votos. E o Conselho Municipal de Educação<br />

tem um papel consultivo e não mais do que isso. Têm sido feitas várias reuniões,<br />

numa primeira fase, com todos os directores de escolas agrupadas e não<br />

agrupadas, numa segunda fase com directores de escolas agrupadas e este ano<br />

conseguiu-se algo, é possível praticamente, e não na totalidade, uniformizar os<br />

manuais que são adoptados, este ano a nível de concelho, o que me parece já um<br />

passo extremamente importante.--------------------------------------------------<br />

A flexibilização dos horários a nível de primeiro ciclo foi concertada com os<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

quatro agrupamentos. É preciso, primeiro, criar rotinas de trabalho em conjunto,<br />

para depois dar o passo seguinte. Relativamente ao projecto educativo do<br />

conselho, tem três ou quatro linhas mestres, redução do abandono, redução do<br />

insucesso, formação para a saúde e para a cidadania e, se nós conseguíssemos<br />

levar estas quatros linhas a todas as escolas já me parecia extremamente<br />

interessante.-------------------------------------------------------------------<br />

Mas a câmara precisava de apoiar algo e, para isso, a câmara precisava de ter<br />

cem mil euros para criar um gabinete que trabalhasse com os alunos que<br />

normalmente saem da escola, abandonam e têm insucesso, este ano não teve estes<br />

cem mil euros, não sabemos se para o ano os terá disponíveis. Mas é evidente que<br />

isso, sendo um custo é uma poupança, só que é um custo da câmara e uma poupança<br />

para o País, porque um aluno que reprove um ano ou abandone, custa ao País<br />

quatro mil euros em média, nesse ano. São os constrangimentos de quem tem poucos<br />

recursos.-----------------------------------------------------------------------<br />

Relativamente às papelarias, só foi possível tratar este assunto depois de<br />

perceber os livros adoptados, se íamos conseguir consertar, articular com os<br />

agrupamentos, e a Sr.ª deputada sabe, a adopção de livros terminou praticamente<br />

ontem, tenho a confirmação do Grupo Porto Editora e do Grupo Leia, não há uma<br />

única encomenda de manual. Agora há procedimentos que têm que ser articulados<br />

com as escolas, e as escolas neste período em que estão a adoptar livros.<br />

Portanto não é fácil.-----------------------------------------------------------<br />

Deixe-me dizer-lhe que aqui não há uma no cravo, outra na ferradura, porque na<br />

verdade a Carta Educativa não pode ser cumprida cegamente, aliás como a Sr.ª<br />

deputada sabe, o assunto da Serra da Boa Viagem, era uma escola a fechar este<br />

ano. Não foram tomadas as medidas necessárias para hoje haver condições para ela<br />

encerrar por quem de direito, o mesmo se aplica a Lares. Contudo, nos<br />

agrupamentos em que tal foi possível, essas medidas estão a ser tomadas,<br />

envolvendo sempre os seus Presidentes de junta, permitam que vos diga, têm sido<br />

de uma disponibilidade extrema, assim como a maior parte dos directores dos<br />

agrupamentos. Porque são processos um pouco complexos e que obrigam a alguns<br />

custos e nem todos os querem ter.”----------------------------------------------<br />

ISABEL COIMBRA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “quando o Sr.<br />

Vereador falou na escola da serra, é uma situação totalmente diferente da escola<br />

de Lares. Esta é um investimento publico grande, um encargo para a câmara,<br />

baseado numa Carta Educativa, também paga pelo Governo e pelo município e<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

baseada num estudo demográfico, o Centro Escolar de Vila Verde foi construído<br />

ali porque a Carta Educativa assim o determinava e tem um investimento feito. Os<br />

alunos da escola de Lares, que não são todos de Lares, posso provar o que estou<br />

a dizer, porque muitos deles são de Vila Verde e estão a ser deslocados para<br />

Lares, para a escola não encerrar, têm uma escola de acolhimento, edificada de<br />

acordo com a lógica da política educativa do Governo, Centro Escolar. Os alunos<br />

da Serra da Boa Viagem não têm uma escola de acolhimento que lhes permita<br />

conforto e as devidas condições.”-----------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “passávamos portanto à votação do<br />

ponto.”-------------------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, aprovar a constituição do<br />

Conselho Municipal de Educação para o mandato 2009/2013.------------------------<br />

5.6 - FIGUEIRA PARANOVA - RENOVAÇÃO E <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO URBANO, S.A. -<br />

PROPOSTA <strong>DE</strong> ALTERAÇÃO DOS ESTATUTOS DA EMPRESA<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 15 de Junho de <strong>2010</strong>.-----------------------------------------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “relativamente a<br />

este ponto e também relativamente ao ponto 5.8 para depois não me estar a<br />

repetir, porque ai não entro em nenhuma ilegalidade, posso dizer, que a posição<br />

da minha bancada é de não aceitar esta alteração dos estatutos.-----------------<br />

Nós percebemos perfeitamente que o executivo herdou uma série de situações<br />

armadilhadas por parte do executivo anterior. Realmente a primeira situação que<br />

nós tivemos foi uma Assembleia extraordinária para aprovar o regulamento de<br />

taxas e licenças, porque entretanto o executivo anterior não o tinha feito em<br />

devido tempo, e como tal, com aqueles timings todos que foram naquela altura bem<br />

referidos, tivemos que andar à pressa a aprovar aquilo.-------------------------<br />

Depois encontramos outra situação em que é necessário fazer-se rapidamente a<br />

eleição do Conselho de Administração para a Figueira Grande Turismo, porque<br />

entretanto o anterior demitiu-se e deixou aquilo vago. E como tal chegamos aqui<br />

à situação de que, até ao final de 2008, os estatutos deviam ter sido alterados,<br />

em função de terem capitais maioritariamente municipais, as empresas não são SA,<br />

são empresas municipais. E perante esta situação, aquilo que nós consideramos, é<br />

assim, nós compreendemos isso perfeitamente. Parece que é um voto um pouco<br />

estranho, não querermos uma situação legalizada, mas o nosso raciocínio baseia-<br />

se nesta posição, quem já esteve e quem já está em situação ilegal desde 2008,<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

porquê agora a pressa em resolver o problema em <strong>2010</strong>, quando a ilegalidade já<br />

está desde 2008, quando na realidade, o que se tem que analisar, é que não sei<br />

se vale a pena manter estas empresas em funcionamento, nomeadamente a<br />

Paraindústria.------------------------------------------------------------------<br />

A Paranova para mim é um processo um pouco diferente. Agora a Paraindústria, não<br />

sei qual é a razão de existir como empresa municipal. No fundo aquilo que dá a<br />

sensação é que isto são ideias avulsas. Vamos resolver este problema sem<br />

existir, ou sem terem a noção de que de facto existe um plano consertado com<br />

rumo para decidir o que é que se faz com as empresas municipais. Nós com o nosso<br />

voto, o que vamos querer dizer ao executivo é rigorosamente isso. Sobre empresas<br />

municipais estamos conversados, enquanto não houver um programa integrado com a<br />

nossa colaboração para fazer remendos aqui e acolá, para resolver situações, nós<br />

não vamos colaborar.------------------------------------------------------------<br />

Conheço a Figueira Paraindústria, ouvi uma belíssima análise feita pelo Sr.<br />

Presidente da Câmara, relativamente à empresa, que a única solução depois<br />

daquilo que ele afirmou e, com a qual concordo perfeitamente só tem é extinguir<br />

a empresa, porque entretanto os próprios accionistas que lá estavam chegaram à<br />

conclusão que a empresa não tinha objecto, a empresa não tem fundamento nenhum<br />

para a sua existência.----------------------------------------------------------<br />

Relativamente à Paranova conheço pior, tem património, tem passivo, tem uma<br />

série de situações que, tive a oportunidade de ler as explicações dadas pelo Sr.<br />

vereador Carlos Monteiro relativamente a isso, mas mantemos essa posição que nos<br />

parece absolutamente correcta.--------------------------------------------------<br />

Queremos um plano integrado de análise das empresas municipais, no sentido de<br />

saber o que é que fica, porque é que fica e como é que fica.”-------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “esta questão do Dr. Nogueira Santos e,<br />

dou de barato as situações armadilhadas que referiu, não sei quais são, mas, se<br />

poder clarificar, elucidar-nos das mesmas eu ficar-lhe-ia grato.----------------<br />

Mas a questão que o deputado Nogueira Santos coloca foi colocada também pela<br />

bancada do PSD e concretamente por mim, atendendo o seguinte, saber o que é que<br />

este executivo pensa.-----------------------------------------------------------<br />

As empresas municipais já têm alguns anos, é chegado o momento de reequacionar o<br />

seu funcionamento, se quisermos a sua existência, o seu sentido. Mas essa é uma<br />

questão que o actual executivo não abordou, ou parece que não quer abordar. Não<br />

terá uma posição de princípio relativamente às mesmas. Mas essa discussão<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

oportunamente colocada pelo deputado Nogueira Santos, tem que ser enfrentada com<br />

este executivo, os senhores têm que saber o que fazer com as empresas<br />

municipais. Eu gostaria de vos ouvir nesse sentido.”----------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), interveio dizendo: “entendemos dar ao executivo a<br />

possibilidade de decidir, relativamente à sua forma de gestão nestas empresas<br />

municipais, e nesse aspecto nós vamos votar favoravelmente estas propostas.”----<br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “dadas as afirmações do Sr. deputado<br />

Padrão, acho que se está a confundir montanha com junco, como se costuma dizer,<br />

o que está aqui em questão é, tão só e apenas, a alteração de uma denominação.”-<br />

JOÃO TOMÉ (BE), disse o seguinte: “apenas que a nossa posição é que vamos votar<br />

favoravelmente mas, gostaria de chamar a atenção já que temos tantos problemas<br />

económico-financeiros, que a politica deverá ser definida para que seja uma<br />

fonte de rendimento de qualquer empresa municipal.”-----------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “nos termos do regime jurídico do<br />

sector empresarial local, as entidades empresarias são consideradas entidades<br />

empresariais municipais todas aquelas que tenham maioria de capital social de<br />

origem municipal.---------------------------------------------------------------<br />

E por isso integram-se no sector municipal, no conjunto da participação do<br />

sector publico, seja titular de maior participação, todas estas como têm, aqui<br />

há a questão da Paranova, temos só 52% mas também é maioria, portanto obriga a<br />

isto, nos termos do artigo 48<strong>º</strong> diz que no prazo máximo de dois anos, a contar da<br />

data da sua publicação, as empresas devem adequar os seus estatutos ao disposto<br />

na presente lei.----------------------------------------------------------------<br />

Isto é um pouco enfeitar o morto, pô-lo a jeito para tratar do assunto, mas quer<br />

dizer, há aqui problemas de saúde prévia, que nós ainda temos que cuidar, porque<br />

como se sabe, hoje estes cuidados são extremamente exigentes, por isso enquanto<br />

houver uma hipótese nós não podemos liquidar.-----------------------------------<br />

Isto serve para dizer o seguinte: nós estamos aqui a abordar a questão, é um<br />

problema delicado, já hoje começo a ter uma opinião mais clara, acho que nenhuma<br />

delas faz sentido. Porque ou cumprem o objectivo municipal e então justificam a<br />

sua subsistência, ou então num sistema acumulado de dependência absoluta da<br />

Câmara Municipal, nós já fizemos alguma coisa, emagrecemos substancialmente as<br />

empresas municipais. Ou seja, estamos a reduzir financeiramente. Ainda<br />

recentemente, conhecendo a dificuldade da extinção, porque nós não extinguimos<br />

porque queremos extinguir, e agradeço ao Sr. deputado Nogueira Santos ter<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

apelado a uma intervenção que eu fiz oportunamente no Conselho de Administração<br />

da Figueira Paraindústria. E também aí por considerarmos que não se havia de dar<br />

mais nenhuma comparticipação por parte da câmara à Paraindústria, porque isso ia<br />

ser tributado com IVA e com o IRC, tudo fictício, acumulando como foi acumulado<br />

nos últimos anos, centenas de milhares de euros. E dezenas de milhares de euros<br />

perderam-se a favor do fisco, numa simulação aparente.--------------------------<br />

Simplesmente na altura, pedi que fosse feito um balanço que servisse de<br />

fundamento sustentado para a apresentação da extinção desta empresa, continuo a<br />

aguardar, mais que não seja por isso. Para além disso há também uma questão<br />

prévia a tratar com todos os proprietários das fracções do Parque Industrial,<br />

que contrataram com a Paraindústria que, alegadamente iria fazer a gestão do<br />

parque. Digamos que também preciso uma pequena verba que me permita, confortar<br />

minimamente o Parque Industrial, para posteriormente ver se conseguimos pôr em<br />

concurso, primeiro assumir a câmara, depois tratar desse assunto e depois<br />

integrar todos os elementos que fazem parte do Parque Industrial para depois<br />

tentarmos alguma entidade de gestão de condomínios industrial que é<br />

especializada para o assunto.---------------------------------------------------<br />

Mas confesso, quero a câmara fora disto, e quanto mais depressa melhor.---------<br />

Há depois, alguns problemas que tem a ver com a conexão da própria<br />

Paraindústria, junto doutras empresas municipais ou sociedades participadas que<br />

também terão que ser afloradas. Vejam porém que o Governo, sentido a dificuldade<br />

que é de extinguir as 248 empresas municipais existentes no país, considerou que<br />

era oportuno fazer um diploma para o efeito. Porque de facto há aqui uma série<br />

de melindres, transferência de funcionários, assumpção de dívidas, cumprimento<br />

de obrigações, quer dizer, tudo isto acaba de um dia para o outro, apenas por<br />

uma deliberação de câmara? Não. Acresce que neste momento, se calhar, não é<br />

oportuno, estando nós a fazer auditoria à câmara de imediato implicarmos estes<br />

passivos derivados das empresas.------------------------------------------------<br />

Para concluir, a extinção sim, quando não cumpra qualquer objectivo municipal.<br />

Assim que haja oportunidade, ou por instrumento jurídico entretanto criado, ou<br />

por um trabalho mais delicado, que possamos fazer em relação a cada uma delas,<br />

nomeadamente também em relação à questão da Paranova, que até já foi aflorada<br />

recentemente, também ela implica, e está a implicar neste momento uma taxa de<br />

investimento da câmara absolutamente inconveniente.-----------------------------<br />

Portanto de grosso modo, isto é o panegírio das empresas municipais, há uma só<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

que é rentável, que é a Figueira Parques, porque efectivamente todos os dias vai<br />

cobrando e portanto isso é a única questão que eventualmente também se pode ver<br />

se há razão ou não de existir.”-------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), disse o seguinte: “foi para todos nós esclarecedor ficar a<br />

saber que nenhuma das empresas municipais faz sentido para o executivo.”--------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “eu sou muito<br />

rápido, eu também quero agradecer a explicação que nos deu e a sintonia que, de<br />

facto, existe da câmara com a perspectiva que nós temos também no Movimento<br />

Figueira 100%. Nós mantemos a nossa posição, independentemente das explicações<br />

que nos deu, fundamentalmente porque pensamos que com isso estamos a contribuir,<br />

de alguma forma, para que os processos que têm em mãos se tornem mais céleres.”-<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções,<br />

passamos à votação.”------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com vinte votos a favor (11 do<br />

PS, 6 do PSD, 1 do BE, 1 da CDU e 1 do Membro Independente) e com cinco votos<br />

contra (4 do Movimento Figueira 100% e 1 do PSD), nos termos da alínea l), do n<strong>º</strong><br />

2 do artigo 53<strong>º</strong> da Lei n<strong>º</strong> 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.<strong>º</strong> 5-<br />

A/2002 de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.<strong>º</strong> 4/2002, de 6 de<br />

Fevereiro e n.<strong>º</strong> 9/2002, de 5 de Março, aprovar a alteração dos estatutos da<br />

Figueira Paranova – Renovação e Desenvolvimento Urbano, S.A., conforme documento<br />

que constitui o anexo número dez à presente acta.-------------------------------<br />

5.7 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA FINAL DO “REGULAMENTO GERAL DAS ZONAS <strong>DE</strong><br />

ESTACIONAMENTO TARIFADO E <strong>DE</strong> DURAÇÃO LIMITADA”<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 15 de Junho de <strong>2010</strong>.-----------------------------------------------<br />

JOSÉ ELÍSIO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse o seguinte: “vou votar a favor, mas queria<br />

propor uma pequena alteração, que é acrescentar uma alínea i) ao artigo 11, que<br />

dela conste os Presidentes de junta.”-------------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “há uma relação de conexão de veículo a<br />

um interesse público, estão os veículos da Câmara Municipal, sem embargo de em<br />

Conselho de Administração da empresa municipal nós podermos apreciar a<br />

introdução desse ponto.”--------------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PEDROSA (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), questionou o seguinte: “o Sr.<br />

Presidente da Câmara tem ideia, ou tem quantificado quantos cartões de<br />

estacionamento livre existem atribuídos por esta empresa municipal?”------------<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, respondeu dizendo: “efectivamente não sei. Sei que há uma<br />

politica de alguma contenção de não atribuição maciça. Havia uma série de<br />

abusos. Houve até recentemente uma proposta dos comerciantes locais, no sentido<br />

de ser concedido alguma tolerância aos sábados. Há a questão dos funcionários a<br />

quem é atribuído um cartão, mediante um preço simbólico de seis euros por mês.<br />

Para além disso também estamos a atribuir o livre-trânsito aos senhores<br />

deputados quando aqui se deslocam para este efeito, e noutras medidas<br />

excepcionais. A nossa politica é, de facto, caçar alguns abusos que possam<br />

existir.”-----------------------------------------------------------------------<br />

MANUEL DOMINGUES (PSD), disse o seguinte: “gostava, se fosse possível, que os<br />

eleitos municipais pudessem estacionar no parque aqui em frente quando vêem<br />

tratar algum assunto aqui à câmara. Porque cada vez que temos que vir à câmara<br />

estudar algum processo ou qualquer coisa, se ficamos mais um pouco quando lá<br />

chegamos já temos mais 5€ para pagar.”------------------------------------------<br />

A<strong>DE</strong>LINO PINTO (PS), interveio dizendo: “estando atribuídos alguns cartões de<br />

estacionamento a alguns presentes na Assembleia, não sei se é aos grupos<br />

parlamentares, mas acho também que o único sitio onde deveriam estacionar seria<br />

aqui no parque, quando vêem à câmara em serviço. Esses estão a ser utilizados em<br />

todos os parques da cidade. Para mim atribuíam a todos os elementos da<br />

Assembleia Municipal, então se servirem apenas deste parque.”-------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “a maior parte destes casos podem ser<br />

analisados em Conselho de Administração da Figueira Parques, agora com a<br />

atribuição genérica que me é pedida, infelizmente não o posso fazer. Apenas para<br />

justificação do serviço publico.”-----------------------------------------------<br />

JOSÉ ELÍSIO (IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE), disse o seguinte: “entre a acção de um deputado<br />

municipal, respeitada e importante e, a acção de um Presidente da Junta há uma<br />

ligeira diferença, é que salvo algum caso excepcional, o deputado municipal<br />

trata o assunto na câmara. O Presidente da Junta não trata só de assuntos na<br />

câmara, trata assuntos em todo o concelho.”-------------------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções,<br />

passamos à votação.”------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, nos termos da alínea a), do<br />

n<strong>º</strong> 2 do artigo 53<strong>º</strong> da Lei n<strong>º</strong> 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.<strong>º</strong> 5-<br />

A/2002 de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.<strong>º</strong> 4/2002, de 6 de<br />

Fevereiro e n.<strong>º</strong> 9/2002, de 5 de Março, aprovar o Regulamento Geral das Zonas de<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

Estacionamento Tarifado e de Duração Limitada.----------------------------------<br />

5.8 - FIGUEIRA PARAINDÚSTRIA – GESTÃO <strong>DE</strong> PARQUES S.A. - PROPOSTA <strong>DE</strong><br />

ALTERAÇÃO DOS ESTATUTOS DA EMPRESA<br />

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião<br />

de Câmara de 15 de Junho de <strong>2010</strong>.-----------------------------------------------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “relativamente a<br />

este ponto e também relativamente ao ponto 5.8 para depois não me estar a<br />

repetir, porque ai não entro em nenhuma ilegalidade, posso dizer, que a posição<br />

da minha bancada é de não aceitar esta alteração dos estatutos.-----------------<br />

Nós percebemos perfeitamente que o executivo herdou uma série de situações<br />

armadilhadas por parte do executivo anterior. Realmente a primeira situação que<br />

nós tivemos foi uma Assembleia extraordinária para aprovar o regulamento de<br />

taxas e licenças, porque entretanto o executivo anterior não o tinha feito em<br />

devido tempo, e como tal, com aqueles timings todos que foram naquela altura bem<br />

referidos, tivemos que andar à pressa a aprovar aquilo.-------------------------<br />

Depois encontramos outra situação em que é necessário fazer-se rapidamente a<br />

eleição do Conselho de Administração para a Figueira Grande Turismo, porque<br />

entretanto o anterior demitiu-se e deixou aquilo vago. E como tal chegamos aqui<br />

à situação de que, até ao final de 2008, os estatutos deviam ter sido alterados,<br />

em função de terem capitais maioritariamente municipais, as empresas não são SA,<br />

são empresas municipais. E perante esta situação, aquilo que nós consideramos, é<br />

assim, nós compreendemos isso perfeitamente. Parece que é um voto um pouco<br />

estranho, não querermos uma situação legalizada, mas o nosso raciocínio baseia-<br />

se nesta posição, quem já esteve e quem já está em situação ilegal desde 2008,<br />

porquê agora a pressa em resolver o problema em <strong>2010</strong>, quando a ilegalidade já<br />

está desde 2008, quando na realidade, o que se tem que analisar, é que não sei<br />

se vale a pena manter estas empresas em funcionamento, nomeadamente a<br />

Paraindústria.------------------------------------------------------------------<br />

A Paranova para mim é um processo um pouco diferente. Agora a Paraindústria, não<br />

sei qual é a razão de existir como empresa municipal. No fundo aquilo que dá a<br />

sensação é que isto são ideias avulsas. Vamos resolver este problema sem<br />

existir, ou sem terem a noção de que de facto existe um plano consertado com<br />

rumo para decidir o que é que se faz com as empresas municipais. Nós com o nosso<br />

voto, o que vamos querer dizer ao executivo é rigorosamente isso. Sobre empresas<br />

municipais estamos conversados, enquanto não houver um programa integrado com a<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

nossa colaboração para fazer remendos aqui e acolá, para resolver situações, nós<br />

não vamos colaborar.------------------------------------------------------------<br />

Conheço a Figueira Paraindústria, ouvi uma belíssima análise feita pelo Sr.<br />

Presidente da Câmara, relativamente à empresa, que a única solução depois<br />

daquilo que ele afirmou e, com a qual concordo perfeitamente só tem é extinguir<br />

a empresa, porque entretanto os próprios accionistas que lá estavam chegaram à<br />

conclusão que a empresa não tinha objecto, a empresa não tem fundamento nenhum<br />

para a sua existência.----------------------------------------------------------<br />

Relativamente à Paranova conheço pior, tem património, tem passivo, tem uma<br />

série de situações que, tive a oportunidade de ler as explicações dadas pelo Sr.<br />

vereador Carlos Monteiro relativamente a isso, mas mantemos essa posição que nos<br />

parece absolutamente correcta.--------------------------------------------------<br />

Queremos um plano integrado de análise das empresas municipais, no sentido de<br />

saber o que é que fica, porque é que fica e como é que fica.”-------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), interveio dizendo: “esta questão do Dr. Nogueira Santos e,<br />

dou de barato as situações armadilhadas que referiu, não sei quais são, mas, se<br />

poder clarificar, elucidar-nos das mesmas eu ficar-lhe-ia grato.----------------<br />

Mas a questão que o deputado Nogueira Santos coloca foi colocada também pela<br />

bancada do PSD e concretamente por mim, atendendo o seguinte, saber o que é que<br />

este executivo pensa.-----------------------------------------------------------<br />

As empresas municipais já têm alguns anos, é chegado o momento de reequacionar o<br />

seu funcionamento, se quisermos a sua existência, o seu sentido. Mas essa é uma<br />

questão que o actual executivo não abordou, ou parece que não quer abordar. Não<br />

terá uma posição de princípio relativamente às mesmas. Mas essa discussão<br />

oportunamente colocada pelo deputado Nogueira Santos, tem que ser enfrentada com<br />

este executivo, os senhores têm que saber o que fazer com as empresas<br />

municipais. Eu gostaria de vos ouvir nesse sentido.”----------------------------<br />

NELSON FERNAN<strong>DE</strong>S (CDU), interveio dizendo: “entendemos dar ao executivo a<br />

possibilidade de decidir, relativamente à sua forma de gestão nestas empresas<br />

municipais, e nesse aspecto nós vamos votar favoravelmente estas propostas.”----<br />

NUNO BISCAIA (PS), interveio dizendo: “dadas as afirmações do Sr. deputado<br />

Padrão, acho que se está a confundir montanha com junco, como se costuma dizer,<br />

o que está aqui em questão é, tão só e apenas, a alteração de uma denominação.”-<br />

JOÃO TOMÉ (BE), disse o seguinte: “apenas que a nossa posição é que vamos votar<br />

favoravelmente mas, gostaria de chamar a atenção já que temos tantos problemas<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

económico-financeiros, que a politica deverá ser definida para que seja uma<br />

fonte de rendimento de qualquer empresa municipal.”-----------------------------<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “nos termos do regime jurídico do<br />

sector empresarial local, as entidades empresarias são consideradas entidades<br />

empresariais municipais todas aquelas que tenham maioria de capital social de<br />

origem municipal.---------------------------------------------------------------<br />

E por isso integram-se no sector municipal, no conjunto da participação do<br />

sector publico, seja titular de maior participação, todas estas como têm, aqui<br />

há a questão da Paranova, temos só 52% mas também é maioria, portanto obriga a<br />

isto, nos termos do artigo 48<strong>º</strong> diz que no prazo máximo de dois anos, a contar da<br />

data da sua publicação, as empresas devem adequar os seus estatutos ao disposto<br />

na presente lei.----------------------------------------------------------------<br />

Isto é um pouco enfeitar o morto, pô-lo a jeito para tratar do assunto, mas quer<br />

dizer, há aqui problemas de saúde prévia, que nós ainda temos que cuidar, porque<br />

como se sabe, hoje estes cuidados são extremamente exigentes, por isso enquanto<br />

houver uma hipótese nós não podemos liquidar.-----------------------------------<br />

Isto serve para dizer o seguinte: nós estamos aqui a abordar a questão, é um<br />

problema delicado, já hoje começo a ter uma opinião mais clara, acho que nenhuma<br />

delas faz sentido. Porque ou cumprem o objectivo municipal e então justificam a<br />

sua subsistência, ou então num sistema acumulado de dependência absoluta da<br />

Câmara Municipal, nós já fizemos alguma coisa, emagrecemos substancialmente as<br />

empresas municipais. Ou seja, estamos a reduzir financeiramente. Ainda<br />

recentemente, conhecendo a dificuldade da extinção, porque nós não extinguimos<br />

porque queremos extinguir, e agradeço ao Sr. deputado Nogueira Santos ter<br />

apelado a uma intervenção que eu fiz oportunamente no Conselho de Administração<br />

da Figueira Paraindústria. E também aí por considerarmos que não se havia de dar<br />

mais nenhuma comparticipação por parte da câmara à Paraindústria, porque isso ia<br />

ser tributado com IVA e com o IRC, tudo fictício, acumulando como foi acumulado<br />

nos últimos anos, centenas de milhares de euros. E dezenas de milhares de euros<br />

perderam-se a favor do fisco, numa simulação aparente.--------------------------<br />

Simplesmente na altura, pedi que fosse feito um balanço que servisse de<br />

fundamento sustentado para a apresentação da extinção desta empresa, continuo a<br />

aguardar, mais que não seja por isso. Para além disso há também uma questão<br />

prévia a tratar com todos os proprietários das fracções do Parque Industrial,<br />

que contrataram com a Paraindústria que, alegadamente iria fazer a gestão do<br />

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Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

parque. Digamos que também preciso uma pequena verba que me permita, confortar<br />

minimamente o Parque Industrial, para posteriormente ver se conseguimos pôr em<br />

concurso, primeiro assumir a câmara, depois tratar desse assunto e depois<br />

integrar todos os elementos que fazem parte do Parque Industrial para depois<br />

tentarmos alguma entidade de gestão de condomínios industrial que é<br />

especializada para o assunto.---------------------------------------------------<br />

Mas confesso, quero a câmara fora disto, e quanto mais depressa melhor.---------<br />

Há depois, alguns problemas que tem a ver com a conexão da própria<br />

Paraindústria, junto doutras empresas municipais ou sociedades participadas que<br />

também terão que ser afloradas. Vejam porém que o Governo, sentido a dificuldade<br />

que é de extinguir as 248 empresas municipais existentes no país, considerou que<br />

era oportuno fazer um diploma para o efeito. Porque de facto há aqui uma série<br />

de melindres, transferência de funcionários, assumpção de dívidas, cumprimento<br />

de obrigações, quer dizer, tudo isto acaba de um dia para o outro, apenas por<br />

uma deliberação de câmara? Não. Acresce que neste momento, se calhar, não é<br />

oportuno, estando nós a fazer auditoria à câmara de imediato implicarmos estes<br />

passivos derivados das empresas.------------------------------------------------<br />

Para concluir, a extinção sim, quando não cumpra qualquer objectivo municipal.<br />

Assim que haja oportunidade, ou por instrumento jurídico entretanto criado, ou<br />

por um trabalho mais delicado, que possamos fazer em relação a cada uma delas,<br />

nomeadamente também em relação à questão da Paranova, que até já foi aflorada<br />

recentemente, também ela implica, e está a implicar neste momento uma taxa de<br />

investimento da câmara absolutamente inconveniente.-----------------------------<br />

Portanto de grosso modo, isto é o panegírio das empresas municipais, há uma só<br />

que é rentável, que é a Figueira Parques, porque efectivamente todos os dias vai<br />

cobrando e portanto isso é a única questão que eventualmente também se pode ver<br />

se há razão ou não de existir.”-------------------------------------------------<br />

ANTÓNIO PADRÃO (PSD), disse o seguinte: “foi para todos nós esclarecedor ficar a<br />

saber que nenhuma das empresas municipais faz sentido para o executivo.”--------<br />

NOGUEIRA SANTOS (MOVIMENTO FIGUEIRA 100%), disse o seguinte: “eu sou muito<br />

rápido, eu também quero agradecer a explicação que nos deu e a sintonia que, de<br />

facto, existe da câmara com a perspectiva que nós temos também no Movimento<br />

Figueira 100%. Nós mantemos a nossa posição, independentemente das explicações<br />

que nos deu, fundamentalmente porque pensamos que com isso estamos a contribuir,<br />

de alguma forma, para que os processos que têm em mãos se tornem mais céleres.”-<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL<br />

Acta n<strong>º</strong> 5 da Sessão Ordinária de <strong>30</strong>-<strong>06</strong>-<strong>2010</strong><br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções,<br />

passamos à votação.”------------------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com vinte votos a favor (11 do<br />

PS, 6 do PSD, 1 do BE, 1 da CDU e 1 do Membro Independente) e com cinco votos<br />

contra (4 do Movimento Figueira 100% e 1 do PSD) nos termos da alínea l), do n<strong>º</strong><br />

2 do artigo 53<strong>º</strong> da Lei n<strong>º</strong> 169/99 de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.<strong>º</strong> 5-<br />

A/2002 de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.<strong>º</strong> 4/2002, de 6 de<br />

Fevereiro e n.<strong>º</strong> 9/2002, de 5 de Março, aprovar a alteração dos Estatutos da<br />

Figueira Paraindústria, Gestão de Parques, S.A., documento que constitui o anexo<br />

número onze à presente acta.----------------------------------------------------<br />

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, aprovar a acta em minuta.----<br />

E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente da Assembleia<br />

Municipal declarada encerrada a sessão eram vinte e duas horas, da qual, para<br />

constar, se lavrou a presente acta, que será previamente distribuída a todos os<br />

membros da Assembleia Municipal para posterior aprovação e que vai ser assinada<br />

pelo Presidente e pelo Secretário, nos termos da Lei.---------------------------<br />

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