2008 – Caderno de Resumos - Núcleo de TCC e IC
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CIDENTE DO TRABALHO E A SAÚDE DO TRABALHADOR<br />
Francói, Marina1(<strong>IC</strong>); Men<strong>de</strong>s, Márcia C. S.2(O);<br />
Marina.francoi@gmail.com.br<br />
¹Curso <strong>de</strong> Direito das Faculda<strong>de</strong>s COC<br />
O tema do presente estudo é tocante aos aci<strong>de</strong>ntes do trabalho no Brasil. Segundo dados do Ministério Público do Trabalho<br />
e Emprego, 50 empregados se afastam por dia do mercado brasileiro, índice que classifica o Brasil como um dos<br />
15 países piores do mundo no quesito saú<strong>de</strong> no trabalho e que traz graves conseqüências. Com efeito, o Po<strong>de</strong>r Judiciário<br />
recebe inúmeras causas nesta seara, comprometendo a celerida<strong>de</strong> processual, assim como inflacionando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pessoas que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> um parecer judicial para ter seu direito apreciado e eventual dano reparado. O presente estudo<br />
tem como objetivo construir uma abordagem panorâmica sobre o posicionamento legal, doutrinário e jurispru<strong>de</strong>ncial acerca<br />
da responsabilida<strong>de</strong> civil, previ<strong>de</strong>nciária, trabalhista e criminal advindas do aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho, bem como sobre questões<br />
relacionadas à doença profissional. A<strong>de</strong>mais, foram elaboradas soluções capazes <strong>de</strong> atenuar a problemática que envolve a<br />
saú<strong>de</strong> do trabalhador. Por meio <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> literatura foi estabelecida uma sistematização do complexo tema que abrange<br />
as doenças ocupacionais, o cabimento ou não das responsabilida<strong>de</strong>s acima <strong>de</strong>scritas e outros assuntos ainda não pacificados<br />
pela doutrina. Como resultado observa-se que o meio ambiente do trabalho <strong>de</strong>ve ser, por excelência, um instituto <strong>de</strong> obtenção<br />
<strong>de</strong> provimentos necessários à vida capitalista, em que sopese a segurança e higiene para o trabalhador <strong>de</strong>senvolver<br />
as obrigações que assume em <strong>de</strong>corrência do contrato empregatício; do contrário, direitos fundamentais como a proteção<br />
à vida e à integrida<strong>de</strong> física do indivíduo estariam comprometidos, o que traria como conseqüência, o homem a serviço da<br />
técnica. A saú<strong>de</strong> quando vista sob o prisma <strong>de</strong> direito humano fundamental, o qual tem como alicerce o princípio ontológico<br />
da dignida<strong>de</strong> humana, po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada como um direito básico, inalienável e essencial ao homem. Insta salientar que<br />
as normas <strong>de</strong> proteção à saú<strong>de</strong> do trabalhador se caracterizam como aquelas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pública, <strong>de</strong>vendo ser aplicadas<br />
diante <strong>de</strong> quaisquer circunstâncias, oferecendo assim, maior eficácia na garantia do princípio supracitado que traduz a<br />
noção <strong>de</strong> uma vida digna in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do fator sócio-econômico no qual a pessoa esteja inserida. Conclui-se que a<br />
adoção pelas empresas <strong>de</strong> medidas preventivas a<strong>de</strong>quadas para a redução <strong>de</strong>ssa infortunística são imprescindíveis para<br />
a sobrevivência da saú<strong>de</strong> do trabalhador. Assim, investir em prevenção acarreta o surgimento <strong>de</strong> vários benefícios, <strong>de</strong>ntre<br />
eles o reconhecimento dos trabalhadores pelo padrão ético da empresa, a melhoria das contas da Previdência Social e, em<br />
especial, o ganho emocional dos empregados em função <strong>de</strong> não sofrerem violações em alguns <strong>de</strong> seus direitos fundamentais<br />
essenciais, como por exemplo, a dignida<strong>de</strong> humana.<br />
A PROBLEMÁT<strong>IC</strong>A DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE<br />
PAUTADA EM ASPECTOS BIOLÓG<strong>IC</strong>OS E SOCIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO<br />
Lourenço, Tânia Jordana1(<strong>IC</strong>); Novaes, Elizabete David1(O); Natal, Cezar L. 1(CO)<br />
tanijor@yahoo.com.br<br />
¹Curso <strong>de</strong> Direito das Faculda<strong>de</strong>s COC<br />
A redução da maiorida<strong>de</strong> penal no Brasil tem suscitado opiniões diversas entre os diferentes públicos. A causa do afloramento<br />
<strong>de</strong>sse tema é <strong>de</strong>corrente do crescente número <strong>de</strong> jovens ligados à criminalida<strong>de</strong>. O presente trabalho tem como<br />
objetivo principal realizar uma pesquisa sobre a problemática da redução da maiorida<strong>de</strong> penal, embasada em argumentos<br />
jurídicos, biológicos e sociológicos. Apesar <strong>de</strong> tratar-se diretamente <strong>de</strong> uma problemática jurídica, não existem justificativas<br />
satisfatórias que encontrem respaldo científico em estudos jurídicos. De sua parte, a Biologia oferece consi<strong>de</strong>rações<br />
científicas que con<strong>de</strong>nam a redução da maiorida<strong>de</strong> penal, uma vez que, os estudos acerca do <strong>de</strong>senvolvimento humano<br />
evi<strong>de</strong>nciam a imaturida<strong>de</strong> do jovem <strong>de</strong> 16 anos. Afirma assim, que crianças e adolescentes são seres inacabados biologicamente<br />
e precisam <strong>de</strong> condições a<strong>de</strong>quadas ao <strong>de</strong>senvolvimento, como espaço, cuidados, afeto familiar; necessitam <strong>de</strong><br />
oportunida<strong>de</strong>s; precisam crescer em ambientes socialmente sadios, com condições <strong>de</strong> sobrevivência fundamentadas na<br />
dignida<strong>de</strong> humana. Ao mesmo tempo, pesquisas sociológicas permitem ver parte da criminalida<strong>de</strong> como conseqüência da<br />
exclusão social, antecedida pela elevada <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social, por um mercado <strong>de</strong> trabalho restrito, e por padrões <strong>de</strong> consumo<br />
intensamente valorizados. Observa-se que gran<strong>de</strong> parte da população jovem parece fazer do crime uma ponte real <strong>de</strong><br />
acesso ao dinheiro, ao consumo e ao mercado (informal ou ilegal). O instrumento <strong>de</strong> pesquisa empírica voltar-se-á para a<br />
aplicação <strong>de</strong> questionários sobre o tema em questão a: 1) profissionais da área da saú<strong>de</strong>, como neurologistas, psiquiatras,<br />
fisiologistas, para que discorram a respeito do <strong>de</strong>senvolvimento psico-comportamental do jovem em ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 14 a 18 anos;<br />
2) profissionais da área jurídica, como Juízes, Desembargadores e Promotores; 3) profissionais que atuam diretamente com<br />
a problemática do menor, como conselheiros tutelares, psicólogos e assistentes sociais. A aplicação do instrumento acontecerá<br />
num período <strong>de</strong> seis meses, ininterruptos, procurando promover a aplicação em contexto histórico-social <strong>de</strong>limitado.<br />
Os dados serão analisados e discutidos estatística e qualitativamente. A hipótese <strong>de</strong> trabalho parte dos pressupostos <strong>de</strong><br />
que: 1) a diminuição da criminalida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ocorrer com a simples redução da ida<strong>de</strong> penal, já que há outras causas para<br />
a violência (como <strong>de</strong>semprego, pobreza, miséria cultural, omissão do Estado); 2) o “menor infrator” é o indivíduo que se<br />
encontra sem condições <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong> e perspectiva <strong>de</strong> futuro; 3) quanto à punição, o sistema prisional, que já não vem contribuindo<br />
para a ressocialização do criminoso adulto, não parece po<strong>de</strong>r fazê-lo em relação ao adolescente. As observações<br />
preliminares indicam que, com a redução da ida<strong>de</strong> penal, os efeitos po<strong>de</strong>rão ser ainda mais danosos. O adolescente, ainda<br />
em <strong>de</strong>senvolvimento físico e mental, acabaria apren<strong>de</strong>ndo e aperfeiçoando as artimanhas do crime com os outros <strong>de</strong>tentos,<br />
já que, a interação ambiental influencia, sobremaneira, na formação do indivíduo imaturo. O trabalho concluído contribuirá<br />
para uma postura reflexiva acerca dos possíveis efeitos da redução da maiorida<strong>de</strong> penal no Brasil<br />
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